Habeas Corpus Preventivo: Excelentíssimo Senhor Juiz de Direito Tribunal de Justiça/RJ Câmara Cível
Habeas Corpus Preventivo: Excelentíssimo Senhor Juiz de Direito Tribunal de Justiça/RJ Câmara Cível
Habeas Corpus Preventivo: Excelentíssimo Senhor Juiz de Direito Tribunal de Justiça/RJ Câmara Cível
Juiz de Direito
Tribunal de Justiça/RJ
Câmara Cível
1. OS FATOS
1.1 ATO COATOR - A EDIÇÃO DO DECRETO Nº 49.335/21
Ainda, que serão considerados válidos (art. 3º) como documentos oficiais
de comprovação da vacinação contra o COVID-19 o certificado de vacinas digital, disponível
na plataforma do Sistema Único de Saúde - Conecte SUS e o comprovante/caderneta/cartão de
vacinação em impresso em papel timbrado, emitido no momento da vacinação pela Secretária
Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Institutos de pesquisa clínica, ou outras instituições
governamentais nacionais ou estrangeiras.
Não obstante, o decreto prevê sanções administrativas (art. 4º) para quem
efetuar produção, utilização ou comercialização de documentação comprobatória
falsificada de vacinação contra a COVID-19, sem prejuízo de penalidades na esfera cível e
penal.
2. DO DIREITO
2.1. DO CABIMENTO DO HABEAS CORPUS
A ordem, portanto, busca evitar essas violações aos direitos dos pacientes.
Isso porque a presença exclusiva de vacinados nas dependências do clube não é fator
decisivo à não circulação do vírus, afinal, é mesmo notória – está em todos os jornais
– a constatação de que a vacinação contra a COVID-19, lamentavelmente, não
impede a contaminação daqueles que foram vacinados, o que determina, portanto, a
manutenção das idênticas cautelas sanitárias desde sempre adotadas,
independentemente de estarem ou não vacinados os frequentadores.
Naturalmente, estudos vêm demonstrando a atenuação da gravidade dos quadros
clínicos daqueles que contraem a doença após a vacinação, mas, repita-se, a chance
de contaminação não é afastada pela vacinação, per se.
(...)
Ainda, no art. 3º, o §4º deixa claro que o descumprimento às medidas ali
determinadas acarretará responsabilização nos termos previstos em lei:
1 https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/oms-nao-apoia-adocao-de-passaporte-de-vacinacao-contra-covid-19-diz-
porta-voz/
2 Art. 3º - Para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional de que trata
esta Lei, as autoridades poderão adotar, no âmbito de suas competências, entre outras, as seguintes
medidas: (Redação dada pela Lei nº 14.035, de 2020)
III - determinação de realização compulsória de:
d) vacinação e outras medidas profiláticas; ou
§ 4º - As pessoas deverão sujeitar-se ao cumprimento das medidas previstas neste
artigo, e o descumprimento delas acarretará responsabilização, nos termos
previstos em lei.
(g.n.)
Sendo assim, ainda que seja determinada a vacinação compulsória, ela não
pode vir aliada a qualquer medida punitiva, restritiva, ou de responsabilização, sob pena
de enquadrar-se como invasão da competência do Poder Legislativo.
3. PEDIDO
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SEU NOME COMPLETO
CPF n. XXX.XXX.XXX-XX