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CAMPINAS, SP
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ÍNDICE
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 4
2 TRÁFEGO GERADO ..................................................................................................................... 8
2.1 CARACTERÍSTICAS DO NOVO EMPREENDIMENTO .....................................................................................8
2.1.1 Características Gerais ................................................................................................................8
2.1.2 Sistema Viário de Acesso ........................................................................................................ 12
2.1.3 Transporte Público .................................................................................................................. 13
2.2 METODOLOGIA GERAL PARA CÁLCULO DO TRÁFEGO GERADO ................................................................ 15
2.3 TAXAS DE GERAÇÃO - ANALOGIA COM EMPREENDIMENTOS EXISTENTES .................................................. 17
2.4 CÁLCULO DO TRÁFEGO GERADO ........................................................................................................ 17
2.5 RESUMO DO TRÁFEGO GERADO FINAL................................................................................................ 20
2.6 DISTRIBUIÇÃO DO TRÁFEGO PARA AS REGIÕES EXTERNAS ...................................................................... 20
3 TRÁFEGO NORMAL .................................................................................................................. 22
3.1 DEFINIÇÃO ..................................................................................................................................... 22
3.2 CONTAGENS VOLUMÉTRICAS ............................................................................................................ 22
3.3 DEFINIÇÃO DA REDE VIÁRIA E DAS ZONAS DE TRÁFEGO ......................................................................... 32
3.4 ESTIMATIVA DAS MATRIZES OD E FLUXOS DE TRÁFEGO ATUAIS .............................................................. 37
3.4.1 Processo de Estimativa ............................................................................................................ 37
3.4.2 Fluxos de Tráfego Atuais.......................................................................................................... 37
4 PROJEÇÕES .............................................................................................................................. 50
4.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ................................................................................................................. 50
4.2 TRÁFEGO NORMAL .......................................................................................................................... 50
4.3 TRÁFEGO GERADO .......................................................................................................................... 50
5 ANÁLISES DE CAPACIDADE (MICROSSIMULAÇÃO) ..................................................................... 52
5.1 METODOLOGIA............................................................................................................................... 52
5.1.1 Metodologia Geral.................................................................................................................. 52
5.1.2 Conceito de Nível de Serviço ................................................................................................... 53
5.1.3 Análise de Nível de Serviço Através da Microssimulação – Cruzamentos em Nível ............... 54
5.2 CALIBRAÇÃO DA REDE ATUAL ............................................................................................................ 55
5.2.1 Conceito .................................................................................................................................. 55
5.2.2 Resultados .............................................................................................................................. 55
5.2.3 Análise de Capacidade: Tempos de Atraso Atuais ................................................................. 55
5.4 ANÁLISES DO CENÁRIO FUTURO ........................................................................................................ 64
5.4.1 Melhorias Propostas ............................................................................................................... 64
5.4.2 Resultados das Simulações ..................................................................................................... 69
5.4.3 Análise de Capacidade: Tempos de Atraso............................................................................. 73
6 CONCLUSÕES ......................................................................................................................... 105
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................................... 116
ANEXO A: RESULTADOS DAS CONTAGENS DE TRÁFEGO .................................................................. 117
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1 INTRODUÇÃO
O presente relatório apresenta os estudos de impacto de tráfego relativos à implantação de novo
empreendimento residencial e comercial na região a norte da rodovia Dom Pedro (SP065), na altura do
km 137+370, em Campinas, SP.
A Figura 1.1 identifica a localização do novo empreendimento, chamado no presente estudo de Reserva
Dom Pedro, em vista geral, enquanto a Figura 1.2 apresenta sua localização em vista ampliada.
O Reserva Dom Pedro será implantado em uma gleba com 1.714.125,00 m² sendo:
563.253,19 m² de lotes, divididos em lotes para uso residencial (plurifamiliar e unifamiliar) e para
uso comercial;
1.150.871,81 m² para áreas públicas.
O novo empreendimento terá seus principais acessos através da Avenida Guilherme Campos, do
dispositivo existente no km 137+370 da SP065 e da Avenida Adolfo Lutz.
A Figura 1.3 apresenta o projeto do novo empreendimento já inserido em seu terreno de implantação.
Nessa figura é possível observar as vias e conexões com as rodovias e bairros adjacentes.
Nesse contexto, o presente estudo contou com os seguintes objetivos:
Determinar, através de pesquisas de campo, o tráfego que já utiliza o sistema viário atualmente
nos horários de pico;
Estimar o tráfego que será gerado pelos diferentes setores do Reserva Dom Pedro;
Estimar a distribuição espacial (origens e destinos) desse tráfego, tanto entre setores dentro do
próprio empreendimento, quanto para outras regiões do sistema viário e do município;
Analisar, sob o ponto de vista de fluidez e capacidade, o sistema viário interno e externo ao
empreendimento.
A metodologia de trabalho seguiu as recomendações do Highway Capacity Manual (HCM – metodologia
de estudos de tráfego mais aceita no Brasil), utilizando para as análises de capacidade o software de
microssimulação Aimsun.
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2 TRÁFEGO GERADO
2.1 Características do Novo Empreendimento
2.1.1 Características Gerais
O terreno possui área total de 1.714.125,00 m².
Ao todo, o novo empreendimento deverá contar com:
609 lotes residenciais (LACs e bolsão), num total de 205.234,07 m²;
26 lotes mistos de habitação coletiva (residenciais verticais), num total de 77.499,42 m²;
145 lotes mistos comerciais, num total de 215.325,31 m²;
22 lotes não residenciais, num total de 65.194,39 m².
A Figura 2.1 apresenta a localização do empreendimento em vista ampliada, enquanto a Figura 2.2 mostra
o projeto de implantação com a identificação das diversas quadras que o compõe.
A Tabela 2.1 detalha o tipo de uso e as características previstas1 para cada uma das quadras do projeto
identificadas na Figura 2.2.
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Os tipos de uso e características adotados trata-se de estimativas pois o zoneamento é abrangente.
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Entretanto, os boletins da CET, além de em alguns casos apresentarem-se desatualizados, não tratam da
geração de tráfego de empreendimentos de determinadas finalidades específicas, como é o caso dos
parques logísticos.
Por essa razão, a geração de tráfego tem sido objeto de estudo e de publicações acadêmicas, que buscam
estabelecer modelos de geração de tráfego abrangendo um número maior de tipos de PGTs. Ainda assim,
a bibliografia existente ainda apresenta falhas e não aborda diversos tipos de empreendimentos.
Por conta da escassez de metodologia publicada no Brasil, buscam-se em publicações estrangeiras os
dados que permitam estimar de forma adequada o tráfego gerado por novos empreendimentos.
Estudos realizados pelo Institute of Transportation Engineers (ITE) norte-americano são bastante amplos
e detalhados, apresentando taxas e equações para o cálculo de geração de tráfego para mais de cem
diferentes tipos de uso do solo, incluindo empreendimentos residenciais, industriais e comerciais. As
pesquisas em que se baseia a metodologia do ITE foram realizadas nos Estados Unidos e Canadá desde
1960, e passam constantemente por atualizações, com novos dados incluídos até hoje.
De forma similar aos estudos publicados no Brasil, os estudos publicados pelo ITE no Trip Generation
Manual consistem em analisar o tráfego em vários empreendimentos de características similares,
relacionando os dados obtidos através de contagens de tráfego com determinadas variáveis
independentes que influenciam na magnitude do tráfego existente, e determinando taxas e equações que
permitem a estimativa do tráfego gerado por novos desenvolvimentos.
As variáveis independentes são dados referentes ao empreendimento que interferem na dimensão do
tráfego. Nos empreendimentos industriais, por exemplo, as variáveis são número de empregados, área
total construída etc.
Apesar da ampla utilização da metodologia proposta pelo ITE no Brasil, devido às várias diferenças entre
os sistemas de transportes dos dois países, muitas vezes a aplicação desses dados gera volumes de tráfego
incompatíveis com a realidade brasileira, estimando um fluxo muito mais elevado que aquele observado
em empreendimentos no Brasil2.
De fato, o próprio manual do ITE afirma que as características locais têm influência na geração de tráfego
e recomenda que sejam feitas pesquisas locais para aferir os resultados e validar sua utilização para
diferentes regiões dos EUA e também em outros países.
As mesmas observações e recomendações foram também feitas por Gonçalves (2012) e Portugal (2012)
em estudos que abordam as metodologias disponíveis para estimativas de geração de tráfego.
Assim, em decorrência da falta de estudos que apresentem taxas ou equações de geração de tráfego
atualizadas e compatíveis com a realidade brasileira, é usual que, em estudos de tráfego específicos,
sejam realizadas novas pesquisas, tomando como base o tráfego gerado de empreendimento já existente,
de mesma finalidade daquele em estudo, e que diariamente gera um determinado volume de tráfego que
pode ser contado.
A partir dos volumes levantados na entrada e saída desse empreendimento existente, faz-se uma analogia
entre esses volumes e determinada variável independente relacionada ao empreendimento existente
(área construída, por exemplo), obtendo-se novas taxas de geração de viagens específicas para aquele
determinado tipo de uso.
2
Vale notar também que, de acordo com o próprio manual, as pesquisas do ITE são sempre realizadas em locais que
têm pouco acesso ao transporte público e reduzida possibilidade de realização de viagens a pé e de bicicleta, usando
como amostra, portanto, empreendimentos que têm uma grande proporção das viagens realizadas utilizando
automóvel. Com isso, são produzidas, taxas de geração de tráfego elevadas, mesmo em relação a determinados
locais dos EUA, onde a possibilidade da utilização de outros modais é maior. Essas taxas elevadas são produzidas de
forma intencional, já que vão a favor da segurança quando se considera o impacto no tráfego causado por novos
empreendimentos.
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No presente estudo, na maioria dos casos foi utilizada a metodologia da analogia com um
empreendimento existente no Brasil, através da realização de contagens de entrada e saída.
Os itens a seguir apresentam mais detalhes sobre as metodologias utilizadas e sobre as taxas de geração
de viagens.
2.3 Taxas de Geração - Analogia com Empreendimentos Existentes
Conforme abordado anteriormente, a fim de determinar taxas de geração de tráfego baseadas em um
empreendimento existente, é necessário calcular a relação entre seus fluxos de entrada e saída nos
horários de pico e determinada variável independente relacionada ao tamanho do empreendimento,
como área construída ou número de funcionários.
Por exemplo, no caso de um empreendimento residencial que tenha 1.000 lotes ocupados e que a
contagem indique 300 veículos saindo do loteamento no pico da manhã, dividindo-se 300 por 1.000, é
possível determinar uma taxa de geração de 0,3 viagens de saída para cada lote no pico da manhã. O
mesmo processo é repetido para entrada e saída nos picos da manhã e da tarde.
No presente estudo, para os lotes residenciais (bolsões), foi tomado com base para a geração o bolsão
residencial Parque das Universidades, localizado próximo a PUC, em Campinas, SP.
Para os lotes onde será permitida a implantação de prédios de apartamento, foi tomado com base para a
geração um conjunto de prédios residenciais de padrão similar ao esperado para o Reserva Dom Pedro,
localizado no bairro Cambuí, em Campinas, SP.
Para os lotes comerciais, foi tomado com base para a geração o empreendimento comercial Alpha
Business, localizado em Campinas, SP.
A Tabela 2.2 apresenta, para cada tipo de uso considerado no presente estudo, qual foi o
empreendimento tomado como base, qual foi a variável independente utilizada para o cálculo e quais
foram as taxas de geração de viagens calculadas.
Essas taxas foram aquelas utilizadas para o cálculo da geração de viagens das futuras ocupações da
Reserva Dom Pedro.
Tabela 2.2: Taxas de Geração de Viagens – Analogia com Empreendimentos Existentes
Entrada Saída Entrada Saída
Tipo de uso Unidade Empreendimento de Base
Manhã Manhã Tarde Tarde
Centro Comercial Área de lotes Ocupados (x100m²) Alpha Business Campinas 0,88 0,35 0,41 0,68
Apartamentos Residenciais Apartamentos Apartamentos Cambuí 0,08 0,20 0,23 0,09
Bolsão Residencial Lotes Bolsão PUCC 0,24 0,56 0,56 0,33
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3 TRÁFEGO NORMAL
3.1 Definição
Para realizar análises de capacidade adequadas no sistema viário, foi necessário estimar não só o tráfego
que será gerado pelo novo empreendimento, mas também o tráfego normal desse sistema.
Define-se como o tráfego normal do trecho aquele que já pode ser observado nas vias, mesmo antes da
existência do empreendimento.
3.2 Contagens Volumétricas
A fim de determinar os volumes de tráfego normal no sistema viário analisado, foram realizadas
contagens de tráfego nos principais pontos desse sistema.
Essas contagens foram realizadas entre os dias 12 a 14 de agosto de 2019, com duração de 6 horas (das
07:00 às 09:00, das 11:00 às 13:00 e das 17:00 às 19:00) por dia.
Nos pontos principais (Pontos 3, 12 e 15) as contagens tiveram duração de 3 dias. Nos demais pontos, de
fluxo rarefeito, foram realizadas contagens apenas 1 dia, pelas mesmas 6 horas.
A Figura 3.1 apresenta a localização geral dos pontos onde foram realizadas as pesquisas de campo,
nomeando-os de 1 a 16.
A Figura 3.2 (a até o) apresenta os movimentos contados em cada um dos pontos de contagem
apresentados na Figura 3.1.
A Tabela 3.1 (a e b) apresenta um resumo dos fluxos de pico da manhã (07:00 às 08:00 horas) e de pico
do almoço (12:00 às 13:00) e de pico da tarde (17:00 às 18:00 horas), nomeados de acordo com a Figuras
3.2.
Os resultados completos destas contagens de tráfego encontram-se no Anexo A deste relatório.
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A Tabela 3.2 apresenta as Zonas de Tráfego definidas para o estudo, cujas localizações podem ser
observadas na Figuras 3.3.
Tabela 3.2: Zonas de Tráfego
Zona Nome
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Figura 3.4a: Fluxos de Tráfego Atuais – Veículos Leves Manhã 2019 – Parte Norte
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Figura 3.4b: Fluxos de Tráfego Atuais – Veículos Leves Manhã 2019 – Parte Norte
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Figura 3.4c: Fluxos de Tráfego Atuais – Veículos Leves Manhã 2019 – Parte Sul
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Figura 3.4d: Fluxos de Tráfego Atuais – Veículos Pesados Manhã 2019 – Parte Norte
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Figura 3.4e: Fluxos de Tráfego Atuais – Veículos Pesados Manhã 2019 – Parte Norte
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Figura 3.4f: Fluxos de Tráfego Atuais – Veículos Pesados Manhã 2019 – Parte Sul
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Figura 3.4g: Fluxos de Tráfego Atuais – Veículos Leves Tarde 2019 – Parte Norte
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Figura 3.4h: Fluxos de Tráfego Atuais – Veículos Leves Tarde 2019 – Parte Norte
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Figura 3.4i: Fluxos de Tráfego Atuais – Veículos Leves Tarde 2019 – Parte Sul
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Figura 3.4j: Fluxos de Tráfego Atuais – Veículos Pesados Tarde 2019 – Parte Norte
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Figura 3.4k: Fluxos de Tráfego Atuais – Veículos Pesados Tarde 2019 – Parte Norte
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Figura 3.4l: Fluxos de Tráfego Atuais – Veículos Pesados Tarde 2019 – Parte Sul
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4 PROJEÇÕES
4.1 Considerações Iniciais
Para avaliar o impacto causado pela implantação de um empreendimento, é necessário analisar a
saturação do sistema viário não só no momento de sua implantação, mas também nos anos futuros.
Assim, os fluxos de projeto para análise do trecho em estudo foram projetados até 2029, considerando
um período de projeto de 10 anos.
Os itens seguintes apresentam detalhes sobre a projeção dos volumes de tráfego para os anos seguintes.
4.2 Tráfego Normal
A evolução do tráfego normal, especialmente o rodoviário, depende de uma série de fatores, ligados ao
desenvolvimento nacional e regional, em uma progressão normalmente crescente. Entretanto, sobre essa
tendência básica, existe a interferência de fatores conjunturais (ciclos normais da economia, preço dos
combustíveis, incentivos do governo), resultando em oscilações no ritmo de crescimento. A Figura 4.1
mostra a evolução do índice publicado mensalmente pela Associação Brasileira de Concessionárias de
Rodovias (ABCR), referente às rodovias concessionadas do Estado de São Paulo, desde janeiro de 1999
até março de 2019.
A curva azul, representativa do índice mensal, apresenta flutuações intensas, dadas pela
superposição dos efeitos da sazonalidade e da conjuntura econômica, além de outros fatores que
afetam momentaneamente a demanda nas rodovias.
A curva rosada, representativa das médias móveis de 12 meses, anula o efeito da sazonalidade,
por isso apresenta tendência mais estável.
A curva amarela, representativa da variação mensal da taxa anual de crescimento, flutua
enormemente, com pontos altos em meados de 2005 (6% ao ano), 2008 (7,5% ao ano) e 2011
(11% ao ano), e pontos baixos em fins de 2003 (-2% ao ano), meados de 2006 (1% ao ano), 2009
(1,5% ao ano) e atualmente. Após um período mais estável entre meados de 2012 e de 2014, no
qual flutuou entre 4,5% e 3,0%, o crescimento apresentou um período de grande queda entre
2015 e 2017, chegando a taxas inferiores a -3,5%. Nos últimos meses o crescimento voltou a
apresentar taxas positivas, ainda que reduzidas.
Para os anos vindouros, tudo indica que o aspecto da curva de crescimento continuará oscilante, em torno
de uma média geralmente crescente, ao considerar o longo prazo.
No presente estudo, em consonância com o verificado no passado, estimou-se uma taxa média de
crescimento de 2,5% ao ano ao longo dos próximos anos para o tráfego rodoviário.
Em relação ao tráfego urbano, a região onde se insere o empreendimento encontra-se bastante
urbanizada. Além disso, não há planos de expansão significativas para as universidades.
Assim, utilizou-se 1,5% ao ano ao longo dos próximos anos.
4.3 Tráfego Gerado
No caso do novo empreendimento, por se tratar de um empreendimento bastante grande, considerou-
se que, em 2029:
Os bolsões residenciais terão 40% de ocupação;
Os prédios residenciais terão 100% de ocupação;
Os prédios comerciais terão 50% de ocupação.
Esses percentuais de ocupação são compatíveis com as pesquisas de campo realizadas em
empreendimentos já consolidados a alguns anos, como os empreendimentos utilizados como base para
a gerado do tráfego do empreendimento em estudo.
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180 10,5%
160 7,5%
Taxa de Crescimento
140 4,5%
Índice
120 1,5%
100 -1,5%
80 -4,5%
jan/99
jan/00
jan/01
jan/02
jan/03
jan/04
jan/05
jan/06
jan/07
jan/08
jan/09
jan/10
jan/11
jan/12
jan/13
jan/14
jan/15
jan/16
jan/17
jan/18
jan/19
jan/20
Índice Mensal Média Móvel 12 Meses Taxa Crescimento Anual
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o À medida que novos veículos são introduzidos no sistema, vão se formando filas nos
cruzamentos, nas praças de pedágio, ou nos pontos de turbulência (entrelaçamentos), sendo
assim gerados atrasos e reduções de velocidade;
o Com a variação da velocidade a jusante, determinados veículos podem mudar seu trajeto até
seu destino, buscando o caminho de menor tempo;
o Caso se formem filas de modo a bloquear cruzamentos a montante, o congestionamento se
espalhará pelo sistema tal como ocorre no tráfego real.
O cálculo de variáveis agregadas por trecho (velocidade média, fluxo, densidade), comprimento de filas,
etc. é feito somente no final de cada experimento.
Por esse processo, é possível simular a operação do sistema em vários cenários de configuração viária,
simulando, por exemplo, diferentes alternativas de melhorias em pontos críticos, como ampliações
geométricas ou alterações na sinalização.
Considerando os benefícios tanto do processo de microssimulação (possibilidade de avaliar sistemas
viários mais complexos) quanto do Highway Capacity Manual (possibilidade de obter-se resultados mais
objetivos, expressos em termos de Níveis de Serviço), optou-se por utilizar uma combinação das duas
metodologias, através dos seguintes passos:
Determinação dos parâmetros como tempos de atraso, densidades de tráfego, entre outros,
através da microssimulação;
Utilização desses parâmetros para determinação dos Níveis de Serviço através da metodologia do
HCM.
O item 5.1.2, a seguir, apresenta essa metodologia de forma mais detalhada.
5.1.2 Conceito de Nível de Serviço
Sistemas viários têm o seu desempenho analisado através do cálculo do Nível de Serviço. Essa medida de
desempenho está diretamente relacionada à fluidez do tráfego, a qual pode ser calculada através de
variáveis básicas como a velocidade do fluxo, a densidade, o tempo médio de espera, formação de filas e
a relação entre fluxo e capacidade.
Segundo os manuais de capacidade, definem-se os Níveis de Serviço em patamares que vão de "A" até
"F". O Nível "A" representa condições ótimas de fluidez. Os Níveis "B" e "C" representam uma qualidade
de fluidez relativamente inferior ao Nível "A", porém ainda são considerados adequados. O Nível "D"
representa o limite aceitável para a fluidez de um sistema viário, representando uma situação já mais
próxima da saturação. O Nível "E" representa fluxo instável, na iminência de formação de
congestionamentos, e, portanto, não é tolerável. O Nível "F" representa o congestionamento do sistema
viário em análise.
Em geral, as agências reguladoras de rodovias e prefeituras exigem que o Nível de Serviço em qualquer
trecho do sistema viário não seja pior do que o "D" na hora de projeto. Caso sejam observados Níveis de
Serviço "E" ou "F", o órgão operador da rodovia ou do sistema viário deve implantar melhorias, de forma
a restabelecer Níveis de Serviço aceitáveis no sistema viário.
A determinação do Nível de Serviço de um sistema viário pode ser diretamente associada ao fluxo a que
esta é submetido e à sua capacidade de escoamento de veículos através da relação Fluxo e Capacidade.
No entanto, para pontos de encontro de vias, nos quais são gerados conflitos que acarretam significativa
diminuição da capacidade, essa determinação deve ser feita por análises específicas para cada tipo de
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conflito, levando em consideração todas as suas características e o comportamento dos veículos nestes
pontos de transição.
Por serem considerados os pontos críticos em termos de fluidez, ao se garantir Níveis de Serviços
adequados aos conflitos existentes, garante-se também boa qualidade de operação em todo o sistema
viário analisado.
Os itens a seguir apresentam os parâmetros para determinação de Nível de Serviço, de acordo com o
Highway Capacity Manual (HCM), para os diferentes casos a serem analisados no presente estudo.
5.1.3 Análise de Nível de Serviço Através da Microssimulação – Cruzamentos em Nível
Conforme abordado anteriormente, a operação inadequada de um cruzamento ou rotatória é
caracterizada quando o tempo de travessia e as filas são considerados excessivos, sendo que o Nível de
Serviço é o principal parâmetro utilizado para medir este desempenho.
Na prática, quanto maiores os volumes de tráfego que entram em conflito em um cruzamento, maiores
são as dificuldades de o veículo efetuar a travessia. Esta espera na travessia, em combinação com a
chegada de mais veículos na aproximação do cruzamento, causa uma determinada fila, e um tempo total
de travessia que é medido para o último veículo da fila.
Conforme também citado, o processo de microssimulação tem se mostrado a melhor ferramenta para se
determinar de que forma se dá a interação entre os veículos em um sistema viário, principalmente nos
casos em que são analisados diversos pontos de conflito em sequência, já que cada interseção possui
influência sobre os cruzamentos adjacentes.
Ao final da microssimulação, o software é capaz de determinar com bastante precisão diversos
parâmetros, dentre eles o tempo médio de atraso3 na aproximação de uma rotatória ou cruzamento,
principal variável utilizada para determinar os Níveis de Serviço através da metodologia do Highway
Capacity Manual (HCM).
Assim, a partir desses valores do tempo médio de atraso de cada aproximação de um cruzamento, é
possível obter os Níveis de Serviço de cada uma delas de acordo com a metodologia proposta pelo HCM.
A Tabela 5.1, retirada do Capítulo 17 do HCM2000, exibe os intervalos de tempo médio, em segundos por
veículo, relacionados a cada faixa de Nível de Serviço (de “A” até “F”), para o caso de cruzamentos
semaforizados e não semaforizados.
Tabela 5.1: Níveis de Serviço de Acordo com o Tempo Médio de Atraso em Aproximações
Highway Capacity Manual 2000 (HCM2000)
Tempo de Atraso (s/veíc)
Nível de
Cruzamentos Não Cruzamentos
Serviço
Semaforizados Semaforizados
A 0 - 10 0 - 10
B >10-15 >10-20
C >15-25 >20-35
D >25-35 >35-55
E >35-50 >55-80
F >50 >80
3
O tempo de atraso representa o tempo em fila somado ao tempo de espera para travessia do veículo gasto numa
aproximação.
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Tabela 5.2a: Resumo Nível de Serviço – Rede Viária Atual – Cruzamentos Não Semaforizados
Tabela 5.2b: Resumo Nível de Serviço – Rede Viária Atual – Cruzamentos Semaforizados
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Figura 5.6a: Rede Viária Futura - Hora Pico da Manhã – 2019 – Parte Norte
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Figura 5.6b: Rede Viária Futura - Hora Pico da Tarde – 2019 – Parte Norte
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Figura 5.7a: Rede Viária Futura - Hora Pico da Manhã – 2029 – Parte Norte
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Figura 5.7b: Rede Viária Futura - Hora Pico da Tarde – 2029 – Parte Norte
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Tabela 5.3a: Tempos de Atraso Calculados e Níveis de Serviço – Rede Viária Proposta
Cruzamentos Não Semaforizados
Tabela 5.3b: Tempos de Atraso Calculados e Níveis de Serviço – Rede Viária Proposta
Cruzamentos Semaforizados
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6 CONCLUSÕES
Este relatório apresentou os estudos de impacto de tráfego relativos à implantação de novo
empreendimento residencial e comercial na região situada ao norte da rodovia Dom Pedro (SP065), na
altura do km 137+370, em Campinas, SP.
Com a implantação do empreendimento Reserva Dom Pedro, uma nova malha viária bastante extensa
será implantada na gleba em estudo. Os principais pontos a serem observados sobre essa nova malha
viária são:
Serão implantadas duas novas vias paralelas à Avenida Guilherme Campos, formando um sistema de
vias em binário. Ambas as vias terão o importante papel que será o de aliviar a rotatória de acesso à
PUC e à Unicamp:
o A via que operará no sentido sul-norte irá atrair parte do tráfego de acesso a Unicamp e
essencialmente a totalidade do tráfego de acesso à PUC;
o A via que operará no sentido norte-sul deverá captar grande fluxo que atualmente fica
represado em filas nas rotatórias do sistema viário interno da Unicamp.
Atualmente, há um tráfego de passagem bastante expressivo que atravessa a Unicamp. Todo o
tráfego entre os bairros Cidade Universitária I e II e o Parque das Universidades e o Shopping Dom
Pedro atravessa a Unicamp pela Avenida Adolfo Lutz.
Para aliviar esse trajeto, será implantada uma nova avenida, paralela à Avenida Adolfo Lutz, ligando a
Avenida Guilherme Campos e a Avenida Dr. Romeo Tórtima (conhecida como Avenida 1) na altura da
esquina com a rua Catharina Vicentin.
Ao longo dessa avenida são previstas 3 conexões com a Unicamp que também contribuirão com a
acessibilidade da região, evitando que todo o tráfego chegue a rotatória da Avenida Guilherme
Campos.
Está prevista a implantação de diversos semáforos localizados estrategicamente em toda a malha
viária. A implantação desses semáforos tem como objetivo ordenar o tráfego e possibilitar a travessia
segura de pedestres.
O Capítulo 5 deste relatório apresentou detalhadamente as análises de diversos pontos desse novo
sistema viário e a qualidade de fluidez prevista nos pontos mais críticos ao final do período de 10 anos,
quando os volumes de tráfego deverão já ser muito superiores aos observados atualmente.
Dessas análises, verificou-se que, para que o sistema viário projetado, e aquele adjacente já implantado,
tenham melhor fluidez, são necessárias implementações de medidas de engenharia de tráfego para o
melhor controle e distribuição de tráfego desse novo sistema viário vislumbrado. Essas medidas são
apresentadas na Figura 6.1 e resumidas na Tabela 6.1.
Considerando a implantação do sistema viário vislumbrado e as melhorias indicadas na Tabela 6.1,
obteve-se às seguintes conclusões através das simulações de tráfego:
Todos aqueles considerados pontos de maior incidência e concentração de trânsito apresentarão
Níveis de Serviço adequados ao longo do período de 10 anos;
Somente seria exceção a rotatória de acesso às Universidades. De fato, com o passar dos anos,
considerando o crescimento vegetativo do tráfego atual e a ocupação gradual do empreendimento
Reserva Dom Pedro, a fluidez na rotatória, antes melhorada com a implantação do sistema viário
vislumbrado, começará piorar e os tempos de atraso aumentarão, chegando a níveis insatisfatórios.
É importante, entretanto, ressaltar:
o Que os níveis de congestionamentos previstos no final do período de 10 anos, apesar de
tecnicamente serem considerados abaixo dos limites ideias, não chegarão nos níveis severos
de congestionamentos observados atualmente. Ou seja, no final do período de 10 anos,
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mesmo com grande crescimento de tráfego previsto na região, os níveis de fluidez serão
superiores aos atuais;
o Ao longo da consolidação do desenvolvimento dos diversos setores do empreendimento, os
estudos de aprovação individuais de cada setor do empreendimento devem voltar sua
atenção à saturação da rotatória de acesso às universidades. Várias alternativas de medidas
de engenharia de tráfego são eficazes para a melhoria da fluidez dessa rotatória e, uma vez
dimensionadas e implantadas adequadamente, a rotatória em questão deverá apresentar
nível de serviço adequado ao longo todo desenvolvimento e consolidação da região.
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