Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

Decreto Lei N.º 07 - 2010, REGULAMENTO DA LEI ORGÂNICA

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 8

14 DE JUNHO DE 2010 195

ARTIGO 254.º ARTIGO 260.º


Formalidades Notificação para comparecimento
1. Os mandatários judiciais são notificados no seu 1. Quando a notificação se destine a chamar ao tribunal
escritório ou no domicílio escolhido e podem ser notificados a parte ou qualquer outra pessoa, o funcionário indicará o
pessoalmente pelos oficiais de diligências ou funcionários dia, hora e local em que há-de comparecer e o fim para que
que os substituam, sempre que desse modo se consiga é ordenada a comparência, deixando-lhe nota com as
economia e não se prejudique a celeridade do processo, ou indicações.
pelo escrivão de direito, quando os encontrar no edifício do
2. Revogado
tribunal.
2. A notificação considera-se feita no dia em que, no ARTIGO 3.º
escritório ou no domicílio, for assinado o mandado ou o Alteração ao art. 467.º
protocolo de entrega, pelo próprio mandatário judicial ou
É acrescentado um numero 3 ao artigo 467.º, com a
por funcionário ou por residente, respectivamente.
seguinte redacção:
3. Revogado
ARTIGO 467.º
ARTIGO 255.º
Requisitos da petição inicial
Notificação às partes que não constituíram mandatário
nem residam na localidade da sede do tribunal 1. Mantém-se com a redacção actual

1. Revogado 2. Mantém-se com a redacção actual

2. Se a parte não constituir mandatário, não se efectuam 3. A secretaria também deve recusar receber a petição
as notificações, considerando-se as decisões publicadas inicial que não contenha as indicações referidas no nú-
logo que o processo dê entrada na secretaria ou, quando se mero três do artigo 253.º.
trate de despacho lançado em requerimento avulso, logo ARTIGO 4.º
que o despacho aí dê entrada. Nos casos a que se refere o Aplicação deste diploma
n.º 3 do artigo 229.º, a parte considera-se notificada na
data em que se verifique o facto que deveria determinar a As disposições constantes deste diploma só se apli-
notificação. cam aos processos iniciados após a sua entrada em
vigor.
3. Revogado
ARTIGO 5.º
ARTIGO 257.º Entrada em vigor
Notificações avulsas ou a intervenientes acidentais
O presente diploma entra em vigor no dia seguinte ao
1. Cada parte é obrigada a apresentar as testemunhas, da sua publicação.
os peritos e as outras pessoas com intervenção acidental
Aprovado em Conselho de Ministros, de 8 de Outubro
na causa que tiver arrolado ou indicado, salvo se a parte
de 2009. – O Primeiro-Ministro, Carlo Gomes Júnior. – O
tiver requerido a notificação pessoal e efectuado preparo
Ministro da Justiça, Mamadú Saliu Jaló Pires.
para despesas, sendo caso disso.
Promulgado em 25 de Maio de 2010.
2. Revogado
Publique-se.
3. Revogado
O Presidente da República, Malam Bacai Sanhá.
4. No caso previsto na parte final do número um, o pe-
dido de notificação pessoal tem carácter excepcional e Decreto-Lei n.º 7/2010
deve ser fundamentado e formulado na altura do arrola- de 14 de Junho
mento das testemunhas ou da indicação das pessoas ou
REGULAMENTO DA LEI ORGÂNICA
peritos e feito o respectivo preparo para despesas, sob
DOS TRIBUNAIS JUDICIAIS
pena de indeferimento.
As matérias relativas à Organização Judiciária de
5. As notificações avulsas são sempre pessoais, apli-
qualquer país para além de constituírem um núcleo de
cando-se subsidiariamente as regras da citação.
normas habitualmente positivado num ou dois diplomas
ARTIGO 259.º específicos (lei orgânica dos tribunais e respectivo
regulamento) também se encontram ocasionalmente
Notificações de decisões judiciais
i n ser t as e m d i pl oma s r eg ul a dor es dos e st a t ut os
Quando se notifiquem despachos, sentenças ou profissionais dos diversos operadores judiciários e,
acórdãos, deve entregar-se cópia ou fotocópia legível da complementarmente, nas leis processuais mais importantes
decisão e dos fundamentos no acto de notificação. do Sistema de Justiça.
196 BOLETIM OFICIAL DA REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU N.º 24

A existência dum enquadramento normativo acen- ARTIGO 3.º


tuadamente disperso e incompleto coloca, frequente- Classificação dos tribunais de 1.ª instância
mente, algumas dificuldades na compreensão sistémica
do modelo de Organização Judiciária adoptado em deter- 1. Os tribunais de 1.ª instância podem ser de ingresso
minado país. ou de acesso, conforme a complexidade e o volume de
serviço.
Por isso, na sequência da aprovação da Lei Orgânica
dos Tribunais Judiciais há agora que regulamentar tal di-
2. São de ingresso, todos os tribunais de competência
ploma fundamental da organização judiciária guineense.
genérica e o juízo de instrução criminal e de transgressões
A matriz da Organização Judiciária guineense tem que e os tribunais de sector.
ser concentrada e compreendida a partir do que arti-
3. São, de acesso, os seguintes tribunais:
culadamente estipulam estes dois diplomas legais: a Lei
Orgânica e o respectivo Regulamento. a) Vara cível;
Futuramente, o aplicador da lei tem a sua tarefa faci- b) Vara criminal;
litada pois passa a dispor destes dois diplomas legais na c) Vara social;
sua actividade hermenêutica e apenas de forma subsi-
d) Tribunal de comércio;
diária terá de socorrer-se de outros diplomas para encon-
trar as soluções normativas em matérias de orgânica e) Tribunal de execução de penas;
judiciária.
f) Juízo de execuções cíveis.
Assim, O Governo, nos termos do artigo 100.º, n.º 1,
4. A classificação dos tribunais é efectuada na decla-
alínea d) da Constituição da República e sob proposta do
ração de instalação, ouvido o Conselho Superior da Magis-
Ministro da Justiça, decreta o seguinte:
tratura Judicial, podendo ser alterada posteriormente
CAPÍTULO I por proposta fundamentada do mesmo Conselho.
DIVISÃO E ORGANIZAÇÃO JUDICIAL ARTIGO 4.º

ARTIGO 1.º Organização interna dos tribunais superiores

Organização judicial territorial 1. Os tribunais superiores organizam-se em Câmaras,


nos termos da lei orgânica dos tribunais judiciais, apoiadas
1. Para efeitos de organização judiciária o território por secções de processos.
nacional divide-se em oito regiões judiciais, com sede,
respectivamente, em Bafatá, Bolama/Bijagós, Bissau, 2. Em cada tribunal superior, para além dos serviços da
Cacheu, Oio, Gabú, Quínara e Tombali. Secretaria Judicial, poderá existir um Gabinete de Apoio
ao Presidente.
2. As regiões judiciais são constituídas por um ou mais
tribunais regionais, de competência genérica ou espe- 3. O quadro de pessoal do Gabinete de Apoio ao Pre-
cializada e, nos casos previstos na lei, por tribunais de sidente será fixado por Decreto-Lei do Governo mediante
sector. proposta, devidamente fundamentada, apresentada ao
Ministro da Justiça.
3. Consta do mapa 1 anexo ao presente diploma, a área
territorial de cada região judicial. 4. O funcionamento interno do Gabinete constará do
Regulamento do respectivo tribunal.
ARTIGO 2.º
ARTIGO 5.º
Sede, área de competência e composição
dos tribunais Organização interna dos tribunais de 1.ª instância

1. O Supremo Tribunal de Justiça, com sede em Bissau, 1. Os tribunais de 1.ª instância organizam-se em várias
tem competência em todo o território nacional e a com- Secções sempre que o serviço ou a área territorial o
justifiquem.
posição constante do mapa II anexo ao presente diplo-
ma. 2. A Secretaria dos tribunais de 1.ª instância terá uma
Secção Central e, consoante o volume de serviço, uma ou
2. O Tribunal da Relação de Bissau, com sede na cidade
com o mesmo nome, tem competência em todo o território mais secções de processos.
nacional e a composição constante do mapa III anexo ao ARTIGO 6.º
presente diploma. Serviços de apoio ao Ministério Público
3. Os tribunais de 1.ª instância têm a sede, área de 1. Em cada tribunal, os magistrados do Ministério Pú-
competência e composição constantes do mapa IV anexo blico dispõem de serviços de apoio autónomos com as
ao presente diploma. competências fixadas neste diploma.
14 DE JUNHO DE 2010 197

2. Os serviços de apoio ao Ministério Público, con- CAPÍTULO III


soante o volume e a natureza do serviço, podem estru- SERVIÇOS DE APOIO JUDICIÁRIO
turar-se em termos idênticos ao disposto no artigo an- ARTIGO 10.º
terior. Organização e funcionamento das secretarias
judiciais
3. Sempre que não se justifique um quadro de pessoal
1. Os serviços judiciais de apoio aos tribunais com-
com mais de três funcionários os serviços do Ministério
preendem uma secção central e uma ou várias secções de
Público organizam-se numa única secção acumulando processos.
todas as competências.
2. As Secretarias Judiciais dos tribunais superiores são
CAPÍTULO II chefiadas por um Secretário Judicial de tribunal superior,
QUADRO DE MAGISTRADOS as dos tribunais de acesso por um Secretário Judicial e as
dos tribunais de ingresso por um Chefe de Secretaria.
ARTIGO 7.º
3. As Secções de Processos são dirigidas por um Es-
Quadro dos Juízes dos tribunais judiciais
crivão de Direito.
1. O quadro de juízes do Supremo Tribunal de Justiça 4. O quadro de funcionários dos serviços de apoio aos
consta do mapa II anexo ao presente diploma. tribunais judiciais, respectivas categorias e competências,
2. O quadro dos juízes do Tribunal da Relação é o que será fixado pelo Governo, nos trinta dias imediatos à
entrada em vigor do presente diploma, mediante proposta
consta do mapa III anexo ao presente diploma.
a apresentar pelo Conselho Superior da Magistratura
3. O quadro dos Juízes de Direito dos tribunais judiciais Judicial.
de 1.ª instância é o que consta do mapa IV anexo ao pre-
ARTIGO 11.º
sente diploma.
Competência das secretarias judiciais
ARTIGO 8.º 1. Compete aos serviços da Secretaria Judicial exercer
Alteração dos quadros as funções de secretariado, apoio administrativo e praticar
os actos necessários e adequados à tramitação proces-
1. A fixação do número de juízes por cada uma das
sual nos termos das leis de processo, da LOTJ e respectivo
secções dos tribunais superiores é da responsabilidade
regulamento, das normas de funcionamento interno e
do Conselho Superior da Magistratura Judicial face ao conforme as instruções e ordens transmitidas pelos
volume e complexidade do serviço. respectivos dirigentes, nomeadamente:
2. Ponderadas as necessidades de cada tribunal, 2. Compete à Secção Central:
compete ao Conselho Superior da Magistratura Judicial a) Registar e efectuar a distribuição dos processos e
propor, fundamentadamente, a alteração do número de papéis;
juízes. b) Contar os processos e os papéis avulsos;
ARTIGO 9.º c) Escriturar as receitas e as despesas orçamentais;
Magistrados do Ministério Público
d) Processar as despesas do Tribunal;
1. O quadro de magistrados do Ministério Público em
e) Elaborar os termos de aceitação e de posse;
exercício nos tribunais judiciais consta do mapa V anexo
ao presente diploma. f) Elaborar os mapas estatísticos;

2. Para os tribunais duma mesma região judicial haverá g) Passar certidões relativas a processos arquivados;
um número global de procuradores da República e h) Guardar os objectos e documentos relativos aos
delegados do procurador da República. processos arquivados;
3. A afectação dos magistrados referidos no número i) Atender e prestar informações ao público sempre
anterior a cada tribunal ou secção ou a vários tribunais ou que solicitadas;
secções ou outros serviços do Ministério Público, será j) Executar o expediente que não seja da competência
gerida de acordo com as necessidades de serviço. da Secção de Processos;
l) Organizar o arquivo geral e a biblioteca;
4. É correspondentemente aplicável aos quadros da
magistratura do Ministério Público, o disposto no número m) Outras atribuições legalmente determinadas ou
2 do artigo anterior mediante proposta do Conselho Su- fixadas em normas de funcionamento interno.
perior do Ministério Público. 3. Compete à Secção de Processos:
198 BOLETIM OFICIAL DA REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU N.º 24

a) Registar e movimentar processos; a) Organizar e movimentar os processos que lhe


forem distribuídos;
b) Passar certidões de processos pendentes;
b) Organizar e movimentar processos administra-
c) Preencher os verbetes estatísticos relativos aos
tivos conforme lhe for ordenado;
seus processos e fornecer outros elementos
c) Exercer as competências investigatórias que
necessários à elaboração dos mapas;
lhe forem atribuídas no âmbito do processo pe-
d) Guardar os objectos relativos a processos nal;
pendentes;
d) Coadjuvar o magistrado do Ministério Público na
e) Distribuir o serviço a efectuar pelo oficial de movimentação e instrução dos processos da
diligências da secção; secção;
f) Assegurar as condições para a realização do
serviço externo; e) Passar certidões de processos pendentes;
g) Atender e prestar inf ormações ao públ ico f) Guardar as armas, objectos, documentos e outros
relativamente a processos pendentes e sempre papéis relativos a processos pendentes;
que solicitadas; g) Atender e prestar inf ormações ao públ ico
h) Efectuar liquidações; relativamente a processos pendentes e sempre
que solicitadas;
i) Coadjuvar o respectivo juiz na movimentação dos
processos da Secção; h) Assegurar a realização do serviço externo;
j) Outras competências legalmente determinadas ou i) Outras competências legalmente determinadas
atribuídas em normas de funcionamento interno. ou atribuídas em normas de funcionamento
interno.
ARTIGO 12.º
Organização e funcionamento dos serviços ARTIGO 14.º
de apoio do MP Normas de funcionamento interno
Com as devidas adaptações, nomeadamente em re- 1. Cada tribunal ou serviço do MP elaborará, no prazo
lação às categorias dos funcionários, aplica-se o disposto de 60 dias após a entrada em vigor do presente diploma, as
no artigo 10º e número um do artigo 11.º, aos serviços de normas de funcionamento interno para os respectivos
apoio do Ministério Público. serviços de apoio, tendo em consideração, nomeadamente
as particularidades decorrentes da categoria do tribunal ou
ARTIGO 13.º da natureza do serviço a que se destinam.
Competências das Secretárias
2. As normas de funcionamento e as posteriores mo-
do Ministério Público
dificações carecem da aprovação, respectivamente, do
1. Compete à Secção Central dos serviços do Minis- Conselho Superior da Magistratura Judicial ou do Conse-
tério Público: lho Superior do Ministério Público.
a) Registar e efectuar a distribuição de processos, 3. Para efeitos de uniformização, os Conselhos Supe-
denúncias, queixas, participações e outros papéis;
riores poderão elaborar e aprovar um modelo geral de
b) Escriturar as receitas e despesas orçamentais; normas de funcionamento interno dos serviços de apoio a
c) Organizar o arquivo geral e a biblioteca; fornecer, respectivamente, aos diversos tribunais e
d) Elaborar os termos de aceitação e posse; serviços.

e) Registar as armas, objectos, documentos e outros ARTIGO 15.º


papéis relativos a processos arquivados;
Orientação dos serviços das Secretárias
f) Emitir as certidões referentes a processos
arquivados; 1. Sem prejuízo do disposto nos artigos anteriores,
compete aos presidentes dos tribunais orientar os ser-
g) Elaborar os mapas estatísticos;
viços das Secretarias Judiciais, podendo delegar tal com-
h) Atender o público e prestar as informações que
petência no respectivo Secretário ou Chefe de Secre-
forem solicitadas;
taria.
i) Outras competências legalmente determinadas
2. O disposto no número anterior e correspondente-
ou atribuídas em normas de funcionamento
mente aplicável aos serviços do Ministério Público, a
interno.
cujo magistrado couber a orientação superior dos ser-
2. Compete à Secção de Processos: viços.
14 DE JUNHO DE 2010 199

ARTIGO 16.º CAPÍTULO VI


Distribuição e substituição de pessoal CRIAÇÃO E CONVERSÃO

1. Os escrivães de direito e os técnicos de justiça ARTIGO 20.º


principais são titulares da secção ou do serviço para que Criação do tribunal de execução de penas
forem nomeados. É criado o tribunal de execução de penas nos termos
2. A afectação do restante pessoal pelas secções, cen- regulados na respectiva legislação relativa à organização
tral ou de processos, é efectuada consoante as neces- e funcionamento onde se regula a transferência de
sidades e o volume de serviço, mediante aprovação do processos em consequência.
responsável referido no artigo anterior.
ARTIGO 21.º
3. Os responsáveis pelas secretarias dos tribunais ou Criação do juízo de execuções cíveis
dos serviços do MP são substituídos, nas faltas e 1. E criado o juízo de execuções cíveis com
impedimentos, pelo escrivão de direito ou pelo técnico de compet ênci a especi al i zada para a área t erri t ori al
justiça principal, no caso de serem vários a substituição correspondente à região judicial de Bissau.
cabe ao mais antigo.
2. Os processos pendentes em qualquer das varas ou
CAPÍTULO IV
LIVROS secções do tribunal regional de Bissau cuja competência
tenha sido atribuída a este juízo serão transferidos nos 30
ARTIGO 17.º dias imediatos à entrada em vigor da presente lei para o
Registos juízo de execuções cíveis.
1. Nas secretarias judiciais e nos serviços do MP exis-
ARTIGO 22.º
tem, entre outros que as leis de processo ou os regulamentos Criação do juízo de instrução criminal
e normas de funcionamento interno exijam, os seguintes
1. É criado o juízo de instrução criminal com compe-
registos:
tência especializada para a área territorial correspon-
a) Entrada geral; dente à região judicial de Bissau.
b) Distribuição; 2. Os processos pendentes na vara criminal do tribunal
c) Movimentação processual; regional de Bissau cuja competência tenha sido atribuída
d) Decisões finais; a este juízo serão transferidos nos 30 dias imediatos à
e) Dados estatísticos. entrada em vigor da presente lei para o juízo de instrução
2. Os registos podem ser efectuados em livros pró- criminal.
prios ou em suporte informático.
ARTIGO 23.º
ARTIGO 18.º Conversão da secção de família, menores
e trabalho em Varas
Legalização dos livros
Na sequência da conversão desta secção do tribunal
Quando as secretarias utilizarem livros para efectuar
regional de Bissau na Vara de Família e Menores e na Vara
registos, estes serão legalizados pelo funcionário que as
Social, os processos pendentes naquela secção são
chefiar, apondo a assinatura nos termos de abertura e de
transferidos para cada uma das varas conforme a com-
encerramento e rubricando todas as folhas, podendo a
petência material.
rubrica ser por chancela.

CAPÍTULO V ARTIGO 24.º


Juízo de transgressões
TURNOS
1. É criado o juízo de transgressões com competência
ARTIGO 19.º
especializada para a área territorial correspondente à re-
Turnos de férias
gião judicial de Bissau.
1. Durante as férias, serão organizados turnos pelos
funcionários das secretarias, de forma a assegurar o serviço 2. Os processos pendentes na vara criminal do tribunal
urgente. regional de Bissau cuja competência tenha sido atribuída
2. Compete ao funcionário que chefiar a secretaria a a este juízo serão transferidos nos 30 dias imediatos à
organização dos turnos, após o deverão ser aprovados entrada em vigor da presente lei para o juízo de trans-
pelo magistrado a que se refere o artigo 15.º. gressões.
200 BOLETIM OFICIAL DA REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU N.º 24

ARTIGO 25.º REGIÃO JUDICIAL DE CACHEU Abrangendo os Secto-


Reorganização da vara cível e criminal res de: Bigene, Bula, Cacheu, Caio, Canchungo e S. Do-
mingos.
1. Procede-se à reestruturação das varas cível e criminal
organizando-se em secções. REGIÃO JUDICIAL DE GABU Abrangendo os Sectores
de: Boé, Gabú, Pirada, Pitche e Sonaco.
2. Consequentemente haverá que proceder à redis-
tribuição processual pelas secções. REGIÃO JUDICIAL DE OIO Abrangendo os Sectores de
Bissorã, Farim, Mansaba, Mansoa e Nhacra.
CAPÍTULO VII
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS REGIÃO JUDICIAL DE QUINARA Abrangendo os
Sectores de: Buba, Empada, Fulacunda e Tite.
ARTIGO 26.º
Conteúdo funcional REGIÃO JUDICIAL DE TOMBALI Abrangendo os Secto-
res de: Bedanda, Cacine, Catió e Quebo.
Enquanto não for aprovado um Estatuto dos Funcio-
nários Judiciais as normas de funcionamento interno MAPA II
das secretarias devem proceder à descrição do conteúdo
SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA
funcional referente às carreiras do respectivo pessoal.
Quadro de Juízes: 8 Juízes Conselheiros
ARTIGO 27.º
Remuneração por acumulação MAPA III
Nos casos de acumulação de no exercício de funções TRIBUNAL DA RELAÇÃO DE BISSAU
por parte de funcionários judiciais é correspondente-
Quadro de Juízes: 7 Juízes Desembargadores
mente aplicável o disposto no artigo 85.º da LOTJ.
ARTIGO 28.º MAPA IV
Preenchimento de quadros TRIBUNAIS REGIONAIS DE 1.ª INSTÂNCIA
Nos 30 dias imediatos à entrada em vigor do presente
Tribunal Regional de Bafatá
diploma, os Conselhos Superiores da Magistratura Judicial
Sede: Bafatá
e do Ministério Público adoptarão as mediadas neces-
Área: região judicial de Bafatá
sárias, nomeadamente um movimento excepcional de
funcionários, para preenchimento dos quadros nos tribunais Composição: 3 Juízes de Direito
judiciais depois da revisão da respectiva lei orgânica. Tribunal Regional de Bolama/Bijagós
Sede: Bubaque
ARTIGO 29.º
Entrada em vigor Área: região judicial de Bolama/Bijagós
Composição: 1 Juiz de direito
O presente diploma entra em vigor no dia seguinte ao da
sua publicação. Tribunal Regional de Bissau
Sede: Bissau
Aprovado em Conselho de Ministros, de 8 de Outubro de
Área: região judicial de Bissau
2009. – O Primeiro-Ministro, Carlos Gomes Júnior. – O
Ministro do Tribunal de Justiça, Mamadú Saliu Jaló Pires. Composição:

Promulgado em 25 de Maio de 2010. - Vara Cível, 3 Juízes de Direito


- Vara Criminal, 3 Juízes de Direito
Publique-se.
- Vara Social, 3 Juízes de Direito
O Presidente da República, Malam Bacai Sanhá.
- Juízo de Instrução Criminal, 2 Juízes de Direito
MAPA I - Juízo de Transgressões, 1 Juiz de Direito
- Juízo de Execuções Cíveis, 2 Juízes de Direito
REGIÕES JUDICIAIS
Tribunal Regional de Bolama
REGIÃO JUDICIAL DE BAFATÁ Abrangendo os Secto-
Sede: Bolama
res de: Bafatá, Bambadinca, Contuboel, Cossé, Ganadu e
Xitole. Área: região judicial de Bolama
Composição: 1 Juiz de Direito
REGIÃO JUDICIAL DE BOLAMA/BIJAGÓS Abrangendo
os Sectores de: Bolama, Bubaque, Caravela e Uno. Tribunal Regional de Cacheu
Sede: Canchungo
REGIÃO JUDICIAL DE BISSAU Abrangendo o Sector
Autónomo de Bissau e os Sectores de Safim, Quinhamel e Área: Região judicial de Cacheu
Prábis da região administrativa do Biombo. Composição: 3 Juiz de Direito
14 DE JUNHO DE 2010 201

Tribunal Regional de Gabú Tribunal de Sector de Safim.


Sede: Gabú
Composição: 1 Juiz Presidente e 2 Assessores popu-
Área: região judicial de Gabú lares.
Composição: 3 Juízes de Direito Tribunal de Sector de Bula.
Tribunal Regional de Oio Composição: 1 Juiz Presidente e 2 Assessores populares
Sede: Bissorã
Tribunal de Sector de Canchungo.
Área: região judicial de Oio
Composição: 3 Juízes de Direito Composição: 1 Juiz Presidente e 2 Assessores populares
Tribunal de Sector de Ingoré
Tribunal Regional de Quínara
Composição: 1 Juiz Presidente e 2 Assessores populares
Sede: Buba
Tribunal de Sector de S. Domingos
Área: região judicial de Quinara
Composição: 1 Juiz de Direito Composição: 1 Juiz Presidente e 2 Assessores populares
Tribunal de Sector de Mansoa
Tribunal Regional de Tombali
Sede: Catió Composição: 1 Juiz Presidente e 2 Assessores populares
Área: região judicial de Tombali Tribunal de Sector de Farim
Composição: 1 Juiz de Direito
Composição: 1 Juiz Presidente e 2 Assessores populares
TRIBUNAIS DE 1.ª INSTÂNCIA COM COMPETÊNCIA Tribunal de Sector de Contuboel
EM TODO O TERRITÓRIO NACIONAL Composição: 1 Juiz Presidente e 2 Assessores populares
Tribunal de Sector de Galomaro
Tribunal de Comércio
Sede: Bissau Composição: 1 Juiz Presidente e 2 Assessores populares
Tribunal de Sector de Gabú
Área: todo o território nacional
Composição: 4 Juízes de Direito Composição: 1 Juiz Presidente e 2 Assessores populares
Tribunal de Sector de Pirada
Tribunal de Execução de Penas
Sede: Bissau Composição: 1 Juiz Presidente e 2 Assessores populares
Tribunal de Sector de Bambadinca
Área: todo o território nacional
Composição: 1 Juiz de Direito Composição: 1 Juiz Presidente e 2 Assessores populares
Tribunal de Sector de Catió
TRIBUNAIS DE 1.ª INSTÂNCIA DE SECTOR Composição: 1 Juiz Presidente e 2 Assessores populares
Tribunal de Sector Autónomo de Bissau. Tribunal de Sector de Quebo
I JUIZO - Bairro de Chão de Papel. Composição: 1 Juiz Presidente e 2 Assessores populares
Tribunal de Sector de Fulacunda
Composição: 1 Juiz Presidente e 2 Assessores populares
Composição: 1 Juiz Presidente e 2 Assessores populares
II JUIZO - Bairro de Plubá.
Composição: 1 Juiz Presidente e 2 Assessores populares MAPA V
III JUIZO - Bairro de Sintra. MAGISTRADOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Composição: 1 Juiz Presidente e 2 Assessores populares PROCURADORES-GERAIS ADJUNTOS
IV JUIZO - Bairro de Belém. Supremo Tribunal de Justiça: 3
Composição: 1 Juiz Presidente e 2 Assessores popu- Tribunal da Relação: 1
lares Tribunal Regional de Bissau: 3
V JUIZO - Bairro Quelelé. Tribunais Regionais de competência genérica: 1
Composição: 1 Juiz Presidente e 2 Assessores popu- PROCURADORES DA REPÚBLICA
lares Tribunal Regional de Bissau: 4
VI JUIZO - Bairro Militar. - Vara Cível: 1
- Vara Criminal: 1
Composição: 1 Juiz Presidente e 2 Assessores popu-
- Vara Social: 1
lares
Tribunais regionais de competência genérica: 2
Tribunal de Sector de Quinhamel.
DELEGADOS DO PROCURADOR DA REPÚBLICA
Composição: 1 Juiz Presidente e 2 Assessores popu- Tribunal de Comércio: 3
lares Tribunal de Execução de Penas: 1
202 BOLETIM OFICIAL DA REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU N.º 24

Tribunal Regional de Bissau: 15 saber ab initio os montantes a desembolsar no acesso à


- Vara Cível: 2 Justiça. Assim, o Governo decreta, nos termos da alínea d)
- Vara Criminal: 3 do n.º 1 do art.º 100.º da Constituição, o seguinte:
- Vara Social: 4
- Juízos de Instrução Criminal: 2 ARTIGO 1.º
- Juízos de Execução: 2 É aprovada a Tabela de Custas Judiciais que se publica
- Juízos de Transgressão: 1 em anexo e faz parte integrante deste Decreto-Lei.
Tribunais Regionais de competência genérica: 12
ARTIGO 2.º
Decreto-Lei n.º 8/2010 Ficam os Ministros da Justiça e das Finanças autori-
de 14 de Junho zados a fixar e a alterar, por despacho conjunto, a publicar
REGULAMENTO DE CUSTAS JUDICIAIS no Boletim Oficial, os valores constantes na Tabela de
Custas Judiciais.
O Código das Custas Judiciais da Guiné-Bissau que foi
aprovado pelo Decreto n.º 43 809, de 20 de Julho de 1961 ARTIGO 3.º
e publicado no Boletim Oficial da Guiné n.º 32, 2.º
1. Sem prejuízo do disposto em legislação avulsa, têm
Suplemento, em 18 de Agosto de 1961, está em vigor há
isenção subjectiva de custas:
cerca de meio século. Apesar das duas alterações pon-
tuais nos impostos, nas taxas e nos emolumentos, através a) O Estado, incluindo os seus serviços ou orga-
nismos, ainda que personalizados;
do Decreto n.º 18/88, de 23 de Maio, publicado no Boletim
Oficial n.º 21 - Suplemento, de 23 de Maio de 1988 e por b) O Ministério Público;
Despacho n.º 3/2004, de 22 de Março, do Ministro da c) As autarquias locais e as associações ou as
Justiça e do Trabalho, publicado no Boletim Oficial federações municipais;
n.º 12, de 22 de Março de 2004, o Código das Custas d) As pessoas colectivas de utilidade pública;
Judiciais está francamente desactualizado e a causar
graves problemas organizacionais, exigindo específicos e) As instituições de segurança social e as ins-
e complexos conhecimentos que estão fora do alcance tituições de previdência social;
da esmagadora maioria dos operadores judiciários. f) As instituições particulares de solidariedade
Acresce, não se vislumbrar vantagem na manutenção social;
deste Código em face dos novos desafios da simplifi- g) Os incapazes ou pessoas equiparadas, repre-
cação processual, com a revisão da organização judiciária sentados pelo Ministério Público;
e as referências às linhas gerais para a reforma do Código
h) Os sinistrados em acidente de trabalho e os
de Processo Civil, nos serviços judiciais, nomeadamente
cada secção de processos deve ser capaz de gerir os portadores de doença profissional nas causas
processos do princípio até final, processual e conta- emergentes do acidente ou da doença;
bilisticamente. i) Os familiares dos trabalhadores referidos na alí-
Também não é de menor relevo que a área das custas nea anterior, a que a lei confira direito a pensão,
judiciais é um campo de eleição para que se inverta o nos casos em que do acidente ou da doença
flagelo da morosidade da administração da justiça, mais tenha resultado a morte do trabalhador e se
difícil de viabilizar nas leis de processo, em que os ganhos proponham fazer valer ou manter os direitos
de tempo muitas vezes se obtêm com sacrifício de princípios emergentes do acidente ou da doença;
nucleares, como o do contraditório, se não com o do
j) Os requeridos no incidente de assistência judi-
próprio rigor técnico de decisões que se querem reflectidas
ciária, excepto quando tenham deduzido oposição
e fundamentadas.
manifestamente infundada;
Com o sistema actual existe enorme dificuldade em
verificar e controlar a conta de custas. Por isso, optou-se k) Os agravados que, não tendo dado causa ou
por um sistema mais simples. expressamente aderido à decisão recorrida, a
não acompanhem; e
lnexistem dúvidas que os sistemas de custas judiciais
são, em grande parte, diplomas complementares das l) Os funcionários de justiça quanto às custas do
legislações processuais pelo que as futuras revisões no processo inútil a que deram causa, se o juiz, em
âmbito do processo não poderão deixar de adaptar-se às despacho fundamentado, lhes relevar a faltam.
soluções normativas que este diploma consagra já. 2. A isenção a favor de incapazes ou pessoas equi-
Foi intenção do legislador simplificar drasticamente o paradas não abrange os processos de inventário, de
actual sistema de custas com o fito de cada cidadão poder interdição ou de inabilitação.

Você também pode gostar