MINISTÉRIO DA DEFESA

EXÉRCITO BRASILEIRO
10ª COMPANHIA DE ENGENHARIA DE COMBATE (1986)
(COMPANHIA GENERAL ABREU E LIMA)

PLANO DE SESSÃO
DATA: Conforme QTQ
OM: 10ª Cia E Cmb HORA: Conforme QTQ
UNIFORME: 9º C2 INSTRUENDO: Soldados do Efetivo variável/2022

MATÉRIA: 18. Marchas e Estacionamentos

ASSUNTOS:
1. Estacionamentos.
a. Bivaque, acampamento e acantonamento;
b. Conceito e finalidades;
c. Instalações existentes. Utilização e cuidados;
d. Procedimentos nas diversas áreas.

OBJETIVOS DA SESSÃO:
B-104 – Participar da realização de um Bivaque de Subunidade.

LOCAL DA INSTRUÇÃO: Área da Companhia.

TÉCNICAS DE INSTRUÇÃO: Prática Controlada.
MEIOS AUXILIARES: Quadro mural, pá de sapa, poncho, cabo solteiro cyalume

AUXILIAR (ES):
INSTRUTOR (ES): MONITOR (ES):
Cb Reino, Cb Pacheco e
3°Sgt Nascimento Eqp de Instrução
Sd Rivelino

MEDIDAS ADMINISTRATIVAS: Limpeza e preparação do local de instrução.

MEDIDAS DE SEGURANÇA: Em qualquer eventual baixa que possa ocorrer na instrução, encaminhar o
instruendo à ambulância ou, em casos mais graves, a um hospital local.
FONTES DE CONSULTA: Manuais C 21-74 e EB70-MC10.304
ASSINATURA: VISTO:

DAVID DE OLIVEIRA NASCIMENTO – 3°Sgt VICTOR VINÍCIUS RIBEIRO DE LIMA - Cap

Instrutor S3 da 10ª Cia E Cmb
 MAI
TEM
DISTRIBUIÇÃO DO ASSUNTO E
PO
OBS

1. INTRODUÇÃO

Nesta instrução realizaremos um bivaque em nível subunidade,

5 min de maneira mais criteriosa e avaliativa. Para isso devemos ter alguns Quad
cuidados, os quais serão descritos a seguir: ro
mural
2. DESENVOLIMENTO

2.1 TIPOS DE ESTACIONAMENTOS

2.2 TIPOS DE ABRIGOS IMPROVISADOS

3. CONCLUSÃO

BIVAQUE

Quando a tropa permanece ao relento, protegendo-se com a cobertura

de árvores, acidentes do terreno, e com seus abrigos (capote, pano de
barraca, manta, etc.). Também na zona de combate adota-se o bivaque.

30min ACAMPAMENTO

Quando se armam barracas. Adotado em áreas afastadas do combate.

ACANTONAMENTO

Quando se aproveita as instalações existentes fazendo aí, o

estacionamento da tropa. Adotada na zona de combate.

Em campanha é indispensável que se proporcione à tropa,

frequentemente, condições de repouso, higiene, conforto e
possibilidade de manutenção de seu material.
A área onde a tropa descansa ou se reúne, chama-se ZONA DE
ESTACIONAMENTO.

ESCOLHA DOS LOCAIS DE ESTACIONAMENTO

São escolhidas de acordo com regras militares e sanitárias bem

definidas. A zona de estacionamento de uma unidade é designada pelo
escalão superior.
 São fatores determinantes dos locais de estacionamento:
a) Segurança - cobertura e disfarce (de acordo com a situação tática).
b) Espaço - suficiente para permitir a dispersão do pessoal e
viaturas, aproximadamente 300m2 (trezentos metros Quadrados) por
SU.
c) Água - Proximidade de suprimento de água
d) Acessibilidade - Rede de estradas convenientes, ou caminhos
que permitam o funcionamento dos transportes.

CARACTERÍSTICAS FAVORÁVEIS PARA LOCAIS DE

ESTACIONAMENTO

- Acessibilidade e quantidade suficiente de água potável e de

combustível.
10 - Terreno arenoso ou argiloso favorável absorção de restos
min
líquidos.
- Terreno firme e coberto de relva
- Espaço suficiente a fim de evitar o congestionamento e permitir
o afastamento necessário entre a cozinha e as latrinas
- Elevação ou árvores que sirvam de quebra vento durante o
tempo frio
- Sombras de árvores como proteção contra o sol
- Terreno firme para viaturas
- Boa rede de estradas
- Cobertas contra observação aérea

CARACTERÍSTICAS DESFAVORÁVEIS PARA

LOCAIS DE ESTACIONAMENTO

- Devem ser evitados os leitos de rios secos, as ravinas; as zonas

baixas em regiões sujeitas às chuvas abundantes;
- Locais barrentos, poeirentos e de solo frouxo;
- Terrenos pantanosos ou alagadiços que possam ser infestados
de mosquitos, que sejam sujeitos a névoas e garoas;
- Locais em que o nível mais baixo das águas circunvizinhas
atinja a 1,20m da superfície do solo;
- Encosta muito inclinada;
- Locais que fiquem a menos de 1500m das povoações.

HIGIENE NOS LOCAIS DE ESTACIONAMENTOS

- Os médicos são responsáveis pela vigilância sanitária dos locais

propostos, fazendo recomendações condizentes à sua
conveniência.
 - O combatente deverá saber a localização das fossas de detritos
(para o lançamento dos restos de comida) e das latrinas.
- Os restos de comida lançados fora do local indicado, farão com
que venham para a área de estacionamento pequenos animais,
formigas, etc., os quais causarão incômodo à tropa instalada.
Também as necessidades fisiológicas feitas fora do local
indicado, poderão acarretar inclusive epidemias.
- O combatente também será informado do local onde deverá
obter água para:
a) Beber e cozinhar (geralmente é tratada);
b) Para animais;
c) Para banho;
d) Para lavagem de roupa;
e) Para viaturas.

 Soldado que se utilizar da água, principalmente para beber, fora

do local indicado, estará pondo sua saúde em risco.
 Exemplo da distribuição da água de um rio para uma tropa que
esteja estacionada.

ÁREA DE ESTACIONAMENTO

Água p/beber Animais Banho Lavagem

Lavagem
e cozinhar de roupa de
viaturas

DIREÇÃO DO RIO
-------------------
10 Qualquer Distância (Ex: 50 em 50 metros).
min

MEDIDAS DE HIGIENE EM UMA ZONA DE

ESTACIONAMENTO

As latas de lixo e fossa de detritos devem ficar sempre tampadas, os

homens que ocupam uma barraca são responsáveis pela limpeza do seu
interior, da frente e das partes laterais.
Existe uma turma de faxina que geralmente percorre a área de
estacionamento 03 (três) vezes por dia.

SEGURANÇA NOS ESTACIONAMENTOS

A segurança compreende o conjunto de medidas tomadas por uma

tropa, visando proteger-se contra a inquietação, a surpresa e a
observação por parte do inimigo.
No estacionamento, a segurança é feita em todas as direções, todo o
 chefe é responsável pela segurança de sua força.
Segurança externa - uma tropa estacionada deve prover a sua própria
segurança por meio de postos avançados, constituídos por elementos
dispostos de tal maneira que venha cobrir-lhe a frente, os flancos e a
retaguarda e a protegê-la contra-ataques de surpresa e a observação das
forças terrestres do inimigo. Se possível e se a situação tática exigir,
toda a área da zona de estacionamento deve ser cercada com obstáculos
de arame farpado. Abrigos devem ser confeccionados para o caso de
ataque aéreo.
Segurança Interna - é estabelecido para defender materiais valiosos,
tais como peças de artilharia e aviões, dar alerta em casos de ataques
aéreos, aerotransportados, aeroterrestre, terrestre ou de gases e para
fazer cumprir a NGA (Normas Gerais de Ação) adotadas sobre o
tráfego, disciplina de luzes e ruídos, camuflagem. As armas antiaéreas
não devem revelar o tiro prematuro a localização de estacionamento.
Uma força de grande mobilidade e agressividade deve ser designada
para prever a segurança contra tropas aerotransportadas e aeroterrestre.

Segurança no interior das zonas de estacionamentos:

 Medidas ativas - compreendem as ações de revide a um ataque
inimigo.
 Medidas passivas - consistem em cobertas e abrigos, camuflagem e
disciplina da tropa, enfim, os modos de evitar o ataque. A proteção
20
individual é assegurada pela construção de abrigos individuais. Deve
min
haver uma rigorosa observância da disciplina de circulação e de
camuflagem.
 Alertas - para alertar a tropa, faz-se soar um sinal de alerta
convencionado: toque de corneta, dispositivo de alerta contra gases,
silvos de apito, etc. (Para cada caso haverá um sinal de alerta
convencionado). Um oficial em cada SU, e um Sgt em cada pelotão,
estará permanentemente de serviço, a fim de alertar a tropa em caso de
emergência.
Em casos de alerta, lembre-se sempre.
 Cada unidade se reúne e informa ao comando quando estiver
pronta.
 Ao serem alertados, os homens mantêm-se em silêncio e em ordem.

CADA HOMEM DEVE SABER PARA ONDE IR E O QUE FAZER

FATORES IMPORTANTES PARA OS ESTACIONAMENTOS

 Aplicar os princípios de camuflagem;

 Respeitar a disciplina de luzes e de ruídos;
 Aplicar as medidas de segurança local;
 Aplicar as medidas de higiene em campanha;
 Eliminar vestígios e ocultar detritos;
  Preservar ao máximo o meio ambiente da área de bivaque.

ABRIGOS IMPROVISADOS

Será demonstrado para os instruendos alguns tipos de abrigos

improvisados utilizando dos recursos existentes no fardo de combate
(Ex.: poncho, cabo solteiro, cadarços e etc...) como nas imagens a
seguir:

Tapiri duas águas (com poncho)

120 Tapiri um água (com poncho)

min

Poncho suspenso
 EXECUÇÃO DO BIVAQUE

Os instruendos ao chegar no local proposto para serão divididos em

grupos de 10 (dez) e serão direcionados aos locais para estacionamento
identificando os fatores favoráveis e desfavoráveis, conforme viso na
instrução. Os locais escolhidos deverão ficar próximos uns dos outros.
20
min Após chegar aos locais destinados, a equipe de instrução estará
próximo aos grupos a fim de acompanhar a montagem dos abrigos.

Após estacionados, os instruendos deverão realizar a manutenção da

área, construir abrigos improvisados e latrina, conforme exigido pelo
instrutor.

A ceia será centralizada em local próximo à área de estacionamento

(Estande de tiro)

Durante o período noturno serão feitos turnos de sentinelas para

segurança do pelotão e aviso em caso de alguma ocorrência durante a
noite.

Os monitores deverão estar o tempo todo junto aos grupos verificando

a condição física e psicológica dos instruendos, e em caso de algum
problema comunicar de imediato ao Instrutor-Chefe.

INQUIETAÇÃO

Às 04:00h ocorrerá, por parte da equipe de instrução, a simulação de

ambiente hostil por meio da utilização de explosivos artesanais
(bombinha de São João) de baixa potencialidade, induzindo-os à
realização de uma evasão, balizados pela equipe de instrução.

15
min
4. CONCLUSÃO

Os instruendos executarão bivaque nas áreas da Cia separados por

grupos. Os grupos serão conduzidos para a região prevista em croqui:
- Após a alvorada que acontecerá ás 0500h AM, o instrutor juntamente
com a equipe de instrução irão verificar os locais de abrigos dos grupos
conferindo e avaliando as condições e os prontos das missões
determinadas pelo instrutor durante a instrução.