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Doutrina FT Rotam 2018

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POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO

QUARTEL DO COMANDO GERAL

PORTARIA N° XXX, DE 18 DE MAIO DE 2018

Aprova o Regimento Interno e a


Doutrina de Força Tática / ROTAM -
Rondas Ostensivas Tático Móvel da
Polícia Militar do Estado de Mato
Grosso

O COMANDANTE GERAL DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO


DE MATO GROSSO, no uso de suas atribuições legais e regulamentares com base no
art. 6º da Lei n.º 386, de 05 de março de 2010.

Considerando a importância da atuação do Batalhão ROTAM na


preservação da ordem pública no Estado de Mato Grosso;

Considerando as características da criminalidade que


permanentemente modifica o modus operandi conforme a evolução da sociedade;

Considerando a necessidade de se manter o Batalhão ROTAM como


uma tropa especializada e preparada técnico e taticamente dentro dos princípios
constitucionais;

Considerando a necessidade de padronizar a utilização de brasões,


símbolos, insígnias, brevês, estandarte, braçal, viaturas e cursos, exclusivos do Batalhão
ROTAM;

Considerando a necessidade de atualização da técnica profissional,


visando a padronização das ações policiais desencadeadas pelo Batalhão ROTAM,
objetivando a aplicabilidade técnica dos equipamentos, meios e armamentos disponíveis
ao Batalhão ROTAM.
RESOLVE:

Art. 1º - Aprovar o Regimento Interno e a Doutrina de Força Tática /


ROTAM – Rondas Ostensivas Tático Móvel.

Art. 2º - A 1ª Seção do Estado Maior Geral da PMMT, o Comando


Especializado e o Batalhão ROTAM deverão arquivar cópia do presente documento.

Art. 3º - Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação.

Art. 4º - Revogam-se as Portarias contrárias.

Comando Geral da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso, 18 de


maio de 2018.

Marcos Vieira da Cunha – Coronel PM


Comandante Geral da PMMT
RONDAS OSTENSIVAS
TÁTICO MÓVEL

REGIMENTO INTERNO E
DOUTRINA DE FORÇA TÁTICA /
ROTAM PMMT
HISTÓRICO DO BATALHÃO DE ROTAM

O Patrulhamento Tático, nos moldes atuais, teve sua origem na ROTA – Rondas
Ostensivas Tobias de Aguiar da PMESP. Na década de 70, esse Batalhão foi
reformulado visando o combate à guerrilha urbana.
Após a intervenção militar, em 1964, alguns militantes de extrema esquerda
iniciaram uma série de ataques ao Estado. Esses ataques consistiam principalmente na
realização de sequestros políticos, para forçar o Governo a atender às reivindicações dos
insurgentes, e roubos a estabelecimentos bancários que financiavam a existência desses
grupos.
Em resposta a esses crimes, no ano de 1970, é instalada na sede da ROTA uma
central de comunicações e suas viaturas são equipadas com rádio comunicadores, com o
objetivo de dar maior agilidade às ações. Também em 1970, os policiais de ROTA
recebem a boina preta e a adotam como uma insígnia característica. Nesse período a
ROTA passa a realizar a ronda bancária, patrulhamento urbano e CHOQUE propondo-
se a agir onde o policiamento comum não tinha condições de atuar. Com o passar do
tempo a ROTA criou uma filosofia própria de intervenção e se tornou referência para as
formações de grupos de Patrulhamento Tático em todo o país.
No Mato Grosso, no ano de 1972, foi criado um grupo denominado Tático Móvel,
com sede no 1º Batalhão de Polícia Militar, com características de policiamento e
filosofia semelhantes.

Posteriormente, no ano de 1983 foi criado o Serviço de Apoio e Repressão


Armada – SARA, que tinha como missão apoiar o serviço de Rádio Patrulhamento no
combate a criminalidade, através de um policiamento mais enérgico que dispunha de
armamento e efetivo reforçados. Desta forma, o SARA atuou até o ano de 1988, quando
foi desativado pela primeira vez.

Em 1994 o Comandante-Geral da PMMT reativou o SARA com as mesmas


atribuições conferidas em sua criação, desta vez com subordinação operacional ao
Comandante do Policiamento da Capital - CPC.

No ano 1996, o SARA foi definitivamente extinto e teve seu efetivo incorporado
ao Comando de Operações Especiais - COE, tendo como atribuições policiamento de
CHOQUE e Operações Especiais.
Contudo, o crescente número de roubos na região da grande Cuiabá, exigiu da
Policia Militar do Estado de Mato Grosso a criação de uma tropa de que atuaria em
apoio ao policiamento ostensivo realizado na área do Comando de Policiamento da
Capital – CPC, complementando o policiamento convencional nas áreas com elevado
índice de criminalidade. Em resposta a esta demanda operacional no dia 21 de junho de
2001, através da Portaria nº 005/PM3/2001, o Comandante Geral da PMMT, Coronel
PM José Maria Ribeiro de Morais criou a ROTAM com a denominação “Ronda
Ostensiva Tático Metropolitana”, subordinada ao CPC.

Na época de sua criação, a ROTAM era composta pelo efetivo de um Pelotão e


tinha como sede o atual Quartel da Companhia de Policia Militar do bairro Bosque da
Saúde. A ROTAM teve como primeiro comandante o Capitão PM José Antônio Gomes
Chaves.

Em 2003, o Comandante Geral resolve integrar junto a ROTAM, o Comando de


Ação Rápida – CAR, Unidade de policiamento motociclístico, isso proporciona um
aumento considerável no efetivo da unidade e introduz um novo tipo de policiamento, o
Motopatrulhamento Tático.

No ano de 2004, a ROTAM é transformada em Companhia e passa a ser


subordinada ao Batalhão de Operações Especiais, tornando-se a 2º Companhia daquela
UPM.

Em 2006, é legitimada como unidade especializada ao iniciar a especialização do


policial de ROTAM, através do 1º Curso de Especialização em Força Tática – CEFT, e
também, primeiro curso de especialização realizado pela ROTAM PMMT.

Em 2008, em continuidade tão necessária especialização do policial de ROTAM,


foi realizado o segundo curso de especialização, que passou a ter a nomenclatura Curso
de Operações ROTAM - COR, nome que perdura até os dias atuais.

Ainda em 2008, foi realizado o 1º Curso de Especialização em


Motopatrulhamento Tático – CEMPT, na ROTAM, fortalecendo-se cada vez mais
como unidade especializada

Já em 2009, ocorre um revés. Após a decisão do Comandante Geral da época, a


ROTAM é desativada e tem seu efetivo incorporado a Força Estadual de Segurança
pública, UPM criada após a desativação da Companhia ROTAM. A Força Estadual de
Segurança Pública, teve apenas alguns meses de existência e foi extinta em 2010,
quando ainda era embrionária.

Em 2010, o Comandante Geral da PMMT, Coronel PM Osmar Lino Farias,


reativa a ROTAM, transformando em Batalhão com subordinado ao 1º Comando
Regional da PMMT, passando a ser estruturado basicamente em 03 CIAS de
Patrulhamento Tático, sendo também composto pela 4ª CIA de Controle de Distúrbios
Civis e a 5ª CIA de Motopatrulhamento Tático – CAR, conforme Decreto nº 2.454/2010.

Ainda naquele ano, o Batalhão ROTAM passa ter como sede o atual prédio
situado na Rua Major Gama, no Bairro Dom Aquino, tendo como comandante o Major
PM Airton Benedito de Siqueira Júnior.

No ano de 2013, com o advento da Copa do Mundo de Futebol realizada no


Brasil, houve a iminente necessidade de especializar os policiais em ações de controle
de tumultos. Foi realizado, no Batalhão ROTAM, o 1º Curso de Especialização em
Controle de Distúrbios Civis, sendo este um marco das Operações de CHOQUE no
estado de Mato Grosso.

Já em 2014, o Batalhão de ROTAM passa a ser subordinado ao Comando


Especializado – CESP PMMT, mesma subordinação dos dias atuais.

Atualmente a ROTAM possui a denominação “Batalhão de Rondas Ostensivas


Tático Móvel”, Unidade de segunda resposta da Polícia Militar, que atua de forma
complementar ao policiamento ordinário através do Patrulhamento Tático, seja ele
utilizando viaturas 04 rodas ou 02 rodas. Desta forma, o Batalhão de ROTAM atua
sobretudo como unidade de apoio, em casos de ocorrências complexas, onde se exige
treinamento técnico aperfeiçoado e equipamento diferenciado. Além disso, compete ao
Batalhão ROTAM atuar como tropa de controle de distúrbios civis, no âmbito da
Polícia Militar do Estado de Mato Grosso.
CAPÍTULO I
DA DESTINAÇÃO E ATRIBUIÇÕES

Seção I
Destinação
Art. 1º - O Batalhão de Rondas Ostensivas Tático Móvel – BPM
ROTAM é considerado unidade especializada de pronto emprego e reserva tática
especial do Comando Geral da PMMT.
PARÁGRAFO ÚNICO: unidade integrante do órgão de execução da
PMMT, subordinada diretamente ao Comando Especializado – CEsp.
Art. 2º - O Batalhão ROTAM desempenhará suas atribuições em
conformidade com a legislação vigente, de acordo com as necessidades e diretrizes
traçadas pelo Comando Geral da PMMT, utilizando a Doutrina de ROTAM disposta no
Anexo I.
Seção II
Atribuições do Batalhão ROTAM
Art. 3º - O BPM ROTAM com sede nesta capital, a critério do
Comando Geral da PMMT, poderá estender sua área de atuação para as demais cidades
do Estado de Mato Grosso.
Art. 4º - O BPM ROTAM será responsável por planejar, executar,
instruir, capacitar e coordenar todas as ações referente ao Patrulhamento Tático,
Motopatrulhamento Tático e Controle de distúrbios Civis, conforme diretrizes do
Comando Geral da PMMT.
Art. 5º - São atribuições do BPM ROTAM:
I. apoiar tática/operacionalmente as Unidades da Polícia Militar do
Estado de Mato Grosso, bem como outras forças policiais, órgãos
Ministeriais e Poderes constituídos;
II. saturar na prevenção/repressão de áreas com elevado índice de
criminalidade;
III. atuar em situações de suspeitos barricados e/ou homiziados;
IV. realizar abordagens táticas a locais, veículos e pessoas;
V. combater o narcotráfico e o crime organizado de forma geral e em
apoio a outras forças;
VI. prevenir e combater o roubo/furto a estabelecimentos
financeiros/comerciais, a residências, a veículos e a pessoas;
VII. capturar foragidos da justiça;
VIII. escoltar e proteger dignitários, testemunhas, presos e valores, de
acordo com o interesse do Corporação;
IX. atuar como tropa de Controle de Distúrbios Civis – CDC, em todo o
Estado de Mato Grosso, de acordo com interesse da Corporação,
ressalvada a capacidade operacional do BPM ROTAM em atender
demandas simultâneas;
X. promover instrução, orientação e acompanhamento às demais
Unidades de Força Tática da PMMT e coirmãs em atividades de
Patrulhamento Tático, Motopatrulhamento Tático e Controle de
Distúrbios Civis - CDC, conforme interesse da Diretoria de Ensino e
do Comando Geral da PMMT.

CAPÍTULO II
ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO OPERACIONAL E ADMINISTRATIVA

Seção I
Estrutura
Art. 6º - O BPM ROTAM será estruturado da seguinte forma:
I. Comando;
II. Subcomando;
III. 1ª Seção – P/1 – Divisão Administrativa e Gestão de Pessoas;
IV. 2ª Seção – P/2 – Serviço de Inteligência (ROTAM 20);
V. 3ª Seção – P/3 – Planejamento e Instrução;
VI. 4ª Seção – P/4 – Apoio logístico e Patrimônio;
VII. 5ª Seção – P/5 – Marketing Institucional e Projetos Sociais;
VIII. 1ª CIA de Patrulhamento Tático;
IX. 2ª CIA de Controle de Distúrbios Civis;
X. 3ª CIA – Motopatrulhamento Tático – CAR.
Seção II
Organização Operacional e Administrativa

Subseção I
Comando ROTAM
Art. 7º - O Comando ROTAM será exercido por Tenente Coronel PM
possuidor do Curso de Operações de ROTAM – COR PMMT ou de coirmã
(multiplicador) e, além de outros encargos prescritos em regulamento próprio, inerentes
a seu posto, incumbem as seguintes atribuições:
I. responder ao escalão superior pelas atividades operacionais e
administrativas do BPM ROTAM;
II. representar o escalão superior em situações inerentes ao
Patrulhamento Tático, bem como assessorar o comando da
instituição em questões técnicas e operacionais pertinentes as
atividades do BPM ROTAM;
III. zelar por condições dignas de trabalho de seus comandados, bem
como atividades socioculturais e o bem estar geral da tropa;
IV. promover a auto estima, elevando a moral da tropa para se atingir
qualidade no cumprimento das ordens, dos regulamentos e da
legislação vigente;
V. acompanhar as atividades e serviços da Unidade, incentivando o
pleno exercício das funções de seus subordinados, manutenção do
espírito de iniciativa e a busca do ensino e aperfeiçoamento
continuado.

PARÁGRAFO ÚNICO: Caso não tenha Tenente Coronel PM


possuidor do COR, nas fileiras da corporação, em condições de assumir o Comando do
Batalhão de ROTAM, a função deverá ser exercida por Major PM possuidor do COR.
Este requisito baseia-se na necessidade de assessoramento técnico do Comando da
instituição em assuntos relacionados ao Patrulhamento Tático e ao CDC, objetivando
minimizar as possibilidades de erro e aumentar a eficácia das ações.
Subseção II
Subcomando ROTAM
Art. 8º - O Subcomando ROTAM será exercido por Major PM
possuidor do Curso de Operações de ROTAM - COR PMMT ou de coirmã
(multiplicador) e, além de outros encargos prescritos em regulamento próprio, inerentes
a seu posto, incumbem as seguintes atribuições:
I. substituir eventualmente o Comandante do BPM ROTAM em seus
impedimentos;
II. coordenar e fiscalizar as seções e Companhias operacionais do BPM
ROTAM;
III. fiscalizar e orientar as condutas relativas a hierarquia e disciplina;
IV. vistoriar o livro de partes diária do ROTAM Comando;
V. exercer a coordenação da comunicação social da Unidade;
VI. zelar para que todas as diretrizes traçadas pelo Comando ROTAM
sejam fielmente cumpridas pela tropa;
VII. representar o Comando do BPM ROTAM nos assuntos relativos as
ocorrências de repercussão.

PARÁGRAFO ÚNICO: Caso não tenha Major PM possuidor do


COR, nas fileiras da corporação, em condições de assumir o Subcomando do Batalhão
de ROTAM, a função deverá ser exercida por Capitão PM possuidor do COR. Este
requisito baseia-se na necessidade de assessoramento técnico do Comando da
instituição em assuntos relacionados ao Patrulhamento Tático e ao CDC, objetivando
minimizar as possibilidades de erro e aumentar a eficácia das ações.

Subseção III
1ª Seção – P/1 – Divisão Administrativa e Gestão de Pessoas
Art. 9º - Função exercida por Oficial Subalterno, possuidor do Curso
de Operações ROTAM - COR PMMT ou de coirmã (multiplicador) e, além de outros
encargos prescritos em regulamento próprio, inerentes a seu posto, incumbem as
seguintes atribuições:
I. elaborar ofícios, controle de efetivo, férias, licenças e apresentações
em juízo;
II. controlar o plano de chamada/contingência e aquartelamento do
BPM ROTAM;
III. assessorar o Comando do BPM ROTAM em questões relativas a
pessoal e secretaria;
IV. controlar e fiscalizar a escala de serviço do BPM ROTAM.

Subseção IV
2ª Seção – P/2 – Serviço de Inteligência – ROTAM 20
Art. 10º - O comando da ROTAM 20 será exercido por Oficial
Intermediário ou Subalterno com capacitação técnica em inteligência policial, além das
atribuições previstas na legislação vigente, será responsável pelas seguintes atividades:
I. atividade de inteligência e contra inteligência do BPM ROTAM;
II. assessorar o Comando ROTAM no levantamento de informações de
policiais militares que desejam servir no BPM ROTAM;
III. realizar patrulha disciplinar reservada;
IV. representar o Comando ROTAM junto aos demais órgãos de
inteligência.

Subseção V
3ª Seção – P/3 – Planejamento e Instrução
Art. 11 – Função exercida por Oficial Intermediário ou Subalterno
preferencialmente o mais antigo entre os Capitães, possuidor do Curso de Operações
ROTAM - COR PMMT ou de coirmã (multiplicador) e, além das atribuições previstas
na legislação vigente, será responsável pelas seguintes atividades:
I. planejar as operações, expedir de ordens de serviço e estatísticas;
II. planejar e fiscalizar instruções;
III. coordenar e/ou supervisionar a realização de cursos e estágios;

Subseção VI
4ª Seção – P/4 – Apoio Logístico e Patrimônio
Art. 12 - O comando da seção será exercido por Oficial Subalterno,
possuidor do Curso de Operações ROTAM - COR PMMT ou de coirmã (multiplicador)
e, além das atribuições previstas na legislação vigente, será responsável pelas seguintes
atividades:
I. coordenar a reserva de armas, almoxarifado e transporte;
II. controlar a frota de ROTAM;
III. fiscalizar e controlar o material bélico e demais materiais de uso
controlado do BPM ROTAM;
IV. coordenar e controlar da manutenção do aquartelamento e obras na
unidade;
V. representar o Comando ROTAM junto aos órgãos de logística no
âmbito da PMMT.

Subseção VII
5ª Seção – P/5 – Marketing Institucional e Projetos Sociais
Art. 13 - O comando da seção será exercido por Oficial Subalterno
com capacitação técnica em marketing e comunicação social e, além das atribuições
previstas na legislação vigente, será responsável pelas seguintes atividades:
I. supervisionar as informações referente as ocorrências conduzidas
pelo BPM ROTAM;
II. realizar avaliação prévia das informações a serem divulgadas na
imprensa em ocorrências de repercussão;
III. providenciar para que todas as informações sobre ocorrências
disseminadas por policiais do BPM ROTAM sejam repassadas
conforme o padrão pré-estabelecido pela seção;
IV. divulgar ocorrências relevantes, produtividade e ações realizadas
pelo BPM ROTAM, buscando manter uma boa imagem da Unidade;

PARÁGRAFO ÚNICO: Os Oficiais ROTAM Comando serão


auxiliares diretos na relação com órgãos de imprensa.

Subseção VIII
Companhias Operacionais
Art. 14 – O comando será exercido por Capitão ou Tenente possuidor
do COR - COR PMMT ou de coirmã (multiplicador), além das atribuições previstas na
legislação vigente, será responsável pelas as seguintes atribuições:
I. fiscalizar, desenvolver e controlar atividades dos pelotões
operacionais, preparando o efetivo e equipamentos disponíveis no
Batalhão ROTAM para emprego nas frentes de serviço, treinamentos
e instruções;
II. assegurar que os materiais e equipamentos distribuídos às
companhias estejam nas melhores condições possíveis de uso, sejam
apropriadamente utilizados, manutenidos e controlados;
III. ministrar palestras sobre prevenção de possíveis acidentes passiveis
de ocorrer em instruções e/ou outras atividades desenvolvidas pelo
Batalhão em sua respectiva companhia;
IV. elaborar e atualizar o plano de segurança e defesa do aquartelamento,
plano de chamada e outros de sua companhia;
V. fiscalizar o cumprimento das ordens emanadas pelo Comando
ROTAM junto aos pelotões operacionais;
VI. executar a função de ROTAM Supervisão.

1ª Companhia – Patrulhamento Tático


Art. 15 – Efetivo composto por 04 (quatro) pelotões operacionais
comandados pelo ROTAM Comando.

2ª Companhia – CHOQUE
Art. 16 – Efetivo composto por 01 (um) pelotão formado por policiais
possuidores do Curso de Especialização de Controle de Distúrbios Civis – CECDC ou
equivalente, comandados por Capitão PM ou Tenente PM possuidor do CECDC ou
equivalente (multiplicador).

3ª Companhia – Motopatrulhamento Tático CAR


Art. 17 – Efetivo composto por 01 (um) pelotão formado por policiais
possuidores do Curso de Especialização em Motopatrulhamento Tático – CEMPT ou
curso equivalente, comandado por Tenente possuidor do CEMPT ou equivalente
(multiplicador).
ROTAM Comando
Art. 18 – A função de ROTAM Comando será exercida por Tenente
PM possuidor do COR PMMT ou de coirmã (multiplicador), competindo-lhe as
seguintes atribuições:
I. coordenar, controlar e fiscalizar o pelotão de serviço, apoiar e
representar o Comando do Batalhão ROTAM junto ao CIOSP e
demais órgãos da atividade operacional;
II. chefiar o serviço na execução das ordens e diretrizes do comando;
III. exercer todas as funções inerentes ao Oficial de Dia, de acordo com
a legislação e regulamentos em vigor;
IV. informar ao Coordenador de Operações do CIOSP o efetivo escalado
de serviço na capital e na cidade de Várzea Grande;
V. ministrar e acompanhar instruções para o pelotão de serviço;
VI. acompanhar todas as ocorrências do pelotão de serviço;
VII. manter contato com o Comandante e Subcomandante de ROTAM
informando as alterações de caráter relevante ao serviço;
VIII. providenciar para que os procedimentos técnicos inerentes a atuação
da ROTAM sejam fielmente cumpridos, inclusive auxiliando e/ou
orientando os comandantes de operações em questões técnicas
referente ao Patrulhamento Tático, Motopatrulhamento Tático e
Controle de Distúrbios Civis;
IX. conferir e assinar o Livro de Partes Diária do ROTAM 90 e
confeccionar relatórios das operações realizadas durante o seu
serviço;
X. conceder entrevistas aos veículos de comunicação sobre ocorrências
relativas ao pelotão de serviço, de acordo com as diretrizes da
Coordenadoria de Comunicação Social e Marketing Institucional da
PMMT e do Comando do BPM ROTAM.

PARÁGRAFO ÚNICO: O ROTAM Comando deverá, além do COR,


possuir o Curso de Especialização em Controle de Distúrbios Civis, ou equivalente
(multiplicador), devido as atribuições do BPM ROTAM relacionadas ao CDC, contudo,
este requisito não o impedirá de exercer a função de ROTAM Comando.
ROTAM 90
Art. 19 – A função de ROTAM 90 será exercida por Subtenente PM
ou Sargento PM possuidor do COR PMMT ou de coirmã (multiplicador). O ROTAM
90 será o Graduado mais antigo do pelotão de serviço, sendo este o adjunto / auxiliar
direto do ROTAM Comando, competindo-lhe as seguintes atribuições:
I. realizar a conferência dos policiais de serviço, verificar se existe
alguma alteração na escala e informar ao ROTAM Comando;
II. fiscalizar a conduta, postura, apresentação pessoal e demais
situações que envolvam os policiais do pelotão de serviço,
repassando as alterações ao ROTAM Comando;
III. auxiliar no planejamento, na realização do treinamento físico e das
instruções técnicas ministradas ao pelotão de serviço em apoio ao
ROTAM Comando;
IV. coordenar a segurança orgânica do aquartelamento;
V. substituir o ROTAM Comando eventualmente em seus
impedimentos.
PARÁGRAFO ÚNICO: É recomendável que o ROTAM 90, além do
COR, possua o Curso de Especialização em Controle de Distúrbios Civis, ou
equivalente (multiplicador), devido as atribuições do BPM ROTAM relacionadas ao
CDC, contudo, este requisito não o impedirá de exercer a função de ROTAM 90.

CAPÍTULO III
DOS CURSOS OPERACIONAIS REALIZADOS PELO BATALHÃO ROTAM

Seção I
Curso de Operações ROTAM - COR
Art. 20 – É um curso realizado exclusivamente pelo Batalhão
ROTAM, tem como objetivo a especialização técnico profissional e a formação de
MULTIPLICADORES da Doutrina de ROTAM, através de instruções técnicas e táticas
específicas. Habilitará o policial militar a ministrar instruções de Patrulhamento Tático,
a participar de coordenações de COR / CCRT, a comandar e compor equipes de
ROTAM.
PARÁGRAFO ÚNICO: O COR terá sua carga horária regulada por
portaria específica. Os policiais aprovados no Curso de Operações ROTAM serão
denominados “Águias” e terão direito a utilização do brevê do COR e do braçal de
ROTAM, este último apenas quando estiver servindo no Batalhão ROTAM.

Seção II
Curso de Capacitação ROTAM – CCRT
Art. 21 – É um curso realizado exclusivamente pelo Batalhão
ROTAM, tem como objetivo a especialização técnico profissional e a formação de
OPERADORES da Doutrina de ROTAM, através de instruções técnicas e táticas
específicas. Habilita o policial militar a compor equipes de ROTAM.
PARÁGRAFO ÚNICO: O CCRT terá sua carga horária regulada por
portaria específica. Os policiais aprovados no Curso de Capacitação ROTAM serão
denominados “Taticanos” e terão direito a utilização do brevê do CCRT e do braçal de
ROTAM, este último apenas quando estiver servindo no Batalhão ROTAM.

Seção III
Curso de Especialização em Motopatrulhamento Tático – CEMPT
Art. 22 – É um curso realizado exclusivamente pelo Batalhão
ROTAM, tem como objetivo a especialização técnica profissional e a formação de
MULTIPLICADORES da Doutrina de Motopatrulhamento Tático, através de instruções
técnicas e táticas específicas. Habilitará o policial militar a ministrar instruções de
Motopatrulhamento Tático, participar de Coordenações de CEMPT, a comandar e a
compor equipes do CAR.
PARÁGRAFO ÚNICO: O CEMPT terá sua carga horária regulada
por portaria específica. Os policiais aprovados no Curso de Especialização em
Motopatrulhamento Tático terão direito a utilização do brevê do CEMPT e do braçal de
ROTAM, este último apenas quando estiver servindo no Batalhão ROTAM.

Seção III
Curso de Especialização em Controle de Distúrbios Civis – CECDC
Art. 23 – É um curso realizado exclusivamente pelo Batalhão
ROTAM, tem como objetivo a especialização técnico profissional e a formação de
MULTIPLICADORES da Doutrina de Controle de Distúrbios Civis, através de
instruções técnicas e táticas específicas. Habilitará o policial militar a ministrar
instruções de CDC, participar de Coordenações de CECDC, a comandar e a compor
grupos de CDC.
PARÁGRAFO ÚNICO: O CECDC terá sua carga horária regulada
por portaria específica. Os policiais aprovados no Curso de Especialização em Controle
de Distúrbios Civis terão direito a utilização do brevê do CECDC e do braçal de
ROTAM, este último apenas quando estiver servindo no Batalhão ROTAM.

Seção IV
Curso de Técnicas de Controle e Submissão – CTCS
Art. 24 – É um curso realizado exclusivamente pelo Batalhão
ROTAM, tem como objetivo a especialização técnico profissional e a formação de
operadores de técnicas de controle e submissão, compreendidas como um conjunto de
técnicas de artes marciais adaptadas à atividade policial, que possibilitam ao policial
realizar a contenção e o algemamento tático dos suspeitos, de forma individual e/ou em
equipe, minimizando os riscos de lesões e as possibilidade de resistência ativa/passiva.
PARÁGRAFO ÚNICO: O CTCS terá sua carga horária regulada por
portaria específica. Os policiais aprovados no Curso de Técnicas Controle e Submissão
terão direito a utilização do brevê do CTCS.

CAPÍTULO IV
DOS SÍMBOLOS DE ROTAM

Seção I
O Brasão, o Braçal, a Flâmula, o Estandarte e a Boina Preta
Art. 25 – O Brasão, o Braçal, a Flâmula, o Estandarte e a Boina Preta
representam a Unidade, são símbolos históricos e tradicionais, que identificam o militar
de ROTAM, a viatura, e a ocupação territorial, sendo simbologias que fortalecem os
vínculos de abnegação da tropa, bem como, agem no inconsciente coletivo da sociedade
como marcas registradas de combate à criminalidade e defesa do cidadão de bem. Estes
símbolos terão a seguinte heráldica:
§ 1º Heráldica do Brasão de ROTAM:
I. escudo francês na cor preta com contornos amarelos, contendo na
parte superior, escrito em campo vermelho que representa o sangue
derramado no cumprimento do dever, a inscrição ROTAM em fonte
Impact, sendo a abreviação de Rondas Ostensivas Tático Móvel na
cor amarela;
II. ao centro também na cor amarela, o raio, símbolo do patrulhamento
tático, indicando energia, precisão, força e rapidez características
necessárias para o cumprimento das missões;
III. sobreposta ao raio, o principal indicativo do brasão, a águia
estilizada na cor vermelha em homenagem aos “Aguiares” da
Unidade precursora do Patrulhamento Tático, ROTA PMESP;
IV. abaixo do escudo, um listel na cor preta com contorno em amarelo,
contendo as inscrições “Coragem – Audácia – Perseverança –
Intelecto” escritas na cor branca em fonte Monotype Corsiva,
indicando as características essenciais aos policiais voluntários a
servir no BPM ROTAM.

Subseção II
Braçal de ROTAM
§ 2º especificações do Braçal de ROTAM:
I. confeccionado em couro com estampa corrugada na cor preta,
fechamento através de velcro macho e fêmea com 50mm de
largura;
II. na parte superior, a uma distância de 10mm desta extremidade,
haverá um espaço vazado medindo 5mm (altura) x 35mm
(largura) que será usado para prendê-lo a gandola;
III. no centro do Braçal haverá o brasão de ROTAM confeccionado
em material emborrachado no tamanho 8,5cm (altura) x 8,5cm
(largura).
IV. na parte frontal, haverá um conjunto de letras em fonte Impact,
cada uma com 3,5cm (altura), sendo respeitadas as proporções de
largura de acordo com as características de cada letra,
confeccionadas em metal latão na cor dourada formando a palavra
ROTAM. Cada uma destas letras deve conter dois parafusos
pequenos soldados em seu verso para fixa-las ao Braçal;
V. a distância entre o início da letra “R” e o final da letra “M” da
palavra ROTAM deverá ser de 13cm. No verso cobrindo os
parafusos de fixação, haverá um velcro que servirá como
proteção;

§ 3º Especificações da Flâmula de ROTAM:


I. será utilizada para desfiles de tropa, para isso deve ser fixada no
cano do fuzil;
II. confeccionada no formato triangular escaleno medindo 30cm
(altura) x 60cm (largura) nas mesmas cores do uniforme orgânico
da ROTAM (camuflado urbano digital);
III. o brasão de ROTAM deverá ser bordado em ambos os lados, no
centro, no tamanho 17cm x 17cm.
§ 4º Especificações da Estandarte de ROTAM:
IV. confeccionado no formato retangular, tipo bandeira, medindo
120cm (largura) x 90cm (altura) na cor cinza;
V. o Brasão de ROTAM será bordado em ambos os lados, no centro,
no tamanho 50cm (altura) x 50cm (largura).
VI. abaixo do Brasão a inscrição: ROTAM PMMT, escrita na fonte
Impact de cor amarela, no tamanho 10cm (altura) x 90cm
(largura) indicando a subordinação do Batalhão ROTAM a
Polícia Militar do Estado de Mato Grosso.

§ 4º Boina Preta:
I. apesar da sua origem estar ligada às unidades mecanizadas das
Forças Armadas, a Boina Preta ficou popularmente relacionada ao
Patrulhamento Tático no Brasil devido ao seu uso pela ROTA
PMESP, que a implantou como parte do seu uniforme operacional,
na década de 70;
II. obrigatoriamente deverá ser utilizada pelo militar de ROTAM
sempre que esteja embarcado, durante o patrulhamento, além de
outras situações previstas nos regulamentos da PMMT.
CAPÍTULO IV
DAS PRESCRIÇÕES DIVERSAS
Art. 26 – O fardamento padrão do BPM ROTAM é o 4º G
(Policiamento Ostensivo Geral Suplementado) conforme RUPMMT sendo composto de
boina preta, gandola de combate em camuflado urbano digital, calça em camuflado
urbano digital, camiseta cinza e coturno preto de cano alto.
PARÁGRAFO ÚNICO: O BPM ROTAM poderá usar fardamento
distinto, conforme a necessidade de seu emprego, isso se faz devido a sua aplicabilidade
em diversos tipos de situações e ambientes, de acordo com as necessidades operacionais
da PMMT. Estas modificações serão aplicadas de acordo com cada caso cabendo ao
militar de ROTAM mais antigo no ambiente de operações, informar ao comandante da
operação estas adequações e subsidiá-lo no que concernem as informações técnicas
dessa situação.
Art. 27 – Este Regimento Interno e Doutrina de Força Tática /
ROTAM abrangerá também as Unidades de Força Tática do Estado.
Art. 28 – Os casos omissos serão solucionados pelo Comando do
BPM ROTAM, pelo Comandante do Comando Especializado e pelo Comandante Geral
respectivamente.

Quartel do Batalhão ROTAM, Cuiabá-MT, 18 de maio de 2018.

Cleverson Leite de Almeida – Ten Cel PM


Comandante do Batalhão ROTAM
ANEXO I
DOUTRINA DE FORÇA TÁTICA - ROTAM

1. O POLICIAL MILITAR DE ROTAM


Policial Militar de ROTAM deverá ter orgulho da sua atividade profissional, do
seu fardamento e do seu braçal, contudo, portará com humildade, respeitando aos
demais policiais e sobretudo ao cidadão de bem.
O VOLUNTARIADO é o requisito básico para o Policial Militar servir no
Batalhão ROTAM, caberá ao militar ter uma conduta familiar e profissional
irrepreensíveis. Além disso, o militar deverá possuir idoneidade moral como requisito
indispensável à atividade de ROTAM.
Existem alguns padrões e normas a serem seguidos em relação à postura e
comportamento do policial que serve na ROTAM, seja em lugares públicos ou não, em
deslocamentos com a viatura para atendimento de ocorrências ou simplesmente no
patrulhamento de rotina.
Em todas essas ocasiões, o policial é a ponta de toda estrutura organizacional,
sendo assim, seu comportamento deve ser verdadeiramente padronizado. Os padrões de
postura, compostura, legalidade e de honestidade tem parcela expressiva de relevância
junto à comunidade.
O policial militar de ROTAM deverá ter em mente que qualquer comportamento
não digno irá influenciar negativamente, na imensa coletividade denominada ROTAM,
que reúne centenas de policiais militares engajados em um só trabalho em prol da
sociedade.
Assim, cada homem deverá zelar pelo seu comportamento e postura, bem como
ter o compromisso de fiscalizar os demais.
Esse sistema defensivo específico da ética policial, a ideologia da profissão, se
denomina de doutrina, ela preserva os comportamentos positivos do homem em sua
vida pessoal e profissional.
O Policial Militar, que serve na ROTAM, deverá possuir uma só tendência e um
só esforço: realizar-se e manter-se na experiência.

1.1. INGRESSO NO BATALHÃO ROTAM


O ingresso no Batalhão ROTAM será por meio da conclusão dos cursos
realizados pela Unidade, de acordo com o interesse do Comando ROTAM e do
Comando Geral da Instituição. Excepcionalmente, o ingresso no Batalhão ROTAM será
por meio de convite feito pelo Comando ROTAM, por permuta, ou pela apresentação de
policiais VOLUNTARIOS através de ofício de apresentação, devendo estes serem
submetidos a uma criteriosa avaliação de sua vida pregressa e ao Estágio de Adaptação
do Batalhão ROTAM, conforme Portaria nº 017/DEIP/PMMT/2015. Durante o referido
estágio o policial recém-chegado ao BPM ROTAM terá sua conduta profissional e
pessoal constantemente avaliada. Para ser considerado apto no estágio, além dos
requisitos contidos na referida Portaria o militar deverá ter o seu perfil considerado
compatível com a Doutrina de ROTAM.

1.2. DAS OBRIGAÇÕES


a) É vedada a entrada ou saída do BPM ROTAM utilizando o fardamento
orgânico da Unidade (camuflado urbano digital) em veículos particulares,
sejam eles carros ou motocicletas. Pelo mesmo motivo é expressamente
proibida a utilização do referido fardamento para transitar com motocicletas,
carros, ônibus coletivo/rodoviário, ou permanecer em locais abertos ou
fechados ao público, sem que o policial militar esteja devidamente escalado,
ou compondo uma equipe de ROTAM.
b) O fardamento operacional deverá conter no máximo dois brevês, sendo estes
em tons de cinza, conforme RUPMMT.
c) O Braçal de ROTAM deverá ser utilizado no braço esquerdo, exclusivamente
durante o serviço operacional no BPM ROTAM. Cada policial será
responsável por zelar pelo seu braçal, mantendo-o limpo e em condições
condizentes com seu orgulho em ostentar.
d) O Policial deverá manter o corte de cabelo e sua apresentação pessoal de
acordo com os regulamentos da corporação.
e) Não condiz com a condutada de um policial de ROTAM constranger
transeuntes, fofocas, comentários tendenciosos, brincadeiras, gargalhadas
desmedidas e olhadelas indiscretas para mulheres durante o Patrulhamento
Tático.
2. CONCEITOS DE ROTAM
2.1. PATRULHAMENTO TÁTICO
É uma forma de policiamento especializado que possui caráter mais enérgico, é
realizado por policiais que possuem treinamento específico e armamento/equipamento
diferenciado. Atua prioritariamente onde o policiamento convencional não tem mais
eficácia na manutenção da ordem pública, trata-se de suplementação ao policiamento
ordinário.

Serão observadas as seguintes orientações visando otimizar o patrulhamento:

a) No Patrulhamento Tático o dispositivo intermitente da viatura (giroflex) deve


permanecer desligado propiciando assim um dos principais princípios da
abordagem policial a “surpresa”;
b) Durante o Patrulhamento Tático a velocidade da viatura deve ser desenvolvida
para que tudo possa ser observado com detalhes e compreendido pelos
patrulheiros da equipe. A velocidade recomendada é de 20 km/h, desde que não
venha a atrapalhar o tráfego normal da via;
c) A atenção dos homens deve estar voltada para sua área de patrulhamento;
d) Durante o patrulhamento as janelas da viatura devem estar sempre abertas para
permitir melhor visualização e agilidade. Havendo fortes chuvas que
atrapalhem o patrulhamento a viatura deverá ser estacionada em local coberto e
visível ao público e a equipe fica desembarcada, atenta ao que se passa ao seu
redor e as informações transmitidas na rádio;
e) A equipe quando desembarcada, deve postar-se de modo que cada integrante
estabeleça sua posição, resguardando sua área de responsabilidade e agindo
como se embarcado estivesse;
f) Sempre que um patrulheiro avistar uma viatura, agentes de segurança
pública/privada, instituições financeiras, veículos de transporte de valores, este
deve alertar aos demais componentes da equipe informando a localização e a
situação que se encontra.

2.2. BARCA DE ROTAM


A viatura 04 (quatro) rodas de ROTAM é tradicionalmente chamada pelos
componentes do Batalhão de BARCA de ROTAM. Essa nomenclatura é oriunda do 1º
Batalhão de Choque Tobias de Aguiar – ROTA PMESP.
3. COMPOSIÇÃO DA EQUIPE DE ROTAM

3.1. VIATURA 04 RODAS – BARCA DE ROTAM


A equipe de ROTAM é composta por no mínimo 04 (quatro) policiais militares,
visando minimizar as possibilidades de erro em ocorrências complexas e ainda por se
tratar de célula mínima para a aplicação de técnicas específicas, sendo comandada por
um graduado ou oficial. Por essa característica e pela necessidade do acondicionamento
do armamento e do equipamento de uso coletivo, o BPM ROTAM utilizará
necessariamente viaturas de maior porte (tipo SUV). Na equipe, cada policial possuirá
atribuições específicas, conforme a descrição abaixo:
a) Primeiro Homem: (Comandante de Equipe) será o responsável pelo comando,
coordenação e controle da equipe.
- A ele caberá toda a iniciativa para a resolução de ocorrências, sendo
assessorado pelos demais;
- Efetuará o acionamento da sirene e giroflex (intermitente), quando necessário;
- Será o encarregado das comunicações via rádio e com terceiros (suspeitos
abordados, transeuntes etc.) durante as abordagens;
- Em uma emergência onde haja a necessidade de dividir a equipe, ele será o
canga do 4º Homem;
- será o responsável por apresentar as ocorrências na Delegacia competente,
sempre informando o ROTAM 90 e o ROTAM Cmd na primeira oportunidade;
- Patrulhará a parte frontal da viatura (área de responsabilidade);

b) Segundo Homem: (Motorista) será o responsável pela viatura, sua


manutenção, limpeza e condução.
- Ao cautelar a Barca para o serviço deverá verificar o óleo do motor, a água do
radiador e a calibragem dos pneus;
- Deverá verificar também o funcionamento dos dispositivos sonoro/luminoso
e do rádio comunicador da Barca;
- Informará ao 1º Homem as alterações da viatura;
- Em seguida, realizará a limpeza completa da Barca (interna, externa e
aplicação do “pneu pretinho”);
- Deverá respeitar as normas de trânsito quando em patrulhamento normal;
- Deverá se manter atualizado e conhecer o local de atuação (Vias principais,
PS, DP etc.);
- Em uma emergência onde haja a necessidade de dividir a equipe, ele será o
canga do 3º Homem;
- Em caso de desembarque e afastamento da equipe da viatura, o motorista
permanecerá próximo a ela, o sendo responsável por sua segurança, para isso
deverá usar uma arma longa, permanecendo atento ao rádio;
- Não terá área de responsabilidade durante o patrulhamento.

c) Terceiro Homem: (Segurança de Equipe) será o policial militar mais antigo do


banco traseiro.
- Será o responsável pelo equipamento e armamento e equipamento de uso
coletivo da viatura;
- Na saída da base de ROTAM, deverá informar aos demais componentes da
equipe a localização do armamento e equipamento de uso coletivo no interior
da Barca, bem como suas condições (principalmente quantidade e tipo de
munição utilizada);
- No patrulhamento, fará a segurança do motorista;
- Em uma emergência em que haja a necessidade de dividir a equipe, ele será o
canga do 2º Homem;
- Patrulhará a lateral esquerda e a retaguarda da viatura.

d) Quarto Homem: (Segurança).


- Auxiliará todos os componentes da equipe com relação ao material do serviço
(cautela e descautela);
- Deverá sempre estar atento a exata localização da equipe (QTI), durante o
patrulhamento e eventuais desembarques;
- Será o responsável pela escrituração básica do serviço (anotação de pessoas e
veículos abordados, dados das ocorrências a serem apresentadas à PJC),
anotação das informações sobre ocorrências transmitidas via rádio;
- Em acompanhamento a veículos em fuga, quando houver confronto, será o
responsável por transmitir via rádio a localização da equipe para a realização
do cerco policial;
- Nas abordagens será o titular da busca pessoal e veicular;
- Será o responsável pela checagem dos suspeitos abordados junto ao CIOSP,
devendo informar as alterações ao 1º Homem;
- Será o encarregado de anotar os valores em dinheiro portados por cada
componente da equipe (em caso de valores elevados);
- Em uma emergência em que haja a necessidade de dividir a equipe ele será o
canga do 1º homem;
- Patrulhará a lateral direita e retaguarda da viatura.

e) Quinto Homem: (Observador), posicionará entre o 3° e o 4° Homem. Função


geralmente exercida por estagiário durante o patrulhamento;
- Embarcado deverá estar com a arma coldreada;
- A critério do Comandante da Equipe, poderá executar outras funções dos
componentes da equipe durante o serviço;
- Em caso de acompanhamento a veículos em fuga, exercerá a função de
municiador quando necessário;
- Em uma emergência em que haja a necessidade de dividir a equipe ele será o
canga do 3º homem.
f) Somente poderão exercer funções em equipe de ROTAM, os policiais militares
que possuam capacitação técnica para tal, conforme a Doutrina de ROTAM,
desde que estejam devidamente fardados, utilizando o fardamento operacional;
g) Qualquer policial militar que não estiver conforme a previsão doutrinária,
independente de antiguidade, deverá ocupar a posição utilizada pelo 5º homem.

Áreas de responsabilidade dos componentes da equipe


3.2. VIATURA 02 RODAS – MOTOCICLETAS CAR ROTAM
a) Primeiro Homem: (Comandante de equipe), piloto da primeira motocicleta,
será o responsável pelo comando, coordenação e controle da equipe.
- será o encarregado das comunicações com terceiros (suspeitos abordados,
transeuntes etc.) nas abordagens;
- será o responsável por apresentar as ocorrências na Delegacia competente,
sempre informando o ROTAM 90 e o ROTAM Comando na primeira
oportunidade.
- Será o responsável pela segurança no momento inicial da abordagem;
- Será o responsável pelo uso das técnicas de entrevista nos abordados.

b) Segundo Homem: (Segurança) piloto da segunda motocicleta.


- Será o responsável pela segurança no momento inicial da abordagem;
- Será o responsável pela realização das técnicas de entrevista juntamente com
o 1° homem.

c) Terceiro Homem: (Segurança) garupa da segunda motocicleta.


- Será o responsável pela escrituração básica do serviço (anotação de pessoas e
veículos abordados, dados das ocorrências a serem apresentadas à PJC),
anotações de alertas gerais, de informações sobre ocorrências transmitidas via
rádio;
- Será responsável pela comunicação via rádio durante o patrulhamento;
- Será responsável pela verbalização no momento inicial da abordagem;
- Será o primeiro a descer da motocicleta nas abordagens;
- Após posicionados os abordados, fará a segurança externa e controle de
trânsito.

d) Quarto Homem (segurança) piloto da terceira motocicleta.


- Será o responsável pela segurança no momento inicial da abordagem;
- Nas abordagens será o titular da busca pessoal e veicular;
- Será o responsável pela checagem dos suspeitos abordados junto ao CIOSP,
devendo informar as alterações ao 1º Homem.
4. DOS EQUIPAMENTOS E ARMAMENTOS

4.1. EQUIPAMENTO E ARMAMENTO INDIVIDUAL


O Policial Militar de ROTAM deverá possuir os seguintes equipamentos
individuais e armamento:
a) 01 (uma) arma de porte do tipo pistola com 03 carregadores completos;
b) colete de proteção balística;
c) rádio comunicador do tipo HT;
d) 01 (um) fiel retrátil;
e) 01 (uma) algema com chave;
f) 01 (um) canivete multiuso (com alicate);
g) 01 (uma) lanterna tática.
Além dos descritos acima, o Policial Militar de ROTAM, deverá portar durante o
serviço, os seguintes itens:
a) luvas descartáveis;
b) caneta de cor azul ou preta;
c) bloco de anotações;
d) identidade funcional e cartão de saúde;
e) CNH (para motoristas);
f) dinheiro para alimentação e gastos pessoais.

4.2. EQUIPAMENTO E ARMAMENTO COLETIVO


Cada viatura do BPMROTAM deverá possuir os seguintes equipamentos e
armamentos:
a) 04 (quatro) armas longas, sendo preferencialmente, 02 (dois) fuzis, 01 (uma)
submetralhadora, 01 (uma) espingarda gauge 12 para uso de munições de
impacto controlado;
b) munições e carregadores extras para todos os armamentos;
c) 01 (um) smartphone (talonário) para realização de checagens e uso como GPS;
d) 01 (um) escudo de proteção balística;
e) 02 (dois) bastões BP-90 e 02 (dois) bastões BP-60;
f) 01 (um) espargidor de solução pimenta GL-108 MAX ou similar;
g) 01 (um) dispositivo elétrico incapacitante SPARK ou similar;
h) 01 (um) rolo de fita zebrada;
i) kit de primeiros socorros;
j) qualquer outro equipamento que contribua para o serviço operacional;
k) todos os componentes da equipe de ROTAM deverão estar plenamente aptos
(obrigatória habilitação) a manusear e operar todo o armamento e equipamento
de uso coletivo.

5. INÍCIO DO SERVIÇO
O regime da escala de serviço obedecerá ao preconizado em portaria específica da
PMMT.
a) Todos os integrantes das Equipes de ROTAM de serviço deverão chegar, no
mínimo, 30 (trinta) minutos antes do horário previsto em escala a fim de
realizarem a cautela de armamento e materiais individuais junto à reserva de
armamentos;
b) O 1º Homem deverá realizar a fiscalização da Equipe de ROTAM e deverá
coordenar a equipagem da barca de ROTAM;
c) O 2º Homem deverá realizar a cautela da barca de ROTAM e em seguida
realizar a checagem do óleo do motor, óleo da direção, água do radiador,
combustível, freios (inclusive fluido), estepe e ferramentas para troca de pneus,
calibragem dos pneus, dispositivos sonoro/luminoso e rádio comunicador,
realizar a limpeza da Barca (caso necessário), aplicar “pneu pretinho” nos
pneus e posicionar a Barca em “espinha de peixe” pronta para a saída do
Batalhão ROTAM;
d) O 3º Homem deverá realizar a cautela do armamento e equipamento de uso
coletivo da equipe;
e) 4º Homem deverá auxiliar o 3º Homem a equipar a Barca de ROTAM;
f) O ROTAM NOVENTA deverá colocar a Cia de ROTAM em forma, por
equipes, obedecendo à antiguidade, realizará a revista da tropa, ajustes de
escalas caso necessário e apresentará o serviço ao ROTAM COMANDO, que
seguirá o programa de instrução e atuação, previsto conforme o planejamento
prévio da P-3 / SIESP;
g) As áreas de atuação serão designadas pela P-3 de ROTAM, de acordo com as
diretrizes do Comando ROTAM, podendo ser adequadas pelo ROTAM
Comando, desde que devidamente autorizado ou na necessidade do serviço;
h) Antes das Equipes de ROTAM iniciarem o procedimento de saída do Batalhão
ROTAM, a Companhia deverá realizar a “Oração do ROTANZEIRO” e ao
comando de fora de forma deverão bradar o “Brado do Batalhão de ROTAM”;
i) O Patrulheiro de ROTAM que estiver levando qualquer quantia de dinheiro
acima do suficiente para gastos com alimentação, deverá informar à equipe,
para se evitar qualquer suspeita em ocorrências envolvendo grande quantidade
dinheiro;
j) O policial de ROTAM deverá primar por sua postura e compostura
profissional. Todos se fiscalizarão mutuamente nesse sentido.

6. SAÍDA DA BASE DE ROTAM – INÍCIO DO PATRULHAMENTO


a) Antes da saída da Base de ROTAM, o 3º Homem informará a equipe em tom
audível para todos sobre o armamento e equipamento de uso coletivo a
disposição na barca, dizendo a localização de cada armamento/equipamento,
sua condição (municiado, alimentado, descarregado e destravado) e munições
utilizadas;
b) A saída do Batalhão ROTAM será feita em comboio, com os rádios das barcas
de ROTAM em frequência privativa, faróis acesos, sinais luminosos e sonoros
ligados, seguindo pelo itinerário informado antes da saída da base de ROTAM,
somente mediante ordem do ROTAM Comando ou ROTAM 90, será dada
liberdade de ação para as equipes deslocarem para suas áreas de atuação;
c) Ao encerrar o comboio, a equipe ROTAM COMANDO desligará os sinais
luminosos e sonoros, determinará via rádio “Liberdade de Ação” para as
Equipes de ROTAM e a desejará um “bom dia” e “bom serviço”. Fará contato
via rádio com o CIOSP e informará a composição da Equipe do ROTAM
COMANDO, prefixo da barca e telefone para contato, em seguida, fará contato
via rádio com todos os Oficiais de Área informando que as barcas de ROTAM
estão entrando em serviço e estarão à disposição caso precisem;
d) O ROTAM NOVENTA, fará contato com o CIOSP informando a composição
da Equipe do ROTAM NOVENTA, prefixo da barca e telefone para contato e,
por telefone comunicará a distribuição das Equipes de ROTAM na capital;
e) Cada 1º Homem ao chegar à área de atuação deverá fazer contato com o
Oficial de Área da UPM para informar que estará em apoio às guarnições
daquela área, em seguida fazerá contato com o CIOSP informando a
composição da Equipe de ROTAM, prefixo da barca e telefone para contato;
f) Toda alteração de área de atuação deverá ser informada ao ROTAM
COMANDO / ROTAM 90 respeitando a hierarquia funcional;

7. COMUNICAÇÕES VIA RÁDIO


Deverão ser observadas as seguintes orientações, visando otimizar a comunicação
via rádio:
a) A fluidez de informações durante o patrulhamento dependerá do correto
emprego do equipamento de comunicação, sendo vedada sua utilização de
maneira indisciplinada;
b) Durante todo o serviço deverá ser corretamente empregado o código “Q” e os
códigos de ocorrências, não se utilizará gírias;
c) A disciplina de ROTAM na rede rádio será rígida, não seerá permitido
qualquer tipo de comunicação que não seja a operacional;
d) A comunicação via rádio somente será utilizada para mensagens curtas, claras
e precisas. Comunicações longas ou de caráter administrativo deverão ser feitas
por telefone ou pessoalmente;
e) A prioridade de comunicação deverá ser obedecida com rigor. Caso uma
equipe a solicite, todas as demais deverão interromper a comunicação, e
somente o ROTAM Comando / ROTAM 90 solicitará as informações
necessárias;
f) Durante as ocorrências de gravidade e acompanhamento a rede deverá ficar
inteiramente à disposição da equipe diretamente envolvida, as demais
permanecerão na escuta, somente o ROTAM COMANDO / ROTAM 90
solicitará as informações necessárias;
g) A equipe envolvida na ocorrência deverá informar o local exato, características
dos suspeitos envolvidos, além das informações do veículo de fuga e armas
utilizadas pelos infratores da lei, além disso, será imprescindível informar com
precisão a direção tomada pelos criminosos durante a fuga e a existência de
reféns.
8. COMPORTAMENTO DA EQUIPE DURANTE O PATRULHAMENTO
A equipe de ROTAM, pelo seu caráter ostensivo, será referência a sociedade e em
virtude disso, todos os componentes da equipe se policiarão com relação a postura e
compostura. Alguns procedimentos serão essenciais ao Patrulhamento Tático definindo
a sua característica e eficiência durante o patrulhamento embarcado:
a) sempre que um componente da equipe avistar uma viatura, agente de
segurança pública/privada, veículo de transporte de valores, ou instituição
financeira, informará aos demais a localização e a situação que se encontra;
b) Todo Policial Militar, de qualquer unidade, encontrado durante o
patrulhamento será tratado com cordialidade e camaradagem pelos policiais
de ROTAM;
c) o interior dos estabelecimentos comerciais, bancários e empresas serão
observados pelos 3º e 4º homens;
d) mesmo diante da impossibilidade de observar tudo numa cena em
movimento, a equipe ficará sempre atenta para qualquer detalhe que pode
revelar um possível crime, e jamais retornará para a Base ROTAM com
alguma dúvida que não foi averiguada ou sanada;
e) qualquer componente da equipe que observar algo suspeito deverá alertar os
demais para averiguação. Em caso de suspeição de veículo, o 4º ou 5º
Homem realizará a pesquisa na relação de veículos roubados. Se a suspeita
persistir, o Comandante de Equipe realizará a checagem junto ao CIOSP e,
caso necessário, realizará a abordagem;
f) não será permitido que outro veículo permaneça próximo da viatura, de modo
a atrapalhar uma manobra repentina, para precaver-se de possíveis ataques de
seus ocupantes ou ainda inviabilizar um desembarque da equipe. Os
seguranças serão os responsáveis por não permitir esta aproximação. Deverá
ser observado o mesmo cuidado para com motociclistas e pedestres que se
aproximarem da equipe embarcada;
g) ao patrulhar pela faixa da esquerda, o motorista e o 4º homem sinalizarão
para que os demais veículos do fluxo que ultrapassem a viatura pela direita;
h) o motorista evitará ficar próximo de veículos de grande porte, de modo que
atrapalhe a visualização periférica da equipe;
i) em trânsito lento e semáforos, o motorista manterá uma distância da frente o
suficiente para realizar manobras, caso necessário;
j) no desembarque, de acordo com o fluxo da via, um dos componentes da
equipe fará a função de segurança geral, o outro fará à contenção do trânsito e
o quarto homem auxiliará no estacionamento da viatura;
k) toda pessoa que se aproximar da equipe deverá ser tratada com cordialidade,
devendo o Comandante da equipe ser cientificado do assunto. Ressaltando
que os policiais jamais deverão se desligar do que ocorre ao seu redor;
l) no caso de abordagem ou quando a situação não permitir as pessoas serão
convidadas a se afastarem;
m) não se permitirá que pessoas entrem na viatura, toquem nos equipamentos ou
armamentos. Caso o cidadão queira conhecer a rotina do policial de ROTAM,
esse deverá ser convidado a visitar o BPM ROTAM onde terá a devida
atenção;
n) ao manobrar a viatura em locais ermos ou de risco o comandante e os
seguranças desembarcarão para a proteção da equipe;
o) toda pessoa que for conduzida na barca de ROTAM deverá ser submetida a
busca pessoal, inclusive quando transferida de outra viatura;
p) via de regra, o motorista será o segurança da viatura quando a equipe
desembarcar para verificar qualquer ocorrência;
q) em situações administrativas, sempre que possível, 02 (dois) policiais farão à
segurança da viatura, enquanto os demais estiverem distantes;
r) se uma situação exigir que somente 01(um) policial permaneça na segurança
da viatura, este deverá fechar portas e janelas, armar-se com arma longa e
portar rádio HT. O policial responsável pela segurança da viatura
permanecerá em posição estratégica onde tenha uma ampla visão e fique
protegido.
s) Não se admitirá que ninguém aproxime ou converse com o 3º Homem para
evitar que a equipe seja surpreendida. O 3º homem não desviará a atenção
dando informações ou prestando outro apoio;
t) a segurança da equipe somente será relativamente “relaxada” quando a barca
de ROTAM estiver estacionada no interior de outro quartel da Polícia Militar.
E, mesmo assim, esta nunca ficará sozinha;
u) em qualquer logradouro que a viatura estiver, a equipe procurará por placas
com o endereço para eventual pedido de apoio em caso de emergência.
Apesar de ser obrigatório para toda a equipe, será a função do 4º homem
informar a localidade, atendimento médico e distrito policial mais próximo;
v) o policial de ROTAM nunca atuará sozinho. Qualquer averiguação ou
ocorrência deverá ser feita por, no mínimo, 02 (dois) policiais;
w) a viatura de ROTAM e sua equipe deverão estar sempre prontos para a ação,
mesmo estacionada, estará com o motor ligado e frente voltada para a saída.
No caso da necessidade de se consertar algum pneu numa borracharia, o
estepe será colocado enquanto o outro é reparado;
x) se alguma Barca de ROTAM estiver com problemas mecânicos e tiver que
ser guinchada, deverá ser apoiada por outra equipe para escolta e proteção.

8.1. DURANTE O PATRULHAMENTO É PROIBIDO:


a) resolver assuntos de interesse particular;
b) jogar objetos para fora da viatura;
c) fazer brincadeiras, gestos obscenos ou usar palavras de baixo calão;
d) permanecer descoberto;
e) gritar para alguém longe da viatura;
f) brincadeiras físicas, bem como gargalhadas desmedidas;
g) olhadelas indiscretas para mulheres;
h) aceitar qualquer tipo de retribuição material ou pecuniária, em virtude da
função;
i) fumar dentro da viatura;
j) deixar o fardamento desabotoado, sujo, ou tudo que vá contra a imagem de um
profissional sério e competente;
k) os óculos escuros e/ou de correção deverão ser discretos;

9. ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS DURANTE O


PATRULHAMENTO

9.1. EM PESSOAS
Durante o patrulhamento de ROTAM, deverão ser observados os seguintes
aspectos:
a) nos pedestres, atentar para aparência geral, mãos, volumes sob as roupas, sua
colocação no ambiente, (agasalhos em tempo quente, mal vestido em local
elegante ou vice-versa, etc.), sua aparência emocional (pessoa assustada,
pouca à vontade, sobressalto ao ver a viatura, posicionamento forçado também
pode revelar a existência de um refém;
b) a mudança repentina no comportamento, (mudança de direção, parar em casas
batendo palmas ou fingir chamar alguém), quando há mais de um e se
separam, agacham, correm, adentram o primeiro portão aberto que encontram;
c) as tatuagens típicas de cadeias e outros aspectos físicos, sangramentos, marcas
de tiro, roupas sujas;
d) as lesões que possam indicar escaladas de muros ou rastejo;
e) aos objetos dispensados quando a viatura está se aproximando.

9.2. EM VEÍCULOS
Durante o patrulhamento de ROTAM, deverão ser observados os seguintes
aspectos:
a) nos veículos atentar-se para o aspecto geral, chaves no contato, sinais de
violação, placas, reação dos ocupantes e objetos deixados em seu interior;
b) arrancadas bruscas;
c) excesso de velocidade e outras infrações de natureza grave;
d) placas velhas em veículos novos;
e) veículos sem placas;
f) faróis apagados a noite;
g) pessoas no banco traseiro do veículo com o banco do passageiro dianteiro
vazio;
h) condutores que sinalizam com o farol alto ao cruzar com a viatura;
i) táxi com passageiro e luminoso acesso;
j) veículos à frente da viatura que fazem uso constante da luz de freio;
k) veículo com apenas um passageiro estando este sentado atrás do motorista;
l) veículo com janelas abertas e chave na ignição;
m) pessoa com dificuldade de conduzir o veículo;
n) gravação nos vidros laterais (nº do chassi) em desacordo com as características
do veículo;
o) veículo incompatível com aparência do condutor;
p) veículos com maior incidência de roubo/furto.
9.3. EM RESIDÊNCIAS
Durante o patrulhamento de ROTAM, deverão ser observados os seguintes
aspectos:
a) veículos parados de forma suspeita, mal estacionados, com portas abertas, com
chave na ignição ou condutor aguardando no volante;
b) portões e portas abertas;
c) veículos realizando mudanças;
d) pessoas carregando objetos;
e) gritos e outros sons suspeitos vindos de dentro da residência;
f) pessoas paradas na entrada da casa ou nas proximidades;
g) estampidos de tiro vindo do interior da residência.

9.4. EM ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS OU FINANCEIROS


Durante o patrulhamento de ROTAM, deverão ser observados os seguintes
aspectos:
a) visualizar nas imediações do estabelecimento, veículos mal estacionados ou com
as portas abertas, indivíduos em motocicleta, pessoas paradas à entrada do
estabelecimento ou do outro lado da via pública, pessoas que saem correndo de
dentro do estabelecimento, gritos e estampidos vindos do interior do local;
b) observar o local onde fica o caixa, atentando para as pessoas próximas;
c) observar o fundo do estabelecimento, atentando para atitudes e expressões das
pessoas;
d) estabelecimentos vazios, quando em funcionamento;
e) portas abaixadas parcial ou totalmente em horário comercial;
f) pessoas próximas ao vigia do estabelecimento;
g) pessoas usando capacete dentro do estabelecimento;
h) vigias do banco com os coldres vazios ou todos juntos em um dos cantos do
local;
i) número excessivo de pessoas no interior de caixas eletrônicos.

9.5. ACOMPANHAMENTO A VEÍCULOS


Durante o acompanhamento a veículos, deverão ser observados os seguintes
aspectos:
a) Ao avistar veículo suspeito, se este estiver em sentido contrário da via, tentar
manobrar a viatura fora das vistas dos suspeitos para não alertá-los, sendo que
os seguranças deverão acompanhar visualmente o veículo, orientando o 2º
homem da equipe o trajeto que aquele seguiu;
b) Deverá acompanhar o veículo até um local apropriado para abordagem (evitar
parar próximo a bares, favelas, escolas, ponto de ônibus, trânsito intenso de
veículos ou pedestres, etc.);
c) Atenção à reação dos suspeitos;
d) Objetos jogados para fora do veículo;
e) Atenção a veículos de escolta;
f) Se possível conferir relação de veículos roubados/furtados ou consultar a placa
junto ao CIOSP.

10. CONSIDERAÇÕES GERAIS EM ABORDAGENS


Para iniciar o estudo, será importante salientar que não existem indivíduos
suspeitos, mas sim atitudes suspeitas, ou seja, o comportamento ou a situação da pessoa
é que, de alguma forma, provocará a suspeição do policial militar, tornando-o passível
de verificação. A busca pessoal é regulamentada no Código de Processo Penal em seus
Artigos:
Art. 244: A busca pessoal independerá de mandado, no caso de prisão ou quando
houver fundada suspeita de que a pessoa esteja na posse de arma proibida ou de objetos
ou papéis que constituam corpo de delito, ou quando a medida for determinada no curso
de busca domiciliar.
Art. 249: A busca em mulher será feita por outra mulher, se não importar
retardamento ou prejuízo da diligência.
Durante a realização da abordagem de ROTAM providenciará para que:
a) Nenhum transeunte cruze a área da abordagem, excetuando-se quando for
impossível contornar, neste caso este deverá passar o mais longe possível dos
suspeitos devido a possibilidade de um cidadão inocente ser tomado como
refém;
b) A boa educação será fundamental, pois este tipo de ação, por mais bem realizada
e discreta que seja, causará constrangimentos aos cidadãos;
c) A energia será sempre necessária, pois uma atitude firme, bem coordenada e
treinada, impedirá que se inicie uma reação por parte dos suspeitos;
d) Uma equipe displicente estimulará a reação dos suspeitos abordados;
e) A postura de cada componente da equipe será fundamental. Os policiais
militares deverão sempre estar com o corpo ereto, cabeça erguida e pernas
afastadas. O semblante deverá ser sério e a voz calma e firme. Uma equipe bem
treinada e com boa postura, por si só desestimulará reações e demonstração de
contrariedade com relação à abordagem, por transmitir alto grau de
profissionalismo, conhecimento e adestramento;
f) Se surgirem situações em que um suspeito alegar impossibilidade física de
desembarcar, o Comandante da Equipe mandará colocar as mãos para fora do
veículo, pela janela, e assim deverá permanecer até que a equipe se aproxime e
verifique a veracidade daquela situação. Mesmo assim, dentro das
possibilidades, deverá ser submetido a busca pessoal, bem como deverá ser
verificado o local que o suspeito ocupa no veículo;
g) Algumas abordagens poderão ser menos “rigorosas”, dependendo da situação,
pessoas idosas, mulheres e crianças, por exemplo. Porém, por despertarem
menos suspeitas, estas pessoas poderão ser utilizadas para transporte de material
ilícito, produto de crime, ou mesmo, serem reféns. Atenção quanto a estas
possibilidades;
h) Durante a abordagem deverá usar apenas o tempo necessário, mas sem pressa
para que nenhum detalhe importante escape da atenção.
i) ao constatar algo ilícito, deverá arrolar testemunhas, se houverem, e conduzir
tudo à Delegacia competente o mais breve possível;
j) É comum o suspeito cooperativo perguntar o motivo da abordagem. Neste caso,
o Comandante da Equipe poderá explicar o serviço e atitude da equipe, ao final
da abordagem;
k) Cuidado com suspeitos agressivos que se recusarem submeter à busca pessoal e
ameaçarem a equipe. Podendo ser simples ignorantes e desconhecedores da
atividade policial ou estarem tentando intimidar os policiais militares para
desviar a atenção de algo escondido em seu veículo ou vestes;
l) A busca pessoal e abordagem deverão ser de forma enérgica e educada,
alertando todos os abordados para os “crimes de desobediência, desacato e
resistência” ao se oporem ao exercício discricionário do poder de Polícia e a
verificação que a ser realizada;
m) Em locais abertos, um dos policiais deverá estar voltado para a segurança da
retaguarda da equipe.

11. ATENDIMENTO DE OCORRÊNCIAS


Durante o serviço de ROTAM, com relação ao atendimento de ocorrências, será
observando os seguintes aspectos:
a) a maioria das ocorrências atendidas pela ROTAM serão as deparadas
durante o patrulhamento;
b) nas ocorrências simples, deparadas no patrulhamento (como desinteligência
ou acidente de trânsito sem vítima), as partes serão orientadas a aguardar a
viatura da área;
c) a equipe de ROTAM nunca se desfará. Agirá sempre como unidade, mesmo
em ocorrências com outras viaturas de área e desembarcados (exceto as
divisões pontuais da equipe, que sempre deverão ser considerada exceção a
regra, sendo utilizada somente por curtos espaços de tempo);
d) em acompanhamento a pé, o policial militar nunca ficará em inferioridade
numérica;
e) tudo o que não puder ser legalmente resolvido no local deverá ser conduzido
à Delegacia competente para a confecção do B.O. ou Auto de Prisão em
Flagrante Delito;
f) em ocorrências violentas, o primeiro dever da equipe será a defesa própria e
de terceiros respectivamente;
g) o policial militar ao atirar deverá, mesmo no momento de extrema tensão,
tomar o cuidado para não atingir um inocente que possa estar no
alinhamento com o meliante em sua linha de tiro. Nesta situação será
preferível procurar abrigo e uma melhor posição para o disparo;
h) havendo necessidade de preservação do local de crime para a perícia, o
ROTAM Comando será acionado e determinará outra equipe para este
encargo, enquanto a primeira equipe apresentará os dados e partes na
Delegacia Competente;
i) o policial militar quando ferido será socorrido ao pronto socorro mais
próximo. Havendo necessidade de internação, jamais ficará sozinho até que
todos os riscos sejam eliminados;
j) ocorrências que necessitam de diligências serão coordenadas pelo ROTAM
Comando / ROTAM 90;
k) será sempre importante a coleta de provas, testemunhas e preservação do
local de crime;
l) toda pessoa necessitando de cuidados médicos urgentes será imediatamente
socorrida ao pronto socorro mais próximo;
m) também nas ocorrências, toda pessoa que entrar na viatura será submetida a
busca pessoal por policiais da equipe, mesmo que já tenha sido feita por
outro policial militar anteriormente;
n) sempre que uma equipe deixar o patrulhamento para atendimento de
ocorrência, o ROTAM 90 será imediatamente cientificado pelo Comandante
da Equipe, que informará via rádio à natureza, local e destino. O ROTAM
90 repassará estas informações imediatamente ao ROTAM Comando;
o) sempre ao se aproximar de local de ocorrência, a equipe deverá atentar para
as proximidades, e não apenas seguir cegamente para o local, pois os
meliantes poderão já estar evadindo-se, e as atitudes suspeitas revelarão o
ato criminoso. Por isso, será importante solicitar junto ao CIOSP
características dos suspeitos e veículos utilizados no crime;
p) no local da ocorrência, deverá ter cuidado com as imediações, pois poderá
haver criminosos na escolta e proteção dos demais que estão praticando
crime;
q) toda ocorrência conduzida à Delegacia deverá ser acompanhada pelo
ROTAM Comando;
r) para evitar diferenças operacionais, táticas, técnicas e também para evitar
problemas de comandamento, se a viatura da área ou outra especializada
estiver no local de ocorrência, as equipes de ROTAM não interferirão, a não
ser seja solicitado o apoio. Neste caso, sob o comando do ROTAM
Comando, as equipes de ROTAM assumirão o controle da situação e as
demais tropas deverão seguir as orientações do ROTAM Comando;
s) mesmo no calor da ocorrência entre as partes, a postura da equipe deverá ser
sempre correta, firme e tranquila;
t) após a chegada da Equipe de ROTAM, deverá cessar as discussões, brigas e
palavras de baixo calão. Será a imponência da equipe que impedirá tais
situações;
u) o Comandante da Equipe quem conversará com as partes e, assessorado pela
equipe, decidirá o procedimento a ser tomado;
v) o motorista permanecerá próximo à viatura e atento ao rádio;
w) o 3º homem assumirá a segurança geral;
x) nas repartições públicas pertinentes ao serviço operacional (IML, DP, etc)
em procedimentos de ocorrência a equipe estará sempre atenta a todas as
pessoas e detalhes e não apenas aos elementos da ocorrência;
y) na Delegacia, o Comandante da Equipe apresentará a ocorrência ao
Delegado plantonista. A postura da equipe será sempre a mesma nesta e em
qualquer outra situação;
z) o policial militar de ROTAM não se sentará, nem descansará em local
público;
aa) na apresentação de qualquer ocorrência na Delegacia será importante a
discriminação correta dos elementos que a compõe. Ex.: qual indivíduo
portava a referida arma, qual dos detidos agrediu a vítima, qual dos
indivíduos carregava o produto do roubo, etc.;
bb) mesmo na DP, não deverá relaxar a segurança, pois havendo tentativa de
fuga de preso, resgate ou invasão da Delegacia, a equipe estará sempre
pronta para a ação;
cc) dependendo do horário de término da ocorrência e das condições das
testemunhas e vítimas, a equipe de ROTAM poderá conduzi-las a suas
residências mediante autorização do ROTAM Comando;
dd) sempre que uma viatura de ROTAM for solicitada por outra e tendo esta um
superior, toda a equipe realizará apresentação individual ao mais antigo.

12. ACOMPANHAMENTO A PESSOAS EM FUGA A PÉ


O acompanhamento de pessoas a pé, pela equipe de ROTAM, será realizado da
seguinte forma:
a) a viatura poderá ser utilizada até onde for possível o seu deslocamento com
segurança;
b) em caso de desembarque em que haja necessidade de dividir a equipe, deverá
observar o princípio da superioridade numérica. Não deverá permitir que a
viatura fique abandonada;
c) se os indivíduos fugitivos se dividirem, será recomendado que escolha um
deles para que seja acompanhado, pois este ao ser detido poderá levar a equipe
aos demais suspeitos;
d) o motorista deverá estacionar a viatura em local seguro, trancá-la, fechar as
portas e seus vidros, permanecendo coberto e abrigado em local que tenha
visão da viatura e do local, portando uma arma longa e rádio HT;
e) jamais executará o “disparo de advertência”, pois na maioria dos casos, o
fugitivo tenderá a aumentar o seu pânico e, consequentemente, a sua
velocidade de fuga e de desespero, além do risco do projétil atingir inocentes;
f) caso o suspeito adentre área de mata e a equipe o perca de vista, deverá cercar
o local e acionar o apoio necessário às buscas;
g) se o fugitivo se homiziar em alguma residência e a situação permitir, a equipe
deverá realizar o adentramento de forma técnica e segura. Em se tratando de
favela e outros becos similares, atentar para a progressão com cautela,
utilizando-se de coberturas e abrigos;
h) ocorrendo à captura do suspeito, deverá averiguar nas imediações e a rota de
fuga tomada pelo suspeito, com intuito de encontrar algum objeto por ele
dispensado.

13. ACOMPANHAMENTO E CERCO AOS VEÍCULOS EM FUGA


Quando o motorista de um veículo suspeito se recusar a parar para a abordagem e
empreender fuga, a viatura de ROTAM passará a acompanhá-lo, adotando os seguintes
procedimentos:
a) acionar os sinais sonoros e luminosos (giroflex);
b) o motorista da viatura tentará manter a menor distância segura possível
(cuidado com colisão na traseira do veículo em fuga);
c) de imediato, o Comandante da Equipe pedirá prioridade de comunicação na
rede rádio e passará ao CIOSP informações sobre as características do veículo
em fuga (marca, modelo, cor, placa etc.), sobre seus ocupantes (se possível),
local (QTI) e direção tomada;
d) Se possível solicitar ao CIOSP, através da placa a checagem do veículo;
e) as demais equipes do Pelotão cessarão o patrulhamento e posicionarão,
estrategicamente na área (vias principais de fuga), para o cerco e interceptação
do veículo em fuga;
f) as equipes ao se posicionarem para o cerco, informarão ao ROTAM Comando
para controle e coordenação deste;
g) a rede rádio deverá ficar livre todo tempo possível para a equipe em
acompanhamento, que deverá informar o local e direção tomada pelo veículo
suspeito;
h) uma das maneiras de se bloquear um veículo em fuga será posiconar uma
viatura a frente para impedir o trânsito, provocando um congestionamento,
forçando sua parada. Em locais sem tráfego intenso ou de madrugada, pode-se
obstruir a via com a própria viatura. Em ambos os casos a equipe desembarca
com todo o armamento e posiciona-se em local seguro;
i) o motorista da equipe em acompanhamento deverá tomar todos os cuidados no
trânsito. E, jamais confiar cegamente que todos lhe abrirão passagem ou irão
parar nos cruzamentos;
j) deverá ter atenção ao forçar o veículo suspeito a perder o controle, pois poderá
provocar acidente envolvendo inocentes;
k) nunca deverá atirar em um veículo que esteja empreendendo fuga, nem mesmo
visando os pneus, pois poderá ser apenas um caso infração de trânsito ou crime
de menor potencial ofensivo;
l) ainda que os ocupantes do veículo em fuga atirem contra a equipe, existe a
possibilidade da existência de reféns no interior daquele veículo, nesse caso a
vitima poderá ser atingida pelos disparos dos policiais militares. Na dúvida,
não se deve atirar, mas manter distância, contudo, na certeza que não existam
reféns no veículo, os policiais militares deverão reagir, desde que o campo de
visão para o tiro seja adequado. Nesta reação, durante o acompanhamento, se o
perigo for frontal, somente o Comandante da Equipe atirará pelo lado direito da
viatura, o 3º homem será quem efetuará disparos pelo lado esquerdo da barca
dependendo da posição do veículo, no confronto, em relação à viatura;
m) a função do 4º homem durante o confronto será municiar os carregadores do 1º
e 3º homem com as munições sobressalentes. E, passará a situação via rádio ao
CIOSP, a localização do veículo em fuga e a direção tomada para a realização
do cerco policial;
n) havendo 5º homem na equipe, será responsável para municiar os carregadores;
o) como em qualquer situação, a reação será proporcional a agressão dos
infratores. O Comandante da equipe e 3º homem poderão utilizar os
armamentos longos pela janela da viatura;
p) os componentes da equipe não deverão colocar o corpo para fora pela janela da
viatura, durante o acompanhamento. Mesmo atirando, deverá estar o mais
abrigado possível, pois além de se expor demais, isso poderá atrapalhar o
motorista em uma manobra;
q) caso o veículo provoque um acidente e insista na fuga, a equipe prosseguirá
com o acompanhamento e informará ao CIOSP sobre o ocorrido, que deverá
determinar uma viatura de área atenda a ocorrência de acidente;
r) se o acidente for grave e evidenciar a existência de vítimas graves, deverá
cessar o acompanhamento, e repassar todas as informações possíveis para que
outra equipe tentará interceptar o veículo em fuga. A equipe deverá permanecer
no local do acidente priorizando o socorro aos feridos;
s) quando o veículo for abordado, os ocupantes deverão ser presos conforme
Procedimento Operacional Padrão de ROTAM, sendo no mínimo presos em
flagrante delito por direção perigosa e desobediência, caso não haja crime mais
grave que tenha provocado a tentativa de fuga;
t) caso tenha feridos, estes serão socorridos e os demais conduzidos à Delegacia
competente;
u) quando o veículo for abordado, deverá informar ao CIOSP, passando o local
para apoio e, caso necessário, desmobilizará o empenho das demais viaturas.

14. PROCEDIMENTOS EM LOCAIS DE DIFÍCIL ACESSO


Em locais de difícil acesso, o procedimento será da seguinte forma:
a) a viatura deverá deslocar de modo a não despertar atenção de terceiros, devagar
e preferencialmente em 1ª marcha;
b) os demais componentes desembarcarão com arma em punho, o 1º e 3º Homem
posicionarão a frente da viatura, enquanto o 4º Homem posicionará a
retaguarda da viatura.
15. INCURSÕES
Para as incursões, serão adotados os seguintes procedimentos:
a) será necessário um planejamento prévio, seguido por um reconhecimento da
área a fim de proceder uma incursão em local de difícil acesso;
b) em locais inacessíveis para viatura, a incursão será realizada à pé,
preferencialmente por duas equipes;
c) a(s) viatura(s) será (ão) posicionada(s) em local seguro e trancadas, ficando o
2º Homem de cada equipe responsável pela segurança destas, portando arma
longa e HT;
d) os demais farão a incursão, adotando todas as medidas de segurança,
progressão usando cobertura/abrigos e outras técnicas pertinentes;
e) o comandante da operação deverá informará ao ROTAM Comando / ROTAM
90, o tempo previsto de permanência no local, bem como o horário de retorno.

16. RESISTÊNCIA SEGUIDA DE MORTE DO INFRATOR – RSM


A ROTAM terá uma incidência maior em deparar-se com resistências de
meliantes perigosos que as unidades de área, devido a sua natureza de policiamento, isto
é, agindo principalmente em ocorrências graves, e por realizar um patrulhamento mais
enérgico, por não ter o encargo de atendimento de ocorrências rotineiras passadas pelo
CIOSP.
No cumprimento do dever legal de agir em caso de flagrância de crime, ocorrendo
a resistência à prisão por parte do criminoso, o policial militar terá o dever de ofício de
proteger o cidadão, seus companheiros e, por instinto primário sua própria vida.
Em situações em que ocorra ou na eminência de ocorrer a resistência ativa e
violenta, a reação da equipe de ROTAM será necessária para conter a injusta agressão,
assegurar a vida dos integrantes da equipe e/ou de terceiros.
A equipe de ROTAM adotará as seguintes providências em ocorrências que
tenham confrontos:
a) providenciar o socorro médico ao policial militar, à vítima e ao próprio
agressor, respectivamente;
b) deverá realizar a busca pessoal em todos os feridos civis a serem socorridos,
principalmente nos agressores, pois podem ocultar outras armas;
c) caso não haja a possibilidade de deslocamento de socorro médico, os feridos
serão socorridos o mais rápido possível ao pronto socorro mais próximo do
local do confronto;
d) o Comandante da Equipe informará a ocorrência ao ROTAM Comando, que
deslocará para o local;
e) o ROTAM Comando deverá designar uma equipe, que ficará responsável para
preservar todos os detalhes no local da ocorrência para a perícia e impedir a
dispersão de testemunhas e vítimas do crime que estava sendo praticado,
quando da tentativa de prisão;
f) as demais equipes realizarão patrulhamento nas proximidades do local;
g) o ROTAM Comando, ao chegar no local, tomará ciência dos detalhes da
ocorrência pelo Comandante da Equipe confrontante, organizará o isolamento
do local e informará ao CIOSP o resultado da ocorrência (óbito, indivíduo
encaminhado ao hospital), para que este acione as autoridades competentes;
h) o ROTAM Comando informará o fato ao Comandante de ROTAM, bem como
ao Coordenador de Operações do CIOSP;
i) se a(s) vítima(s) for(em) encaminhada(s) ao hospital, o ROTAM Comando
determinará que uma equipe desloque ao hospital para escolta e obtenção de
maiores informações;
j) as equipes responsáveis pelo isolamento deverão permanecer no local até o
término dos trabalhos da Perícia Oficial (POLITEC);
k) a equipe confrontante (condutora da ocorrência) deslocará até a Delegacia
competente para confecção do Boletim de Ocorrência e demais providências
encaminhando os objetos apreendidos, suspeitos se houverem e a(s) vitima(s).
Se houverem suspeitos a serem conduzidos à Delegacia, a equipe condutora da
ocorrência deverá solicitar ao ROTAM Comando o apoio de outra equipe de
ROTAM, que ficará responsável por encaminhar a(s) vítima(s) até a Delegacia
responsável, evitando assim que vítima e criminoso sejam transportados na
mesma viatura;
l) Encerrados os procedimentos na DPJC, o 1º Homem da equipe confrontante
será o responsável por confeccionar uma Parte informando os fatos ao
ROTAM Comando. No referido documento, o fato deverá ser narrado de
forma breve, sendo imprescindível nele constar as medidas tomadas pela
equipe condutora da ocorrência (isolamento do local de crime, socorro
médico, acionamento dos órgãos competentes, informação do fato ao ROTAM
Comando, etc.).
m) Após realizadas estas providências, as demais medidas serão tomadas
conforme as normas da PMMT.

17. TERMINO DO SERVIÇO


No término do serviço, serão realizadas as seguintes atividades pelas equipes de
ROTAM:
a) Ao término do serviço o ROTAM Comando determinará o retorno das equipes
ao BPM ROTAM;
b) Na Base ROTAM os Comandantes de Equipe entregarão os relatórios de serviço
e demais documentos, caso houver, encaminhando-os ao ROTAM 90;
c) O 3º Homem, depois de autorizado pelo ROTAM Comando, desequipará a
Barca auxiliado pelo 4º Homem;
d) O 2º Homem e 4º Homem realizarão a limpeza completa da Barca (parte interna
e externa);
e) Tanto o Pelotão que sai quanto o Pelotão o que entra de serviço entrarão em
forma para que todos tomem ciência das ocorrências e demais informações
importantes do dia e das ordens para o serviço seguinte;
f) Em seguida, o ROTAM Comando desejará um bom descanso e bom retorno às
residências para os policiais que sairem de serviço, sendo que estes no fora de
forma bradam o Brado do Batalhão ROTAM;
g) Se houver alguma equipe envolvida em ocorrência, o ROTAM Comando deverá
aguardá-la até o término e auxiliando se necessário.

18. CONSIDERAÇÕES GERAIS


a) Durante o patrulhamento, a equipe poderá realizar parada para lanche, se não
houver possibilidade de alimentação no refeitório do BPM ROTAM. O local
escolhido deverá ter boa aparência, não ser mal frequentado e estar situado em
local que não ofereça riscos a equipe. Como em qualquer local ou situação em
que a viatura estacionar (que não seja para atendimento de ocorrência) deverá
realizar o “quadrado” (averiguação nas imediações) observando tudo,
cientificando-se de que não existe nada de irregular e que possa comprometer
a segurança da equipe. No desembarque, o 3º Homem fará a segurança geral,
o 1º Homem fará a contenção do trânsito e o 4º Homem auxiliará o motorista
no estacionamento da Barca. A equipe se dividirá para a realização da
alimentação. Enquanto a metade realizará a refeição, os demais ficarão atentos
ao rádio, cuidando da segurança. A primeira parte da equipe ao entrar no
estabelecimento, discretamente observará a todos para verificar se há algo
suspeito, inclusive no banheiro. Os policiais militares não se sentarão ou
tirarão a cobertura, permanecerão em um canto discreto, que ofereça melhor
visão de todo o estabelecimento, mantendo sempre a postura de um policial
militar de ROTAM. Ao sair do estabelecimento, deverá pagar pelo que foi
consumido.
b) Durante as viagens ao interior do Estado, a Barca de ROTAM poderá ser o
único meio de locomoção disponível aos policiais, para isso, nos
deslocamentos fora de serviço a equipe deverá utilizar o fardamento de
educação física de ROTAM (conforme RUPM) ou outro padronizado pelo
Comandante da Equipe;
c) Os policiais formados em cursos de Patrulhamento Tático,
Motopatrulhamento Tático e CDC em outros estados (coirmãs) deverão passar
por um período de adaptação Doutrinária de 15 (quinze) dias, sendo
posteriormente submetido a uma avaliação escrita, para que sejam
considerados aptos a servir no Batalhão ROTAM;
d) Todos os policiais pertencentes ao efetivo do BPM ROTAM (Administrativo,
Guarda do Quartel, Reserva de Armas e Inteligência) deverão participar das
instruções e treinamentos realizados com o efetivo operacional, para isso
deverão se programar para participar das referidas instruções e informar o
ROTAM Cmd / ROTAM 90 que fará o controle de presença no livro do
ROTAM 90. Este requisito é obrigatório a todos os policiais pertencentes ao
efetivo do BPM ROTAM, tendo em vista que todo militar eventualmente pode
ser empregado em operações de Patrulhamento Tático e CDC de acordo com a
necessidade do serviço;
e) Os policiais que não possuem cursos de Patrulhamento Tático,
Motopatrulhamento Tático ou CDC apresentados no BPM ROTAM e
incluídos ao efetivo do Batalhão serão submetidos ao Estágio de Adaptação ao
BPM ROTAM, conforme portaria específica. Após o referido estágio, caso
sejam considerados APTOS, esses policiais serão incorporados ao efetivo da
Guarda do BPM ROTAM ou ao efetivo Administrativo. Os referidos militares
somente serão empregados nas atividades de Patrulhamento Tático,
Motopatrulhamento Tático e CDC em caso de justificada necessidade do
serviço.

19. DA GUARDA DO BATALHÃO ROTAM


Além das atribuições previstas em regulamento próprio, compete a Guarda do
Batalhão ROTAM:
a) Permanecer com o uniforme completo e cinto de guarnição, nos momentos em
que o policial estiver na hora de serviço;
b) No período noturno a guarda deverá fazer o uso de arma longa e colete
balístico para a segurança do aquartelamento;
c) Após o expediente administrativo, nos finais de semana e feriados os policiais
escalados na Guarda do Batalhão ROTAM poderão permanecer com o
fardamento incompleto (sem gandola), desde que autorizado pelo Cmt da
Guarda, contudo, o policial na hora de serviço deverá utilizar cinto de
guarnição e colete balístico;
d) Providenciar para que a alimentação dos policiais esteja em condições no
BPM ROTAM no horário adequado (café da manhã, almoço e jantar);
e) Reabastecer os bebedouros com água mineral sempre que necessário;
f) Fazer o controle de saída de viaturas não escaladas de serviço, anotando no
livro da Guarda horário de saída/retorno, condutor e missão realizada;

20. PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO DE ROTAM


Os procedimentos operacionais específicos serão padronizados de acordo com as
normas da instituição, para que a atuação dos policiais de ROTAM seja uniforme,
sempre dentro dos limites legais, éticos e do respeito aos Direitos Humanos, buscando a
segurança da Equipe de ROTAM, da comunidade e dos infratores da lei. A
regulamentação destes procedimentos será realizada através do de manuais específicos,
sendo eles:
a) Procedimento Operacional Padrão – POP ROTAM PMMT;
b) Manual de Controle de Distúrbios Civis – CDC ROTAM PMMT;
ANEXO II

ORAÇÃO DO ROTANZEIRO

Senhor Deus,
Vós que tudo comandais,
vós que guiais teus soldados,
pelos caminhos da dignidade e da vitória,
dai-nos a força e a coragem para lutar,
a perseverança dos bravos,
a humildade dos heróis,
e a fé que nos torna invencíveis.
Concedei-nos também Senhor,
no fragor do combate,
quando grande for a tormenta em nossos corações,
a tua incomparável honra,
a tua infinita justiça,
e a tua fiel lealdade,
para que o mal sucumba,
para sempre diante de nós,
Amém!
ROTAM! ROTAM! ROTAM!

ANEXO III

JURAMENTO DO BRAÇAL DE ROTAM

Ao conquistar o Braçal de ROTAM,


prometo honrá-lo como símbolo de dignidade, moralidade e
legalidade.
Na defesa da sociedade matogrossense,
nas tradições do Batalhão de ROTAM
e da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso.
ROTAM!

ROTAM! DE RAIO E ÁGUIA IMORTAIS!


BATALHÃO ROTAM – 2018

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