FEB - AD1 - Paula Caroline
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Matrícula: 21215060167
Disciplina: Formação Econômica Brasileira
AD1
O segundo aspecto, referente ao plano externo, eram os efeitos da Revolução Industrial cada
vez mais visíveis na Europa. O processo de acumulação de capital, naquele contexto, centrava-
se fortemente na esfera de produção da indústria, com uma rápida incorporação de novas
técnicas produtivas que ampliavam largamente seu horizonte de crescimento. O aumento da
produtividade na atividade industrial era absolutamente fantástico. Para que você tenha uma
ideia, segundo dados disponíveis na home page da Escola Técnica de Bergen, em Nova Jérsei
(Estados Unidos), de 1790 a 1830, mais de cem mil teares movidos a eletricidade foram postos
em funcionamento, na Inglaterra e na Escócia. Assim, a necessidade de busca e incorporação
de novos mercados pelas unidades industriais em formação tornou-se um traço típico da
dinâmica capitalista.
É fácil entender, então, que o monopólio comercial e produtivo formalizado no pacto colonial
era uma barreira para o capital industrial e para a produção em grande escala. Isto explica o
grande interesse da Inglaterra pelos movimentos de independência das Américas hispânica e
portuguesa. Em termos práticos, essas duas barreiras representavam o antagonismo entre os
interesses ainda existentes no mercantilismo português e os novos acontecimentos políticos,
sociais e econômicos associados à Revolução Industrial.
Este processo, entretanto, criou a formação de um círculo vicioso na mediada em que, apesar
da queda do preço internacional do café, a manutenção dos lucros em moeda nacional para os
exportadores de café os estimulava a aumentar a produção.