Topic 01 Intro. A Teoria Economia
Topic 01 Intro. A Teoria Economia
Topic 01 Intro. A Teoria Economia
Apêndice
io
- R
ENG1539 - Introdução à Teoria Econômica
U C
/ P
Tópico I - A Teoria da Firma
H A
C
RO
R É Dr André Barreira da Silva Rocha
Departamento de Engenharia Industrial
HA
quais as quantidades de determinadas commodities a serem consumidas
dadas a renda do consumidor e os preços das commodities;
4
C
problemas focando nos agentes individuais (a parte micro da Economia).
RO
Macroeconomia estuda as variáveis econômicas definidas de forma
agregada:
1 PIB, ciclo econômico e nı́vel de emprego;
2
3
R É
inflação, juros e polı́tica monetária;
demanda agregada: consumo, investimento, gastos do governo (polı́tica
N D
fiscal), balança comercial;
oferta agregada, PIB potencial.
A
Econometria.
O nosso curso é um curso em Microeconomia.
Tópico I - A Teoria da Firma Dr André Barreira da Silva Rocha
Introdução Firma e Mercado Max. do Lucro Custos Custo de Oport. Apêndice
HA
Tara K. N. Baidya et al., Fundamentos de Microeconomia, Rio de
Janeiro: Editora Interciência (2013), capı́tulo 1.
Estrutura do curso:
C
RO
1 Teoria da Firma.
2 Teoria do Consumidor.
Equilı́brio Geral.
É
3
D R
A N
Tópico I - A Teoria da Firma Dr André Barreira da Silva Rocha
Introdução Firma e Mercado Max. do Lucro Custos Custo de Oport. Apêndice
A firma
io
- R
Podemos definir a firma como uma organização que reúne (através da
compra ou aluguel) insumos (mão de obra, máquinas, materiais, etc.),
U C
vendidos, produzam lucros. / P
com a finalidade de gerar/produzir bens e/ou serviços que, uma vez
HA
O(s) proprietário(s) da firma decide(m) quanto e como produzir,
recebe(m) os lucros ou incorre(m) nos prejuı́zos.
C
RO
Lucro (Prejuı́zo) = receita da venda dos bens produzidos - custo dos
insumos usados na produção > 0 (< 0).
R É
Existem organizações sem fins lucrativos. Nosso curso focará apenas
nas organizações com fins lucrativos.
N D
Trataremos portanto de firmas cujos proprietários ou gerentes buscam
a maximização do lucro.
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A firma (cont.)
io
A maximização dos lucros significa maximizar a riqueza dos
- R
proprietários ou acionistas das firmas.
Preço (valor) justo de um ativo real/financeiro é a soma dos fluxos de
U C
caixa esperados no futuro trazidos a valor presente.
Exemplo: Tesouro Direto LTN01012026 / P
em 21/Ago/20: YTM 6,49% a.a. e P = $714, 36
O fluxo de caixa da LTN 01012026 é: HA
C
$1.000
RO
É
D+1=24082020
R
N D P =?
T=01012026
P=
A $1.000
1,0649
1348
252
= $714, 36
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A firma (cont.)
io
- R
No caso das empresas, fluxos de caixa esperados pelos acionistas
advém dos dividendos: para uma taxa de payout constante, maiores
U C
lucros geram maiores dividendos.
/ P
HA
VPA e valor de mercado fundamentalista da firma aumentam.
Pode haver um conflito entre as ações dos gerentes e os interesses dos
acionistas (principal-agent problem).
C
RO
Gerente/diretor pode buscar ao invés maximizar as receitas para
maximizar seu bônus.
R É
Maximizar receita 6= maximizar lucro (exemplo prático?).
Neste curso, assumiremos que tal conflito de interesses não existe e
N D
que gerentes/diretores e acionistas visam maximizar os lucros da firma
em qualquer horizonte de tempo.
O mercado
io
- R
O conceito de mercado é bastante abstrato.
U C
entre indivı́duos, firmas e paı́ses. / P
O mercado engloba todas as possibilidades de trocas e negociações
HA
O sistema de mercado é aquele onde não existe um organismo central
C
de controle e o preço é estabelecido voluntariamente, refletindo o
RO
interesse de consumidores e produtores.
Existem também diversas estruturas de mercado como os monopólios,
R É
oligopólios, mercados de competição perfeita, etc.
Dependendo da estrutura de mercado, as firmas que nele atuam
D
podem ser tomadoras de preços ou não.
N
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RO
seu lucro obtido da produção de leite é dado pela equação
π(q) = 8 + 2q − q 2 , onde q expressa a quantidade produzida de leite
1
R É
em mil litros mensais e π expressa o lucro em mil R$ ao mês.
qual a qtde. de leite que deverá ser pasteurizado e embalado para
N D
entrega no mercado?
qual o lucro do proprietário?
A
Solução: resolvido em aula.
HA
de tal modo que nenhum destes agentes seja capaz de isoladamente
influenciar o preço do produto que é negociado entre as partes.
C
O preço é definido competitivamente pelas forças de oferta e demanda
RO
e a firma é apenas mais um agente neste mercado, vendendo seu
produto ao preço fixo definido pelo mercado, independentemente do
R É
nı́vel de sua produção.
Dizemos neste caso que a firma é tomadora de preços.
N D
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/ P
A condição de primeira ordem para maximização do lucro consiste em
igualar a zero:
HA
tomar a derivada primeira da função lucro em relação à q em (1) e
RO
∂q ∂q ∂q
∂ R(q) ∂ C (q)
Onde ∂ π(q)
∂ q é o lucro marginal, ∂ q é a receita marginal e ∂ q é o
custo marginal.
R É
O conceito de marginal usado para uma variável dependente significa o
N D
quanto ela varia se ocorrer um acréscimo unitário da variável indep.
Assim, o lucro marginal, receita marginal e custo marginal nos dizem
A
quanto variam respectivamente o lucro, receita total e custo total dado
o aumento de uma unidade na quantidade produzida do bem.
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RO
constante e independente do nı́vel de produção individual da firma, a
receita total é dada por R(q) = pq.
É
Neste caso, (2) fica:
R
N D
∂ π(q)
∂q
=0⇒
∂ R(q) ∂ C (q)
∂q
−
∂q
= 0 ⇒ p = CMg (q ∗ )
A
onde CMg (q ∗ ) é o custo marginal em q ∗ .
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RO
∂q ∂q
onde RMg (q ∗ ) é a receita marginal em q ∗ .
R É
Interpretação analı́tica: a maximização do lucro ocorre em um nı́vel de
produção ótimo q ∗ onde a taxa de crescimento da receita marginal é
N D
menor que a taxa de crescimento do custo marginal.
Interpretação gráfica: a tangente à curva da receita marginal no ponto
q ∗ tem menor inclinação que a tangente à curva do custo marginal no
A
ponto q ∗ .
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RO
A maximização do lucro ocorre em um nı́vel de produção ótimo q ∗ que
esteja localizado na porção crescente da curva do custo marginal.
ordem. R É
Interpretação gráfica combinada das condições de primeira e segunda
N D
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HA
Podemos portanto escrever o custo total como C (q) = CF + CV (q).
C
Podemos também definir os custos médios, os quais são os custos
RO
acima dividos pela qtde. produzida:
1 Custo total médio (CM): CM(q) = C q(q ) = CV (q )+CF
q
2
3
R É
Custo fixo médio (CFM): CFM(q) = CF q
Custo variável médio (CVM): CVM(q) = CV (q )
q
N D
Das definições acima, é imediato que CM(q) = CVM(q) + CFM(q).
Note que apesar de CF independer de q, CFM é função de q.
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HA
Em ITE, assumiremos sempre que os mercados de insumos operam em
competição perfeita: custo unitário de cada insumo é constante,
C
independentemente da qtde. utilizada no processo produtivo.
RO
Em Microeconomia, de modo a simplificar a modelagem matemática,
levamos em conta os dois insumos geralmente mais importantes no
R É
processo produtivo: mão-de-obra (L, labour) e capital (K ).
Assim, o custo total de produção fica C (L, K ) = wL + rK , onde w
N D
(wage) e r (interest rate) representam os preços unitários (constantes)
de aquisição da mão-de-obra e do capital, respectivamente.
HA
O insumo capital é considerado fixo no CP, enquanto o insumo
mão-de-obra é considerado variável.
C
RO
É muito mais fácil ajustar a qtde de mão-de-obra (L) do que ajustar o
capital (K ) envolvido no processo produtivo (e.g.: maquinário, porte
R É
de uma planta industrial).
O longo prazo (LP) é o horizonte de tempo em que todos os insumos
N D
são variáveis: é possı́vel ajustar as qtdes. de todos os insumos usados
na produção.
A
CP: dia a dia; LP: planejamento.
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Introdução Firma e Mercado Max. do Lucro Custos Custo de Oport. Apêndice
RO
C (L, K ) = wL + rK : inexiste um termo de custo fixo, sendo o custo
total composto apenas pelo custo variável.
R É
Assim, quando uma função de custo possui custo fixo, estamos no
horizonte de tempo de CP. Quando a função de custo possui apenas
D
custos variáveis, estamos no horizonte de tempo de LP.
N
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RO
∂ 2 CV (q ) 2
0 ≤ q < q̄ : ∂ q2
= ∂ ∂Cq(2q ) = ∂ CMg∂q
(q )
< 0.
∂ 2 CV (q ) ∂ 2 C (q ) ∂ CMg (q )
q > q̄ :
R É ∂ q2
= ∂ q 2 = ∂ q > 0.
CV (q): não-linear, estritamente côncavo em 0 ≤ q < q̄, estritamente
N D
convexo em q > q̄. CV (q)
CMg (q): positivo, não-linear e estritamente convexo; inicialmente
decrescente, atinge um mı́nimo em q̄ e torna-se crescente.
A
C (q) = CV (q) + CF ⇒ CF = C (q) − CV (q). C (q)
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C ∂ CM(q)
RO
Prova: no ponto de mı́nimo da curva de CM(q): ∂q = 0.
C (q)
C (q ) ∂ q
1 Dado que CM(q) = q ,
no ponto de mı́nimo: = 0.
2
R É
Derivando o termo entre parênteses:
h
∂ C (q )
∂q
∂q
i
∂ q · q − C (q) · ∂ q · q
−2 = 0.
D
h i
3 Portanto: CMg (q) − C q(q ) · q −1 = 0 ⇒ [CMg (q) − CM(q)] · q −1 = 0.
4
2
3
HA ∂q
Repetindo os mesmos passos da prova da Proposição 1: Prop.1
Para um mı́nimo interior em q 6= 0, a expressão somente pode ser
satisfeita se CMg (q) < CM(q).
C
RO
Proposição 3: a curva de CMg (q) está localizada acima da curva de
CM(q) na vizinhança à direita do pt. de mı́n. da curva de CM(q).
R É
Prova: à dir. do ponto de mı́nimo da curva de CM(q): ∂ CM(q)
∂q >0
C (q)
D C (q ) ∂ q
1 Dado que CM(q) = q ,
no ponto de mı́nimo: ∂q > 0.
2
A
3 N Repetindo os mesmos passos da prova da Proposição 1: Prop.1
Para um mı́nimo interior em q 6= 0, a expressão somente pode ser
satisfeita se CMg (q) > CM(q). CMg (q)
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R É
N D
A Tópico I - A Teoria da Firma Dr André Barreira da Silva Rocha
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Custo de oportunidade
io
As firmas participam das atividades econômicas e se mantém nelas qdo
- R
são capazes de remunerar os seus proprietários ou acionistas a uma
taxa de retorno compatı́vel com outros negócios similares (ou do
U C
mesmo nı́vel de risco) existentes no mercado.
/ P
HA
O custo de oportunidade representa a melhor remuneração que poderia
ser obtida se os recursos disponı́veis fossem empregados em outra
alternativa com nı́vel de risco equivalente.
C
RO
Exemplo: uma fábrica instalada em seu próprio terreno. Se o terreno
não estivesse ocupado pela fábrica poderia estar alugado, ou seja, ao
R É
instalar a fábrica, seus proprietários abrem mão da oportunidade de dar
outra finalidade ao terreno.
N D
O custo de oportunidade do terreno representa a alternativa mais
vantajosa que poderia ser dada a ele. Espera-se que a instalação da
A
fábrica remunere seus proprietários com retorno superior ao da melhor
alternativa sacrificada.
Tópico I - A Teoria da Firma Dr André Barreira da Silva Rocha
Introdução Firma e Mercado Max. do Lucro Custos Custo de Oport. Apêndice
C
RO
Lucro contábil = receita bruta - custos contábeis.
Lucro econômico = receita bruta - custo econômico.
R É
Lucro econômico = lucro contábil - custos de oportunidade.
No contexto do nosso curso, estamos sempre interessados na análise
econômica.
N D
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Introdução Firma e Mercado Max. do Lucro Custos Custo de Oport. Apêndice