4 Subsistema de Lubrificacao
4 Subsistema de Lubrificacao
4 Subsistema de Lubrificacao
4.1- CÁRTER
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Figura 74 – Cárter de chapa de aço
Fonte: Manual Motor AT 1000 - VW
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Na ventilação positiva, o ar em movimento arrasta os vapores para dentro dos
cilindros, onde estes são queimados com a mistura.
Todos os vapores produzidos pelo motor, que estão
dentro do cárter, são reaproveitados e queimados.
Esta ação visa diminuir o índice de poluentes do
motor.
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- Bomba de Óleo de Rotor
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Figuras 83 e 84 – Funcionamento da bomba de rotor
Fonte: Manual Motor Polo - VW
Esta válvula tem a função de, através de uma mola, controlar a pressão
máxima de óleo que o motor pode suportar em segurança. Através de uma mola e
de um êmbolo, quando a pressão de óleo vencer a força da mola, esta e o êmbolo
cedem e desviam uma parte do óleo para a entrada da bomba ou para o cárter.
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O filtro é constituído basicamente de:
O óleo flui da periferia para o centro do filtro sob a ação da bomba de óleo. A
partir daí, passa pelo elemento filtrante, onde as partículas
de sujeira ficam retidas. O óleo sai do filtro pela parte
central e vai para as galerias lubrificar os componentes
móveis do motor. O elemento filtrante é fabricado com
papel impregnado de resina ou com tela.
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4.4- GALERIAS DE ÓLEO
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Também como recurso de auxiliar no sistema de arrefecimento, alguns
motores utilizam, junto do filtro de óleo, um radiador de óleo. Por este radiador
circula fluído refrigerante e por canais separados, óleo lubrificante.
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• Limpar o motor, impedindo a formação de depósitos de carvão (para isso o
óleo possui elementos detergentes em sua composição);
• Proteger o motor contra a corrosão através da neutralização dos ácidos
que se formam na combustão da mistura, isso se dá devido aos componentes
alcalinos do óleo lubrificante.
Os óleos lubrificantes são classificados por três normas: SAE, API e ASTM.
SAE: Society of Automotive Engineers (Associação dos Engenheiros
Automotivos) - define a classificação do lubrificante conforme a necessidade,
normalmente está relacionada à viscosidade do óleo.
API: American Petroleum Institute (Instituto Americano de Petróleo) -
desenvolve a linguagem para o consumidor em termos de serviços dos óleos
lubrificantes.
ASTM: American Society for Testing of Materials (Associação Americana
para Prova de Materiais) - define os métodos de ensaios e limites de desempenho
do lubrificante.
Nos EUA, a SAE, API e ASTM constituem o grupo trino responsável por
especificações aceitas pelas indústrias. Solicitações para novas classificações, ou
revisões das já existentes, são enviadas pelo Comitê Técnico de Lubrificantes e
Combustíveis do SAE, que estabelece um grupo-tarefa para estudar a proposta.
Se o grupo-tarefa concorda que uma nova categoria seja necessária, faz-se
uma solicitação oficial a ASTM para desenvolver ou selecionar as técnicas de ensaio
necessárias. A tarefa do API é a de desenvolver a linguagem usada para comunicar
ao usuário a nova categoria.
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4.6.2- Classificação quanto à viscosidade
A norma API classifica o óleo lubrificante quanto ao serviço prestado por ele
(motores que atende). Sua classificação se dá sempre pela sigla API seguida da
letra S (service) e outra que vai de A até L atualmente. Quanto mais avançada for a
segunda letra, melhor é o lubrificante em termos de serviço, ou seja, atende a todos
os motores fabricados até hoje. Ex: API SA, SB, SC, SD, SE, SF, SG, SH, SI, SJ e
SL. Os óleos SA não possuem aditivação e atendem apenas aos motores muito
antigos, fabricados antes da década de 50. Os óleos SL são indicados a todos os
motores fabricados até hoje.
Quanto maior o avanço da segunda letra, mais caro é o óleo. Se o é carro da
década de 80, por exemplo, não necessita utilizar óleos SJ ou SL. Logicamente, não
trarão problemas. Veja abaixo algumas das classificações:
SF: de 1980 a 1989;
SG: de 1989 a 1994;
SH: de 1994 a 1996;
SI: de 1996 a 1998;
SJ: de 1998 a 2000;
SL: de 2000 aos dias atuais.
Muitos dos óleos recomendados para motores até 1996 já não estão mais à
venda, sendo necessário substituir pela categoria superior.
Essa classificação somente é válida para os motores a álcool e a gasolina.
Motores diesel são classificados pela sigla API + C + A a F.
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4.7-TABELA DE ÓLEOS PARA MOTORES
4.7.1-Tabela FIAT
VEÍCULO TIPO DE LUBRIFICANTE QUANTIDADE CLASSIFICAÇÃO
OBS.: Com filtro
Família Uno Selénia – SAE 20W-50 4,0 L Multiviscoso para 7.500
Até 98 Km
Família Uno Selénia – 20K API SJ 4,0 L Semi-sintético para
98 até 2001 SAE 15W-40 15.000 Km
Alfa Romeo Selénia 20 K API SJ 145, 155, 156 – 4,4 L Sintético para
164,155,156, 10W-40 166 – 6,1 L 15.000 Km
166 e Spider
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OBS.: Os óleos listados são sugestões do fabricante. Poderão ser usados
outros óleos lubrificantes, desde que atentam as mesmas classificações de
viscosidade e qualidade.
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4.7.4- Tabela de lubrificantes VW
Esso Ultra,
Motores Golf, Selénia – T, U, O, Semi-sintético para
Bora, Passat e Shell Helix Plus, 15.000 Km
Polo API SJ
SAE 15W-50
-Esso Ultron 5W-40
-Elaion Sintético 5W-40
Original
-Castrol GTX Magnatec 10W-40
Motores Golf, -Elf Sinthese 10W50
Bora, Passat e -Castrol Fórmula RS SINTÉTICOS para
Polo 10W-60 15.000 Km
-Shell Helix Ultra 15W-50
-F1 Master Sintético 15W-50
-Motul 6100 Synergie
15W-50
TODOS API SJ/CF
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5 SUBSISTEMA DE ARREFECIMENTO
1- Aletas
2- Tubulação
3- Turbina
4- Válvula termostática
• Vantagens
• Desvantagens
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5.2- SISTEMA DE ARREFECIMENTO POR FLUÍDO
Todo fluído aquecido que passa pela válvula termostática vai para o radiador,
que nada mais é que um trocador de calor. Possui em seu interior uma parte do
fluído de arrefecimento menos quente para que, quando a válvula termostática abrir,
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este fluído seja deslocado ao motor e uma parte do fluído bem mais aquecido do
motor venha para ele e seja refrigerado.
Figura 99 – Radiador
Fonte: CD Apostila Automotiva – autor desconhecido
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Com o aquecimento do fluído de arrefecimento existe, dentro do sistema, um
aumento de pressão, gerando uma necessidade de controle desta pressão. Nos
veículos antigos, o radiador trazia uma tampa que possuía duas válvulas de controle
de pressão. Já nos veículos novos, a tampa está no reservatório de expansão.
Quando a pressão interna do sistema atinge um valor acima da calibração
da válvula de pressão, esta se abre e libera o vapor para a atmosfera.
1- Tampa
2- Válvula de pressão
3- Saída para reservatório
1- Tampa
2- Válvula de pressão
3- Saída para reservatório
4- Válvula de depressão
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Este reservatório de expansão possui as marcas de nível MIN. e MÁX. e o
fluído deve se encontrar sempre entre estas duas marcações. Isto é necessário para
que, quando houver o aumento de temperatura no sistema de arrefecimento, devido
ao aumento de volume, o fluído seja direcionado para o reservatório e não para fora,
como ocorre no sistema sem reservatório.
Sobre este reservatório está a tampa com
as válvulas de pressão e depressão, com o
mesmo funcionamento mencionado
anteriormente.
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5.4-FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DE ARREFECIMENTO
Fase Fria
Nos primeiros momentos de funcionamento do motor, o fluído de
arrefecimento se encontra na mesma temperatura do motor: frio. Ao passo que o
motor vai aquecendo, o fluído vai recebendo parte do calor gerado pelo atrito e pelas
explosões nos cilindros. Os componentes do sistema estão, respectivamente:
- A bomba d’água está sendo acionada e criando o movimento do fluído no sistema;
- O fluído está circulando entre bloco e cabeçote, devido á válvula termostática estar
fechada;
- O radiador, que aloja parte do fluído, está se aquecendo mais lentamente que o
fluído que está no motor.
Fase Quente
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Com o funcionamento contínuo do motor, o fluído se aquece, chegando ao
melhor índice térmico para o motor. Neste momento, teremos:
• Bomba d’água acionando o fluído;
• O fluído circulando entre motor e radiador, devido á válvula termostática abrir
com a temperatura, para que parte do fluído seja refrigerado pelo radiador
com o deslocamento do ar pelas aletas do radiador e pelo acionamento do
eletroventilador pelo interruptor de temperatura.
O motor é considerado na temperatura normal de trabalho quando ligar duas
vezes o eletroventilador ou o ponteiro da temperatura estabilizar no centro do
marcador.
DEFEITOS CAUSAS
- Superaquecimento do motor - Válvula termostática emperrada,
fechada ou fora de especificação;
- Falta de fluído de arrefecimento;
- Vazamentos;
- Correia frouxa ou arrebentada;
- Radiador obstruído;
- Termostato defeituoso;
- Oxidação e acúmulo de
sedimentos no sistema;
- Defeito na bomba d’água;
- Porcentagem errada de aditivo;
- Defeito do motor ou ligação do
ventilador elétrico.
- O motor não atinge a - Válvula termostática fora de
temperatura normal de funcionamento especificação ou emperrada (aberta);
- Termostato defeituoso.
- Vazamento do fluído de - Vazamento do radiador;
arrefecimento - Mangueiras ou braçadeiras
danificadas;
- Vazamento da bomba d’água;
- Junta do cabeçote danificada;
- Vazamentos dos tampões
(selos);
- Bloco ou cabeçote trincados ou
empenados.
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