NBR 16.489
NBR 16.489
NBR 16.489
BRASILEIRA 16489
Primeira edição
10.07.2017
Número de referência
ABNT NBR 16489:2017
158 páginas
© ABNT 2017
ABNT NBR 16489:2017
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Sumário Página
Prefácio...............................................................................................................................................xii
Introdução..........................................................................................................................................xiii
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................2
4 Legislação............................................................................................................................5
5 Princípios fundamentais.....................................................................................................5
5.1 Análise de risco e hierarquia das medidas de proteção.................................................5
5.2 Princípios para seleção de sistemas de proteção individual contra quedas (SPIQ)....5
5.2.1 Uso de equipamentos certificados....................................................................................5
5.2.2 Uso de normas....................................................................................................................5
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8 Sistemas de restrição.......................................................................................................12
8.1 Geral...................................................................................................................................12
8.2 Seleção dos componentes de um sistema de restrição................................................13
8.2.1 Geral...................................................................................................................................13
8.2.2 Talabartes de segurança e linhas de ancoragem para sistemas de restrição............14
8.3 Uso de sistemas de restrição...........................................................................................14
9 Sistemas de retenção de queda.......................................................................................22
9.1 Geral...................................................................................................................................22
9.1.1 Características básicas de um sistema de retenção de queda....................................22
9.1.2 Cinturões de segurança tipo paraquedista para sistemas de retenção de queda.....24
9.1.3 Talabartes de segurança para sistemas de proteção de queda...................................25
9.2 Sistemas de retenção de queda baseados em um ou mais talabartes de segurança
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16.6 Escolha das posições dos pontos de ancoragem para os sistemas de retenção de
queda................................................................................................................................ 114
16.6.1 Escolha das posições de pontos de ancoragem para minimizar a distância de queda
livre................................................................................................................................... 114
16.6.2 Escolha de posições dos pontos de ancoragem para minimizar as quedas em
pêndulo............................................................................................................................ 115
16.6.3 Evitando posições de ancoragem potencialmente perigosas.................................... 117
Anexo A (informativo) Princípios básicos de proteção de quedas em altura..............................120
Anexo B (informativo) Teste de conforto e ajuste do cinturão......................................................121
B.1 Geral.................................................................................................................................121
B.2 Precauções de segurança..............................................................................................121
B.3 Procedimento..................................................................................................................122
B.4 Avaliação dos resultados...............................................................................................123
Anexo C (Informativo) Lista de verificação para inspeção de equipamento...............................124
Anexo D (informativo) Intolerância a suspensão
(anteriormente conhecida como trauma de suspensão).............................................133
Anexo E (informativo) Vantagens e desvantagens dos elementos de engate
de retenção de queda de um cinturão tipo paraquedista............................................135
E.1 Geral.................................................................................................................................135
E.2 Elemento de engate dorsal.............................................................................................135
E.2.1 Enquanto o usuário está trabalhando...........................................................................135
E.2.1.1 Vantagens........................................................................................................................135
E.2.1.2 Desvantagens..................................................................................................................135
E.2.2 No caso de uma queda...................................................................................................135
E.2.2.1 Vantagens........................................................................................................................135
E.2.2.2 Desvantagens..................................................................................................................136
E.2.3 Suspensão pós-queda....................................................................................................136
E.2.3.1 Vantagens........................................................................................................................136
E.2.3.2 Desvantagens..................................................................................................................136
E.2.4 Resgate............................................................................................................................136
E.2.4.1 Vantagens........................................................................................................................136
E.2.4.2 Desvantagens..................................................................................................................137
E.3 Elemento de engate peitoral..........................................................................................137
E.3.1 Enquanto o usuário estiver trabalhando......................................................................137
E.3.1.1 Vantagens........................................................................................................................137
E.3.1.2 Desvantagens..................................................................................................................137
E.3.2 No caso de uma queda...................................................................................................137
E.3.2.1 Vantagens........................................................................................................................137
E.3.2.2 Desvantagens..................................................................................................................137
E.3.3 Suspensão pós-queda....................................................................................................138
E.3.3.1 Vantagens........................................................................................................................138
E.3.3.2 Desvantagens..................................................................................................................138
E.3.4 Resgate............................................................................................................................138
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E.3.4.1 Vantagens........................................................................................................................138
E.3.4.2 Desvantagens..................................................................................................................138
Anexo F (informativo) Exemplos de cálculos dos requisitos mínimos de zona livre
de queda (ZLQ) para os diferentes sistemas de proteção individual
contra quedas (SPIQ)......................................................................................................139
F.1 Sistema de retenção de queda baseado em um talabarte de segurança com
absorvedor de energia....................................................................................................139
F.2 Sistema de retenção de queda baseado em um trava-quedas retrátil.......................140
F.3 Sistemas de retenção de queda baseados em uma linha de ancoragem vertical
(rígida ou flexível)............................................................................................................142
F.4 Sistema baseado em uma linha de ancoragem horizontal e um talabarte de
segurança com absorvedor de energia........................................................................143
Anexo G (informativo) Métodos típicos de trabalho em uma posição parcialmente sustentada
usando um sistema de posicionamento no trabalho..................................................145
G.1 Técnica 1 (ver 10.2.1).......................................................................................................145
G.1.1 Precauções antes de começar o trabalho....................................................................145
G.1.2 Passando o talabarte de segurança para posicionamento em torno da estrutura de
suporte e conectado ao cinturão do usuário...............................................................145
G.1.3 Preparação para mudança para uma outra posição....................................................148
G.2 Técnica 2 (ver 10.2.2).......................................................................................................148
G.2.1 Precauções antes de começar o trabalho....................................................................148
G.2.2 Conexão do talabarte de segurança para posicionamento entre o ponto de
ancoragem e o cinturão do usuário..............................................................................148
G.2.3 Movimentação para cima e para baixo na superfície de trabalho variando o
comprimento do talabarte de segurança para posicionamento ................................149
Anexo H (informativo) Propriedades de algumas das fibras artificiais usadas na fabricação de
equipamentos de proteção individual de queda..........................................................150
Bibliografia........................................................................................................................................156
Figuras
Figura 1 – Exemplo de um sistema de restrição limitando o acesso às zonas
onde o risco de uma queda existe...................................................................................15
Figura 2 – Importância do comprimento correto do talabarte de segurança
em um sistema de restrição.............................................................................................17
Figura 3 – Exemplo de um sistema de restrição
usando uma linha de ancoragem horizontal rígida.......................................................18
Figura 4 – Perigos do uso de um sistema de restrição para acessar
o canto de um telhado plano............................................................................................19
Figura 5 – Situação em que não se recomenda o uso de um sistema de restrição
porque existe um risco de queda devido a um material frágil......................................20
Figura 6 – Limitações e perigos do uso de um sistema de restrição em um telhado inclinado.21
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Tabelas
Tabela 1 – Ilustração da hierarquia de soluções para o trabalho em altura.................................10
Tabela 2 – Vantagens e desvantagens dos vários mecanismos de fechamento e travamento
do fecho em diferentes modelos de conectores............................................................90
Tabela C.1 – Lista de verificação para inspeção de equipamento – Todos os componentes
têxteis...............................................................................................................................124
Tabela C.2 – Lista de verificação para inspeção de equipamento – Cinturões..........................125
Tabela C.3 – Lista de verificação para inspeção de equipamento – Talabartes e absorvedores
de energia........................................................................................................................126
Tabela C.5 – Lista de verificação para inspeção de equipamento – Componentes de metal...128
Tabela C.6 – Lista de verificação para inspeção de equipamento – Dispositivos utilizados
sobre linhas.....................................................................................................................129
Tabela C.7 – Lista de verificação para inspeção de equipamento – Conectores.......................130
Tabela C.8 – Lista de verificação para inspeção de equipamento – Trava-queda retrátil.........131
Tabela C.9 – Lista de verificação para inspeção de equipamento – Capacetes.........................132
Tabela F.1 – Exemplo do cálculo de requisitos mínimos de ZLQ para um sistema de retenção
de queda baseado em um talabarte de segurança com absorvedor de energia......140
Tabela F.2 – Exemplo do cálculo de requisitos mínimos de ZLQ para um sistema de retenção
de queda baseado em um trava-quedas retrátil...........................................................141
Tabela F.3 – Exemplo do cálculo dos requisitos mínimos de ZLQ para sistemas de retenção
de queda baseado em um linha de ancoragem vertical..............................................143
Tabela F.4 – Exemplo do cálculo de requisitos mínimos de zona livre de queda para sistemas
de retenção de queda baseado em uma linha de ancoragem horizontal e um
talabarte de segurança com absorvedor de energia...................................................144
Tabela H.1 – Resistência aos produtos químicos de algumas fibras artificiais usadas na
fabricação de equipamentos de proteção individual de queda..................................151
Tabela H.2 – Outras propriedades de algumas fibras artificiais usadas na fabricação
de equipamentos de proteção individual de queda.....................................................155
Prefácio
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais
direitos de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados
à ABNT a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos.
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Nestes casos, os Órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas
para exigência dos requisitos desta Norma.
A ABNT NBR 16489 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Equipamentos de Proteção Individual
(ABNT/CB-032), pela Comissão de Estudo de Seleção e Uso de EPI para Trabalhos em Altura
(CE-032:004.005). O seu Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 04, de 04.07.2016
a 06.07.2016. O seu 2º Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 02, de 23.02.2017
a 23.04.2017.
Scope
This Standard establishes recommendations and guidelines for the selection, use and maintenance of
personal fall protection systems (SPIQ) for use in the workplace to prevent and/or to arrest falls from
a height.
It is intended for use by employers, employees and self-employed persons who use personal fall
protection systems (SPIQ). It is also intended for use by designers, e.g. architects and structural
engineers, including those who are responsible for the design of safe access routes on buildings and
structures, by those who commission work at a height, e.g. building owners and contractors, and by
those involved in training persons for work at a height.
This Standard is not applicable to collective fall protection systems (SPCQ), for example, work platforms
and fall arrest nets. It is not intended to apply to personal fall protection systems (SPIQ) for use in
leisure activities or in professional or private sports activities. It is also not intended to apply to personal
fall protection systems (SPIQ) for use in arboriculture.
NOTE 2 Recommendations and guidance on the use of rope access methods are given in ABNT NBR 15595.
Introdução
Esta Norma foi produzida em resposta à necessidade de reunir a melhor prática em relação à proteção
individual de queda. Sua base, a BS 8437 foi estruturada a partir de um grande número de fontes
incluindo informações de fabricantes, de estudos de pesquisas e de organizações de treinamento.
A Norma aplica-se ao uso de sistemas e equipamento de proteção individual de queda somente no
local de trabalho, onde a atividade principal é o trabalho sendo empreendido.
Esta Norma é indicada para aqueles profissionais que atuam e têm obrigações no ambiente da saúde
e segurança no trabalho.
As formas verbais (convém/recomenda-se) apresentadas nesta Norma são utilizadas para indicar
que, entre várias possibilidades, uma é mais apropriada, sem com isto excluir outras, ou que um certo
modo de proceder é preferível, mas não necessariamente exigível. Ressalta-se que esta Norma não
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A queda de altura é uma das maiores causas de morte e ferimentos no local de trabalho. É, portanto,
essencial que medidas sejam tomadas para proteger os trabalhadores de quedas de altura. Os sis-
temas de proteção contra quedas (SPQ) podem ser sobre a forma de medidas que sejam parte de
um sistema de proteção coletivo contra quedas (SPCQ) como redes de segurança e guarda-corpo,
e o uso de sistemas de proteção individual contra quedas (SPIQ). Estas medidas podem ser tomadas
na fase de projeto ou na fase de execução. É igualmente essencial que as medidas de proteção de
quedas adotadas sejam apropriadas para a situação particular, que qualquer sistema ou equipamento
de proteção de quedas seja corretamente mantido e que os usuários tenham o treinamento apropriado.
Se uma pessoa que trabalha em uma altura, por exemplo, sobre um telhado ou torre, sofrer uma queda
de modo a perder o contato com a superfície em que ele é sustentado, por exemplo, tropeçando sobre
uma extremidade, ele certamente baterá no chão, ou qualquer obstáculo, com força suficiente para
causar ferimentos graves ou fatais. A gravidade dos ferimentos é determinada pela velocidade de
impacto da pessoa, que depende da altura da queda, a natureza da superfície de impacto e a parte
do corpo que bater na superfície. Os ferimentos são realmente causados pelas forças resultantes da
velocidade rápida de desaceleração do corpo no impacto.
NOTA Uma queda de 4,00 m toma somente 0,9 s não dando nenhum tempo para a pessoa que está
caindo reagir, e resulta em uma velocidade de impacto de 32 km/h.
A gravidade do ferimento não depende somente da altura ou da queda. Embora os ferimentos graves
ou fatais possam resultar do impacto de uma queda de altura sobre uma superfície sólida, também
podem resultar das seguintes condições:
a) impacto de uma queda relativamente pequena sobre, ou através de, uma superfície frágil
(por exemplo, uma telha translúcida);
Está Norma trata de sistemas de proteção individual de queda no contexto de uma hierarquia de
medidas de proteção de queda. Fornece detalhes dos tipos de sistemas e equipamentos de proteção
de queda disponíveis e fornece orientação sobre sua seleção, uso e manutenção, e treinamento dos
usuários.
1 Escopo
Esta Norma estabelece recomendações e orientações sobre a seleção, uso e manutenção de siste-
mas de proteção individual contra quedas (SPIQ) para uso no local de trabalho para prevenir e/ou
reter quedas de uma altura.
É destinada para uso de empregadores, empregados e pessoas autônomas que utilizam um SPIQ.
Também é aplicável para uso por projetistas, por exemplo, arquitetos e engenheiros estruturais,
inclusive aqueles que são responsáveis pelo projeto de roteiros de acesso seguros em edifícios e
estruturas, por aqueles que autorizam trabalho em uma altura, por exemplo, proprietários de edifícios
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Esta Norma não é aplicável para sistemas de proteção coletiva contra quedas (SPCQ), por exemplo,
plataformas de trabalho e redes de segurança para retenção de queda. Não tem a intenção de se
aplicar aos SPIQ para uso em atividades de lazer ou em atividades profissionais ou privadas de
esportes. Também não está incluída para se aplicar aos SPIQ para uso em arboricultura.
NOTA 1 Uma discussão dos princípios básicos de proteção de queda é apresentada no Anexo A.
NOTA 2 Recomendações e orientações sobre o uso de métodos de acesso por corda são fornecidos na
ABNT NBR 15595.
2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento.Para referên-
cias datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as
edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).
ABNT NBR 14626, Equipamento de proteção individual contra queda de altura – Trava-queda
deslizante guiado em linha flexível
ABNT NBR 14627, Equipamento de proteção individual contra queda de altura – Trava-queda guiado
em linha rígida
ABNT NBR 14628, Equipamento de proteção individual contra queda de altura – Trava-queda retrátil
ABNT NBR 14629, Equipamento de proteção individual contra queda de altura – Absorvedor de energia
ABNT NBR 15595, Acesso por corda – Procedimento para aplicação do método
ABNT NBR 15834, Equipamento de proteção individual contra queda de altura – Talabarte de segurança
ABNT NBR 15835, Equipamento de proteção individual contra queda de altura – Cinturão de segurança
tipo abdominal e talabarte de segurança para posicionamento e restrição
ABNT NBR 15836, Equipamento de proteção individual contra queda de altura – Cinturão de segurança
tipo paraquedista
ABNT NBR 15837, Equipamento de proteção individual contra queda de altura – Conectores
ABNT NBR 15986, Cordas de alma e capa de baixo coeficiente de alongamento para acesso por
corda – Requisitos e métodos de ensaio
ABNT NBR 16325-1, Proteção contra quedas de altura – Parte 1: Dispositivos de ancoragem tipos A, B e D
ABNT NBR 16325-2, Proteção contra quedas de altura – Parte 2: Dispositivos de ancoragem tipo C
EN 813, Personal protective equipment – Sit harnesses
EN 892, Mountaineering equipment – Dynamic mountaineering ropes – Safety requirements and test
methods
EN 1497, Personal fall protection equipment – Rescue harnesses
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3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.
3.1
cinturão de segurança tipo paraquedista
componente de um sistema de retenção de queda, constituído por um dispositivo preso ao corpo
destinado a reter as quedas
NOTA O cinturão de segurança tipo paraquedista pode consistir em fitas, fivelas e outros elementos,
dispostos e acomodados de forma adequada e ergonômica sobre o corpo de uma pessoa para sustentá-la
em posicionamento, restrição, suspensão, sustentação, durante uma queda e depois de sua retenção.
3.2 Ancoragens
3.2.1
ancoragem
dispositivo ou local para fixação segura de equipamentos ou sistemas de trabalho em altura
NOTA Um parafuso olhal é um exemplo de um dispositivo e uma viga de aço é um exemplo de um local.
3.2.2
ponto de ancoragem
ponto de um sistema de ancoragem onde o equipamento de proteção individual é projetado para ser
conectado
3.2.3
dispositivo de ancoragem
montagem de elementos que incorporam um ou mais pontos de ancoragem ou pontos de ancoragem
móveis, que podem incluir um elemento de fixação. É projetado para utilização como parte de um
sistema pessoal de proteção de queda e também de forma que possa ser removido da estrutura e ser
parte do sistema de ancoragem
NOTA É essencial que o dispositivo de ancoragem atenda a um dos seguintes requisitos: ser certificado, ser
fabricado em conformidade com as Normas técnicas nacionais vigentes sob responsabilidade do profissional
legalmente habilitado ou ser projetado por profissional legalmente habilitado, tendo como referência as
Normas técnicas nacionais vigentes, como parte integrante de um sistema completo de proteção individual
contra quedas.
3.2.4
ancoragem estrutural
elementos fixados de forma permanente na estrutura, nos quais um dispositivo de ancoragem ou um
EPI pode ser conectado
NOTA 1 Um dispositivo de ancoragem fixo de forma permanente à estrutura, por exemplo, soldado, concre-
tado ou colado com resina, torna-se uma ancoragem estrutural.
3.3
conectores
dispositivo de ligação entre componentes, que se abre e que permite ao usuário montar um sistema
de proteção de queda e unir-se direta ou indiretamente a um ponto de ancoragem (ver 12.5)
3.4
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3.5
dispositivo utilizado nas linhas de ancoragem
dispositivo que acompanha o usuário ao longo de um linha de ancoragem. Por exemplo, ponto móvel
de ancoragem para linhas horizontais, trava-queda guiado para linhas verticais (ver 12.10)
3.6 talabarte
3.6.1
talabarte de segurança
componente ou elemento de conexão de um sistema antiquedas
NOTA O talabarte de segurança pode ser constituído de uma corda de fibras sintéticas, um cabo metálico,
uma fita ou uma corrente.
3.6.2
talabarte de segurança para posicionamento e restrição
equipamento que serve para conectar um cinturão de segurança tipo abdominal ou cinturão paraque-
dista a um ponto de ancoragem ou para circundar uma estrutura, de maneira a constituir um suporte
3.7
absorvedor de energia
componente ou elemento de um sistema antiquedas desenhado para dissipar a energia cinética
desenvolvida durante uma queda de uma determinada altura
3.8
trava-queda retrátil
dispositivo antiquedas que dispõe de uma função de travamento automático e de um mecanismo
automático de retrocesso que mantém a linha retrátil em tensão
NOTA O próprio dispositivo pode integrar um meio de dissipação de energia ou incorporar um absorvedor
de energia na linha retrátil.
3.9 Cargas
3.9.1
limite de carga de trabalho
carga máxima que pode ser elevada por um item de equipamento de acordo com as condições espe-
cificadas pelo fabricante
3.9.2
carga de trabalho segura
carga de trabalho máxima de um item de equipamento de acordo com as condições especificadas
por um profissional legalmente habilitado
NOTA Esta carga é igual ou inferior ao limite de carga de trabalho referente a este equipamento.
3.9.3
carga nominal máxima
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3.9.4
carga nominal mínima
massa mínima, em quilogramas, do trabalhador, incluindo ferramentas e equipamentos carregados,
que pode ser suportada por um componente de um sistema de proteção individual de queda, conforme
especificado pelo fabricante
3.9.5
carga mínima de ruptura
carga mínima que um equipamento novo precisa resistir ao ser ensaiado em condições específicas
3.9.6
carga de prova
carga de ensaio aplicada para verificar que um componente do sistema não apresenta deformação
permanente ou outro defeito sob essa carga, naquele momento em particular, conforme designado por
um profissional legalmente habilitado
3.10
profissional legalmente habilitado
trabalhador previamente qualificado e com registro no conselho de classe competente
3.11
trabalhador qualificado
trabalhador que comprove a conclusão de curso específico para sua atividade em instituição reconhe-
cida pelo sistema oficial de ensino
3.12
fator de segurança de uma estrutura/sistema
razão entre a máxima força aplicada na parte menos resistente desta estrutura ou sistema, e a resis-
tência última desta parte
NOTA Para um produto é a razão entre limite de carga de trabalho e sua carga mínima de ruptura.
3.13
local de trabalho
área onde são executados os trabalhos
NOTA Sendo adequada e prevista em análise de risco, uma mesma solução pode ser utilizada para
mais de um local de trabalho.
4 Legislação
O atendimento desta Norma por si só não exclui as obrigações legais. Na aplicação desta Norma deve
ser cumprida a legislação oficial. Existindo conflito entre ambas, prevalece a legislação oficial vigente.
Em caso de conflitos entre esta Norma técnica e a Norma Regulamentadora, prevalece o disposto na
Norma Regulamentadora.
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5 Princípios fundamentais
5.1 Análise de risco e hierarquia das medidas de proteção
5.1.1 O objetivo principal é planejar, organizar e administrar o trabalho de tal modo que exista uma
margem adequada de segurança para minimizar o risco, com a meta de nenhum incidente.
5.1.2 A boa prática exige que antes que os sistemas de proteção contra quedas (SPQ) sejam empre-
gados para um trabalho específico, os envolvidos executem uma análise de risco (ver 6.1) e estabele-
çam requisitos claros para todos os aspectos do trabalho. Além disso, é essencial que o trabalho seja
cuidadosamente avaliado para assegurar que o método de acesso é apropriado à segurança exigida.
5.1.3 Com relação ao risco de queda de altura, convém que as medidas de proteção adotadas
respeitem a hierarquia descrita em 6.2.
5.2 Princípios para seleção de sistemas de proteção individual contra quedas (SPIQ)
Convém que o equipamento selecionado esteja em conformidade com as Normas pertinentes para o
uso pretendido, quando aplicável (ver 7.1.4).
a) sistema de restrição, que restringe o usuário de forma a impedir o acesso aos locais onde existe
o risco de queda de altura (ver 7.2.2);
b) sistema de posicionamento no trabalho, que permite que o usuário seja mantido em uma posição
sustentada parcialmente ou completamente (ver 7.2.3);
c) sistema de acesso por corda, que emprega duas linhas fixadas separadamente, uma como meio
de suporte e a outra como segurança, para acesso e/ou egresso ao local de trabalho, sendo
ambas conectadas ao cinturão de segurança do usuário (ver 7.2.4);
NOTA O sistema de acesso por corda pode ser usado para o posicionamento no trabalho.
d) sistema de retenção de queda, que atua para reter uma queda, e que é utilizado em situações
onde, se o usuário perder o contato físico controlado com a superfície de trabalho, existirá uma
queda livre (ver 7.2.5).
Recomenda-se que os limites de uso dos equipamentos sejam observados conforme a seguir:
5.3 Princípios de uso dos sistemas de proteção individual contra quedas (SPIQ)
5.3.1 Capacitação dos usuários
Convém que os usuários sejam capacitados no uso de seus sistemas e equipamentos de proteção
individual e tenham uma atitude apropriada para trabalhar em altura.
c) detectar quaisquer defeitos técnicos nos equipamentos e/ou falhas no procedimento de trabalho,
reconhecer quaisquer implicações para a saúde e a segurança destes defeitos e/ou falhas,
e poder tomar a ação para lidar com estes.
Convém que os usuários também sejam capacitados para verificar seu sistema e equipamento de
proteção individual para trabalho em altura quanto aos defeitos antes de qualquer uso.
Convém que os usuários estejam adequadamente treinados e avaliados quanto à competência no uso
da técnica e seu sistema e equipamento de proteção individual de trabalho em altura para as aplica-
ções específicas pretendidas (ver Seção 15). Convém que eles também sejam treinados e avaliados
para inspeção de pré-uso de seu equipamento (ver 5.3.5).
NOTA Durante o estudo desta Norma estava sendo iniciado o estudo de um novo projeto com base na
BS 8454, este projeto busca trazer recomendações e orientações para provedores de treinamento de forma
a garantir que o treinamento para trabalho em altura seja fornecido com um alto nível de qualidade, de forma
segura, em ambiente controlado por uma equipe com experiência e conhecimento.
De acordo com as Normas Brasileiras para trabalhos em altura, convém que o fabricante do equipamento
forneça informações de cada produto. Convém que estas informações sejam disponibilizadas e com-
pletamente entendidas pelo usuário antes de utilizar o equipamento. Recemenda-se que haja tempo
permitido para isso no planejamento do trabalho. Isto também se aplica aos equipamentos repostos
ou substituídos, porque mudanças podem ter sido feitas na especificação original ou nas informações
fornecidas. O conhecimento das características do equipamento pode ajudar a evitar o mau uso.
Este conhecimento pode ser realçado pelo treinamento e estudo das informações fornecidas com o
produto e outros panfletos e catálogos técnicos.
Antes de um equipamento ser utilizado pela primeira vez, convém que se assegure que este seja
apropriado para a aplicação pretendida, que funciona corretamente, e que esteja em boas condições.
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Antes de usar um cinturão de segurança pela primeira vez, é recomendável que o usuário seja ajudado
na execução de um teste de conforto e ajuste em um lugar seguro, de acordo com o procedimento
indicado no Anexo B, para assegurar que o cinturão é de tamanho correto, tem ajuste suficiente e um
nível de conforto aceitável para o uso pretendido, inclusive suspensão.
Além das verificações de pré-uso, convém que o equipamento seja submetido .Em caso de dúvida
sobre a segurança do equipamento durante a verificação de pré-uso, convém que o equipamento seja
submetido a uma inspeção detalhada. Convém que o equipamento danificado seja retirado do serviço
imediatamente (ver Seção 13 e Anexo C).
Além das verificações de pré-uso, convém que o equipamento seja submetido às inspeções detalha-
das de acordo com um regime predeterminado. Convém que seja retirado imediatamente de serviço
um equipamento danificado (ver Seção 13 e Anexo C).
As inspeções adicionais, equivalentes a uma inspeção detalhada, podem ser necessárias entre ins-
peções detalhadas em situações em que a análise de risco identificou um perigo que pode causar a
deterioração significativa do equipamento, por exemplo, tinta, substâncias químicas ou um ambiente
ácido ou alcalino. A necessidade para a frequência das inspeções adicionais depende das circunstân-
cias específicas em que o equipamento é utilizado.
É essencial que as ancoragens e os pontos de ancoragem tenham resistência adequada (ver Seção 16).
Sempre que possível, convém que as ancoragens e os pontos de ancoragem estejam diretamente
acima do usuário de forma que a linha de ancoragem ou o talabarte de segurança esteja esticado
ou tenha a menor folga possível, para minimizar o tamanho e efeito de qualquer queda. Convém
que o posicionamento das ancoragens e dos pontos de ancoragem seja tal que os perigos, como,
por exemplo, extremidades afiadas ou ásperas e superfícies quentes, sejam evitados ou que sejam
adotadas medidas de controle, pois são muito prováveis de causar dano em linhas de ancoragem e
talabartes de segurança tensionados, particularmente em produtos têxteis, que poderia causar sua
ruptura ao serem tensionados.
6.1.1 Antes do início do trabalho, é essencial que se realize a identificação do perigo, a análise
de risco e a definição do método de trabalho, considerando-se a hierarquia das soluções protetoras
conforme 6.2. Convém que se planeje um sistema seguro de trabalho, incluindo a seleção de métodos
e equipamentos apropriados, em conjunto com pessoal capacitado. É essencial que se elabore um
procedimento operacional para atividades rotineiras e permissão de trabalho para as atividades não
rotineiras.
6.1.3 Convém que se inclua na identificação do risco qualquer condição que possa causar dano,
por exemplo, instalações elétricas, extremidades afiadas ou trabalhos em altura.
6.1.4 Convém na análise de risco incluir uma cuidadosa identificação de todos os riscos conforme
seus diferentes níveis. Convém que esta ação seja tomada para evitar os riscos. Se isto não for possível,
convém que sejam tomadas precauções para eliminar a probabilidade de queda com diferença de
nível ou quando não for possível que se minimizem as chances de pessoas serem lesionadas.
6.1.5 Tomando os exemplos dados em 6.1.3, os níveis de risco e as precauções que convém que
sejam tomadas são as seguintes:
a) as instalações elétricas apresentam um alto risco de choque elétrico. Convém que a probabilidade
de dano seja minimizada de acordo com a legislação vigente e as respectivas normas técnicas;
c) trabalhar a partir de uma escada apresenta um alto risco de queda de uma altura. Convém
que a probabilidade de lesão seja minimizada assegurando que a escada esteja corretamente
posicionada e segura, que seu uso seja limitado, e se necessário, que um sistema de proteção
de trabalho em altura possa gerar uma proteção efetiva para a situação buscando minimizar a
distância e as consequências de uma queda.
6.1.7 Na análise de risco, convém que esta seja detalhada considerando todos os cenários de
emergência possíveis e o planejamento de como qualquer resgate necessário possa ser executado
(ver Seção 11).
NOTA O autorresgate é importante e pode ser previsto, não como substituto ao resgate, mas sim como
uma possibilidade para evitar a exposição de resgatistas.
6.1.8 Recomenda-se que seja mantido um registro de cada risco identificado, com sua avaliação e
a ação tomada para minimizar essas condições. Os registros podem fornecer informações valiosas e
evidência documentária no caso de qualquer incidente. Tomando os exemplos citados em 6.1.3 a 6.1.5,
os registros poderiam declarar o seguinte:
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a) instalações elétricas: o isolamento e o aterramento foram verificados e validados como confiáveis;
b) extremidades afiadas: proteções das extremidades foram realizadas e estão no lugar;
c) escadas: segura no topo e na parte inferior; ângulo de inclinação ajustado e um sistema de reten-
ção de queda presente.
6.1.9 Convém que se assegure que as ações seguintes foram tomadas e reportadas nos registros:
b) uma verificação foi feita de quem e quantas pessoas poderiam ser afetadas por cada risco;
6.1.10 Quando planejar um sistema seguro de trabalho, convém que o empregador considere:
—— a natureza do local de trabalho, inclusive sua forma e quaisquer riscos especiais associados a ela;
—— os detalhes da tarefa a ser executada, inclusive quaisquer riscos especiais associados à ela;
—— o alcance dos movimentos que precisam fazer e as posturas que precisam adotar.
—— recursos e limitações dos equipamentos, inclusive os materiais de que são produzidos e suas
formas de funcionamento.
6.1.11 Quanto aos equipamentos fornecidos, convém que o empregador assegure que:
6.1.12 Como parte da seleção de equipamento de proteção para trabalho em altura, é recomendado que:
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a) ensaios de uso em campo sejam empreendidos, com informações dos trabalhadores que utilizam
o equipamento;
b) as informações técnicas sejam cuidadosamente avaliadas; em particular, uma comparação cuida-
dosa a ser feita sobre métodos de validação e o modo planejado de uso para o equipamento.
Antes de o equipamento ser selecionado ou usado, convém que seja executada uma análise de risco
para cada trabalho no qual esse equipamento será utilizado.
7.1.2.1 É essencial que todos os cintos paraquedista possuam certificado de aprovação (CA) do
Ministério do Trabalho.
7.1.2.2 A marcação do CA no cinto paraquedista significa que o equipamento é apropriado para prote-
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ção contra quedas. Convém que a análise de risco da atividade defina qual o modelo mais adequado e
indicado para cada tipo de trabalho. Recomenda-se consultar o manual do produto e, em caso de dúvi-
das, consultar o fabricante.
7.1.4 Normas
7.2.1 Geral
Após a avaliação e análise do risco, e da consideração da hierarquia das medidas de proteção (ver 6.1
e 6.2), se for decidido que o equipamento de proteção individual contra quedas de diferença de nível
é necessário, convém que seja escolhido o tipo de sistema e equipamento de proteção individual a
ser usado. Este pode ser um sistema que previne uma queda ou um que retém uma queda. Sempre
que possível, utilizar um sistema de proteção individual contra quedas que previna uma queda em
preferência a um sistema de retenção de queda.
Se um sistema de proteção individual contra quedas que previna uma queda precisar ser usado,
convém que este seja projetado para impedir que o usuário alcance uma zona onde o risco de queda
com diferença de nível exista, ou um que previna o início de uma queda. Nos casos em que não for
praticável o uso de um sistema que previna uma queda, então, como último recurso, recomenda-se
que seja utilizado um sistema de retenção de queda.
Um sistema de restrição pode ser usado se o objetivo for restringir o acesso do usuário às zonas onde
o risco de uma queda de uma altura exista.
Quando se optar pela utilização de um sistema de restrição, em que uma possível falha no sistema
possa ocasionar uma queda, recomenda-se a utilização de um sistema de retenção de queda,
por exemplo, em trabalhos executados em telhados.
Se o método de trabalho planejado for para o usuário estar em uma posição parcialmente ou
inteiramente sustentada, o sistema adequado será um sistema de posicionamento no trabalho.
queda será prevenida ou retida. Um sistema de acesso por corda pode ser usado para o posicionamento
no trabalho. Detalhes de sistemas de posicionamento no trabalho são fornecidos na Seção 10 e
detalhes de sistemas de acesso por corda são fornecidos na ABNT NBR 15595.
Além de sua função primária de fornecer suporte e prevenir uma queda, convém que o equipamento
de posicionamento no trabalho seja suficientemente forte para reter uma queda com distância e força
limitadas, mas pode não cumprir com os outros requisitos essenciais para um sistema de retenção de
queda.
Se o método do trabalho planejado for de usar duas linhas separadamente fixadas, uma como meio
de suporte e a outra como segurança, para acesso e/ou egresso ao local de trabalho, e se ambas as
linhas forem presas ao cinturão de segurança do usuário, convém que seja utilizado um sistema de
acesso por corda de acordo com as recomendações fornecidas na ABNT NBR 15595.
NOTA Se o sistema for baseado em uma linha que move o usuário, por exemplo, sistemas de içamento,
este não é um sistema de acesso por corda, mas um sistema de posicionamento no trabalho.
Se o método de trabalho planejado é tal que se o usuário perder o contato físico controlado com a
superfície de trabalho existirá uma queda livre, convém que seja utilizado um sistema de retenção
de queda. Este consiste de um cinturão de segurança tipo paraquedista em conformidade com a
ABNT NBR 15836, uma ancoragem apropriada, e um dispositivo de união que tem a capacidade de
absorção de energia e que fornece um meio de fixação entre o trabalhador e a ancoragem, por exemplo,
talabarte de segurança ou trava-queda deslizante ou trava-queda retrátil. Detalhes de sistemas de
retenção de queda são fornecidos na Seção 9.
8 Sistemas de restrição
8.1 Geral
8.1.1 Sistemas de restrição são usados para impedir usuários de alcançar zonas onde existe o risco
de queda com diferença de nível. Envolvem a conexão do usuário com a estrutura por meio de um tala-
barte de segurança ou uma linha de ancoragem, a posição e o comprimento, nos quais, independente
dos movimentos do usuário em um plano horizontal, eles nunca poderão entrar em uma situação em
que uma queda poderá acontecer. Fundamentalmente, os sistemas de restrição impedem o início de
uma queda com diferença de nível (ver Figura 1).
Convém que um trabalho realizado sobre uma superfície frágil que não represente uma condição
segura de trabalho, não seja protegido por um sistema de restrição e sim por um sistema de retenção
de queda.
NOTA 1 Para se evitar usos equivocados e para um maior nível de proteção em sistemas de restrição,
podem ser utilizados componentes de retenção de queda e assim minimizar conseqüências colocadas como
exemplos nas figuras 2 c) e d), e 5 b).
NOTA 2 Uma forma para se definir a diferença entre um sistema de retenção de queda de um sistema
de restrição de movimentação é incluir uma margem de segurança de 0,5 m do local onde a queda com
diferença de nível pode acontecer.
b) restringem a mobilidade do usuário, isto é, podem permitir o movimento para certas partes de
uma estrutura, mas não para outras;
c) são específicos do local, isto é, o comprimento do talabarte de segurança ou linha de ancoragem
pode somente ser apropriado para uma situação.
8.1.3 Existem algumas diferenças notórias entre sistemas de restrição e outros sistemas de proteção
individual de queda. Estas incluem o seguinte:
a) a única queda que pode acontecer, usando um sistema de restrição, é uma queda no nível, isto
é, um tropeço ou escorregadela resultando no usuário cair sobre a superfície sobre a qual ele
estava situado;
b) a força sentida por um usuário conectado a um sistema de restrição e a força na ancoragem
provavelmente nunca excederão o equivalente a duas vezes a massa do usuário;
NOTA Um procedimento de resgate pode ser necessário, dependendo do local do trabalho, por exemplo,
se estiver trabalhando em um local de difícil acesso no topo de um telhado.
8.2.1 Geral
a) um cinturão tipo paraquedista, conforme ABNT NBR 15836 e/ou um cinturão abdominal
ABNT NBR 15835 (ver 12.6);
b) um ponto de ancoragem fixo, por exemplo: um dispositivo de ancoragem tipo A, ou um ponto
móvel de ancoragem, que se desloca ao longo de uma linha de ancoragem horizontal rígida ou
flexível (ver Seção 16);
Convém que o alcance da movimentação horizontal do usuário seja restringido pelo comprimento do
talabarte de segurança ou da linha de ancoragem e pela posição do ponto de ancoragem (ver Figura 1),
para assegurar que o usuário está fisicamente impedido de entrar em uma área onde existe um risco
de queda com diferença de nível. Convém que o comprimento do talabarte de segurança ou linha de
ancoragem seja tal que quando conectado ao pretendido ponto de ancoragem seja suficiente para
permitir ao usuário alcançar a área de trabalho pretendida mas que impeça o usuário de atingir uma
zona onde exista risco de queda com diferença de nível [ver Figura 2-b)]. Se for muito curto, a área do
trabalho estará fora de alcance [ver Figura 2-a)]. Se for muito longo, poderá gerar uma queda livre com
características para um sistema de retenção de queda e, caso venha a acontecer uma queda, esta
pode ferir gravemente o usuário ou causar a falha do sistema [ver Figura 2-c) e 2-d)]. Convém que
o limite do movimento seja determinado, conforme mostrado na Figura 1.
Para estender o alcance do movimento horizontal, e assim aumentar as áreas acessíveis para o
usuário, um sistema de restrição que emprega uma linha de ancoragem horizontal pode ser usado
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(ver Figura 3). Linhas de ancoragem horizontais para aplicações de retenção de queda também são
apropriadas para este propósito (ver 9.5). Recomenda-se que cada usuário seja conectado à linha de
ancoragem por um conector em separado.
Um talabarte de segurança com absorvedor de energia de comprimento adequado pode ser usado
para restrição, desde que a situação em que precise ser usado seja tal que este não estará sujeito a
uma força que pode fazer o absorvedor de energia começar a abrir (isto é, uma força maior de 2 kN).
Se durante o trabalho ficar evidenciado que o sistema de restrição não impede uma queda sobre uma
extremidade, por exemplo, porque o talabarte de segurança conectado é muito comprido, neste caso,
convém que se pare imediatamente o trabalho e se tome uma ação para corrigir a situação, ajustando
ou substituindo o talabarte de segurança conectado ou utilizando um método diferente de proteção
de queda.
Em um trabalho executado, por exemplo, em telhado inclinado sem beiral, não recomenda-se utilizar
talabarte de segurança ou linha de ancoragem próximo a uma aresta, na qual poderia ocorrer uma
proteção de queda, [ver Figura 6-a)], ou mesmo uma queda efetiva do usuário ao chão [ver Figura 6-b)].
Nesta situação, convém que se utilize um método de posicionamento e retenção de queda.
NOTA 2 Na Figura 6-a), as posições A, B e C são apropriadas para restrição, visto que o usuário é impedido
de alcançar a calha. A posição D permitiria uma queda na aresta, a menos que existisse uma limitação de curso
na linha de ancoragem horizontal.
Em um telhado com uma linha de ancoragem horizontal ao longo de seu cume, o acesso seguro
à aresta pode ser planejado usando ancoragens adicionais fixas de ponto único. Isto exige para o
usuário conduzir e usar um talabarte de segurança adicional de comprimento fixo. É essencial estar
conectado à ancoragem adicional antes do usuário desconectar o primeiro talabarte de segurança da
linha de ancoragem horizontal. O treinamento completo do usuário (ver Seção 15) e uma declaração
detalhada do procedimento de segurança (ver Seção 6) são essenciais se um sistema como este tiver
que ser usado.
NOTA 3 Recomendações sobre outros modos de estender a área acessível podem ser encontradas
na BS 7883.
uma queda.
Nos casos em que uma linha horizontal flexível for utilizada, convém que se posicione esta de forma
que qualquer deflexão gerada pelo usuário, por exemplo, puxando a linha, não permite que uma
queda com diferença de nível aconteça (ver 16.4.1. e Figura 50).
2 3
Figura 2 (continua)
1
2
3 5
6
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a) Vista de topo
5 6
3 3
b) Vista de lado
Legenda
1 passagem
2 limite de movimento do usuário
3 área de risco de queda
4 ponto móvel de ancoragem
5 linha de ancoragem
6 suporte da linha de ancoragem
7 talabarte de segurança
1
5
2
3
6
4
7
5
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8 5
2
1 2 3
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a) Usuário impedido de alcançar uma zona da qual existe o risco de queda sobre uma extremidade
2
1
Legenda
1 ancoragem
2 talabarte de segurança
3 claraboia
2
1
4
3
A
B
C
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Legenda
A, B, C posições seguras
D posição da qual existe o risco de uma situação de queda
a) Posições seguras e posição da qual existe o risco de uma situação de proteção de queda
1 2
3
4
Legenda
1 talabarte de segurança
2 ancoragem
3 extremidade da aresta
4 extremidade da calha
Um sistema de retenção de queda liga fisicamente o usuário com a estrutura do local de trabalho por
uma série de componentes interligados, no caso de ocorrer uma queda, estes componentes vão parar
a queda livre gerando uma força de retenção e desacelerando o usuário em uma curta distância.
Quando um sistema de retenção de queda for usado, existem quatro fases a serem identificadas,
como a seguir:
a) início;
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a) durante a queda propriamente, por exemplo, por impacto com a estrutura;
b) durante a retenção da queda, por exemplo, pela violência do choque na medida em que a queda
é retida;
c) durante a fase de suspensão, por exemplo, por intolerância à suspensão (ver Seção 11 e Anexo D).
Convém que seja utilizado um sistema de retenção de queda que seja apropriado para a situação
de trabalho em particular, a fim de minimizar o risco de ferimentos no caso de ocorrer uma queda.
Existem quatro tipos principais de sistemas de retenção de queda como a seguir (ver Figura 7):
a) sistemas baseados em um ou mais talabartes de segurança com absorvedor de energia (ver 9.2);
c) sistemas baseados em uma linha de ancoragem vertical e um trava-queda guiado, que inclui sis-
temas com uma linha de ancoragem rígida e sistemas com um linha de ancoragem flexível (ver 9.4);
d) sistemas baseados em uma linha de ancoragem horizontal com um ou mais pontos móveis de
ancoragem (ver 9.5).
1 1
1
1
2 2 2
4 4
3 2
3 3 3
4
4 5
5
5 5 6 6
6 6 7 7
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Figura 7 (continua)
1
1
3 1
2
3 2 3
4 2
1
8
5 4
4
6 1
7
5
5
7
6
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9.1.2.1 Geral
Convém que se utilize sempre um cinturão tipo paraquedista em um sistema de retenção de queda.
Em nenhuma circunstância, recomenda-se que se utilize um cinturão abdominal isoladamente para
propósitos de retenção de queda. Recomenda-se que o cinturão tipo paraquedista seja conforme
a ABNT NBR 15836 (ver também 12.6.1).
Os cinturões tipo paraquedista são equipados com um ou mais elementos de engate para retenção
de queda indicados para conectar o cinturão tipo paraquedista com o talabarte de segurança com
absorvedor de energia ou trava-queda. É essencial que sejam usados somente os elementos de engate
indicados pelo fabricante, para propósitos de retenção de queda. Alguns cinturões tipo paraquedista
também são equipados com elementos de engate na lateral da cintura para o posicionamento no
trabalho. Não convém que estes elementos de engate na lateral da cintura, sejam usados como
elementos de engate para propósitos de retenção de queda.
a) um elemento de engate traseiro (dorsal), centralizado entre as omoplatas, quando o cinturão tipo
paraquedista é vestido;
b) um elemento de engate dianteiro (peitoral), centralizado na parte inferior do esterno, quando o
cinturão tipo paraquedista é vestido.
As vantagens e desvantagens de usar cada um destes dois elementos de engate são informadas no
Anexo E.
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No caso de um cinturão tipo paraquedista para uso com um trava-queda tipo retrátil, onde será utili-
zado o elemento de engate dorsal do cinturão, um curto extensor pode ser usado (ver Nota). Onde este
é integrado com o cinturão, recomenda-se consultar o fabricante sobre ensaio para esta configuração.
No caso de um cinturão sem esta extensão integrada, um talabarte de segurança curto destacável
pode ser usado (ver Figura 8). Este extensor é de uso exclusivo junto a trava-queda retrátil em fator
de queda próximo a zero, se utilizado em outra situação de retenção de queda, irá descaracterizar
os componentes e o sistema gerando grave risco.
NOTA É difícil de se alcançar sozinho o elemento de engate dorsal do cinturão, para prender o gancho
do trava queda retrátil. Ao se prender uma curta extensão ao elemento de engate dorsal, antes de vestir
o cinturão, a extremidade livre da extensão se torna um elemento de engate prolongado, com o qual é rela-
tivamente fácil conectar.
Convém que um cinturão tipo paraquedista de acordo com as instruções do fabricante seja vestido e
ajustado corretamente. É importante verificar se as conexões no ponto de ancoragem e no elemento
de engate no cinturão tipo paraquedista foram feitos corretamente. Convém verificar se o mecanismo
da trava do conector está completamente fechado e bloqueado, e se o conector está corretamente
alinhado dentro da ancoragem e elemento de engate. O propósito destas precauções é evitar o
desengate inadvertidamente do conector durante o trabalho. Para mais detalhes sobre conectores
ver 12.5.
9.1.3.1 Geral
ALERTA: No sistema de retenção de queda, não convém que um talabarte segurança para propó-
sitos de retenção de queda seja utilizado sozinho, sem quaisquer meios de absorção de energia.
É essencial o talabarte de segurança garantir que o impacto provocado no usuário, em uma eventual
queda, seja inferior a 6 kN.
Convém que sejam utilizados talabartes de segurança mais curtos, para minimizar a distância de
queda livre (ver 9.7) e problemas de queda em pêndulo (ver 9.5.7.2).
NOTA 1 A distância de queda livre é a distância pela qual o usuário iria cair antes do sistema de retenção
de queda começar a reter a queda, medida a partir da posição do usuário antes da queda.
NOTA 2 Uma queda em pêndulo é uma queda em que no ponto de retenção da queda a trajetória vertical
do usuário é desviada em uma trajetória de balanço ou pendular com velocidade horizontal significativa.
1 2
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Legenda
Isto é ilustrado na Figura 9, que mostra três situações de retenção queda. Em cada caso, o sistema
de retenção de queda é baseado em um talabarte de segurança com absorvedor de energia de 1,5 m
de comprimento e uma distância entre o elemento de engate no cinturão do usuário e os pés do
usuário de 1,5 m. A distância de queda livre é a distância vertical entre a posição dos pés do usuário
imediatamente antes da queda e a posição dos pés do usuário no ponto em que o talabarte de
segurança ficou esticado e começou a reter a queda (distância F indicada na Figura 9).
O fator de queda é calculado tomando a distância de queda livre e dividindo pelo comprimento do
talabarte de segurança disponível para detê-la (neste caso, o comprimento do talabarte de segurança
com absorvedor de energia, antes do deslocamento do absorvedor de energia). Em uma situação
de trabalho normal, o fator de queda máximo é 2. Recomenda-se que o fator de queda seja o menor
possível, isto é, convém que se minimize o comprimento de qualquer queda potencial , por exemplo,
escolhendo um ponto de ancoragem acima do usuário, e que o comprimento do talabarte de segurança
seja o menor possível. Conforme ilustrado na Figura 9, um ponto de ancoragem acima do usuário
fornece o menor fator de queda, então é o mais seguro, e é a opção preferida; um ponto de ancoragem
em nível de ombro fornece um fator de queda maior e convém que seja usado somente como uma
segunda escolha; um ponto de ancoragem ao nível do pé, fornece o fator de queda máximo e convém
que seja evitado, se possível (ver também 16.6.1).
Em situações em que o usuário precise girar o corpo repetidamente abaixo do ponto de ancoragem,
convém que seja utilizado um talabarte de segurança com um conector giratório ou um destorcedor
para evitar de o talabarte torcer.
Não convém que sejam utilizados nós para fazer uma terminação em um talabarte de segurança que
já é fornecido com terminações, ou para encurtar seu comprimento. Não convém que sejam feitas
alterações e/ou reparos no equipamento.
A B C
X
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X
F
X F
A B C
A Ponto de ancoragem acima do B Ponto de ancoragem a nível de C. Ponto de ancoragem a nível de
usuário. (Neste caso, 1 m acima do ombro. (Opção não preferida) pé. (A ser evitado)
elemento de engate do cinturão do
Distância de queda livre: 1,5 m Distância de queda livre: 3,0 m
usuário) (Opção preferida)
Fator de queda =1,5/1,5 = 1,0 Fator de queda = 3,0/1,5 = 2,0
Distância de queda livre: 0,5 m
Fator de queda = 0,5/1,5 = 0,3
Legenda
Convém que um talabarte de segurança com absorvedor de energia forneça absorção eficiente de
energia, isto é, convém que o talabarte de segurança forneça a menor força de retenção possível
sobre a menor distância de retenção possível.
Talabartes de segurança com absorvedores de energia tipo rasgadura-têxtil tendem a ter uma carac-
terística de força de retenção suave. Os talabartes de segurança com outros tipos de absorvedores
de energia tendem a oferecer menores distâncias de retenção mas podem não ter tal característica
de força de retenção suave (ver 12.8).
Não recomenda-se que os talabartes de segurança com absorvedor de energia sejam conectados
juntos, em série, para aumentar o comprimento total, porque na retenção de uma queda, o aumento
da distância de queda livre pode levar o usuário a ser submetido às forças de retenção excessivas ou
pode permitir que ele colida com uma estrutura inferior (ver Figura 10). Quando conectado a um ponto
de ancoragem fora de alcance da posição do trabalho com um talabarte de segurança simples com
absorvedor de energia, convém que seja utilizado um ponto de ancoragem mais próximo do trabalho.
Não recomenda-se que seja conectado em série um talabarte de segurança simples com absorvedor
de energia com outro dispositivo de proteção de queda, por exemplo, um trava-quedas retrátil, porque
na retenção de uma queda, a distância maior de queda livre pode produzir forças excessivas no
dispositivo e causar a sua falha, ou fazer com que o usuário colida com uma estrutura inferior.
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2
1
Legenda
1 ancoragem
2 três talabartes de segurança de absorção de energia conectados em série para alcançar a posição do
trabalho
NOTA Não convém que os talabartes de segurança de absorção de energia sejam utilizados deste modo.
O talabarte de segurança com absorvedor de energia permanece sem carga durante o trabalho
normal em altura. No caso de uma queda, o talabarte de segurança aciona o absorvedor de energia,
que absorve a energia gerada pela queda, deste modo desacelerando o usuário e trazendo-o a uma
parada dentro de uma distância pequena (ver Figura 13). O usuário então permanece suspenso pelo
talabarte de segurança para aguardar o resgate.
Quando usar um talabarte de segurança com absorvedor de energia único, o alcance de movimento do
usuário é limitado pelo comprimento do talabarte de segurança, isto é, o limite do alcance de movimento
é o ponto em que o talabarte de segurança atinge seu comprimento máximo [ver Figura 14-a)].
Para mover-se além deste ponto, o usuário precisaria desconectar o talabarte de segurança
[ver Figura 14-b)] mover-se para a nova posição e em seguida reconectar o talabarte de segurança
[ver Figura 14-c)]. Durante o período entre a desconexão e reconexão do talabarte de segurança,
o usuário estaria exposto ao risco de queda sem nenhum tipo de proteção. O trabalho deste modo não
é recomendado.
9.2.2 Sistemas baseados em dois talabartes de segurança simples com absorvedor de energia
Em situações em que o usuário exige um alcance de movimento maior que o comprimento do talabarte
de segurança, por exemplo, quando subir, descer ou atravessar uma estrutura, o uso de um sistema de
retenção de queda baseado em dois talabartes de segurança com absorvedor de energia é necessário
para habilitar o usuário a se mover em segurança, conforme mostrado na Figura 15.
(ver Figura 15, vista A), o segundo talabarte de segurança é conectado ao próximo ponto da
ancoragem no percurso do usuário (ver Figura 15, vista B). O primeiro talabarte de segurança é então
desconectado para permitir ao usuário progredir (ver Figura 15, vista C). Este procedimento é repetido
até que o percurso tenha sido completado em segurança (ver Figura 15, vista D).
Esta configuração de dois talabartes simples é equivalente a um talabarte duplo (ver 9.2.3), porém
possui dois absorvedores de energia, um em cada uma de suas pernas, também conhecido como
talabarte de segurança em V [ver Figura 12-c)]. A limitação do uso destes sistemas é que os dois
absorvedores, quando ambos estiverem conectados a ancoragens em uma mesma altura ou alturas
próximas, podem ser exigidos ao mesmo tempo ou quase ao mesmo tempo podendo gerar um impacto
acima de 6 kN no trabalhador e no sistema de segurança.
Este sistema tem a desvantagem que pode ser lento e trabalhoso. Os sistemas baseados em uma
linha de ancoragem horizontal são mais eficientes (ver 9.5).
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NOTA Este tipo de talabarte de segurança também pode ser chamado de talabarte de segurança com
absorvedor de energia em Y (ver Figura 16).
Um talabarte de segurança em Y com absorvedor de energia possui em cada uma das suas extremi-
dades longas um conector para fixação em um ponto de ancoragem de um dispositivo de ancoragem
ou em um ponto de ancoragem localizado diretamente na estrutura. A extremidade do vértice do Y
possui um único absorvedor de energia de tal modo que qualquer uma das extremidades do talabarte
de segurança pode transmitir uma carga para o absorvedor de energia. O absorvedor de energia é
conectado ao elemento de engate de retenção de queda do cinturão, por exemplo, por meio de um
conector. Um exemplo de um talabarte de segurança duplo com absorvedor de energia é mostrado
na Figura 12-b).
Quando as duas extremidades do talabarte de segurança estão conectadas aos pontos de ancoragem
não existe limitação, porém, quando somente uma extremidade é conectada ao ponto de ancoragem,
é essencial que a segunda extremidade do talabarte de segurança não seja conectada em partes
estruturais do cinturão paraquedista (por exemplo, argolas de posicionamento, ou fitas estruturais), isto
pode limitar a extensão (abertura) do absorvedor de energia no caso de uma queda, o que causaria
forças de retenção excessivas no usuário e no sistema de ancoragem, além de gerar uma posição de
retenção de queda e de suspensão pós-queda extremamente inadequada ao usuário.
Convém que a extremidade que não esteja conectada no ponto de ancoragem fique em locais
determinados para esse uso. Como exemplos, a extremidade não conectada à ancoragem pode:
permanecer solta (dependurada), ou ser fixada de volta em alça no próprio absorvedor de energia no
lado oposto ao que o absorvedor é fixado ao cinto, ou ser fixada a uma alça porta talabarte “sacrifical”
no cinto paraquedista que destacará facilmente, mas somente se esta alça foi ensaiada e aprovada
pelo fabricante para esta finalidade evitando o impedimento da função do absorvedor.
Este sistema tem a desvantagem que pode ser lento e trabalhoso. Os sistemas baseados em uma
linha de ancoragem horizontal são mais eficientes (ver 9.5).
2 2
4
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Legenda
1 ancoragem
2 conectores
3 talabarte de segurança com absorvedor de energia
4 cinturão tipo paraquedista
Figura 12 (continua)
3 4
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3
2
Legenda
2
1
Figura 14 (continua)
2
1
Legenda
A 1
B 1
2
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C
2 1
D 1
Legenda
1 conector
2 talabarte de segurança com absorvedor de energia
3 cinturão tipo paraquedista
NOTA A seqüência das ações é: A, B, C e D
Figura 15 – Garantia de conexão contínua com a estrutura usando dois talabartes de
segurança de absorção de energia em revezamento
NOTA Na figura do exemplo, a estrutura serve como ponto de ancoragem e é essencial que sua utilização,
como tal, seja validada por um profissional legalmente habilitado (PLH).
9.3 Sistemas de retenção de queda baseados em um trava-queda retrátil (ver Figura 17)
9.3.1 Geral
a) a linha do trava-queda retrátil é mantida sob uma leve tensão, impedindo a ocorrência de folga
durante o uso. Isto minimiza a potencial distância de queda livre, e consequentemente, reduz a
distância de proteção de queda. Deste modo, o requisito de zona livre de queda (ZLQ) é menor.
b) possibilita um alcance maior de movimentação no plano vertical que é útil quando o usuário
estiver subindo ou descendo uma estrutura.
a) seu uso é limitado pelo comprimento máximo de trabalho da linha de segurança retrátil. Quanto
maior o comprimento da linha retrátil do trava-queda, os dispositivos ficam mais pesados e mais
difíceis de manusear.
b) a maioria dos trava-quedas retráteis somente pode ser usada em um plano vertical, embora o
alcance de movimento horizontal possa ser viável quando utilizado com um sistema de perfil
rígido horizontal (ver 9.5).
c) convém que a possibilidade de uso em linhas de ancoragem flexível horizontal seja validada com
o fabricante.
d) seu uso geralmente é limitado às situações em que o ponto de ancoragem está acima da cabeça.
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2
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7
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Legenda
1 ponto de ancoragem 6 ponto de fixação do trava-queda retrátil
2 conector 7 carcaça (caixa)
3 trava-queda retrátil 8 indicador de queda (existem outras formas
4 conector com destorcedor para indicar a retenção de uma queda)
Também, o trava-queda retrátil tem que ser instalado acima da cabeça antes de começar o trabalho.
Isto pode demandar:
a) subida até o ponto de ancoragem pretendido com o trava-queda retrátil utilizando outra forma
de proteção de queda (permanente ou temporária);
b) instalação do dispositivo por um meio remoto (por exemplo, uma vara de manobra), e uma vez
que este esteja instalado, utilizar uma linha auxiliar para extrair a linha de vida do trava-queda retrátil;
c) uso de uma plataforma de trabalho aéreo (PTA) ou outro meio de acesso seguro.
A maioria dos modelos de trava-queda retrátil são projetados para uso somente onde o ponto de
ancoragem esteja diretamente acima do usuário (ver 9.3.7.3).
9.3.2.1 Geral
Um trava-queda retrátil inclui uma linha de segurança retrátil produzida de um cabo de aço, ou corda
de fibra sintética ou fita de fibra sintética, armazenado em um carretel dentro de uma caixa protetora.
O carretel que acomoda a linha de vida retrátil precisa assegurar sempre uma leve tensão que garanta
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o menor comprimento possível entre o dispositivo tipo trava-queda e o usuário. O carretel incorpora
um mecanismo de embreagem inercial. Este permite que a linha de vida retrátil seja extraída de forma
lenta e automaticamente retraída para acompanhar os movimentos do corpo do usuário enquanto
executar o trabalho. No caso de uma queda, a linha de vida retrátil é rapidamente extraída até alcançar
uma velocidade crítica ou velocidade de bloqueio em cujo ponto a embreagem trava, simultaneamente
ativando um mecanismo de frenagem, isso desacelera o usuário por uma distância pequena, previne
a extração adicional da linha de vida retrátil e traz o usuário para uma parada completa. O usuário
então permanece suspenso pelo trava-queda retrátil para aguardar o resgate (ver Figura 18).
NOTA Este mecanismo é semelhante ao que é usado em cintos de segurança de inércia montados para
a restrição do ocupante em veículos automotores.
A extremidade do talabarte de segurança externo à caixa é terminada com um conector que possui
um sistema destorcedor. Estes conectores também são conhecidos como ganchos giratórios.
3
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Legenda
1 ancoragem
2 trava-queda tipo retrátil
3 linha de vida retrátil
4 plataforma de trabalho
O conector com destorcedor é usado para unir a linha de vida retrátil com o cinturão de segurança tipo
paraquedista do usuário, e tem um limitador para impedir a linha de vida retrátil de ser completamente
retraída na caixa. A articulação giratória previne a torção da linha de vida retrátil como resultado do
usuário girar repetidamente durante o trabalho.
Convém que o trava-queda retrátil selecionado seja de tal maneira que quando for conectado a
um ponto de ancoragem acima da cabeça, o comprimento máximo de trabalho seja suficiente para
permitir ao usuário alcançar toda a área de trabalho pretendida sem continuamente ter que deslocar
o dispositivo.
Recomenda-se que seja utilizado trava-queda retrátil em conformidade com a ABNT NBR 14628.
L
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Legenda
Um trava-queda retrátil pode ter um limitador de retenção ou reserva. Isto é especialmente importante
nas condições em que o usuário está com a linha de vida retrátil completamente estendida.
Durante a inspeção em um trava-queda retrátil, é necessário fazer o teste manual de bloqueio da linha.
Convém que não se realize este teste com a linha retrátil totalmente estendida, pois isto danifica o limi-
tador de retenção.
NOTA Para realização da inspeção de bloqueio, convém extrair a linha por completo e, apenas depois
de deixar esta retrair cerca de 1 m realizar um primeiro teste de bloqueio.
Convém que o trava-queda possua um mecanismo indicador de proteção contra queda. A operação
do indicador diz ao usuário que o trava-queda retrátil anteriormente sustentou uma carga de impacto
e que ele precisa ser tirado do serviço.
O indicador de proteção contra queda pode ser montado na caixa ou no conector da linha de vida
retrátil. Indicadores montados na caixa são apropriados quando o usuário puder inspecionar a caixa.
Porém, em algumas situações, os dispositivos são pré-instalados em uma altura acima do usuário,
de modo que é visualmente impossível para o usuário verificar se um indicador operou ou não. Nessas
situações, um indicador montado no conector da linha de vida retrátil é mais apropriado desde que
ele possa ser verificado antes da conexão da linha de vida retrátil ao cinturão de segurança tipo
paraquedista do usuário.
NOTA A retração descontrolada da linha retrátil causa seu rebobinamento rápido de volta para a caixa,
que pode danificar a mola de retração, fazer a linha de vida retrátil ficar emaranhada ou causar o emperra-
mento da embreagem. Todos estes podem impedir a extração subsequente da linha de vida retrátil ou reduzir
o desempenho da retração.
9.3.3.1 Geral
O freio de retração é um acessório que previne a retração descontrolada da linha de vida retrátil se esta
for inadvertidamente ou deliberadamente liberada. Um freio de retração aplica automaticamente uma
força de contenção na linha de vida retrátil que retrai devagar de volta na caixa por meio de leve tensão.
Estes dispositivos são muito similares aos descritos em 9.3.2, alguns modelos de pequeno porte
trazem seu mecanismo de absorção de energia para fora da caixa, por exemplo, um absorvedor de
energia de rasgadura-têxtil (ver Figura 20). A vantagem principal deste dispositivo é seu peso reduzido,
e em alguns casos podem ter sua carcaça conectada ao cinturão de segurança tipo paraquedista ao
invés de estar no ponto de ancoragem para facilidade de uso.
Estes dispositivos geram grande autonomia de utilização e convém que suas características de uso
sejam respeitadas. Convém que cuidado seja tomado para assegurar que o ponto de ancoragem
esteja preferencialmente acima do usuário quando usar estes dispositivos (ver 9.3.7.3). Em utilizações
onde o ponto de ancoragem estiver horizontalmente para um lado, que possa gerar um pêndulo ou
com um fator de queda maior do que 1, convém que o fabricante seja consultado..
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Legenda
Alguns tipos de trava-queda retrátil incorporam um meio integrado de resgate, por exemplo,
um sistema de guincho, (ver Figura 21) que pode ser usado por um resgatista para levantar ou abaixar
um usuário incapacitado para uma posição de segurança. Este tipo de trava-queda retrátil é normal-
mente usado com um tripé (ver Figura 22).
Para que seja utilizado o sistema de resgate do equipamento, é necessária uma análise de riscos que,
dentre outros detalhes, identifique:
c) se o local de instalação é compatível com a operação correta do equipamento, por exemplo,
ou seja, não existe obstrução para o giro livre de uma alavanca do sistema de resgate;
NOTA 1 Consultar o fabricante sobre qual o peso máximo do usuário que pode ser levantado ou abaixado
por um trava-queda retrátil que incorpora um meio integrado de resgate.
NOTA 2 Este sistema não esgota as possibilidades, existem outras técnicas e ferramentas para resgate.
Este tipo de trava-queda retrátil é particularmente útil para trabalhos em situações onde o acesso
ao usuário no caso de um acidente poderia de outro modo ser difícil e tem a vantagem adicional
que trabalha ainda que o usuário esteja inconsciente após uma queda.
Convém que se observe que o comprimento do equipamento seja compatível com o local onde será
utilizado.Também, uma vez iniciada, a descida é automática e não será interrompida. Consequentemente,
recomenda-se que não se utilize este tipo de dispositivo onde existir qualquer impedimento no trajeto
ou local onde o trabalhador é baixado automaticamente, por exemplo, maquinário em movimento,
produtos perigosos.
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Legenda
1 tripé
2 polia
3 trava-queda retrátil com guincho de emergência
4 alavanca do guincho de emergência
Ao final de uma atividade, recomenda-se ao usuário que solte o conector de seu cinturão de segurança
tipo paraquedista e retrair de forma controlada a linha retrátil completamente, por exemplo, utilizando
um cordin auxiliar (ver 9.3.2.4) ou uma haste de forma a reduzir a tensão na mola, sempre que o equi-
pamento estiver fora de uso.
O bloqueio efetivo do sistema pode ser afetado por fatores ambientais, especialmente frio extremo,
umidade e pó. Se o trava-queda retrátil for para ser usado em condições particularmente severas,
é recomendado consultar o fabricante.
Em situações de muito vento, pode ocorrer que uma linha de vida retrátil exposta, principalmente
em fita sintética, venha a formar uma curva deixando a linha frouxa. Isto pode ocorrer caso a força
do vento gerada na área de arrasto da linha seja maior do que a da mola retrátil, e venha a puxar
o cabo para fora da carcaça. Esta curva gera um aumento da queda livre e, portanto, a ZLQ que foi
calculada – prevendo uma reta entre o usuário e a ancoragem – é aumentada com esta medida e pode
vir a não ser suficiente.
Não convém utilizar o trava-queda retrátil em situações em que, no caso de uma queda, a fricção
entre a pessoa em queda e a estrutura, ou entre a linha de vida retrátil e a estrutura, possa impedir
o bloqueio da embreagem, em particular, em situações de telhado inclinado. Em caso de dúvida,
convém que o fabricante seja consultado.
O trava-queda retrátil é projetado para travar depois do usuário entrar em queda livre, isto é, a suposição
do projetista é que a pessoa em queda acelera sob a força da gravidade até o momento de travamento.
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O travamento somente ocorre e retém uma queda quando a velocidade de extração da linha de vida
retrátil alcança a velocidade de travamento, qualquer coisa que impeça que a velocidade seja alcançada
atrasa ou impede o travamento. Por exemplo, em uma situação de queda em telhado inclinado,
dependendo do lance do telhado, a fricção entre o corpo do usuário e a superfície do telhado gerada
à medida que o usuário desliza para baixo do telhado pode impedir que a velocidade do travamento
seja alcançada. O trava-queda retrátil pode eventualmente travar e reter a queda quando o usuário
cair sobre uma extremidade do telhado, mas isto pode se atrasar pela fricção entre a linha de vida
retrátil e a extremidade do telhado. Também, a linha de vida retrátil pode ser enfraquecida ou pode se
romper como resultado de ser tensionada sobre uma extremidade tão abrupta (ver também 9.3.7.3).
No caso de uma queda em pêndulo, pode levar mais tempo para o trava-queda retrátil bloquear,
levando a uma distância de queda excessiva.
Recomenda-se também que não seja utilizado o trava-queda retrátil em situações em que a superfície
de trabalho consiste de material granular solto, por exemplo, carvão, açúcar ou grãos. Em uma situação
de deslizamento causada pelo colapso do material, a velocidade de bloqueio do trava-queda retrátil
pode não ser alcançada, por esta razão, o usuário pode ficar submerso e ser asfixiado.
NOTA 1 Material granular solto armazenado em silos podem conter muitos vazios escondidos abaixo da
superfície, e deste modo, quando caminhar sobre eles, pode ser muito imprevisível em termos de estabilidade.
As pessoas que caminham sobre a superfície destes materiais podem ser absorvidos e serem sufocados
caso aconteça o colapso de material solto.
NOTA 2 Um trava-queda retrátil possui um requisito de ensaio para a retenção de uma queda livre.
O deslizamento do usuário gerado pelo colapso de material granular pode ser mais lento que uma queda
livre, o que pode retardar o bloqueio ou mesmo não bloquear o sistema.
A maioria dos trava-quedas retráteis são projetados para trabalhar no plano vertical, isto é, onde o ponto
de ancoragem estiver diretamente acima do usuário de modo que qualquer força do trava-queda atue
em uma linha vertical direta entre o usuário e o ponto de ancoragem. Se esse dispositivo for usado em
um plano diferente do vertical, existe um risco do mecanismo de bloqueio não funcionar ou da linha de
ancoragem passar sobre uma extremidade afiada e como resultado falhar (ver também 9.3.7.2.2).
Excepcionalmente, alguns trava-quedas retráteis podem ser apropriados para uso em planos dife-
rentes do vertical, isto é, onde o ponto de ancoragem não ficar diretamente acima do usuário. No entanto,
convém que se utilize o trava-queda retrátil somente no plano vertical a menos que as instruções
do fabricante indiquem que é apropriado para uso em outras situações. Em caso de dúvida, é reco-
medado consultar o fabricante.
ALERTA: Convém notar que na data de publicação desta Norma Brasileira não existia norma alguma
que especificasse os ensaios de um sistema de retenção de queda baseado em um trava-queda
retrátil nas condições correspondentes a uma queda onde a linha seja desviada do ângulo vertical
ou onde a linha venha a cair sobre uma aresta, como pode ocorrer quando o dispositivo for usado
sobre um telhado horizontal ou inclinado com uma extremidade desprotegida. A energia gerada
em tal queda pode ser maior do que ocorre no ensaio dinâmico especificado na ABNT NBR 14628
por causa da distância maior de queda [ver Figura 23-a)]. Em uma queda sobre uma extremidade,
o sistema de frenagem pode ser sobrecarregado vindo a falhar, ou a queda pode não ser retida na
distância disponível, ou a linha de vida retrátil pode se romper [ver Figura 23-b)]. Alguns fabricantes,
porém, executam ensaios de trava-queda retrátil dentro das condições correspondentes a uma queda
sobre uma extremidade. Para estas situações, convém que sejam selecionados, preferencialmente,
os dispositivos que passarem nestes ensaios adicionais.
9.3.7.4 Problemas com a extração ou retração da linha de vida retrátil durante o trabalho em
altura
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Se forem notados problemas com a extração ou retração da linha de vida retrátil durante o trabalho
em altura, convém que o trabalho seja interrompido imediatamente. Convém que o trava-queda seja
retirado de serviço e substituído por outro em condições de uso antes do trabalho ter permissão para
continuar.
Problemas com a retração da linha de vida retrátil são particularmente graves porque se a retração
for impedida, a linha de vida retrátil forma um seio e não é retraída à medida que o usuário subir.
No caso de ocorrer uma queda, a energia gerada pode ser muito grande para a capacidade de absorção
de energia do trava-queda, causando falha mecânica no dispositivo que pode resultar em ferimentos
graves ou fatais para o usuário. Outro risco é que o usuário pode colidir com uma estrutura inferior
antes da extração da linha de vida retrátil poder acionar o bloqueio da embreagem (ver Figura 24).
Problemas com a retração da linha de vida retrátil durante uma subida são indicados pela falta de
tensão da linha de vida retrátil para o elemento de engate do cinturão de segurança.
F
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Legenda
1
2
Legenda
b) Linha de vida retrátil rompida em uma queda em pêndulo sobre uma extremidade
1
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Legenda
Recomenda-se que a linha de vida retrátil não receba nós ou seja pinçada (com clipe ou grampo para
cabo de aço) para encurtá-la ou para impedir a sua retração. O perigo do uso dos nós ou de clipes
é que os nós podem reduzir seriamente a resistência da linha de vida e em ambos os casos, se o
usuário começar a se elevar no sentido ascendente, uma quantidade perigosa de folga pode se formar
porque a linha de vida retrátil não vai ser retraída (ver Figura 24).
Recomenda-se que o usuário assegure que a linha de vida retrátil percorra diretamente da caixa para
o ponto de retenção de queda do cinturão de segurança tipo paraquedista. Recomenda-se que este
não passe a linha embaixo dos braços ou das pernas enquanto se movimenta ou enquanto estiver
parado, visto que isto pode resultar em ferimentos no caso de uma queda.
Nos casos em que dois ou mais usuários conectados com trava-queda retrátil estejam trabalhando
em proximidade, convém que seja tomado cuidado para evitar que as linhas de vida retrátil se cruzem
uma sobre outra.
Convém que se obtenha orientações e garantias com o fabricante e o responsável pela instalação de
um sistema de ancoragem, antes de se prender um trava-queda retrátil em um ponto de ancoragem
flexível ou um capaz de funcionar como uma mola, por exemplo, uma viga em balanço ou uma linha
de ancoragem horizontal flexível, a fim de evitar o efeito mola.
O efeito mola é um fenômeno peculiar ao trava-queda retrátil que, em uma situação de retenção de
queda faz com que o sistema de bloqueio repetidamente engate e desengate devido em particular a
ancoragem, agindo como uma mola. Quando acontece o efeito mola, este aplica várias retenções de
queda sequenciais ao usuário que é baixado pouco a pouco.
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9.4.1 Geral
Este tipo de sistema de retenção de queda tem dois componentes básicos: uma linha de ancoragem
vertical e um trava-queda guiado que corre para cima e para baixo na linha de ancoragem e trava
sobre ela se o usuário tiver uma queda. A linha de ancoragem pode ser rígida, constituída por um cabo
de aço ou um perfil rígido (frequentemente chamado de trilho), ou flexível, constituída por um cabo
de aço ou corda, e acompanha toda a rota de acesso e/ou área de trabalho. A base da linha vertical
flexível fica sempre solta, podendo ter um lastro, a linha vertical rígida tem sua base sempre fixa.
Um sistema de retenção de queda baseado em uma linha de ancoragem vertical rígida é um meio de
proteção de queda permanente, este é normalmente fixado em uma escada de acesso (ver Figura 25).
Um sistema de retenção de queda baseado em uma linha de ancoragem vertical flexível pode
fornecer um meio de retenção de queda permanente ou temporário. Uma linha de ancoragem flexível
permanente é normalmente fixada à uma escada de acesso (ver Figura 26). Uma linha de ancoragem
flexível temporária pode ser usada para cobrir diferentes situações de acesso ou trabalho, por
exemplo, como sistema de retenção de queda em andaimes suspensos, em torres metálicas e escadas
(ver Figura 27).
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Legenda
1 trava-queda guiado
2 escada
3 linha de ancoragem vertical rígida
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Legenda
1 escada
2 suporte
3 linha de ancoragem vertical flexível instalada de forma permanente
4 trava-queda guiado
2
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Legenda
Recomenda-se que seja prevista que a instalação da linha em uma escada esteja dentro do contexto
de um projeto que avalie vários aspectos, por exemplo, características mecânicas, demandas refe-
rentes ao acesso e saída, na base e topo da escada. A linha pode ser centralizada ou instalada na lateral
da escada.
O trava-queda guiado (ver 9.4.5) é posicionado a partir da parte inferior ou topo do perfil rígido. Convém
que sejam instaldos limitadores nas extremidades do perfil rígido, um na extremidade inferior e um
na extremidade superior, para impedir que o trava-queda guiado saia acidentalmente. Componentes
específicos que permitam a entrada e saída do trava-queda guiado em qualquer altura da linha e
também estejam protegidos por limitadores.
NOTA 1 Alguns perfis rígidos são projetados para ser uma parte integrante de uma escada, por exemplo,
uma escada tendo sua estrutura em um montante central único, que também funciona como linha de anco-
ragem vertical rígida.
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NOTA 2 Em algumas estruturas, podem existir múltiplas escadas dispostas de forma alternada horizon-
talmente a partir de plataformas protegidas por guarda-corpo. As escadas podem alcançar a plataforma por
uma porta tipo alçapão e nesta plataforma o próximo lance de escada se encontra afastado horizontalmente.
Nesses casos, o usuário tem de se deslocar de uma linha vertical para a outra estando sempre protegido do
risco de queda com diferença de nível, por exemplo, pela utilização de guarda-corpo ou de um sistema de
proteção contra queda individual.
Uma linha de ancoragem flexível instalada de forma permanente junto a uma escada, normalmente
em cabo de aço, fixa em um ponto de ancoragem superior, podendo ter suportes intermediários e
ficando sempre solta na extremidade inferior, pode ter algum dispositivo para manter uma tensão na
linha, por exemplo, um contra peso.
A escada dotada de uma linha de ancoragem vertical flexível instalada de forma permanente precisa
ser de largura suficiente para permitir a centralização da linha possibilitando ao usuário posicionar
corretamente seus pés para subir a escada facilmente, a linha de vida também pode ser posicionada
na lateral da escada.
A composição de uma linha de ancoragem vertical flexível instalada de forma temporária normal-
mente inclui uma corda de fibra sintética conectada a um ponto de ancoragem acima da cabeça.
A linha de ancoragem acompanha o caminho de acesso. Um lastro é conectado à parte inferior gerando
uma pequena tensão e estabilidade, facilitando o uso e gerando maior segurança.
Recomenda-se que a linha de ancoragem seja de comprimento suficiente e que quando conectada
ao ponto de ancoragem permita ao usuário alcançar o todo da área de trabalho pretendida sem a
necessidade de relocar a linha de ancoragem continuamente.
Convém que o alcance horizontal do trabalhador seja previsto de forma a minimizar as conse-
quências de uma queda em pêndulo (ver 16.6.2).
O trava-queda guiado pode ser permanentemente montado na linha de ancoragem ou ser instalado
pela ponta da linha ou ainda ser de um modelo que possa ser instalado e retirado da linha em qualquer
ponto.
NOTA 1 O lastro inferior minimiza a possibilidade de o trava-queda guiado puxar a linha ao invés de deslizar
sobre esta gerando uma folga na linha. Esta folga causa uma queda livre maior não prevista que pode fazer
com que o sistema não funcione corretamente.
NOTA 2 Uma linha flexível também pode ser constituída de cabo de aço.
9.4.5 Trava-queda deslizante guiado para uso com linhas de ancoragem verticais
Um trava-queda guiado desliza ao longo da linha de ancoragem vertical e possui um sistema que o
impede de se soltar desta de forma involuntária. É projetado com um sistema de bloqueio, com ala-
vanca, que trava em caso de queda, possui um conector para ser instalado no elemento de engate
de retenção de queda do cinturão de segurança tipo paraquedista.
NOTA 1 Alguns modelos de trava-queda podem ser projetados de tal modo a não possuir uma alavanca,
porém, todos os modelos possuirão um mecanismo de bloqueio. [ver 12.10 e Figura 48-a)]
NOTA 2 Se o sistema de retenção de queda for instalado em uma escada ou estrutura, ou próximo a estas,
no caso de uma queda, o usuário pode ser capaz de retornar sozinho para a estrutura ou escada.
Recomenda-se que o trava-queda guiado seja usado em conformidade com a ABNT NBR 14626 ou
ABNT NBR 14627, conforme a situação.
Recomenda-se que o trava-queda guiado usado possua uma indicação da orientação correta de posi-
cionamento na linha de ancoragem. Alguns modelos possuem características que dificultam ou mesmo
impedem a instalação do trava-queda guiado incorretamente sobre a linha de ancoragem vertical.
NOTA 3 Esta informação é essencial para evitar a colocação incorreta do trava-queda sobre a linha de
ancoragem, o que pode fazer com que este não funcione.
Um indicador de queda incorporado ao trava-queda guiado é uma característica útil para a segurança.
No caso de linhas de ancoragem instaladas de forma permanente, recomenda-se que seja possível
para o trava-queda guiado passar por possíveis suportes intermediários. Os suportes de apoio inter-
mediário em um perfil rígido vertical são montados na parte de trás, o que permite ao trava-queda
correr livremente sem obstrução. Convém que suportes intermediários para linhas em cabo de aço
circundem totalmente ou parcialmente o cabo de aço, desta forma prevenindo que o trava-queda passe
por estes.
Uma solução é utilizar suportes intermediários em que o usuário solta o cabo para ultrapassar e depois
o recoloca novamente no suporte, esta ação pode ser trabalhosa, e desgastante quando repetida
continuamente.
Uma solução mais prática de uso é gerada por um sistema onde a linha não precise ser retirada do
suporte e o trava-queda passe por este. Sistemas projetados com uma característica de passagem
livre pelos suportes intermediários podem ser encontrados no mercado.
NOTA 4 Os suportes intermediários tem a função de manter a linha protegida de batidas constantes contra
a estrutura causadas pelo vento, estas batidas podem fragilizar a linha. Os suportes intermediários orientam
a linha sem estarem fixos a esta.
9.4.6 Uso de sistemas de retenção de queda baseados em uma linha de ancoragem vertical e
um trava-queda guiado
Convém que se assegure que um trava-queda guiado seja compatível com a linha de ancoragem
na qual será usado. Ensaios podem demonstrar falhas do sistema quando um trava-queda guiado
específico for usado com tipos de corda com os quais não é compatível.
9.4.6.2 Fatores que podem causar a demora ou não acionamento do sistema de bloqueio do
trava-queda guiado
O bloqueio de um trava-queda guiado pode ser afetado por fatores ambientais, especialmente tempe-
raturas extremas, umidade e pó. Se um trava-queda guiado tiver que ser usado em condições particu-
larmente severas, convém que o fabricante seja consultado.
Recomenda-se que não sejam utilizadas as linhas de ancoragem verticais com trava-queda guiado
em situações em que a superfície de trabalho consiste de materiais granulares soltos, por exemplo,
carvão, açúcar ou grãos. Em uma situação de deslocamento do material granular, sobre o qual o
trabalhador esta apoiado, a ativação do mecanismo de bloqueio do trava-queda guiado poderá não
ser acionada de modo que o usuário poderá ficar submerso e asfixiado (ver 9.3.7.2.2, Notas 1 e 2).
9.4.6.3 Uso do caminho correto para as linhas de ancoragem flexível instalada de forma
temporária
Nos casos em que duas ou mais linhas de ancoragem flexível instaladas de forma temporária estejam
protegendo trabalhadores na mesma vizinhança, convém que seja tomado cuidado para evitar que as
linhas de ancoragem se cruzem uma sobre a outra.
O uso de uma linha de ancoragem vertical, instalada de forma permanente, por exemplo, junto a uma
escada, por mais de uma pessoa simultaneamente gera riscos. Convém que sempre seja respeitado
um distanciamento entre os trabalhadores, e que o espaço mínimo seja a distância de ZLQ do
respectivo equipamento. Se esta distância não for respeitada, em caso de queda, o trabalhador pode
cair sobre um outro fazendo com que este também caia e o bloqueio correto dos trava-quedas de cada
trabalhador pode ficar comprometido.
Recomenda-se que uma linha de ancoragem vertical, para uso por múltiplos usuários, tenha esta
informação indicada.
Em linhas de ancoragem verticais instaladas de forma temporária, caso um usuário sofra uma queda,
é muito provável que seja uma queda em pêndulo. Em uma situação de uso múltiplo, se um usuário
cair, a ação de pêndulo da linha de ancoragem tende a puxar e tirar o equilíbrio dos outros usuários
presos àquela linha de ancoragem. Por esse motivo, em situações em que dois ou mais usuários
dependam de proteção individual contra queda, instalada de forma temporária, convém que cada um
esteja conectado a uma linha de ancoragem vertical independente.
9.4.6.5 Comprimento do extensor de um trava-queda guiado
Recomenda-se que o comprimento da conexão entre um trava-queda guiado e o cinturão do usuário
não exceda o comprimento do extensor fornecido com o trava-queda.
Convém que não se aumente o tamanho do extensor. Se uma conexão mais longa for usada, esta
aumenta a distância de queda livre e a força de retenção no caso de uma queda pode causar a falha
do sistema ou ferimentos para o usuário, ou ambos.
A limitação para as linhas de ancoragem verticais instaladas de forma permanente é ainda maior
quando o comprimento do extensor é alterado. Ensaios revelaram que o uso de um extensor de
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comprimento excessivo pode interferir na operação correta do trava-queda, que inclusive pode resultar
na queda do usuário até o chão.
NOTA Um uso errado muito frequente é a conexão do talabarte no trava-queda.
b) sujeito a algumas restrições, um acesso por movimentação vertical pode ser fornecido por meio
de outro equipamento de proteção contra queda conectado à linha de ancoragem horizontal.
Convém que seja verificado com o fabricante a compatibilidade entre os equipamentos;
c) as linhas de ancoragem horizontais instaladas de forma temporária podem ser utilizadas para ligar
intervalos e, portanto, fornecer proteção contra queda caso não exista estrutura de sustentação
intermediária. O comprimento da linha de ancoragem pode ser variado, dentro dos limites dados
pelo fabricante, para se adaptar à extensão específica.
A linha de ancoragem horizontal flexível instalada de forma temporária com um vão único comparada
com sistema de vãos múltiplos tem a desvantagem de exigir uma ZLQ maior para a retenção de uma
queda antes do usuário bater no chão ou outro objeto significativo no caminho de queda (ver 9.7),
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e, no caso de queda, é provável que ocorra uma situação de queda em pêndulo em direção oposta à
da linha (ver 9.5.7.2).
2
3
1
Legenda
1 suporte intermediário
2 perfil rígido horizontal
3 ponto móvel de ancoragem
5
1 2 3
6
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Legenda
Legenda
A linha de ancoragem horizontal rígida instalada de forma permanente normalmente inclui um perfil
metálico rígido consistindo de um número de seções fixadas em intervalos. Sua fixação à estrutura
é feita com ancoragens estruturais de extremidade e intermediárias.
O ponto móvel de ancoragem (ver 9.5.5) é normalmente instalado sobre uma extremidade do perfil
metálico permitindo o seu perfeito acoplamento. Convém que existam terminais nas extremidades do
perfil para impedir que o ponto móvel de ancoragem escape acidentalmente.
Convém que pontos móveis de ancoragem, capazes de serem retirados e recolocados em qualquer
ponto do perfil, possuam algum sistema de segurança que não permita escape acidental.
mente por um cabo metálico apoiado em intervalos por ancoragens intermediárias, fixadas na estrutura,
e esticado entre dois pontos de ancoragem de extremidade. Convém que seja utilizado somente
o ponto móvel de ancoragem indicado pelo fabricante. Este poderá ser de conexão/desconexão
em qualquer ponto ao longo do sistema, ou no sistema terão pontos indicativos de saída/entrada.
A linha de ancoragem horizontal flexível instalada de forma temporária normalmente inclui uma corda
ou fita sintética ou cabo metálico instalada entre dois pontos de ancoragem. A linha de ancoragem
pode ter suportes intermediários.
Convém que a linha de ancoragem horizontal flexível instalada de forma temporária seja de compri-
mento suficiente para possibilitar ao usuário alcançar o todo da área de trabalho pretendido sem ter
que deslocar a linha de ancoragem.
O ponto móvel de ancoragem, por exemplo, um trole, tem um dispositivo de acoplamento que se conecta
na linha de ancoragem e desliza ao longo dela. Também possui um elemento de engate para conexão
de outro equipamento de proteção contra queda, que é por sua vez conectado ao cinturão do usuário.
No caso de uma queda, as forças resultantes agem em uma direção perpendicular à linha de anco-
ragem, portanto, nenhum dispositivo de bloqueio é exigido no ponto móvel de ancoragem.
No caso de um perfil rígido, o ponto em que o ponto móvel de ancoragem está localizado age como
um ponto de ancoragem fixo e as forças de proteção contra queda atuam por meio deste ponto
[ver Figura 31-a)]. No caso de um cabo metálico ou sintético, a região em que o ponto móvel de anco-
ragem está localizado é inclinada no sentido descendente em um formato V característico, entre os
pontos de ancoragem no caso de um sistema de vão único [ver Figura 31-b)] ou entre os suportes de
apoio intermediário no caso de um sistema de vão múltiplo [ver Figura 31-c)]. Em quaisquer dos casos,
o equipamento de proteção contra queda adicional fixado ao ponto móvel de ancoragem retém a queda.
O usuário é trazido para uma parada completa e permanece suspenso para aguardar o resgate.
Além do equipamento de proteção contra queda fixado ao ponto móvel de ancoragem, os sistemas
podem possuir absorvedores de energia na linha, ou em suas ancoragens estruturais.
Convém que o ponto móvel de ancoragem usado tenha algum meio de impedir de ser incorretamente
engatado sobre a linha de ancoragem em qualquer das extremidades ou, no caso de um ponto móvel
de ancoragem removível, em qualquer ponto da linha de ancoragem.
No caso das linhas de ancoragem horizontais instaladas de forma permanente, convém que o ponto
móvel de ancoragem passe pelas ancoragens estruturais intermediárias sem obstruções.
1 2 3
X
4
A
6
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A + B+ C
Legenda
1 ancoragem estrutural intermediária
6 absorvedor de energia estendido
2 perfil rígido da ancoragem
7 nível do chão
3 ponto móvel de ancoragem
X posição do usuário antes da queda
4 passarela
Y posição do usuário depois da queda
5 talabarte de segurança
Figura 31 (continua)
2
1 X
3
V
4
A 5
6
A + B+ C
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H
C
Legenda
1 ancoragem de extremidade
7 absorvedor de energia estendido
2 posição da linha de ancoragem antes da
8 nível do chão
queda
X posição do usuário antes da queda
3 posição da linha de ancoragem depois da
queda Y posição do usuário depois da queda
4 passarela V flexão em “V” da linha de ancoragem
5 ponto móvel de ancoragem H deslocamento horizontal do usuário durante
a queda
6 talabarte de segurança
Figura 31 (continua)
2 3 V
1 X
4 A
7
A + B+ C
Y
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Legenda
1 ancoragem de extremidade
7 absorvedor de energia estendido
2 linha de ancoragem
8 nível do chão
3 suporte de apoio intermediário
X posição do usuário antes da queda
4 passarela
Y posição do usuário depois da queda
5 ponto móvel de ancoragem
V flexão em V da linha de ancoragem
6 talabarte de segurança
9.5.6 Uso de sistemas de retenção de queda baseados em uma linha de ancoragem horizontal
e um ou mais pontos móveis de ancoragem
Recomenda-se que o uso múltiplo, isto é, uma situação em que dois ou mais usuários são conectados
à mesma linha de ancoragem ao mesmo tempo, somente seja permitido se as instruções do fabricante
indicarem que a linha de ancoragem é apropriada para tal fim. Nestes casos, convém que o número
de usuários não exceda o número máximo indicado nas instruções do fabricante. Se as instruções
do fabricante não fizerem referência específica para o uso múltiplo, recomenda-se que o fabricante
seja consultado. Não convém que seja assumido que uma linha de ancoragem é necessariamente
apropriada para o uso múltiplo.
9.5.6.2 Equipamento de proteção contra queda para acoplamento com uma linha de ancoragem
horizontal
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Recomenda-se que somente o equipamento de proteção contra queda, especificado nas instruções
do fabricante da linha de ancoragem, seja fixado em uma linha de ancoragem horizontal.
Os sistemas de retenção de queda baseados em uma linha de ancoragem horizontal são projetados
com configurações exclusivas para cada local de trabalho em conjunto com o equipamento de proteção
contra queda (normalmente um talabarte de segurança com absorvedor de energia) destinado para
fixação no mesmo. Os cálculos de desempenho do sistema são baseados nas características da
linha de ancoragem em conjunto com os do equipamento de proteção contra queda. Se este último
for alterado, estes cálculos podem não mais ser válidos. As fixações de comprimentos maiores
ou tipos diferentes de equipamentos de proteção contra queda que os especificados nas instruções
do fabricante podem causar a falha do sistema ou ferimentos no usuário, ou ambos, em uma situação
de proteção contra queda. Não convém que equipamentos de proteção contra queda, diferentes
dos especificados nas instruções do fabricante, sejam usados sem antes consultar o fabricante e/ou
instalador. Por exemplo, o uso de diferentes talabartes de segurança pode significar que existe uma
necessidade para ancoragens mais fortes.
NOTA Certos tipos de equipamentos de proteção contra queda com mecanismos de bloqueio podem ser
incompatíveis com as linhas de ancoragem horizontais. Por exemplo, certos tipos de trava-quedas retráteis
não são recomendados por causa do efeito mola (ver 9.3.7.7).
Geralmente, a fixação do equipamento de proteção contra queda a uma linha de ancoragem horizon-
tal é realizada conectando-a com o ponto móvel de ancoragem por meio de um conector (ver 12.5).
É conveniente que não se conecte o equipamento de proteção contra queda diretamente com a
linha de ancoragem, a menos que as instruções do fabricante claramente especifiquem esta con-
dição. Nesse caso, recomenda-se que seja utilizado somente o conector especificado nas instruções
do fabricante.
NOTA Incidentes ocorreram quando os conectores ficaram enfraquecidos a partir do desgaste da linha de
ancoragem. Em outras situações, a aplicação de carga permanente na linha de ancoragem por meio de um
conector resultou na falha da linha de ancoragem.
extremidades afiadas ou abruptas. Se for necessário conectar a linha de ancoragem com essa estru-
tura, convém que sejam usados dispositivos de ancoragem resistentes às falhas ou proteções nestas
situações.
Convém que seja utilizado somente o método de instalação da linha de ancoragem especificado nas
instruções de instalação do fabricante durante o processo de montagem da linha. O uso de outros
métodos pode danificar a linha de ancoragem ou causar a perda de tensão.
9.5.7.2 Riscos de queda em pêndulo
Existe um potencial para quedas em pêndulo quando as linhas de ancoragem horizontais de vão
único, instaladas de forma temporária, são usadas. Se um usuário cair enquanto estiver em uma
posição entre a extremidade da linha de ancoragem e o meio do vão [ver Figura 31-b)], existe uma
tendência para o ponto móvel de ancoragem ser puxado para baixo no sentido da parte inferior de
uma flexão em formato V na linha de ancoragem.
NOTA 1 Para acontecer um pêndulo este depende de um número de fatores inclusive do projeto do ponto
móvel de ancoragem e da linha de ancoragem, da tensão na linha de ancoragem, da fricção entre o ponto
móvel de ancoragem e a linha de ancoragem, da distância máxima entre os dois suportes de apoio adjacentes
mais espaçados, e da distância horizontal entre o ponto móvel de ancoragem e o ponto do meio do vão no
momento da queda.
NOTA 3 O risco de quedas em pêndulo é maior em casos de uso múltiplo. Se dois usuários conectados
à mesma linha de ancoragem horizontal de vão único caírem, com um intervalo de tempo entre suas quedas,
então uma flexão em V na linha de ancoragem é produzida pela queda do primeiro usuário, e o ponto móvel
de ancoragem do segundo usuário deslizará rapidamente para baixo sendo que seu impulso horizontal é
maior, aumentando seu risco de queda em pêndulo. Existe também o risco adicional dos usuários ficarem
feridos colidindo um com o outro.
Uma desvantagem do uso múltiplo de uma linha de ancoragem horizontal de vão único instalada de
forma temporária em que existem dois usuários, e particularmente quando eles estão muito próximos,
é que se um deles cair, a flexão resultante de formato em V gerada na linha de ancoragem pode tirar
o segundo usuário do equilíbrio e consequentemente causar uma queda adicional.
NOTA Nesta situação, o segundo usuário sofre uma queda livre mais longa devido à flexão da linha de
ancoragem de sua posição original.
9.6.1 Geral
Recomenda-se que seja utilizado um sistema de retenção de queda sempre de acordo com as instru-
ções do fabricante.
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a) uma distância de retenção excessiva, isto é, uma zona livre de queda insuficiente entre o usuário e
o chão para permitir a proteção de queda, resultará que o usuário atinja o chão ou outra superfície
sólida antes da retenção total;
b) uma força de impacto excessiva, resultará em ferimentos internos no usuário ou na falha do sis-
tema de retenção de queda, causando a separação do usuário do sistema e uma subsequente
queda;
c) uma sobretensão pontual localizada em componente do sistema de retenção de queda, causando
falha mecânica; por exemplo, um conector incompatível pode falhar causando a separação do
usuário do sistema.
Convém que o uso de um sistema de retenção de queda seja limitado de forma que o impacto gerado
no usuário seja inferior a 6 kN (ver Nota). A massa utilizada para ensaio compulsório é 100 kg. Convém
observar durante o uso de um sistema de retenção de queda que o limite indicado pelo fabricante
para a massa total do usuário, que inclui vestuário e equipamento, é geralmente de 100 kg para um
usuário. Nos casos em que a massa total do usuário possa exceder os 100 kg, consultar o fabricante
para orientações. O fabricante pode ser capaz de oferecer absorvedores de energia específicos
apropriados para a massa do usuário ou recomendar uma distância de queda menor, por exemplo, um
fator de queda menor, para garantir uma força de retenção de queda inferior a 6 kN. Exceder o limite
garantido pelo fabricante pode gerar força de retenção excessiva, distância de frenagem excessiva
ou falha do sistema, convém que o sistema não seja utilizado desta forma.
NOTA A força de retenção de queda de até 6 kN é um padrão adotado pelas Normas técnicas brasileiras
e tido como um risco aceitável em que as chances de se gerar lesão no usuário é minimizada. Além disso,
as Normas técnicas brasileiras também consideram esse valor como referência para o dimensionamento
e ensaios de dispositivos de ancoragem.
Quando um sistema de retenção de queda for usado, convém que seja assegurado que exista
uma ZLQ adequada para evitar que o usuário venha a colidir com o solo ou qualquer obstáculo.
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Recomenda-se que seja calculado o requisito de ZLQ considerando os parâmetros fornecidos para
os diferentes sistemas de retenção de queda conforme descritos em 9.7.2 a 9.7.5.
ALERTA: Convém que seja utilizado um sistema de retenção de queda somente se existir confirmação
de que a ZLQ existente no local de trabalho é compatível com a ZLQ mínima exigida para o sistema
de retenção de queda escolhido.
b) distância entre o elemento de engate de retenção de queda do cinturão e os pés do usuário;
NOTA 2 A ABNT NBR 14629, Seção 6, determina que o fabricante informe essa distância referente ao
equipamento na forma de um pictograma.
Para um sistema baseado em um trava-queda retrátil, recomenda-se que sejam somadas as seguintes
distâncias, tomando a plataforma em que o usuário trabalha (se desloca) e o nível do chão como
pontos de referência (ver Figura 33):
NOTA 2 NOTA 2 Recomenda-se identificar com o fabricante a medida a ser acrescentada na ZLQ gerada
da relação entre a quantidade de linha retrátil fora da carcaça e o ângulo formado pela linha no ponto de
ancoragem com relação ao eixo vertical devido ao afastamento horizontal do trabalhador.
NOTA 3 Caso o trabalhador esteja atuando abaixado/ajoelhado ou deitado sobre a plataforma de trabalho,
recomenda-se que seja somada uma medida a ZLQ, 0,5 m para quando abaixado/ajoelhado e 1,5 m para
quando deitado.
Para um sistema baseado em uma linha de ancoragem vertical (rígida ou flexível) e um trava-queda
guiado (ver Figura 35), recomenda-se que sejam somadas as seguintes distâncias, tomando a super-
fície em que o usuário está posicionado e o nível do chão como pontos de referência (ver Figura 34):
a) a distância de queda livre, mais a distância de bloqueio do trava-queda, mais a deformação
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linear da linha de ancoragem (no caso de uma linha de ancoragem flexível), mais a distância de
extensão do cinturão de segurança;
NOTA 2 Em sistemas de linha de ancoragem vertical instalada de forma temporária, a distância de extensão
da linha de ancoragem recomenda-se ser calculada a partir dos dados do fabricante da corda, especialmente
se comprimentos de linha de ancoragem significativos são usados no local de trabalho. Recomenda-se
considerar isto porque os comprimentos da linha de ancoragem usados são maiores do que as amostras
utilizadas para ensaio.
NOTA 3 Para a linha horizontal flexível, quando existir um afastamento horizontal do trabalhador com
relação ao ponto de ancoragem, o que pode gerar uma queda pendular e também o aumento da altura de
queda livre, recomenda-se que esta seja considerada na soma da ZLQ para o sistema.
NOTA 4 Caso o trabalhador esteja atuando abaixado/ajoelhado ou deitado sobre a plataforma de trabalho,
recomenda-se que seja somada uma medida a ZLQ, 0,5 m para quando abaixado/ajoelhado e 1,5 m para
quando deitado.
9.7.5 Sistemas baseados em uma linha de ancoragem horizontal com ponto móvel de
ancoragem e um talabarte de segurança com absorvedor de energia
Para um sistema baseado em uma linha de ancoragem horizontal e ponto móvel de ancoragem e um
talabarte de segurança com absorvedor de energia, recomenda-se que sejam somadas as seguintes
distâncias, usando o nível inicial da linha de ancoragem e nível do chão como pontos de referência
(ver Figura 31):
b) a distância entre o elemento de engate de retenção de queda do cinturão e os pés do usuário;
Em sistemas de usuário único, quanto maior a massa do corpo do usuário mais o absorvedor de
energia tem que estender ou a linha de ancoragem tem que puxar a fim de reter uma queda e assim
haver necessidade de uma ZLQ maior (ver 9.6.3.1 e 9.7.2).
Em um sistema de múltiplos usuários, por exemplo, um sistema baseado em uma linha de ancoragem
horizontal, quanto maior o número de usuários, maior a deformação da linha de ancoragem no caso
de uma queda e maior a necessidade de ZLQ. Se um sistema é para ser utilizado por múltiplos
usuários, convém que o fabricante seja consultado.
1 A
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2
A+B+C
C
3
NOTA Esta é a situação preferida, com o ponto de ancoragem diretamente acima do usuário e com
mínima frouxidão no talabarte de segurança. O requisito de ZLQ é minimizado e, no caso de uma queda,
o usuário pode ser capaz de voltar sozinho para a plataforma de trabalho.
1 A
B A+B+ C
C
3
NOTA Esta situação, com o ponto de ancoragem em nível de ombro, vem em seguida na ordem de
preferência depois daquela mostrada na Figura 32-a). Uma maior distância de queda livre resulta em uma
necessidade de maior espaço de ZLQ.
Figura 32 (continua)
1
A
B A+B+C
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C
3
Legenda
1 ponto de ancoragem
2 plataforma de trabalho
3 nível do chão
Os valores de A, B e C constam na Tabela F.1.
NOTA 1 Esta é a posição do ponto de ancoragem menos preferida e, somente ser usada como último
recurso. Nesta situação, o requisito de ZLQ está em seu maior.
NOTA 2 Este desenho e a Tabela F.1 são ilustrativos e o desenho não está em escala.
2
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A+B
Legenda
1 ancoragem
2 trava-queda retrátil
3 passarela de trabalho
4 nível do chão
NOTA Este desenho e a Tabela F.2 são ilustrativos e o desenho não está em escala.
X Y
A
3 A+B
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B
4
Legenda
1 trava-queda guiado
2 posição de pé do usuário no degrau da escada
3 linha de ancoragem vertical rígida
4 nível do chão
X posição do usuário antes da queda
Y posição do usuário depois da queda
Os valores de A e B constam na Tabela F.3.
X Y
A
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3 A+B
B
4
5
Legenda
1 trava-queda guiado
2 passagem
3 linha de ancoragem vertical flexível
4 lastro tensionador da linha
5 nível do chão
X posição do usuário antes da queda
Y posição do usuário depois da queda
Os valores de A e B constam na Tabela F.3.
a) sistemas que fornecem suporte parcial para o usuário, isto é, o usuário é sustentado em tensão,
parte do peso do usuário sendo sustentado pelo sistema de posicionamento no trabalho e o
restante pela superfície em que o usuário está posicionado (ver 10.2);
b) sistemas que fornecem suporte completo para o usuário, isto é, o usuário está em suspensão e
seu peso está completamente sustentado pelo sistema de posicionamento no trabalho (ver 10.3).
10.2.2 Técnica 1
10.2.2.1 A técnica 1 requer a passagem de um talabarte de segurança para posicionamento, previa-
mente conectado ao cinturão, em torno de uma estrutura e conectando sua segunda extremidade
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novamente ao cinturão (ver Figura 36). Isto permite ao usuário se apoiar ao cinturão conectado ao
talabarte de posicionamento em uma posição parcialmente sustentada, com seus pés apoiados con-
tra a estrutura e com suas mãos livres para o trabalho. É essencial que seja utilizado um sistema de
retenção de queda adicional. Um exemplo é mostrado na Figura 35.
Não convém que seja utilizado o talabarte de segurança para posicionamento no trabalho como um
sistema de retenção de queda porque sua capacidade de absorção de energia não é suficiente para
diminuir as forças de impacto no usuário no caso de uma queda.
NOTA A Figura 37, mostra um usuário conectado a um talabarte de segurança para posicionamento, mas
sem um sistema adicional de retenção de queda. Nesta situação, se fosse acontecer uma queda, o talabarte
de segurança deslizaria até ser parado pelo topo da parede, e o usuário continuaria a cair até ser parado pelo
talabarte. Isto provavelmente implicaria em uma queda livre de cerca de 1,0 m e aplicaria forças de retenção
significativamente altas, possivelmente em torno de 10 kN aos elementos de engate laterais do cinturão.
Nesta situação as fitas do ombro e das pernas não atuariam na retenção do usuário, pois a força de impacto
estaria direcionada à parte abdominal do cinturão. Isto pode causar ferimentos graves, se não fatais.
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1 talabarte de segurança para posicionamento fixado nos elementos de engate da cintura lateral no
cinturão do usuário
2 talabarte de segurança para posicionamento laçado em torno do poste
NOTA O usuário tem a falsa impressão de estar seguro no caso de uma queda.
10.2.2.2 Convém que o sistema de posicionamento no trabalho para a técnica 1 inclua os seguintes
componentes:
b) estrutura a ser circundada que serve como ponto de ancoragem para posicionamento;
10.2.3 Técnica 2
10.2.3.1 A técnica 2 é usada em aplicações como, por exemplo, o trabalho em um telhado inclinado
ou escorregadio sem apoios seguros para os pés.
10.2.3.2 Um sistema de posicionamento no trabalho não impede o usuário de cair de uma posição
de pé para uma debruçada (queda no mesmo nível), ver Figura 38-b), visualizações C e D.
10.2.3.3 Convém que o sistema de posicionamento no trabalho para a técnica 2 inclua os seguintes
componentes:
b) um ou mais pontos de ancoragem, instalados de tal modo que o talabarte de posicionamento
fique conectado a um ponto mais alto do que a área de trabalho;
d) sistema de retenção de queda adicional, por exemplo, um sistema de retenção de queda baseado
em um trava-queda guiado em uma linha de ancoragem flexível.
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1 ancoragem
2 talabarte de posicionamento regulável
3 ancoragem
4 sistema de retenção de queda adicional
5 dispositivo de regulagem
6 comprimento sobressalente do talabarte de posicionamento regulável
A B C D
Legenda
B usuário trabalhando
C usuário desliza
D usuário sofre um queda no mesmo nível
b) Usuário em posição para executar o trabalho, e sofrendo uma queda no mesmo nível
Recomenda-se que seja utilizado um talabarte de segurança para posicionamento, que atenda à
ABNT NBR 15835 (ver Figura 39), com ou sem um regulador de comprimento.
Convém que os talabartes de segurança de posicionamento usados para a técnica 1 sejam de material
resistente à abrasão e/ou possuam proteção contra esta pela possível exposição ao desgaste quando
em contato com estruturas abrasivas. Por exemplo, convém que os talabartes de segurança de
posicionamento em corda, preferencialmente, possuam proteção adicional contra o desgaste, como o
uso de capas protetoras. Convém que a capa protetora ajude na aderência com a estrutura de suporte
quando o talabarte de segurança for posicionado ao seu redor. Convém que o talabarte de segurança
para posicionamento usado seja suficientemente longo para passar ao redor da estrutura.
NOTA A ABNT NBR 15835 especifica um comprimento máximo de 2 m para talabartes de segurança de
posicionamento no trabalho fixos permanentemente e separáveis, mas não especifica um comprimento máximo
para o que chama de talabartes de segurança de posicionamento no trabalho separáveis e independentes.
Convém assegurar que o comprimento total de um talabarte de segurança para posicionamento seja
tal que o usuário não alcance um ponto onde possa haver uma exposição a um risco de queda
adicional, por exemplo, beiral de um telhado.
A técnica 2 de posicionamento no trabalho somente pode ser usada se não existir risco do usuário
cair pelo telhado propriamente (por exemplo, por uma claraboia do telhado ou uma seção frágil).
É importante que uma superfície frágil seja isolada por guarda-corpo, dotada de passarela quando
precisar ser superada ou, quando nenhum desses procedimentos forem possíveis, convém que estas
áreas sejam sinalizadas.
Para o posicionamento no trabalho em suspensão (total), quando o posicionamento não for obtido
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por um sistema de içamento ou descida do usuário junto com a linha, é essencial que um sistema
de acesso por corda seja usado. Recomenda-se que sejam atendidas as ABNT NBR 15475 e
ABNT NBR 15595.
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1 conector
2 limitador
3 talabarte de segurança em fita
4 fivela de ajuste
11 Resgate
11.1 Geral
11.1.1 Convém que exista um plano de resgate específico e recursos para cada local de trabalho
e que estes sejam regularmente avaliados e atualizados, se necessário. Convém que os recursos
incluam não somente o equipamento mas também o pessoal treinado (ver 11.5 e Seção 15). São prefe-
ríveis métodos de resgate que não exponham o resgatista ao risco de queda com diferença de nível.
NOTA De acordo com legislação vigente o planejamento de resgate é parte do plano de atuação em
situações de emergência, que por sua vez é resultado de uma analise de risco, podendo prever o uso de
recursos: próprios, externos, públicos ou privados.
11.1.2 Quando planejar o resgate, convém que seja considerada a situação em que a pessoa pode
precisar ser resgatada e o tipo de equipamento de proteção contra queda que estaria sendo usado.
Recomenda-se que o plano do resgate identifique o equipamento e os métodos de uso apropriados.
Algumas situações de trabalho podem criar dificuldades especiais para o resgate, por exemplo,
o acoplamento de um dispositivo de resgate a uma pessoa que está suspensa fora do alcance.
Recomenda-se considerar estes fatores quando se decidir por um sistema seguro do trabalho (ver 6.1).
Convém que situações particulares para o resgate sejam planejadas para cada situação de trabalho
e convém que se leve em consideração o sistema de proteção individual contra queda a ser usado.
11.1.3 Em todo planejamento de resgate e operações de resgate, convém que sejam feitas avalia-
ções como a seguir:
b) o método que pode ser usado para acoplar a pessoa a ser resgatada ao equipamento de resgate;
c) quaisquer necessidades particulares da pessoa que está sendo resgatada com respeito aos
ferimentos que pode ter sofrido ou o risco de intolerância à suspensão (ver 11.4);
d) se a situação impõe que a pessoa que está sendo resgatada tem que ser abaixada ou levantada;
11.2 Ancoragens
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11.2.1 Convém que seja dada consideração especial aos pontos de ancoragem disponíveis, tanto
durante a fase de planejamento como durante a operação de resgate. Convém que os pontos de
ancoragem sejam adequadamente dimensionados e posicionados para a operação pretendida,
e se necessário, apropriados para o uso de duas pessoas.
11.2.2 Se um procedimento de resgate exigir que um resgatista seja baixado para resgatar uma vítima,
será gerada carga adicional no sistema de ancoragem para sustentar a carga de duas pessoas.
Por essa razão é necessário ter um dispositivo de ancoragem com capacidade suficiente para sus-
tentar dois usuários, ou dois dispositivos de ancoragem independentes.
11.2.3 Alguns tipos especiais de ancoragem (por exemplo, linhas de ancoragem horizontais e verti-
cais instaladas de forma temporária) podem não ser apropriados para aplicações em resgate. Durante
o planejamento para uso destes sistemas, convém que o fabricante seja consultado para orientação.
Convém considerar a possibilidade de que a pessoa a ser resgatada pode estar pendente sobre
uma extremidade, ou localizada abaixo de uma extremidade. A recuperação sobre uma extremidade
aumenta a carga efetiva, devido ao atrito gerado, em uma operação de içamento e poderá causar
cortes ou abrasão da linha de ancoragem, sendo recomendada a utilização de um protetor de bordas.
As extremidades também podem interferir com a operação do equipamento de resgate que utiliza
sistemas de redução de forças, por exemplo, sistemas de roldanas.
Mesmo que o trabalho seja seguro, incidentes ainda podem ocorrer. A sobrevivência de uma vítima
colaborativa ou desacordada geralmente depende de um resgate ágil, dos cuidados que são tidos
com ela durante e depois do resgate. Consequentemente, grande importância precisa ser dada ao
examinar o local de trabalho no momento adequado, por exemplo, a cada dia ou a cada mudança
no trabalho, para amparar todos os cenários de emergência possíveis e planejar como será mais
conveniente que qualquer resgate seja executado. Convém que sejam feitas previsões para garantir
que socorro será fornecido prontamente para qualquer trabalhador que precise, esteja impedido de
se comunicar ou possa estar em perigo, por exemplo, emitindo sinais de pré-síncope referente à
intolerância à suspensão. Informações sobre intolerância à suspensão são fornecidas no Anexo D.
11.5.2 Existem sistemas de resgate que foram projetados especificamente para resgate ou especifi-
camente para evacuação. Alguns permitem somente abaixar, alguns somente levantar e alguns permi-
tem ambos. Convém que o fabricante seja consultado para estabelecer a conformidade de um sistema
de resgate específico para a situação na qual pode ser usado (ver Figuras 21 e 22).
12 Componentes
12.1 Geral
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12.1.2 A maioria dos equipamentos de proteção individual de trabalho em altura é testada usando
uma carga mínima de ruptura especificada nas respectivas normas, que é a carga mínima a qual um
equipamento novo precisa resistir quando ensaiado, de acordo com condições específicas. Alguns
componentes são fornecidos com uma carga de trabalho segura, um limite de carga de trabalho
ou uma carga nominal, que pode ser uma carga mínima nominal ou uma carga máxima nominal.
Estas são às vezes em adição à carga mínima de ruptura e às vezes no lugar dela.
12.1.3 Separadamente das cargas de trabalho seguras, limites de carga de trabalho e cargas nominais,
os requisitos de resistência estática especificados em normas para equipamentos de proteção
individual de queda são normalmente valores mínimos. Componentes com uma resistência estática
mais elevada do que o requisito normativo podem ser mais seguros para determinada situação e
podem ter uma vida útil maior.
12.1.4 Convém que os componentes usados em um sistema de proteção individual de queda sejam
compatíveis um com o outro, isto é, que a função segura de qualquer um dos componentes do sistema
não seja afetada por, e não interfira com, a função segura do outro. Também é essencial que os
componentes sejam compatíveis, e não interfiram, com outros itens de equipamento, inclusive outros
equipamentos de segurança e roupa.
12.1.5 Convém que todos os componentes escolhidos para proteger uma pessoa que trabalha em
altura sejam tais que eles não possam ser acidentalmente desconectados ou desajustados.
12.1.6 Recomenda-se que todos os componentes tenham uma marcação para permitir a rastreabilidade,
por exemplo, um ensaio, inspeção ou certificado de conformidade e combinados com o registro de
seu uso, a fim de facilitar seu cuidado adequado e sua integridade. Se o fabricante ou fornecedor não
fornecer tal marcação, é necessário tomar cuidado para não marcar os componentes de maneira que
prejudique sua integridade. Neste caso, convém que o fabricante seja consultado.
12.1.7 Convém que os componentes usados em sistemas de proteção individual contra queda sejam
apropriados para o trabalho específico e para o ambiente em que são usados. Caso este ambiente
apresente perigos específicos, convém que sejam selecionados componentes adequadamente
resistentes a estes perigos, por exemplo, componentes com resistência à luz ultravioleta, corrosão,
condições ambientais extremas, substâncias químicas ou óleos.
12.2.1 Os requisitos de desempenho especificados para os componentes de SPIQ (por exemplo, nas:
ABNT NBR 14626, ABNT NBR 14627, ABNT NBR 14628, ABNT NBR 14629, ABNT NBR 16325-1 e
ABNT NBR 16325-2) são baseados na necessidade de assegurar que a força de impacto no usuário
na retenção de uma queda (uma força dinâmica) não exceda a 6 kN.
NOTA Visto que forças dinâmicas maiores que esta podem ser geradas em uma queda, os sistemas de
proteção individual de queda incorporam um ou mais componentes com uma capacidade de absorção de
energia para assegurar que o limite de 6 kN não seja excedido.
porém, existem algumas variações acima ou abaixo deste valor, por exemplo, a ABNT NBR 14628
especifica uma mínima resistência estática especificada de 12 kN para trava-queda retrátil feito de
cabos de aço e a ABNT NBR 15834 especifica uma mínima resistência estática especificada de
22 kN para talabartes de segurança feitos de material têxtil.
12.3.1 Os componentes têxteis usados em equipamentos de proteção individual contra queda são
feitos de fibras sintéticas, frequentemente poliéster ou poliamida. Convém que sejam escolhidos e
utilizados com cuidado especial todos os componentes têxteis, uma vez que são suscetíveis aos tipos
e quantidade variada de danos, alguns deles não muito fácil de identificar (ver 13.3).
12.3.4 Quando selecionar componentes têxteis feitos do material apropriado para usar em um
ambiente específico, também precisam ser levadas em consideração as outras propriedades, inclusive
o ponto de fusão, resistência à abrasão e flexão, resistência à luz ultravioleta e as características de
alongamento. Alguns dados sobre outras propriedades de fibras artificiais usadas na fabricação de
equipamentos de proteção individual de queda também são indicados no Anexo H.
12.3.5 Convém que se obtenha confirmação do fabricante ou fornecedor, se todas as fibras dos
componentes têxteis, inclusive linhas de costura, contêm inibidor de ultravioleta para as condições
em que os componentes são usados e se os componentes não foram submetidos a algum processo
de tingimento ou acabamento que pode ter reduzido o nível de proteção. Porém, até mesmo têxteis
com inibidor de ultravioleta usualmente não são totalmente protegidos, de modo que os usuários não
sujeitem os componentes têxteis à exposição desnecessária à luz solar ou à luz fluorescente que
também contém ultravioleta.
12.3.6 Alguns materiais têm suas características alteradas quando molhados. Por exemplo, a fibra
de poliamida perde entre 10 % e 20 % de sua resistência em tal condição (ver Anexo H), e ensaios
estáticos em cordas dinâmicas feitas de poliamida mostraram uma perda de resistência de até 30 %.
Entretanto, a perda não é permanente e a resistência é recuperada quando o material secar.
Em ensaios dinâmicos (queda) com corda dinâmica que foi encharcada na água por períodos variados,
as forças de impacto aumentaram por até 22% acima daquelas para cordas secas que é normalmente
entre 8 % e 12 %. Estes poderiam parecer resultados inesperados, porque a água absorvida pelas fibras
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12.4.1 A maioria dos componentes de metal são feitos de aço ou de ligas de alumínio, embora alguns
sejam feitos de outros metais como titânio. Todas as ligas de alumínio parecem iguais, pelo menos
para quem não é especialista, como acontece com a maioria dos aços, com a exceção de aços
inoxidáveis. No entanto, o desempenho destes metais pode variar muito, particularmente com respeito
a sua suscetibilidade à corrosão, de modo que é essencial para o usuário saber de que materiais
são feitos os componentes que ele está usando para que possa tomar as precauções apropriadas
(ver 12.4.2 a 12.4.8).
12.4.2 Alguns componentes feitos de ligas de alumínio têm uma superfície acabada polida e a maior
parte deles são anodizados. Os componentes anodizados têm uma fina camada eletroquímica que
é mais dura que o material básico e que protege contra a corrosão e também, em uma pequena
proporção, contra o desgaste.
12.4.3 As diferentes ligas de alumínio usadas em equipamentos de proteção contra queda têm carac-
terísticas diferentes. Geralmente, quanto mais fortes são, mais suscetíveis são à corrosão, de modo
que exigem maior cuidado no uso. As ligas de alumínio são particularmente suscetíveis à corrosão
causada por água do mar.
12.4.4 O contato entre os componentes feitos de metais diferentes pode ocasionar a corrosão
galvânica como resultado de ação eletrolítica, especialmente quando molhados. Por isso, convém
que o equipamento não seja armazenado molhado (ver 13.8). A corrosão galvânica pode afetar muitos
metais, inclusive o alumínio e alguns aços inoxidáveis e pode causar a deterioração rápida de camadas
protetoras como zinco. Convém que seja evitado o contato por longo período de metais diferentes
(por exemplo, cobre e alumínio) especialmente em condições molhadas e em particular em um
ambiente marinho.
NOTA É possível encontrar maiores informações sobre este fato na PD 6484 citada na bibliografia.
12.4.5 Alguns metais que estão sob tensão em um ambiente corrosivo desenvolvem rachaduras de
superfície, um fenômeno conhecido como rachadura de corrosão sob tensão. É dependente do tempo
e pode levar meses para desenvolver. Esta é uma razão por que a inspeção regular dos componentes
é tão importante (ver Seção 13).
12.4.6 Alguns produtos químicos usados na indústria da construção podem causar a corrosão de compo-
nentes feitos de ligas de alumínio. Convém que se obtenha orientações adequadas com o fabricante
do produto químico.
12.4.7 As ligas de alumínio são normalmente menos duras que o aço e são mais propensas a sofrerem
danos por abrasão, por exemplo, por uma corda suja com areia correndo por um conector. No entanto,
os componentes feitos de ligas de alumínio são normalmente mais leves que seus similares em aço,
e consequentemente são mais fáceis de manusear.
12.4.8 Embora os aços sejam mais pesados que as ligas de alumínio, eles são mais robustos e têm
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resistência melhor à abrasão. Quando forem selecionados componentes de aço, a fim de assegurar
que os componentes estejam adequadamente protegidos, convém que os usuários considerem se
componentes com proteção adicional, por exemplo, galvanização ou zincagem, são exigidos, ou,
alternativamente, uma camada de plástico aplicado a quente. Convém que os usuários estejam cientes
que se uma camada de plástico não for corretamente aplicada, ou se ficar danificada, pode permitir
o ingresso da água e início de corrosão sem que seja detectada.
12.5 Conectores
Os conectores são componentes que podem ser abertos e usados para conectar em conjunto com
outros componentes em um sistema de proteção individual de queda, por exemplo, ligar um talabarte
de segurança com uma ancoragem. Alguns conectores são projetados para uso geral e alguns para
aplicações específicas (ver 12.5.3). Os conectores possuem um fecho que pode ser movido possibi-
litando sua abertura.
NOTA Um fecho pode mover, por exemplo, por um sistema de dobradiça, por um movimento corrediço
ou por rosca.
12.5.1 É essencial que sejam usados conectores em conformidade com a ABNT NBR 15837.
12.5.2 Existem cinco classes de conectores descritos na ABNT NBR 15837, que são apropriados para
uso em sistemas de proteção individual de queda, como a seguir:
a) classe B: conector básico, de fechamento automático destinado a ser utilizado como componente;
b) classe M: conector multiuso, básico ou conector de elo rápido destinado a ser utilizado como
componente e que pode ser aplicado conforme o seu maior ou menor eixo;
c) classe T: conector terminal, de fechamento automático, concebido como elemento terminal de um
subsistema, que permite a fixação em uma única direção;
d) classe A: conector de ancoragem, de fechamento automático, destinado a ser utilizado como
componente e concebido para ser unido diretamente a um tipo específico de ancoragem;
e) classe Q: conector de elo rápido, destinado a ser utilizado em aplicações a longo prazo ou perma-
nentes, cujo fechamento é obtido por um fecho de rosca, sendo este parte estrutural da susten-
tação do conector, quando completamente atarraxado.
12.5.3 Convém que sejam usados somente conectores que possuam um fechamento que forneça
proteção contra abertura inadvertida da trava, por exemplo, por meio de um fecho manual ou automático.
NOTA Para conectores com trava manual em rosca, convém enfatizar a importância de se realizar esta
ação manual de fechamento da trava. Apenas a segurança do fecho automático sem o fechamento da trava
manual não é recomendada.
12.5.4 Convém que os conectores que necessitam ser acoplados com um ponto de ancoragem
(por exemplo, em um parafuso de olhal ou uma argola) sejam de um material que não seja danificado
pela superfície do ponto de ancoragem. Por exemplo, não convem que um conector de alumínio sofra
fricção ou abrasão frequente sobre superfícies em aço, por exemplo, um cabo de aço. Recomenda-se
que sejam utilizados conectores de aço para conectar com cabos de aço, argolas ou parafusos de olhal.
Convém que os conectores usados sejam de tal forma projetados e de tamanho adequado, de modo
que o conector possa girar livremente no ponto de ancoragem, sem impedimento e sem soltar a anco-
ragem, e de forma que o conector fique livre para alinhar com a direção em que a carga dinâmica seria
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aplicada no caso de uma queda. Convém que o conector selecionado seja um que permita que seja
atendida a ZLQ necessária, que possibilite o mecanismo de fecho se fechar completamente e travar
depois que a conexão com o ponto de ancoragem ou posicionamento foi efetuado.
A B C D
E F G H
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I J K L
Legenda
A,B, C, D Correto. Exemplos de conexões corretas com pontos de ancoragem e posições de ancoragem.
Incorreto. Fixação do conector sobre a própria linha de ancoragem ou talabarte. Não convém
E
que os conectores sejam usados deste modo.
Incorreto. O fecho do conector não fecha devido à forma inadequada na ancoragem. Não
F
convém que os conectores sejam usados deste modo.
Incorreto. Linha de ancoragem ou talabarte sendo amarrado ao redor da ancoragem. Não
G
convém que que as conexões sejam realizadas deste modo.
Incorreto. O conector não gira livremente no ponto de ancoragem e não está livre para alinhar
H
com a direção da carga. Não convém que os conectores sejam usados deste modo.
Incorreto. Terminação da linha de ancoragem suportada no mecanismo do fecho do conector.
I
Não convém que os conectores sejam usados deste modo.
Incorreto. Conector sustentado contra uma extremidade irregular. Não convém que os
J
conectores sejam usados deste modo.
Incorreto. Conectores posicionados de modo que sejam alavancados sobre uma aresta se
K, L
submetidos a uma carga. Não convém que os conectores sejam usados deste modo.
NOTA A visualização D ilustra o uso de cinta de ancoragem em uma viga (ver 16.1.2, Nota 2), em uma
situação em que a estrutura não é compatível com o tamanho do conector.
12.5.5 Na maioria dos conectores, o fecho é o ponto mais fraco, portanto, convém que seja evi-
tada a carga contra o fecho uma vez que pode causar a quebra do conector, ou soltura acidental
(ver 12.5.7). Quando um conector estiver em uso, a carga contra o fecho pode ocorrer acidental-
mente, normalmente pelo deslocamento das fitas e/ou cordas ou outros componentes de conexão de sua
posição pretendida durante um período sem carga. Quando houver este risco, convém que seja consi-
derado o uso de um conector tipo Q com um formato triangular, ou um conector tipo T, para reter
o talabarte de segurança ou outro componente na posição pretendida.
12.5.6 Quando selecionar um conector, convém que os usuários considerem o tipo de trava do fecho
empregado e como e onde o conector será usado no sistema de proteção de queda, com o fim de
evitar uma soltura acidental. A soltura acidental é o resultado da pressão no fecho por um componente
de conexão, como, por exemplo, uma ancoragem, um elemento de engate do cinturão (especialmente
se feito de metal), material têxtil, corda ou outro conector.
Dependendo do tipo de trava do fecho, esta pode ser acidentalmente aberta em uma das seguintes
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situações:
a) a pressão não intencional sobre a trava devido à torção do conector e/ou ancoragem [ver Figura 42-a)];
b) a pressão não intencional simultânea sobre o fecho e a trava de segurança contra o corpo do
usuário ou a estrutura [ver Figura 42-b)].
Os problemas potenciais de carga contra o fecho e soltura acidental podem ser evitados pela avaliação
de como as cargas podem ser inadvertidamente aplicadas ao conector durante o uso, e, em seguida,
escolher o conector correto para a aplicação específica.
12.5.8 Convém que sejam evitadas forças laterais nos conectores, uma vez que podem levar à falha
do fecho (ver Figura 41, visualizações H, I, K e L).
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b) Tracionamento possível durante o uso com um talabarte de segurança e/ou fita de material têxtil
Legenda
1 barras de 12 mm de diâmetro
2 talabarte de segurança e/ou fita de material têxtil
F direção de aplicação da força
NOTA Na situação mostrada em b) o tracionamento está mais próximo do fecho.
Figura 43 – Diferença no tracionamento de um conector em um ensaio estático
e quando usado com uma fita de material têxtil
12.5.9 Os conectores são disponíveis com fechos com os seguintes tipos de mecanismos de
fechamento e bloqueio:
a) fecho manual e trava manual: o fecho manual, normalmente uma luva roscada, que é acionado
manualmente para fechar e abrir, liga as duas extremidades do elo. Este tipo de mecanismo
é usado nos conectores tipo elo rápido [ver Figura 40-d)].
b) fecho automático e trava manual: o fecho é acionado por uma mola que o mantém na posição
normalmente fechada e tem que ser empurrado para dentro para abrir. O fecho é protegido de
abertura inadvertida por uma luva manualmente roscada que liga o fecho ao corpo. Este tipo de
mecanismo é usado em conectores com rosca [ver Figura 40-a)].
c) fecho automático e trava automática com luva acionada por mola: na maioria dos projetos, o
fecho é acionado por uma mola que o mantém na posição fechada conforme descrito em b). Uma
luva de travamento que liga o fecho ao corpo é acionada automaticamente por uma mola. Este
tipo de mecanismo é usado em conectores automáticos [ver Figura 40-a)].
—— aqueles em que uma luva de travamento é acionada por uma mola, que automaticamente liga o fecho
ao corpo, geralmente em conectores tipo mosquetão;
—— aqueles em que um segundo fecho (segunda trava) é acionado automaticamente impedindo o fecho
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d) Fecho automático e trava automática com luva acionada por mola e mecanismo de segu-
rança adicional: além das características descritas em c), a luva possui uma trava adicional,
para dificultar a abertura acidental.
e) Fecho automático e trava automática com um projeto especial: especificamente projetado
para acoplamento onde se requer uma grande abertura. Um exemplo deste tipo são os ganchos
de grande abertura para acoplamento com barras redondas ou tubulação (por exemplo, andaime)
[ver Figura 40-c)].
Tabela 2 (continuação)
Mecanismo de fechamento
e travamento do fecho do Vantagens Desvantagens
conector
Possibilidade pequena de
b) Fechamento automático abertura involuntária; O usuário tem que lembrar
e travamento manual
muito pouca possibilidade de acionar a trava manual do
(como nos mosquetões
de outros tipos de abertura fecho.
de trava em rosca)
inadvertida.
c) Fechamento automático Não fornece proteção
e travamento automático completa contra abertura
com luva carregada O usuário não tem que lembrar inadvertida (por exemplo,
à mola (como nos de travar o fecho. desprendimento);
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12.5.11 Os conectores tipo elo rápido [ver 12.5.10 a)] são mais apropriados para conexões permanentes
e semipermanentes, em que os conectores não precisam ser removidos e reconectados várias vezes
ao dia. O projeto do fecho permite os conectores tipo elo rápido geralmente serem mais compactos
que outros conectores.
12.5.12 Os conectores estão disponíveis em várias formas, inclusive em forma de pera, oval, forma
em D e triangular e variações destas também estão disponíveis.
b) ter pelo menos um elemento de engate de retenção de queda com outros componentes de segu-
rança, por exemplo, como talabartes e trava-quedas (ver 12.6.2, 12.6.3 e 9.1.2).
Recomenda-se que o cinturão a ser utilizado seja um cinturão abdominal conforme a ABNT NBR 15835
(ver Figura 45) e/ou um cinturão de segurança tipo paraquedista conforme a ABNT NBR 15836.
O uso de um cinturão abdominal é aceitável para propósitos de restrição desde que as forças de
retenção de queda não sejam aplicáveis.
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Legenda
1 elemento de engate
2 fivela de regulagem
12.6.3.1 Para a técnica 1 de posicionamento no trabalho (ver 10.2.2), recomenda-se que o cin-
turão seja tipo paraquedista em conformidade com a ABNT NBR 15836 e a ABNT NBR 15835
(ver Figura 46), com dois elementos de engate na cintura laterais ou um elemento de engate abdo-
minal central, mais um elemento de engate para o sistema de proteção individual de queda.
12.6.3.2 Para a técnica 2 de posicionamento no trabalho (ver 10.2.3), recomenda-se que o cin-
turão seja tipo paraquedista em conformidade com a ABNT NBR 15836 e a ABNT NBR 15835.
Convém que o cinturão de segurança inclua um elemento de engate abdominal central para o posi-
cionamento no trabalho e um elemento de engate para o sistema de proteção individual contra
queda.
12.6.3.3 Convém que o cinturão selecionado seja um que não cause desconforto indevido para o
usuário quando estiver posicionado no local de trabalho. Os projetos mais confortáveis são aqueles
que tem almofadas projetadas para serem posicionadas na região lombar inferior do corpo humano de
forma que o usuário possa se sentir confortável. Os projetos que são menos confortáveis são aqueles
que incorporam somente acolchoados simples de encosto e tem o elemento de engate ou os elementos
de engate localizados de forma que o peso do usuário é distribuído em uma pequena região do corpo.
Para um cinturão de segurança para a técnica 1, o conforto pode ser avaliado pelo usuário que vestir
o cinturão de segurança, passando um talabarte de segurança ao redor de uma estrutura vertical,
no nível do chão, conectando o talabarte com o elemento de engate ou elementos de engate do
cinturão de segurança e em seguida inclinando para trás e adotando uma postura de posicionamento.
Os cinturões de segurança podem ser divididos em duas categorias, ativos e passivos. Cinturões
ativos são aqueles em que o usuário usa o cinturão de segurança como suporte enquanto trabalha,
como também sendo parte do sistema de proteção individual de queda. Exemplos de cinturões ativos
são aqueles usados para o posicionamento no trabalho, incluindo o acesso por corda (ver Seção 10).
Cinturões passivos são aqueles que somente sustentam o usuário (normalmente em suspensão)
depois de uma queda. Um exemplo de cinturão passivo é aquele usado em um sistema de retenção
de queda (ver Seção 9).
A maioria dos cinturões ativos proporcionam um grau maior de conforto que os cinturões passivos.
Isto é necessário porque o usuário de um cinturão ativo fica sustentado por seu cinturão de segurança
em grande parte do seu dia de trabalho. Este não é o caso dos cinturões passivos, porque o único
momento em que o usuário fica sustentado pelo cinturão é depois de uma queda. No entanto, este não
é um bom momento para o usuário descobrir que o cinturão de segurança é desconfortável ou mesmo
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intolerável. Por essa razão que é importante testar os cinturões de segurança quanto ao conforto e
ajuste antes de serem usados (ver 5.3.5 e Anexo B).
Alguns cinturões de segurança tipo paraquedista são equipados com dois elementos de engate
laterais, para uso no posicionamento no trabalho, mas que podem também ser usados para restrição.
Se os elementos de engate laterais forem usados, é essencial assegurar que ambos são conectados
ao sistema de posicionamento no trabalho ou ao de restrição. Uma conexão nunca pode ser feita para
somente um elemento de engate lateral porque no caso do usuário perder sustentação seu peso total
fica em uma lateral da cintura, o que pode resultar em ferimentos internos.
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12.7.1 Os talabartes de segurança podem ser constituídos de uma corda de fibras sintéticas, um cabo
metálico, uma fita ou uma corrente. São terminados em cada extremidade com um laço para a fixação
de outros componentes, ou o talabarte de segurança em si pode tomar a forma de um laço contínuo.
12.7.2 Os terminais dos talabartes de segurança em fita de material têxtil são normalmente formados
por costura, os talabartes de segurança de corda por encastoamento ou costura, e aqueles em cabos
de aço por meio de um tipo especial de selo. Convém que os laços dos terminais sejam protegidos
contra o desgaste, especialmente no lado interno onde possuam sapatilhos de proteção contra o
desgaste. Para certos usos, talabartes de segurança têxteis com laços nos terminais incorporam
algum modelo de sapatilho, assim, além de proteger o laço, permitem fácil acoplamento quando as
conexões são frequentes (ver Figura 47).
12.7.3 Recomenda-se que talabartes de segurança sejam conforme a ABNT NBR 15834. Convém
que cada talabarte de segurança selecionado tenha as seguintes características:
a) possuir terminações apropriadas para conexão com outros componentes do sistema de proteção
individual de queda, por exemplo, a um ponto de ancoragem e ao cinturão;
b) ser compatível com, e não interferir com outros itens do equipamento.
12.7.4 Se forem usados talabartes de segurança têxteis, convém que se analise o ambiente do local
de trabalho para verificar que as condições não afetam as matérias-primas empregadas na fabricação
destes, como por exemplo, incidência de UV, agentes químicos, superfícies cortantes (ver 12.3).
12.7.5 Convém que talabartes de segurança de cabos de aço não sejam torcidos ou trançados pelo
usuário, visto que isto causa fragilização.
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12.8.1 O absorvedor de energia é ativado pela aplicação de uma força vigorosa, como ocorre no
caso da retenção de uma queda. Assim, o absorvedor é acionado diminuindo a energia cinética,
desacelerando o usuário por uma distância pequena e deste modo reduzindo a força de impacto a
qual o usuário é submetido na retenção da queda (que é considerada como menor ou igual a 6 kN,
ver 12.2.1).
NOTA 1 Se uma massa de 100 kg acoplada com um talabarte de segurança de material têxtil de 2 m cair
4 m sem um absorvedor de energia, a força de impacto na retenção da queda é de 18 kN a 20 kN. Ensaios
executados pelos exércitos americanos e franceses mostraram que até mesmo paraquedistas jovens,
de bom preparo físico, capacitados, podem somente resistir a forças de impacto até 12 kN. [22]
NOTA 2 É possivel que o absorvedor de energia seja parcialmente ativado sendo submetido à uma força
acima de 2 kN, sem que uma queda tenha ocorrido. Para evitar isto, recomenda-se que o usuário tenha
cuidado para não colocar seu peso repentinamente sobre o absorvedor de energia ou qualquer componente
do sistema.
a) tipo rompimento de tecido: estes são feitos de fitas com uma tecedura que falha progressivamente
quando submetido a uma carga. A energia é absorvida no rompimento das fibras;
b) tipo rompimento de costura: estes são feitos de fita que é dobrada e costurada, e que separam
quando submetidos a uma carga. A energia é absorvida no rompimento da costura.
12.8.3 Outros tipos empregam dispositivos que induzem à fricção, por exemplo, fivelas especiais, pelas
quais o tecido ou corda passa rapidamente quando submetido a uma carga. A energia é absorvida
pela fricção.
NOTA Um exemplo de um talabarte de segurança com absorvedor de energia é mostrado na Figura 12-a).
12.8.5 Recomenda-se que os absorvedores de energia sejam conformes à ABNT NBR 14629. A fim
de limitar a força de impacto no usuário a 6 kN, a ABNT NBR 14629 permite uma abertura máxima
do absorvedor de energia de 1,75 m. O comprimento do absorvedor de energia estendido precisa ser
levado em consideração quando calcular a ZLQ exigida abaixo do usuário para impedir que ele bata
no chão ou na estrutura no caso de uma queda (ver 9.7 e Anexo F).
12.8.6 Convém que um absorvedor de energia não distenda enquanto o sistema de proteção individual
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contra queda estiver sustentando o usuário, mas somente comece a se deslocar no caso de uma
queda. Por essa razão, a ABNT NBR 14629 especifica que os absorvedores de energia têm que
resistir a uma força de 2 kN sem distender.
12.9.2 Convém que cada linha de ancoragem usada tenha as seguintes características:
a) ter uma capacidade suficiente para resistir à carga aplicada para a retenção de uma queda
respeitando fator de segurança previamente estabelecido;
b) ser compatível e não interferir com outros itens de equipamento, inclusive com outros equipa-
mentos de segurança com os quais será usada.
12.9.3 As linhas de ancoragem são ensaiadas por tipo juntamente com seus dispositivos da linha
de ancoragem, verticalmente ou horizontalmente. Existem situações em que as linhas são usadas
em ângulos que divergem do vertical ou horizontal. Se uma linha de ancoragem é para ser usada
em um ângulo diferente do vertical ou horizontal, é necessário tomar cuidado para assegurar que os
dispositivos de linha de ancoragem com os quais serão usados podem operar corretamente em uma
linha de ancoragem neste ângulo (por exemplo, um trava-queda pode, neste ângulo, não reter uma
queda/caída). Convém que se contate o fabricante para recomendações e poderá ser necessária a
realização de ensaios.
12.9.4 Para os sistemas de retenção de queda que utilizam linhas de ancoragem, recomenda-se que
estas estejam em conformidade com as seguintes Normas:
a) convém que para os sistemas baseados em um trava-queda guiado em uma linha de ancoragem
vertical rígida, uma linha de ancoragem em conformidade com a ABNT NBR 14627 seja usada;
NOTA 1 A ABNT NBR 14627 também especifica o trava-queda guiado para ser usado com a(s)
respectiva(s) linha(s) de ancoragem vertical rígida.
b) convém que para os sistemas baseados em um trava-queda guiado em uma linha de ancoragem
vertical flexível, uma linha de ancoragem em conformidade com a ABNT NBR 14626 seja usada;
NOTA 2 A ABNT NBR 14626 também especifica o trava-queda guiado para ser usado com a(s)
respectiva(s) linha(s) de ancoragem vertical flexível.
c) para sistemas baseados em uma linha de ancoragem horizontal flexível, convém que uma linha
de ancoragem em conformidade com a ABNT NBR 16325-2, tipo C, seja usada;
d) Para os sistemas baseados em uma linha de ancoragem rígida horizontal, convém que uma linha
de ancoragem em conformidade com a ABNT NBR 16325-1, tipo D, seja usada;
NOTA 3 As ABNT NBR 16325-1 e ABNT NBR 16325-2 declaram que “uma linha horizontal é entendida
para ser uma linha que desvia da horizontal por não mais que 15°.
e) As linhas de ancoragem têxteis usadas para um sistema de retenção de queda diferente daqueles
indicados em a) a d) recomenda-se que seja conforme as cordas de alma e capa em conformidade
com a ABNT NBR 15986, tipo A.
12.9.5 Convém que uma linha de ancoragem somente seja usada com dispositivos de linha de anco-
ragem que são declarados pelo fabricante do dispositivo para ser apropriado para usar com essa
linha de ancoragem específica. No caso de dúvida, convém que o fabricante do dispositivo da linha de
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ancoragem seja consultado. Não convém que componentes de diferentes fabricantes sejam usados
juntos sem primeiro consultar os fabricantes para recomendação.
12.9.6 Para sistemas de posicionamento no trabalho (diferentes dos sistemas de acesso por cor-
da, ver 10.3), linhas de ancoragem têxteis feitas de cordas de alma e capa em conformidade com a
ABNT NBR 15986, tipo A, são recomendáveis. Se outras cordas forem usadas como linhas de anco-
ragem, convém que sejam consideradas suas características de alongamento.
12.9.7 Para as linhas de ancoragem de corda têxtil convém que, a corda do maior diâmetro que pode
ser usada com o dispositivo da linha de ancoragem, e que é aceitável para o usuário, seja escolhida.
Normalmente, quanto maior for o diâmetro da corda, maior é a massa de material existente e, conse-
quentemente, maior é a força e resistência à abrasão.
12.9.8 Algumas linhas de ancoragem flexíveis são fornecidas com laços/alças de terminação já
montados. Assim como com os talabartes de segurança (ver 12.7), os laços de terminação nas linhas
de ancoragem de corda têxtil são normalmente formados por entrançamento ou costura e aqueles
nas linhas de ancoragem de cabo de aço por meio de um terminal metálico prensado. Convém que os
laços de terminação sejam protegidos contra o desgaste.
12.9.9 Os laços de terminação em linhas de ancoragem têxteis também podem ser formados por nós.
As linhas de ancoragem podem ser adquiridas com os nós já atados pelo fabricante, ou os nós podem
ser atados pelo usuário. Convém que os nós somente sejam confeccionados por pessoas capacitadas
para esta função. Convém que a ponta de sobra de todos os nós tenha pelo menos 100 mm de com-
primento. Os nós nunca podem ser atados nas linhas de ancoragem feitas de cabos de aço.
NOTA Os valores inferior e superior referem-se às reduções de resistência devido a nós que foram bem
confeccionados ou mal confeccionados, respectivamente. Isto se refere a disposição da corda no nó de forma
paralela sem estar torcida ou sobreposta gerando uma aparência nítida do tipo do nó.
12.9.11 A resistência de um nó depende largamente do raio da primeira curva, com carga, que entra
no nó. Uma curva muito apertada resulta em um nó mais fraco do que um com uma curva mais suave.
Em nós mais complexos, vários parâmetros podem ser alterados dentro da geometria interna de
confecção e isto também poder afetar a resistência do nó. Pode haver diferenças sutis entre um nó e
outro, até mesmo quando feitos pela mesma pessoa. Estas são principalmente devido a leves torções
dadas na corda enquanto o nó é feito. Estes podem até estar presentes em um nó feito/acabado.
Por isso que é essencial que os nós sejam feitos somente por pessoas com um bom conhecimento
sobre nós e suas técnicas de amarração.
12.9.12 Quando selecionar cordas têxteis para serem utilizadas como linhas de ancoragem com
terminações em nós, a resistência estática da corda, conforme declarado pelo fabricante, os nós
a serem usados e seu efeito sobre a resistência da corda precisam ser levados em consideração.
É recomendado que, como regra prática, uma redução de 50 % na resistência, devida ao nó, seja
prevista para dar uma margem adequada cobrindo uma situação de pior caso.
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12.9.13 Uma prática para ser evitada em uma terminação de linha de ancoragem é de se conectar
a própria linha de ancoragem por um conector (ver Figura 41, visualização E), isto pode gerar um
carregamento incorreto do conector, gerando uma alavanca. Um linha de ancoragem nunca pode ser
amarrada de forma incorreta ao redor de uma ancoragem (ver Figura 41, visualização G), visto que
pode se soltar quando submetido a uma carga.
Dispositivos utilizados sobre linhas é uma aproximação genérica para componentes que ligam o usuário
a uma linha e se movem ao longo desta linha ao lado do usuário durante as mudanças de posição
ascendente, descendente ou horizontal.
Os dispositivos utilizados sobre linhas que estão presentes em sistemas de proteção individual de
queda são conforme a seguir:
c) pontos móveis de ancoragem para uso com sistemas de linha de ancoragem horizontal para
sistemas de restrição (ver 8.2.2) e para sistemas de retenção de queda (ver 9.5);
d) trava-queda guiado para linhas de ancoragem vertical, utilizados em sistemas de retenção de
queda (ver 9.4);
e) dispositivos de subida (ascensão) e descida por cordas, utilizados em sistemas de acesso por
cordas (ver 10.3 e ABNT NBR 15475 e ABNT NBR 15955).
Com exceção dos pontos móveis de ancoragem, os dispositivos usados sobre linhas são projetados
para fechar automaticamente sobre a linha quando uma força ou carga for aplicada. Exemplos de
dispositivos usados sobre linhas são ilustrados na Figura 48.
a) Trava-quedas guiado
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13.1.1 Convém que todos os equipamentos sejam submetidos a uma inspeção visual e tátil antes de
cada uso para assegurar que estão em condição segura e funcionam corretamente. Convém que o
fabricante disponibilize ao usuário, por meio de manual de instruções que acompanhe o equipamento,
como estes procedimentos de inspeção precisam ser seguidos.
13.1.2 Convém que o procedimento garanta que uma inspeção detalhada (inspeção completa) seja
realizada sob responsabilidade de um trabalhador qualificado em segurança do trabalho antes do
primeiro uso e em intervalos não maiores que seis meses (ou três meses quando o equipamento for
usado em condições severas), e depois que circunstâncias sujeitas a prejudicar a segurança tenham
ocorrido.
13.1.3 Convém que a pessoa que executar a inspeção completa seja suficientemente independente
e imparcial para permitir que decisões objetivas sejam tomadas, isto é, que tenham apropriada e
genuína autoridade para descartar o equipamento. Isto não quer dizer que estas pessoas tenham que
ser necessariamente empregadas de uma companhia externa.
13.1.4 Convém que as empresas sejam competentes para conduzir suas próprias avaliações. Se exigido,
convém que o fornecedor ou fabricante seja capaz de sugerir um terceiro para esta finalidade.
13.1.5 IInspeções adicionais às mencionadas em 13.1.2 podem ser determinadas após uma análise
de risco feita no local de trabalho. Na determinação do intervalo adequado, convém que sejam consi-
derados fatores como itens sujeitos a altos níveis de desgaste ou contaminação.
13.1.8 Recomenda-se que qualquer item que mostrar algum defeito considerado sério (ver anexo C),
em qualquer momento, seja retirado do serviço.
13.1.9 Convém que as informações sobre inspeção, cuidados e manutenção do equipamento de pro-
teção individual de queda, fornecidas pelo fabricante, sejam estritamente seguidas. Convém também
seguir os requisistos de 13.2 a 13.10. Para uma lista de conferência de inspeção de equipamento,
ver o Anexo C.
13.1.10 Convém que todos os equipamentos de segurança para trabalho em altura, quando vierem
a sofrer uma queda, sejam retirados de serviço imediatamente. Exceto os trava-quedas retráteis,
os quais convém que sejam encaminhados ao fabricante para análise e revisão, sendo que neste
caso, esta informação será fornecida ao fabricante e em que condições ela ocorreu.
Para alguns equipamentos, o fabricante fornece um prazo de validade. Convém que o equipamento
que tenha alcançado o limite de seu prazo de validade seja retirado do serviço e não usado novamente.
A vida útil do equipamento pode ser menor do que o prazo de validade e será determinada de acordo
com inspeção, cuidados e manutenção do equipamento (ver Seção 13).
13.3.2 Tecidos têxteis deterioram lentamente com a idade independentemente do uso. No entanto,
a causa mais comum da perda de resistência em equipamento têxtil é por meio da abrasão (seja por
partículas finas operando nos filamentos ou por esfoliação contra extremidades afiadas ou ásperas)
ou por danos como cortes. A fim de minimizar o conteúdo de partículas finas ou simplesmente manter
o produto limpo, convém que artigos têxteis sujos sejam lavados em água limpa (máxima temperatura
de 40 °C) com sabão neutro ou um detergente suave (dentro da faixa de 5,5 pH a 8,5 pH), e depois
enxaguados completamente em água fria e limpa. O uso de uma máquina de lavar é permissível, mas
é recomendável que o equipamento seja colocado em uma bolsa apropriada para proteger contra
danos mecânicos. Convém que o equipamento molhado seque naturalmente em uma sala aquecida
longe do calor direto. É indicado consultar o fabricante sobre a higienização dos equipamentos.
13.3.3 A abrasão interna pode também ocorrer sem qualquer entrada de partículas finas, simplesmente
pela ação das fibras roçarem juntas quando flexionam durante o uso normal. Para a maioria dos
materiais têxteis, este é um processo lento e não é significativo. Uma exceção é o material produzido
de aramina que é muito suscetível a este tipo de dano.
13.3.4 Convém que qualquer componente têxtil com um corte seja descartado, como também qualquer
um com abrasão substancial. Em material têxtil, a presença de algumas pequenas “pregas”, isto é
laços de fibras puxadas da superfície, não é uma causa de preocupação. No entanto, uma vez que as
“pregas” podem ser suscetíveis ao tracionamento e, consequentemente, ao dano adicional, convém
que sejam mantidas em observação.
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13.3.5 Convém que componentes têxteis que estiveram em contato com ferrugem sejam lavados e, se
permanecerem com marcas de ferrugem substanciais permanentes, convém que sejam considerados
suspeitos e descartados. Ensaios têm indicado que a ferrugem tem um efeito de enfraquecimento
sobre as poliamidas.
13.3.6 Convém evitar o contato com qualquer substância química que possa afetar o desempenho do
equipamento. Isto inclui todos os ácidos e substâncias cáusticas fortes (por exemplo, ácido de bateria
de veículo, alvejantes e combustíveis). A deterioração química frequentemente não é detectável até
o componente começar a se desintegrar. Convém que o equipamento seja retirado de serviço se o
contato ocorrer ou mesmo que haja suspeita. Informações sobre os efeitos de várias substâncias
químicas em materiais têxteis diferentes usados na fabricação de equipamento de proteção individual
de queda são fornecidas no Anexo H.
13.3.7 A deterioração em equipamento têxtil por contato com substâncias químicas, ou por dano mecâ-
nico, é normalmente localizada e de difícil visualização, e pode não ser notada durante uma inspeção.
O procedimento mais seguro é descartar componentes têxteis sobre os quais existir qualquer dúvida.
13.3.8 As linhas de ancoragem, talabartes de segurança ou cinturões que tenham áreas vítreas
ou fundidas podem ter sido expostos à temperatura excessivamente alta e por isso são suspeitos.
Se as fibras apresentarem aspecto empoeirado ou se existir mudanças de cor em um componente
têxtil tingido, isto pode indicar contato com ácidos ou outras substâncias químicas prejudiciais.
Inchaço ou distorção em um componente feito de corda podem ser um sinal de dano para as fibras ou,
em cordas de capa e alma, podem ser um sinal de movimento da alma relativa à capa. Cortes, atritos,
abrasões e outros danos mecânicos debilitam as cordas e o tecido, o grau de enfraquecimento está
diretamente relacionado à severidade do dano. Desfiamentos excessivos ou quebras nos fios podem
indicar desgaste ou cortes internos. Convém que o fabricante seja consultado, porém, se existirem
dúvidas sobre as condições do componente, recomenda-se que este seja descartado.
13.3.9 A maioria das fibras sintéticas, com a exceção da aramida, tem ponto de fusão relativamente
baixo, por exemplo, 120 °C a 135 °C para polietileno (ver Tabela H.2). Convém que seja tomado
cuidado para manter o equipamento feito de material têxtil longe de fontes de calor e superfícies
quentes, para evitar seu derretimento.
13.3.10 A maioria das fibras sintéticas são afetadas por temperaturas abaixo de seu ponto de fusão.
Elas começam a mudar suas características e, consequentemente, seu desempenho em temperaturas
acima de 50 °C. Portanto, convém que seja tomado cuidado para proteger o equipamento têxtil feito
de fibras sintéticas contra a exposição a temperaturas acima de 50 °C.
NOTA Por exemplo, o porta-malas traseiro de um carro em tempo quente pode exceder esta temperatura.
13.3.11 Convém que o equipamento têxtil não seja tingido, exceto pelo fabricante. Muitas tinturas
contêm ácidos, ou exigem o uso de ácidos para fixar a cor permanentemente ao têxtil, o que pode
causar perdas de resistência de até 15 %.
13.3.12 O equipamento têxtil pode deteriorar com o tempo, por exemplo, por degradação devido
à exposição aos raios ultravioleta da luz solar e fluorescente. É muito difícil saber o quanto um
componente têxtil degradou sem um ensaio específico. Por exemplo, normalmente o único indício
visível de degradação UV é um desbotamento de cor. Por essa razão, é aconselhável determinar um
período depois do qual recomenda-se que este equipamento não seja mais usado. Convém que se
consulte as informações fornecidas pelo fabricante para o componente quando decidir pela duração
deste período. Também é importante que um histórico seja mantido do uso destes componentes,
convém, idealmente, que se registre as condições em que eles foram usados. O período depois do
qual os componentes necessitam ser descartados pode precisar ser revisado mediante esse histórico.
Informações adicionais sobre os efeitos de causas de danos físicos, externos e químicos a têxteis
feitos de fibras sintéticas são fornecidas na ABNT NBR 15986, Anexo A.
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Convém que equipamento que foi usado em um ambiente marinho seja limpo por imersão prolon-
gada em água limpa e a seguir secado naturalmente em um ambiente quente longe do calor direto.
Antes do armazenamento, convém que o equipamento seja inspecionado de acordo com orientações
do fabricante.
13.8 Armazenamento
Depois de qualquer limpeza necessária e secagem, convém que o equipamento seja aramazenado
em um lugar fresco, arejado, seco, escuro, em um ambiente quimicamente neutro, longe do calor ou
fontes de calor excessivo, umidade alta, extremidades pontiagudas, corrosivas ou outras causas possí-
veis de dano. Convém que o equipamento molhado não seja armazenado.
Não convém que o equipamento seja alterado sem a aprovação prévia do fabricante, pois seu desem-
penho pode ser afetado.
14 Métodos de trabalho
14.1 Métodos de trabalho seguros
14.1.1 Geral
Convém que uma avaliação do local seja exigida para determinar os meios de entrada e saída, riscos
para as pessoas externas ao trabalho e da natureza do ambiente de trabalho. Considerar o modo
como o resgate poderá ser executado com eficiência e segurança.
Em ambientes de trabalho nos quais as emergências no local podem acontecer em qualquer momento
(nuclear, trabalho offshore, indústrias químicas etc.), convém que sejam fornecidas instruções claras
a todos que empreenderem trabalhos em uma altura, pelo empregador, para lidarem com situações
de emergência, no caso de semelhante situação acontecer enquanto estiverem trabalhando em uma
altura.
14.2.1.1 Convém que na análise de risco sejam definidos os recursos necessários para o trabalho,
os procedimentos de resgate para cada situação específica, juntamente com recursos suficientes
e disponíveis para as ações. Quando o trabalho for executado em áreas distintas, a supervisão é
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14.2.1.2 Para trabalhos executados em áreas de risco ou restritas, considerando suas classificações,
no treinamento, contemplar as habilidades necessárias para a execução das atividades. Convém
que a análise de risco contemple o tamanho da equipe, as metodologias de proteção e as medidas
emergenciais.
14.2.1.3 Em algumas circunstâncias, a equipe de trabalho pode exigir membros de suporte adicionais
por razões de segurança, como por exemplo, onde existe uma necessidade de impedir o público
de entrar em uma área que pode ser ameaçada por queda de objeto (ver 14.7), ou proteger contra
interferência de terceiros.
14.2.1.4 Quando o trabalho for executado sobre a água, convém que equipamento de salvamento
apropriado seja disponibilizado e que se adote medidas para o pronto resgate em caso de queda na
água.
14.2.2.1 Convém que quaisquer precauções especiais exigidas sejam postas em vigor (por exemplo,
equipamentos de emergência e resgate, verificação de rádio comunicador, inspeções de gás).
No começo de cada dia e/ou turno de trabalho, convém que a equipe revise os riscos que podem
afetar o resultado seguro, eficiente e efetivo do trabalho. Convém que esta revisão considere a análise
de risco.
14.2.3.1 As legislações nacionais vigentes exigem que o local de trabalho seja sempre seguro, incluindo
a área de acesso. Convém que o trabalho comece a partir de áreas seguras e corretamente prote-
gidas ou áreas preparadas pela instalação de proteção ou andaimes temporários. Estas áreas também
precisam ter um meio seguro de entrada e saída.
14.2.3.2 Convém que a conexão de um usuário ao sistema de proteção individual de queda seja feita
a partir de uma área segura em que não existe risco algum de queda com diferença de nível.
Convém que os períodos de descanso para indivíduos que trabalham em altura considerem os efeitos
das condições climáticas adversas ou locais de trabalho muito expostos, porque estes podem afetar os
níveis de eficiência e causar fadiga. O trabalho em lugares altos e expostos pode submeter a pessoa
a fatores como o frio e desequilíbrio provocados pelo vento, que pode ter um efeito significativo na
produção e na segurança, até mesmo em velocidades do vento bastante moderadas.
14.3.1 Aqueles que empreendem trabalhos em altura precisam estar apropriadamente vestidos e equi-
pados para a situação e as condições do trabalho. Convém atender à legislação vigente referente aos
EPI para trabalhos em altura.
14.3.2 O trabalho em uma altura pode tornar difícil evitar a exposição dos indivíduos às substâncias
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NOTA Equipamentos com tecnologias para minimizar as sensações climáticas extremas podem aumentar a
segurança, ergonomia e produtividade do trabalho em altura, por exemplo, sistemas de hidratação em mochilas.
14.3.3 Recomenda-se que sejam utilizados capacetes que além de proteger de objetos que possam
cair sobre o trabalhador, também protejam a cabeça de impactos a batidas na cabeça resultante de
uma queda. Para que a proteção seja efetiva, o capacete precisa ser mantido na cabeça quando o
trabalhador for projetado por uma queda. Convém que a fita jugular do capacete usado no trabalho em
altura seja de tal modo projetada que quando esta estiver corretamente fechada, impeça o capacete
de se movimentar e sair da cabeça. Isto é normalmente alcançado pelo uso de uma jugular em formato
Y, dos dois lados da cabeça, na qual os dois pontos superiores do Y são fixados no casco do capacete.
Convém que se utilize os capacetes sempre com a fita jugular ajustada e fechada. Em algumas
situações de trabalho, pode ser necessário que os capacetes sejam compatíveis com o equipamento
de proteção individual complementar como: viseiras e/ou protetores auriculares, e/ou equipamentos
de proteção respiratória.
a) roupa protetora (por exemplo, macacão) preferencialmente não muito folgada com material solto
que possa enroscar em equipamentos ou em alguma estrutura. Convém que a roupa impermeável
e/ou à prova de vento seja fornecida para trabalhar em condições de chuva e/ou vento;
b) calçado de segurança apropriado, que ajuste bem e forneça um bom aperto e um nível adequado
de proteção para a tarefa que está sendo executada.
14.3.5 Convém que o equipamento seja adequado para o usuário (por exemplo, um cinturão), e é
importante que seja confortável e de fácil ajuste para ele. Convém que isto seja averiguado em um
lugar seguro, antes do início do trabalho. Também é importante que o equipamento em questão seja
do tamanho adequado e não dificulte significativamente o usuário de executar suas tarefas ou de
corretamente manusear o equipamento de proteção individual de queda (ver Anexo B).
a) luvas, se do modelo correto, sempre geram uma maior ergonomia e segurança, para proteger do
tempo frio ou onde o equipamento ou materiais usados podem causar ferimentos ou ter efeitos
prejudiciais para a pele;
b) proteção dos olhos, se houver resíduos em suspensão, projeção de partículas, respingos de pro-
dutos, que podem causar irritação ou danos para os olhos;
c) equipamento de proteção respiratória, quando existir um risco de inalação de substâncias quími-
cas, gás ou pós prejudiciais;
d) proteção auditiva, quando os níveis de ruído na redondeza puderem causar um risco de perda de
audição pelos trabalhadores;
e) jaquetas de flutuação ou salva-vidas, quando para trabalhar sobre a água, convém que sejam de
um tipo capaz de ser firmado no usuário de forma que não possam vir a se soltar acidentalmente
no caso de uma queda. Além disso, que estas não venham a obstruir o usuário ou impedir a
operação eficiente do equipamento de proteção individual de queda;
f) proteção contra queimaduras de sol, por exemplo, pelo uso de um protetor solar.
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Além dos equipamentos citados anteriormente, outros equipamentos de proteção individual podem
ser necessários, e é importante que estes não atrapalhem o usuário ou impeçam a operação eficiente
do equipamento de proteção individual de queda.
Convém que sejam tomadas precauções para assegurar que o equipamento de proteção individual
de queda seja protegido contra o seguinte:
a) exposição às substâncias corrosivas e outras potencialmente prejudiciais como álcalis, ácidos e
outras substâncias químicas corrosivas e seus fumos, graxas e óleos (ver Seção 12);
c) danos causados por impactos e/ou por esmagamento provocado por objetos pesados;
d) exposição às condições climáticas extremas quando em transporte e armazenamento (por exemplo,
luz solar direta, chuva e temperaturas extremas);
f) queima de quaisquer partes têxteis do equipamento quando próximos a operações de solda, ou asso-
ciadas aos processos que envolvam altas temperaturas, por exemplo, trabalhos com cola quente.
Convém que os usuários evitem que os talabartes de segurança ou as linhas de ancoragem passem
sobre arestas cortantes ou irregulares, que podem romper ou danificar o talabarte de segurança ou a
linha de ancoragem, resultando na queda do usuário. Em uma situação de proteção de queda, este
perigo é muito maior no caso de queda em pêndulo (ver 9.5.7.2), na qual o talabarte de segurança
ou linha de ancoragem podem vir a ser rompidos pelo atrito com arestas cortantes ou irregulares
[(ver Figura 23-b)]. Convém, sempre que possível, posicionar os equipamentos de forma a evitar essa
ocorrência.
Caso estas posições de pontos de ancoragem não possam ser evitadas, convém que se utilize um
meio de proteger o talabarte de segurança ou linha de ancoragem, por exemplo, protetores resistentes
aos cortes que envolvam o talabarte ou a linha sintética ou se instalando uma proteção sobre a aresta
onde o equipamento será exposto.
14.5.1 Convém que quaisquer ferramentas e equipamentos utilizados no trabalho não arrisquem a
saúde e segurança dos usuários.
14.5.2 Convém que os indivíduos que realizam trabalhos em altura sejam adequadamente capacitados
para utilização correta de ferramentas e outros equipamentos de trabalho (ver Seção 15).
14.5.3 É importante que todas as ferramentas e equipamentos sejam apropriados para o trabalho
pretendido e compatíveis com o equipamento de proteção de queda. Em particular, convém que estes
não apresentem um perigo para a operação segura ou integridade do equipamento de proteção de
queda. Não convém que sejam removidas as proteções instaladas para as partes em movimento,
condutores elétricos etc.
14.5.4 Quando ferramentas e equipamentos forem utilizados pelos usuários que trabalham em altura,
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convém que sejam tomadas medidas apropriadas para evitar que fiquem soltos ou caiam sobre as
pessoas (ver 14.7).
NOTA Acessórios específicos para carregar equipamentos e ferramentas podem tornar a rotina do
trabalho em altura mais prática e segura, como, por exemplo, bolsas específicas para trabalhos em altura,
“talabartes” para ferramentas que impedem estas de cair.
14.5.5 Convém que todos os equipamentos elétricos e acessórios sejam apropriados ao ambiente
em que forem utilizados.
14.5.6 Convém que o uso de equipamentos eletrônicos portáteis, por exemplo rádios de comunicação,
tenham sua utilização prevista nos procedimentos operacionais de atividades que envolvem o trabalho
em altura. Convém que estes equipamentos não tenham uso inadvertido em situações nas quais
possam apresentar aumento do risco no trabalho em altura.
Convém que seja estabelecido um sistema de comunicação eficiente entre todos os usuários que
trabalham em altura e, se necessário, entre eles e os demais envolvidos (por exemplo, supervisores).
Convém que isto fique acordado e implementado antes do início do trabalho e que permaneça em
funcionamento até o fim do trabalho.
Convém que sejam tomadas precauções para evitar a queda de equipamentos ou materiais que
representam perigo para outras pessoas. Convém que estas sejam apropriadas para cada situação
específica (ver Nota em 14.5.4).
No final de cada dia de trabalho, convém que os equipamentos de proteção individual sejam prote-
gidos e armazenados com segurança.
Convém que os equipamentos que não tenham condições de uso sejam descartados ou armaze-
nados separadamente, para evitar seu uso (ver Seção 13 e Anexo C).
15 Aptidão e treinamento
15.1 Geral
15.1.1 O ambiente industrial moderno exige que as atividades em altura sejam executadas com
segurança, competência e produtividade. Convém que os trabalhadores tenham aptidão física e trei-
namento apropriados.
NOTA Considera-se trabalhador apto para trabalho em altura aquele cujo estado de saúde foi avaliado
e aprovado.
15.1.2 Estes trabalhadores podem trabalhar em lugares distantes e/ou sem supervisão direta. É muito
importante que estes estejam seguros dos procedimentos e que sejam responsáveis pela execução
do trabalho.
15.1.3 Convém que os trabalhadores que executam trabalhos em altura estejam livres de qualquer
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incapacidade que possa impedi-los de trabalhar com segurança em altura. O profissional da área de
medicina do trabalho é quem define os exames exigidos para com cada trabalho e fornece a definição
sobre os fatores relacionados à saúde que podem limitar a segurança.
15.2 Treinamento
15.2.1 Convém que todo trabalhador seja capacitado a realizar trabalhos em altura por meio de um
programa formal e seja avaliado no final do programa de treinamento. Convém que as necessidades de
treinamento e o nível de treinamento estejam claramente definidos no que diz respeito à carga horária,
teórica e prática, e periodicidade de reciclagem. Convém que os treinamentos sejam ministrados por
pessoas proficientes e experientes, capacitadas a ministrá-los. Convém que o treinamento ocorra em um
ambiente controlado e seguro.
15.2.2 Além do uso de equipamentos de proteção individual de queda, convém que o treinamento
inclua questões gerais de saúde e segurança do trabalho específicas da tarefa que será executada,
o uso seguro de ferramentas e materiais e o manuseio de outros equipamentos utilizados durante o
trabalho em altura.
15.2.3 O trabalhador recentemente treinado para trabalho em altura segue por uma fase de apren
dizagem, e convém que atue por um período sob supervisão direta, por exemplo, de um supervi-
sor ou um trabalhador mais experiente, a critério da empresa segundo uma análise de risco. Nesta
fase, convém que a pessoa que supervisiona o trabalhador inexperiente verifique se todos os itens
do equipamento de proteção individual contra queda estão corretamente fixados antes deste iniciar
o trabalho. Um trabalhador só pode assumir o papel de supervisão de um novato quando adquirir
conhecimento e experiência apropriada para executar toda a gama de trabalhos que ele provavel-
mente encontrará, de uma maneira segura e efetiva dentro dos limites de seu nível de competência
e em qualquer situação que possa ocorrer.
15.2.4 Convém que os trabalhadores experientes em trabalhos em altura sejam capazes de executar
as técnicas de resgate apropriadas junto com os procedimentos de emergência. Convém que estas
façam parte de seu treinamento inicial e contínuo. Além disso, convém que as técnicas de resgate
sejam praticadas em intervalos regulares e antes do começo de qualquer trabalho em uma situação
que é pouco conhecida para qualquer membro da equipe de trabalho (ver Seção 11).
15.2.5 Convém que os trabalhadores que executam trabalhos em altura tenham um registro individual
que controle o treinamento recebido e descreva sua experiência de trabalho. Isto é necessário para
ajudar os empregadores na verificação e monitoração da experiência do indivíduo. Convém que os
empregadores que admitirem novos empregados avaliem estes registros, complementem e reciclem
os conhecimentos adquiridos anteriormente e complementem o registro individual de controle.
15.2.6 Convém que os empregadores mantenham o nível de capacitação dos seus empregados.
Isto exige uma reavaliação em intervalos regulares e treinamentos adicionais quando necessários.
A reciclagem da capacitação é apropriada para os indivíduos que tiveram uma interrupção na atividade
do trabalho em altura (por exemplo, três meses ou mais), mudanças nos procedimentos ou condições
de operação, ocorrência de acidentes ou incidentes que indiquem necessidade de treinamento dos
procedimentos, entre outros. Isto pode ser um curso de reciclagem ou um curso completo no nível
apropriado, conforme a necessidade. Convém que todos os cursos de reciclagem incluam todas as
técnicas contidas no curso de treinamento inicial.
16 Ancoragens
16.1 Geral
16.1.1 A fixação de um sistema de proteção individual de queda é feita por meio de um ponto
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a) um recurso permanente do edifício ou estrutura, projetado para a fixação de um sistema de proteção
individual de queda, por exemplo, uma perfuração em uma viga metálica ou um olhal soldado nela;
b) um dispositivo de ancoragem feito para esse fim, por exemplo, um parafuso olhal fixado em um
edifício ou estrutura por meio de um fixador, por exemplo, parafuso;
c) uma característica geológica do local, por exemplo, uma ponta de pedra ao redor da qual uma fita
de ancoragem possa ser instalada;
d) uma característica do edifício ou estrutura, por exemplo, uma viga mestra ou uma coluna estrutural
ao redor da qual uma fita de ancoragem possa ser instalada.
NOTA As fitas de ancoragem projetadas para ir ao redor de vigas mestras ou outras estruturas também
são conhecidas como cintas de ancoragem. São usadas para conectar com vigas mestras e outras estruturas
que são muito grandes para conectores comuns. Um exemplo do uso de uma fita instalada em uma viga
mestra é mostrado na Figura 41, visualização D.
16.1.3 Nos exemplos citados em 16.1.2-a), o ponto de ancoragem é o furo na viga, em b), o ponto de
ancoragem é o olhal soldado ou parafuso. Nos exemplos citados em 16.1.2 c) e d), o ponto de anco-
ragem é a fita de ancoragem. Convém que esta seja utilizada conforme recomendações do fabricante.
16.1.4 As ABNT NBR 16325-1 e ABNT NBR 16325-2 especificam tipos de dispositivos de ancoragem
como a seguir:
a) tipo A1: dispositivo de ancoragem projetado para ser fixado em uma estrutura por meio de uma
ancoragem estrutural ou de um elemento de fixação;
b) tipo A2: dispositivo de ancoragem projetado para ser fixado em telhados inclinados;
c) tipo B: dispositivo de ancoragem temporária transportável, por exemplo, um tripé acima de um
espaço confinado, ou uma fita de ancoragem;
d) tipo C: dispositivo de ancoragem para ser utilizado como uma linha de ancoragem horizontal
flexível;
e) tipo D: dispositivo de ancoragem para ser utilizado como uma linha de ancoragem horizontal
rígida, por exemplo, perfis rígidos.
16.2.1 Convém que as ancoragens sejam indiscutivelmente confiáveis. Convém que elas tenham
uma margem adequada de resistência e estabilidade para resistir às forças dinâmicas e estáticas
que podem ser aplicadas a elas em serviço. Convém que se aplique um fator de segurança 2 para
calcular a resistência estática exigida de um sistema de retenção de queda. Portanto, para um sistema
de retenção de queda para uma pessoa, normalmente convém que seja utilizado um dispositivo de
ancoragem com uma resistência estática mínima de 12 kN (ver 12.2).
para dispositivos não metálicos, para uso por uma única pessoa (ver 16.2.3, para uso do dispositivo
por mais de uma pessoa). Um fator de segurança mínimo de 2, conforme recomendado em 16.2.1,
pode ser obtido em um dos seguintes modos usando um dispositivo de ancoragem de acordo com as
ABNT NBR 16325-1 e ABNT NBR 16325-2:
a) com a utilização de um dispositivo de ancoragem com uma resistência estática maior que a
mínima especificada;
NOTA Dispositivos de ancoragem que estão de acordo com as ABNT NBR 16325-1 e
ABNT NBR 16325-2 podem ter uma resistência estática maior do que 12 kN.
c) incluir uma forma de se absorver energia no sistema de retenção de queda, tal que a força de
impacto no caso de uma queda seja limitada a 6 kN. Neste caso, convém que o profissional
legalmente habilitado ou o trabalhador qualificado especifique o equipamento a ser utilizado com
o dispositivo de ancoragem.
16.2.4 Para calcular a resistência exigida para uma ancoragem, o profissional legalmente habilitado
pode utilizar métodos de cálculo estrutural dos estados-limite, tomando a força estática mínima adequada
como a carga de projeto e calculando a resistência do projeto baseado em um valor de ym escolhido
conforme o material que a ancoragem for fabricada. Convém que sejam aplicados múltiplos desta
resistência de projeto para uso por mais de uma pessoa.. É essencial que um dispositivo de ancoragem
quando estiver no lugar, seja capaz de resistir à força estática equivalente à respectiva resistência
de projeto, pelo menos na direção em que a força será aplicada se uma queda tiver de ser retida.
Não é recomendável que o sistema de ancoragem instalado seja submetido ao ensaio estático com
esta força. No entanto, a fim de assegurar que a ancoragem seja indiscutivelmente confiável, pode ser
necessário, onde praticável, executar ensaios nos fixadores de dispositivos de ancoragem instalados,
por exemplo, para garantir a qualidade do concreto de uma estrutura.
16.2.5 A questão do ensaio de carga de prova de maneira periódica não é tratada nesta Norma.
Se o ensaio de carga de prova for proposto, consideração cuidadosa precisa ser dada para o efeito
deste na estrutura e seu substrato, e no fixador para assegurar a subsequente integridade do sistema
de ancoragem. Convém que sejam consultadas as recomendações do fabricante do dispositivo de
ancoragem (ver 3.9.6).
16.3.1 Convém que a instalação dos dispositivos de ancoragem, por exemplo, em alvenaria e telhados,
seja somente executada por pessoas competentes para esta ação. Convém que a resistência
estrutural da instalação seja garantida por um profissional legalmente habilitado. Convém que seja
requisitada uma avaliação, e que conste em uma declaração, por escrito, as combinações de cargas
em uma situação representando o pior caso que o dispositivo de ancoragem poderá vir a suportar com
segurança.
16.3.2 Quando uma linha de ancoragem flexível horizontal for instalada, convém que o instalador
assegure que:
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a) a deflexão da linha de ancoragem sob carga e o posicionamento das ancoragens da linha
horizontal sejam levados em consideração na avaliação da ZLQ (ver 9.7);
b) convém que as posições das ancoragens intermediárias, as de extremidade, e a distância máxima
entre estas estejam de acordo com as instruções do fabricante.
16.3.3 As cintas de ancoragem podem ser de matéria-prima têxtil, por exemplo, fitas, ou cabo de aço
ou corrente. Recomenda-se que o ângulo formado entre as duas extremidades da cinta de ancoragem,
onde será colocado um conector (que forma o ponto de ancoragem), forme o menor ângulo possível
preferencialmente menor do que 90°. Quanto maior for o ângulo além deste, maior será a carga
(ver Figura 49). Convém que o ângulo não exceda a 120° e que se tome muito cuidado para não
colocar uma carga em três direções no conector, a menos que este seja projetado para permitir esta
condição (ver 12.5).
16.3.4 Convém que as cintas de ancoragem têxteis tenham uma resistência mínima de ruptura de
18 kN. Convém que a resistência mínima das cintas de ancoragem feitas de cabos de aço ou corrente
seja de 12 kN. Convém que orientação do fabricante seja seguida para a correta instalação e uso das
cintas. Práticas como enforcamento, nós e costuras, por exemplo, normalmente enfraquecem a cinta,
assim, convém que orientação seja buscada junto ao fabricante, caso haja necessidade de algumas
dessas técnicas.
16.3.5 Recomenda-se que os usuários tenham ciência que nem as ABNT NBR 16325-1 e
ABNT NBR 16325-2, que especificam os dispositivos de ancoragem, nem a ABNT NBR 14628,
que especifica trava-queda retrátil, nem a ABNT NBR 14629, que especifica absorvedores de
energia, especificam ensaios para sistemas de proteção de queda em que:
Convém que os usuários que desejarem utilizar tal combinação de componentes busquem a confir-
mação dos respectivos fabricantes de que seus produtos são seguros para o uso deste modo.
0.7 kN 0.7 kN
1
2
90º
3
4
1 kN 1 kN
Legenda
1 ancoragem
2 cinta de ancoragem
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3 ponto de ancoragem
4 linha de ancoragem ou talabarte de segurança
1 kN 1k N
120º
1 kN
150º
2 kN 2 kN
1 kN
Convém que os pontos de ancoragem para os sistemas de restrição sejam suficientemente resistentes
e estáveis para restringir o usuário nos limites de seu alcance de movimento. Para o uso de uma única
pessoa, é recomendável que a mínima resistência à ruptura do ponto de ancoragem seja equivalente
a pelo menos três vezes a massa de corpo do usuário na direção a qual a carga será aplicada em
serviço.
Nos casos em que vários usuários precisam ser conectados ao mesmo ponto de ancoragem,
a mínima resistência à ruptura recomendada é a equivalente a pelo menos três vezes a massa de
corpo combinada dos usuários na direção a qual a carga é para ser aplicada em serviço.
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NOTA 1 Por exemplo, quatro usuários, cada um com uma massa corporal mais equipamentos somando
100 kg, todos conectados ao mesmo ponto de ancoragem para propósitos de restrição. A massa combinada é
de 4 × 100 kg = 400 kg. Sobre este valor adotar um fator/coeficiente de segurança 3 teremos uma resistência
mínima para este ponto de ancoragem de 1200 kgf, que seria aproximadamente 12 kN.
NOTA 2 Quando dois pontos de extremidade são unidos gerando uma linha de ancoragem flexível, a força
exercida em um ponto desta linha reflete forças nas extremidades que podem ser mais elevadas do que a
gerada no ponto sobre a linha. As forças geradas nas extremidades precisam ser conhecidas para que possa
ser estabelecida sua resistência incluindo o fator/coeficiente de segurança.
Se uma linha de ancoragem horizontal for usada, convém que esta seja posicionada de tal modo
que qualquer deflexão gerada por um usuário que puxar a linha no limite de seu alcance de movimento
não permita que uma queda com diferença de nível ocorra (ver Figura 50).
16.4.3 Pontos de ancoragem para linhas de ancoragem verticais instaladas de forma permanente
e temporária
Convém que o ponto de ancoragem superior tenha uma margem adequada de resistência e estabi-
lidade para resistir às forças dinâmicas que seriam aplicadas a este no caso de uma retenção de queda
(ver 16.2.1).
2
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Legenda
16.4.4 Pontos de ancoragem para sistemas de linha de ancoragem horizontal rígida e flexível
Pelo fato de cada instalação ter uma configuração de projeto exclusivo, e devido às cargas de retenção
de queda serem aplicadas perpendicularmente à linha horizontal, as cargas são transmitidas, aumen-
tadas e compartilhadas ao longo dos sistemas de maneira complexa. Convém que estes fatores sejam
levados em consideração por um instalador competente, que trabalha de acordo com as instruções
do fabricante, na determinação dos requisitos de resistência para os pontos de ancoragem. A reco-
mendação geral é que convém que qualquer ponto de ancoragem dentro do sistema tenha uma resis-
tência mínima de ruptura de pelo menos duas vezes a carga que pode ser aplicada a ele na direção
de carregamento em serviço.
Convém que os suportes de apoio intermediários tenham uma margem adequada de resistência e
estabilidade para resistir às forças dinâmicas que podem ser aplicadas a eles no caso da retenção
de uma queda. A magnitude e o compartilhamento das forças entre os suportes são dependentes do
projeto do sistema de retenção de queda. Convém que margens maiores de resistência e estabilidade
sejam consideradas na situação onde dois ou mais usuários podem ser ser conectados à mesma linha
de ancoragem rígida, para prever a possibilidade de que eles podem cair ao mesmo tempo, porque
isto produzirá forças dinâmicas maiores. Existem outras considerações, como, requisitos de resgate,
que podem também exigir margens de resistência e estabilidade maiores.
16.6 Escolha das posições dos pontos de ancoragem para os sistemas de retenção de
queda
16.6.1 Escolha das posições de pontos de ancoragem para minimizar a distância de queda livre
NOTA Distância de queda livre é a distância na qual o usuário cairia antes do sistema de retenção de
queda começar a reter a queda, medida a partir da posição do usuário antes da queda.
Preferencialmente, convém que um ponto de ancoragem seja utilizado acima da cabeça. No caso de
ocorrer uma queda, esta posição minimiza a distância de queda livre, e, consequentemente, minimiza
a distância da retenção da queda e o potencial para lesões. Convém que um ponto de ancoragem
abaixo do nível da cabeça do usuário seja considerado somente como segunda escolha, e somente
nas situações nas quais seu uso pode ser justificado. O uso de um ponto de ancoragem na altura
dos pés não é recomendado e convém que seja evitado sempre que possível, porque esta posição
permite a maior distância de queda livre e, portanto, os riscos de lesões graves aumentam (ver 9.1.3.1
e Figura 9).
A maioria dos trava-quedas retráteis exigem um ponto de ancoragem diretamente acima do usuário
(ver 9.3.7.3).
16.6.2 Escolha de posições dos pontos de ancoragem para minimizar as quedas em pêndulo
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Uma queda em pêndulo (ou “em balanço”) é uma queda em que no ponto de retenção de queda a trajetória
vertical do usuário é desviada em uma trajetória pendular com velocidade horizontal significativa.
A fim de minimizar o tamanho das quedas em pêndulo, convém que a posição do ponto de ancoragem
a ser utilizado mantenha o ângulo α (conforme mostrado nas Figura 51 e 52) tão pequeno quanto
possível. Isto é especialmente importante nas áreas onde a proximidade de estruturas pode apresentar
risco de colisão. A maioria dos fabricantes de trava-queda retrátil fornece um limite de 30° a 40°,
com relação a vertical, de ângulo quando o sistema estiver em uso. Se o usuário precisar se mover
horizontalmente ao longo da estrutura, nesse caso, convém que um ponto de ancoragem mais elevado
acima da área de trabalho pretendida seja utilizado, ou que seja utilizada uma linha de ancoragem
horizontal permitindo ao elemento de engate se mover com o usuário (ver 9.5).
Estes princípios também se aplicam às linhas de ancoragem verticais instaladas de forma temporária.
2
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5 4
Legenda
1
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2
3
Legenda
Um sistema de proteção individual de queda pode ser conectado em uma escada portátil quando esta
estiver fixada e convém que as orientações do fabricante do sistema sejam seguidas e que o usuário
final siga o procedimento operacional de montagem.
Convém que não se conecte um sistema de proteção individual de queda em escadas portáteis que
são apoiadas contra uma estrutura para propósitos de acesso [ver Figura 53-a)], uma vez que, uma
queda pode levar ambos, a escada e o usuário, a caírem, neste caso convém que se conecte o
sistema de proteção individual de queda em uma ancoragem adjacente à escada [ver Figura 53-b)].
Não convém que os sistemas de proteção individual contra queda sejam conectados em vigas de
extremidades abertas ou em balanço [ver Figura 53-c)] visto que uma retenção inicial da queda pode
fazer com que a conexão deslize para fora da extremidade aberta da viga, resultando na falha do
sistema. Convém que conexões em vigas horizontais sejam feitas somente entre suportes de fixação
[ver Figura 53-d)].
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Figura 53 (continua)
Anexo A
(informativo)
A.1 Existem dois elementos essenciais na proteção de pessoas de quedas em altura. O primeiro
elemento é o suporte primário e o segundo elemento é o sistema de proteção de queda. Uma explicação
detalhada de como isto se aplica na prática é fornecida em A.2 até A.7.
A.2 No caso de uma pessoa que trabalha em um piso superior de um bloco de escritórios,
por exemplo, o suporte primário é o piso e o sistema de proteção de queda são as paredes que
cercam esse piso que impede a pessoa alcançar zonas onde o risco de uma queda de uma altura
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A.3 Quando aquela pessoa for de um piso ao outro por meio dos degraus, o suporte primário
é o piso do degrau. O sistema de proteção de queda é a balaustrada e o corrimão no lado dos
degraus, que impede uma queda do lado dos degraus da escadaria. No caso de uma escadaria,
a identificação do perigo apresentado pelos degraus e a avaliação do risco de uma queda de uma
altura, são executadas na fase de projeto do edifício, e o risco é minimizado pelo projeto dos degraus,
por exemplo, o ângulo em que a escadaria é colocada, a subida e a profundidade dos passos,
a distância entre os lances, o tipo de balaustrada e a altura do corrimão.
A.4 No caso de uma pessoa que trabalha em um telhado plano, o suporte primário é o telhado.
O sistema de proteção de queda pode ser uma barreira em torno da extremidade do telhado.
Na ausência de uma barreira a pessoa precisaria ser equipada com um sistema de proteção individual
de queda, neste caso, um sistema de restrição. Novamente, o sistema de proteção de queda (a barreira
ou o sistema de restrição) impede a pessoa de alcançar zonas onde o risco de uma queda de uma
altura existe, isto é, a extremidade do telhado.
A.5 Se o telhado em que a pessoa está trabalhando está em um ângulo e este ângulo e a quantidade
de agarramento é tal que a pessoa deslizará telhado abaixo se não for apoiada, um sistema de
posicionamento no trabalho, inclusive um sistema de respaldo de segurança independente, é essencial.
O talabarte de segurança para posicionamento ou a linha de ancoragem constitui o suporte primário,
e o sistema de segurança de respaldo fornece o segundo elemento, isto é, a proteção de queda.
A.7 Se uma pessoa estiver trabalhando em uma estrutura em tal situação que se ela perder o
contato físico controlado com a estrutura ela cairá, o suporte primário é a estrutura propriamente.
Nesta situação, a proteção de queda tem que ser fornecida por um sistema de retenção de queda.
Anexo B
(informativo)
B.1 Geral
Este Anexo fornece um procedimento de teste para avaliar o conforto de um cinturão quando vestido
pelo usuário enquanto suspenso, como poderia ser durante a atividade de trabalho normal ou depois
de uma queda. O ajuste do cinturão quando vestido pelo usuário também é avaliado. O teste é apro-
priado para cinturões tipo paraquedista.
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B.2.2 Se o usuário sentir qualquer dor inaceitável em qualquer momento durante o procedimento
de teste, convém que o teste seja parado imediatamente. Parar imediatamente o teste também se o
usuário sentir quaisquer dos seguintes sintomas:
d) náusea;
B.2.4 O teste é realizado em cada um dos elementos de engate no cinturão que é planejado
para ser usado na prática. Convém que o teste de cada elemento de engate tenha uma duração em
torno de 1 min, e que o usuário tenha um intervalo de pelo menos 5 min entre os testes. Enquanto
em suspensão, convém que o usuário mova suas pernas regularmente para manter a circulação,
e durante os intervalos, exercite suas pernas, por exemplo, caminhando.
B.3 Procedimento
B.3.1 Convém que seja executado o procedimento detalhado de B.3.2 a B.3.7 para cada um
dos elementos de engate do cinturão indicados pelo fabricante que são planejados para ser usados
pelo usuário. Convém supervisionar diretamente o usuário ao longo do procedimento.
B.3.2 Convém que o usuário vista o equipamento de acordo com as instruções do fabricante e
ajuste-o para assegurar que fique confortável.
afastados do chão. Uma maneira de fazer isto é levantar o usuário por meio de um guincho.
B.3.4 Convém que a duração do teste seja feita com um cronômetro sujeito às precauções de
segurança indicadas em B.2. Depois de um tempo de aproximadamente 1 min, parar o teste e abaixar
o usuário para o chão.
B.3.5 1 min depois de iniciado o ensaio, convém que o cinturão seja verificado para determinar
se ainda está corretamente ajustado para se adaptar ao usuário confortavelmente. Depois de iniciado
o teste, a ajustagem do cinturão enquanto o usuário estiver em suspensão pode ser feita em qualquer
ocasião. Se necessário, o ensaio pode ser temporariamente interrompido e o cinturão reajustado de
acordo com as instruções do fabricante. Enquanto o usuário não estiver em suspensão para ajuste
do cinturão, parar o tempo para que seja respeitada a duração do teste indicada em B.3.4.
B.3.6 Durante o ensaio, enquanto os pés do usuário estiverem fora do chão, convém que o cinturão
seja examinado para determinar se:
a) alguma conexão metálica está em contato com a virilha, parte interna das coxas, axilas ou região
lombar;
b) alguma parte do cinturão está exercendo pressão direta nos órgãos genitais, cabeça ou pescoço.
Além disso, convém que o usuário perceba e relate se sente algum dos seguintes sintomas:
Além das precauções de segurança detalhadas em B.2, se o cinturão estiver em contato ou causar
pressão conforme detalhado em a) ou b), ou se o usuário sentir algum dos sintomas listados em
1) e 2), interromper o ensaio imediatamente.
B.3.7 Durante o ensaio, enquanto os pés estiverem afastados do chão, convém que o usuário
busque executar os seguintes movimentos para determinar se o cinturão permite adequada liberdade
de movimento:
c) segurar ambas as mãos juntas completamente esticadas sobre a cabeça e soltar;
B.3.8 Depois que o ensaio de suspensão estiver concluído, e com o usuário parado no chão, con-
vém que a quantidade de ajuste em cada elemento de ajuste do cinturão, por exemplo, o comprimento
das extremidades das fitas, inclusive qualquer comprimento exigido para bloquear as fivelas, seja veri-
ficada para assegurar que existe ajuste suficiente para permitir que menos roupa ou adicional seja vestida
para as condições esperadas de trabalho, por exemplo, clima quente ou frio.
a) não foi necessário parar o ensaio por quaisquer das razões indicadas em B.2 ou B.3.6.
b) o usuário foi capaz de executar os movimentos listados em B.3.7, de a) a d), com relativa facilidade.
c) o cinturão foi considerado suficientemente ajustável para o usuário nas condições esperadas
de trabalho, quando avaliado de acordo com B.3.8.
Anexo C
(Informativo)
Tabela C.1 – Lista de verificação para inspeção de equipamento – Todos os componentes têxteis
Verificação visual:
Desgaste excessivo de qualquer componente
Abrasão, especialmente em componentes de suporte de carga
Textura ou corda peluda (isto indica abrasão)
Costura cortada, quebrada ou desgastada
Cortes, especialmente em partes que suportam carga
Tecido ou corda suja (a sujeira acelera a abrasão, tanto externamente como
internamente)
Ação:
Produto além do prazo de validade recomendado: remover do serviço
Desgaste excessivo em qualquer peça: remover do serviço
Abrasão: uma pequena quantidade é permissível. Remover do serviço, se
excessiva.
Cortes: remover do serviço
Sujeira: limpar de acordo com as instruções do fabricante
Contaminação química: remover do serviço
Estrago por calor: remover do serviço
Costura cortada, quebrada ou desgastada: remover do serviço
corrosão
rachaduras
outros danos
Outros componentes de metal ou plástico críticos de segurança, quanto a:
funcionamento correto
Cinturões corrosão
rachaduras
outros danos
Ação:
Laços têxteis de elementos de engate: tratar de acordo com o procedimento
de verificação geral.
Fivelas de fixação e ajuste, outros componentes de metal ou plástico críticos
de segurança:
Desgaste excessivo: remover do serviço
Corrosão: remover do serviço
Rachaduras: remover do serviço
Outros danos: remover do serviço
Funcionamento incorreto: remover do serviço
Ação:
Laços de elementos de engate: tratar de acordo com o procedimento de
verificação geral
O absorvedor de energia começou a se abrir: remover do serviço
Verificação visual:
As terminações das cordas quanto ao desgaste excessivo
Ação:
Excessivas partículas de sujidade internas: limpar de acordo com as
instruções do fabricante. Se não for possível remover as partículas de
sujidade, inspecionar a corda quanto ao dano por abrasão com maior
frequência que a normal
Áreas não uniformes muito macias ou duras: remova do serviço. (Às vezes,
o dano é somente local, de modo que as áreas danificadas podem ser
cortadas)
Nós: Se em dúvida, remover do serviço. Os nós podem ser reatados por um
trabalhador qualificado neste assunto. Apertar o nó com o peso do corpo e
confirme se existe ponta de sobra suficiente (mínimo de 100 mm). Se o nó
em uma corda parecer muito apertado refazer o nó ou substituir a corda
Se em dúvida sobre qualquer ponto, remover do serviço.
Verificação visual:
Acúmulo de partículas estranhas, por exemplo, partículas finas, graxa, tinta
Desgaste, particularmente nas ancoragens de terminação e intermediárias
Deformação do perfil rígido ou cabo de aço, por exemplo, torcedura ou
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Ação:
Remover todas as partículas estranhas
Algum desgaste é permissível: consultar as informações do fabricante
Cortes, rebarbação pesada, marcação ou arranhadura: remover do serviço
Rachaduras: remova do serviço
Contaminação por substâncias químicas: remover do serviço
Funcionamento incorreto: remover do serviço até ser corrigido
Conjuntos rosqueados incorretamente apertados: remover do serviço até ser
corrigido
Rachaduras
Forte marcação ou arranhadura
Rebarbação
Corrosão
Contaminação por substâncias químicas, por exemplo, microfissurização,
esfoliação de produtos de alumínio (normalmente devido à água salgada)
Ação:
Remover quaisquer partículas estranhas.
Desgaste: Algum desgaste é permissível; consultar as informações do fabricante
Peças móveis: se alguma não funcionar corretamente, remover do serviço
Pinos de dobradiças em condições insatisfatórias: remover do serviço
Deformação: remover do serviço
Cortes, forte rebarbação, marcação ou arranhadura: remover do serviço
Rachaduras: remover do serviço
Contaminação por substâncias químicas: remover do serviço
Funcionamento incorreto: remover do serviço
Conjuntos rosqueados não apertados corretamente: remover do serviço
Conectores
Você leu as informações fornecidas pelo fabricante?
O produto está dentro do prazo de validade recomendado pelo fabricante?
Verificação visual:
Acúmulo de substâncias estranhas, por exemplo, partículas finas, graxa, tinta
Desgaste, particularmente onde a corda ou têxtil normalmente assenta
Deformação
Cortes
Rachaduras
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Ação:
Remover quaisquer substâncias estranhas.
Desgaste. algum desgaste é permissível; consultar as informações do
fabricante
Peças móveis: se alguma não funcionar corretamente, remover do serviço
O pino da dobradiça não está em boas condições: remover do serviço
O pino do detentor está curvado: remover do serviço
Deformação: remover do serviço
Cortes, forte rebarbação, marcação ou arranhadura: remova do serviço
Rachaduras: remover do serviço
Contaminação por substâncias químicas: remover do serviço
Funcionamento incorreto: remover do serviço
Conjuntos com rosca não apertados corretamente: remover do serviço
Verificação visual:
Acúmulo de substâncias estranhas, por exemplo, partículas finas, graxa, tinta,
na linha de ancoragem retrátil
Algum dano na linha de ancoragem retrátil, por exemplo, abrasão, cortes,
dano químico
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Dano na carcaça
Desgaste excessivo em alguma peça
Ação:
Remover qualquer substância estranha
Dano de qualquer tipo na linha de ancoragem: remover do serviço
Deformação: remova do serviço
Cortes, forte rebarbação, marcação ou arranhadura: remover do serviço
Rachaduras: remova do serviço
Contaminação por substâncias químicas: remover do serviço
Peças móveis: se alguma não funcionar corretamente, remover do serviço
Verifique se:
A correia do queixo (se montada) se ajusta facilmente
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Ação:
Capacete com prazo de validade além do recomendado: remover do serviço
Quaisquer rachaduras, deformação ou outro dano, inclusive arranhadura ou
cortes na armação: remover do serviço
Dano no conjunto armação/correia do queixo; remover do serviço
Correia do queixo, se montada, não se ajusta facilmente: remover do serviço
Anexo D
(informativo)
Intolerância a suspensão
(anteriormente conhecida como trauma de suspensão)
D.1 A intolerância a suspensão é uma condição na qual uma pessoa suspensa pelo cinturão
paraquedista pode sofrer palidez, suores frios, náusea, zumbido nos ouvidos, visão turva, tontura,
desmaio (esses sintomas são conhecidos como pré-síncope), perda de consciência (na qual o estágio
é conhecido como síncope) e eventualmente morte. A condição foi suspeita em casos de escaladores
esportivos que morreram em até 11 dias depois de serem resgatados de suas quedas, por razões que
foram postuladas por profissionais da saúde como devidas à intolerância de suspensão. Também há
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exemplos de exploradores de caverna que ficam presos em suas cordas e que morreram ou enquanto
ainda presos a elas ou bem depois de serem resgatados. Alguns dos sintomas foram experimentados
por resgatados fingindo inconsciência em cenários de treinamento de resgate. A condição foi produzida
em circunstâncias experimentais em pessoas que foram suspensas por cinturão paraquedista
geralmente na posição ereta e que permaneciam imóveis. Nessas tentativas clínicas, onde as pessoas
testadas foram instruídas a não se mover, a maioria experimentou muitos dos efeitos de intolerância a
suspensão, algumas incluindo perda de consciência, em apenas alguns minutos. Outros demoraram
mais antes de relatar sintomas. Uma situação similar poderia ocorrer no trabalhador que cai e fica em
suspensão inerte, por exemplo, devido a estar exausto, muito ferido ou inconsciente.
D.2 A ação muscular ao mover os membros inferiores normalmente ajuda o retorno contra a
gravidade do sangue nas veias de volta ao coração. Se as pernas estiverem completamente imóveis
essas “bombas musculares” não operam e o excesso de sangue nas veias é conhecido como
acúmulo venoso. A retenção de sangue no sistema venoso reduz o volume de circulação de sangue
disponível para o coração, e assim, o sistema circulatório é perturbado. Isto pode levar a uma redução
fundamental do suprimento de sangue para o cérebro e os sintomas descritos em D.1. É possível
que outros órgãos fundamentalmente dependentes de um bom suprimento de sangue, como os rins,
também possam sofrer danos, com consequências potencialmente sérias.
D.3 Ações podem ser tomadas para minimizar o risco de que trabalhadores, que executem
atividades em suspensão, possam vir a ficar expostos à intolerância a suspensão:
a) o movimento normal das pernas ativa os músculos e reduz o risco de acúmulo venoso
b) um cinturão paraquedista com acolchoamento nas fitas das pernas e fitas tão largas quanto pos-
sível para distribuir melhor a carga visando reduzir restrições das artérias e veias das pernas
c) o uso de um assento de trabalho é aconselhável se o trabalho em uma posição suspensa durar
um longo período.
Se um resgatista for incapaz de liberar imediatamente uma vítima consciente da posição suspensa,
a elevação das pernas da vítima por ela mesma ou pelos resgatistas onde for seguramente possível
pode prolongar a tolerância à suspensão.
NOTA Um acessório conhecido como pedal de alívio ou estribo de emergência é recomendado para
prolongar a tolerância a suspensão.
D.6 É recomendável que seja seguida, durante e após o resgate, a diretriz de norma de primeiros
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socorros. É recomendado que todas as vítimas que tenham permanecido suspensas imóveis sejam
levadas imediatamente ao hospital para maior observação e cuidados médicos profissionais.
D.7 Convém que aqueles que preparam planos para procedimento de resgate regularmente
revisem a melhor prática atualizada.
NOTA Diretrizes sobre tratamento de intolerância a suspensão são encontradas no item da bibliografia –
Relatório de Pesquisa contratado pelo órgão de saúde e segurança da Inglaterra – HSE (Health and safety
Executive) RR 708, Revisão baseada em prova da atual diretriz sobre medidas de primeiros socorros para
trauma a suspensão 2009.
Anexo E
(informativo)
E.1 Geral
Os elementos de engate de retenção de queda em um cinturão tipo paraquedista são conforme 9.1.2.2.
As vantagens e desvantagens destes dois pontos de conexão são indicadas em E.2 e E.3. Estas infor-
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mações são baseadas no relatório de pesquisa contratado pelo órgão de saúde e segurança da
Inglaterra – HSE (Health and safety Executive) Suspensão do cinturão: análise e avaliação das infor-
mações existentes.
E.2.1.1 Vantagens
A vantagem de um elemento de engate dorsal é que o sistema de retenção de queda (por exemplo,
talabarte de segurança) está fora do caminho, atrás do usuário e, portanto, causa interferência mínima
com o trabalho que está sendo executado.
E.2.1.2 Desvantagens
a) o usuário não consegue enxergar e tem difícil acesso ao elemento de engate, o que dificulta a
verificação da conexão segura do sistema ao cinturão;
b) se comparado ao elemento de engate peitoral, é mais difícil para o usuário ajustar o sistema de
segurança de forma a minimizar o fator de queda.
E.2.2.1 Vantagens
Um ponto de elemento de engate dorsal tem as seguintes vantagens no caso de queda em pé:
a) existe mínimo efeito de chicote para trás no usuário quando a queda é retida. A cabeça do usuário
é empurrada para frente e é parada pelo queixo batendo no tórax;
c) com o cinturão corretamente ajustado, o conector do sistema de segurança, conectado no elemento
de engate, dificilmente atinge a cabeça do usuário.
E.2.2.2 Desvantagens
b) existe a possibilidade, em uma queda de pé ou de ponta cabeça, do usuário bater a cabeça contra
a estrutura;
c) durante a retenção de uma queda, se o cinturão não estiver corretamente ajustado, o elemento
de engate dorsal e um possível conector fixo a este podem bater contra a parte de trás da cabeça
do usuário;
d) em uma queda de ponta cabeça, o sistema de segurança (por exemplo, talabarte de segurança)
e os conectores podem bater na parte traseira da cabeça do usuário e pode haver significativa
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hiperextensão do pescoço.
E.2.3.1 Vantagens
Se o usuário ficar suspenso por um elemento de engate dorsal, sua cabeça é mantida para frente, que
tem a vantagem de que se o usuário estiver inconsciente dificilmente corre o risco de se sufocar com
a própria língua.
E.2.3.2 Desvantagens
Durante uma suspensão pós-queda um elemento de engate dorsal tem as seguintes desvantagens:
a) as vias aérea do usuário podem ser bloqueadas pelo efeito da cabeça apoiar-se sobre o tórax;
b) quanto mais vertical for a posição do usuário, maior será a pressão no lado interno da coxa e/ou a
área da virilha exercida pelas fitas das pernas, o que pode resultar em considerável desconforto.
Uma posição menos vertical pode minimizar este desconforto. Também pode causar a restrição
dos vasos sanguíneos nas pernas que, juntamente com o ângulo íngreme e a ausência da capa-
cidade do usuário de se mover, estimula a retenção venosa que pode levar ao início da intolerân-
cia a suspensão;
c) fica difícil para conectar um estribo (pedal) no elemento de engate dorsal, junto ao sistema de
segurança, para apoiar os pés. Existe a alternativa de se conectar o estribo (pedal) diretamente
no cinturão, na altura da cintura.
E.2.4 Resgate
E.2.4.1 Vantagens
Depois da queda, o usuário é retido, normalmente, em uma posição quase vertical que tem as
seguintes vantagens:
a) um resgate vertical em um espaço estreito (por exemplo, espaço confinado ou guarda-corpo de
escada) fica mais fácil de se executar;
E.2.4.2 Desvantagens
Depois da queda, o usuário é retido, normalmente, em uma posição quase vertical que tem as
seguintes desvantagens:
a) é muito difícil para o usuário executar um autorresgate se estiver suspenso livre (isto é, afastado
da estrutura) devido a dificuldade de se iniciar um balanço a fim de alcançar a estrutura.
b) é difícil, se não impossível, para o usuário alcançar o sistema de segurança no elemento de
engate dorsal a fim de prender os dispositivos de autorresgate.
E.3.1.1 Vantagens
a) é mais fácil para o usuário identificar uma folga no sistema de segurança (por exemplo, talabarte
de segurança) e assim controlar seu fator de queda;
b) é fácil para o usuário verificar se as conexões entre o cinturão e o sistema de segurança estão
corretas.
E.3.1.2 Desvantagens
Uma desvantagem de um elemento de engate peitoral é que o sistema de segurança pode às vezes
entrar no caminho do trabalho que está sendo executado.
a) em uma queda de ponta cabeça, quando da retenção da queda o movimento inicial da cabeça
do usuário provavelmente será para frente de forma que o queixo baterá no peito, deste modo
minimizando o efeito de chicote no pescoço;
b) existe a possibilidade de o usuário poder agarrar o talabarte de segurança no início ou durante a
queda, deste modo reduzindo a rotação do corpo e assim reduzindo a probabilidade de chicote
no pescoço.
E.3.2.2 Desvantagens
a) em uma queda de pé sempre existe um balanço da cabeça para trás com a probabilidade de
causar um chicote (hiperextensão do pescoço) e também a possibilidade bater a parte de trás da
cabeça contra a estrutura;
b) o sistema de segurança e seu conector podem colidir fortemente contra a frente da cabeça do
usuário, durante a retenção da queda.
E.3.3.1 Vantagens
a) a suspensão pelo elemento de engate peitoral é normalmente mais confortável que a suspensão
por um elemento de engate dorsal;
b) fica fácil para conectar um estribo (pedal) no elemento de engate peitoral junto ao sistema de
segurança, para apoiar os pés.
E.3.3.2 Desvantagens
Se o usuário estiver inconsciente, sua cabeça pode cair para trás correndo o risco de se sufocar com
a própria língua.
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E.3.4 Resgate
E.3.4.1 Vantagens
E.3.4.2 Desvantagens
Um resgate vertical em espaço estreito (por exemplo, espaço confinado ou guarda-corpo de escada)
fica mais difícil de se executar, devido a posição de suspensão geralmente ser menos vertical.
Anexo F
(informativo)
ALERTA: As distâncias indicadas neste Anexo são somente ilustrativas. Não convém que estas, de forma
alguma, sejam usadas como única referência na instalação de um sistema de retenção de queda real.
Convém que sempre sejam consultadas as instruções do fabricante para o equipamento específico
a ser usado.
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F.1.2 De acordo com a ABNT NBR 14629, os absorvedores de energia possuem um pictograma
onde consta a ZLQ. Neste caso, considerando a pior situação de queda (fator de queda 2).
Tabela F.1 – Exemplo do cálculo de requisitos mínimos de ZLQ para um sistema de retenção
de queda baseado em um talabarte de segurança com absorvedor de energia
Medidas
Distância Descrição
m
segurança +
A 2,0 + 0,25 1,5 + 0,2 2,0 + 0.75 1,5 + 0,5 2,0 + 1.75 1,5 + 1,25
comprimento do
absorvedor de
energia estendido
Distância entre
o elemento de
engate do talabarte
B 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5
de segurança no
cinturão e os pés do
usuário
Espaço de
C 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0
segurança
a Ponto de ancoragem acima do usuário mas ainda com folga no talabarte de segurança para permitir ao usuário para
se curvar a fim de alcançar áreas de trabalho.
NOTA Com um trava-quedas retrátil, a distância de queda livre é consideravelmente menor do que com
um talabarte de segurança com absorvedor de energia.
Tabela F.2 – Exemplo do cálculo de requisitos mínimos de ZLQ para um sistema de retenção
de queda baseado em um trava-quedas retrátil
Distância Medida
Descrição
(ver Figura 33) m
A Distância de queda livre + distância de operação do freio 1,4
B Espaço de segurança 1,0
A+B ZLQ mínima 2,4
Caso o trabalhador esteja atuando com afastamento horizontal do ponto de ancoragem com relação ao
eixo vertical, convém que seja identificado com o fabricante a medida a ser acrescentada na ZLQ gerada
da relação entre quantidade de linha retrátil fora da carcaça e o ângulo formado pela linha (ver Figura F.2).
Para linhas de ancoragem flexíveis instaladas de forma temporária, caso o trabalhador esteja atuando
abaixado ou deitado sobre a plataforma de trabalho, convém que seja somada uma medida a ZLQ,
por exemplo, 0,5 m para quando o trabalhador estiver abaixado/ajoelhado e 1,5 m para quando o
trabalhador estiver deitado.
Tabela F.3 – Exemplo do cálculo dos requisitos mínimos de ZLQ para sistemas de retenção
de queda baseado em um linha de ancoragem vertical
Medida
m
A Tabela F.4 fornece exemplos de cálculo de ZLQ quando um sistema de retenção de queda baseado
em uma linha de ancoragem horizontal na altura do ombro e um talabarte de segurança com absorvedor
de energia de 2,0 m de comprimento total é utilizado por um usuário único nas situações mostradas
na Figura 31 (ver 9.7.5). O nível da linha de ancoragem e o nível do chão foram usados como pontos
de referência.
Tabela F.4 – Exemplo do cálculo de requisitos mínimos de zona livre de queda para sistemas
de retenção de queda baseado em uma linha de ancoragem horizontal e um talabarte de
segurança com absorvedor de energia.
Medida
Distância Descrição
m
Linha de Linha de
Perfil rígido
ancoragem ancoragem
horizontal, fixado
horizontal de vão horizontal multi-
em intervalos
único , vão de 10 m vãos, vão de 3 m
[ver Figura 31-a)]
[ver Figura 31-b)] [ver Figura 31-c)]
Comprimento do talabarte de
segurança + comprimento
A do absorvedor de energia 4,5 3,0 2,75
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estendido + flexão em V da
linha de ancoragem a
Distância entre o elemento
de engate de conexão do
B 1,5 1,5 1,5
talabarte de segurança no
cinturão e os pés do usuário
C Espaço de segurança 1,0 1,0 1,0
A+B+C ZLQ mínima 7,0 5,5 5,25
a Se aplica somente para os sistemas com um linha de ancoragem flexível mostrado na Figura 31-b)
e Figura 31-c).
Anexo G
(informativo)
G.1.1.1 Antes de começar o trabalho, convém que seja verificado o talabarte de segurança para
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G.1.1.2 Convém que seja aprovada a estrutura de suporte ao redor da qual o talabarte de segurança
para posicionamento será passado.
G.1.1.3 Convém que o usuário esteja familiarizado com as instruções do fabricante para o uso e
ajuste do talabarte de segurança para posicionamento e para a conexão deste ao cinturão, em parti-
cular, com a compatibilidade e correta utilização dos conectores utilizados (ver G.1.2.3).
G.1.1.4 Convém que o usuário utilize o cinturão de acordo com as instruções do fabricante, conheça
e empregue sua correta forma de ajuste.
G.1.1.5 Durante a subida, descida e movimentação entre posições do trabalho, convém que o
talabarte de segurança para posicionamento seja levado em tal modo que não se coloque no caminho
do usuário, por exemplo, conectando o talabarte de segurança para posicionamento em apenas um
lado do usuário.
G.1.1.6 Ao chegar à posição do trabalho, convém que o usuário sempre conecte primeiro o sistema
de retenção de queda antes do sistema de posicionamento.
G.1.2.1 Uma vez que o usuário esteja conectado com o sistema de retenção de queda, convém que
o talabarte de segurança para posicionamento seja passado ao redor da estrutura de sustentação,
conectado ao cinturão e ajustado de acordo com as instruções do fabricante. Convém que seja evitada
a passagem do talabarte de segurança sobre extremidades abruptas ou afiadas sempre que possível.
Convém que o talabarte de segurança para posicionamentos confeccionado em fita de material têxtil
seja posicionado de forma que a fita se assente de forma plana na estrutura e, se necessário, que
seja destorcida para permitir isto. Convém que possíveis fivelas de ajuste fiquem posicionadas para
o lado externo.
G.1.2.2 Sempre que possível, convém que o talabarte de segurança para posicionamento seja passado
em torno da estrutura de sustentação de tal modo que não possa deslizar no sentido descendente,
por exemplo, passando por cima de uma transversal ou outra projeção. Quando isto não for possível,
o talabarte de segurança pode ser passado em torno da estrutura de sustentação uma ou mais vezes,
a fim de evitar seu deslizamento para baixo.
G.1.2.3 Quando conectar o talabarte de segurança para posicionamento, convém que o usuário
confirme se o mecanismo do fecho de cada conector está completamente fechado, travado, se o
conector está alinhado no elemento de engate do cinturão e não está sendo forçado em alavanca.
Um exemplo do alinhamento correto para um tipo de conector é mostrado na Figura G.1. A não con-
firmação de se os conectores estão corretamente alinhados cria um risco de soltura inadvertida do
conector durante o trabalho (ver 12.5).
1
2
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3
4
Legenda
Figura G.2 – Quedas em potencial de balanço contra estrutura durante o uso da técnica 1
de posicionamento no trabalho, assumindo que o talabarte de segurança para
posicionamento não desliza para baixo na estrutura
G.1.2.5 Convém que o sistema de retenção de queda seja ajustado de modo que se tenha uma
quantidade mínima de folga neste. Isto é essencial a fim de assegurar que no caso do usuário sofrer
uma queda, o sistema de retenção de queda agirá antes de o usuário estar sujeito a qualquer força
pelo sistema de posicionamento no trabalho.
G.1.2.6 Convém que o usuário lentamente se solte em seu cinturão, até que a tensão no talabarte
de segurança para posicionamento suporte o peso do usuário (ver Figura 35).
G.2.1.1 Antes de começar o trabalho, convém que se confirme se o talabarte de segurança para
posicionamento é compatível com a atividade que será exercida.
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G.2.1.2 Convém que a ancoragem com a qual o talabarte de segurança para posicionamento será
conectado seja aprovada.
G.2.1.3 Convém que o usuário esteja familiarizado com as instruções do fabricante para ajustar
o talabarte de segurança para posicionamento e para conectar este a seu cinturão, em particular,
com a compatibilidade e correta utilização dos conectores utilizados (ver G.1.2.3).
G.2.1.4 Convém que o usuário utilize o cinturão de acordo com as instruções do fabricante, conheça
e empregue sua correta forma de ajuste.
G.2.1.5 Durante a subida, descida e movimentação entre posições do trabalho, convém que o tala-
barte de segurança para posicionamento seja conduzido de modo que não fique no caminho do
usuário, por exemplo, mantendo-o acomodado junto ao usuário sem ser arrastado.
G.2.1.6 Ao chegar à posição do trabalho, convém que o usuário sempre conecte primeiro o sistema
de retenção de queda antes do sistema de posicionamento.
G.2.2.1 Uma vez que o usuário estiver conectado com o sistema de retenção de queda, o talabarte
de segurança para posicionamento pode ser conectado a um ponto de ancoragem e ao cinturão,
e regulado de acordo com as instruções do fabricante. Convém que a passagem do talabarte de
segurança para posicionamento sobre extremidades agudas seja evitada. Convém que o talabarte de
segurança para posicionamento seja continuamente protegido da abrasão ou outras causas de danos
(por exemplo, superfícies quentes ou afiadas). Onde necessário, convém que proteção adicional para
o talabarte de segurança para posicionamento seja utilizada, por exemplo, um protetor em lona.
G.2.2.2 CConvém que o usuário cuide em assegurar que as conexões nos elementos de engate
no cinturão e na linha de ancoragem foram feitas corretamente e confirmar se o mecanismo do fecho
de cada conector está completamente fechado e firme, e se o conector está corretamente alinhado
no elemento de engate. A falha em garantir que os conectores foram alinhados corretamente cria um
risco de desprendimento inadvertido do conector durante o trabalho (ver G.1.2.3).
G.2.2.3 Antes do usuário se movimentar para a posição do trabalho, convém que o talabarte de
segurança para posicionamento tenha seu comprimento ajustado ao mínimo sem folgas, e conforme
o trabalhador se deslocar, seu comprimento é ajustado minimizando possível folga.
G.2.2.4 Uma vez que a posição do trabalho for alcançada, convém que seja ajustado o talabarte
de segurança para posicionamento no menor comprimento possível, eliminando qualquer parte solta,
sem comprometer o conforto ou praticidade do trabalho. Convém que seja mantido o talabarte de
segurança para posicionamento tão perpendicular quanto possível à ancoragem. Isto é essencial para
garantir que no caso do usuário perder seu equilíbrio ou apoio dos pés, qualquer queda em balanço
será minimizada.
G.2.2.5 Uma vez que atinja o local de trabalho, convém que o usuário se solte lentamente em seu
cinturão, até que a tensão no talabarte de segurança para posicionamento suporte o peso do usuário.
G.2.3.1 Convém que se mantenha o talabarte de segurança para posicionamento sob tensão, caso
contrário poderá formar uma parte solta (“barriga”) que poderá levar a uma queda.
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G.2.3.2 Convém que seja operado o dispositivo de ajuste de tal modo que o comprimento do tala-
barte de segurança para posicionamento seja somente alterado por uma pequena quantidade por vez.
Durante o ajuste, convém que a tensão na linha de ancoragem seja mantida de forma que ela continue
a suportar o usuário.
Anexo H
(informativo)
H.1 A resistência às substâncias químicas de algumas das fibras artificiais usadas na fabricação de
equipamentos de proteção individual de queda são indicadas na Tabela H.1 e outras propriedades são
fornecidas na Tabela H.2. Estas informações foram reunidas a partir de informações fornecidas por
fabricantes. No entanto, convém que seja observado que diversas variantes da maioria destas fibras
existem e novas variantes estão sendo continuamente desenvolvidas.
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H.2 Convém consultar o fabricante a respeito das propriedades de produtos específicos e sua
resistência aos contaminantes.
Tabela H.1 – Resistência aos produtos químicos de algumas fibras artificiais usadas na fabricação de equipamentos de proteção
individual de queda
Polipropileno
a a a Polipropileno de alta
Poliamida Poliéster Polipropileno de alto Aramida
tenacidade
Produto químico desempenho
d c c
20 °C 60 °C 20 °C 60 °C 4 dias 21 horas 4 dias 21 horas 6 meses 21 °C 60 °C 6 meses
20 °C 70 °C 20 °C 70 °C 20 °C
Acetona N N L C N L - - N N N -
Ácido acético 10 % L L N N N L - - N N N -
Ácido acético 50 % L C N N N L - - N L(1000h) L -
Ácido acético 80 % C C N N N L - - N N L -
Ácido acético 100 % C D L C L L - - N N (24h) L -
151
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152
Polipropileno de
a a a Polipropileno de alta
Poliamida Poliéster Polipropileno alto Aramida
tenacidade
Produto químico desempenho
d c c
20 °C 60 °C 20 °C 60 °C 4 dias 21 horas 4 dias 21 horas 6 meses 21 °C 60 °C 6 meses
20 °C 70 °C 20 °C 70 °C 20 °C
Ácido nítrico 10 % D D N L N L - - N C (100h) C C
Ácido nítrico 50 % D D L C C D - - N D D -
Ácido nítrico 70 % D D C D - D L - C C (24h) D -
ABNT NBR 16489:2017
Polipropileno de
a a a Polipropileno de alta
Poliamida Poliéster Polipropileno alto Aramida
tenacidade
Produto quimico desempenho
d c c
20 °C 60 °C 20 °C 60 °C 4 dias 21 horas 4 dias 21 horas 6 meses 21 °C 60 °C 6 meses
20 °C 70 °C 20 °C 70 °C 2 0 °C
Desinfetante a base de fenol - - - - N L - - - - - -
Dibutilftalato N - N - N L - - N - - -
Dietiléter N - N - L - - - N - - -
Dióxido de enxofre D D L C N N - - - - - -
Etileno glicol N - N - N N - - N - - -
Fenol 5 % C D L C C - - - - N - -
Freon N - N - N - - - N N N (500h) -
Gás de Bromo - - L C C D - - L - - -
Gás de dioxido de carbono
153
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154
a a a Polipropileno de alta Polipropileno de
Poliamida Poliéster Polipropileno Aramida
tenacidade alto desempenho
Produto químico
d c c
20 °C 60 °C 20 °C 60 °C 4 dias 21 horas 4 dias 21 horas 6 meses 21 °C 60 °C 6 meses
20 °C 70 °C 20 °C 70 °C 20 °C
Nitrobenzeno C D D D L - - - N - - -
Óleo de motor N N N N L D - - N N N (10h) -
Óleo de ricino N N N L N N - - N - - -
ABNT NBR 16489:2017
Óleo de silicone N N N N N N - - N - - -
Óleo de transformador N N N N N C - - N N N -
Óleo lubrificante N N N N N L - - N - - -
Percloroetileno N N N N - - C - N N N (10h) N
Peróxido de hidrogênio 1 % -
C D N N N N - - L - - -
áagua oxigenada
Peróxido de hidrogênio 3 % D D L C N L - - L - - -
Peróxido de hidrogênio 12 partes - - - - - - L - - - - -
Peróxido de hidrogênio 10 % D D L C N L - - - - - -
Peróxido de hidrogênio 30 % D D L C N C - - - - - -
Petróleo - - - - - - - - N - - N
Querosene - - - - L D - - N N N (500h) N
Salmoura (saturada) N L N L N N - - N L C -
Sebo N N N N N N - - - - - -
Terebentina N N N N C C - - N - - -
Tetracloreto de carbono N N N N C C - - N N N -
Tolueno N N N N - C N - N N N L
Tricloroetileno N N N N - C C - N N N -
Urina N L N N N N - - - - - -
Xileno N N N N C C - - N - - -
N: Efeito desprezível L: Efeito limitado C: Efeito considerável D: Dissolve ou decompõe
a A duração do ensaio não é conhecida
b Diferente de polipropileno de alta tenacidade
c Os valores entre () são os tempos de duração dos ensaios, para os outros valores os, tempos não são conhecidos
d A temperatura de ensaio não é conhecida, provavelmente era de 20 °C.
Carboniza a
Ponto de fusão (°C) 195 a 230 235 a 260 230 a 260 165 a 170 145 a 155
350 a
Resistência à abrasão Muito boa Muito boa Muito boa Regular Boa Insatisfatória
Resistência à flexão Muito boa Muito boa Muito boa Boa Boa Muito fraca
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Perda de resistência
10 a 20 10 a 20 Nula Nula – Nula
quando molhado (%)
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quando usado em conjunto com vários sistemas individuais de retenção de queda).
Exemplar para uso exclusivo - CLAUDEMIR FERNANDES MARTINS - 027.555.199-75 (Pedido 746636 Impresso: 05/04/2020)
[34] Health and Safety Executive (HSE) – Working at height. A brief guide. INDG401 (Trabalho em
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