Livro Do Curso - Análise Financeira e Gerencial
Livro Do Curso - Análise Financeira e Gerencial
Livro Do Curso - Análise Financeira e Gerencial
ANÁLISE FINANCEIRA
E GERENCIAL
SUMÁRIO 1
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
LISTA DE FIGURAS
2 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO 3
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
LISTA DE TABELAS
4 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO 5
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
LISTA DE GRÁFICOS
6 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 15
1.1 INTRODUÇÃO À ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL 17
1.1.1 DECISÕES FINANCEIRAS E GESTÃO DE CUSTOS 22
1.1.1.1 TERMINOLOGIA NA GESTÃO DOS CUSTOS ORGANIZACIONAIS 23
1.1.1.2 A GESTÃO DE CUSTOS COMO APOIO À GESTÃO FINANCEIRA 27
BIBLIOGRAFIA COMENTADA 32
CONCLUSÃO 33
INTRODUÇÃO 36
2.1 APURAÇÃO DE CUSTOS QUANTO AOS PRODUTOS 38
2.1.1 CUSTOS DIRETOS E CUSTOS INDIRETOS 40
2.1.1.1 CUSTOS DIRETOS 41
2.1.2 CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO 45
CONCLUSÃO 50
INTRODUÇÃO 53
3.1 CUSTOS VARIÁVEIS 54
3.2 CUSTOS FIXOS 56
3.3 TOTALIZAÇÃO DOS CUSTOS E APURAÇÃO DO CUSTO
UNITÁRIO DO PRODUTO 59
SUMÁRIO 7
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
SUMÁRIO
3.4 DEPARTAMENTALIZAÇÃO 61
3.5 CUSTOS, DESPESAS E A APURAÇÃO DOS RESULTADOS
ORGANIZACIONAIS 64
CONCLUSÃO 69
INTRODUÇÃO 71
4.1 SISTEMAS DE CUSTEIO 72
4.1.1 CUSTEIO POR ABSORÇÃO 72
4.2 CUSTEIO VARIÁVEL 80
CONCLUSÃO 85
INTRODUÇÃO 87
5.1 PLANEJAMENTO E CONTROLE DE CUSTOS 88
5.1.1 CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES (ABC) 89
5.2 CUSTOS CONTROLÁVEIS E CUSTOS ESTIMADOS 94
5.2.1 CUSTOS CONTROLÁVEIS 94
5.2.2 CUSTOS ESTIMADOS 96
5.3 CUSTO-PADRÃO 98
5.4 CUSTO DE REPOSIÇÃO 101
CONCLUSÃO 104
8 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 106
6.1 GESTÃO DE CUSTOS E ANÁLISE FINANCEIRA 107
6.1.1 IMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTOS 107
6.1.2 CENTRO DE CUSTOS E PLANO DE CONTAS 110
6.2 RELAÇÃO CUSTO/VOLUME/LUCRO 115
6.2.1 PONTO DE EQUILÍBRIO 116
6.2.2 VARIAÇÕES NO VOLUME DE PRODUÇÃO 119
6.2.3 VARIAÇÕES NA ESTRUTURA DA EMPRESA 120
6.3 RELATÓRIOS FINANCEIROS E VARIAÇÕES DE PREÇO 122
6.3.1 AUMENTO DE PREÇOS E O IMPACTO NOS RESULTADOS
DA EMPRESA 123
6.3.2 REDUÇÃO DE PREÇOS E O IMPACTO NOS RESULTADOS
DA EMPRESA 123
6.3.3 PREÇOS DE TRANSFERÊNCIA 124
CONCLUSÃO 125
REFERÊNCIAS 127
SUMÁRIO 9
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
ICONOGRAFIA
ATENÇÃO ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
PARA SABER
SAIBA MAIS
ONDE PESQUISAR CURIOSIDADES
LEITURA COMPLEMENTAR
DICAS
GLOSSÁRIO QUESTÕES
MÍDIAS
ÁUDIOS
INTEGRADAS
ANOTAÇÕES CITAÇÕES
EXEMPLOS DOWNLOADS
10 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
BIODATA DO AUTOR
Sérgio Rafacho
JUSTIFICATIVA
Diariamente, as pessoas tomam decisões que impactam a vida. Sejam decisões
simples, sejam complexas, de forma proporcional à sua importância, elas sempre
impactarão de alguma forma o cotidiano. Como o capital é necessário na maioria das
situações em que se vive, as decisões financeiras sempre terão impacto decisivo na
maneira de se viver. Analisar, planejar e decidir sobre finanças são ações fundamen-
tais para o sucesso tanto para pessoas físicas quanto jurídicas.
SUMÁRIO 11
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
ENGAJAMENTO
Compreender os conceitos e fundamentos que permeiam a análise financeira e
gerencial das organizações é fator fundamental para que o gestor desenvolva habi-
lidades e competências determinantes para o sucesso em sua carreira. Diante dessa
realidade, serão apresentadas algumas questões para que você possa refletir sobre
a importância de se aprofundar no conhecimento sobre a análise financeira das
empresas:
APRESENTAÇÃO DA
DISCIPLINA
Se uma pessoa toma decisões erradas, como gastar acima de seus limites ou investir
sem analisar a relação entre custo e benefício, haverá reflexos danosos em suas finan-
ças que implicarão em problemas em vários aspectos de sua vida. Da mesma forma,
decisões erradas nas organizações podem resultar em impactos significativamente
negativos e até mesmo levá-las à falência. Não são poucas as empresas que fecham
devido à falta de planejamento e coerência em suas decisões financeiras.
12 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
“Uma mente que se abre para uma nova ideia, jamais volta ao seu tamanho
original.”
Frase atribuída a Einsten, que pode se tornar uma realidade quando há dedicação
aos estudos!
OBJETIVOS DA DISCIPLINA
Ao final desta disciplina, esperamos que você seja capaz de:
SUMÁRIO 13
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
UNIDADE 1
OBJETIVO
Ao final desta unidade, esperamos
que possa:
14 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
1 INTRODUÇÃO À ANÁLISE
FINANCEIRA E GERENCIAL
A gestão financeira das organizações deve ser conduzida com o objetivo de maximi-
zar os resultados e, consequentemente, o valor de mercado das empresas, aumen-
tando a riqueza de seus proprietários, que investem em negócios, abrindo mão de
outras oportunidades de investimento (muitos deles especulativos), tendo a expecta-
tiva de obter maiores retornos econômicos e financeiros.
INTRODUÇÃO
Em sua prática profissional, o administrador financeiro tem de tomar decisões que
vão refletir sobre os resultados financeiros e econômicos de sua empresa. Para que
esse processo tenha maior eficácia, é fundamental que ele tenha à sua disposição
SUMÁRIO 15
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
A contabilidade é importante para o gestor financeiro, pois deve revelar a real posição
econômico-financeira da empresa:
16 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
SUMÁRIO 17
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Maior Liquidez Ativo Circulante Passivo Circulante
Aplicações Impostos
Estoques [...]
Passivo Não circulante
[...]
Ativo Não Circulante Financiamentos de Longo Prazo
Investimentos
Patrimônio Líquido
Veículos
Capital Social
Máquinas e Equipamentos
Lucros ou Prejuízos Acumulados
Imóveis
[...]
Menor Liquidez [...]
18 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
DRE
Receita Bruta de Vendas
(-) Impostos/Deduções
(-) [...]
As decisões do gestor financeiro têm reflexos diretos no DRE, sendo que, por meio
desse relatório, pode-se acompanhar a eficiência do processo de tomada de decisões
em relação aos resultados obtidos pela companhia. A figura a seguir apresenta uma
ilustração dos reflexos das decisões empresariais em seus resultados:
SUMÁRIO 19
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
20 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
ATIVO PASSIVO
PASSIVO CIRCULANTE
ATIVO CIRCULANTE (Curto Prazo)
(Curto Prazo)
Captando recursos de terceiros, estes
recursos “entram” na empresa através
do Passivo Circulante ou Exigível
PASSIVO NÃO a Longo Prazo.
CIRCULANTE
(Longo Prazo)
SUMÁRIO 21
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
Permeando todo esse contexto, encontra-se a gestão de custos, área importante das
finanças corporativas, que merece atenção constante dos gestores, uma vez que deci-
sões erradas sobre custos podem acarretar prejuízos irrecuperáveis para as empresas.
Por outro lado, as empresas que planejam e controlam seus custos de forma asser-
tiva podem ser beneficiadas em momentos de dificuldade mercadológica, pois têm
domínio sobre seus gastos, podendo adaptá-los a novas realidades e atuar de forma
segura e lucrativa, aproveitando, inclusive, oportunidades que surgem em meio à
crise.
Muitas empresas não se mantêm no mercado por praticarem preços inferiores aos
custos dos produtos ou serviços disponibilizados. Assim, a situação financeira da
empresa fica ainda mais complicada quando ela não consegue apropriar de forma
correta os gastos efetivos que não são diretamente relacionados ao produto, como
aluguéis, despesas administrativas e despesas comerciais. Tais gastos devem ser
22 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
Ao se dirigir a uma loja para comprar um produto, é comum perguntar: quanto custa
este produto? É uma pergunta comum na sociedade, porém, como especialistas, os
gestores devem considerar uma terminologia adequada e padronizada que possi-
bilite a associação de cada termo utilizado no meio organizacional com o processo
produtivo praticado na empresa.
SUMÁRIO 23
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
De acordo com Martins (2010), gastos, custos e despesas são palavras sinônimas ou
dizem respeito a conceitos e podem ser confundidas com desembolso ou investi-
mento. O autor também se refere à “perda” como um termo que pode se confundir
com os demais citados, por isso, deve-se adotar uma padronização em relação aos
termos utilizados que reflita exatamente o que se pretende transmitir quando está se
comunicando na área empresarial.
Nesse sentido, o autor define significados para cada termo empregado na área de
custos. Segundo o Martins (2010):
Não estão incluídos todos os sacrifícios que a entidade acaba por arcar,
já que não são incluídos o custo de oportunidade ou os juros sobre o
capital próprio, uma vez que estes não implicam a entrega de ativos.
24 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
distintos.
Ainda segundo Martins (2010), todo produto vendido e todo serviço ou utilidade trans-
feridos provocam despesa. Costuma-se chamá-lo custo do produto vendido. Dessa
forma, é apresentada a Demonstração de Resultado do Exercício. Tecnicamente, o
correto seria apresentá-lo como despesa que é “o somatório dos itens que compuse-
ram o custo de fabricação do produto ora vendido”. Todos os custos que são ou foram
gastos se transformam em despesas quando da entrega dos bens ou serviços a que
se referem. Muitos gastos são transformados automaticamente em despesas, outros
passam primeiro pela fase de custos, outros ainda percorrem o caminho completo,
passando por investimento, custo e despesa.
SUMÁRIO 25
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
26 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
A gestão dos custos tem sido objeto de análise de diversos gestores no sentido de
otimizar os recursos investidos nas organizações e com objetivo na maximização de
seus resultados. A relação entre custo e benefício sempre deve ser considerada pelos
gestores financeiros quando da análise dos desembolsos empresariais, uma vez que
recursos investidos de forma não assertiva dificilmente são recuperados em sua tota-
lidade. Compreendendo a necessidade de se obter a maior assertividade possível em
termos de retorno financeiro, o amplo domínio dos conceitos básicos sobre os custos
no contexto que envolve a análise financeira e gerencial é fundamental para que as
organizações obtenham sucesso em seus empreendimentos.
Considerando que existem fatores internos e externos que influenciam nos resultados
empresariais, que somente os fatores internos podem ser controlados pelos gestores
e, por isso, a importância de se conhecer bem os conceitos relacionados a custos,
nesta unidade serão abordados esses conceitos, de forma que você possa compreen-
der a importância da gestão dos custos empresariais.
Considerando que toda empresa tem como objetivo a maximização de seus resulta-
dos financeiros, é importante ressaltar que as duas principais maneiras que a empre-
sa tem para ampliar seus resultados são por meio do aumento de suas receitas ou da
redução de seus gastos.
Essa necessidade de ajustes de suas operações faz com que o gestor se volte para a
redução de seus gastos, implicando em medidas severas de corte de despesas, custos
e demais fatores, ao mesmo tempo em que deve procurar otimizar os investimentos
realizados, no intuito de se maximizar seus resultados.
SUMÁRIO 27
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
Para alcançar esse objetivo, ela poderia atuar de duas formas distintas:
dobrando o valor de suas receitas ou reduzindo 10% de seus gastos, sem
que haja perda de qualidade em seus produtos.
b) para reduzir seus gastos em 10% sem que haja perda de qualidade em
seus produtos, a empresa poderia fazer uma avaliação geral de seus gastos
buscando identificar possibilidades de cortes ou reduções, adquirir tecnolo-
gia que possibilitasse maior produtividade com menores custos, capacitar
suas equipes para obterem maior produtividade, enfim, são diversas possibi-
lidades internas, todas controladas pelo gestor, desde que ele tenha controle
sobre seus custos.
Qual dos dois objetivos seria mais plausível de ser alcançado: dobrar o lucro
dobrando suas receitas, o que implicaria um enorme esforço organizacio-
nal, ou reduzir seus gastos de forma consciente e de acordo com os valores
da organização?
28 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
De acordo com Santos (2017), a análise de custos, no sentido amplo, tem por finali-
dade mostrar os caminhos a serem percorridos na prática da gestão profissional de
um negócio. É notório que a ausência de informações e de análise de custos e resul-
tados, em qualquer entidade, nos dias atuais, poderá resultar em fracasso do negócio.
É primordial a administração das empresas se municiar de informações de planeja-
mento e controle de custos e lucros para enfrentar os concorrentes que comerciali-
zam produtos semelhantes no mercado.
Ainda segundo o autor, para gerenciar com sucesso um negócio, as seguintes infor-
mações são necessárias:
SUMÁRIO 29
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
Ainda segundo o autor, não se pode fazer uma gestão de custos tratando todos os
gastos de uma única forma, assim como é muito difícil uma administração com boa
relação entre custo e benefício tratando cada custo de forma individualizada. Portan-
to, é fundamental que a classificação dos gastos organizacionais seja realizada de
forma a agrupar os custos com natureza e objetivos semelhantes em determina-
das classes, facilitando a administração, apurações, análises e modelos de tomada de
decisão a serem utilizados posteriormente.
Considere que uma loja que comercializa roupas tenha os seguintes resulta-
dos apurados em dois anos subsequentes:
30 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
SUMÁRIO 31
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
Pode-se observar nesse exemplo que há uma separação das despesas entre adminis-
trativas e comerciais.
Todas essas análises não seriam possíveis se não houvesse uma padronização tanto
na apuração quanto na classificação dos gastos empresariais. Pelo fato de a contabi-
lidade adotar essa padronização e terminologia, todos os interessados na análise e
interpretação dos dados da empresa assumem que os custos estão associados aos
produtos da empresa e que as despesas remetem aos esforços de administração e
vendas que a empresa pratica em suas atividades.
BIBLIOGRAFIA COMENTADA
No decorrer desta unidade, você compreendeu a importância da contabilidade para
a gestão financeira das organizações pelo fato de ser a principal fonte de informações
econômicas e financeiras do gestor financeiro.
ROSS, Stephen A.; WESTERFIELD, Randolph W.; JAFFE, Jeffrey; LAMB, Robert. Admi-
nistração financeira. Tradução de Evelyn Tesche et al. 10. ed. Porto Alegre: AMGH,
2015.
O livro “Administração financeira”, dos autores Ross, Westerfield, Jaffe e Lamb apre-
senta uma perspectiva diferenciada da gestão financeira abordando temas impor-
tantes, como estrutura de capital, risco, financiamentos de curto e longo prazos, orça-
mento e valor agregado. Vale a pena conferir!
ASSAF NETO, Alexandre. Finanças corporativas e valor. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2014.
32 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
CONCLUSÃO
O gestor financeiro sempre deve buscar a maximização dos resultados da empresa
tendo como campo de análise para o processo de tomada de decisões os aspectos
externos e internos à organização. Em relação aos aspectos externos, deve estar aten-
to a fatores relacionados à concorrência, ao contexto econômico, às condições de
financiamento, entre outros. De maneira análoga, deve se ater aos aspectos internos,
porém considerando que estes podem e devem ser afetados por suas decisões.
Nesse sentido, suas análises devem ser baseadas nas informações registradas em seu
sistema contábil, de forma a refletir as consequências (resultados) das ações geren-
ciais. Para tanto, há a necessidade de que estas informações sejam contabilizadas
de forma adequada e padronizada, para que, por meio de análises comparativas, a
evolução econômica e financeira possa ser acompanhada período a período.
Como o risco está presente em todo contexto que permeia as atividades empre-
sariais, a utilização dos demonstrativos contábeis de forma adequada por parte do
gestor financeiro contribui para a assertividade do processo de tomada de decisões
sobre o direcionamento que se dará à empresa. Seja por meio da busca pelo aumen-
to das receitas de vendas, seja pela redução dos gastos, o gestor encontrará nesses
relatórios as informações que darão sustentação às suas decisões. Considerando essa
perspectiva, o conhecimento adequado sobre o significado dos termos contábeis é
fundamental para a eficácia de suas decisões.
SUMÁRIO 33
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
Conclua esta primeira unidade consciente de que deu um importante passo para
compreender a importância do efetivo controle financeiro para o sucesso empresarial.
34 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
UNIDADE 2
OBJETIVO
Ao final desta unidade, esperamos
que possa:
SUMÁRIO 35
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
2 APURAÇÃO DE CUSTOS
QUANTO AOS PRODUTOS
A correta classificação dos gastos empresariais, de acordo com suas respectivas natu-
rezas e objetivos, permite ao gestor financeiro realizar análises das informações dispo-
nibilizadas nos relatórios gerenciais de forma assertiva, direcionando ações para corri-
gir possíveis distorções que tenham ocorrido em relação aos objetivos planejados e
propostos para a empresa.
INTRODUÇÃO
Os custos empresariais podem ser classificados em relação aos produtos e também
em relação ao volume de produção. Quanto aos produtos, são classificados em dire-
tos e indiretos, e, quanto ao volume de produção, em fixos e variáveis. Os itens que
compõem os custos em uma indústria são a matéria-prima, a mão de obra e os insu-
mos de produção. Essa classificação dos custos contribui para a análise financeira e
gerencial identificando os fatores que compõem os custos dos produtos ou serviços
de forma que o gestor avalie possíveis distorções que estejam gerando gastos desne-
cessários à empresa, ao mesmo tempo em que reflete as decisões empresariais dire-
cionadas à otimização dos custos.
36 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
Custos
Quanto ao Fixos: seguro, depreciação, mão de obra
volume de indireta, taxas e impostos, aluguel...
produção
Variáveis: matéria-prima, mão de obra direta,
energia elétrica, materiais auxiliares, combustíveis...
Nesta unidade, abordaremos a classificação dos custos quanto aos produtos (diretos
ou indiretos). E, na próxima unidade, trataremos dos custos quanto ao volume de
produção (variáveis e fixos). Ao compreender o processo de classificação dos custos
quanto aos produtos, o gestor conseguirá analisar os fatores relacionados aos custos
dos produtos que contribuem para a formação de preços dos produtos das empre-
sas, atuando de forma assertiva no planejamento da organização e corretiva quando
necessário, seja negociando com fornecedores ou ajustando os processos produtivos.
SUMÁRIO 37
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
38 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
Suponha que a Indústria de Skates Exemplo Ltda. produza três produtos que
utilizam linhas de produção diferentes. O layout da empresa está represen-
tado a seguir:
Administração Comercial
Escritório da
Controle de Departamento
Almoxarifado Gerência de
Qualidade de Manutenção
Produção
Sabendo que todos os gastos da empresa devem ser cobertos pelo preço de
venda dos produtos A, B e C, seria adequado (ou justo) dividir os gastos da
manutenção por 3? Obviamente que não!
SUMÁRIO 39
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
Essa apropriação linear faria com que os produtos B e C ficassem mais caros do que
realmente demandam do departamento de manutenção. Reforçando essa análise,
podemos considerar que, caso o produto C não fosse produzido na empresa, uma
parte significativa do departamento de manutenção não seria necessária na empresa.
Para Hoji (2019), a eficiente gestão dos recursos empresariais depende da interpre-
tação das informações que envolvem a empresa, as quais devem ser interpretadas e
utilizadas como diretrizes para as decisões de curto, médio e longo prazos.
Essa é apenas uma perspectiva dentre as várias que podem ser aplicadas quando
tratamos sobre critérios de rateio, um dos maiores desafios da área de custos. Nesta
unidade, abordaremos bastante esses critérios, que são fundamentais para a correta
apropriação e valoração dos produtos nas organizações.
De acordo com Martins (2010), a classificação de direto e indireto deve ser feita em
relação ao produto feito ou serviço prestado, e não à produção no sentido geral. Alguns
custos têm características especiais, como parte dos materiais de consumo que pode-
ria ser apurada diretamente como lubrificantes de máquinas, por exemplo, mas, dada
a sua irrelevância e a dificuldade de se apurar a quantidade exata por produto, são
classificados como indiretos, utilizando-se rateio para apuração do valor unitário.
40 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
Os custos são classificados em relação aos produtos, sendo que custos diretos são
aqueles que podem ser diretamente apropriados aos produtos, pois apresentam
uma medida de consumo, como peso, horas de mão de obra, unidade de embala-
gem, materiais consumidos, dentre outros, que permitem a apuração direta (sem
rateios) por unidade do produto.
De acordo com Padoveze (2013), custos diretos são aqueles que podem ser fisica-
mente identificados para um segmento particular em consideração. Assim, se o que
está em consideração é uma linha de produtos, então, os materiais e a mão de obra
envolvidos na sua manufatura seriam custos diretos. Dessa forma, relacionando-os
com os produtos finais, os custos diretos são os gastos industriais que podem ser
alocados direta e objetivamente aos produtos. Um custo será direto, se for:
SUMÁRIO 41
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
Considere que a Indústria de Skates Exemplo Ltda. produz skates para venda por
atacado. Cada produto disponibilizado ao cliente tem materiais quantificáveis de
itens. Vejamos um exemplo de uma lista de componentes deste produto:
Utilizando o critério de apuração de custos diretos, ou seja, aqueles que podem ser
quantificados diretamente por meio de uma unidade de medida que permita a
quantificação sem rateios, conseguimos apurar o custo direto da matéria-prima do
produto.
42 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
Lixa para shape com cola Unid. 8,00 x 1 = 8,00 1.440 11.520
Analisando a tabela, observamos que todos os itens podem ser quantificados atra-
vés de uma unidade de medida e sem a utilização de rateios. Dessa forma, podemos
calcular o custo unitário de matéria-prima do produto, dividindo o custo total pela
quantidade produzida:
TABELA 3 - MÃO DE OBRA DIRETA UTILIZADA NA PRODUÇÃO DA INDÚSTRIA DE SKATES EXEMPLO LTDA.
SUMÁRIO 43
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
Montar rolam.
B1 2 Operário 1.600 3.200 2.240 128 224 5.792
na roda
B - truck
Montar roda no
B2 1 Operário 1.600 1.600 1.120 64 112 2.896
truck
Montar truck
C1 1 Operário 1.600 1.600 1.120 64 112 2.896
C - skate no shape
44 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
Para apuração do total dos custos diretos, podemos somar os custos totais de maté-
ria-prima e de mão de obra direta:
Os custos indiretos são aqueles que, por suas características, não oferecem condição
de mensuração objetiva, sendo sua apropriação realizada de forma estimada e arbi-
trária, geralmente por meio de rateio que tem como base algum indicador relaciona-
do ao custo envolvido.
De acordo com Martins (2010), o rol dos custos indiretos inclui custos indiretos propria-
mente ditos e alguns custos que poderiam ser tratados como diretos, mas que são
tratados como indiretos em função de sua irrelevância ou da dificuldade de medição,
ou até do interesse da empresa em ser mais ou menos rigorosa em suas informações.
Já segundo Padoveze (2013), todos os gastos que não são considerados diretos clas-
sificam-se como indiretos. São aqueles que não podem ser alocados de forma direta
ou objetiva aos produtos ou a outro segmento ou atividade operacional, e, caso sejam
atribuídos aos produtos, serviços ou departamentos, esses gastos o serão por meio de
critérios de distribuição (rateio, alocação, apropriação são outros termos utilizados).
São também denominados custos comuns.
SUMÁRIO 45
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
- MOI faz referência à mão de obra indireta, que corresponde aos funcioná-
rios que não trabalham diretamente na produção, mas que dá suporte ao
processo produtivo.
- MI se refere a materiais indiretos, que são materiais que não integram o
produto, mas são utilizados em sua produção, como lixas, materiais de
limpeza do próprio produto, etc.
- OCI se refere a outros custos indiretos, que são os demais gastos associados
à fábrica, mas que não têm relação direta com o produto, como telefone,
materiais de limpeza da fábrica, material de higiene dos funcionários, etc.
46 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
TABELA 4 - MÃO DE OBRA INDIRETA UTILIZADA NA PRODUÇÃO DA INDÚSTRIA DE SKATES EXEMPLO LTDA.
Gerência de Gerência de
G1 1 Gerente 6.000 6.000 3.500 200 350 10.050
Fábrica Fábrica
Supervisão
Supervisão B1 1 Supervisor 2.000 2.000 1.400 80 140 3.620
da Fábrica
Controle de
CQ1 1 Encarregado 1.800 1.800 1.260 72 126 3.258
Controle de Qualidade
Qualidade Controle de
CQ1 1 Auxiliar CQ 1.200 1.200 840 48 84 2.172
Qualidade
Manutenção
M1 1 Encarregado 1.800 1.800 1.260 72 126 3.258
da Fábrica
Manutenção
Manutenção Auxiliar de
M1 1 1.200 1.200 840 48 84 2.172
da Fábrica manut.
Utiliza-se o critério de apuração de custos indiretos, ou seja, aqueles que não ofere-
cem condição de mensuração objetiva, sendo sua apropriação realizada por meio de
rateio. Em relação à mão de obra indireta de fabricação, temos:
Total 288,00
Fonte: Elaborada pelo autor.
SUMÁRIO 47
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
Água 400,00
Total 7.200,00
Fonte: Elaborada pelo autor.
Outra forma de calcular o CIF unitário seria dividindo o valor total dos CIFs pela produ-
ção mensal:
48 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
Outra forma de calcular o custo unitário total do produto seria dividindo o valor total
dos custos (diretos + indiretos) pela produção mensal:
A apuração dos custos quanto aos produtos permite ao gestor analisar separada-
mente os custos que são aplicados direta e indiretamente na produção dos produtos
ou serviços comercializados pela empresa, sendo um importante instrumento para
controle dos fatores de produção. Através dessa classificação, o gestor poderá asso-
ciar os valores apurados às decisões tomadas pela empresa visando otimizar seus
recursos. Caso identifique que os custos diretos estão acima dos padrões para seu
segmento de atuação, por exemplo, poderá atuar de forma corretiva ajustando os
processos para correção das distorções, sendo que o mesmo pode ocorrer em relação
aos custos indiretos.
SUMÁRIO 49
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
CONCLUSÃO
Organizar, classificar e apurar custos envolve dedicação e principalmente envolvi-
mento por parte dos gestores organizacionais, pois depende da aplicação de proces-
sos trabalhosos que englobam toda a organização. Desde o registro das atividades
operacionais mais simples até a elaboração de relatórios gerenciais de custos, a estru-
turação dos custos organizacionais exige rigor na aplicação dos critérios de classifica-
ção de custos, uma vez que a aplicação de critérios inadequados ou destorcidos pode
gerar perdas financeiras e econômicas para a empresa.
Não são poucas as organizações que têm problemas gerenciais e financeiros justa-
mente por não se dedicarem de forma adequada à apuração de seus custos. A classi-
ficação incorreta dos custos dos produtos a serem vendidos compromete o processo
de formação de preços da empresa, sendo que vender um produto por um preço
abaixo de seu custo gera prejuízos irrecuperáveis, pois o processo de produção ou
aquisição dos produtos incorre na composição dos custos de cada produto.
Já a correta classificação dos custos, permite aos gestores analisarem suas ativida-
des operacionais, confrontando com as estratégias estabelecidas para a empresa, de
forma a atuar corrigindo possíveis distorções que venham ocorrer no direcionamento
das ações organizacionais.
Aprendendo sobre apuração dos custos diretos e indiretos, o gestor financeiro terá
uma importante ferramenta de gestão, que influenciará de forma decisiva em seu
sucesso profissional no âmbito empresarial.
50 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
UNIDADE 3
OBJETIVO
Ao final desta unidade, esperamos
que possa:
SUMÁRIO 51
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
3 APURAÇÃO DE CUSTOS
QUANTO AO VOLUME DE
PRODUÇÃO
Abordando o comportamento dos custos organizacionais, Padoveze (2006) ressalta a
importância da análise da evolução dos custos (fixos e variáveis) em relação ao volu-
me de atividade da empresa, argumentando que, nesta análise, toma-se como refe-
rência o volume de produção e verifica-se como os custos aumentam ou diminuem
em relação a esse volume.
52 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
INTRODUÇÃO
Tanto a produção quanto as vendas de produtos ou serviços das empresas variam
de um período para outro. Porém, existem custos que variam de forma proporcional
à produção ou às vendas, e há outros que permanecem fixos independentemen-
te destas variações. Este comportamento dos custos organizacionais influencia de
forma significativa na apuração dos custos dos produtos ou serviços vendidos. Se os
custos não forem apropriados adequadamente, podem ocorrer distorções na forma-
ção dos preços, resultando, inclusive, em prejuízos.
A correta apuração entre Custos Fixos e Custos Variáveis permite que os custos de
produção sejam feitos de forma mais assertiva, contribuindo para que o custo unitá-
rio dos produtos seja coerente com os reais gastos incorridos em sua produção. Cabe
salientar que esta classificação considera em determinado período o volume de ativi-
dades de produção, o valor total dos custos desta produção e o custo unitário do
produto.
SUMÁRIO 53
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
De forma geral, podemos considerar que, quanto maior a quantidade a ser produzida
de determinado produto, maior (e na mesma proporção) será o valor do custo total
desta proporção. Vejamos um exemplo para auxiliar a nossa compreensão:
54 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
Analisando a tabela, podemos observar que, quanto maior a produção, maior será o
Custo Variável Total. A análise do gráfico a seguir, representativo dos Custos Variáveis,
contribui para a nossa compreensão sobre o comportamento dos custos variáveis.
SUMÁRIO 55
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
1.000.000
900.000
800.000
700.000
600.000
500.000
Custo Variável Total
400.000
300.000
200.000
100.000
0
0 1.000 2.000 3.000 4.000 5.000 6.000
Podemos observar no gráfico que o valor total dos custos variáveis varia proporcional-
mente aos níveis de produção, sendo esta característica determinante para que seja
classificado como custo variável.
Diferentemente dos Custos Variáveis, os Custos Fixos não apresentam relação com a
quantidade produzida, mantendo-se com valores fixos em diferentes níveis de produ-
ção. Aluguéis, salários de gerentes e supervisores de produção, seguros da fábrica,
depreciação de máquinas e equipamentos, dentre outros, apresentam esta caracte-
rística.
De acordo com Padoveze (2013), o conceito de custo fixo é aplicado àqueles custos
cujos valores não variam dentro do período analisado. Os valores gastos a título de
tais custos serão sempre os mesmos, não importando o volume produzido ou vendi-
do dos produtos.
56 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
(*) Os Materiais Indiretos, por apresentarem valor pouco significativo, foram conside-
rados como fixos.
SUMÁRIO 57
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
70.000
Valor
60.000
50.000
40.000
$ 31.018 $ 31.018 Custo Fixo Total( * )
30.000
20.000
10.000
0
0 1.000 2.000 3.000 4.000 5.000 6.000
Quantidade
Podemos observar no gráfico que o valor total dos custos fixos se mantém estável nos
diversos níveis de produção, sendo esta característica determinante para que seja
classificado desta forma.
58 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
Observamos na tabela que, quanto maior a produção, menor o Custo Unitário Total
do Produto. Isto acontece justamente pelo fato de os Custos Fixos permanecerem
estáveis mesmo com a variação do volume de produção.
SUMÁRIO 59
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
350.000
300.000
250.000
150.000
100.000
50.000
0
0 500 1.000 1.500 2.000
Quantidade
Podemos observar no gráfico que o valor total dos custos, no ponto Zero, já totaliza
$ 31.018, valor correspondente aos custos fixos, ou seja, se a empresa não produzir
nenhuma unidade, os custos fixos ocorrerão da mesma forma. Porém, na medida
em que a quantidade produzida cresce, os custos totais crescem acompanhando o
aumento da produção.
Se a empresa aumentar sua estrutura de forma que seus custos fixos aumen-
tem (aumento do espaço da fábrica com aumento do aluguel ou contrata-
ção de mais supervisores, por exemplo), os custos fixos podem aumentar em
níveis; neste caso, os cálculos devem ser refeitos.
60 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
3.4 DEPARTAMENTALIZAÇÃO
SUMÁRIO 61
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
62 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
TABELA 11 - GASTOS GERAIS DA INDÚSTRIA DE SKATES EXEMPLO LTDA. SEPARADOS POR DEPARTAMENTO
Secretária
1 1.800,00 1.800,00 1.800,00
administrativa
Gerente
1 5.000,00 5.000,00 5.000,00
comercial
Secretária
1 1.800,00 1.800,00 1.800,00
comercial
Recepcionista 1 1.200,00 1.200,00 400,00 400,00 400,00
Telefonista 1 1.200,00 1.200,00 400,00 400,00 400,00
Serviços gerais 1 1.050,00 1.050,00 350,00 350,00 350,00
Auxiliar adminis-
3 1.400,00 4.200,00 4.200,00
trativo
Auxiliar
2 1.400,00 2.800,00 2.800,00
comercial
Vendedor 4 1.500,00 6.000,00 6.000,00
Comprador 1 2.000,00 2.000,00 2.000,00
Auxiliar compras 2 1.400,0 2.800,00 2.800,00
Total 34.850,00 12.150,00 16.750,00 5.950,00
SUMÁRIO 63
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
Um aspecto a ser considerado nos valores apresentados se refere à divisão por três
(rateio) de algumas despesas comuns a todos os departamentos, como material de
limpeza, de expediente, condomínio, aluguel, dentre outros. Esta divisão por média
simples nem sempre é adequada, uma vez que um departamento pode estar utili-
zando determinado benefício em maior proporção do que outro.
Por exemplo, o espaço utilizado pelo departamento comercial, pelo maior núme-
ro de funcionários alocados neste setor, neste caso, seria considerável que despesas
como aluguel, condomínio e material de limpeza fossem distribuídas de acordo com
o espaço utilizado. Neste caso, a base de rateio poderia ser a quantidade de metros
quadrados utilizada por cada departamento.
Despesas que já estão alocadas por departamento, pelo fato de terem identificadores
específicos, como as contas de telefone, não necessitam de rateio e podem ser aloca-
das diretamente a cada departamento. A mesma compreensão ocorre em relação
aos salários e outras despesas que apresentarem a mesma característica.
Todas as decisões da gestão das empresas que envolvem recursos financeiros e econô-
micos exercerão influência em seus resultados. O aumento de preços, por exemplo,
poderá gerar aumento de receitas e, consequentemente, melhoria em seu resultado.
Por outra perspectiva, o aumento dos salários dos funcionários ou qualquer outro
64 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
aumento nos gastos organizacionais sem o devido repasse aos preços gerará redução
em seu resultado.
SUMÁRIO 65
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
GASTOS VALOR
Despesas Departamento Administrativo - 17.330,00
Despesas Departamento de Compras - 12.130,00
Despesas Administrativas - 29.460,00
GASTOS VALOR
Despesas - 25.130,00
No DRE estes gastos são confrontados com as receitas em formato padronizado pela
legislação. Enfim, a apuração do resultado da Indústria de Skates Exemplo.
66 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
SUMÁRIO 67
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
Após a apuração do DRE é possível identificar o impacto dos custos e das despesas
no resultado da empresa, buscando estabelecer parâmetros que definem o sucesso
ou não da gestão empresarial, tendo como base o resultado (lucro ou prejuízo) do
exercício em determinado período. Segundo Marion (2018), o sucesso da gestão, sem
dúvida, será medido comparando-se o resultado do exercício (obtido pela Demons-
tração do Resultado do Exercício) com os investimentos realizados na empresa por
seus proprietários.
Observamos que os Custos dos Produtos Vendidos correspondem a 73,4% das Recei-
tas Líquidas; as Despesas Administrativas, 7,7%; e as Despesas Comerciais, 6,6%. Estes
percentuais podem ser comparados pelo gestor com percentuais de outras empre-
sas do mesmo setor e com a média do segmento de atuação da empresa. Também
podem ser comparados com períodos anteriores da própria empresa, para efeito de
associação entre decisões do gestor e os resultados obtidos.
Por exemplo, se a empresa optar por comprar um equipamento novo que otimize
e reduza o custo da produção, os reflexos serão projetados nos Custos dos Produtos
Vendidos. Por outro lado, se mudar a administração da empresa para outro imóvel
com aluguel inferior, os reflexos desta decisão serão projetados nas despesas admi-
nistrativas e nas despesas comerciais, uma vez que o aluguel é rateado nos dois
departamentos.
68 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
CONCLUSÃO
Esta unidade apresentou conceitos importantes para a análise financeira e gerencial,
que são determinantes para o sucesso das organizações. O conhecimento sobre o
comportamento dos custos organizacionais contribui para que o gestor compreen-
da a influência das variações na produção e nos resultados empresariais. Os Custos
Fixos incidem sobre as finanças das empresas de forma independente da produção,
por isto devem ser foco de atenção constante por parte da gestão da empresa. Já os
custos variáveis variam de acordo com a produção, e o gestor deve acompanhar sua
evolução a cada nível de produção alcançado pela empresa. Identificados e classifi-
cados, os custos fixos e variáveis são totalizados para apuração do Custo Unitário do
Produto, informação importante no processo de formação de preços da empresa.
SUMÁRIO 69
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
UNIDADE 4
OBJETIVO
Ao final desta unidade, esperamos
que possa:
70 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
4 SISTEMAS DE CUSTEIO
A forma com que os custos empresariais são apurados influencia nas respectivas
análises que os gestores devem fazer sobre o comportamento dos custos organi-
zacionais. Por isso, é fundamental que o gestor financeiro tenha conhecimento dos
diversos métodos de custeio disponíveis no mercado, para que possa tanto definir o
mais adequado para sua empresa quanto analisar seus resultados em concomitância
com as decisões tomadas pela empresa em relação às suas finanças.
Nesta unidade, serão abordados o método de custeio por absorção, que é aceito pela
atual legislação brasileira para o Imposto de Renda e o método de custeio variável,
importante ferramenta de auxílio à gestão das empresas. Os dois métodos utilizam
os mesmos conceitos básicos como custos diretos, indiretos, fixos e variáveis, diferin-
do na forma (ou método) com que são apresentados na apuração dos resultados das
empresas. É importante que, em sua prática profissional, o gestor domine as particu-
laridades de cada método para que possa compreender os reflexos de suas decisões
nas finanças organizacionais.
INTRODUÇÃO
O termo “sistema de custeio” se refere ao método através do qual os custos são apro-
priados aos produtos para, em seguida, definir o preço de venda dos respectivos
produtos. Isso significa que, apropriar custos de forma que o custo apurado não reflita
os reais gastos para a disponibilização do produto, pode resultar em diversas perdas
para as organizações, por definir um preço acima ou abaixo do custo unitário a ser
identificado.
SUMÁRIO 71
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
O sistema de custeio adotado pelas empresas é fator determinante para seu suces-
so econômico e financeiro, uma vez que todos os seus esforços operacionais, admi-
nistrativos e financeiros são direcionados para a maximização de seus resultados. A
correta compreensão dos métodos de custeio por absorção e variável consiste numa
competência inerente ao trabalho do gestor, uma vez que os gastos empresariais
devem ser trabalhados de forma a atender às necessidades de informações existen-
tes em sua prática profissional.
O sistema de custeio por absorção tem como característica apropriar custos fixos e
variáveis aos produtos, de forma que os custos apurados em determinado período
sejam absorvidos por esses produtos.
De acordo com Padoveze (2013), o custeio por absorção é o método legal e fiscal que
utiliza apenas os gastos da área industrial para formar o custo unitário dos produtos e
serviços; é consistente com o modelo oficial de apuração dos resultados das empre-
sas. Esse método caracteriza-se por:
• o somatório do custo dos produtos e serviços ainda não vendidos dá origem
ao valor dos estoques industriais no balanço patrimonial do fim do período
(estoques em processo e estoque de produtos acabados).
Ao utilizar esse método, a empresa considera que todos os custos relacionados à mão
72 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
A figura apresentada a seguir mostra uma perspectiva sobre a utilização deste méto-
do de custeio:
DRE
Receitas Líquidas
( - ) Custos
( = ) Margem bruta
( - ) Despesas administrativas
( - ) Despesas administrativas
( = ) Resultado operacional
Custos Apropriados ao produtos
Como todo processo que envolve classificação e apuração de custos está diretamen-
te ligado à contabilidade da empresa, no método de custeio de absorção os seguin-
tes tratamentos contábeis são dados às informações apuradas.
SUMÁRIO 73
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
À medida que os gastos são realizados pela empresa, vão sendo absorvidos pelos
produtos. Veja um exemplo de aplicação do método de custeio por absorção aplica-
do ao contexto empresarial.
74 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
ITENS VALOR
Energia elétrica 4.500,00
Aluguel da fábrica 7.500,00
Materiais de expediente e de limpeza 1.000,00
Materiais utilizados na limpeza dos produtos acabados 2.000,00
Salário + Encargos/benefícios da equipe de controle de qualidade 17.600,00
Salário + Encargos/benefícios da equipe de manutenção 15.400,00
Salários + Encargos/benefícios do gerente e supervisores de produção 22.000,00
TOTAL 70.000,00
Considerando que nesse mesmo mês foram registradas 2.800 horas de produção
e utilizando esse indicador como base de rateio, tem-se a seguinte taxa de custo
indireto:
SUMÁRIO 75
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
PRODUTO Nº HORAS
Produto Gray 400
Produto White 800
Produto Yellow 1.600
TOTAL 2.800
a) o primeiro cálculo a ser realizado é referente ao valor total do CIF a ser apropriado
a cada produto, de acordo com as horas de produção:
TABELA 20 - EMPRESA EXEMPLO: RATEIO DOS CIFS POR HORAS DE PRODUÇÃO - MÊS 07
b) apurados os valores dos CIFs totais por produto, a etapa seguinte é calcular o valor
dos CIFs a serem apropriados a cada unidade do produto:
TABELA 21 - EMPRESA EXEMPLO: RATEIO DOS CIFS POR UNIDADE PRODUZIDA - MÊS 07
TOTAL 70.000,00
76 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
MATE-
CUSTO
RIAIS QUANTIDADE
PRODUTO MOD CIFS UNITÁRIO TOTAL
DIRE- PRODUZIDA
TOTAL
TOS
Produto
18,00 32,00 10,00 60,00 x 1.000 60.000,00
Gray
Produto
22,00 38,00 10,00 70,00 x 2.000 140.000,00
White
Produto
5,00 11,00 10,00 26,00 x 4.000 104.000,00
Yellow
TOTAL 304.000,00
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.
SUMÁRIO 77
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
De acordo com os valores apurados, os Custos dos Produtos Vendidos (a serem lança-
dos no DRE) de produção são os seguintes:
78 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
De acordo com o que se apurou no decorrer deste tópico, o valor do custo dos produ-
tos vendidos apresentado no DRE é resultante da soma entre custos variáveis e custos
fixos:
SUMÁRIO 79
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
ITENS VALOR
Custos diretos
Mão de obra direta 82.000,00
Materiais diretos 152.000,00
Custos indiretos 70.000,00
TOTAL 304.000,00
Pode-se observar que, nas diferentes perspectivas em que os custos são apresenta-
dos, o valor dos custos totais é o mesmo, ou seja, $ 304.000. Essas diferentes perspec-
tivas ocorreram devido à aplicação do método de rateio aplicado aos CIFs que, no
exemplo, utilizou como base de rateio as horas de produção demandadas por cada
produto.
O sistema de custeio variável tem como característica a apuração dos custos e despe-
sas variáveis de forma separada dos custos e despesas fixas, no intuito de se identificar
o comportamento dos custos empresariais em diferentes níveis de atividade.
De acordo com Lunelli (2019), o método de custeio variável atribui para cada custo
uma classificação específica, na forma de custo fixo ou custo variável. O custo final
do produto (ou serviço) será a soma do custo variável, dividido pela produção corres-
pondente, sendo os custos fixos considerados diretamente no resultado do exercício.
Gerencialmente, é um método muito utilizado, mas, por sua restrição fiscal e legal,
sua utilização implica na exigência de dois sistemas de custos:
Esse método de custeio é utilizado pela gestão das organizações para a formação
de preços, uma vez que permite a identificação da variação dos custos de forma
proporcional à produção da empresa, não sendo utilizado na apuração contábil que
as empresas apresentam aos órgãos governamentais. Como os custos fixos corres-
pondem à estrutura de produção da empresa e os custos variáveis aos recursos
80 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
Apuraçã do Resultado
Receitas Líquidas
(-) Custos variáveis
(-) Despesas variáveis
(=) Margem de contribuição
(-) Custos fixos
(-) Despesas fixas
Custos Apropriados ao produtos
(=) Resultado operacional
SUMÁRIO 81
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
ITENS VALOR
Energia elétrica 4.500,00
Aluguel da fábrica 7.500,00
Materiais de expediente e de limpeza 1.000,00
Materiais utilizados na limpeza dos produtos acabados 2.000,00
82 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
TOTAL 70.000,00
Custos
Custos variáveis Custo
fixos Quantidade
Produto unitário Total
Materiais produzida
MOD CIFs total
diretos
Produto Gray 18,00 32,00 10,00 60,00 x 1.000 60.000,00
Produto White 22,00 38,00 10,00 70,00 x 2.000 140.000,00
Produto Yellow 5,00 11,00 10,00 26,00 x 4.000 104.000,00
Total 304.000,00
ITENS VALOR
Custos variáveis
Mão de obra direta 82.000,00
SUMÁRIO 83
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
ITENS VALOR
Materiais diretos 152.000,00
Custos fixos 70.000,00
Total 304.000,00
84 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
CONCLUSÃO
A correta compreensão dos métodos de custeio apresentados é importante para a
eficácia das decisões que envolvem a análise financeira e gerencial. Os métodos de
custeio buscam atribuir valores adequados aos custos dos produtos sendo ferramen-
tas de apoio ao gestor para controle das finanças organizacionais.
SUMÁRIO 85
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
UNIDADE 5
OBJETIVO
Ao final desta unidade, esperamos
que possa:
86 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
5 PLANEJAMENTO E
CONTROLE DE CUSTOS
Nesta unidade, serão abordados o planejamento e o controle de custos nas organiza-
ções, evidenciando aspectos importantes relacionados a essa temática. A assertivida-
de do direcionamento dado às empresas depende das informações disponibilizadas
a seus gestores. O efetivo controle dos custos que envolvem as atividades operacionais
é fator preponderante para o sucesso empresarial. Nesse sentido, o custeio baseado
em atividades, que você estudará nesta unidade, é uma importante ferramenta para
a identificação dos custos gerados pelas tarefas executadas na empresa.
Todos são conceitos importantes para a análise financeira e gerencial, podendo ser
aplicados aos diversos ramos de atividades existentes no mercado.
INTRODUÇÃO
Planejamento e controle são atividades que podem ser aplicadas a diversas áreas da
sociedade, pois estão diretamente relacionadas ao desenvolvimento humano, orga-
nizacional e, por consequência, da sociedade. Como os recursos monetários estão
envolvidos na maioria das atividades empresariais, o correto planejamento e o efetivo
controle dos custos incorridos nas operações das empresas assume papel fundamen-
tal para o sucesso financeiro e econômico das empresas.
SUMÁRIO 87
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
De acordo com Hoji (2019), as informações sobre o negócio são importantes para o
planejamento da empresa porque norteiam as ações e decisões que precisam ser
tomadas para que as metas sejam atingidas. À medida que a empresa vai evoluindo
e sua gestão vai se tornando mais complexa, é indispensável o emprego de um bom
sistema de informações gerenciais. A informação é, sem dúvida, um importante dife-
rencial competitivo da empresa em relação a seus concorrentes.
88 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
SUMÁRIO 89
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
GESTÃO DA CONTROLE DE
MANUTENÇÃO
FÁBRICA QUALIDADE
90 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
GESTÃO DA CONTROLE DE
MANUTENÇÃO
FÁBRICA QUALIDADE
SUMÁRIO 91
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
92 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
SUMÁRIO 93
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
94 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
b. As receitas e os gastos estão dentro dos valores e limites que deveriam estar?
Para o autor, controlar significa conhecer a realidade, compará-la com o que deveria
ser, tomar conhecimento rápido das divergências e suas origens e tomar atitudes
para sua correção. Pode-se dizer que uma empresa tem controle de seus custos e
gastos quando conhece os que estão sendo incorridos, verifica se estão dentro do
esperado, analisa as divergências e toma medidas para a correção de tais desvios.
De acordo com Martins (2010), custos controláveis são aqueles que estão diretamen-
te sob responsabilidade de uma determinada pessoa cujo desempenho se quer
analisar e controlar. Já os custos não controláveis são aqueles que estão fora dessa
responsabilidade ou controle. Considerando como exemplo o departamento de
manutenção de uma indústria, há os seguintes gastos associados ao departamento
de manutenção.
ITENS
Energia elétrica
Materiais de expediente e de limpeza
Peças utilizadas em manutenção preventiva
Peças utilizadas em manutenção corretiva
Salários + Encargos/benefícios da equipe de manutenção
Salários + Encargos/benefícios do gerente e supervisores de produção
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.
SUMÁRIO 95
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
Analisando os itens listados, percebe-se que parte dos custos é inerente ao departa-
mento, considerando que são gerados a partir de atividades operacionais do próprio
departamento, como os salários da equipe de manutenção, ou seja, são custos contro-
láveis pelo gestor do departamento, pois estão sob sua responsabilidade. Por outra
perspectiva, existem custos que originalmente não foram gerados pelo departamen-
to, como aqueles associados ao gerente e supervisores de produção. Estes não são de
responsabilidade do gestor do departamento de manutenção da empresa, ou seja,
são custos não controláveis pelo gestor de manutenção.
Para Martins (2010), custos estimados seriam projeções introduzidas nos custos
médios passados em função de determinadas expectativas, considerando prováveis
alterações de alguns custos, de modificações no volume de produção, de qualida-
de de materiais ou do próprio produto, introdução de tecnologias diferentes, etc. O
processo de controle seria baseado na fixação de custos estimados para cada produ-
to (diretos e indiretos), apuração do custo realmente incorrido, comparação entre
ambos, localização de divergências e retificação dos desvios.
Considerando o que o abordado sobre custos fixos e custos variáveis, os custos esti-
mados devem considerar a variação proporcional dos custos variáveis e a manuten-
ção dos custos fixos de acordo com a estrutura da empresa.
96 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
Se, por exemplo, uma empresa com produção mensal de 600 unidades de
determinado produto, mas mantém estrutura fixa que permite a produção
mensal de até 1.000 unidades por mês, seus custos fixos tendem a se manter
estáveis até o nível máximo. Veja como ficaria a projeção de custos estima-
dos da empresa em diferentes níveis de produção utilizando a mesma capa-
cidade produtiva:
SUMÁRIO 97
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
5.3 CUSTO-PADRÃO
Para que uma empresa realize seu planejamento financeiro buscando projetar seus
resultados futuros em determinado período, é necessário que ela, além de estimar
suas receitas, elabore um planejamento de todos os gastos que envolvem suas opera-
ções, em conformidade com o planejamento estratégico elaborado para o período
estabelecido.
98 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
Nesse sentido, os custos de seus produtos ou serviços devem ser calculados de forma
antecipada em relação à sua produção, considerando todo o âmbito que envolve a
produção da empresa, incluindo suas limitações e também as condições do merca-
do em que atua, diferentemente do custo ideal, que seria alcançado através de uma
produção realizada nas melhores condições possíveis. Quando a empresa efetua esse
planejamento considerando incorporação, metas de realização de custos a serem
atingidas, o resultado desse processo de identificação do custo planejado para um
produto ou serviço é chamado custo-padrão.
Para Padoveze (2006), o custo-padrão pode ser utilizado para diversas metas ou obje-
tivos, sendo que seu maior objetivo está ligado aos conceitos de controle empresarial.
Dessa forma, os objetivos mais importantes do custo-padrão são:
SUMÁRIO 99
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
Produto
19,50 32,00 10,00 61,50 18,00 32,00 10,00 60,00 -1,50 -2,4%
Gray
Produto
20,00 38,00 10,00 68,00 22,00 38,00 10,00 70,00 2,00 2,9%
White
Produto
5,50 11,00 10,00 26,50 5,00 11,00 10,00 26,00 -0,50 -1,9%
Yellow
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.
100 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
O custo de reposição se refere ao custo que a empresa terá para repor seus esto-
ques, sejam de matérias-primas, sejam produtos acabados. Por isso, um dos grandes
desafios dos gestores de custos é manter uma base de informações atualizada que
permita a análise das condições de mercado, principalmente em relação à reposição
dos materiais e insumos consumidos na produção. Se, ao findar de um determinado
mês, os custos apurados no processo produtivo informarem valores que não poderão
ser praticados em períodos futuros, o gestor deve considerar essas informações em
sua formação de preços.
SUMÁRIO 101
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
Para ilustrar esse contexto, pode-se tomar como exemplo o que acontece
com o mercado de combustíveis quando ocorrem aumentos de preços nas
refinarias e os postos ainda têm estoques adquiridos antes desses aumentos.
Se uma parte dos postos de gasolina optarem por repassar imediatamente
o preço e outra parte optar por manter o preço até o estoque acabar, a prin-
cípio estes tenderão a vender mais, porém não obterão o lucro (num futuro
próximo) que os demais postos terão.
102 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
BIBLIOGRAFIA COMENTADA
FREZATTI, Fábio. Orçamento empresarial: planejamento e controle gerencial. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2017.
SUMÁRIO 103
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
CONCLUSÃO
Nesta unidade, foram abordados aspectos importantes sobre o planejamento e
controle dos custos para a análise financeira das organizações. Você compreendeu
que a disponibilização de informações corretas é determinante para que as empresas
obtenham sucesso em relação ao planejamento de suas atividades. Manter controle
das atividades operacionais e dos seus respectivos custos incorridos contribui para
que o gestor mantenha o foco na relação entre o direcionamento dado à empresa,
refletido em seu planejamento, e os resultados obtidos no desenvolvimento de suas
atividades, podendo atuar de forma a corrigir possíveis desvios em relação aos resul-
tados esperados.
104 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
UNIDADE 6
OBJETIVO
Ao final desta unidade, esperamos
que possa:
SUMÁRIO 105
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
6 GESTÃO DE CUSTOS E
ANÁLISE FINANCEIRA
Nesta unidade, serão abordados conceitos relacionados à implantação de sistemas
de planejamento e controle de custos no âmbito organizacional, bem como a impor-
tância de se manter um controle efetivo dos custos empresariais, que permita aos
gestores acompanhar e corrigir possíveis variações nos custos e, consequentemente,
nos resultados, entre o que foi planejado e o que está sendo realizado em relação às
atividades operacionais da empresa.
INTRODUÇÃO
Quando se fala no conceito de sistema no ambiente empresarial, a abordagem é
direcionada para as etapas que o compõem (entrada – processamento – saída //
feedback), podendo ser aplicada a diversas áreas da gestão das empresas. No que se
refere à gestão dos custos organizacionais, a abordagem sistêmica considera os vários
registros sobre as atividades operacionais da empresa, que são utilizadas como entra-
da de dados para serem processadas e transformadas em informações apresentadas
em relatórios disponibilizados aos gestores.
106 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
Para que haja a eficiência desejada na gestão dos custos, é importante que a empre-
sa tenha um eficiente sistema de controle de seus custos. Isso não significa que a
simples contratação de um sistema de informações comprovadamente eficiente
resolva todos os problemas relacionados à gestão dos custos organizacionais. Quan-
do se diz “comprovadamente eficiente”, a ideia é que, ao contratar qualquer sistema
de informações, no caso de ser terceirizado, o gestor deve verificar se esse sistema já
foi implantado em outra organização e se tem sido executado em conformidade com
as necessidades dessa organização, pois são diversos os casos de sistemas contrata-
dos de terceiros e não implantados de forma que permitam o controle proposto pelo
sistema.
SUMÁRIO 107
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
108 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
Esta é uma questão aparentemente simples e por isso o problema foi detec-
tado com certa facilidade, porém, em sistemas que tratam informações mais
complexas, que envolvem grande volume de dados, com grandes quantida-
des e variedades de produtos, a identificação pode ser dificultada e as conse-
quências para a empresa podem ser bem maiores.
Como quase toda mudança gera desconforto, também é importante que o gestor
prepare não somente a equipe envolvida, mas toda a empresa. A implantação deve
ser realizada de forma gradativa e acompanhada com a maior proximidade possível
por parte dos gestores. O sistema que está sendo substituído não deve ser descon-
tinuado sem que o novo sistema esteja implantado de forma comprovadamente
eficiente. Cabe ressaltar que, nessa abordagem, o conceito de “sistema” está relacio-
nado ao conceito que envolve entrada – processamento – saída, e não necessariamen-
te o “sistema de informação”, que também considera esse conceito, abordando-o no
tratamento dos dados que recebe, transformando-os em informações para os gesto-
res das organizações. Os sistemas de informações contábeis, para serem eficientes
em termos de gestão, além de disponibilizarem informações obrigatórias de acordo
com a legislação, devem fornecer informações gerenciais que servem de base para o
processo de tomada de decisões das empresas:
SUMÁRIO 109
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
Feedback
Relatórios e
Procedimentos
Dados informações
contábeis
gerenciais
Todo sistema de informações deve considerar os objetivos que determinam sua exis-
tência para tratar os dados que recebe. Com a atual evolução tecnológica, existem
diversos sistemas que buscam a integração de todas as informações da empresa,
porém, quanto maior o nível de integração, maior a complexidade de sua implanta-
ção, por isso o gestor deve buscar sistemas que sejam adequados ao volume de infor-
mações e à complexidade que envolve as operações da empresa.
110 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
Presidência
c.c. 0500
ALMOXARIFADO
FINANC SAC c.c. 0330
c.c. 0130 c.c. 0230
MONTAGEM
c.c. 0330
CONTAB
c.c. 0140 ACABAMENTO
c.c. 0340
Cada empresa deve assumir um plano de contas de acordo com a natureza de suas
atividades, porém, de forma geral, como eles seguem critérios contábeis, mantém
uma estrutura que segue os principais demonstrativos contábeis utilizados para pres-
tação de contas pelas empresas. Veja um exemplo de aplicação de classificação de
gastos utilizando um sistema com centros de custos e plano de contas contábil.
SUMÁRIO 111
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
01 Receitas
01 01 Receitas de produtos
01 02 Receitas de serviços
[...]
02 Gastos
02 01 Gastos operacionais
02 01 01 Viagens
02 01 01 001 Locomoção
02 01 01 002 Hospedagem
02 01 01 003 Alimentação
02 01 01 004 Outros gastos
[...]
112 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
Considere também que, em suas respectivas viagens, ambos tiveram gastos de loco-
moção, hospedagem e alimentação. A tabela a seguir apresenta o resumo dos gastos
de viagem do gerente comercial:
Funcionário: Gerente
TOTAL 5.880,00
Funcionário: Supervisor
TOTAL 4.400,00
SUMÁRIO 113
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
Com base nos critérios estabelecidos pela empresa para a classificação de seus gastos,
como ambos funcionários realizaram gastos com a mesma natureza, recebem códi-
gos de planos de contas iguais, porém são atribuídos a diferentes centros de custos.
Ao apurar o resultado final de suas operações por período, os gestores da empresa
poderão identificar todos os seus gastos de forma geral e por período, o que auxilia
significativamente na identificação dos gastos empresariais e também na localização
de distorções de valores.
114 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
“máscara”, no ambiente que envolve sistemas de informação, sendo que esses siste-
mas devem estar preparados para receber os códigos das empresas nos diferentes
formatos demandados por estas.
A gestão das empresas deve considerar essas características de seus custos, conhe-
cendo os impactos em seus resultados à medida que a produção varia. Projeções
devem ser realizadas no sentido de prever resultados indesejados, possibilitando a
SUMÁRIO 115
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
adoção de medidas que visem reduzir ou até mesmo eliminar perdas para a orga-
nização. Um ponto de partida interessante para essas análises é a identificação do
ponto de equilíbrio.
O ponto de equilíbrio (ou break even point) é o nível de atividade em que a empresa
apresenta resultado operacional nulo, ou seja, não é lucro nem prejuízo. É utilizado
como forte parâmetro para a definição de metas organizacionais que servem de dire-
cionamento de suas atividades. Para Santos (2017), a análise do equilíbrio entre recei-
tas de vendas e custos é muito importante como instrumento de decisão gerencial.
O sucesso financeiro de qualquer empreendimento empresarial está condicionado
à existência da melhor informação gerencial. Veja o gráfico do ponto de equilíbrio.
Receitas e Custos
( $ mil)
350
Receitas de Vendas (PV x QV)
300
200
Gastos totais
Prejuízo operacional
RT (P. Eq.) 150
Ponto de Equilíbrio (RT = GT)
100
116 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
Analisando o gráfico, observa-se que os Gastos Fixos (GF) permanecem estáveis inde-
pendentemente do volume de produção (quantidade produzida, eixo X), ao passo
que os Gastos Variáveis (GV), partindo dos Gastos Fixos, variam proporcionalmente ao
volume de produção. O mesmo ocorre com as Receitas de Vendas (RV), porém estas
têm seu ponto inicial em zero, ou seja, se não há vendas, não há receitas. As vendas
acima do ponto de equilíbrio geram lucro operacional, já abaixo do ponto equilíbrio
geram prejuízo operacional. No ponto de equilíbrio, não há lucro nem prejuízo opera-
cional. Veja um exemplo com os valores apresentados no gráfico.
SUMÁRIO 117
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
118 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
CUSTO CUSTO
VOLUME DE DESPESAS CUSTOS GASTOS
VARIÁVEL VARIÁVEL
PRODUÇÃO FIXAS FIXOS TOTAIS
UNITÁRIO TOTAL
0 60,00 0,00 19.000,00 41.000,00 60.000,00
500 60,00 30.000,00 19.000,00 41.000,00 90.000,00
1.000 60,00 60.000,00 19.000,00 41.000,00 120.000,00
1.500 60,00 90.000,00 19.000,00 41.000,00 150.000,00
2.000 60,00 120.000,00 19.000,00 41.000,00 180.000,00
2.500 60,00 150.000,00 19.000,00 41.000,00 210.000,00
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.
Com base nas mesmas projeções, também é possível obter estimativas de resultados
a serem alcançados:
CUSTO
GASTOS
VOLUME DE PREÇO DE RESULTADO
PRODUÇÃO VENDA VARIÁVEL OPERACIONAL
TOTAIS
TOTAL
0 100,00 0,00 -60.000,00 -60.000,00
500 100,00 50.000,00 -90.000,00 -40.000,00
1.000 100,00 100.000,00 -120.000,00 -20.000,00
1.500 100,00 150.000,00 -150.000,00 0,00
2.000 100,00 200.000,00 -180.000,00 20.000,00
2.500 100,00 250.000,00 -210.000,00 40.000,00
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.
SUMÁRIO 119
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
120 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
VOLUME DE PRODUÇÃO
CUSTO CUSTO CUSTO
DESPESAS CUSTOS GASTOS
VARIÁVEL VARIÁVEL UNITÁRIO
FIXAS FIXOS TOTAIS
UNITÁRIO TOTAL TOTAL
MÍNIMO MÁXIMO MÉDIA
SUMÁRIO 121
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
Os preços de venda dos produtos e serviços devem ser formados a partir dos custos
unitários identificados para cada produto ou serviço, tendo como objetivo cobrir os
demais gastos da empresa e também gerar o lucro desejado para a organização. Se,
por exemplo, o gasto variável unitário de um determinado produto custar 60% de seu
preço de venda, essa diferença de 40% (margem de contribuição) deve ser suficiente
para cobrir todos os gastos fixos da empresa e também proporcionar lucro.
122 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
TABELA 48 - APURAÇÃO DO RESULTADO POR CUSTEIO VARIÁVEL COM AUMENTO DE PREÇO E MANUTENÇÃO
DOS CUSTOS
SUMÁRIO 123
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
mesmo tempo, mantivesse seus gastos no mesmo nível, o resultado da empresa seria
diminuído devido à redução do ganho unitário em cada unidade vendida.
TABELA 49 - APURAÇÃO DO RESULTADO POR CUSTEIO VARIÁVEL COM REDUÇÃO DE PREÇO E MANUTENÇÃO
DOS CUSTOS
Considerando o impacto das variações tanto positivas quanto negativas dos preços
dos produtos ou serviços comercializados pela empresa em seus resultados financei-
ros, percebe-se que a rentabilidade das organizações também está associada à capa-
cidade dos gestores da empresa em manter controle de seus custos de forma que
sempre estejam em níveis aceitáveis de eficiência.
124 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
CONCLUSÃO
O conceito de sistema é aplicado a várias áreas das organizações, sendo que, quando
se aborda o enfoque sistêmico no meio empresarial, a própria organização é conside-
rada como um sistema composto por subsistemas independentes. É nessa perspec-
tiva que o sistema de planejamento e controle de custos se insere, se tornando uma
valiosa ferramenta de apoio ao processo de tomada de decisões empresariais.
SUMÁRIO 125
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
126 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
REFERÊNCIAS
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son, 2006.
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SUMÁRIO 127
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
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CAMARGO, Renata Freitas de. Entenda como funciona o transfer price e como o
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SANTOS, Joel José. Manual de contabilidade e análise de custos. 7. ed. São Paulo:
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128 SUMÁRIO
ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL
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