Desenvolvimento de Equipes de Alto Desempenho: Aula 1
Desenvolvimento de Equipes de Alto Desempenho: Aula 1
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DESENVOLVIMENTO
DE EQUIPES DE ALTO
DESEMPENHO
De grupos a equipes
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percebida nas setorizações, departamentalizações, estruturas
hierárquicas, níveis decisórios etc.
• Cultura organizacional – modelo dos pressupostos básicos que dado
grupo inventou, descobriu ou desenvolveu, no processo de aprendizagem,
para lidar com a adaptação externa e a integração interna. É o conjunto de
normas, processos internos, valores e comportamentos que regem uma
empresa.
• Clima organizacional – é a qualidade do ambiente, que é percebida ou
experimentada pelos membros e influencia comportamentos. É aquela
"atmosfera psicológica" que percebemos quando entramos em
determinado ambiente e que nos faz sentir mais ou menos à vontade para
ali permanecer, interagir e performar. Somos influenciados pelo clima
organizacional e, ao mesmo tempo, o influenciamos.
TEMA 2 – GRUPOS
Como determina Robbins (2002, p. 153), “um grupo é definido como dois
ou mais indivíduos que interagem, e que, interdependentes, se juntaram para
atingir objetivos particulares”.
Os grupos podem ser classificados, basicamente, em dois tipos:
• Grupo formal – estrutura adotada pela maioria das empresas por ser
planejada e formalmente representada em organogramas. Sua constituição
e membros são pautados pela racionalidade, leis, burocracia e dispositivos
contratuais. Constitui-se pela interação semiprogramada entre duas ou
mais pessoas para atingir objetivos que não alcançariam isoladamente. As
relações entre os membros não passam de um meio para que seja atingido
o objetivo comum. Exemplo: grupo de trabalho.
• Grupo informal – estrutura formada e mantida por relações pessoais e
sociais estáveis, de maneira espontânea e por interação. O grupo informal
não é racionalmente programado e costuma não seguir normas ou regras.
O pertencimento é pautado por fatores subjetivos e aleatórios e formam
alianças e rejeições. Exemplo: grupo de amigos.
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Ao estabelecer um grupo, percebemos que uma série de acontecimentos
permeia os membros de maneira individual, e, consequentemente, a dinâmica
grupal é modificada. Assim chamamos o processo grupal, e destacaremos os
acontecimentos que nele mais sobressaem:
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atribuídas a cada papel. A interpretação dos papéis dentro de grupos pode se
tornar mais fácil se levarmos em consideração:
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TEMA 3 – EQUIPES
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A palavra equipe, do francês equiper, significa “ajeitar”, “colocar em plena
capacidade”, sendo então um grupo de pessoas organizado para um serviço
determinado. E a palavra desempenho, do inglês perform, que dizer “ação ou
efeito de desempenhar, realizar, completar, efetivar, providenciar ou fornecer”.
Portanto, com base na etimologia das palavras, podemos dizer que uma equipe
de alta performance é um grupo muito organizado de pessoas que busca a
excelência na entrega dos resultados de seus objetivos.
Katzenbach e Smith (2001), na obra Equipes de alta performance, trazem
a informação de que o elemento-chave dessas equipes é a disciplina empregada
por cada um de seus membros no desenvolvimento das atividades objetivadas.
Já Dyer (2011, p. 23) diz que “as equipes de alto desempenho são aquelas
compostas de membros cujas habilidades, atitudes e competências lhes permitem
atingir metas da equipe”. Ele entende que os membros destas equipes são
maduros o suficiente para definir metas, tomar decisões, comunicar-se,
administrar conflitos e solucionar problemas em um clima de confiança e incentivo,
permitindo que a ciência de suas forças e fraquezas individuais sejam utilizadas
com o intuito de melhorar o desempenho de todos.
A fim de ter um desempenho eficaz, os membros de uma equipe de alta
performance desenvolvem três tipos de competências:
• perícia técnica;
• tomada de decisões e solução de problemas;
• habilidades interpessoais.
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Nos dias atuais, grandes mudanças podem ser percebidas nos ambientes
organizacionais, e estas influenciam sobremaneira os negócios e as pessoas.
Novos tipos de concorrência, novos produtos e serviços foram desenvolvidos para
acompanhar a profunda evolução e modificação do nosso modelo mental. Novos
desafios exigiram o desenvolvimento de novas competências por parte das
pessoas e empresas. Poucas foram as tendências que modificaram tanto a forma
pela qual as organizações trabalham no seu dia a dia quanto a introdução das
equipes.
Se, no passado, o trabalho era focado no indivíduo, na era atual e,
provavelmente, na futura, o foco passou a ser como as pessoas formam equipes
de alta performance para alcançar a máxima produtividade, de modo eficiente.
A popularidade das equipes de trabalho teve seu ápice na década de 1980,
quando empresas multinacionais as introduziram em seus processos de
produção. Foi uma revolução, e essas empresas frequentemente apareciam na
mídia sendo aclamadas ou criticadas pela decisão arrojada. Nos dias atuais, ainda
temos notícias de equipes no mundo dos negócios, mas não somente da inclusão
destas em processos e projetos importantes, e sim para destacar o sucesso de
equipes bem-sucedidas ou novas técnicas para atração, manutenção ou
potencialização de seus resultados.
Inovações como essas repercutem em mudanças significativas nas
pessoas, que buscam aperfeiçoamento pessoal e profissional a fim de
desenvolver a habilidade do trabalho em equipe, pois a cooperação – e não o
individualismo – é preciosa. Compartilhamento de informações, transferência de
conhecimento, tolerância, ajuda mútua, relacionamento interpessoal e sublimação
de interesses pessoais são características imprescindíveis a um profissional,
atualmente. As empresas também passaram a se reinventar para suportar, em
seus ambientes organizacionais, pessoas com essas características.
As empresas que desejam ter equipes de alta performance, devem estar
aptas a investir e permitir capacidades, habilidades e atitudes. A aprendizagem
organizacional é fator preponderante à existência destas equipes, considerando
que nelas estão diferentes visões de mundo, experiências pessoais e
necessidades de compartilhamento e de processos. O processo grupal que existe
entre estas equipes é refinado e mais exigente.
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Organizações que não estiverem aptas a recepcionar profissionais com
esse modelo mental não reterão membros de equipes de alto desempenho, pois
estas costumam buscar:
• aumento na produtividade;
• melhora na qualidade dos produtos ou serviços entregues;
• melhora na qualidade de vida profissional dos funcionários;
• redução no nível de rotatividade de pessoal e absenteísmo;
• redução nos conflitos;
• aumento na inovação;
• aumento na flexibilidade;
• obtenção de economia de custos.
FINALIZANDO
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sendo um grupo de pessoas que busca objetivos comuns, mas a grande diferença
é que os membros de uma equipe primam pelo alcance dos resultados – não com
as pessoas, mas por meio da melhor utilização das potencialidades individuais.
Foram trazidos os papéis funcionais de cada membro de equipe e o quanto a boa
utilização desses garante o atendimento de resultados. A sinergia positiva foi
enaltecida e endossada como grande fator de coesão das equipes e pudemos
perceber isto ao estudarmos a figura que sugere as principais diferenças entre
grupos de trabalho e equipes de trabalho sob os vértices das metas, da sinergia,
da responsabilidade e da utilização das habilidades dos membros.
O que efetivamente faz com que uma equipe alcance a alta performance
nada mais é do que a disciplina e a energia impressas tanto pelos membros
quanto pelo líder na busca da boa utilização das potencialidades individuais. As
habilidades dos membros, como qualidade técnica, discernimento para tomada de
boas decisões e, consequentemente, solução de problemas, e, por fim, alta
habilidade de relacionamento interpessoal são os aceleradores do alcance de
resultados. O desenvolvimento de um proposito grupal, o estabelecimento de
metas equilibradas, a liderança bem aplicada e a autonomia são adendos que não
podem ser deixados de lado.
Por fim, apresentamos o histórico organizacional para facilitar o
entendimento de como foi a trajetória de desenvolvimento das pessoas e das
organizações, até que chegássemos ao cenário atual de alto investimento na
compreensão e criação de equipes de alta performance para atingir resultados
satisfatórios e garantir a competitividade das empresas.
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REFERÊNCIAS
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