Teoria Da Dependencia
Teoria Da Dependencia
Teoria Da Dependencia
O autor faz uma análise das duas principais correntes da Tória da Dependência:
Corrente Weberiana
Corrente Marxista.
O autor ressalta que os motivos que leva a aceitar a marxista como a mais apta.
A Teoria da Dependência surge no início dos anos 60 e faz uma análise a partir da fase
de industrialização entre os anos 30 e 40.
1. A CORRENTE WEBERIANA
Fernando Henrique Cardoso e Enzo Faletto procuram formular uma análise que tenham
no tipo de integração social das classes e grupos os principais condicionantes do
processo de desenvolvimento. Considerava os fatores histórico-estruturais na
compreensão dos processos de modernização em detrimento do tratamento quase
exclusivo dado às variáveis exógenas.
A idéia central é que o desenvolvimento é, em si mesmo, um processo social. Não só as
condições históricas particulares eram responsáveis pelo processo de desenvolvimento
como também os conflitos entre grupos e classes.
Do modo próprio de interação entre grupos e classes, cada qual com seus valores e
interesses materiais, surgiria o sistema socioeconômico, na medida em que estes
diferentes grupos conseguissem impor seus interesses e dominação sobre o restante da
sociedade, a estrutura política e social iria sofrendo modificações. O sistema econômico
bem como seu desenvolvimento passava a depender da oposição, conciliação ou
superação dos interesses de distintas classes. Essa abordagem rompia com a idéia
anterior de que o desenvolvimento se daria pela passagem a modelos “superiores”,
condicionados por fatores naturais. Segue disso que as condições de desenvolvimento
dependem tanto das ações políticas quanto do surgimento de novos atores sociais.
A integração centro-periferia teria por trás um conjunto de relações entre grupos sociais
internos e externos, e na medida em que existe uma relação de dominação entre ambos a
imposição dos interesses de uma classe sobre o conjunto da sociedade acabaria pó
expressar os interesses de grupos externos. Como as políticas de desenvolvimento na
América Latina foram baseadas apenas em fatores conjunturais de mercado, foram
insuficientes em termos de montagem de um projeto de desenvolvimento autônomo,
por não levar em consideração a importância da modificação das estruturas sociais. O
problema do desenvolvimento estava na forma como o Estado capitalista periférico
alimentou um desenvolvimento concentrador e periférico, e não na conduta dos agentes
internacionais, como alguns teóricos costumavam argumentar.