Biologia Evolutiva-1
Biologia Evolutiva-1
Biologia Evolutiva-1
Índice
1. Introdução...............................................................................................................................3
1.2. A vida...................................................................................................................................4
1.3. Conceito...............................................................................................................................4
Teoria Criacionista......................................................................................................................7
2. Conclusão..............................................................................................................................18
3. Referência bibliográfica........................................................................................................19
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1. Introdução
Este trabalho inicia com uma questão, que é mas, o que realmente explica a origem da vida?
Não é possível encontrar uma única resposta correcta, mas de acordo com nossas convicções
podemos identificar a que mais se encaixa no ponto de vista pessoal e individual. Entre os
vários elos que podem existir entre a geologia e a biologia celular, certamente, aquele que
envolve a origem e evolução da vida na Terra é um dos mais impressionantes
Quanto à organização, o trabalho está estruturado de seguinte maneira, primeiro trata-se sobre
a introdução, etapa onde são apresentadas o tema do trabalho, isto é o objectivo que se
pretende com o trabalho e a metodologia escolhida para desencadear o trabalho.
Na segunda etapa, é portanto apresentado o desenvolvimento deste trabalho, aqui
encontramos a uma discussão aberta onde vários autores que tem um conhecimento sólido
sobre o tema em estudo deixam ficar as suas reflexões e assim como algumas contribuições
do autor deste trabalho.
Na terceira etapa, são apresentadas as ilações tiradas no da realização do trabalho e por fim
apresentamos, a referências bibliográficas, que são as fontes escritas que foram importantes
no processo de elaboração deste trabalho.
Para o desenvolvimento deste trabalho, vai se basear na utilização do instrumento científico
oferecido pela instituição académica para o uso no âmbito de realização de qualquer trabalho
naturalmente científico, trata-se da norma APA 6a edição.
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1.2. A vida
1.3. Conceito
A definição da vida não é uma tarefa fácil de estabelecer. De alguma maneira, podemos dizer
que existem várias definições da vida consoante a perspectiva e especialidade dos autores que
a definem. No entanto, talvez a definição mais abrangente e eventualmente mais atraente da
vida tenha sido dada por Jacques Monod (1970) no seu livro “Le Hasard et la Nécessité”
quando refere que “la vie est une propriété des objets doués d’un projet”. Mas como surgiram
as primeiras formas de vida?
De uma forma geral, podemos considerar a vida como um sistema complexo, contendo uma
grande número de informações, capaz de se duplicar e evoluir, caracterizado pela presença de
um processo reprodutor, pela existência de metabolismo próprio, pela presença de hesitaria e
pela sua luta contaste contra o equilíbrio termodinâmico, isto é, contra a morte.
Falar a respeito das teorias sobre a origem da vida é um debate que expõe ideias
diversificadas e provoca várias análises, desde questões científicas, religiosas até mesmo
questão extraterrestre. Cada vez mais a ciência se propõe a investigar essa temática,
realizando constantemente novas descobertas (Guimarães, 2013, p. 149-173).
Os procariontes são os organismos que, provavelmente, apresentam as características mais
semelhantes às dos primeiros seres vivos que se formaram no nosso planeta. A sua estrutura
celular bastante simplificada, mas no entanto eficiente, apresenta capacidades adaptativas
notáveis que permitiram e permitem a estes organismos a ocupação dos mais diversificados
habitats.
Por volta de 15 bilhões de anos atrás, tudo o que conhecemos se encontrava aglomerado em
um único ponto: todos os seres humanos (e todos os outros organismos) que habitaram na
Terra, todos os objectos que produzimos por nossa tecnologia, todas as moléculas que
compõem o nosso planeta. Todo o Cosmos estava reunido na singularidade. Então aconteceu
a maior explosão de todos os tempos : o Big− Bang. O Universo expandiu, esfriou e
escureceu.
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Os primeiros átomos de hidrogénios foram formados e seu acumulo gerou grandes nuvens de
poeira cósmica que dariam origem às galáxias. Dentro das galáxias a primeira geração de
estrelas se formou, e em seu interior, a fusão nuclear dos átomos de hidrogénio deu origem a
elementos químicos mais pesados.
Os primeiros 400 milhões de anos da Terra foram hostis e desoladores: temperaturas de mais
de 200oC tornavam a crosta liquefeita e gases vulcânicos Co2, eram lançados na atmosfera em
formação. Esse foi um factor fundamental para o surgimento da vida.
Após milhões de anos os primeiros seres marinhos evoluíram dando origem a outras formas
de vida, como os primeiros invertebrados aquáticos (medusa, trilobitas, caracóis e estrela−
do−mar), isso há aproximadamente 400 milhões de anos, alem disso, as plantas tiveram
dispersão nos ambientes. Nesse mesmo período, determinadas plantas marinhas iniciaram um
processo de adaptação externa, ou seja, passaram a se fixar em ambientes terrestres.
Mais tarde, entre quatro milhões e um milhão de anos, surgiram os primeiros ancestrais do
homem, desse momento em diante a Terra passou por diversos períodos de glaciação, porem
há 11 mil anos as geleiras se estabilizaram somente nos pólos, onde existem actualmente.
Hipóteses recentes sustentam que a vida literalmente veio para a terra de alguma forma, talvez
através de coronas em meteoritos. Correntes mais ortodoxas acreditam que ela tenha surgido
espontaneamente no mares ancestrais através de protocelulas.
Segundo Carvalho e tal (2013), para a grande maioria desses estudiosos, a vida foi iniciada
através de reacções químicas, das quais foram sendo apresentadas em condições especiais.
Essa foi a linha de estudo do bioquímico Aleksandr Oparin, que defendia a teoria da evolução
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Embora tenham sido descobertas no século XVII, demorou mais de um século para que
alguém percebesse que as células eram a base de todo tipo de vida. Muitos estudiosos se
propuseram a investigar a origem da vida como a conhecemos. Desde os gregos, antes de
Cristo, até os dias de hoje não temos certeza alguma. A teoria mais aceita até hoje refere-se
aos trabalhos independentes do russo Aleksandr Ivanovich Oparin, de 1924, e do inglês John
Burdon Sanderson Haldane, de 1929.
O maior passo científico do século XIX na área das Ciências Biológicas deu-se em 1859
quando Charles Darwin propôs a teoria da evolução das espécies. No entanto, nada diz sobre
como o primeiro organismo teria se originado e evoluído de seres unicelulares para
multicelulares. Em 1871, Charles Darwin especulou sobre o que aconteceria com uma
pequena quantia de água, cheia de componentes orgânicos simples, que fosse banhada pela
luz solar (Darwin, 2009). Ele sugeriu que alguns desses compostos poderiam,
hipoteticamente, combinarem-se formando uma substância com características relacionadas à
vida – por exemplo, uma proteína – e, talvez, progredir para algo mais complexo. Era uma
ideia inicial que se tornaria inspiração para a primeira hipótese de como a vida começou
décadas depois.
Foi quando entrou em cena o americano Stanley Lloyd Miller. O químico californiano
conduziu o mais famigerado experimento já feito sobre a origem da vida. Através da conexão
em série de vidrarias pelas quais circulavam quatro compostos químicos que estariam
presentes nos primórdios do nosso planeta – água fervendo, gás hidrogénio, amónia e metano
– Miller encontrou dois aminoácidos: glicina e alanina. Aminoácidos são descritos como os
blocos para se construir a vida.
Teoria Criacionista
As contradições existentes na Bíblia, a evolução das mentalidades e o desenvolvimento do
conhecimento científico, levaram vários pensadores a interrogar-se sobre a verdade
estabelecida em relação à origem da vida, isto é, que a vida teria tido origem a partir duma
entidade divina (Criador Supremo) que dera origem a todos os seres vivos e não vivos
existentes na Terra (teoria criacionista).
Segundo Agostinho (2005), criacionismo considera que a intervenção divina foi a responsável
pela origem da vida, criação do planeta e do universo. Inúmeras crenças religiosas acreditam
nessa hipótese, e não é impossível que até o meio científico permaneça a considerando.
Uma das formas de se pensar o criacionismo é entendendo que Deus criou o seres já prontos,
feitos e desenvolvidos, sem precisar esperar que se relacionassem e fossem passando por
alterações no decurso do tempo. Isso contraria todas as pesquisas e experimentos feitos.
Segundo Alberts et tal (1994), os seres multicelulares – ou pluricelulares – ʽʽsão formados por
mais de uma célula. Os reinos Animalia e Plantae são compostos, exclusivamente, por
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A Teoria Colonial é, por enquanto, a mais aceita entre os estudiosos, visto que existem
colónias em diversos grupos protistas onde, em certos casos, tem-se um tênue diferenciação
funcional entre as células da colónia (o que não as caracteriza como tecido). Essa teoria parte
da hipótese de que seres unicelulares constituintes de colónias deve ter originado os primeiros
seres multicelulares. Um exemplo seria as algas verdes do género Volvox.
Na sequência os capazes de realizar a fotossíntese (as primeiras plantas) e por último os seres
heterotróficos.
Esta teoria defende que os primeiros seres vivos produziam seu próprio alimento, já que não
havia moléculas orgânicas suficientes para alimenta-los. Eles obtiam a nutrição por
quimiossíntese – sem energia luminosa – a partir de compostos inorgânicos.
A ideia de que a vida teria origem a partir da matéria inerte é tão antiga como o próprio
conhecimento humano e estendeu-se desde a Antiguidade até quase à actualidade. Assim se
estabeleceu a teoria da geração espontânea, cujas bases se devem ao filósofo grego Aristóteles
(séc IV a.C.). Não deixa de ser irónico que, os fundamentos filosóficos e científicos que o
cristianismo defendeu durante séculos relativos a esta matéria, tenham sido baseados em
textos provenientes dum filósofo politeista. No século XVII iniciaram-se os debates
científicos entre os defensores da teoria da geração espontânea e os seus opositores.
Estes debates arrastaram-se até à segunda metade do século XIX, envolvendo numerosos
autores entre os quais salientamos Francesco Redi (o primeiro a contestar, em 1668, a teoria
da geração espontânea através de diversas experiências que mostraram que as larvas que
apareciam na carne em putrefacção provinham dos ovos de moscas e não da própria carne) e
Lazzaro Spallanzani (Ronan, 1983; Harris, 1999).
Este último investigador, que viveu no século XVIII, foi um forte opositor das conclusões
tiradas por vários autores, entre os quais Georges Leclerc (conde de Buffon) e John Needhan
sobre a existência de geração espontânea nos microorganismos descobertos um século antes
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por Antoni Van Leeuwenhoek, através das observações feitas utilizando um novo instrumento
óptico que se revelaria fundamental para o conhecimento do mundo biológico - o microscópio
Finalmente, Louis Pasteur em 1862 demonstrou de forma inequívoca que o desenvolvimento
de organismos num meio previamente esterilizado era devido à contaminação por
microrganismos presentes no ar. Podemos dizer que Pouchet foi o último representante oficial
dos investigadores que defendiam a geração espontânea.
Seu experimento foi bom, mas não pôs fim ao debate por causa do surgimento do
microscópio. Assim alegava-se a presença dos micro-organismos.
A descoberta desta actividade catalítica do RNA veio alterar as nossas ideias sobre o processo
evolutivo; como as relações entre os ácidos nucleicos e as proteínas são numerosas, durante
muito tempo foi suposto que estes dois tipos de moléculas biológicas teriam evoluído
simultaneamente. Assim, se o RNA primitivo possuísse funções catalíticas, além da
capacidade de armazenamento de informação, este tipo de ácidos nucleicos poderia funcionar
sem DNA e proteínas, quando a vida surgiu (Klyce, 1999).
É provável que este mecanismo tenha existido nos processos iniciais da formação das células
primitivas funcionando como elemento aglutinador da informação genética. Ulteriormente, o
RNA terá originado DNA, possivelmente por transcrição inversa, molécula esta muito mais
estável e destinada a funcionar como arquivo seguro da informação genética da célula. No
entanto, esta hipótese denominada de "mundo de RNA" e que surgiu pela primeira vez em
1986, merece alguns comentários, já que vários dos seus pressupostos parecem ser de difícil
concretização. O primeiro relaciona-se com a própria formação deste ácido nucleico (Alberts,
et tal, 1994).
No entanto, a replicação precisa destas moléculas, sem que ocorra qualquer tipo de variação
na sua estrutura, bem como as condições demasiado artificiais em que este processo ocorre,
parecem ser dois obstáculos ao relacionamento desta molécula com a origem da vida. Serão
os primeiros compostos orgânicos de origem extraterrestre? Apesar de durante muitos anos se
acreditar que os primeiros constituintes orgânicos terrestres se teriam formado nos oceanos
primitivos do nosso planeta, diversas evidências parecem apontar para que, de igual modo,
uma síntese exógena dessas moléculas tenha ocorrido, quando da formação do sistema solar.
Este processo continuaria, a ocorrer em regiões específicas da nossa galáxia. Os modelos ditos
endógenos à síntese de compostos orgânicos, foram equacionados por Aleksandr Oparin em
1924 e por John Haldane em 1927. Segundo estes autores a evolução biológica teria sido
precedida por uma evolução química. Oparin formulou um modelo em que os compostos
orgânicos seriam resultado da acção de descargas eléctricas sobre a atmosfera primitiva
terrestre, originando o conhecido “caldo ou sopa primitiva”
De acordo com Carvalho e Soares (2013, p. 157), a polémica sobre origem e diversidade da
vida diz respeito à interferência (obstáculo) que a formação religiosa ocasiona em alunos e
professores, “com ideias que se distanciam do conhecimento científico [...], dificultando o
aprendizado da evolução biológica”.
A omissão da discussão é justificada pelo “respeito à fé”, que todos na sociedade pressupõem
“vulnerável a ofensas” e que, portanto, “deve ser protegida por uma parede de respeito
extremamente espessa, um tipo de respeito diferente daquele que os seres humanos devem ter
uns com os outros” (Dawkins, 2007, p. 45).
Carvalho e Soares (2013, p.159), observam que os professores utilizam-se do “não conflito e
da não contra-argumentação, e criam a barreira espessa” de omissão e silêncio, “por meio do
termo respeito”, ferindo um dos princípios essenciais da “demarcação científica”, segundo a
qual “em qualquer conjunto que se denomine Ciência, deve-se prevalecer a discutibilidade,
pautada na qualidade formal e política”. Na tentativa de separar o conhecimento científico da
abordagem religiosa, Stephen Jay Gould, em “Pilares do tempo: ciência e religião na
plenitude da vida”, de 2002, propõem a diplomacia entre as concepções de mundo,
denominadas magistérios não interferentes (MNI), numa perspectiva de não interferência da
ciência na religião e da religião na ciência.
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Diz a teoria que há cerca de 4,6 bilhões de anos houve a contracção de uma gigante nuvem de
gás e poeira. Essa matéria formou o Sol e os planetas. O alto grau de radioactividade das
rochas teria feito com que a Terra derretesse e sua superfície fosse tomada de matéria
incandescente. Através da fundição de ferro e níquel se formou o núcleo do nosso planeta.
Há 4 milhões de anos a Terra começou a ganhar forma com a criação de placas sólidas que
flutuavam sobre a rocha incandescente.
Milhões de anos depois a crosta terrestre já estava bem mais espessa e houve a formação,
entre outras coisas, dos vulcões. Ao entrarem em erupção esses vulcões liberavam gases que
ao longo do tempo formaram a atmosfera. Além dos gases eles liberavam vapor de água que
se condensou e começou a formar os lagos e oceanos.
A 3,5 milhões de anos atrás a crosta terrestre já estava toda formada, mas possuía uma
aparência diferente da actual. Os continentes eram organizados de outras maneiras.
Ainda segundo a teoria a Terra teria continuado se transformando até adquirir a sua
configuração actual com placas continentais que se movimentam por conta das acções que
acontecem no núcleo terrestre.
Segundo Awramik (1997), o nosso planeta formou-se provavelmente há cerca de 4,6 mil
milhões de anos, tendo as rochas mais antigas conhecidas a datação de 3,96 mil milhões de
anos e localizam-se no Canadá.
Recentemente, foi detectado em rochas com 3,8 mil milhões de anos isótopos de carbono,
sugerindo que a fixação do carbono e eventualmente a fotossíntese estivessem já presentes.
No entanto, os fósseis mais antigos encontrados datam de há cerca de 3,5 mil milhões de anos
e foram descobertos na África do Sul e na Austrália, 6 apresentando natureza procarionte
(Awramik, 1997).
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No entanto, para que tudo isto pudesse funcionar era necessário, entre as condições de
habitabilidade existentes, a presença de água no estado líquido. A necessidade de um solvente
líquido é fundamental para o desenvolvimento de vida. Isto relaciona-se com a necessidade da
existência dum meio adequado onde possam ocorrer reacções químicas, já que um solvente
líquido, como a água, apresenta características estruturais que permitem o fácil
desenvolvimento de interacções a nível molecular, ao contrário do que sucederia com um
sólido ou com um gás. Além dum solvente, a vida no nosso planeta caracteriza-se igualmente
pela existência duma química baseada no carbono.
No entanto, nada nos permite generalizar que a combinação carbono / água seja a base da vida
em todo o universo. Podemos, eventualmente, especular sobre a existência de formas de vida
que podem utilizar amoníaco em vez de água e silício em vez de carbono. Devido às
propriedades específicas destes compostos, a vida nesses planetas seria naturalmente bem
diferente da que conhecemos na Terra (Carvalho, at al, 2013).
Dos já numerosos planetas descobertos fora do nosso sistema solar, quem sabe se alguns não
terão uma bioquímica diferente da existente na Terra? Para o desenvolvimento de vida não é
apenas necessário a existência duma química compatível. Outros factores são fundamentais
para que esse acontecimento possa ocorrer. Entre eles temos a temperatura.
rapidamente do que até agora se tinha pensado e, provavelmente, duma forma mais abrupta e
menos gradual e mesmo em condições muito pouco favoráveis. Aliás, é provável que a vida
tenha surgido diversas vezes e que tenha sido destruída, nomeadamente aquando do
bombardeamento intensivo por asteróides e cometas a que o nosso planeta esteve sujeito
durante cerca de 200 ou 300 milhões de anos. Isto significa que a Terra há cerca de 4,4 mil
milhões de anos tinha a sua crusta solidificada, continha água e apresentava condições
ambientais para o desenvolvimento de vida. Tendo como base estes dados, existe um período
de cerca de 400 milhões de anos em que não existem vestígios fósseis, que corresponderia ao
período do provável aparecimento da vida (Awramik, 1997).
Hipóteses recentes sustentam que a vida literalmente veio para a terra de alguma forma, talvez
através de caronas em meteoritos. Correntes mais ortodoxas acreditam que ela tenha surgido
espontaneamente nos mares ancestrais através de protocélulas.
Compostos orgânicos, oriundos de gases da atmosfera primitiva teriam se unido por afinidade
química diante de um contexto favorável em meio aquoso. Raios UV e descargas eléctricas
teriam um papel chave como fonte energética. Reunidas as condições necessárias,
aglomerados de moléculas protéicas foram naturalmente sintetizadas, os coacervados.
A Teoria da Evolução, afirma que é o ambiente, por meio de selecção natural, que determina a
importância da característica do indivíduo ou de suas variações, e os organismos mais bem
adaptados a esse ambiente têm maiores chances de sobrevivência, deixando um número maior
de descendentes. Os organismos mais bem adaptados são, portanto, seleccionados
(escolhidos) pelo ambiente e, assim, ao longo das gerações a actuação da selecção natural
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Em 1859 é publicado o livro de Charles Darwin “On the Origin of Species by Means of
Natural Selection or the Preservation of Favored Races in the Struggle for Life”, o qual teve
um impressionante impacto científico, social e religioso. Darwin, conjuntamente com Alfred
Wallace, foram os responsáveis pela grande revolução que a biologia iria sofrer, introduzindo
o conceito de evolução (Ronan, 1983). Nada seria como dantes. Segundo esta teoria, todos os
organismos actuais seriam o resultado duma longa evolução biológica a partir dum organismo
primitivo muito simples.
A definição I, diz: "é difícil evitar personificar a palavra natureza; mas por natureza entendo
apenas a acção conjunta e o produto de muitas leis naturais; e por leis, a sequência de eventos
tal como asseverada por nós" (Darwin, 1875, p. 63).
Nessa primeira definição, fica ressaltada uma concepção de natureza como sistema de leis,
como o conjunto ordenado de fenómenos cuja ocorrência nós podemos estabelecer com
segurança. Se não restringe natureza ao enfoque de algo desprovido de autonomia
constitutiva, essa definição pelo menos permite colocá-la na condição de objecto que pode ser
conhecido, investigado, externamente determinado por nós, favorecendo uma visão que se
pode dizer mecanicista, meramente sequencial do que nela tem lugar, sem a suposição de
qualquer acção interna tendo em vista um fim. Essa primeira definição de natureza parece
prover fundamento adequado à definição do princípio de selecção natural em seu carácter de
mecanismo "à preservação das variações e diferenças individuais favoráveis e à destruição
das injuriosas chamei de selecção natural ou de sobrevivência do mais apto" ,
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No texto de A origem das espécies, frequentemente nos deparamos com a acepção de natureza
como um sujeito e designada com 'N'. Assim, Darwin (1875, pp. 52, 61, 429, 49, 57) fala em
olhar a natureza com aquele seu conjunto de características próprias, o qual tem, na '"guerra
da Natureza", um de seus traços mais fortes, senão o mais marcante. Como traço de um
sujeito que exibe sua face, essa guerra não pode mais ser confundida com uma simples
expressão retórica; ela representa o jogo de forças vivas que tem lugar sob as diferentes
feições assumidas por esse sujeito.
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2. Conclusão
Chegado a este ponto, queremos referir de que o trabalho que procurou abordar em torno da
origem e evolução da vida na terra. Por seu turno, o trabalho teve como objectivo discutir
sobre o surgimento e evolução da vida na terra; desenvolver os temas relacionados com o
Fixíssimo e evolucionismo, trazendo os seus aspectos convergentes e divergentes dessas duas
teorias e apresentar os aspectos fundamentais do equilíbrio da natureza proposto por Charles
Darwin.
3. Referência bibliográfica
Alberts, B.; Bray, D.; Lewis, J.; Raff, M.; Roberts, K.; Watson, J. D. (1994). Biologia
molecular da célula. Porto Alegre: Artes Médicas.
Monod, J., (1970). Le Hasard et la Nécessité: Essai sur la philosophie naturelle de la biologia
moderne. Éditions du Seuil, Paris.
Darwin, Charles (1971) 'Essay of 1842', 'Essay of 1844'. Em Sir Galvin de Beer, Charles
Darwin and Alfred Russel Wallace: evolution by natural selection Londres, Johnson Reprint.