Doutrina FT Rotam 2018
Doutrina FT Rotam 2018
Doutrina FT Rotam 2018
REGIMENTO INTERNO E
DOUTRINA DE FORÇA TÁTICA /
ROTAM PMMT
HISTÓRICO DO BATALHÃO DE ROTAM
O Patrulhamento Tático, nos moldes atuais, teve sua origem na ROTA – Rondas
Ostensivas Tobias de Aguiar da PMESP. Na década de 70, esse Batalhão foi
reformulado visando o combate à guerrilha urbana.
Após a intervenção militar, em 1964, alguns militantes de extrema esquerda
iniciaram uma série de ataques ao Estado. Esses ataques consistiam principalmente na
realização de sequestros políticos, para forçar o Governo a atender às reivindicações dos
insurgentes, e roubos a estabelecimentos bancários que financiavam a existência desses
grupos.
Em resposta a esses crimes, no ano de 1970, é instalada na sede da ROTA uma
central de comunicações e suas viaturas são equipadas com rádio comunicadores, com o
objetivo de dar maior agilidade às ações. Também em 1970, os policiais de ROTA
recebem a boina preta e a adotam como uma insígnia característica. Nesse período a
ROTA passa a realizar a ronda bancária, patrulhamento urbano e CHOQUE propondo-
se a agir onde o policiamento comum não tinha condições de atuar. Com o passar do
tempo a ROTA criou uma filosofia própria de intervenção e se tornou referência para as
formações de grupos de Patrulhamento Tático em todo o país.
No Mato Grosso, no ano de 1972, foi criado um grupo denominado Tático Móvel,
com sede no 1º Batalhão de Polícia Militar, com características de policiamento e
filosofia semelhantes.
No ano 1996, o SARA foi definitivamente extinto e teve seu efetivo incorporado
ao Comando de Operações Especiais - COE, tendo como atribuições policiamento de
CHOQUE e Operações Especiais.
Contudo, o crescente número de roubos na região da grande Cuiabá, exigiu da
Policia Militar do Estado de Mato Grosso a criação de uma tropa de que atuaria em
apoio ao policiamento ostensivo realizado na área do Comando de Policiamento da
Capital – CPC, complementando o policiamento convencional nas áreas com elevado
índice de criminalidade. Em resposta a esta demanda operacional no dia 21 de junho de
2001, através da Portaria nº 005/PM3/2001, o Comandante Geral da PMMT, Coronel
PM José Maria Ribeiro de Morais criou a ROTAM com a denominação “Ronda
Ostensiva Tático Metropolitana”, subordinada ao CPC.
Ainda naquele ano, o Batalhão ROTAM passa ter como sede o atual prédio
situado na Rua Major Gama, no Bairro Dom Aquino, tendo como comandante o Major
PM Airton Benedito de Siqueira Júnior.
Seção I
Destinação
Art. 1º - O Batalhão de Rondas Ostensivas Tático Móvel – BPM
ROTAM é considerado unidade especializada de pronto emprego e reserva tática
especial do Comando Geral da PMMT.
PARÁGRAFO ÚNICO: unidade integrante do órgão de execução da
PMMT, subordinada diretamente ao Comando Especializado – CEsp.
Art. 2º - O Batalhão ROTAM desempenhará suas atribuições em
conformidade com a legislação vigente, de acordo com as necessidades e diretrizes
traçadas pelo Comando Geral da PMMT, utilizando a Doutrina de ROTAM disposta no
Anexo I.
Seção II
Atribuições do Batalhão ROTAM
Art. 3º - O BPM ROTAM com sede nesta capital, a critério do
Comando Geral da PMMT, poderá estender sua área de atuação para as demais cidades
do Estado de Mato Grosso.
Art. 4º - O BPM ROTAM será responsável por planejar, executar,
instruir, capacitar e coordenar todas as ações referente ao Patrulhamento Tático,
Motopatrulhamento Tático e Controle de distúrbios Civis, conforme diretrizes do
Comando Geral da PMMT.
Art. 5º - São atribuições do BPM ROTAM:
I. apoiar tática/operacionalmente as Unidades da Polícia Militar do
Estado de Mato Grosso, bem como outras forças policiais, órgãos
Ministeriais e Poderes constituídos;
II. saturar na prevenção/repressão de áreas com elevado índice de
criminalidade;
III. atuar em situações de suspeitos barricados e/ou homiziados;
IV. realizar abordagens táticas a locais, veículos e pessoas;
V. combater o narcotráfico e o crime organizado de forma geral e em
apoio a outras forças;
VI. prevenir e combater o roubo/furto a estabelecimentos
financeiros/comerciais, a residências, a veículos e a pessoas;
VII. capturar foragidos da justiça;
VIII. escoltar e proteger dignitários, testemunhas, presos e valores, de
acordo com o interesse do Corporação;
IX. atuar como tropa de Controle de Distúrbios Civis – CDC, em todo o
Estado de Mato Grosso, de acordo com interesse da Corporação,
ressalvada a capacidade operacional do BPM ROTAM em atender
demandas simultâneas;
X. promover instrução, orientação e acompanhamento às demais
Unidades de Força Tática da PMMT e coirmãs em atividades de
Patrulhamento Tático, Motopatrulhamento Tático e Controle de
Distúrbios Civis - CDC, conforme interesse da Diretoria de Ensino e
do Comando Geral da PMMT.
CAPÍTULO II
ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO OPERACIONAL E ADMINISTRATIVA
Seção I
Estrutura
Art. 6º - O BPM ROTAM será estruturado da seguinte forma:
I. Comando;
II. Subcomando;
III. 1ª Seção – P/1 – Divisão Administrativa e Gestão de Pessoas;
IV. 2ª Seção – P/2 – Serviço de Inteligência (ROTAM 20);
V. 3ª Seção – P/3 – Planejamento e Instrução;
VI. 4ª Seção – P/4 – Apoio logístico e Patrimônio;
VII. 5ª Seção – P/5 – Marketing Institucional e Projetos Sociais;
VIII. 1ª CIA de Patrulhamento Tático;
IX. 2ª CIA de Controle de Distúrbios Civis;
X. 3ª CIA – Motopatrulhamento Tático – CAR.
Seção II
Organização Operacional e Administrativa
Subseção I
Comando ROTAM
Art. 7º - O Comando ROTAM será exercido por Tenente Coronel PM
possuidor do Curso de Operações de ROTAM – COR PMMT ou de coirmã
(multiplicador) e, além de outros encargos prescritos em regulamento próprio, inerentes
a seu posto, incumbem as seguintes atribuições:
I. responder ao escalão superior pelas atividades operacionais e
administrativas do BPM ROTAM;
II. representar o escalão superior em situações inerentes ao
Patrulhamento Tático, bem como assessorar o comando da
instituição em questões técnicas e operacionais pertinentes as
atividades do BPM ROTAM;
III. zelar por condições dignas de trabalho de seus comandados, bem
como atividades socioculturais e o bem estar geral da tropa;
IV. promover a auto estima, elevando a moral da tropa para se atingir
qualidade no cumprimento das ordens, dos regulamentos e da
legislação vigente;
V. acompanhar as atividades e serviços da Unidade, incentivando o
pleno exercício das funções de seus subordinados, manutenção do
espírito de iniciativa e a busca do ensino e aperfeiçoamento
continuado.
Subseção III
1ª Seção – P/1 – Divisão Administrativa e Gestão de Pessoas
Art. 9º - Função exercida por Oficial Subalterno, possuidor do Curso
de Operações ROTAM - COR PMMT ou de coirmã (multiplicador) e, além de outros
encargos prescritos em regulamento próprio, inerentes a seu posto, incumbem as
seguintes atribuições:
I. elaborar ofícios, controle de efetivo, férias, licenças e apresentações
em juízo;
II. controlar o plano de chamada/contingência e aquartelamento do
BPM ROTAM;
III. assessorar o Comando do BPM ROTAM em questões relativas a
pessoal e secretaria;
IV. controlar e fiscalizar a escala de serviço do BPM ROTAM.
Subseção IV
2ª Seção – P/2 – Serviço de Inteligência – ROTAM 20
Art. 10º - O comando da ROTAM 20 será exercido por Oficial
Intermediário ou Subalterno com capacitação técnica em inteligência policial, além das
atribuições previstas na legislação vigente, será responsável pelas seguintes atividades:
I. atividade de inteligência e contra inteligência do BPM ROTAM;
II. assessorar o Comando ROTAM no levantamento de informações de
policiais militares que desejam servir no BPM ROTAM;
III. realizar patrulha disciplinar reservada;
IV. representar o Comando ROTAM junto aos demais órgãos de
inteligência.
Subseção V
3ª Seção – P/3 – Planejamento e Instrução
Art. 11 – Função exercida por Oficial Intermediário ou Subalterno
preferencialmente o mais antigo entre os Capitães, possuidor do Curso de Operações
ROTAM - COR PMMT ou de coirmã (multiplicador) e, além das atribuições previstas
na legislação vigente, será responsável pelas seguintes atividades:
I. planejar as operações, expedir de ordens de serviço e estatísticas;
II. planejar e fiscalizar instruções;
III. coordenar e/ou supervisionar a realização de cursos e estágios;
Subseção VI
4ª Seção – P/4 – Apoio Logístico e Patrimônio
Art. 12 - O comando da seção será exercido por Oficial Subalterno,
possuidor do Curso de Operações ROTAM - COR PMMT ou de coirmã (multiplicador)
e, além das atribuições previstas na legislação vigente, será responsável pelas seguintes
atividades:
I. coordenar a reserva de armas, almoxarifado e transporte;
II. controlar a frota de ROTAM;
III. fiscalizar e controlar o material bélico e demais materiais de uso
controlado do BPM ROTAM;
IV. coordenar e controlar da manutenção do aquartelamento e obras na
unidade;
V. representar o Comando ROTAM junto aos órgãos de logística no
âmbito da PMMT.
Subseção VII
5ª Seção – P/5 – Marketing Institucional e Projetos Sociais
Art. 13 - O comando da seção será exercido por Oficial Subalterno
com capacitação técnica em marketing e comunicação social e, além das atribuições
previstas na legislação vigente, será responsável pelas seguintes atividades:
I. supervisionar as informações referente as ocorrências conduzidas
pelo BPM ROTAM;
II. realizar avaliação prévia das informações a serem divulgadas na
imprensa em ocorrências de repercussão;
III. providenciar para que todas as informações sobre ocorrências
disseminadas por policiais do BPM ROTAM sejam repassadas
conforme o padrão pré-estabelecido pela seção;
IV. divulgar ocorrências relevantes, produtividade e ações realizadas
pelo BPM ROTAM, buscando manter uma boa imagem da Unidade;
Subseção VIII
Companhias Operacionais
Art. 14 – O comando será exercido por Capitão ou Tenente possuidor
do COR - COR PMMT ou de coirmã (multiplicador), além das atribuições previstas na
legislação vigente, será responsável pelas as seguintes atribuições:
I. fiscalizar, desenvolver e controlar atividades dos pelotões
operacionais, preparando o efetivo e equipamentos disponíveis no
Batalhão ROTAM para emprego nas frentes de serviço, treinamentos
e instruções;
II. assegurar que os materiais e equipamentos distribuídos às
companhias estejam nas melhores condições possíveis de uso, sejam
apropriadamente utilizados, manutenidos e controlados;
III. ministrar palestras sobre prevenção de possíveis acidentes passiveis
de ocorrer em instruções e/ou outras atividades desenvolvidas pelo
Batalhão em sua respectiva companhia;
IV. elaborar e atualizar o plano de segurança e defesa do aquartelamento,
plano de chamada e outros de sua companhia;
V. fiscalizar o cumprimento das ordens emanadas pelo Comando
ROTAM junto aos pelotões operacionais;
VI. executar a função de ROTAM Supervisão.
2ª Companhia – CHOQUE
Art. 16 – Efetivo composto por 01 (um) pelotão formado por policiais
possuidores do Curso de Especialização de Controle de Distúrbios Civis – CECDC ou
equivalente, comandados por Capitão PM ou Tenente PM possuidor do CECDC ou
equivalente (multiplicador).
CAPÍTULO III
DOS CURSOS OPERACIONAIS REALIZADOS PELO BATALHÃO ROTAM
Seção I
Curso de Operações ROTAM - COR
Art. 20 – É um curso realizado exclusivamente pelo Batalhão
ROTAM, tem como objetivo a especialização técnico profissional e a formação de
MULTIPLICADORES da Doutrina de ROTAM, através de instruções técnicas e táticas
específicas. Habilitará o policial militar a ministrar instruções de Patrulhamento Tático,
a participar de coordenações de COR / CCRT, a comandar e compor equipes de
ROTAM.
PARÁGRAFO ÚNICO: O COR terá sua carga horária regulada por
portaria específica. Os policiais aprovados no Curso de Operações ROTAM serão
denominados “Águias” e terão direito a utilização do brevê do COR e do braçal de
ROTAM, este último apenas quando estiver servindo no Batalhão ROTAM.
Seção II
Curso de Capacitação ROTAM – CCRT
Art. 21 – É um curso realizado exclusivamente pelo Batalhão
ROTAM, tem como objetivo a especialização técnico profissional e a formação de
OPERADORES da Doutrina de ROTAM, através de instruções técnicas e táticas
específicas. Habilita o policial militar a compor equipes de ROTAM.
PARÁGRAFO ÚNICO: O CCRT terá sua carga horária regulada por
portaria específica. Os policiais aprovados no Curso de Capacitação ROTAM serão
denominados “Taticanos” e terão direito a utilização do brevê do CCRT e do braçal de
ROTAM, este último apenas quando estiver servindo no Batalhão ROTAM.
Seção III
Curso de Especialização em Motopatrulhamento Tático – CEMPT
Art. 22 – É um curso realizado exclusivamente pelo Batalhão
ROTAM, tem como objetivo a especialização técnica profissional e a formação de
MULTIPLICADORES da Doutrina de Motopatrulhamento Tático, através de instruções
técnicas e táticas específicas. Habilitará o policial militar a ministrar instruções de
Motopatrulhamento Tático, participar de Coordenações de CEMPT, a comandar e a
compor equipes do CAR.
PARÁGRAFO ÚNICO: O CEMPT terá sua carga horária regulada
por portaria específica. Os policiais aprovados no Curso de Especialização em
Motopatrulhamento Tático terão direito a utilização do brevê do CEMPT e do braçal de
ROTAM, este último apenas quando estiver servindo no Batalhão ROTAM.
Seção III
Curso de Especialização em Controle de Distúrbios Civis – CECDC
Art. 23 – É um curso realizado exclusivamente pelo Batalhão
ROTAM, tem como objetivo a especialização técnico profissional e a formação de
MULTIPLICADORES da Doutrina de Controle de Distúrbios Civis, através de
instruções técnicas e táticas específicas. Habilitará o policial militar a ministrar
instruções de CDC, participar de Coordenações de CECDC, a comandar e a compor
grupos de CDC.
PARÁGRAFO ÚNICO: O CECDC terá sua carga horária regulada
por portaria específica. Os policiais aprovados no Curso de Especialização em Controle
de Distúrbios Civis terão direito a utilização do brevê do CECDC e do braçal de
ROTAM, este último apenas quando estiver servindo no Batalhão ROTAM.
Seção IV
Curso de Técnicas de Controle e Submissão – CTCS
Art. 24 – É um curso realizado exclusivamente pelo Batalhão
ROTAM, tem como objetivo a especialização técnico profissional e a formação de
operadores de técnicas de controle e submissão, compreendidas como um conjunto de
técnicas de artes marciais adaptadas à atividade policial, que possibilitam ao policial
realizar a contenção e o algemamento tático dos suspeitos, de forma individual e/ou em
equipe, minimizando os riscos de lesões e as possibilidade de resistência ativa/passiva.
PARÁGRAFO ÚNICO: O CTCS terá sua carga horária regulada por
portaria específica. Os policiais aprovados no Curso de Técnicas Controle e Submissão
terão direito a utilização do brevê do CTCS.
CAPÍTULO IV
DOS SÍMBOLOS DE ROTAM
Seção I
O Brasão, o Braçal, a Flâmula, o Estandarte e a Boina Preta
Art. 25 – O Brasão, o Braçal, a Flâmula, o Estandarte e a Boina Preta
representam a Unidade, são símbolos históricos e tradicionais, que identificam o militar
de ROTAM, a viatura, e a ocupação territorial, sendo simbologias que fortalecem os
vínculos de abnegação da tropa, bem como, agem no inconsciente coletivo da sociedade
como marcas registradas de combate à criminalidade e defesa do cidadão de bem. Estes
símbolos terão a seguinte heráldica:
§ 1º Heráldica do Brasão de ROTAM:
I. escudo francês na cor preta com contornos amarelos, contendo na
parte superior, escrito em campo vermelho que representa o sangue
derramado no cumprimento do dever, a inscrição ROTAM em fonte
Impact, sendo a abreviação de Rondas Ostensivas Tático Móvel na
cor amarela;
II. ao centro também na cor amarela, o raio, símbolo do patrulhamento
tático, indicando energia, precisão, força e rapidez características
necessárias para o cumprimento das missões;
III. sobreposta ao raio, o principal indicativo do brasão, a águia
estilizada na cor vermelha em homenagem aos “Aguiares” da
Unidade precursora do Patrulhamento Tático, ROTA PMESP;
IV. abaixo do escudo, um listel na cor preta com contorno em amarelo,
contendo as inscrições “Coragem – Audácia – Perseverança –
Intelecto” escritas na cor branca em fonte Monotype Corsiva,
indicando as características essenciais aos policiais voluntários a
servir no BPM ROTAM.
Subseção II
Braçal de ROTAM
§ 2º especificações do Braçal de ROTAM:
I. confeccionado em couro com estampa corrugada na cor preta,
fechamento através de velcro macho e fêmea com 50mm de
largura;
II. na parte superior, a uma distância de 10mm desta extremidade,
haverá um espaço vazado medindo 5mm (altura) x 35mm
(largura) que será usado para prendê-lo a gandola;
III. no centro do Braçal haverá o brasão de ROTAM confeccionado
em material emborrachado no tamanho 8,5cm (altura) x 8,5cm
(largura).
IV. na parte frontal, haverá um conjunto de letras em fonte Impact,
cada uma com 3,5cm (altura), sendo respeitadas as proporções de
largura de acordo com as características de cada letra,
confeccionadas em metal latão na cor dourada formando a palavra
ROTAM. Cada uma destas letras deve conter dois parafusos
pequenos soldados em seu verso para fixa-las ao Braçal;
V. a distância entre o início da letra “R” e o final da letra “M” da
palavra ROTAM deverá ser de 13cm. No verso cobrindo os
parafusos de fixação, haverá um velcro que servirá como
proteção;
§ 4º Boina Preta:
I. apesar da sua origem estar ligada às unidades mecanizadas das
Forças Armadas, a Boina Preta ficou popularmente relacionada ao
Patrulhamento Tático no Brasil devido ao seu uso pela ROTA
PMESP, que a implantou como parte do seu uniforme operacional,
na década de 70;
II. obrigatoriamente deverá ser utilizada pelo militar de ROTAM
sempre que esteja embarcado, durante o patrulhamento, além de
outras situações previstas nos regulamentos da PMMT.
CAPÍTULO IV
DAS PRESCRIÇÕES DIVERSAS
Art. 26 – O fardamento padrão do BPM ROTAM é o 4º G
(Policiamento Ostensivo Geral Suplementado) conforme RUPMMT sendo composto de
boina preta, gandola de combate em camuflado urbano digital, calça em camuflado
urbano digital, camiseta cinza e coturno preto de cano alto.
PARÁGRAFO ÚNICO: O BPM ROTAM poderá usar fardamento
distinto, conforme a necessidade de seu emprego, isso se faz devido a sua aplicabilidade
em diversos tipos de situações e ambientes, de acordo com as necessidades operacionais
da PMMT. Estas modificações serão aplicadas de acordo com cada caso cabendo ao
militar de ROTAM mais antigo no ambiente de operações, informar ao comandante da
operação estas adequações e subsidiá-lo no que concernem as informações técnicas
dessa situação.
Art. 27 – Este Regimento Interno e Doutrina de Força Tática /
ROTAM abrangerá também as Unidades de Força Tática do Estado.
Art. 28 – Os casos omissos serão solucionados pelo Comando do
BPM ROTAM, pelo Comandante do Comando Especializado e pelo Comandante Geral
respectivamente.
5. INÍCIO DO SERVIÇO
O regime da escala de serviço obedecerá ao preconizado em portaria específica da
PMMT.
a) Todos os integrantes das Equipes de ROTAM de serviço deverão chegar, no
mínimo, 30 (trinta) minutos antes do horário previsto em escala a fim de
realizarem a cautela de armamento e materiais individuais junto à reserva de
armamentos;
b) O 1º Homem deverá realizar a fiscalização da Equipe de ROTAM e deverá
coordenar a equipagem da barca de ROTAM;
c) O 2º Homem deverá realizar a cautela da barca de ROTAM e em seguida
realizar a checagem do óleo do motor, óleo da direção, água do radiador,
combustível, freios (inclusive fluido), estepe e ferramentas para troca de pneus,
calibragem dos pneus, dispositivos sonoro/luminoso e rádio comunicador,
realizar a limpeza da Barca (caso necessário), aplicar “pneu pretinho” nos
pneus e posicionar a Barca em “espinha de peixe” pronta para a saída do
Batalhão ROTAM;
d) O 3º Homem deverá realizar a cautela do armamento e equipamento de uso
coletivo da equipe;
e) 4º Homem deverá auxiliar o 3º Homem a equipar a Barca de ROTAM;
f) O ROTAM NOVENTA deverá colocar a Cia de ROTAM em forma, por
equipes, obedecendo à antiguidade, realizará a revista da tropa, ajustes de
escalas caso necessário e apresentará o serviço ao ROTAM COMANDO, que
seguirá o programa de instrução e atuação, previsto conforme o planejamento
prévio da P-3 / SIESP;
g) As áreas de atuação serão designadas pela P-3 de ROTAM, de acordo com as
diretrizes do Comando ROTAM, podendo ser adequadas pelo ROTAM
Comando, desde que devidamente autorizado ou na necessidade do serviço;
h) Antes das Equipes de ROTAM iniciarem o procedimento de saída do Batalhão
ROTAM, a Companhia deverá realizar a “Oração do ROTANZEIRO” e ao
comando de fora de forma deverão bradar o “Brado do Batalhão de ROTAM”;
i) O Patrulheiro de ROTAM que estiver levando qualquer quantia de dinheiro
acima do suficiente para gastos com alimentação, deverá informar à equipe,
para se evitar qualquer suspeita em ocorrências envolvendo grande quantidade
dinheiro;
j) O policial de ROTAM deverá primar por sua postura e compostura
profissional. Todos se fiscalizarão mutuamente nesse sentido.
9.1. EM PESSOAS
Durante o patrulhamento de ROTAM, deverão ser observados os seguintes
aspectos:
a) nos pedestres, atentar para aparência geral, mãos, volumes sob as roupas, sua
colocação no ambiente, (agasalhos em tempo quente, mal vestido em local
elegante ou vice-versa, etc.), sua aparência emocional (pessoa assustada,
pouca à vontade, sobressalto ao ver a viatura, posicionamento forçado também
pode revelar a existência de um refém;
b) a mudança repentina no comportamento, (mudança de direção, parar em casas
batendo palmas ou fingir chamar alguém), quando há mais de um e se
separam, agacham, correm, adentram o primeiro portão aberto que encontram;
c) as tatuagens típicas de cadeias e outros aspectos físicos, sangramentos, marcas
de tiro, roupas sujas;
d) as lesões que possam indicar escaladas de muros ou rastejo;
e) aos objetos dispensados quando a viatura está se aproximando.
9.2. EM VEÍCULOS
Durante o patrulhamento de ROTAM, deverão ser observados os seguintes
aspectos:
a) nos veículos atentar-se para o aspecto geral, chaves no contato, sinais de
violação, placas, reação dos ocupantes e objetos deixados em seu interior;
b) arrancadas bruscas;
c) excesso de velocidade e outras infrações de natureza grave;
d) placas velhas em veículos novos;
e) veículos sem placas;
f) faróis apagados a noite;
g) pessoas no banco traseiro do veículo com o banco do passageiro dianteiro
vazio;
h) condutores que sinalizam com o farol alto ao cruzar com a viatura;
i) táxi com passageiro e luminoso acesso;
j) veículos à frente da viatura que fazem uso constante da luz de freio;
k) veículo com apenas um passageiro estando este sentado atrás do motorista;
l) veículo com janelas abertas e chave na ignição;
m) pessoa com dificuldade de conduzir o veículo;
n) gravação nos vidros laterais (nº do chassi) em desacordo com as características
do veículo;
o) veículo incompatível com aparência do condutor;
p) veículos com maior incidência de roubo/furto.
9.3. EM RESIDÊNCIAS
Durante o patrulhamento de ROTAM, deverão ser observados os seguintes
aspectos:
a) veículos parados de forma suspeita, mal estacionados, com portas abertas, com
chave na ignição ou condutor aguardando no volante;
b) portões e portas abertas;
c) veículos realizando mudanças;
d) pessoas carregando objetos;
e) gritos e outros sons suspeitos vindos de dentro da residência;
f) pessoas paradas na entrada da casa ou nas proximidades;
g) estampidos de tiro vindo do interior da residência.
ORAÇÃO DO ROTANZEIRO
Senhor Deus,
Vós que tudo comandais,
vós que guiais teus soldados,
pelos caminhos da dignidade e da vitória,
dai-nos a força e a coragem para lutar,
a perseverança dos bravos,
a humildade dos heróis,
e a fé que nos torna invencíveis.
Concedei-nos também Senhor,
no fragor do combate,
quando grande for a tormenta em nossos corações,
a tua incomparável honra,
a tua infinita justiça,
e a tua fiel lealdade,
para que o mal sucumba,
para sempre diante de nós,
Amém!
ROTAM! ROTAM! ROTAM!
ANEXO III