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Manual do Recenseador

Apartamento
É o domicílio particular localizado em edifício de um ou mais andares com mais de um
domicílio servido por espaços comuns (hall de entrada, escadas, corredores, portaria ou
outras dependências).
Considere também como apartamento o domicílio que se localiza em prédio de dois ou mais
andares em que as demais unidades não são residenciais e, ainda, aquele localizado em
edifícios de dois ou mais pavimentos com entrada independente para os andares.
Habitação em casa de cômodos ou cortiço
É a unidade localizada dentro de uma estrutura residencial multifamiliar, isto é, com moradia
de várias famílias diferentes, apresentando as seguintes características:
ƒ Uso comum de instalações hidráulica e sanitária (banheiro, cozinha, tanque etc.) na
mesma edificação;
ƒ Utilização do mesmo ambiente para diversas funções (dormir, cozinhar, fazer
refeições, trabalhar etc.); e
ƒ Várias habitações (domicílios particulares) construídas em lotes urbanos ou com
subdivisões de habitações em uma mesma edificação, geralmente alugadas,
subalugadas ou cedidas e sem contrato formal de locação.
Não deixe de considerar os critérios de separação e independência para individualizar os
domicílios corretamente.
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Estrutura residencial permanente
degradada ou inacabada
Essa categoria abarca estruturas permanentes
concebidas com fins residenciais, que
contam com a presença de moradores, mas
que tiveram:
ƒ elementos estruturais ou serviços
domiciliares comprometidos em
função da degradação;
ƒ construção interrompida enquanto
os seus elementos estruturais ainda
se encontravam incompletos.
Em ambos os casos, a estrutura pode ter
sido completada, de forma improvisada, pelos
moradores.
Porém, quando não há existência de moradores,
a edificação:
ƒ será classificada como “em Construção
ou Reforma” (se estiver inacabada);
ou
ƒ não será registrada (se estiver em
ruínas ou demolida).
Atenção
Não confunda Estrutura residencial permanente degradada ou inacabada
com domicílios envelhecidos ou em construção continuada, ou mesmo com
domicílios que estejam passando por ampliação ou reforma. Também não
confundir com habitações indígenas sem paredes, que são construídas de
acordo com os hábitos habitacionais de alguns povos indígenas.
A situação deve ser caracterizada pela ausência ou pelo desabamento de parte da cobertura
ou das paredes externas, ainda que tenham sido substituídas por material improvisado
(lonas, tapumes etc.), ou ainda pela inexistência de janelas e portas em paredes com vãos
destinados a elas em cômodos que estejam sendo utilizados para fins residenciais.
Em edifícios com 5 ou mais andares, a situação pode ser identificada também pela ausência
de elevador.
Habitação Indígena sem paredes ou Maloca
As habitações indígenas apresentam tamanhos diversos e podem ser simples e sem paredes,
com um ou mais cômodos, ou mais complexas, abrigando uma ou várias construções (com
uma cozinha no fundo, por exemplo).
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Manual do Recenseador
As habitações menores podem ser feitas com galhos de árvores e cobertas de palha, folhas
ou outros materiais (madeira, lona plástica, zinco etc.). As malocas maiores (podem ser
localmente denominadas palhoça, choupana, cabana, casebre ou outra denominação)
podem usar taquaras e troncos, cobertas de palmas secas ou palha e outros materiais. E
ainda ser utilizadas como habitação por várias famílias nucleares, que dividem o espaço
internamente com a ajuda de galhos, pequenos troncos ou pelas redes. Assim, pode-se
muitas vezes definir o número dos núcleos familiares pela quantidade de pontos de fogo no
interior da maloca.
Caso a habitação indígena não seja uma maloca e tenha paredes, selecione uma das opções
apresentadas acima (casa, apartamento, etc), de acordo com suas características.
Malocas e casas da Aldeia Sikaimabiú, Terra Indígena Yanomami, Monte Alegre – RR. Casas na Terra
Indígena Parabubure, Campinápolis/MT.

Atenção
No registro de endereços em terras e agrupamentos indígenas, pode ser
necessário registrar domicílios coexistentes em malocas ou divididos em
múltiplas edificações. Para mais informações sobre como identificar os
domicílios em habitações indígenas consulte o Manual do Recenseador PCT.
O tipo “habitação indígena sem paredes ou maloca” pode estar presente
tanto em setores de terras e agrupamentos indígenas quanto em outros setores
com possível presença indígena pré-identificados pelo IBGE e é considerado
como uma edificação de Domicilio Particular Permanente.
Regionalmente, o termo “maloca” pode significar habitação precária. Entretanto,
nas pesquisas domiciliares do IBGE, ele reflete exclusivamente habitação
indígena. Portanto, nenhuma habitação indígena deve ser classificada
como Domicílio Particular Improvisado Ocupado.
Acabamos de ver todas as espécies de Domicílio Particular Permanente e conhecemos
também os seus diversos Tipos de Edificação. Agora vamos ver as espécies Domicílio
Particular Improvisado Ocupado e Domicílio Coletivo (com e sem morador).
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Manual do Recenseador
II. Domicílio Particular Improvisado Ocupado – DPIO
É aquele domicílio que pode estar localizado em:
ƒ edificação que não tenha dependências destinadas exclusivamente à moradia (por
exemplo, dentro de um bar, uma loja, um depósito, um escritório, etc.);
ƒ uma estrutura móvel;
ƒ em calçadas, praças ou viadutos; ou
ƒ em abrigos naturais (como grutas ou cavernas).
Atenção
Vale lembrar que os domicílios improvisados só serão registrados se, na data de
referência, estiverem ocupados por moradores (estando ou não presentes
no momento da visita), caso contrário, eles não devem ser registrados.
Importante
Estruturas como barracas, tendas etc., em locais de trabalhos temporários,
como em garimpos, onde as pessoas possuam outro local de residência
habitual, não devem ser registrados como Domicílios Improvisados.
II.a) Categorias dos Domicílios Particulares Improvisados Ocupados – DPIO
As mesmas categorias utilizadas para os Domicílios Particulares Permanentes Ocupados
com o objetivo de organizar o trabalho de cobertura do setor e garantir a realização de todas
as entrevistas serão utilizadas para os Domicílios Particulares Improvisados.
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Dessa forma, após a classificação de um domicílio como DPIO, o Recenseador deverá
selecionar uma das seguintes opções:
Atenção
Caso não seja possível realizar a entrevista, faça o registro do DPIO no cadastro
de endereços, selecionando a opção agendamento ou não foi possível realizar
a entrevista com a justificativa Ausência ou Recusa, conforme a situação, para
que possa retornar a este domicílio até que consiga realizá-la. Se este domicílio
improvisado for dentro de um estabelecimento, faça também o registro dessa
espécie encontrada. Exemplos: Estabelecimento de Outras Finalidades (EOF),
Estabelecimento Religioso (ERELIG), Estabelecimento Agropecuário (EAGRO)
etc.
Importante
Para os casos de domicílios improvisados ocupados em que não foi possível
realizar a entrevista, solicite sempre que possível, o número de moradores.
II.b) Retorno aos Domicílios Improvisados Ocupados
O retorno aos domicílios Improvisados ocupados deve acontecer da mesma forma que no
DPPO, obrigatoriamente nos seguintes casos:
ƒ Questionário web solicitado pelo morador, mas não finalizado;
ƒ Questionário pendente;
ƒ Agendamento;
ƒ Morador ausente.
Após selecionada a espécie Domicílio Particular Improvisado Ocupado, você também deverá
selecionar o tipo de edificação do domicílio improvisado.
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II.c) Tipos de edificação do Domicílio Particular Improvisado Ocupado
ƒ tenda ou barraca de lona, plástico
ou tecido – abrigo feito de lona, náilon
ou materiais similares de construção
leve e facilmente removível, como,
por exemplo, os utilizados em acampamentos
de sem-terras, ciganos, etc.
Não deve ser confundida com “barracos”
de madeira aproveitada ou outro
material sólido precário em terrenos
particulares, que devem ser classificadas
como domicílio particular permanente.
Apesar das tendas ciganas
serem culturalmente adequadas à habitação,
para o censo elas serão consideradas
DPIO pela sua mobilidade;
ƒ estrutura improvisada em logradouro
público, exceto tenda ou
barraca de lona ou tecido – essa
categoria abarca construções de tapume,
lata, zinco, tijolos ou outros
materiais, em calçadas, praças, viadutos
etc.
ƒ dentro do estabelecimento em
funcionamento – espaço não destinado
à moradia ou simplesmente
uma acomodação (cama, colchão ou
saco de dormir) dentro de um estabelecimento;
ƒ estrutura não residencial permanente
degradada ou inacabada:
aplicada às estruturas industriais ou
comerciais abandonadas ou inacabadas
que estejam servindo como moradia
sem a devida adaptação. Inclui
fábricas, galpões, prédios de escritório
etc.;
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ƒ veículos (carros, caminhões, ônibus,
trailers, barcos, etc.);
ƒ outros (abrigos naturais e outras
estruturas improvisadas) – qualquer
dependência que não tenha finalidade
de moradia mas que esteja
servindo como tal. Exemplo: gruta,
cocheira, ruínas de construções não
residenciais, paiol etc.
Atenção
Não confundir estrutura não residencial permanente degradada ou
inacabada, que é considerada (DPIO), com estrutura residencial permanente
degradada ou inacabada, que é considerada (DPP).
Atenção
Quando os moradores residem em cômodos exclusivamente destinados a
moradia, localizados aos fundos ou acima de estabelecimentos comerciais em
funcionamento, deve-se classificar como um domicílio particular permanente.
A classificação de domicílio improvisado dentro de estabelecimento
comercial deve ser aplicada apenas quando os moradores residem em
cômodos utilizados pelo próprio estabelecimento, como por exemplo nos
casos de pessoas residindo em depósitos de lojas, cozinhas de bares, etc.
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11.2.2. Domicílio Coletivo
É uma instituição ou estabelecimento onde a relação entre as pessoas que nele se
encontravam, moradoras ou não, na data de referência era restrita a normas de
subordinação administrativa. Pode ser classificado como com ou sem morador.
Os Domicílios Coletivos podem, portanto, ser classificados em duas espécies distintas:
ƒ Domicílio Coletivo com Morador – DCCM;
ƒ Domicílio Coletivo sem Morador – DCSM.
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Tipos de edificação para os Domicílios Coletivos:
ƒ abrigo, albergue ou casa de passagem
para população em situação de rua;
ƒ abrigo, casas de passagem ou república
assistencial para outros grupos vulneráveis
(migrantes, refugiados etc.);
ƒ clínica psiquiátrica, comunidade terapêutica
e similar – instituição de
internação por motivos psiquiátricos
ou de dependência química;
ƒ asilo ou outra instituição de longa
permanência para idosos;
ƒ orfanato e similar;
ƒ unidade de internação de menores;
ƒ hotel ou pensão;
ƒ penitenciária, centro de detenção e
similar;
ƒ alojamento de trabalhadores;
ƒ quartel ou outra organização militar;
ƒ outro.
Atenção
Acampamentos serão considerados domicílios coletivos, desde que estejam
sujeitos a normas de subordinação administrativa, como por exemplo,
acampamento de refugiados administrado por ONGs.
Para ser considerado Domicílio Coletivo com Morador – DCCM, tem que existir pelo menos
um grupo familiar ou um indivíduo nele residindo.
Para isso, serão considerados:
ƒ Grupo familiar em domicílio coletivo
– é o conjunto de pessoas que se
relacionam por laços de parentesco,
residindo em uma ou mais unidades
do Domicílio Coletivo. Neste caso,
será coletado um questionário para
o grupo familiar.
ƒ Morador Individual em domicílio
coletivo – é a pessoa que reside
em Domicílio Coletivo, ainda que
compartilhando a unidade com
outra(s) pessoa(s) com a(s) qual(is)
não tenha laços de parentesco. Neste
caso, será coletado um questionário
para cada indivíduo.
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Atenção
Só considere a espécie Domicílio Coletivo com Morador depois da realização
da entrevista. Caso não seja possível realizar a entrevista, registre o domicílio
como Domicílio Coletivo Sem Morador até que consiga fazê-la.
Considerando que os domicílios coletivos são estabelecimentos com normas administrativas
de convivência, eles podem atender também à caracterização de outra(s) espécie(s).
Sobre a classificação das espécies de estabelecimentos, devemos considerar que é possível
que um endereço possua mais de uma espécie. Assim, veremos que os domicílios coletivos
requerem atenção especial na caracterização de uma ou mais espécies para o mesmo
endereço.
Para o preenchimento do formulário de domicílio coletivo consulte o capítulo 5 “Entendendo
o Formulário de Domicílio Coletivo” no Manual da Entrevista.
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12. ESTABELECIMENTO
Observe as ilustrações a seguir e pense em como você classificaria as unidades representadas.
Essas unidades são classificadas como estabelecimentos, ou seja, edificações utilizadas
para fins não domiciliares. Por exemplo: escolas, prédios e lojas comerciais, postos de
saúde, igrejas etc.
Observe o esquema a seguir e veja como são classificados os estabelecimentos:
Estabelecimento
Religioso
Ensino
Agropecuário
Outras Finalidades
Saúde
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12.1. Estabelecimento Agropecuário – EAGRO
É toda unidade de produção, independentemente de tamanho, situação jurídica ou
localização (em área urbana ou rural) dedicada, total ou parcialmente, a atividades agrícolas,
pecuárias, florestais ou aquícolas.
Para que a unidade de produção seja classificada como estabelecimento agropecuário, é
necessário que, além da atividade agrícola, florestal, aquícola ou de pecuária, essa unidade
tenha uma edificação localizada no terreno, como sede, casa de morador, armazém, galpão,
curral etc.
Ao identificar um estabelecimento agropecuário, é importante se certificar de que ele faz
parte do setor censitário em coleta. Esta observação é particularmente importante para os
estabelecimentos agropecuários porque, não raro, há unidades que ocupam grandes áreas
que podem ir além dos limites do setor censitário e até mesmo do município em trabalho.
Nestes casos, será necessário avaliar a qual setor censitário o estabelecimento pertence,
pois:
ƒ quando existir uma sede na área do estabelecimento (local destinado à administração
dos trabalhos, sendo, frequentemente, a própria casa do produtor), o endereço
pertencerá ao setor no qual a sede está localizada;
ƒ quando existirem outras construções, mas não uma sede (galpão, curral, armazém
etc.), o estabelecimento pertencerá ao setor censitário onde a maior parte de sua
área está localizada.
Lembrando que a captura de coordenadas geográficas – ação que faz parte do registro dos
endereços – dos estabelecimentos agropecuários também exige orientações específicas. A
captura deve ser feita preferencialmente na edificação que assume a função de sede do
estabelecimento agropecuário, que, por sua vez, pode ter diversas edificações em sua área.
Esta orientação é importante, pois há estabelecimentos com grandes áreas onde a captura
de coordenadas em um ponto bem definido é especialmente importante para a localização
da sede e para verificar o pertencimento do estabelecimento ao setor.
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Atenção
Não são classificados como agropecuários os estabelecimentos sem qualquer
edificação, como os de cultivo em várzeas intermitentes, de criação de abelhas,
de extração de frutas e de lenha de matas nativas etc.
Por outro lado, devem ser registrados separadamente como endereços de
estabelecimentos agropecuários aqueles com áreas descontínuas e com
edificações, mesmo que estejam sob responsabilidade da mesma pessoa e que
as áreas estejam localizadas no mesmo setor censitário.
Além disso, endereços que possuem a finalidade de desenvolver atividades
produtivas agropecuárias, florestais ou aquícolas devem ser registrados como
estabelecimentos agropecuários independentemente de serem produtivos ou
não na data de referência e independente e do destino da produção (venda ou
subsistência).
São consideradas atividades agropecuárias, florestais ou aquícolas:
ƒ o cultivo do solo com culturas permanentes ou temporárias, hortaliças, flores, plantas
medicinais e ornamentais;
ƒ o cultivo de vegetais em água (hidroponia) e em outros meios;
ƒ a criação, recriação ou engorda de animais de grande, médio e pequeno porte;
ƒ a criação de peixes (os “pesque-pague” só serão considerados quando houver criação
de peixes), crustáceos e moluscos;
ƒ a criação de animais silvestres em cativeiro (jacaré, ema, perdiz, capivara, cateto,
queixada e outros);
ƒ a criação de animais exóticos (avestruz, faisão, pavão, javali e outros); e
ƒ a exploração de matas e florestas nativas ou plantadas.
Não são consideradas atividades agropecuárias, florestais ou aquícolas:
ƒ a criação de animais domésticos, como pássaros, cães, gatos;
ƒ a criação de animais destinados a experiências de laboratórios, produção de soros,
vacinas etc.;
ƒ o confinamento de gado de terceiros, pois é serviço prestado aos produtores rurais
(caracteriza estabelecimento, mas não agropecuário); e
ƒ a pesca.
Atenção
Os quintais de residências com pequenos animais domésticos e as hortas
domésticas não são considerados estabelecimentos agropecuários.
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É importante ter o cuidado de diferenciar esta situação onde a produção do quintal é
destinada ao passatempo e satisfação dos moradores daquela de subsistência. A
produção de subsistência é aquela na qual a produção é voltada a atender às necessidades
vitais do produtor e sua família, ou seja, aquela que serve como a base de sua alimentação.
Eventualmente, parte desta produção pode ser comercializada por venda ou troca. Nesse
caso, a satisfação das necessidades do núcleo familiar depende totalmente ou em maior
parte desta atividade.
Atenção
Nos setores rurais, é comum encontrar endereços que são, ao mesmo tempo,
Estabelecimento Agropecuário e Domicílio, que serve de residência ao produtor.
Nesses casos, o domicílio é a sede do estabelecimentos que:
Além disso, é possível também encontrar estabelecimentos agropecuários
associados a outras atividades econômicas, como estabelecimentos que:
ƒ Pertencem a indústrias;
ƒ prestam outros serviços (tal como o de confinamento); e
ƒ desempenham outras atividades produtivas (como agroindústria rural).
No registro de um estabelecimento agropecuário, seja ele associado a um domicílio ou
não, o nome do responsável pelo estabelecimento será necessário. O responsável
pelo estabelecimento não precisa ser necessariamente seu proprietário ou responsável
financeiro, mas qualquer produtor ou administrador capaz de prestar informações sobre o
estabelecimento.
Cada estabelecimento deve ser identificado também com o nome específico pelo qual é
conhecido o sítio, a chácara, a fazenda ou o empreendimento. Esse nome tem que ser
preciso. Não utilize expressões genéricas como “criação de bois”, “cultura de laranja”, “horta”
etc.
Atenção
É preciso estar atento para a diferença entre propriedade rural e estabelecimento
agropecuário. Por um lado, uma propriedade rural pode não se caracterizar
como um estabelecimento agropecuário, já que, para tal, precisaria ter
ao menos uma edificação e, como objetivo, a produção comercial e/ou de
subsistência. Por outro lado, uma propriedade rural pode conter em sua área
mais de um estabelecimento agropecuário. Isto é, pode conter mais de uma
unidade produtiva.
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12.1.1. Como registrar estabelecimentos agropecuários de
exploração comunitária?
Para realizar o registro de endereços que possuem estabelecimentos agropecuários
cuja exploração é comunitária (uma mesma área explorada em conjunto por diferentes
produtores), considere dois critérios:
Quando as famílias trabalharem em conjunto numa mesma área e dividirem a
produção, deve ser registrado apenas um estabelecimento agropecuário; ou
Quando as famílias ocuparem uma mesma área e cada uma tomar a decisão sobre
o que plantar e sobre o destino dado à sua produção individualmente, deve ser
registrado um estabelecimento agropecuário para cada família.
Essas situações ocorrem com alguma frequência em áreas ocupadas por Povos e
Comunidades Tradicionais e em reservas, dentre as quais destacam-se as indígenas
e as extrativistas. Portanto, como orientação geral, sempre que você identificar um
estabelecimento agropecuário associado a um povo ou comunidade tradicional, investigue
a sua forma de organização quanto à exploração comunitária e procure registrar no nome
do estabelecimento (visto adiante) que ele está associado a uma forma de tradicionalidade.
12.2. Estabelecimento de Ensino – EENSINO
É uma edificação utilizada com a finalidade de ensino/educação para cursos regulares,
independentemente de pertencer ao setor público, ao privado ou a fundações educacionais,
como, por exemplo, escolas de educação infantil (em pré-escolas), ensino fundamental e
médio (inclusive formação profissional técnica de nível médio), universidades, escolas
técnicas e academias militares. No caso de aldeias ou comunidades indígenas, mesmo que
uma edificação com atividade de ensino regular não possua paredes, ela deve ser registrada
como Estabelecimento de Ensino.
Escola Municipal Farroupilha, Viamão – RS Professor e alunos em escola indígena sem paredes
Procure identificar com clareza que tipo de estabelecimento de ensino você está registrando
na espécie. Para o IBGE, é importante que seja possível diferenciar as universidades das
unidades da educação técnica ou básica (de nível médio, fundamental ou infantil), bem como
os estabelecimentos de ensino associados aos Povos e Comunidades Tradicionais indígenas
e quilombolas. Em geral, o próprio nome oficial da instituição traz a identificação, mas pode
ser necessário incluir esta informação.
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Não se caracterizam como estabelecimento de ensino as edificações que estejam sendo
utilizadas para a prática informal de aulas de reforço ou para cursos de formação
profissional, tais como: inglês, informática, artesanato etc. Neste caso, são estabelecimentos
que atendem a outras finalidades.
Atenção
As creches só serão consideradas como estabelecimento de ensino quando
forem oferecidas em um estabelecimento formalizado, ou seja, a atividade de
cuidar de crianças em casa ou organizada informalmente em outros ambientes
por famílias para oferecer cuidados enquanto responsáveis estão ausentes a
trabalho ou por outro motivo não devem ser registradas como estabelecimento
de ensino. É o caso de “cuidadoras de crianças”, “mães crecheiras” ou “creches
parentais”, por exemplo, que devem ser registradas como estabelecimentos de
outras finalidades quando realizadas em local destinado exclusivamente a este
fim.
Estabelecimentos de Ensino podem, ao mesmo tempo, abrigar outras espécies, como
a de Domicílio Coletivo nos casos de internatos. É fundamental verificar sempre se o
estabelecimento se enquadra na caracterização de outra espécie e registrá-la em caso
positivo.
12.3. Estabelecimento de Saúde – ESAUDE
É uma edificação utilizada com a finalidade de ações na área de saúde. Abrange todos os
estabelecimentos de saúde, independentemente de pertencerem ao setor público ou ao
privado, que prestam atendimento a pacientes em regime ambulatorial, clínico, internação,
emergência ou serviço de apoio à diagnose e terapia. Deve possuir instalações físicas
exclusivas e com profissional de saúde para o atendimento de pacientes.
São exemplos:
ƒ clínicas médicas;
ƒ consultórios;
ƒ postos de saúde;
ƒ clínicas de radiologia, de exames
laboratoriais, psicoterápicas,
odontológicas;
ƒ prontos-socorros;
ƒ hospitais;
ƒ casas de saúde indígena;
ƒ polos base de saúde indígena; e
ƒ outros.
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Procure identificar com clareza que tipo de estabelecimento de saúde você está registrando
na espécie. Para o IBGE, é importante que seja possível diferenciar os exemplos citados
acima, inclusive aqueles associados à saúde de Povos e Comunidades Tradicionais. Em
geral, o próprio nome oficial da instituição traz a identificação, mas pode ser necessário
incluir esta informação.
Atenção
Os estabelecimentos de saúde com internação são classificados também
como Domicílio Coletivo com ou sem morador, conforme o caso.
12.4. Estabelecimento Religioso – ERELIG
É um local, edificação ou parte de edificação, utilizado com a finalidade exclusiva de
congregar pessoas que comunguem da mesma fé ou crença para a realização de cultos e
rituais religiosos.
Exemplos: igrejas, congregações espíritas, templos budistas, sinagogas, mesquitas, terreiros,
casas de reza, etc.
Atenção
A prática eventual de cerimônias religiosas sem local exclusivamente destinado
a este fim em domicílio particular não caracteriza a unidade como um
estabelecimento religioso.
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12.5. Estabelecimento de Outras Finalidades – EOF
É uma edificação utilizada para outros fins que não se enquadrem nas opções anteriores,
como oficinas mecânicas, bancos, farmácias, escritórios, associações, lojas e comércio em
geral etc.
Vale destacar que, na última operação censitária (2010), os estabelecimentos religiosos
foram registrados como estabelecimentos de outras finalidades. Portanto, nesta operação,
não será raro encontrar estabelecimentos religiosos com a espécie de outras finalidades,
que deverá ser alterada para a finalidade atual.
Atenção
A prática de atividades econômicas informais em domicílio particular, sem
local destinado exclusivamente a esse fim, não caracteriza a unidade como
um estabelecimento de outras finalidades.
12.6. Dados do estabelecimento - Nome
O Nome do Estabelecimento identificará se a unidade é, por exemplo, uma escola da rede
municipal, uma farmácia ou uma loja de roupas. Observe abaixo os exemplos de como
preencher o Nome do Estabelecimento:
Estabelecimento Identificar como:
Agropecuário Fazenda Bom Pastor; Sítio Ferreira
De Ensino Escola Municipal Barão do Rio Branco; Colégio Indígena
Estadual Karai Kuery Renda; Escola Estadual Quilombola
Professora Rosa Doralina; Colégio Santo Inácio
De Saúde Hospital Municipal Rio Negro; Casa de Saúde do Índio
de Brasília (Casai/DF); Unidade de Saúde da Família de
Conceição das Crioulas
Religioso Igreja de Santo Antônio; Casa de Candomblé Ilê Omiojuaro,
Centro de Umbanda Caminho de Aruanda, Casa de Reza
da Aldeia Taturi
De Outras Finalidades Papelaria Matos; Bar do Zé; Padaria Bom Gosto; Galeria
Santa Fé; Prefeitura Municipal de Contagem
Atenção
Quando um estabelecimento não estiver sendo utilizado (vago), será
caracterizado como estabelecimento de outras finalidades e terá como nome
o termo “Vago”.
Não confundir com o Domicílio Particular Permanente Vago.
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Não utilize expressões genéricas para um estabelecimento em funcionamento, como, por
exemplo, “loja”. Identifique-o corretamente como “Comercial Bela Vista” (como na imagem
abaixo). Nos casos de estabelecimentos que não possuem um nome, identifique-o pelo
ramo da atividade, como “loja de roupa infantil” por exemplo.
Quando especificado, o tipo de tradicionalidade deve acompanhar o Nome do
Estabelecimento. Isto é frequente nos estabelecimentos (ensino, saúde etc.) localizados em
territórios de povos tradicionais.
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Manual do Recenseador
Atenção
Ao identificar o nome dos estabelecimentos, não utilize expressões que
possuam informações sigilosas. Os informantes devem ter suas informações
pessoais preservadas no nome do estabelecimento, salvo nos casos em que este
seja de fato o nome do estabelecimento. Por exemplo, o nome “Marcenaria José
Souza” só deve ser registrado caso este seja de fato o nome do estabelecimento
indicado oficialmente. Lembre-se de que o IBGE tem compromisso legal e
institucional assumido com a preservação do sigilo de seus informantes.
12.7. Dados do estabelecimento – Indicador do Endereço
Antes de terminarmos de estudar as formas de estabelecimento, veremos como registramos
estabelecimentos que se repetem em um mesmo endereço.
O indicador de endereço determina se uma mesma espécie ocorre uma ou mais vezes
em um mesmo endereço. Você utilizará este conceito apenas para estabelecimentos de
ensino, de saúde, religioso e de outras finalidades. Um bom exemplo é o de um shopping
que contenha, além de lojas, alguns consultórios médicos. Assim, a espécie poderá ter um
indicador de endereço:
ƒ Único - quando a espécie ocorre uma única vez no endereço;
ƒ Múltiplo:
ƒ até dez estabelecimentos – quando a mesma espécie ocorre de duas a dez vezes
no endereço;
ƒ mais de dez estabelecimentos – quando a mesma espécie ocorre mais de dez
vezes no endereço; e
ƒ quantidade desconhecida – quando não é possível identificar o número de
ocorrências da espécie no endereço.
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Para que você entenda melhor, observe os exemplos de indicadores de endereço:
a) Uma galeria comercial com 15 lojas e um consultório médico:
ƒ Registro para a galeria comercial, que é classificada como estabelecimento de outras
finalidades, terá o indicador de endereço assinalado na categoria mais de dez
estabelecimentos.
ƒ Consultório médico, classificado como estabelecimento de saúde, terá o indicador
de endereço único.
b) Um shopping com 60 lojas, oito consultórios médicos e uma faculdade:
ƒ O registro para o shopping será classificado como estabelecimento de outras
finalidades e terá o indicador de endereço assinalado na categoria mais de dez
estabelecimentos.
ƒ Os consultórios médicos são classificados como estabelecimento de saúde e terão o
indicador de endereço assinalado na categoria de até dez estabelecimentos.
ƒ A faculdade, que é classificada como estabelecimento de ensino, terá o indicador de
endereço único.
Perceba que, em ambos os exemplos, o da galeria e o do shopping, o correto seria registrar
somente um endereço com mais de uma espécie, indicando quantas vezes cada espécie
se repete (único ou múltiplo). Ou seja, não é necessário registrar um endereço para cada
espécie e nem um endereço para cada repetição da mesma espécie, basta um registro.
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13. EDIFICAÇÃO EM CONSTRUÇÃO OU EM
REFORMA - ECR
Edificação em construção é toda futura edificação, considerada a partir da fundação, com
a obra em andamento ou não concluída na data de referência. Edificação em reforma é o
imóvel que, apesar de construído, estava passando por uma obra de manutenção na data
de referência.
Atenção
A edificação em construção ou reforma só será caracterizada como tal se não
houver morador. Quando há morador na data de referência e a edificação está
em reforma ou construção, considere como Domicílio Particular Permanente
Ocupado, de acordo com os critérios desta espécie, já vistos.
13.1. Uso Planejado da Edificação
Você deverá se informar sobre qual o uso planejado para a edificação:
Residencial – quando o imóvel estiver destinado a servir unicamente para moradia;
Não Residencial – quando o imóvel estiver destinado unicamente para fins não
residenciais. Exemplos: lojas, consultórios etc.;
Misto – quando o imóvel estiver destinado tanto para fins residenciais quanto para
fins não residenciais. Exemplo: prédio com lojas e apartamentos residenciais; e
Indeterminado – quando não estiver ainda definido o destino que será dado ao
imóvel ou quando não for possível obter a informação.
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CD-1.09
Manual do Recenseador
13.2. Indicador de Construção ou de Reforma
O indicador de construção ou de reforma determina se há uma única unidade ou várias
unidades em construção ou em reforma no mesmo endereço.
Assim, a unidade poderá ter um indicador de construção ou de reforma, nas seguintes
categorias:
ƒ Único – quando a construção ou
reforma for de apenas uma unidade
no endereço;
ƒ Múltiplo:
ƒ até dez unidades – quando
a construção ou reforma
ocorrer em até dez unidades no
endereço;
ƒ mais de dez unidades – quando
a construção ou reforma ocorrer
em mais de dez unidades no
endereço; e
ƒ quantidade de unidades
desconhecida – quando não
é possível identificar quantas
unidades estão em construção
ou reforma.
13.3. Endereço com mais de uma espécie
Em um mesmo endereço, poderão existir duas ou mais espécies. Esta situação ocorrerá
quando nesse endereço forem verificadas características que se enquadram no conceito de
mais de uma espécie. Por exemplo: um colégio religioso e uma igreja no mesmo endereço.
Nesse caso, se a diferenciação entre as duas unidades distintas através do uso do
complemento do endereço (elemento e valor) não se aplicar, individualizando cada uma
das espécies em endereços distintos, você deverá incluí-las no mesmo endereço, ou seja,
o estabelecimento de ensino (colégio religioso) e o estabelecimento religioso (igreja) farão
parte de um mesmo endereço.
Nas unidades domiciliares, só poderá existir um registro de uma única espécie de domicílio
para cada endereço. Assim, caso você identifique duas unidades domiciliares ocupando um
mesmo terreno, precisará diferenciá-las utilizando os componentes do endereço para esta
distinção (modificador, complemento ou ponto de referência, mais especificamente), o que
resultará em dois registros de endereços distintos.
Ao longo deste manual, estudamos o conceito de cada uma das espécies possíveis em um
endereço e a possibilidade de espécies diferentes coexistirem em um mesmo endereço.
Vejamos com mais clareza alguns exemplos práticos:
Domicílios Particulares Permanentes
ƒ Podem estar associados a espécies de estabelecimentos, desde que exista edificação
ou área especificamente destinada a esta função.
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CD-1.09
Manual do Recenseador
ƒ A associação entre Domicílio e Estabelecimento Agropecuário é frequente nas áreas
rurais.
ƒ Endereços domiciliares com parte da edificação destinada permanentemente a
pequenas vendas são também Estabelecimentos de Outras Finalidades.
ƒ Endereços domiciliares com parte da edificação destinada permanentemente a
atividades religiosas regulares são também Estabelecimentos Religiosos.
Domicílios Particulares Improvisados
ƒ _________Podem estar associados a quaisquer estabelecimentos quando existir morador
residindo de forma improvisada nas dependências do estabelecimento, sem área da
edificação especificamente destinada a moradia.
ƒ Exemplos: área não residencial de uma fábrica, galpão, oficina, bar, restaurante etc.
Domicílios Coletivos
ƒ Podem, frequentemente, ser associados a Estabelecimentos.
ƒ Hotéis, Pensões e similares são também Estabelecimentos de Outras Finalidades,
pois são instituições que prestam serviços.
ƒ Hospitais, Clínicas e similares que possuam internação são também Estabelecimentos
de Saúde;
ƒ É possível que Estabelecimentos de Ensino e Estabelecimentos Religiosos atendam
também às características de domicílio coletivo, sendo sempre necessário caracterizar
todas as espécies quando seus conceitos estiverem atendidos.
Mais de um Estabelecimento no mesmo endereço
ƒ Além de ser frequentemente associado a domicílio, um Estabelecimento Agropecuário
pode frequentemente estar associado a Estabelecimentos de Outras Finalidades,
como quando funciona também como agroindústria, quando possui edificação
destinada à venda da produção ou quando pertence a uma indústria localizada no
mesmo endereço, por exemplo.
ƒ Estabelecimentos de Ensino, Saúde e/ou Religiosos podem, além da já mencionada
possível associação com Domicílios Coletivos, prestar outros tipos de serviços,
como cursos livres (que caracterizam Estabelecimento de Outras Finalidades), ou
estar associados entre si. Por exemplo, um Hospital com internação associado a
determinada religião, onde há um templo com atividades permanentes.
ƒ Já observamos também o exemplo de Shoppings Centers, quando foi destacado o
uso do Indicador do Endereço no registro da espécie.
Atenção
Há no anexo 1, ao final do manual, orientações sobre o “Procedimento do DMC”
envolvendo a temática “Inclusão de mais de uma Espécie”.
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Manual do Recenseador
14. PENDENTE DE ESPÉCIE DA UNIDADE VISITADA
– PEUV
É uma edificação cuja espécie não foi possível identificar no momento da coleta. É muito
importante que todas as unidades encontradas sejam corretamente identificadas. Se forem
esgotadas todas as possibilidades de classificação de uma unidade e, ainda assim, você não
souber como caracterizá-la, é possível identificá-la como pendente de espécie.
Atenção
Na impossibilidade de definir a espécie, identifique a unidade como “Pendente
de Espécie”, porém nunca deixe de confirmar um endereço por esse motivo.
No entanto, essa situação é temporária e deverá ser solucionada até o término da coleta.
O setor não poderá ser concluído enquanto essa unidade estiver pendente de espécie,
sem que uma das outras espécies válidas seja atribuída e sem que o questionário seja
devidamente aplicado, caso necessário.
Atenção
Há no anexo 1, ao final do manual, orientações sobre o “Procedimento do DMC”
envolvendo a temática “Registro de Espécies”.

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Manual do Recenseador

UNIDADE II: Executando a Coleta


de Dados
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Manual do Recenseador
15. RECONHECIMENTO, ACESSO, PERCURSO E
COBERTURA DO SETOR
Agora, você aprenderá os procedimentos
necessários para realizar o trabalho em
campo de forma a garantir a sua qualidade.
A primeira atividade que você realizará será
o Reconhecimento do seu setor censitário.
O Reconhecimento é um procedimento
que visa identificar a sua área de trabalho
com o objetivo de sanar possíveis dúvidas
e preparar o trabalho em campo. O
reconhecimento se inicia no posto de coleta
e tem continuidade em campo. Para realizar
o reconhecimento do seu setor, você
procederá da seguinte forma:
Passo a passo
I) Antes de ir ao setor
ƒ Analise cuidadosamente seu mapa do setor em papel, a descrição do perímetro do
setor e seu mapa digital no Dispositivo Móvel de Coleta – DMC, bem como a imagem
de satélite que o acompanha.
ƒ Localize o ponto inicial da descrição do perímetro do setor e avalie se ele é acessível
(ou um bom ponto de acesso ao setor). Caso não seja, verifique se há outro ponto
mais adequado para iniciar o percurso do setor.
ƒ Faça o levantamento dos CEPs relativos ao seu setor censitário.
ƒ Analise a inserção do setor no contexto maior do seu município, identifique o meio de
transporte mais fácil para acesso ao setor, programe seus horários e deslocamentos,
e informe-se sobre características da(s) localidade(s) onde trabalhará.
ƒ Tire as possíveis dúvidas de localização com seu Supervisor.
ƒ Verifique no descritivo do setor as informações sobre acessibilidade, condições
de segurança e observações adicionais. Confirme com seu supervisor se todas as
informações estão atualizadas. Lembre-se que ele percorreu o setor antes de você e
ele pode te auxiliar quanto a possíveis atualizações não representadas no mapa do
setor.
II) Durante o reconhecimento em campo
ƒ Identifique a sua área de trabalho: localize o ponto inicial, as quadras (quando
houver) e seu perímetro.
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CD-1.09
Manual do Recenseador
ƒ Se for possível, percorra todo o perímetro do setor até retornar ao ponto inicial, para
verificar se as informações que estão nos mapas e a descrição do perímetro do setor
conferem com as que você encontrou no terreno.
ƒ Avalie se o planejamento realizado em gabinete é de fato adequado ao setor,
realizando mudanças necessárias. Alterações no planejamento devem ser informadas
ao supervisor para que possam ser implementadas.
Atenção
As eventuais diferenças percebidas entre os mapas e imagens recebidos para
o trabalho e a realidade percebida no reconhecimento do terreno devem ser
registradas no mapa de papel e comunicadas à supervisão.
Atenção
Nos setores de Povos e Comunidades Tradicionais, os procedimentos de
abordagem às lideranças antecedem qualquer atividade ou aproximação ao
setor. Nesses casos, o segundo passo do reconhecimento do setor em campo
ocorre apenas após a reunião de abordagem com a presença do recenseador,
como descrito no Manual do Recenseador PCT.
Atenção
Nos setores com problemas de segurança pública, pode ser necessário procurar
por uma liderança da associação de moradores antes de percorrer o setor. Essa
abordagem deve ser feita previamente, sempre que possível.
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Manual do Recenseador
15.1. Acesso ao Setor Censitário
Em linhas gerais, os setores censitários não oferecem nenhum tipo de restrição de acesso.
Entretanto, em alguns casos, você poderá encontrar dificuldades em acessar a sua área de
trabalho. Essas restrições podem ser de três ordens: características físicas (alagamentos,
vias de acesso bloqueadas), segurança pública e restrição legal ou administrativa.
Atenção
Seu supervisor lhe indicará, quando houver, as restrições de acesso previamente
mapeadas, bem como as orientações para a realização da coleta. Contudo,
algum tipo de restrição pode ser verificada no momento de reconhecimento do
setor censitário. Nesse caso, você deve relatar ao Supervisor, que vai orientar
você sobre os melhores procedimentos de trabalho. Atente às informações do
descritivo antes de ir a campo.
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Manual do Recenseador
Seguem abaixo algumas classificações de setores censitários que impõem restrições de
acesso e instruções para a realização das entrevistas:
CARACTERÍSTICAS INSTRUÇÕES
Unidades de Conservação
O Recenseador deve contatar seu Supervisor para verificar se há
alguma exigência de autorização do órgão ambiental responsável
pela gestão da unidade e se há orientações específicas sobre o
acesso e o percurso em seu interior.
Terras Indígenas e
Agrupamento Indígena
O Recenseador deve contatar seu Supervisor para verificar
se a autorização de entrada na TI foi dada pela Funai, se foi
indicada a necessidade de acessar a área com guia da Funai,
marcar reunião com a(s) lideranças(s) indígena(s) para explicar
o escopo do trabalho, solicitar autorização de realização das
entrevistas, selecionar o guia local e identificar necessidade de
guia-intérprete.
Território Quilombola
e Agrupamento Quilombola
O Recenseador deve marcar reunião com a(s) lideranças(s)
quilombola(s) para explicar o escopo do trabalho, solicitar
autorização de realização das entrevistas e selecionar o guia
local.
Alojamento / Acampamento
Explicar o escopo do trabalho à administração local e solicitar
autorização de realização das entrevistas.
Quartel e Base Militar Entrar em contato com a administração do local solicitando
autorização de entrada. Deve-se ficar atento ao fato de que
muitos setores censitários de quartéis são compostos por
domicílio coletivo.
Agrovila do PA Entrar em contato com as lideranças locais informando o escopo
do trabalho de recenseamento e estabelecendo uma agenda de
coleta.
Unidade Prisional Explicar o escopo do trabalho à administração local e solicitar
autorização de realização das entrevistas.
Convento / Hospital /
ILPI11 / IACA12
Explicar o escopo do trabalho à administração local e solicitar
autorização de realização das entrevistas. Neste caso, as
entrevistas não são realizadas individualmente.
Aglomerado
Subnormal
Verificar todas as observações listadas no descritivo do setor,
como existência de restrição de acesso por motivo de segurança,
logística especial de acesso interno (via kombi, mototaxi e
outros) e existência de área adensadas (domicílios em acessos
irregulares sem existência de faces no mapa). Entrar em contato
com as lideranças locais (associações de moradores, órgãos
públicos, igrejas ou escolas), por meio de contato prévio com o
supervisor, informando o escopo do trabalho de recenseamento
e estabelecendo uma agenda de coleta. Em caso de alguma
dificuldade encontrada em campo, o Recenseador deverá entrar
em contato imediato com o Supervisor.
A presença dessas características e a presença de acidentes físicos ou restrições de segurança
estão registradas no descritivo e no mapa do setor censitário.
11 ILPI = Instituições de Longa Permanência para Idosos
12 IACA = Instituições de Acolhimento a Crianças e Adolescentes
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CD-1.09
Manual do Recenseador
Atenção
Identificadas as restrições causadas por acidentes físicos, deve-se comunicar
ao Supervisor para que este providencie a infraestrutura adequada de acesso
ao setor censitário. Questões de segurança devem ser também comunicadas
ao Supervisor. Nesses casos, a coleta em mutirão pode ser uma alternativa.
15.2. Percurso e Cobertura do Setor
O Percurso do Setor é o procedimento utilizado para andar em um determinado setor, de
forma disciplinada e cuidadosa. Este procedimento trará ao seu trabalho maior organização,
segurança e agilidade. Junto ao correto uso dos conceitos e orientações já tratados, a
atenção ao percurso do setor evitará erros, omissões e registros indevidos. Você utilizará
este método para realizar corretamente a coleta de dados.
Atenção
Durante esse processo, é fundamental que você registre no mapa em papel
onde terminou o trabalho em um dia para dar continuidade posteriormente,
agilizando o seu reinício. Outra alternativa é registrar uma foto no DMC para
identificar o último ponto trabalhado.
A Cobertura do Setor Censitário está intimamente ligada ao seu percurso. É o procedimento de
realizar o levantamento dos endereços de todos os domicílios, de todos os estabelecimentos
e de todas as edificações em construção ou em reforma encontrados na área de trabalho sob
sua responsabilidade, incluindo as entrevistas, quando aplicáveis, na ordem do percurso.
Para evitar falhas na cobertura do setor, é fundamental que as confirmações, inclusões ou
exclusões de unidades sejam realizadas na ordem do percurso. Ou seja, à medida que você
percorrer o setor, deve realizar as confirmações, inclusões ou exclusões de unidades.
Atenção
Cobrir o Setor Censitário significa verificar e registrar todas as unidades
encontradas – Domicílios, Estabelecimentos e Edificações em Construção ou
em Reforma – dentro do perímetro do setor, percorrendo-o de forma ordenada
e correta e realizando a coleta de dados.
Considerando as definições de percurso e de cobertura, fica claro que ambas estão
interligadas. No trabalho de recenseamento, você realizará simultaneamente o percurso e
a cobertura do Setor Censitário, ou seja, ao mesmo tempo que percorrerá um determinado
setor de forma disciplinada e cuidadosa, você registrará todos os endereços e coletará todos
os questionários sem omissões e sem registros indevidos.
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CD-1.09
Manual do Recenseador
Atenção
Sempre que localizar um endereço em seu percurso, realize o registro no
DMC, independentemente da presença de um responsável pela unidade, da
identificação da espécie ou da coleta do questionário naquele momento. Esta
prática é fundamental para garantir o registro dos endereços na ordem do
percurso realizado por você.
Não “pule” um endereço para realizar seu registro posteriormente, pois,
além de garantir a ordenação da listagem de endereços, é fundamental realizar
a cobertura completa do seu setor censitário.
Lembre-se de que o registro de “Pendente de Espécie da Unidade Visitada”
e os dois registros relacionados a “morador ausente” (“Domicílio Particular
Permanente Ocupado, com Morador Ausente” e “Domicílio Particular
Improvisado Ocupado, com Morador Ausente”) colaboram neste sentido. Eles
garantem que os endereços foram coletados na ordem necessária, e que você
terá a chance de retornar a eles para fazer os ajustes necessários e a coleta do
questionário.
Lembre-se de que, durante o percurso, você poderá encontrar endereços em diferentes
situações e que, de acordo com cada caso, realizará:
ƒ uma confirmação (endereço que existe em campo e na lista prévia, com ajustes a
serem feitos ou não – seja no endereço, seja na espécie);
ƒ uma inclusão (endereço que existe em campo e não existe na lista prévia, devendo
ser incluído na ordem correta de percurso); ou
ƒ uma exclusão (endereço existente na sua lista, mas não existente em seu setor).
Os Estabelecimentos Agropecuários possuem espaços para o registro de dados do
informante (nome, telefone e e-mail). Estas informações são fundamentais para que o IBGE
entre em contato com os informantes durante o Censo e também para operações futuras,
facilitando a abordagem e o contato com eles.
No caso dos domicílios, nome, CPF, telefone e e-mail serão coletados na entrevista e, ao
final da mesma, automaticamente preenchidos na espécie do domicílio, enquanto nos
estabelecimentos em que a coleta destes dados se aplica, você deve realizar o registro no
ato da confirmação da espécie. A lista prévia que consta no seu DMC lhe permite visualizar
os dados do responsável pelo endereço na operação anterior, o que pode ser um recurso
importante no contato com informantes e para encontrar unidades de difícil localização.
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Manual do Recenseador
Atenção
Em todos os domicílios, esteja atento à possível existência de mais algum
domicílio no terreno, que não esteja listado, isto é, casas nos fundos, subsolos
e outros espaços da propriedade não identificados à primeira vista. Mas não se
esqueça de observar os critérios de separação e independência para confirmar
que a edificação se trata, de fato, de um domicílio.
Sempre verifique também se existe mais de uma espécie nos endereços.
Pode haver edificações que são aparentemente apenas domiciliares, mas que
possuem também alguma espécie de estabelecimento. E também edificações
que são aparentemente apenas estabelecimentos, mas que possuem morador
residindo de forma permanente ou improvisada.
Durante todo o processo de percurso e cobertura, você deve estar atento à ordem de registro
dos endereços no DMC. Ela é fundamental para que, em operação futura, o agente de campo
encontre os endereços do setor listados no dispositivo de coleta de forma organizada,
agilizando o trabalho e evitando erros. Para você, Recenseador, a ordenação correta dos
endereços também é muito importante, pois agiliza seu trabalho e facilita a localização dos
endereços já trabalhados nas listagens, caso você precise retornar a algum deles.
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Manual do Recenseador
Atenção
Comunique ao seu Supervisor todas as divergências encontradas entre o
mapa do setor e/ou a descrição do perímetro da sua área de trabalho e a
situação observada no Reconhecimento, para que ele tome as providências
necessárias à atualização dos dados do setor.
Ao realizar a cobertura, você deve respeitar os limites do setor onde estiver
realizando a coleta. Seu DMC dispõe do descritivo, da visualização do
perímetro do setor e da imagem de fundo, recursos importantes para que
você se localize e se mantenha dentro do setor.
Entretanto, imprecisões podem existir. Em caso de dúvidas, a referência deve
ser sempre o texto que descreve o perímetro do setor.
Você deve avaliar a realidade encontrada em campo para definir como fará o percurso e
cobertura do setor. Para tal, o suporte da sua supervisão e o reconhecimento do setor são
instrumentos fundamentais. Assim, o planejamento começa ainda no posto de coleta e é tão
importante quanto a realização de um percurso criterioso, ordenado e cuidadoso quanto à
realização da cobertura de todos os endereços.
Atenção
Não se esqueça de realizar cópias de segurança (backup) regulares e transmitir
as informações do dispositivo de coleta para o posto com regularidade, de
modo a minimizar um eventual problema com o equipamento.
Em locais com acesso à internet, recomenda-se a realização de uma transmissão
após cada entrevista realizada. Em locais onde o acesso à internet é mais
restrito, recomenda-se, na medida do possível, pelo menos uma transmissão
por dia.
Na maior parte dos setores censitários do país, o Recenseador encontrará um cenário
urbano, com a ocupação do terreno organizada em quadras e faces. Entretanto, há uma
parcela expressiva de setores em situação rural, onde a ocupação do terreno se dá de
forma diferente, além de uma quantidade menor de setores em condições diferentes, onde
a ordenação da ocupação não permite a clara identificação de quadras e faces ou onde
serão encontradas formas diversas de ocupar a área do mesmo setor. Esta diversidade de
possibilidades exige que os procedimentos de percurso e cobertura se adaptem à realidade
encontrada para que o trabalho ganhe em organização e eficiência, garantindo maior
agilidade e cobertura do setor. Vejamos como percorrer e cobrir os setores.
117
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Manual do Recenseador
15.2.1. Setores urbanos: percurso organizado por quadras e
faces
Nas áreas urbanizadas, o percurso se
baseia na identificação das quadras e faces
que existem na parte interna ao setor e na
movimentação por elas de forma ordenada.
Este é o tipo mais comum dentre os setores
coletados regularmente para as pesquisas
do IBGE. Portanto, trataremos primeiro do
caso mais recorrente para, depois, aprender
procedimentos de percurso e cobertura em
setores rurais (também bastante recorrentes)
e em setores em outras situações que não
estas acima. Na maioria dos setores em
situação de Núcleo Urbano e Aglomerado
Rural, você encontrará situações em que este
procedimento se aplica, mas é possível que
você precise avaliar outros mecanismos de
percurso e cobertura.
Observe, na figura acima, um exemplo de mapa do setor censitário urbano e repare
como ele se distribui de forma regular. Veja também como o terreno tende a estar
densamente ocupado, resultando em grande proximidade das unidades. Nesses setores, o
endereçamento tende a ser regular e de fácil identificação. Por isso, o principal desafio de
cobertura está relacionado com a densidade e concentração das unidades.
Soma-se a isso o fato de que o perímetro dos setores urbanos tende a estar associado aos
logradouros existentes, o que faz com que ele, em tese, seja mais facilmente identificável.
Entretanto, como os setores urbanos tendem a possuir dimensões menores em termos de
área, é importante ter o cuidado de não exceder seus limites durante o percurso.
Passo a passo
Nestas situações, você deve identificar as
quadras e faces do setor para iniciar seu
trabalho:
1. Localize no campo e identifique no
mapa o perímetro do setor e a quadra
onde está indicado o ponto inicial da
descrição do perímetro. Identifique
também o ponto de melhor acesso
para iniciar o percurso e sinalize-o em
seu mapa de papel. Fotografar este
ponto é um recurso importante, que
será tratado de forma mais apropriada
adiante.
118
CD-1.09
Manual do Recenseador
Atenção
Lembre-se de em hipótese alguma trabalhar fora do perímetro do setor que
está em andamento.
2. Para iniciar a primeira face, confira o nome do Logradouro, o CEP e a Localidade.
3. Inicie o percurso caminhando pela face com as unidades à sua direita (com o
ombro direito junto à face), parando a cada endereço encontrado para realizar seu
registro, coletar as coordenadas geográficas e registrar a espécie. Nos endereços
onde couber, realize a coleta do questionário e não deixe de registrar as Edificações
em Construção ou em Reforma. Assim, você terá identificado e registrado todos
os domicílios e todos os estabelecimentos pelos procedimentos de confirmação,
inclusão e exclusão. Ao terminar o percurso e a cobertura de todas as unidades da
face, realize sua conclusão no DMC.
ƒ As unidades a serem visitadas tendem a ser vizinhas, seja dentro de uma mesma
edificação, seja em edificações adjacentes. Portanto, esteja atento à existência
de unidades nos fundos, no alto, no subsolo e em outras localizações de difícil
identificação para evitar omissões. Em caso de dúvidas, procure sempre por
informações com moradores que já o atenderam.
ƒ Será comum deparar com edificações com muitas unidades (edifícios de
apartamentos, condomínios, prédios comerciais etc.) e até mesmo com domicílios
coletivos (hotéis, asilos, pensões, alojamentos etc.). Neste caso, entre em contato
com o proprietário, gerente, administrador, síndico, porteiro, para obter melhor
identificação do local a ser pesquisado.
ƒ Ao encontrar unidades fechadas, comumente pelo fato de seus moradores estarem
ausentes para trabalho, tenha cuidado especial no registro destes endereços e
espécies.
Atenção
Nos setores urbanos, os endereços localizados em esquinas estão localizados
na interseção de duas faces. Estes casos exigem o cuidado de não registrar o
mesmo endereço em duas faces diferentes e de registrar o endereço na face
pela qual ele tem acesso. Caso exista um acesso para cada face, o morador
deve indicar qual é o principal, que será registrado por você.
4. Ao encerrar o percurso e a cobertura da primeira face e concluí-la no DMC, passe à
próxima face, percorrendo-a no mesmo sentido, e realize o mesmo procedimento
com todos os endereços de domicílios, estabelecimentos e edificações em construção
ou em reforma.
119
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Manual do Recenseador
Conclua a face e assim sucessivamente até completar a quadra, conforme a sequência a
seguir.
5. Ao concluir o percurso e a cobertura da primeira quadra, passe a uma quadra
adjacente e repita o procedimento com cada uma de suas faces até completar a
quadra e passar à quadra seguinte.
6. Repita este procedimento com todas as quadras do setor, garantindo que todas as
faces sejam percorridas de forma ordenada e que todos os endereços e questionários
sejam cobertos.
7.
8.
9.
Atenção
Sempre que for útil à coleta e identificação de pontos de referência no setor, de
faces ou de endereços, registre fotografias do setor.
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Manual do Recenseador
Esta orientação implica em percorrer as faces de uma quadra sequencialmente, sempre indo
à face adjacente em um percurso que tende a seguir o sentido horário. Este procedimento
evidencia uma sequência padronizada de cobertura das faces e dos endereços das faces.
Com isso, operações futuras encontrarão as faces e os endereços ordenados de forma
organizada e sequencial, o que minimizará as possibilidades de omissão e agilizará o trabalho.
Um método recomendável é iniciar a cobertura por uma quadra próxima aos limites do
setor censitário e seguir para quadras adjacentes em um sentido ordenado (horário, por
exemplo), cobrindo o setor das bordas para o centro em formato espiral.
Todas as quadras e faces de um setor são numeradas com seus códigos. Assim, apesar
de ser frequente que um setor seja composto pelas quadras 1, 2, 3, 4, 5 etc., e que cada
uma destas quadras seja composta pelas faces 1, 2, 3, 4 etc., não há obrigação de realizar a
cobertura nesta ordem, caso esta não seja a mais conveniente.
Atenção
É necessário ter atenção a estes códigos, sabendo, porém, que eles não
determinam a ordenação da cobertura e não precisam ser sequenciais.
A obrigação é cobrir o setor de forma ordenada e cuidadosa, percorrendo as faces com as
unidades à sua direita. Assim, em um setor com quadras numeradas sequencialmente de
1 a 5, pode ser mais proveitoso, para um trabalho cuidadoso, organizado e ágil, realizar a
cobertura das quadras seguindo a ordem: 2, 1, 4, 3 e 5.
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