Correções Assunção Prática 5 Atividade Preliminar Assunção e Evelin
Correções Assunção Prática 5 Atividade Preliminar Assunção e Evelin
Correções Assunção Prática 5 Atividade Preliminar Assunção e Evelin
BCom base no modelo apresentado pelo professor Rafael Ruiz acrescida das
concepções de François Hartog baseamos nosso planejamento entre História e Literatura
sobre o contexto específico da “Escravidão no Brasil do período Monárquico”, assim,
apresentamos o romance Úrsula, publicada em 1859, obra que ficou enquadrada nos moldes
tradicionais de Escola Lterária: Romantismo. Essa obra trata, em primeiro plano, de um
romance entre as personagens principais, e prevela, em segundo plano, por meio de uma
leitura mais atenta, as denúncias de uma sociedade escravista daquele período. Vejamos a
importância dessa escolha literária.
Com base no autor Antônio Celso Ferreira (2012), vejamos como a literatura se
torna uma fonte relevante no campo historiográfico. A literatura como fonte historiográfica é
rica de significados para o entendimento do mundo cultural, juntamente com valores sociais e
experiências subjetivas dos seres humanos no tempo histórico, mas nem sempre foi assim,
apenas nas últimas décadas ela vem sendo material utilizada como fonte de pesquisa, desde
que o conceito de fonte mudou.
A textualidade literária não era considerada documento que atestava a “verdade
histórica” porque desde que a História se tornou disciplina acadêmica, segunda metade do
século XIX, além desse período ter sido o momento em que as fontes escritas assumem um
caráter de documento que expressava “autoridade e verdade,” foi também o momento em que
a Escola Metódica francesa buscava a autenticidade da História com o caráter científico,
objetivo correlacionando “causas e consequências”. Parágrafo mal redigido.
Segundo Ferreira (2012) a História assume uma postura interdisciplinar
aproximando-se de áreas como Geografia, Sociologia, Economia, Psicologia, e a contribuição
da Literatura para dar ênfase nos processos sociais e econômicos exigidos pela história-
problema afim de entender a complexidade das experiências humanas trazidas por
historiadores como Lucien Febvre e March Bloch que atualizaram a historiografia no século
XX com a Escola dos Annales e contrapondo a historiografia político-factual da Escola
Metódica. Simplificação do que é a escola metódica francesa.
Nesse sentido novas abordagens surgem, novos objetos, problemas estudados dentro
da disciplina História. Lucien Febvre inaugura a abordagem no uso de textos literários com
obra de "Rabelais" (1483[?]- 1553) para compor a História das Mentalidades. Com isso, na
década de 1970 o surgimento de novos historiadores e com eles novas fontes (escritos,
sonoros, visuais) e novos objetos subjetivos como inconsciente, o cotidiano, a língua, a
literatura, mito, a infância, a juventude, a esta, os meios de comunicação e outros. Essas
mudanças ocorreram na França, os ingleses também renovaram sua historiografia marxista
como Raymond Williams. No Brasil, os trabalhos relevantes surgem a partir da década de
1980, com advento da História Social e Cultural que já era relevante na Europa e Estados
Unidos, conforme (FEREIRA, 2012).
Nesse contexto, a literatura como fonte uma das formas de apreensão do saber
histórico ajuda-nos a entender as subjetividades e complexidades humanas, ademais na
prática escolar a missão de agrupar o saber histórico para dentro das salas de aula no ensino
básico de forma que haja uma conexão do saber histórico com a realidade do mundo em que
nós e os estudantes vivem é um desafio que os professores e professoras encaram no dia a dia
de seus planejamentos escolares.
Ademais, devemos entender a importância da interdisciplinaridade para o ensino de
história, assim, obra literária é percebida como uma manifestação cultural que pode dizer
muito sobre a sociedade a qual pertence ou retrata e caberá ao historiador(a) assumi-la como
fonte de pesquisa, já que toda a obra ficcional está inscrita em um tempo e espaço
específicos, expressando as condições sociais nas quais foi produzida, além da realidade,
sonhos, desejos e utopias.
2) Objetivos gerais a serem alcançados com a proposta (pode ser uma aula, uma
oficina de fontes etc);
Objetivos Gerais
- Conhecer a história de vida da autora da obra literária Úrsula Maria Firmina dos Reis
(1859)
- Analisar a relação do contexto histórico que a prosa narra com as violências sofridas dos
escravizados nosociedade escravocrata do período monárquico no Brasil
4) Metodologia: se aula, qual a concepção pedagógica (pode ser uma aula dialogada
onde os alunos/alunas terão realizado levantamento prévio da fonte etc); se oficina de
fontes, quais fontes serão mobilizadas para o tratamento do tema/problema.
1 Devido ao contexto de pandemia e crise sanitária, as aulas são na modalidade remota e acontecem pelo
Google Meet.
2 Observação: todas as aulas serão gravadas para que a turma possa rever e tirar as suas dúvidas sobre os
combinados, além de ser disponibilizado um vídeo modelo de como será a apresentação da equipe; um pdf com
todos os critérios da atividade e por fim o cronograma com as datas de apresentação de cada grupo.
Na segunda aula, será ministrado a continuação do assunto temático: Escravidão no
período monárquico com base no livro didático, a explicação será feita com uma aula
dialogadaexposição com a turma. As aulas seguintes, serão de apresentação dos capítulos
feita pela equipe responsável da data acordada. Para finalizar a leitura conjunta, faremos um
bate-papo on-line, nas aulas do Google Meet, com o seguinte questionamento: O que nós
aprendemos com a leitura conjunta de Úrsula e nosso assunto de Escravidão no Brasil? E por
fim, a entrega do texto dessertativo.
FERREIRA, Antônio Celso. Literatura: a fonte fecunda. In: PINSKY, Carla Bassanezi;
LUCA, Tania Regina. O historiador e suas fontes. São Paulo: Contexto 2012. p. 61 a 88.