Tornearia Mec - Geral
Tornearia Mec - Geral
Tornearia Mec - Geral
Torno mecânico
As partes principais do torno universal são: placa, cabeçote fixo, recâmbio, caixa
de engrenagem, barramento, carro principal e cabeçote móvel.
Cabeçote fixo
Caixa Norton
Recâmbio
Barramento
Carro principal
O carro superior tem uma base giratória graduada que permite o torneamento
em ângulo. Nele também estão montados o fuso, o volante com anel graduado e
o porta-ferramentas ou torre.
Cabeçote móvel
• servir para fixar o mandril de haste cônica para furar com broca no torno;
Mangote - é uma luva cilíndrica com um cone morse num lado e uma porca no
outro; a ponta com o cone morse serve para prender a contraponta, a broca e o
mandril; o outro lado é conjugado a um parafuso, que ao ser girado pelo volante,
realiza o movimento de avanço e recuo.
Placa de 3
fixar peças cilíndricas
castanhas
Tipos de torno
Torno horizontal
Torno copiador
Torno CNC
Torno revólver
Operações do torno
Faceamento
Furação
Usa-se a furação no torno para fazer furo cilíndrico por deslocamento de uma
broca montada no cabeçote. É um furo de preparação do material para
operações posteriores de alargamento, torneamento e roscamento internos.
A furação no torno também serve para fazer uma superfície cilíndrica interna,
passante ou não, pela ação da ferramenta deslocada paralelamente ao torno.
Essa operação também é conhecida por broqueamento e permite obter furos
cilíndricos com diâmetro exato em buchas, polias, engrenagens e outras peças.
Quando se constrói um cone interior para ser acoplado a um cone exterior, deve-
se fabricar primeiro o cone exterior, usando-o depois como calibrador para
controlar a conicidade da peça com cone interno.
Paquímetro
Introdução
Essa escala permite que se alcance uma maior precisão nas medidas.
Tipos e usos
• Paquímetro universal
É utilizado em medições
• Externas;
• Internas;
• De profundidade.
É o tipo mais usado.
Paquímetro universal
• Paquímetro de profundidade
Utilizado para medir profundidade de furos não vazados, rasgos, rebaixos, etc.
Esse tipo de paquímetro pode apresentar-se:
• com haste simples;
• com haste com gancho.
A seguir, duas situações de uso do paquímetro de profundidade com haste simples.
Paquímetro digital
Paquímetro duplo
Ideal para grandes lotes de peças. Não tem
Para medir dentes de engrenagens
erro de paralaxe.
Traçador de altura
Traçador de altura
Princípio do nônio
Graduação do nônio
Escala do nônio
A figura abaixo ilustra a diferença de 0,2mm entre o segundo traço de cada escala.
Ilustra a diferença de 0,3mm entre os terceiros traços.E assim por diante.
Cálculo da aproximação
Exemplos:
1mm
Nônio com 10 divisões: aproximaçã o = = 0,1mm
10 divisões
1mm
Nônio com 20 divisões: aproximação = = 0,05mm
20 divisões
1mm
Nônio com 50 divisões: aproximação = = 0,02mm
50 divisães
• Verificar qual a indicação da escala fixa que está mais próxima á esquerda do zero
da escala móvel;
• À medida, dada pela escala fixa, adicionar a que é obtida com a escala móvel. Para
isso, multiplica-se a aproximação do paquímetro pelo número do traço do nônio que
coincide com um traço da escala fixa, após o zero da escala móvel.
Exemplo:
A escala fixa indica 73mm. O traço do nônio que coincide com um traço da escala fixa
após o zero da escala móvel, é o 13º. Portanto, devemos adicionar à indicação da
escala fixa (73mm) o resultado de 0,05 (que é a aproximação do paquímetro)
multiplicado por 13 (número do traço que coincidiu.).
Nota:
Não esqueça de calcular a resolução do paquímetro. Faça a leitura e escreva as
medidas.
a) leitura = b) leitura =
c) leitura = d) leitura =
e) leitura = f) leitura =
g) leitura = h) leitura =
i) leitura = j) leitura =
Exercícios – Continuação.
k) leitura = l) leitura =
m) leitura = n) leitura =
o) leitura = p) leitura =
q) leitura = r) leitura =
s) leitura = t) leitura =
u) leitura = v) leitura =
Peça 1 2 3 4 5 6 7
A
B
C
D
E
F
G
H
I
J
K
L
M
N
UNIDADE A B C
Milímetro
Aproximação – a
1"
Menor Valorda Escala Fixa
a= → a = 16
Número de Divisões do Nônio 8
Cálculo da divisão
1" 1" 1 1"
a= ÷8⇒a= × ⇒a=
16 16 8 128
1" 2 1
Assim, cada divisão do nônio vale ,duas divisões corresponderão a ou e
128 128 64
assim por diante.
Divisões do nônio
A partir daí vale a explicação dada no item anterior: adicionar à leitura da escala fixa a
1"
aproximação multiplicada pelo número do traço do nônio que coincidir com a
128
escala fixa.
3" 3"
Exemplo: Na figura a seguir, podemos ler na escala fixa e no nônio. A medida
4 128
total equivale à soma dessas duas leituras.
9"
não tem denominado r 128
64
Então transformar a fração com denominador 128
9" 9×2 18
⇒ = Fração equivalente com denominador 128
64 64 × 2 128
9"
Medida de no paquímetro
64
25"
Exemplo B: Abrir o paquímetro na medida
128
25"
Medida de no paquímetro
128
No paquímetro em que se adota esse sistema, cada polegada da escala fixa divide-se
1"
em 40 partes iguais. Cada divisão corresponde, então, a que é igual a .025".
40
Como o nônio tem 25 divisões, a aproximação desse paquímetro é:
U.E.F. .025"
Aproximaçã o = = = .001"
N.D.N. 25
Exemplo:
Considere, que a coincidência de traços ocorre com o 14º traço do nônio. Teremos
uma diferença de 14 x .001” = .014" para ser adicionada à medida indicada na escala
fixa.
Acompanhe essa situação na figura abaixo:
Erros de leitura
Além da falta de habilidade do operador, outros fatores podem provocar erros nas
medidas com paquímetro, como a paralaxe e a pressão de medição.
O erro por paralaxe deve-se ao fato de a coincidência entre um traço da escala fixa,
com outro da móvel, depender do ângulo de visão do operador.
O correto seria, então, o operador observar o instrumento de frente.
Já a pressão de medição origina-se no jogo do cursor, controlado por uma mola.
Pode ocorrer uma inclinação do cursor em relação à régua alterando a medida.
Para se deslocar com facilidade sobre a régua, o cursor deve estar bem regulado, nem
muito preso, nem muito solto. O operador deve, portanto, regular a mola, adaptando o
instrumento à sua mão.
Técnica de utilização
O paquímetro deve ser fechado suavemente, até que o encosto móvel toque a outra
extremidade.como vemos no desenho abaixo.
Feita a leitura da medida, o paquímetro deve ser aberto e a peça retirada, sem que os
encostos a toquem.
As recomendações seguintes referem-se à utilização do paquímetro para determinar
medidas:
• Externas;
• Internas;
• De profundidade;
• De ressaltos.
Nas medidas externas, a peça a ser medida deve estar colocada o mais profundo
possível entre os bicos de medição, para evitar um possível desgaste nas pontas dos
bicos.
Superfícies paralelas
Superfícies cilíndricas
Para maior segurança nas medições, as superfícies de medição dos bicos com a peça
devem ser bem apoiadas.
Nas medidas internas, as orelhas devem ser colocadas o mais profundo possível. O
paquímetro deve estar sempre paralelo à peça que está sendo medida.
Medição interna
Para maior segurança nas medições, as superfícies de medição das orelhas devem
coincidir com a linha de centro do furo.
Deve-se tomar a máxima leitura para diâmetros internos e a mínima leitura para faces
planas internas.
Medidas de profundidade
Medidas de ressalto
Conservação
Exercícios
1 – Leia cada uma das medidas em polegada fracionária e escreva a medida na linha
abaixo de cada desenho.
a) Leitura b) Leitura
c) Leitura d) Leitura
e) Leitura f) Leitura
g) Leitura h) Leitura
Exercícios continuação.
i) Leitura j) Leitura
k) Leitura l) Leitura
m) Leitura n) Leitura
o) Leitura p) Leitura
2 – Leia cada uma das medidas em polegada decimal e escreva a medida na linha
abaixo de cada desenho.
a) Leitura = b) Leitura=
Exercícios continuação.
c) Leitura = d) Leitura =
e) Leitura = f) Leitura =
g) Leitura = h) Leitura =
i) Leitura = j) Leitura =
k) Leitura = l) Leitura =
Peça 1 2 3 4 5 6 7
A
B
C
D
E
F
G
H
I
J
K
L
M
N
Unidade A B C D E F G H
Milímetro
Polegada
ordinária
Polegada
decimal
Régua graduada
Introdução
Escala Graduada
Utiliza-se a régua graduada nas medições com erro admissível superior à menor
graduação. Essa graduação eqüivale a 0,5mm ou 1/32”.
As réguas graduadas apresentam-se nas dimensões de 150, 200, 250, 300, 500, 600,
1000, 1500, 2000 e 3000mm. As mais usadas na oficina são as de 150mm (6") e
300mm (12").
Tipos e usos
• Régua de profundidade
Utilizada nas medições de canais ou rebaixos internos.
Régua de profundidade
Características
De modo geral, uma escala de boa qualidade deve apresentar um bom acabamento,
bordas retas e bem definidas, e faces polidas.
As réguas de manuseio constante devem ser de aço inoxidável e temperado. É
necessário que os traços da escala sejam gravados, bem definidos, uniformes e finos.
As distâncias entre os traços devem ser iguais.
A retilineidade e a precisão das divisões obedecem a normas internacionais.
Cada centímetro na escala acha-se dividido em 10 partes iguais, e cada parte eqüivale
a 1mm.
Assim, a leitura pode ser feita em milímetros. A figura abaixo mostra, de forma
ampliada, como se faz isso.
51
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Torneamento Mecânico
Leia os espaços marcados e escreva o numeral à frente das letras, abaixo da régua.
a) b) c) d) e) f) g) h) i) j)
l) m) n)
Leia os espaços marcados e escreva o numeral à frente das letras, abaixo da régua.
o) p) q)
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Torneamento Mecânico
Observe que na figura anterior estão indicados somente frações de numerador ímpar.
Isso acontece porque toda vez que houver numeradores pares, a fração é simplificada.
1" 1"
Æ
16 16
1"
Assim, o comprimento do objeto na figura acima é 1 (uma polegada e um oitavo de
8
polegada) de comprimento.
Conservação
Leitura em polegadas
A leitura na escala de polegadas é feita sempre que se quer uma medida no sistema
inglês. As graduações da escala de polegadas consistem em dividir 1 polegada em 2,
4, 8, 16 e 32 partes iguais.
polegada inteira
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Nota:
Para efeito de estudo, utilizaremos o intervalo da polegada ampliado.
Dividindo o intervalo de uma polegada em duas partes iguais, teremos:
1" 1 1"
1÷ 2 = x =
1 2 2
1"
Logo, cada divisão da escala vale
2
1"
Logo, cada divisão da escala vale
4
1"
Logo, cada divisão da escala vale .
8
1" 1 1"
1"÷16 = x =
1 16 16
55
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1"
Logo, cada divisão da escala vale .
16
1" 1 1"
1"÷32 = x =
1 32 32
1"
Logo, cada divisão da escala vale .
32
Exemplo:
Qual é a leitura da medição indicada pela seta na ilustração abaixo?
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Conservação
57
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UNIDADE A B C D
Milímetro
Polegada
UNIDADE A B C
Milímetro
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Unidade A B C D E F G H
Milímetro
Polegada
ordinária
Polegada
decimal
60
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Tornearia Mecânica
Medidas angulares
Introdução
Sistema sexagesimal
Para medir ângulos, usa -se o sistema sexagesimal. Segundo esse sistema, o
círculo é dividido em 360 partes iguais ou em 360 graus. O grau é a unidade legal
do ângulo. O ângulo divide-se em 60 minutos, em outras palavras, o grau é dividido
em 60 minutos. Finalmente, cada minuto corresponde a 60 segundos, ou seja, um
minuto é dividido em 60 segundos.
Símbolos utilizados
• o
= grau
• ‘ = minuto
• “ = segundo
Exemplos:
54o31’12” – Lê-se 54 graus, 31 minutos e 12 segundos.
22°12’18’’ – Lê-se 22 graus, 12 minutos e 18 segundos.
Ângulo reto
Ângulo reto
O ângulo reto padrão é representado por dois traços finamente gravados em cruz
numa placa de vidro.
Ângulo agudo
Ângulo agudo é aquele cuja abertura é menor do que a do ângulo reto, ou seja, menor
do que 90°.
Ângulo agudo
Ângulo obtuso
Ângulo obtuso é aquele cuja abertura é maior do que a do ângulo reto, ou seja, ângulo
maior do que 90º.
Ângulo obtuso
Ângulo raso
Ângulo raso
Ângulos complementares
Ângulos complementares são aqueles cuja soma entre eles é sempre igual a um
ângulo reto, ou seja, a soma entre eles é igual a 90º.
Na figura abaixo exemplo de ângulos complementares.
Ângulos complementares
Ângulos suplementares
Ângulos suplementares são aqueles cuja soma entre eles é sempre igual a um ângulo
raso, ou seja, a soma entre eles é sempre igual a180o.
Ângulos suplementares
Ângulos replementares
Ângulos replementares são aqueles cuja soma entre eles é sempre igual a 360o, ou
seja, a soma entre eles é igual ao valor da circunferência fechada. Igual a 360º
Ângulos replementares
Adição de ângulos
Nota: Para somar ou subtrair ângulos, devemos colocar as unidades iguais, uma sob a
outra: graus sob graus, minutos sob minutos e segundos sob segundos.
Exemplo 3
Exemplo 2
Subtração de ângulos
Nota: Para subtrair qualquer valor de zero, fazemos a transformação da casa com
valor zero para o valor 60 e tiramos uma unidade da casa da esquerda. Veja exemplo 2
e3
Exemplo 2 Exemplo 3
Exemplo 1
Multiplicação de ângulos
Exemplo 2
Exemplo 3
Exemplo 1
15º 23' 18"
5º 25' 18"
x5
x9
36º 15' 10" 75º 115' 90"
45º 225' 162"
x3 1' ← 60"
2' ← 120"
108º 45' 30" 75º 116' 30"
45º 227' 42"
1º ← 60'
3º ← 180'
76º 56' 30"
48º 47' 42"
Divisão de ângulos
Exemplo 1
Exemplo 2
c) 35º 44' 55” + 28º 31' 46” + 11º 10' 18" + 9º 8' 57" =
d) 30º 29' 30” + 59º 30' 30” + 44º 30' 30" + 45º 29' 30" =
d) 3º 43' 52" x 23 =
e) 6º 25' 43" x 7 =
Goniômetro
Introdução
Goniômetro simples
Goniômetro de precisão
Exemplos de aplicação
Cálculo da aproximação
Na leitura do nônio, utilizamos o valor de 5' para cada traço do nônio. Dessa forma, se
é o 2o traço no nônio que coincide com um traço da escala fixa, adicionamos 10' aos
graus lidos na escala fixa; se é o 3o traço, adicionamos 15'; se o 4o, 20’, etc.
A aproximação do nônio é dada pela fórmula geral, a mesma utilizada em outros
instrumentos de medida com nônio, ou seja: divide-se a menor divisão do disco
graduado pelo número de divisões do nônio.
Ou seja
1° 60'
Aproximação = = = 5'
12 12
Calculo de aproximação
Leitura do goniômetro
Os graus inteiros são lidos na graduação do disco com o traço zero do nônio. Na
escala fixa, a leitura pode ser feita tanto no sentido horário como no sentido anti -
horário.
A leitura dos minutos, por sua vez, é realizada a partir do zero do nônio, seguindo,
entretanto, a mesma direção da leitura dos graus.
Exercícios
Exercícios continuação
Conservação
Tolerância Dimensional
Introdução
As peças não são mais montadas em conjunto, como se fazia no passado. Por isso,
peças isoladas são produzidas dentro de um sistema de tolerância permitem serem
montadas em outro local, sem necessidade de retoques. Esse sistema de tolerância foi
criado em 1982 pela ISO (lnternational System Organization), e é conhecido no Brasil
como Sistema de Tolerâncias e Ajustes.
Ele prevê tolerâncias de fabricação para peças brutas e peças usinadas. Dessa forma,
é possível substituir, diretamente, as peças que estão danificadas, sem necessidade
de retoques. É o que se chama de intercambialidade.
A produção de peças no sistema ISO pode ser executada de duas maneiras:
• Produção em série: é utilizada em usinagem e montagens de pequenas
quantidades de peças. Nesse caso, o operador executa uma ou várias operações
no produto. Entretanto, as máquinas não são colocadas em linha.
• Produção em linha ou cadeia: é utilizada quando existe uma grande quantidade
de peças. O operador executa, assim, apenas uma operação. Na produção em
cadeia, as máquinas estão montadas na ordem racional de usinagem ou
montagem.
Tolerância Dimensional
Dmáx = 20 + 0,030mm
Dmáx = 20,030mm
Dmín = 20 – 0,010mm
Dmín = 19,990mm
Para ser aceita, a dimensão efetiva da peça deve estar dentro da tolerância.
T = Dmáx – Dmín
T = 20,030 – 19.990mm
T = 0,040mm
• Afastamentos: são desvios aceitáveis nas dimensões nominais, para mais ou para
menos que permitem a execução da peça sem prejuízo de seu funcionamento e
sua intercambiabilidade.
As = Dmáx – D
As = 20,030 – 20 = 0,030mm
As = 30µ
Ai = Dmín – D
Ai = 19,990 – 20 = – 0,010mm
Ai = – 10µ
A dimensão ideal ou cota ideal é obtida pela média entre as dimensões máxima e
mínima, de acordo com a fórmula:
D max + D min
Cota ideal =
2
20,030 + 19,990
Cota ideal = = 20,010mm
2
• Índice literal;
• Índice numérico.
• A letra h é reservada aos campos de tolerância dos eixos, cujo limite superior
de tolerância está na linha zero.
Limite superior
• A letra H, por sua vez, é reservada aos campos de tolerância dos furos, cujo
limite inferior de tolerância está na linha zero.
Limite inferior
Exemplo:
Consultar as tabelas ISO a seguir o furo 18 H7 e o eixo 18 g6
Dimensão nominal
Desvios em mícron (µ) Desvios em mm
em mm
Acima Até e
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
De Inclusive
+ 1,5 + 2,5 +4 +6 +9 + 13 + 21 + 33 + 52 + 84 + 130 + 0,21 + 0,33 + 0,52 + 0,84 + 1,3 + 2,1 + 3,3
18 30
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
+ 1,5 + 2,5 +4 +7 + 11 + 16 + 25 + 39 + 62 + 100 + 160 + 0,25 + 0,39 + 0,62 +1 + 1,6 + 2,5 + 3,9
30 50
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
+ 2,5 +4 +6 + 10 + 15 + 22 + 35 + 54 + 87 + 140 + 220 + 0,35 + 0,54 + 0,87 + 1,4 + 2,2 + 3,5 + 5,4
80 120
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
+ 4,5 +7 + 10 + 14 + 20 + 29 + 46 + 72 + 115 + 185 + 290 + 0,46 + 0,72 + 1,15 + 1,85 + 2,9 + 4,5 + 7,2
180 250
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
+6 +8 + 12 + 16 + 23 + 32 + 52 + 81 + 130 + 210 + 320 + 0,52 + 0,81 + 1,3 + 2,1 + 3,2 + 5,2 + 8,1
250 315
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
+7 +9 + 13 + 18 + 25 + 36 + 57 + 89 + 140 + 230 + 360 + 0,57 + 0,89 + 1,4 + 2,3 + 3,6 + 5,7 + 8,9
315 400
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Até e
Acima de 3 4 5 6 7 8 9 10
inclusive
–2 –2 –2 –2 –2 –2 –2 –2
– 3
–4 –5 –6 –8 – 12 – 16 – 17 – 42
–4 –4 –4 –4 –4 –4 –4 –4
3 6
– 6,5 –8 –9 – 12 – 18 – 22 – 34 – 52
–5 –5 –5 –5 –5 –5 –5 –5
6 10
– 7,5 –9 – 11 – 14 – 20 – 27 – 41 – 63
–6 –6 –6 –6 –6 –6 –8 –6
10 18
–9 – 11 – 14 – 17 – 24 – 33 – 49 – 76
–7 –7 –7 –7 –7 –7 –7 –7
18 30
– 11 – 13 – 16 – 20 – 28 – 40 – 59 – 91
9 9 9 9 9 9 9 9
30 50
– 13 – 16 – 20 – 25 – 34 – 48 – 71 – 109
– 10 – 10 – 10 – 10 – 10
50 80
– 18 – 23 – 29 – 40 – 56
– 12 – 12 – 12 – 12 – 12
80 120
– 22 – 27 – 34 – 47 – 56
– 14 – 14 – 14 – 14 – 12
120 180
– 26 – 32 – 39 – 54 – 65
– 15 – 15 – 15 – 15 – 14
180 250
– 29 – 35 – 44 – 61 – 77
– 17 – 17 – 17 – 17 – 15
250 315
– 33 – 40 – 49 – 89 – 87
– 18 – 18 – 18 – 18 – 17
315 400
– 36 – 43 – 54 – 75 – 98
– 20 – 20 – 20 – 20 – 18
400 500
– 40 – 47 – 60 – 83 – 107
+ 18 –17
Dimensões do exemplo Furo 18 Eixo 18
–0 –6
As 18µ – 6µ
Ai 0 – 17µ
Ajuste
De modo geral, a junção entre duas peças é chamada de ajuste. Pode ser com
folga, com interferência ou incerto.
Dimensão no desenho
Furo 50 H7 Eixo 50 f7
+ 25 –25
Encontrada na tabela 50 50
–0 –50
Dmáx
50 + 0,025 = 50,025mm 50 – 0,025 = 49,975mm
Dmin
50 + 0 = 50,000mm 50 – 0,050 = 49,950mm
As
25µ – 25µ
Ai
0 – 50
Tolerância
50,025 – 50,000 = 25µ 49,975 – 49,950 = 25µ
Para obter a folga média, basta somar a folga máxima à folga mínima e dividir o
resultado por dois:
Folga média
Ajuste incerto
O ajuste é incerto quando o diâmetro do eixo se apresenta levemente menor ou
levemente maior que o furo.
Ajuste incerto
Esse fato poderá ocasionar uma folga ou uma interferência. Depende dos
resultados dos cálculos.
Ajustes recomendados
Os tipos de ajustes recomendados e suas aplicações estão apresentados no quadro
abaixo.
D E
Dimensão nominal em mm
Até e
Acima de 6 7 8 9 10 11 12 13 5 6 7 8 9 10
inclusive
+ 26 + 30 + 34 + 45 + 60 + 80 + 120 + 160 + 18 + 20 + 24 + 28 + 39 + 54
– 3
+ 20 + 20 + 20 + 20 + 20 + 20 + 20 + 20 + 14 + 14 + 14 + 14 + 14 + 14
+ 119 + 130 + 146 + 174 + 220 + 280 + 400 + 580 + 73 + 79 + 90 + 108 + 134 + 180
50 80
+ 100 + 100 + 100 + 100 + 100 + 100 + 100 + 100 + 60 + 60 + 60 + 60 + 60 + 60
+ 142 + 155 + 174 + 207 + 260 + 340 + 470 + 660 + 87 + 94 + 107 + 125 + 159 + 212
80 120
+ 120 + 120 + 120 + 120 + 120 + 120 + 120 + 120 + 72 + 72 + 72 + 72 + 72 + 72
+ 170 + 185 + 208 + 245 + 305 + 395 + 545 + 775 + 103 + 110 + 125 + 148 + 185 + 245
120 180
+ 145 + 145 + 145 + 145 + 145 + 145 + 145 + 145 + 85 + 85 + 85 + 85 + 85 + 85
+ 199 + 216 + 242 + 285 + 355 + 460 + 630 + 890 + 120 + 129 + 146 + 172 + 215 + 285
180 250
+ 170 + 170 + 170 + 170 + 170 + 170 + 170 + 170 + 100 + 100 + 100 + 100 + 100 + 100
+ 222 + 242 + 271 + 320 + 400 + 510 + 710 + 1000 + 133 + 142 + 162 + 191 + 240 + 320
250 315
+ 190 + 190 + 190 + 190 + 190 + 190 + 190 + 190 + 110 + 110 + 110 + 110 + 110 + 110
+ 246 + 267 + 299 + 350 + 440 + 570 + 780 + 1100 + 150 + 161 + 182 + 214 + 265 + 355
315 400
+ 210 + 210 + 210 + 210 + 210 + 210 + 210 + 210 + 125 + 125 + 125 + 125 + 125 + 125
+ 270 + 293 + 327 + 385 + 480 + 630 + 860 + 1200 + 162 + 175 + 198 + 232 + 290 + 385
400 500
+ 230 + 230 + 230 + 230 + 230 + 230 + 230 + 230 + 135 + 135 + 135 + 135 + 135 + 135
Dimensão nominal em
EF F
mm
Até e
Acima de 3 4 5 6 7 8 9 10 3 4 5 6 7 8 9 10
inclusive
+ 12 + 13 + 14 + 16 + 20 + 24 + 35 + 50 +8 +9 + 10 + 12 + 16 + 20 + 31 + 46
– 3
+ 10 + 10 + 10 + 10 + 10 + 10 + 10 + 10 +6 +6 +6 +6 +6 +6 +6 +6
+ 16,5 + 18 + 19 + 22 + 26 + 32 + 44 + 62 + 12,5 + 14 + 15 + 18 + 22 + 28 + 40 + 58
3 6
+ 14 + 14 + 14 + 14 + 14 + 14 + 14 + 14 + 10 + 10 + 10 + 10 + 10 + 10 + 10 + 10
+ 20,5 + 22 + 24 + 27 + 33 + 40 + 54 + 76 + 15,5 + 17 + 19 + 22 + 28 + 35 + 49 + 71
6 10
+ 18 + 18 + 18 + 18 + 18 + 18 + 18 + 18 + 13 + 13 + 13 + 13 + 13 + 13 + 13 + 13
+ 19 + 21 + 24 + 27 + 34 + 43 + 59 + 86
10 18
+ 16 + 16 + 16 + 16 + 16 + 16 + 16 + 16
+ 24 + 26 + 29 + 33 + 41 + 53 + 72 + 104
18 30
+ 20 + 20 + 20 + 20 + 20 + 20 + 20 + 20
+ 29 + 32 + 36 + 41 + 50 + 64 + 87 + 125
30 50
+ 25 + 25 + 25 + 25 + 25 + 25 + 25 + 25
+ 43 + 49 + 60 + 76 + 104
50 80
+ 30 + 30 + 30 + 30 + 30
+ 51 + 58 + 71 + 90 + 123
80 120
+ 36 + 36 + 36 + 36 + 36
+ 61 + 68 + 83 + 106 + 143
120 180
+ 43 + 43 + 43 + 43 + 43
+ 70 + 79 + 96 + 122 + 165
180 250
+ 50 + 50 + 50 + 50 + 50
Dimensão nominal em mm FG G
Até e
Acima de 3 4 5 6 7 8 9 10 3 4 5 6 7 8 9 10
inclusive
+6 +7 +8 + 10 + 14 + 18 + 29 + 44 +4 +5 +6 +8 + 12 + 16 + 27 + 42
– 3
+4 +4 +4 +4 +4 +4 +4 +4 +2 +2 +2 +2 +2 +2 +2 +2
+ 10,5 + 12 + 14 + 17 + 23 + 30 + 44 + 66 + 7,5 +9 + 11 + 14 + 20 + 27 + 41 + 63
6 10
+8 +8 +8 +8 +8 +8 +8 +8 +5 +5 +5 +5 +5 +5 +5 +5
+9 + 11 + 14 + 17 + 24 + 33 + 49 + 76
10 18
+6 +6 +6 +6 +6 +6 +6 +6
+ 11 + 13 + 16 + 20 + 28 + 40 + 59 + 91
18 30
+7 +7 +7 +7 +7 +7 +7 +7
+ 13 + 16 + 20 + 25 + 34 + 48 + 71 + 109
30 50
+9 +9 +9 +9 +9 +9 +9 +9
+ 23 + 29 + 40 + 56
50 80
+ 10 + 10 + 10 + 10
+ 27 + 34 + 47 + 66
80 120
+ 12 + 12 + 12 + 12
+ 32 + 39 + 54 + 77
120 180
+ 14 + 14 + 14 + 14
+ 35 + 44 + 61 + 87
180 250
+ 15 + 15 + 15 + 15
+ 40 + 49 + 69 + 98
250 315
+ 17 + 17 + 17 + 17
+ 43 + 54 + 75 + 107
315 400
+ 18 + 18 + 18 + 18
+ 47 + 60 + 83 + 117
400 500
+ 20 + 20 + 20 + 20
Dimensão nominal
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
em mm
Acima Até e
Desvios em µm Desvios em mm
de inclusive
+ 1,5 + 2,5 +4 +6 +9 + 13 + 21 + 33 + 52 + 84 + 130 + 0,21 + 0,33 + 0,52 + 0,84 + 1,3 + 2,1 + 3,3
18 30
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
+ 1,5 + 2,5 +4 +7 + 11 + 16 + 25 + 39 + 62 + 100 + 160 + 0,25 + 0,39 + 0,62 +1 + 1,6 + 2,5 + 3,9
30 50
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
+ 2,5 +4 +6 + 10 + 15 + 22 + 35 + 54 + 87 + 140 + 220 + 0,35 + 0,54 + 0,87 + 1,4 + 2,2 + 3,5 + 5,4
80 120
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
+ 4,5 +7 + 10 + 14 + 20 + 29 + 46 + 72 + 115 + 185 + 290 + 0,46 + 0,72 + 1,15 + 1,85 + 2,9 + 4,5 + 7,2
180 250
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
+6 +8 + 12 + 16 + 23 + 32 + 52 + 81 + 130 + 210 + 320 + 0,52 + 0,81 + 1,3 + 2,1 + 3,2 + 5,2 + 8,1
250 315
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
+7 +9 + 13 + 18 + 25 + 36 + 57 + 89 + 140 + 230 + 360 + 0,57 + 0,89 + 1,4 + 2,3 + 3,6 + 5,7 + 8,9
315 400
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Dimensão nominal em
J K
mm
Até e
Acima de 6 7 8 91) 3 4 5 6 7 8 9 10
inclusive
+2 +4 +6 0 0 0 0 0 0 0 0
_ 3
–4 –6 –8 –2 –3 –4 –6 – 10 – 14 – 25 – 40
+5 + 10 0 + 0,5 0 +2 +3 +5
3 6 ± 6
–3 –8 – 2,5 – 3,5 –5 –6 –9 – 13
+5 +8 + 12 0 + 0,5 +1 +2 +5 +6
6 10
–4 –7 – 10 – 2,5 – 3,5 –5 –7 – 10 – 16
+6 + 10 + 15 0 +1 +2 +2 +6 +8
10 18
–5 –8 – 12 –3 –4 –6 –9 – 12 – 19
+8 + 12 + 20 – 0,5 0 +1 +2 +6 + 10
18 30
–5 –9 – 13 – 4,5 –6 –8 – 11 – 15 – 23
+ 10 + 14 + 24 – 0,5 +1 +2 +3 +7 + 12
30 50
–6 – 11 – 15 – 4,5 –6 –9 – 13 – 18 – 27
+ 13 + 18 + 28 +3 +4 +9 + 14
50 80
–6 – 12 – 18 – 10 – 15 – 21 – 32
+ 16 + 22 + 34 +2 +4 + 10 + 16
80 120
–6 – 13 – 20 – 13 – 18 – 25 – 38
+ 18 + 26 + 41 +3 +4 + 12 + 20
120 180
–7 – 14 – 22 – 15 – 21 – 28 – 43
+ 22 + 30 + 47 +2 +5 + 13 + 22
180 250
–7 – 16 – 25 – 18 – 24 – 33 – 50
+ 25 + 36 + 55 +3 +5 + 16 + 25
250 315
–7 – 16 – 26 – 20 – 27 – 36 – 56
+ 29 + 39 + 60 +3 +7 + 17 + 28
315 400
–7 – 18 – 29 – 22 – 29 – 40 – 61
+ 33 + 43 + 66 +2 +8 + 18 + 29
400 500
–7 – 20 – 31 – 25 – 32 – 45 – 68
Dimensão nominal em
JS
mm
Até e
Acima de 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
inclusive
120 180 ±1,75 ±2,5 ±4 ±6 ±9 ±12,5 ±20 ±31,5 ±50 ±80 ±125
180 250 ±2,25 ±3,5 ±5 ±7 ±10 ±14,5 ±23 ±36 ±57,5 ±92,5 ±145
315 400 ±3,5 ±4,5 ±6,5 ±9 ±12,5 ±18 ±28,5 ±44,5 ±70 ±115 ±180
400 500 ±4 ±5 ±7,5 ±10 ±13,5 ±20 ±31,5 ±48,5 ±77,5 ±125 ±200
Dimensão nominal em mm M
–2 –2 –2 –2 –2 –2 –2 –2
– 3
–4 –5 –6 –8 – 12 – 16 – 27 – 42
–3 – 2,5 –3 –1 0 –2 –4 –4
3 6
– 5,5 – 6,5 –8 –9 – 12 – 16 – 34 – 52
–5 – 4,5 –4 –3 0 –1 –6 –6
6 10
– 7,5 – 8,5 – 10 – 12 – 15 – 21 – 42 – 64
–6 –5 –4 –4 0 –2 –7 –7
10 18
–9 – 10 – 12 – 15 – 18 – 25 – 50 – 77
– 6,5 –6 –5 –4 0 –4 –8 –8
18 30
– 10,5 – 12 – 14 – 17 – 21 – 29 – 60 – 92
– 7,5 –6 –5 –4 0 –5 –9 –9
30 50
– 11,5 – 13 – 16 – 20 – 25 – 34 – 71 – 109
–6 –5 0 –5
50 80
– 19 – 24 – 30 – 41
–8 –6 –0 –6
80 120
– 23 – 28 – 35 – 48
–9 –8 0 –8
120 180
– 27 – 33 – 40 – 55
– 11 –8 0 –9
180 250
– 31 – 37 – 46 – 63
– 13 –9 0 –9
250 315
– 36 – 41 – 52 – 72
– 14 – 10 0 – 11
315 400
– 39 – 46 – 57 – 78
– 16 – 10 0 – 11
400 500
– 43 – 50 – 63 – 86
Dimensão nominal em mm N
–4 –4 –4 –4 –4 –4 –4 –4 –4
– 3
–6 –7 –8 – 10 – 14 – 18 – 29 – 44 – 64
–7 – 5,5 –7 –5 –4 –2 0 0 0
3 6
– 9,5 – 10,5 – 12 – 13 – 16 – 20 – 30 – 48 – 75
–9 – 8,5 –8 –7 –4 –3 0 0 0
6 10
– 11,5 – 12,5 – 14 – 16 – 19 – 25 – 36 – 58 – 90
– 11 – 10 –9 –9 –5 –3 0 0 0
10 18
– 14 – 15 – 17 – 20 – 23 – 30 – 43 – 70 – 110
– 13,5 – 13 – 12 – 11 –7 –3 0 0 0
18 30
– 17,5 – 19 – 21 – 24 – 28 – 36 – 52 – 84 – 130
– 15,5 – 14 – 13 – 12 –8 –3 0 0 0
30 50
– 19,5 – 21 – 24 – 28 – 33 – 42 – 62 – 100 – 160
– 15 – 14 –9 –4 0 0 0
50 80
– 28 – 33 – 39 – 50 – 74 – 120 – 190
– 18 – 16 – 10 –4 0 0 0
80 120
– 33 – 38 – 45 – 58 – 87 – 140 – 220
– 21 – 20 – 12 –4 0 0 0
120 180
– 39 – 45 – 52 – 67 – 100 – 160 – 250
– 25 – 22 – 14 –5 0 0 0
180 250
– 45 – 51 – 60 – 77 – 115 – 185 – 290
– 27 – 25 – 14 –5 0 0 0
250 315
– 50 – 57 – 66 – 86 – 130 – 210 – 320
– 30 – 26 – 16 –5 0 0 0
315 400
– 55 – 62 – 73 – 94 – 140 – 230 – 360
– 33 – 27 – 17 –6 0 0 0
400 500
– 60 – 67 – 80 – 103 – 155 – 250 – 400
Dimensão nominal em mm P
–6 –6 –6 –6 –6 –6 –6 –6
– 3
–8 –9 – 10 – 12 – 16 – 20 – 31 – 48
– 11 – 10,5 – 11 –9 –8 – 12 – 12 – 12
3 6
– 13,5 – 14,5 – 16 – 17 – 20 – 30 – 42 – 60
– 14 – 13,5 – 13 – 12 –9 – 15 – 15 – 15
6 10
– 16,5 – 17,5 – 19 – 21 – 24 – 37 – 51 – 73
– 17 – 16 – 15 – 15 – 11 – 18 – 18 – 18
10 18
– 20 – 21 – 23 – 26 – 29 – 45 – 61 – 88
– 20,5 – 20 – 19 – 18 – 14 – 22 – 22 – 22
18 30
– 24,5 – 26 – 28 – 31 – 35 – 55 – 74 – 106
– 24,5 – 23 – 22 – 21 – 17 – 26 – 26 – 26
30 50
– 28,5 – 30 – 33 – 37 – 42 – 65 – 88 – 126
– 27 – 26 – 21 – 32 – 32
50 80
– 40 – 45 – 51 – 78 – 106
– 32 – 30 – 24 – 37 – 37
80 120
– 47 – 52 – 69 – 91 – 124
– 37 – 36 – 28 – 43 – 43
120 180
– 55 – 61 – 68 – 106 – 143
– 44 – 41 – 33 – 50 – 50
180 250
– 64 – 70 – 79 – 122 – 165
– 49 – 47 – 36 – 56 – 56
250 315
– 72 – 79 – 88 – 137 – 188
– 55 – 51 – 41 – 62 – 62
315 400
– 80 – 87 – 98 – 151 – 202
– 61 – 55 – 45 – 68 – 68
400 500
– 88 – 95 – 108 – 165 – 223
Dimensão nominal em
cd d
mm
Até e
Acima de 5 6 7 8 9 10 5 6 7 8 9 10 11 12 13
inclusive
– 34 – 34 – 34 – 34 – 34 – 34 – 20 – 20 – 20 – 20 – 20 – 20 – 20 – 20 – 20
– 3
– 38 – 40 – 44 – 48 – 59 – 74 – 24 – 26 – 30 – 34 – 45 – 60 – 80 – 120 – 160
– 46 – 46 – 46 – 46 – 46 – 46 – 30 – 30 – 30 – 30 – 30 – 30 – 30 – 30 – 30
3 6
– 51 – 54 – 58 – 64 – 76 – 94 – 35 – 38 – 42 – 48 – 60 – 78 – 105 – 150 – 210
– 56 – 56 – 56 – 56 – 56 – 56 – 40 – 40 – 40 – 40 – 40 – 40 – 40 – 40 – 40
6 10
– 62 – 85 – 71 – 78 – 92 – 114 – 46 – 49 – 55 – 62 – 76 – 98 – 130 – 190 – 260
– 50 – 50 – 50 – 50 – 50 – 50 – 50 – 50 – 50
10 18
– 58 – 61 – 68 – 77 – 93 – 120 – 160 – 230 – 320
– 65 – 65 – 65 – 65 – 65 – 65 – 65 – 65 – 65
18 30
– 74 – 78 – 86 – 98 – 117 – 149 – 195 – 275 – 395
– 80 – 80 – 80 – 80 – 80 – 80 – 80 – 80 – 80
30 50
– 91 – 96 – 105 – 119 – 142 – 180 – 240 – 330 – 470
Dimensão nominal
e ef
em mm
Até e
Acima de 5 6 7 8 9 10 3 4 5 6 7 8 9 10
inclusive
– 14 – 14 – 14 – 14 – 14 – 14 – 10 – 10 – 10 – 10 – 10 – 10 – 10 – 10
– 3
– 18 – 20 – 24 – 28 – 39 – 54 – 12 – 13 – 14 – 16 – 20 – 24 – 35 – 50
– 20 – 20 – 20 – 20 – 20 – 20 – 14 – 14 – 14 – 14 – 14 – 14 – 14 – 14
3 6
– 25 – 28 – 32 – 38 – 50 – 68 – 16,5 – 18 – 19 – 22 – 26 – 32 – 44 – 62
– 25 – 25 – 25 – 25 – 25 – 25 – 18 – 18 – 18 – 18 – 18 – 18 – 18 – 18
6 10
– 31 – 34 – 40 – 47 – 61 – 83 – 20,5 – 22 – 24 – 27 – 33 – 40 – 54 – 76
– 32 – 32 – 32 – 32 – 32 – 32
10 18
– 40 – 43 – 50 – 59 – 75 – 102
– 40 – 40 – 40 – 40 – 40 – 40
18 30
– 49 – 53 – 61 – 73 – 92 – 124
– 50 – 50 – 50 – 50 – 50 – 50
30 50
– 61 – 66 – 75 – 89 – 112 – 150
– 60 – 60 – 60 – 60 – 60 – 60
50 80
– 73 – 79 – 90 – 108 – 134 – 180
– 72 – 72 – 72 – 72 – 72 – 72
80 120
– 87 – 94 – 107 – 126 – 159 – 212
– 85 – 85 – 85 – 85 – 85 – 85
120 180
– 103 – 110 – 125 – 148 – 185 – 245
Dimensão nominal
F fg
em mm
Até e
Acima de inclusiv 3 4 5 6 7 8 9 10 3 4 5 6 7 8 9 10
e
–6 –8 –6 –6 –8 –6 –8 –6 –4 –4 –4 –4 –4 –4 –4 –4
– 3
–8 –9 – 10 – 12 – 16 – 20 – 31 – 46 –6 –7 –8 – 10 – 14 – 18 – 29 – 44
– 10 – 10 – 10 – 10 – 10 – 10 – 10 – 10 –6 –6 –8 –6 –6 –6 –6 –6
3 6
– 12,5 – 14 – 15 – 18 – 22 – 28 – 40 – 58 – 8,5 – 10 – 11 – 14 – 18 – 24 – 36 – 54
– 13 – 13 – 13 – 13 – 13 – 13 – 13 – 13 –8 –8 –8 –8 –8 –8 –8 –8
6 10
– 15,5 – 17 – 19 – 22 – 28 – 35 – 49 – 71 – 10,5 – 12 – 14 – 17 – 23 – 30 – 44 – 86
– 16 – 16 – 16 – 16 – 16 – 16 – 16 – 16
10 18
– 19 – 21 – 24 – 27 – 34 – 43 – 59 – 86
– 20 – 20 – 20 – 20 – 20 – 20 – 20 – 20
18 30
– 24 – 26 – 29 – 33 – 41 – 53 – 72 – 104
– 25 – 25 – 25 – 25 – 25 – 25 – 25 – 25
30 50
– 29 – 32 – 38 – 41 – 50 – 64 – 87 – 125
– 30 – 30 – 30 – 30 – 30 – 30
50 80
– 38 – 43 – 49 – 60 – 76 – 104
– 38 – 38 – 38 – 38 – 36 – 36
80 120
– 48 – 51 – 58 – 71 – 90 – 123
– 43 – 43 – 43 – 43 – 43 – 43
120 180
– 55 – 61 – 88 – 83 – 106 – 143
– 50 – 50 – 60 – 50 – 50 – 50
180 250
– 84 – 70 – 79 – 98 – 122 – 185
– 58 – 56 – 56 – 55 – 56 – 56
250 315
– 72 – 79 – 88 – 108 – 137 – 185
– 82 – 62 – 62 – 62 – 62 – 82
315 400
– 80 – 67 – 98 – 119 – 151 – 202
– 88 – 68 – 68 – 88 – 68 – 68
400 500
– 88 – 95 – 108 – 131 – 165 – 223
Dimensão nominal mm g
–2 –2 2 –2 –2 –2 –2 –2
– 3
–4 –5 –6 –8 – 12 – 16 – 17 – 42
–4 –4 –4 –4 –4 –4 –4 –4
3 6
– 6,5 –8 –9 – 12 – 18 – 22 – 34 – 52
–5 –5 –5 –5 –5 –5 –5 –5
6 10
– 7,5 –9 – 11 – 14 – 20 – 27 – 41 – 63
–6 –6 –6 –6 –6 –6 –8 –6
10 18
–9 – 11 – 14 – 17 – 24 – 33 – 49 – 76
–7 –7 –7 –7 –7 –7 –7 –7
18 30
– 11 – 13 – 16 – 20 – 28 – 40 – 59 – 91
–9 –9 –9 –9 –9 –9 –9 –9
30 50
– 13 – 16 – 20 – 25 – 34 – 48 – 71 – 109
– 10 – 10 – 10 – 10 – 10
50 80
– 18 – 23 – 29 – 40 – 56
– 12 – 12 – 12 – 12 – 12
80 120
– 22 – 27 – 34 – 47 – 56
– 14 – 14 – 14 – 14 – 12
120 180
– 26 – 32 – 39 – 54 – 65
– 15 – 15 – 15 – 15 – 14
180 250
– 29 – 35 – 44 – 61 – 77
– 17 – 17 – 17 – 17 – 15
250 315
– 33 – 40 – 49 – 89 – 87
– 18 – 18 – 18 – 18 – 17
315 400
– 36 – 43 – 54 – 75 – 98
– 20 – 20 – 20 – 20 – 18
400 500
– 40 – 47 – 60 – 83 – 107
Dimensão nominal em
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
mm
Até e
Acima de Desvios em µm Desvios em mm
inclusive
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
– 3
– 0,8 – 1,2 –2 –3 –4 –6 – 10 – 14 – 25 – 40 – 60 – 0,1 – 0,14 – 0,25 – 0,4 – 0,6
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
3 6
–1 – 1,5 – 2,5 –4 –5 –8 – 12 – 18 – 30 – 48 – 75 – 0,12 – 0,18 – 0,3 – 0,48 – 0,75 – 1,2 – 1,8
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
6 10
–1 – 1,5 – 2,5 –4 –6 –9 – 15 – 22 – 36 – 58 – 90 – 0,15 – 0,22 – 0,36 – 0,58 – 0,9 – 1,5 – 2,2
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
10 18
– 1,2 –2 –3 –5 –8 – 11 – 18 – 27 – 43 – 70 – 110 – 0,18 – 0,27 – 0,43 – 0,7 – 1,1 – 1,8 – 2,7
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
18 30
– 1,5 – 2,5 –4 –6 –9 – 13 – 21 – 33 – 52 – 84 – 130 – 0,21 – 0,33 – 0,52 – 0,84 – 1.3 – 2,1 – 3,3
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
30 50
– 1,5 – 2,5 –4 –7 – 11 – 16 – 25 – 39 – 62 – 100 – 160 – 0,25 – 0,39 – 0,62 –1 – 1,6 – 2,5 – 3,9
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
50 80
–2 –3 –5 –8 – 13 – 19 – 30 – 46 – 74 – 120 – 190 – 0,3 – 0,46 – 0,74 – 1,2 – 1,9 –3 – 4,6
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
80 120
– 2,5 –4 –6 – 10 – 15 – 22 – 35 – 64 +87 – 140 – 220 – 0,35 – 0,54 – 0,87 – 1,4 – 2,2 – 3,5 – 5,4
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
120 180
– 3,5 –5 –8 – 12 – 18 – 25 – 40 – 63 – 100 – 160 – 250 – 0,4 – 0,63 –1 – 1,6 – 2,5 –4 – 6,3
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
180 250
– 4,5 –7 – 10 – 14 – 20 – 29 – 46 – 72 – 115 – 185 – 290 – 0,46 – 0,72 – 1,15 – 1,85 – 2,9 – 4,6 – 7,2
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
250 315
–6 –8 – 12 – 18 – 23 – 32 – 52 – 81 – 130 – 210 – 320 – 0,52 – 0,81 – 1,3 – 2,1 – 3,2 – 5,2 – 8,1
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
315 400
–7 –9 – 13 – 18 – 25 – 36 – 57 – 89 – 140 – 230 – 360 – 0,57 – 0,89 – 1,4 – 2,3 – 3,6 – 5,7 – 8,9
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
400 500
–8 – 10 – 15 – 20 – 27 – 40 – 63 – 97 – 155 – 250 – 400 – 0,63 – 0,97 – 1,55 – 2,5 –4 – 6,3 – 9,7
Dimensão nominal
J k
mm
Até e
Acima de 5 6 7 8 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
inclusíve
+4 +7 +10 +2,5 +5 +7 +10 +16 +22 +36 +58 +90 +150 +220
6 10
–2 –2 –5 0 +1 +1 +1 +1 0 0 0 0 0 0
+6 +11 +15 +4 +9 +13 +18 +27 +39 + 62 +100 +160 +250 +390
30 50
–5 –5 – 10 0 +2 +2 +2 +2 0 0 0 0 0 0
+6 +12 +18 +10 +15 +21 +32 +46 + 74 +120 +190 +300 +480
50 80
–7 –7 – 12 +2 +2 +2 +2 0 0 0 0 0 0
+6 +13 +20 +13 +18 +25 +38 +54 + 87 +140 +220 +350 +540
80 120
–9 –9 – 15 +3 +3 +3 +3 0 0 0 0 0 0
+7 +14 +22 +15 +21 +28 +43 +63 +100 +160 +250 +400 +630
120 180
– 11 – 11 – 18 +3 +3 +3 +3 0 0 0 0 0 0
+ 7 +16 +25 +18 +24 +33 +50 +72 +115 +185 +290 +460 +720
180 250
– 13 – 13 – 21 +4 +4 +4 +4 0 0 0 0 0 0
+ 7 +20 +27 +36 +56 +81 +130 +210 +320 +520 +810
250 315 ± 16 ± 28
– 16 +4 +4 +4 +4 0 0 0 0 0 0
+ 7 +29 +22 +29 +40 +61 +89 +140 +230 +360 +570 +890
315 400 ± 18
– 18 – 28 +4 +4 +4 +4 0 0 0 0 0 0
+ 7 +31 +25 +32 +45 +88 +97 +155 +250 +400 +630 +970
400 500 ± 20
– 20 – 32 +5 +5 +5 +5 0 0 0 0 0 0
Dimensão nominal em mm js
Até e
Acima de 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Inclusive
120 180 ±1,75 ±2,5 ±4 ±6 ±9 ±12,5 ±20 ±31,5 ±50 ±80 ±125
180 250 ±2,25 ±3,5 ±5 ±7 ±10 ±14,5 ±23 ±36 ±57,5 ±92,5 ±145
315 400 ±3,5 ±4,5 ±6,5 ±9 ±12,5 ±18 ±28,5 ±44,5 ±70 ±115 180
400 500 ±4 ±5 ±7,5 ±10 ±13,5 ±20 ±31,5 ±48,5 ±77,5 ±125 ±200
Dimensão nominal
M n
mm
Até e
Acima de 3 4 5 6 7 8 9 3 4 5 6 7 8 9
inclusive
+6,5 +8 +9 +12 +16 +22 +34 +10.5 +12 +13 +16 +20 +26 +38
3 6
+4 +4 +4 +4 +4 +4 +4 +8 +8 +8 +8 +8 +8 +8
+8,5 +10 +12 +15 +21 +28 +42 +12,5 +14 +16 +19 +25 +32 +46
6 10
+6 +6 +6 +6 +6 +6 +6 +10 +10 +10 +10 +10 +10 +10
+10 +12 +15 +18 +25 +34 +50 +15 +17 +20 +23 +30 +39 +55
10 18
+7 +7 +7 +7 +7 +7 +7 +12 +12 +12 +12 +12 +12 +12
+12 +14 +17 +21 +29 +41 +60 +19 +21 +24 +28 +36 +48 +67
18 30
+8 +8 +8 +8 +8 +8 +8 +15 +15 +15 +15 +15 +15 +15
+13 +16 +20 +25 +34 +48 +71 +21 +24 +28 +33 +42 +56 +79
30 50
+9 +9 +9 +9 +9 +8 +9 +17 +17 +17 +17 +17 +17 +17
Dimensão nominal em mm p
Até e
Acima 3 4 5 6 7 8 9 10
inclusive
Furo Eixo
Calcular para: Fórmula
80 H7 80 p6
D. Máximo
D. Mínimo
A. Superior
A. Inferior
Tolerância
D. Ideal
Folga máxima
Folga mínima
Folga ideal
Interfer. máxima
Interfer. mínima
Interfer. Ideal
Exercícios continuação.
Furo Eixo
Calcular para: Fórmula
70 H7 70 j6
D. Máximo
D. Mínimo
A. Superior
A. Inferior
Tolerância
D. Ideal
Folga máxima
Folga mínima
Folga ideal
Interfer. máxima
Interfer. mínima
Interfer. Ideal
Exercícios continuação.
Furo Eixo
Calcular para: Fórmula
45 H7 45 f7
D. Máximo
D. Mínimo
A. Superior
A. Inferior
Tolerância
D. Ideal
Folga máxima
Folga mínima
Folga ideal
Interfer. máxima
Interfer. mínima
Interfer. Ideal
Ferramentas de corte
Existem dois fatores de influência nas ferramentas de corte: a dureza dos materiais de
que são feitas e o ângulo da geometria de corte da ferramenta.
Normalmente os materiais das ferramentas de corte são aço carbono, aço rápido,
metal duro e cerâmica.
Aço carbono
O aço carbono utilizado para ferramentas de corte tem teores de carbono que variam
entre 0,7 e 1,5%; é utilizado em ferramentas para usinagem manual ou em máquinas-
ferramenta como, por exemplo, limas, talhadeiras, raspadores e serras. As ferramentas
de aço carbono são utilizadas para pequenas quantidades de peças e não se prestam
a altas produções; são pouco resistentes a temperaturas de corte superiores a 250° C,
daí a desvantagem de usar baixas velocidades de corte.
Aço rápido
As ferramentas de aço rápido possuem, além do carbono, vários elementos de
liga, tais como tungstênio (W), cobalto (Co), cromo (Cr), vanádio (Va), molibdênio (Mo)
e boro (B), que são responsáveis pelas propriedades de resistência ao desgaste e
aumentam a resistência de corte a quente até 550° C, possibilitando maior velocidade
de corte em relação às ferramentas de aço carbono.
Outra vantagem das ferramentas de aço rápido é que são reafiáveis, além de
que um grande número de arestas de corte pode ser produzido numa mesma
ferramenta. As ferramentas de aço rápido são comercializadas em forma de bastões
de perfis quadrados, redondos ou lâminas, conhecidos como bites.
Metal duro
O metal duro difere totalmente dos materiais fundidos, como o aço; apresenta-se em
forma de pó metálico de tungstênio (W), tântalo (Ta), cobalto (Co) e titânio (Ti),
misturados e compactados na forma desejada, recebendo o nome de briquete. O
último estágio de fabricação do metal duro é a sinterização, em que os briquetes se
tornam uma peça acabada de metal duro em forma de pastilha, sob uma temperatura
entre 1 300 e 1 600° C.
Todo esse processo garante ao metal duro grande resistência ao desgaste, com as
vantagens de alta resistência ao corte a quente, pois até uma temperatura de 800°C a
dureza mantém-se inalterada; possibilidade de velocidades de corte de 50 a
200m/min, até vinte vezes superior à velocidade do aço rápido.
Cerâmica
Ângulo de folga α
Ângulo de cunha β
Ângulo de saída γ
Ângulo da ponta ε
É formado pela projeção das arestas lateral e principal de corte sobre o plano de
referência e medido no plano de referência; é determinado conforme o avanço. O
campo de variação situa-se entre 55 e 120° e o valor usual é 90°.
Formado pela projeção da aresta principal de corte sobre o plano de referência e pela
direção do avanço medido no plano de referência. Direciona a saída do cavaco e
influencia na força de corte. A função do ângulo χ é controlar o choque de entrada da
ferramenta. O campo de variação deste ângulo está entre 30 e 90° ; o valor usual é 75°
.
É o ângulo formado entre a aresta principal de corte e sua projeção sobre o plano de
referência medido no plano de corte. Tem por finalidade controlar a direção do
escoamento do cavaco e o consumo de potência, além de proteger a ponta da
ferramenta e aumentar seu tempo de vida útil; o ângulo de inclinação pode variar de -
10 a + 10° ; em geral, λ = -5° .
Material Ângulos
α β γ
Aço 1020 até 450N/mm2 8 55 27
2
Aço 1045 420 a 700N/mm 8 62 20
2
Aço 1060 acima de 700N/mm 8 68 14
Aço inox 8 a 10 62 a 68 14 a 18
Alumínio 10 a 12 30 a 35 45 a 48
Duralumínio 8 a 10 35 a 45 37 a 45
Duroplástico
Celeron, baquelite 10 80 a 90 5
Ebonite 15 75 0
Fibra 10 55 25
Termoplástico
PVC 10 75 5
Acrílico 10 80 a 90 0
Teflon 8 82 0
Nylon 12 75 3
p
aço rápido: rε = 4x s; ou rε ≥ ; onde
4
rε ⇒ raio da ponta da ferramenta
metal duro: s < 1,0mm/r ⇒ rε = 1mm
s ⇒ avanço
s ≥ 1,0mm/r ⇒ rε = s
p ⇒ profundidade
mm/r ⇒ unidade de avanço
Torneamento cônico
O torneamento cônico pode ser feito segundo três técnicas: inclinação do carro
superior, desalinhamento da contraponta e uso de aparelho conificador.
43 − 27 16
tgα = = = 0, 123 ∴ α = 7°
2c 130
Para determinar o ângulo de inclinação do carro superior para uma peça cuja
conicidade é dada em porcentagem, a fórmula utilizada é:
%
tgα =
2
0,25
tgα = ∴ tgα = 0,125
2
Desalinhamento da contraponta
Essa técnica tem a vantagem de usinar a superfície cônica com a ajuda do avanço
automático do carro principal. O tempo de trabalho é curto e a superfície usinada fica
uniforme. A desvantagem é que com o cabeçote móvel deslocado, os centros da peça
não se adaptam perfeitamente às pontas do torno, podendo facilmente danificá-las.
Para a execução dessa técnica, recomenda-se o uso de uma ponta esférica ou furo de
centro de forma R, conforme a norma NBR - 12288.
M=
(D − d) ⋅ L ∴ M=
(30 − 26) ⋅ 180
2⋅c 2 ⋅ 100
4 ⋅ 180 36
M= ⇒ M= = 3,6mm
2 ⋅ 100 10
Quando o comprimento da peça for todo cônico, o comprimento total da peça (L) será
igual ao comprimento da parte cônica (c); portanto:
M=
(D − d) ⋅ L onde L = c
2⋅c
D−d
M=
2
Aparelho conificador
Anel graduado
Uma das formas de obter o deslocamento exato dos carros e das mesas de máquinas
operatrizes convencionais - como plainas, tornos, fresadoras e retificadoras - é utilizar
o anel graduado, um elemento de forma circular acoplado ao fuso da máquina.
Essa operação é necessária sempre que o trabalho exigir que a ferramenta ou a mesa
seja deslocada com exatidão.
Os anéis graduados, como o nome já diz, são construídos com graduações, que são
divisões proporcionais ao passo do fuso, ou seja, à distância entre filetes consecutivos
da rosca do fuso onde se situam. Esse fuso comanda o movimento dos carros ou das
mesas das máquinas-ferramenta.
Isso significa que, quando se dá uma volta completa no anel graduado, o carro da
máquina é deslocado a uma distância igual ao passo do fuso.
Como o anel graduado está dividido em partes iguais, ele permite obter frações
compatíveis com o número de divisões. Esse recurso recebe o nome de resolução do
anel, corresponde à menor diferença entre as indicações de um dispositivo mostrador
que pode ser significativamente percebida.
A última etapa determina o número de divisões a avançar no anel graduado. Para isso,
usam-se os dois dados anteriormente calculados. Matematicamente, temos:
Pn
X =
R
Observação
Essas fórmulas são válidas supondo-se que o fuso de comando tenha uma só entrada.
Exemplo 1
Calcular quantas divisões é necessário avançar no anel graduado de 200 divisões,
para aplainar uma barra de 20mm para que ela fique com 18,5mm.
2. Resolução do anel:
P 4mm
R= = = 0,02mm
N 200
R = 0,02mm
Exemplo 2
Calcular quantas divisões devem ser avançadas em um anel graduado de 100 divisões
para desbastar um material de 60mm de diâmetro, para deixá-lo com 45mm. O passo
do parafuso de comando é de mm.
1. Penetração radial:
D − d 60 - 45
Pn1 = = = 7,5mm
2 2
Exemplo 3
Calcular quantas divisões devem ser avançadas em um anel graduado de 250
divisões, para reduzir a espessura de uma barra de 1/2” (0,500”) para 7,16” (0,4375”).
O passo do fuso de comando é de 1/8” (0,125”).
1. Penetração:
Pn = E - e = 0,500” - 0,4375” = 0,0625”
Pn = 0,0625”
2. Resolução do anel:
P 0,125"
R= = = 0,005"
N 250
R = 0,005”
Observação
Nas máquinas-ferramenta, como o torno e a retificadora cilíndrica, nas quais é
necessário utilizar a penetração radial, os anéis graduados são compensados. Isso
quer dizer que, para retirar 1mm no diâmetro da peça, a penetração efetiva será de
0,5mm. Todavia, visualmente, esse deslocamento no anel graduado será de 1mm. Isso
torna a compensação desnecessária.
Velocidade de corte
Para que haja corte de um determinado material por meio de uma ferramenta, é
necessário que o material ou a ferramenta se movimente um em relação ao outro.
e
Vc =
t
πd
Matematicamente, pode-se dizer que, em uma rotação: Vc =
t
πdn
Em “n” rotações: Vc =
t
Observação
1m = 1.000mm
A velocidade de corte é representada pelo dobro do curso (c) percorrido pela peça ou
a ferramenta multiplicado pelo número de golpes (n) realizados no espaço de tempo de
um minuto.
Para obter a velocidade em metros por minuto, deve-se converter a medida do curso
em metros.
Matematicamente:
2cn
Vc = (m / min)
1.000
Observação
No cálculo da velocidade de corte para máquinas-ferramenta, como as plainas, o valor
de c (curso) é determinado pela soma do comprimento da peça mais 30mm, que é a
folga necessária para a ferramenta entrar e sair da peça.
* Para ferro fundido cinzento, valem os valores menores. Para aço, os valores maiores.
Exemplo
Para um rebolo vitrificado cuja a velocidade periférica normal é da ordem de 30/35m/s
a velocidade do grão seria de 1.800/2.100m/min, enquanto uma fresa costuma
trabalhar a 90m/min.
AÇO CARBONO
com resistência até 500N/mm2 (0,10% a 0,25% C) 28 - 32
com resistência até 700N/mm2 (0,30% a 0,45% C) 25 - 28
com resistência até 900N/mm2 (0,50% a 0,60% C) 20 - 25
AÇO LIGA E AÇO FUNDIDO
com resistência até 900N/mm2 14 - 18
com resistência até 1.250N/mm2 10 - 14
com resistência até 1.500N/mm2 6 - 10
FERRO FUNDIDO
com dureza até 200HB 25 - 30
com dureza até 240HB 18 - 25
com dureza acima de 240HB 14 - 18
AÇO INOXIDÁVEL
aço inox ferrítico ou martensítico de fácil usinagem 8 - 12
de difícil usinagem 5-8
com alta resistência ao calor 3-5
AÇOS AO MANGANÊS 3-5
MATERIAIS NÃO-METÁLICOS
Material a ser usinado Velocidade de corte
(m/min.)
Termoplásticos (Nylon, PVC, Teflon, Acrílico, etc); borracha 25 - 40
Plásticos termofixos (duros) com ou sem fibras (baqueline, PVC lamin. com fibra 16 - 25
de vidro, etc)
Borracha sintética (ebonite, vulcanite) 18 - 30
latão desbaste
25...30
acabamento
alumínio desbaste
32...35
acabamento
Observação:
1. Os valores de profundidade para desbaste e acabamento são valores médios.
2. Como a velocidade de corte varia em função da profundidade do passe, os valores apresentados são valores limites. Por exemplo, para
fresar aço macio em passe de desbaste podemos desenvolver de 15 a 20m/min.
Operações de torneamento
No torneamento, a seleção do raio da ponta da ferramenta ou rε e o avanço, s, em
mm/r, depende do tipo de operação a ser realizada, se desbaste ou acabamento.
Desbaste - no desbaste, o raio da ponta deve ser o maior possível para obter uma aresta de
corte forte, pois em grande raio de ponta permite avanços mais vantajosos.
Os raios mais usuais em desbaste estão entre 1,0 e 1,6mm; a taxa máxima de avanço
recomendada é de 2/3 do valor do raio de ponta; assim, se a ferramenta para desbaste
tem um raio de 1,2mm, seu avanço máximo será de 0,8mm/r. A tabela a seguir mostra
um guia para o avanço máximo em função dos vários raios de ponta das ferramentas
de tornear.
Assim, se nas operações de desbaste o raio da ponta for de 1,6mm, o avanço máximo
será de 0,8mm/r, não ultrapassando o valor máximo recomendado, que é de 1,3mm/r.
As regras gerais para obter um bom acabamento estabelecem que o acabamento pode
ser melhorado graças à utilização de velocidades de corte mais elevadas, mantendo-
se o avanço; se houver vibrações, deve-se selecionar um raio de ponta menor.
Teoricamente, o valor da superfície acabada Rt (rugosidade total) pode ser calculado
por uma fórmula.
(smax) 2 Rt × 8 × rε Rt × 8 × rε
Rt = x 1.000 (µm) → (smáx)2 = → smáx =
8rε 1.000 1.000
Note-se que não há relação matemática entre a profundidade do perfil (parâmetro Rt) e
o valor da rugosidade média (Ra). A conversão dos parâmetros é vista na tabela a
seguir.
Tabela de conversão
Rt (µm) 1,6 2,0 2,4 3,0 4,0 6,0 8,0 10,0 15,0 27,0 45,0
Ra (µm) 0,30 0,40 0,49 0,63 0,80 1,2 1,6 2.0 3,2 6,3 12,5
Operações de aplainamento
Nas ferramentas multicortantes, especialmente nas fresas, são definidos três tipos
diferentes de avanço: avanço por rotação, avanço por dente e avanço de mesa.
O avanço por rotação (sn), é a distância percorrida pela peça de trabalho em cada
rotação da ferramenta ou, matematicamente, sn = sz . z; onde:
sn → avanço por rotação em mm/r
sz → avanço por dente em mm/d
z → número de dentes da fresa
O avanço por dente (sz), é igual ao avanço por rotação (sn) dividido pelo número de
sn
dentes da ferramenta (z) ou, matematicamente sz = onde:
z
Como exemplo de aplicação dessa fórmula, pergunta-se: qual o valor do avanço por
dente de uma fresa com seis dentes e avanço por rotação de 0,6mm/r?
sn 0,6
sz = ⇒ sz = ⇒ sz = 0,1mm/d
z 6
O avanço da mesa (s’) é a distância percorrida pela peça de trabalho em cada minuto,
em relação à ferramenta de corte ou, matematicamente,
s’ = sn . n
onde:
s’ → avanço da mesa em mm/mim;
sn → avanço por rotação em mm/r;
n → rotação por minuto.
Como exemplo da aplicação dessa fórmula pergunta-se: Qual o avanço da mesa para
usinar uma peça de aço com uma fresa que possibilita o avanço de 0,5mm/r com
rotação de 200/min?
s’ = sn . n
s’ = 0,5 . 200
s’ = 100mm/min
Para calcular diretamente o avanço da mesa (s’) em função do avanço por dente,
normalmente apresentado em tabelas empíricas, utilizam-se a associação das
fórmulas já apresentadas.
Vc × 1.000
sn = sz . z n =
π⋅d
s’ ⇒ sn . n
Substituindo, temos:
sz × z × Vc × 1.000
s’ =
π⋅d
onde
s’ → avanço da mesa em mm/min;
sz → avanço por dente em mm/d;
z → número de dentes da fresa;
Vc → velocidade de corte m/min;
d → diâmetro externo da fresa em mm;
π → 3,14;
1.000 → fator de conversão de milímetros para metros.
Como a velocidade de corte e o avanço por dente são dados empíricos o operador
pode analisar as condições gerais de corte (lubrificação, resistência do material,
dureza da ferramenta, rigidez da máquina) e aumentar o avanço de mesa, gerando
maior produção, considerando também a vida útil da ferramenta.
Nas furadeiras simples com movimento manual, o avanço de corte está diretamente
ligado à afiação e o diâmetro da broca.
Brocas
A broca é uma ferramenta de corte geralmente de forma cilíndrica, fabricada com aço
rápido, aço carbono, ou com aço carbono com ponta de metal duro soldada ou fixada
mecanicamente, destinada à execução de furos cilíndricos.
Essa ferramenta pode ser fixada em máquinas como torno, fresadora, furadeira,
mandriladora.
A broca do tipo helicoidal de aço rápido é a mais usada em mecânica. Por isso, é
preciso conhecer suas características de construção e nomenclatura.
Nomenclatura Nomenclatura
Termos usuais Termos usuais
NBR 6176 NBR 6176
1. comprimento da ponta --- 12. superfície de saída ---
13. largura da
2. comprimento utilizável comprimento de corte superfície lateral de largura do rebaixo
folga
14. comprimento da
3. comprimento do canal --- superfície lateral de
folga
diâmetro do
4. comprimento da haste --- 15. guia
rebaixo
5. comprimento do
comprimento do pescoço 16. aresta transversal
rebaixo
6. comprimento total --- 17. diâmetro da broca filete cilíndrico
7. superfície principal de
superfície detalonada 18. quina centro morto
folga
8. ponta de corte --- 19. canal ---
20. espessura k do
9. largura da guia largura do filete cilíndrico ---
núcleo
21. superfície lateral
10. aresta lateral --- ---
de folga
11. aresta principal de
--- alma na porta
corte
Para fins de fixação e afiação, a broca é dividida em três partes: haste, corpo e ponta.
A haste é a parte que fica presa à máquina. Ela pode ser cilíndrica ou cônica,
dependendo de seu diâmetro.
A ponta é a extremidade cortante que recebe a afiação. Forma um ângulo de ponta (σ)
que varia de acordo com o material a ser furado.
A broca corta com as suas duas arestas cortantes como um sistema de duas
ferramentas. Isso permite formar dois cavacos simétricos.
As guias que limitam os canais helicoidais guiam a broca no furo. Elas são cilíndricas e
suficientemente finas para reduzir o atrito nas paredes do orifício. As bordas das guias
constituem as arestas laterais da broca.
2. Ângulo lateral de folga (representado pela letra grega α, lê-se alfa) - tem a função
de reduzir o atrito entre a broca e a peça. Isso facilita a penetração da broca no
material. Sua medida varia entre 6 e 27º, de acordo com o diâmetro da broca. Ele
também deve ser determinado de acordo com o material a ser furado: quanto mais
duro é o material, menor é o ângulo de folga.
Pode-se, por exemplo, modificar o ângulo da ponta, tornando-o mais obtuso. Isso
proporciona bons resultados na furação de materiais duros, como aços de alto
carbono.
Para a usinagem de chapas finas são freqüentes duas dificuldades: a primeira é que
os furos obtidos não são redondos, às vezes adquirindo a forma triangular; a segunda
é que a parte final do furo na chapa apresenta-se com muitas rebarbas.
A forma de evitar esses problemas é afiar a broca de modo que o ângulo de ponta
fique mais obtuso e reduzir a aresta transversal de corte.
Para a usinagem de cobre e suas ligas, como o latão, o ângulo lateral de saída (ângulo
de hélice) da broca deve ser ligeiramente alterado para se obter um ângulo de corte de
5 a 10º, que ajuda a quebrar o cavaco. Essa alteração deve ser feita nas arestas
principais de corte em aproximadamente 70% de seu comprimento.
A tabela a seguir mostra algumas afiações especiais, conforme norma NBR 6176.
Formato A
Para aços até 900 N/mm2
Redução da aresta transversal
Formato C 2
Aço com mais de 900 N/mm
Afiação em cruz
Formato D
Ferro fundido
Afiação com cone duplo
Brocas especiais
Além da broca helicoidal existem outros tipos de brocas para usinagens especiais.
Ela permite a execução de furos de centro nas peças que vão ser torneadas, fresadas
ou retificadas. Esses furos permitem que a peça seja fixada por dispositivos entre
pontas e tenha movimento giratório.
3. Broca canhão - tem uma única aresta cortante. É indicada para trabalhos
especiais como furos profundos, garantindo sua retitude, onde não há possibilidade
de usar brocas helicoidais.
4. Broca com furo para fluido de corte - é usada em produção contínua e em alta
velocidade, principalmente em furos profundos. O fluido de corte é injetado sob alta
pressão. No caso de ferro fundido, a refrigeração é feita por meio de injeção de ar
comprimido que também ajuda a expelir os cavacos.
5. Broca com pastilha de metal duro para metais - é utilizada na furação de aços
com resistência à tração de 750 a 1.400N/mm2 e aços fundidos com resistência de
700 N/mm2. é empregada também na furação de peças fundidas de ferro, alumínio,
latão.
6. Broca com pastilha de metal duro para concreto - tem canais projetados para
facilitar o transporte do pó, evitando o risco de obstrução ou aquecimento da broca.
Diferencia-se da broca com pastilha de metal duro para metais pela posição e
afiação da pastilha, e pelo corpo que não apresenta guias cilíndricas.
8. Broca trepanadora - é uma broca de tubo aberto com pastilhas de metal duro
intercambiáveis. É utilizada na execução de furos passantes de grande diâmetro. O
uso dessa broca diminui a produção do cavaco porque boa parte do núcleo do furo
é aproveitada para a confecção de outras peças.
Existe uma variedade muito grande de brocas que se diferenciam pelo formato e
aplicação. Os catálogos de fabricantes são fontes ideais de informações detalhadas e
atualizadas sobre as brocas, ou quaisquer outras ferramentas.
Brocas de centrar
Broca de centrar é uma ferramenta de aço rápido que serve para fazer furos de centro.
De acordo com a norma NBR 6386, pode ser classificada em forma A, forma B e forma
R. Graças a sua forma, essas brocas executam, numa só operação, o furo cilíndrico, o
cone, o escareado de proteção e o raio.
A broca de forma A é uma broca de centrar simples, com um perfil sem chanfro de
proteção, que gera um furo cilíndrico seguido de um escareado a 60º.
A broca de centro de forma R, que é a broca de centro com raio, é utilizada para
diminuir o atrito entre a contraponta e o furo de centro, no caso de desalinhamento da
contraponta no torneamento cônico de pequena conicidade.
A escolha da broca é feita em função dos diâmetros da ponta do eixo, segundo uma
tabela da norma ISO/R 866.
Diâmetro da ponta do
d d1 L1 d d1 d2 L2
eixo D
de 0 a 8 1 2,12 3 1 2,12 3,15 3,5
3 12 1,6 3,35 5 1,6 3,35 5 5,5
12 18 2 4,25 6 2 4,25 6,3 6,6
18 25 2,5 5,3 7 2,5 5,3 8 8,3
25 40 3,15 6,7 9 3,15 6,7 10 10
40 80 4 8,5 11 4 8,5 12,5 12,7
80 180 6,3 13,2 18 6,3 13,2 18 20
acima de 180 10 21,2 28 10 21,2 28 31
Um fluido de corte é um material composto, na maioria das vezes líquido, que deve ser
capaz de: refrigerar, lubrificar, proteger contra a oxidação e limpar a região da
usinagem.
Como refrigerante, o fluido atua sobre a ferramenta e evita que ela atinja temperaturas
muito altas e perca suas características de corte. Age, também, sobre o peça evitando
deformações causadas pelo calor. Atua, finalmente, sobre o cavaco, reduzindo a força
necessária para que ele seja cortado.
Depois de refrigerar a ferramenta e a peça, o fluido cai para a mesa onde é recolhido
por canais e levado, por meio de um tubo, para o reservatório. Do reservatório, a
bomba aspira novamente o fluido para devolvê-lo sobre a ferramenta e a superfície de
trabalho.
O uso dos agentes de corte gasosos visa principalmente à refrigeração, embora o fato
de estar sob pressão auxilie também a expulsão do cavaco. Para essas finalidades,
usa-se o ar comprimido em temperaturas abaixo de 0ºC, o CO2 (dióxido de carbono ou
gelo seco) para altas velocidades de corte de ligas de difícil usinagem, e o nitrogênio
para operações de torneamento.
Os óleos minerais são a base da maioria dos fluidos de corte. A eles são adicionados
os aditivos, ou seja, compostos que alteram e melhoram as características do óleo,
principalmente quando ele é muito exigido. Os aditivos mais usados são os
antioxidantes e os agentes EP.
emulsificadores, ou seja, aqueles que ajudam a formar as gotículas de óleo que ficam
dispersas na água.
Quanto melhor for esse agente, menor será o tamanho da gota de óleo e melhor a
emulsão. Exemplos desses agentes são sabões e detergentes. Para obter uma boa
emulsão de óleo solúvel, o óleo deve ser adicionado à água, sob agitação, (e nunca o
contrário) em uma proporção de uma parte de óleo para quatro partes de água.
Na verdade, não existe um fluido “universal”, isto é, aquele que atenda a todas as
necessidades de todos os casos. Os óleos solúveis comuns e os EPs são os que
cobrem o maior número de operações de corte.
A diferença entre cada grupo está na composição e na aplicação que, por sua vez,
dependerá do material a ser usinado, do tipo de operação de corte e da ferramenta
usada.
Um resumo das informações sobre os tipos de fluidos de corte e o uso dos vários
fluidos de corte, relacionando-os com a operação e o grau de usinabilidade dos
materiais metálicos para construção mecânica, podem ser vistos nos quadros.
PROPRIEDADES
Proteção
Resfria- Lubrifica- Resistência à
TIPOS COMPOSIÇÃO conta a EP
mento ção corrosão
corrosão
Óleos minerais Derivado de petróleo. ....... Ótima Excelente ....... Boa
Óleos de origem vegetal ou
Óleos graxos ....... Excelente Boa Boa .......
animal.
Mistura de óleos minerais e
Óleos compostos ....... Excelente Excelente Boa Boa
graxos.
Óleos minerais + óleos
Óleos “solúveis graxos, soda cáustica, Ótimo Boa Ótima ....... Boa
emulsificantes, água.
Óleos minerais com
Óleos EP aditivos EP (enxofre, cloro Ótimo Boa Ótima Excelente Ótima
ou fósforo).
Óleos minerais ou graxos
Óleos sulfurados
sulfurados ou com ....... Excelente Excelente Excelente Excelente
e clorados
substâncias cloradas.
Água + agentes químicos
(aminas, nitritos, nitratos,
Fluidos sintéticos Excelente Boa Excelente Excelente Excelente
fosfatoo), sabões,
germicidas.
Fonte: Usinagem e fluidos de corte. Esso Brasileira de Petróleo S.A., s/d, pág. 36.
Adaptado de: Fundamentos da Usinagem dos Metais por Dino Ferraresi. São Paulo,
Edgard Blücher, 1977, pág. 551.
Os cuidados, porém, não devem se restringir apenas aos fluidos, mas também
precisam ser estendidos aos operadores que os manipulam.
Embora os processos de produção dos fluidos de corte estejam cada vez mais
aperfeiçoados para eliminar componentes indesejáveis, não só no que se refere ao
uso, mas também aos aspectos relacionados à saúde do usuário, o contato prolongado
com esses produtos pode trazer uma série de problemas de pele, genericamente
chamados de dermatite.
Como o contato do operador com esses óleos é necessário pelo tipo de trabalho
realizado, torna-se indispensável que esse contato seja evitado, usando-se de luvas e
uniformes adequados. Além disso, práticas de higiene pessoal são imprescindíveis
para o controle e prevenção das dermatites causadas por compostos que aderem à
pele, entopem os poros e os folículos capilares, impedindo formação normal do suor e
a ação de limpeza natural da pele.
Fabricação do aço
Para transformar o gusa em aço, é necessário que ele passe por um processo de
oxidação - combinação do ferro e das impurezas com o oxigênio - até que a
concentração de carbono e das impurezas se reduza a valores desejados.
Os fornos que usam esse princípio, ou seja, a injeção de ar ou oxigênio diretamente no gusa
líquido, são chamados “conversores” e são de vários tipos. Os mais conhecidos são:
• Conversor Bessemer
• Conversor Thomas
• Conversor LD (Linz Donawitz)
As reações químicas que acontecem dentro desse conversor são as mesmas que
acontecem no conversor Bessemer, ou seja, oxidação das impurezas, combustão do
carbono e oxidação do ferro. Esse processo, porém, tem duas desvantagens: não
elimina o enxofre do gusa e o revestimento interno do forno é atacado pelo silício.
Assim, o gusa deve ter baixo teor de silício.
Por outro lado, as desvantagens são: impossibilidade de trabalhar com sucata, perda
de metal por queima, dificuldade de controlar o processo com respeito à quantidade de
carbono, presença de considerável quantidade de óxido de ferro e de gases, que
devem ser removidos durante o vazamento.
Dos conversores, saem aços usados na fabricação de chapas, tubos soldados, perfis
laminados, arames.
Aço de sucata
É nos fornos elétricos que se transforma sucata em aço. Por esse processo,
transforma-se energia elétrica em energia térmica, por meio da qual ocorre a fusão do
gusa e da sucata, sob condições controladas de temperatura e de oxidação do metal
líquido. É um processo que permite, também, a adição de elementos de liga que
melhoram as propriedades do aço e lhe dão características excepcionais. Por causa
disso, esse é o melhor processo para a produção de aços de qualidade.
Os fornos elétricos são basicamente de dois tipos: a arco elétrico e de indução. O forno
a arco elétrico é constituído de uma carcaça de aço feita de chapas grossas soldadas
ou rebitadas, de modo a formar um recipiente cilíndrico com fundo abaulado. Essa
carcaça é revestida na parte inferior (chamada soleira) por materiais refratários, de
natureza básica (dolomita ou magnesita) ou ácida (sílica), dependendo da carga que o
forno vai processar. O restante do forno é revestido com tijolos refratários silicosos. Os
eletrodos responsáveis, juntamente com a carga metálica, pela formação do arco
elétrico estão colocados na abóbada (parte superior) do forno.
Outro forno que usa a energia elétrica para a produção do aço é o forno de indução,
que também processa sucata. O conjunto que compõe esse forno é formado de um
gerador com motor de acionamento, uma bateria de condensadores e uma câmara de
aquecimento. Essa câmara é basculante e tem, na parte externa, a bobina de indução.
O cadinho é feito de massa refratária socada dentro dessa câmara, onde a sucata se
funde por meio de calor produzido dentro da própria carga.
Para a produção do aço, liga-se o forno e os pedaços de sucata, que devem ser de
boa qualidade, vão sendo colocados à medida que a carga vai sendo fundida. Depois
que a fusão se completa e que a temperatura desejada é atingida, adiciona-se cálcio,
silício ou alumínio, que são elementos desoxidantes e têm a função de retirar os óxidos
do metal.
Por outro lado, as principais desvantagens são o custo operacional (custo da energia
elétrica) e a baixa capacidade de produção dos fornos.
O aço produzido nos fornos elétricos pode ser transformado em chapas, tarugos, perfis
laminados e peças fundidas. A seguir, quadro resumitivo das informações sobre os
fornos:
Não muito depois de ter aprendido a usar o cobre, o homem percebeu que o bronze,
uma mistura de cobre e estanho, era muito melhor do que o metal puro. Embora
desconhecesse a estrutura interna do bronze, ele percebeu que esse material era mais
duro.
Mesmo para quem até agora não tinha parado para pensar, a sofisticação dos
processos de fabricação e dos produtos industriais à disposição no mercado dá uma
pista do que se está fazendo por aí em termos de “mistura” de metais e o que isso traz
de benefício ao metal-base dessa mistura. E essa pesquisa começa em laboratórios
que precisam atender a necessidades sofisticadas, como a construção de naves
espaciais, satélites, aviões ou carros de Fórmula 1. Daí, para os produtos que estão na
cozinha de nossa casa, é um passo muito pequeno.
Com o aço, o material mais usado na indústria mecânica, não podia ser diferente. Seja
pelo controle da quantidade de carbono e de impurezas, seja pela adição de outros
elementos, ou por meio de tratamento térmico, é possível fazer com que ele tenha um
desempenho muito melhor no processo de fabricação e na utilização que a gente faz
da peça depois de fabricada.
Aço-carbono
As ligas metálicas são, na verdade, o que chamamos de uma solução sólida. Ou seja,
a mistura completa dos átomos de dois ou mais elementos em que pelo menos um é
metal.
Nos metais, as soluções sólidas são formadas graças à ligação entre os átomos dos
metais, causada pela atração entre os íons positivos e a “nuvem eletrônica” que fica
em volta dos átomos.
Só que, para que isso aconteça, os tamanhos e a estrutura dos átomos dos elementos
de liga devem ser parecidos e ter propriedades eletroquímicas também parecidas. O
cobre e o ferro, por exemplo, dissolvem muitos metais. Os átomos de carbono, por sua
vez, por serem relativamente pequenos, dissolvem-se intersticialmente, ou seja,
ocupando espaços vazios, entre os átomos do ferro.
Por isso, o aço mais comum que existe é o aço-carbono, uma liga de ferro com
pequenas quantidades de carbono (máximo 2%) e elementos residuais, ou seja,
elementos que ficam no material metálico após o processo de fabricação.
Por mais controlado que seja o processo de fabricação do aço, é impossível produzi-lo
sem essas impurezas. E elas, de certa forma, têm influência sobre as propriedades
desse material. Quando adicionadas propositalmente são consideradas elementos de
liga, conferindo propriedades especiais ao aço. Às vezes, elas ajudam, às vezes, elas
atrapalham. Assim, o que se deve fazer é controlar suas quantidades.
O enxofre é uma impureza muito difícil de ser eliminada. No aço, ele pode se combinar
com o ferro e formar o sulfeto ferroso (FeS), que faz o aço se romper, com facilidade
ao ser laminado, forjado ou vergado em temperaturas acima de 1.000ºC. Assim, o teor
máximo de enxofre permitido é de 0,05%.
Sabendo que o enxofre se combina melhor com o manganês do que com o ferro, os
profissionais que entendem de metalurgia colocam no aço uma quantidade de
manganês duas vezes maior do que a de enxofre, porque ele vai “preferir” se combinar
com o manganês. Com isso, forma-se o sulfeto de manganês (MnS) que se solidifica
em níveis de temperatura semelhantes aos do aço. Por isso, sua presença no aço não
é tão nociva.
Mas, se você precisa fabricar um produto que tenha aplicações especiais como, por
exemplo, recipientes para a indústria química, que devem ser resistentes aos ataques
de produtos químicos, certamente o aço que você usará também terá que ter
características especiais. Isso é obtido com o auxílio dos tratamentos térmicos e dos
elementos de liga.
Por exemplo, o aço-carbono com baixo teor de carbono (até 0,25%), que constitui
cerca de 90% da produção total de aço, pode ter sua resistência mecânica
aumentada pelo processamento mecânico a frio. O aço de teor médio (até 0,5%),
para a produção de peças forjadas, carcaças de caldeiras, ferramentas agrícolas
etc., pode ter sua resistência mecânica aumentada por meio de tratamento térmico.
Auxilia na Aumento da
desoxidaç resistência à
Aços com alto
ão. Auxilia oxidação em
teor de carbono.
na temperaturas
Aços para Peças fundidas.
grafitizaçã elevadas. Melhora
fundição em
o. da temperabilidade e
areia.
Aumenta a da resistência à
fluidez. tração.
Aço-carbono
Aço é a liga ferro-carbono que contém geralmente entre 0,008% até 2,11% de
carbono, além de outros elementos que resultam dos processos de fabricação.
A quantidade de carbono tem influência decisiva nas propriedades dos aços. Ela
influi na dureza, na resistência à tração e na maleabilidade dos aços. Quanto mais
carbono um aço contiver, mais duro ele será.
Soldado Forjado
Aço-liga
Na tabela, a seguir, são mostrados os efeitos dos elementos de liga mais comuns,
que são incorporados nos aços especiais, considerando a influência que eles exercem
em algumas propriedades que os aços especiais devam apresentar.
Dada a grande variedade de tipos de aço, criaram-se sistemas para a sua clas-
sificação.
O sistema brasileiro da ABNT baseou-se nos sistemas SAE e AISI para elaborar
seu sistema de classificação.
A seguir, são apresentadas duas tabelas da ABNT: uma para a classificação dos
aços-liga e outra para a classificação dos aços-carbono. Em ambas estão a
porcentagem aproximada dos elementos de liga.
C Mn P máx. S máx.
1005 0,06 máx. 0,35 máx. 0,040 0,050 -
1006 0,08 máx. 0,25 - 0,40 0,040 0,050 1006
1008 0,10 máx. 0,30 - 0,50 0,040 0,050 1008
1010 0,08 - 0,13 0,30 - 0,60 0,040 0,050 1010
1011 0,08 - 0,13 0,60 - 0,90 0,040 0,050 -
1012 0,10 - 0,15 0,30 - 0,60 0,040 0,050 1012
1013 0,11 - 0,16 0,50 - 0,80 0,040 0,050 -
1015 0,13 - 0,18 0,30 - 0,60 0,040 0,050 1015
1016 0,13 - 0,18 0,60 - 0,90 0,040 0,050 1016
1017 0,15 - 0,60 0,30 - 0,60 0,040 0,050 1017
1018 0,15 - 0,20 0,60 - 0,90 0,040 0,050 1018
1019 0,15 - 0,20 0,70 - 1,00 0,040 0,050 1019
1020 0,18 - 0,23 0,30 - 0,60 0,040 0,050 1020
1021 0,18 - 0,23 0,60 - 0,90 0,040 0,050 1021
1022 0,18 - 0,23 0,70 - 1,00 0,040 0,050 1022
1023 0,20 - 0,25 0,30 - 0,60 0,040 0,050 1023
1025 0,22 - 0,28 0,30 - 0,60 0,040 0,050 1025
1026 0,22 - 0,28 0,60 - 0,90 0,040 0,050 1026
1029 0,25 - 0,31 0,60 - 0,90 0,040 0,050 -
1030 0,28 - 0,34 0,60 - 0,90 0,040 0,050 1030
1035 0,32 - 0,38 0,60 - 0,90 0,040 0,050 1035
1037 0,32 - 0,38 0,70 - 1,00 0,040 0,050 1037
1038 0,35 - 0,42 0,60 - 0,90 0,040 0,050 1038
1039 0,37 - 0,44 0,70 - 1,00 0,040 0,050 1039
1040 0,37 - 0,44 0,60 - 0,90 0,040 0,050 1040
1042 0,40 - 0,47 0,60 - 0,90 0,040 0,050 1042
1043 0,40 - 0,47 0,70 - 1,00 0,040 0,050 1043
1044 0,43 - 0,50 0,30 - 0,60 0,040 0,050 -
1045 0,43 - 0,50 0,60 - 0,90 0,040 0,050 1045
1046 0,43 - 0,50 0,70 - 1,00 0,040 0,050 1046
1049 0,46 - 0,53 0,60 - 0,90 0,040 0,050 1049
1050 0,48 - 0,55 0,60 - 0,90 0,040 0,050 1050
1053 0,48 - 0,55 0,70 - 1,00 0,040 0,050 -
1055 0,50 - 0,60 0,60 - 0,90 0,040 0,050 1055
1060 0,55 - 0,65 0,60 - 0,90 0,040 0,050 1060
1064 0,60 - 0,70 0,50 - 0,80 0,040 0,050 1064
1065 0,60 - 0,70 0,60 - 0,90 0,040 0,050 1065
1069 0,65 - 0,75 0,40 - 0,70 0,040 0,050 -
1070 0,65 - 0,75 0,60 - 0,90 0,040 0,050 1070
1074 0,70 - 0,80 0,50 - 0,80 0,040 0,050 1070
1075 0,70 - 0,80 0,40 - 0,70 0,040 0,050 -
1078 0,72 - 0,85 0,30 - 0,60 0,040 0,050 1078
1080 0,75 - 0,88 0,60 - 0,90 0,040 0,050 1080
1084 0,80 - 0,93 0,60 - 0,90 0,040 0,050 1084
1085 0,80 - 0,93 0,70 - 1,00 0,040 0,050 -
1086 0,80 - 0,93 0,30 - 0,50 0,040 0,050 1086
1090 0,85 - 0,98 0,60 - 0,90 0,040 0,050 1090
1095 0,90 - 1,03 0,30 - 0,50 0,040 0,050 1095
Observação: Aplicável somente a produtos semi-acabados para forjamento, barras laminadas a quente, barras laminadas a quente e
acabadas a frio, fio-máquina.
Ferro fundido
Ferro fundido é uma liga básica ternária, isto é, composta de três elementos: ferro,
carbono (2,11 a 6,69%) e silício (1 a 2,8%). Existe também o ferro fundido ligado, ao
qual são acrescentados outros elementos de liga para dar uma propriedade especial à
liga ternária.
Aplicações do ferro fundido branco - por causa da elevada dureza, o ferro fundido
branco é frágil, embora tenha grande resistência à compressão, ao desgaste e à
abrasão. Essa resistência e dureza se mantêm mesmo sob temperaturas elevadas e
por essa razão é empregado em equipamentos de manuseio de terra, mineração e
moagem, rodas de vagões e revestimento de moinhos.
O ferro fundido maleável de núcleo preto, também conhecido por americano, passa por
um tratamento térmico em atmosfera neutra, na qual a cementita se decompõe em
ferro e carbono. O carbono forma uma grafita compacta, diferente da forma laminada
dos ferro fundido cinzento.
O ferro fundido maleável de núcleo branco passa por um tratamento térmico, no qual o
carbono é removido por descarbonetação, não havendo a formação de grafita. Por
essa razão, adquire características semelhantes às de um aço de baixo teor de
carbono.
No Brasil, essas informações são padronizadas pela norma NBR 6589 da ABNT
(Associação Brasileira de Normas Técnicas) que, por sua vez, é uma reunião das
normas estabelecidas pela AISI (American lron and SteeL lnstitute - Instituto
Americano do Ferro e do Aço) e pela SAE (Society of Automotive lndustry - Sociedade
da lndústria Automotiva).
As normas para o ferro fundido estão baseadas nos dados correspondentes a suas
propriedades de resistência à tração, alongamento e limite de escoamento e são
representadas por números e letras. Para cada tipo de ferro fundido existe um padrão
e uma representação.
Assim, o ferro fundido cinzento é classificado pela norma NBR 6589, de acordo com
seus limites de resistência à tração. A classificação é codificada por duas letras e um
número de três dígitos: FC-XXX. As letras FC indicam que é o ferro cinzento e o
número indica a resistência à tração em MPa, abreviatura de Mega Pascal, é uma
unidade de medida de pressão equivalente a um Newton por milímetro quadrado ou a
aproximadamente um décimo de quilograma-força por milímetro quadrado.
Tipos MPa
FC-100 100
FC-150 150
FC-200 200
FC-250 250
FC-300 300
FC-400 400
Por exemplo: FC-200 é um ferro fundido cinzento com 200 Mpa ou aproximadamente
20 kgf/mm2 de resistência à tração.
O ferro fundido maleável de núcleo preto é normalizado pela NBR 6590. Sua
designação é composta por três letras e cinco dígitos, dos quais os três primeiros
indicam a resistência à tração em MPa e os dois últimos representam a porcentagem
de alongamento: FMP 30006, FMP 35012, FMP 45007, FMP 50005, FMP 55005, FMP
65003, FMP 70002. Assim, FMP 55005 é um ferro fundido maleável de núcleo preto
com 550 MPa de limite de resistência à tração e 5% de alongamento mínimo.
Para o ferro fundido branco não existe uma norma brasileira. Segue-se a norma
americana ASTM (American Society for Testing and Materiais - Sociedade Americana
de Testes e Materiais) que, por intermédio da especificação A532-75a, indica as
classes em I, lI, lll, e tipos A, B, C, D , de acordo com a dureza Brinell, o tipo de
moldagem, o tratamento térmico e a composição química.
Roscas
De acordo com a norma NBR 5876, rosca é a superfície composta por um ou mais
perfis cuja totalidade dos pontos descreve hélices (rosca cilíndrica) ou espirais cônicas
(rosca cônica), coaxiais e de mesmo passo.
As roscas podem ser internas ou externas. As roscas cujos filetes são gerados sobre
um corpo cilíndrico ou cônico em sua superfície interna, é denominada de rosca
interna, que é encontrada no interior das porcas, por exemplo.
Por outro lado, se os filetes forem gerados sobre um corpo cilíndrico ou cônico em sua
superfície externa, essa rosca é denominada de rosca externa, encontrada nos
parafusos, por exemplo:
Os filetes das roscas apresentam vários perfis. Esses perfis, sempre uniformes, dão
nome às roscas e condicionam sua aplicação.
Na rosca direita, o filete sobe da direita para a esquerda. Na rosca esquerda, o filete
sobe da esquerda para a direita.
Nomenclatura da rosca
Roscas triangulares
A rosca de perfil triangular é a mais usada em relação às de outros perfis, por isso será
estudada em mais detalhes.
A rosca métrica tem suas medidas indicadas em milímetros. Os filetes têm formato
triangular, ângulo de 60º, crista achatada e raiz arredondada.
Esses três tipos de roscas são fabricados em dois padrões: normal e fina.
No sistema métrico, a rosca normal é identificada pela letra M (de métrica) e a rosca
fina é identificada pela sigla MF (de métrica fina).
No sistema Whithworth, a rosca normal é identificada pela sigla BSW (British Standard
Whithworth), e a rosca fina, pela sigla BSF (British Standard Fine).
No sistema americano, a rosca normal é caracterizado pela sigla UNC (Unified Coarse
Thread Series) e a rosca fina, pela sigla UNF (Unified Fine Thread Series).
As medidas referentes a cada uma das partes das roscas estudadas neste capítulo
são encontradas em catálogos técnicos. Para facilitar o estudo, a seguir são
apresentadas aquelas referentes às roscas mais usadas.
Diâmetro Raio
Passo Diâmetro Menor Altura do Filete
d-D Efetivo R
P
d 2 = D2 d3 h3 h3 H1
M1 0,25 0,838 0,693 0,153 0,153 0,135 0,036
M 1,1 0,25 0,938 0,193 0,153 0,153 0,135 0,036
M 1,2 0,25 1,038 0,893 0,153 0,153 0,135 0,036
M 1,4 0,3 1,205 1,032 0,184 0,184 0,162 0,043
M 1,6 0,35 1,373 1,170 0,215 0,215 0,189 0,051
M 1,8 0,036 1,573 1,370 0,215 0,215 0,189 0,051
M2 0,4 1,740 1,509 0,245 0,245 0,217 0,058
M 2,2 0,45 1,908 1,548 0,276 0,276 0,244 0,065
M 2,5 0,45 2,208 1,948 0,276 0,276 0,244 0,065
M3 0,5 2,675 2,387 0,307 0,307 0,271 0,072
M 3,5 0,6 3,110 2,764 0,368 0,368 0,325 0,087
M4 0,7 3,545 3,141 0,429 0,429 0,379 0,101
M 4,5 0,75 4,013 3,580 0,460 0,460 0,406 0,108
M5 0,8 4,480 4,019 0,491 0,491 0,433 0,115
M6 1 5,350 4,773 0,613 0,613 0,541 0,144
M7 1 6,350 5,773 0,613 0,613 0,541 0,144
M8 1,25 7,188 6,466 0,767 0,767 0,677 0,180
M9 1,25 8,188 7,466 0,787 0,787 0,677 0,180
M 10 1,5 9,026 8,160 0,920 0,920 0,812 0,217
M 11 1,5 10,026 9,160 0,920 0,920 0,812 0,217
M 12 1,75 10,863 9,853 1,074 1,074 0,947 0,253
M 14 2 12,701 11,545 1,227 1,227 1,083 0,289
M 16 2 14,701 13,546 1,227 1,227 1,083 0,289
M 18 2,5 16,376 14,933 1,534 1,534 1,353 0,361
M 20 2,5 18,376 16,933 1,534 1,534 1,353 0,361
M 22 2,5 20,376 18,933 1,534 1,534 1,353 0,361
M 24 3 22,051 20,139 1,840 1,840 1,624 0,433
M 27 3 25,051 23,319 1,840 1,840 1,624 0,433
M 30 3,5 27,727 25,706 2,147 2,147 1,894 0,505
M 33 3,5 30,727 28,706 2,147 2,147 1,894 0,505
M 36 4 33,402 31,093 2,454 2,454 2,165 0,577
M 39 4 36,402 34,093 2,454 2,454 2,165 0,577
M 42 4,5 39,077 39,479 2,760 2,760 2,436 0,650
M 45 4,5 42,077 39,479 2,760 2,760 2,436 0,650
M 48 5 44,752 41,866 3,067 3,067 2,706 0,722
M 52 5 48,752 45,866 3,067 3,067 2,706 0,722
M 56 5,5 52,428 49,252 3,374 3,374 3,977 0,794
M 60 5,5 56,428 53,252 3,374 3,374 2,977 0,794
M 64 6 60,103 56,539 3,681 3,681 2,977 0,866
M 68 6 64,103 60,639 3,681 3,681 3,248 0,866
Rosca Métrica DIN (Perfil DIN)
M 1,7 0,35 1,473 1,246 0,227 0,04
M 2,3 0,4 2,040 1,780 0,280 0,04
M 2,6 0,45 2,308 2,016 0,292 0,05
Diâmetro
Passo Raio
d–D Efetivo Diâmetro Menor Altura do Filete
P R
d 2 = D2
d3 D1 h3 H1
M1 0,2 0,870 0,755 0,783 0,123 0,108 0,029
M 1,1 0,2 0,970 0,855 0,883 0,123 0,108 0,029
M 1,2 0,2 1,070 0,955 0,938 0,123 0,108 0,029
M 1,4 0,2 1,270 1,155 0,183 0,123 0,108 0,029
M 1,6 0,2 1,470 1,355 1,383 0,123 0,108 0,029
M 1,8 0,2 1,670 1,555 1,583 0,123 0,108 0,029
M2 0,25 1,838 1,693 1,729 0,153 0,135 0,036
M 2,2 0,25 2,038 1,893 1,929 0,153 0,135 0,036
M 2,5 0,35 2,273 2,071 2,121 0,215 0,189 0,051
M3 0,35 2,773 2,571 2,621 0,215 0,189 0,051
M 3,5 0,35 3,273 3,071 3,121 0,215 0,189 0,051
M4 0,35 3,773 3,571 3,621 0,215 0,189 0,051
M 4,5 0,5 4,175 3,887 3,959 0,307 0,271 0,072
M5 0,5 4,675 4,387 4,459 0,307 0,271 0,072
M 5,5 0,5 5,175 4,887 4,959 0,307 0,271 0,072
M6 0,5 5,675 5,387 5,459 0,307 0,271 0,072
M6 0,75 5,513 5,080 5,188 0,460 0,406 0,108
M7 0,75 6,513 6,080 6,188 0,460 0,406 0,108
M8 0,5 7,675 7,387 7,459 0,307 0,271 0,072
M8 0,75 7,513 7,080 7,188 0,460 0,406 0,108
M8 1 7,350 6,773 6,917 0,613 0,541 0,144
M9 0,75 8,513 8,080 8,188 0,460 0,406 0,108
M9 1 8,350 7,773 7,917 0,613 0,541 0,144
M 10 0,5 9,675 9,387 9,459 0,307 0,271 0,072
M 10 0,75 9,513 9,080 9,188 0,460 0,406 0,108
M 10 1 9,350 8,773 8,917 0,613 0,541 0,144
M 10 1,25 9,188 8,466 8,647 0,767 0,677 0,180
M 11 0,75 10,513 10,080 10,188 0,460 0,406 0,108
M 11 1 10,350 9,773 9,917 0,613 0,541 0,144
M 12 0,75 11,513 11,080 11,188 0,460 0,406 0,108
M 12 1 11,350 10,773 10,917 0,613 0,541 0,144
M 12 1,25 11,188 10,466 10,647 0,767 0,677 0,180
M 12 1,5 11,026 10,160 10,376 0,920 0,812 0,217
M 13 1 12,350 11,773 11,917 0,613 0,541 0,144
M 14 1 13,350 12,773 12,917 0,613 0,541 0,144
M 14 1,25 13,188 12,466 12,647 0,767 0,677 0,180
M 14 1,5 13,026 12,160 12,376 0,920 0,812 0,217
M 15 1 14,350 13,773 13,917 0,613 0,541 0,144
M 15 1,5 14,026 13,160 13,376 0,920 0,812 0,217
M 16 1 15,350 14,773 14,917 0,613 0,541 0,144
M 16 1,5 15,026 14,160 14,376 0,920 0,812 0,217
M 17 1 16,350 15,773 15,917 0,613 0,541 0,144
M 17 1,5 16,026 15,160 15,376 0,920 0,812 0,217
M 18 1 17,350 16,773 16,917 0,613 0,541 0,144
M 18 1,5 17,026 16,160 16,376 0,920 0,812 0,217
M 18 2 16,701 15,546 15,835 1,227 1,0825 0,289
M 20 1 19,350 18,773 18,917 0,613 0,541 0,144
M 20 1,5 19,026 18,160 18,376 0,920 0,812 0,217
M 20 2 18,701 17,546 17,835 1,227 1,0825 0,289
Altura do
d=D Diâmetro Maior Diâmetro Efetivo Diâmetro Menor Raio Radial
N/1” Filete
in d=D d 2 = D2 d 1 = D1 r
H1
1/16 60 1,588 1,317 1,046 0,270 0,058
3/32 48 2,381 2,042 1,704 0,388 0,072
1/8 40 3,175 2,768 2,382 0,406 0,087
5/32 32 3,969 3,461 2,952 0,507 0,108
3/16 24 4,762 4,084 3,407 0,677 0,145
7/32 24 5,556 4,879 4,201 0,677 0,145
1/4 20 6,350 5,537 4,724 0,813 0,174
5/16 18 7,938 7,034 6,130 0,904 0,194
3/8 16 9,525 8,509 7,493 1,017 0,218
7/16 14 11,112 9,950 8,788 1,162 0,249
1/2 12 12,700 11,345 9,990 1,355 0,291
5/8 11 15,875 14,396 12,917 1,479 0,317
3/4 10 19,050 17,424 15,798 1,627 0,349
7/8 9 22,225 20,148 18,611 1,807 0,388
1 8 25,400 23,367 21,334 2,033 0,436
1 1/8 7 28,575 25,252 23,929 2,324 0,498
1 1/4 6 31,750 29,427 27,104 2,324 0,498
1 3/8 6 34,925 32,214 29,503 2,711 0,581
1 1/2 6 38,100 35,389 23,678 2,711 0,581
1 5/8 5 41,275 28,022 34,769 3,253 0,698
1 3/4 5 44,450 41,197 37,944 3,253 0,698
1 7/8 4 1/2 47,625 44,011 40,397 3,614 0,775
2 4 1/2 50,800 47,186 43,572 3,614 0,775
2 1/4 4 57,150 53,084 49,018 4,066 0,872
2 1/2 4 63,500 59,343 55,368 4,066 0,872
2 3/4 3 1/2 69,850 65,203 60,556 4,647 0,997
3 3 1/2 76,200 71,553 66,906 4,647 0,997
Altura do
Diâmetro Maior Diâmetro Efetivo Diâmetro Menor Raio
d=D N/1” Filete
d=D d 2 = D2 d 1 = D1 r
H1
R 1/8 28 9,728 9,147 8,556 0,581 0,125
R 1/4 19 13,157 12,301 11,445 0,856 0,184
R 3/8 19 16,662 15,806 14,950 0,856 0,184
R 1/2 14 20,955 19,793 18,631 1,162 0,249
(R 5/8) 14 22,911 21,749 20,587 1,162 0,249
R 3/4 14 26,441 25,279 24,117 1,162 0,249
(R 7/8) 14 30,201 29,039 27,877 1,162 0,249
R1 11 33,249 31,770 30,291 1,479 0,317
(R 1 1/8) 11 37,897 36,418 34,939 1,479 0,317
R 1 1/4 11 41,910 40,431 38,952 1,479 0,317
(R 1 3/8) 11 44,323 42,844 41,365 1,479 0,317
R 1 1/2 11 47,803 46,324 44,845 1,479 0,317
(R 1 3/4) 11 53,746 52,267 50,788 1,479 0,317
R2 11 59,614 58,135 56,656 1,479 0,317
(R 2 1/4) 11 65,710 64,231 62,752 1,479 0,317
R 2 1/2 11 75,184 73,706 72,226 1,479 0,317
(R 2 3/4) 11 81,534 80,055 78,576 1,479 0,317
R3 11 87,884 86,405 84,926 1,479 0,317
(R 3 1/4) 11 93,980 92,501 91,022 1,479 0,317
R 3 1/2 11 100,330 98,851 97,372 1,479 0,317
(R 3 3/4) 11 106,680 105,201 103,722 1,479 0,317
R4 11 113,030 111,551 110,072 1,479 0,317
(R 4 1/2) 11 125,730 124,251 122,772 1,479 0,317
R5 11 138,430 136,951 135,472 1,479 0,317
(R 5 1/2) 11 151,130 149,651 148,172 1,479 0,317
R6 11 163,830 162,351 160,872 1,479 0,317
Introdução
Metais não ferrosos são todos os metais puros ou ligados, com exceção do ferro e
suas ligas.
A maioria dos metais puros é mole e tem baixa resistência à tração. Quanto maior for a
pureza, mais alto será o ponto de fusão, maior a condutibilidade elétrica e a resistência
à corrosão.
Na indicação dos metais não ferrosos puros, deve-se usar a designação química do
elemento mais o grau de pureza.
5 kg 5 kg
p≥ p≤
dm 3 dm 3
Cobre Cu Manganês Mn
Chumbo Pb Vanádio V
Zinco Zn Cobalto Co
Níquel Ni Cádmio Cd
Estanho Sn Alumínio Al
Tungstênio W Magnésio Mg
Molibdênio Mo Titânio Ti
Cromo Cr
Ex.:
Os minérios de onde são retirados os metais, além do próprio metal, contêm também
impurezas, tais como: oxigênio, hidrogênio e enxofre. A quantidade (porcentagem) de
metal varia em função do tipo de minério.
Para se obter um metal quase que totalmente puro (99,99%) usam-se normalmente
outros processos além do processo normal de alteração do metal siderúrgico, os quais
dependem do tipo de metal.
Minério
Calcinação
Redução
Metal bruto
Afinagem
(eliminação das impurezas)
Metal siderúrgico
Metal puro
Normalização
Segundo a DIN 1700, para metais puros escreve-se o símbolo do elemento químico
seguido do grau de pureza.
Exemplo
Para as ligas, adota-se a seguinte forma:
Produção ou Propriedades
Composição
aplicação especiais
G = Fundido 1. Símbolo químico do metal F-40 = Resistência a tração em
2
base Kgf/mm
GD = Fundido a pressão 2. Símbolo químico dos W = mole
GK = Fundido em elementos de liga seguidos h = duro
coquilha de seu teor em porcentagem Wh = dureza de laminado
Gz = Fundido por Zh = dureza de trefilado
centrifugação P = dureza de prensagem
V = Liga prévia de 150Hv = dureza vickers
adição bk = brilhante
Gl = Metal antifricção gb = decapado
para mancais g = recozido
L = Metal para solda dek = oxidável com efeito
decorativo
Exemplos
GD-Zn Al 4 Cu1 → Liga de zinco fundido sob pressão com 4% de Al, 1% de Cu.
AlCu Mg1 F40 → Liga de alumínio com ±4% de Cu, ±1% de Mg e resistência a tração
de 40kgf/mm2 ≅ 390N/mm2.
É feita pela indicação (símbolo químico) dos metais que nela estão contidos, seguidos
pelo teor (em porcentagem) de cada um dos metais.
Exemplo
Designação
Cu Zn 40 Pb2
Chumbo 2%
Zinco 40%
Liga de cobre
Cobre (Cu)
É um metal de cor avermelhada, bastante resistente à intempérie e à corrosão. É
também um excelente condutor elétrico e de calor (seis vezes mais que o ferro).
Propriedades do cobre
Normalização
Exemplo: E-Cu 99,99
Cobre especialmente puro
Obtenção pela eletrólise (E)
É fácil de fundir, dobrar, forjar, repuxar, tanto a quente como a frio. A deformação a frio
deixa o cobre duro e difícil de dobrar. Com o cobre recozido a uma temperatura de
aproximadamente 600ºC, e sem o resfriamento rápido, elimina-se a dureza proveniente
da deformação a frio. Nos processos de usinagem com cavacos, devem-se usar
ferramentas com grande ângulo de saída e, como fluido de corte, o óleo solúvel.
Aplicação
Chumbo (Pb)
É um metal com aspecto exterior característico, pois apresenta uma cor cinza azulada.
Sua superfície de ruptura (recente) é de uma cor branca prateada muito brilhante. É
fácil de reconhecê-lo pelo peso: é um material muito denso e macio.
O chumbo é muito dúctil, fácil de dobrar, laminar, martelar (a frio). Os tubos são
curvados com auxílio de uma mola ou enchendo-os de areia fina e seca, ou com ajuda
de um aparelho de curvar.
Propriedades do chumbo
Densidade (ρ) kg
11,3
dm 3
Ponto de fusão ºC 327ºC
Resistência à tração N
15...20
mm 2
Alongamento 50...30%
Liga-se com dificuldade a outros metais, exceto o estanho, com o qual se produz a
solda de estanho. É bem resistente à corrosão, pois, quando exposto ao ar, recobre-se
de uma camada protetora de óxido.
Designação do chumbo
Norma DIN 1719 : 1963
Precaução
Aplicação
É aplicado, de forma geral, no revestimento de cabos elétricos subterrâneos e de
recipientes para ácidos, usados na indústria química. Como liga chumbo-estanho, é
utilizado na solda.
Zinco (Zn)
É muito sensível aos ácidos, que o atacam e destroem, sendo portanto impossível
conservar ácidos em recipientes de zinco.
Propriedades do zinco
Densidade (ρ) kg
7,1
dm 3
Ponto de fusão ºC 419ºC
Resistência à tração N
20...36
mm 2
Alongamento 1%
Com liga, o zinco de alumínio se torna mais resistente; com liga de cobre, mais duro. O
magnésio compensa as impurezas existentes e igualmente o torna mais duro. Também
o bismuto, o chumbo e o tálio melhoram consideravelmente as propriedades do zinco
Escola SENAI “Gaspar Ricardo Júnior”
228
Tornearia Mecânica
Designação do zinco
Norma DIN 1706
Aplicação
Peças de aço que estejam sujeitas à oxidação do tempo, devem receber uma
zincagem (banho de zinco) para sua proteção.
Estanho (Sn)
Propriedades do estanho
kg
Densidade 7,3
dm 3
Temperatura de liquefação 232ºC
N
Resistência à tração 40...50
mm 2
Ductibilidade 50%
Estanho Sn 99,9
Liga fundida Cu Sn 6
Aplicação
O estanho puro não é empregado em construções de peças devido a sua pequena
resistência à tração. Graças a sua ductilidade, podem-se laminar folhas delgadas de
até 0,008mm de espessura.
Para melhorar as propriedades dos metais com base o cobre, são adicionadas ligas
de outros metais, como o zinco e o estanho. As ligas de cobre possuem cores
diferentes, conforme o metal que entra na constituição da liga e na proporção em que é
adicionado. As ligas de cobre mais importantes são: latão, bronze e latão vermelho.
Latão
É uma liga de cobre e de zinco com um teor mínimo de 50% de cobre.
Produção do latão:
Propriedades do latão
Latão
Massa específica 8,5kg/dm3 Classifica-se segundo
Ponto de fusão 980ºC DIN 1709, 17660, 17661
1. Ligas de fundição (latão fundido)
Denominação Abreviatura Composição em % Propriedades Emprego
especiais
Boa condutibi- Instalações
Latão fundido G - CuZn 36 64 até 3 Pb
lidade para gás,
Restante
água e para
Latão de fundição Superfície
G - CuZn 38 62 até 3 Pb indústria
em coquilha brilhante
elétrica
É fácil de dobrar e repuxar. Tem uma resistência maior do que a do cobre (200 -
800N/mm2).
Aplicação
Devido a sua boa resistência à corrosão causada pelo ar e fluidos, o emprego do latão
fundido é muito grande na fabricação de válvulas, torneiras e registros.
Bronze
O bronze é uma ligas com 60% de cobre e um ou vários elementos de liga. O bronze
pode ser classificado em ligas fundidas e ligas laminadas. O quadro a seguir mostra os
diversos tipos de bronze.
Tipos de bronze
Propriedades e aplicações
As ligas de bronze variam entre macias e duras. Resistem muito bem à corrosão.
Devido a sua fácil fusão, são empregadas na fabricação de sinos, buchas e peças
hidráulicas.
Propriedades do bronze
kg
Densidade (ρ) 7,6 - 8,8
dm 3
Ponto de fusão 900 - 1.000ºC
N
Resistência à tração 350 - 770
mm 2
Bronze ao estanho
Esta liga tem de 4 a 20% de estanho. É dúctil e elástica, dura e resistente à corrosão.
Cu Sn 6
6% de estanho
94% de cobre
Bronze ao chumbo
Até 25% de chumbo. Boa característica de deslizamento, autolubrificante. Empregada
na construção de buchas.
Exemplo de normalização DIN
G - Cu Pb 15 Sn
75% de cobre
15% de chumbo
8% de estanho
2% de zinco
Bronze ao alumínio
Esta liga tem de 4 a 9% de alumínio. Resistente à corrosão e ao desgaste. Utilizada na
construção de buchas, parafusos sem-fim e rodas-dentadas.
Cu Al8 Fe F45
89% de cobre
8% de alumínio
≅ 1% de ferro
F45 - resistência à tração = 450N/mm2
O latão vermelho é uma liga de cobre, estanho (bronze) e zinco, cujo componente
predominante é o cobre.
G - Cu Sn 10 Zn
G = Fundido
10% de estanho
≅ 3% de zinco
87% de cobre
Micrômetro
Introdução
Componentes do micrômetro
1. Arco 13. porca de regulagem
2. plaqueta de isolamento térmico 14. tambor de medição
3. haste fixa 15. parafuso de regulagem e fixação
4. placa de metal duro 16. Capa
5. placa de metal duro 17. capa de fricção
6. haste móvel 18. parafuso de fricção
7. alavanca de trava 19. mola de fricção
8. parafuso de trava 20. anel elástico
9. mola de lâmina 21. graduação do tambor
10. bucha de trava 22. traço de referência do cilindro
11. cilindro com graduações (bainha) 23. graduação de escala do cilindro
12. parafuso micrométrico
Tipos de micrômetros
• Capacidade;
• Aproximação de leitura;
• Aplicação.
Cálculo da aproximação
Exemplo:
Se o passo da rosca é de 0,5mm e o tambor tem 50 divisões, a resolução será:
0,5
= 0,01mm
50
2) Verifica-se qual traço das divisões do tambor coincide com a reta de referência da
bainha.
Quando houver nônio, deve acrescentar-se à indicação por ele fornecida o valor
calculado anteriormente.
0,01
resolução do nônio = = 0,001mm
10
Resolução do nônio = 0,001 mm
Exemplo:
A seguir, estão apresentadas as escalas cilíndricas do micrômetro, rebatidas no plano
do papel.
a) leitura = b) leitura =
c) leitura = d) leitura =
e) leitura = f) leitura =
Exercícios continuação.
g) leitura = h) leitura =
i) leitura = j) leitura =
k) leitura = l) leitura =
Exercícios continuação.
m) leitura = n) leitura =
o) leitura = p) leitura =
passo .025"
a= = = .001"
número divisão tambor 25
Para medir com o micrômetro de .001”, lê-se primeiro a indicação da bainha. Soma-
se, então, essa medida à leitura do tambor que coincide com o traço de referência da
bainha.
Exemplo:
bainha ⇒ 0,675"
+ tambor ⇒ 0,019"
leitura total ⇒ 0,694
Leitura em um micrometro
Passo .025"
Tambor → aproximação = = = .001”
Nº de Divisões do Tambor 25
Exemplo:
bainha ⇒ .375"
+ tambor ⇒ .005"
nônio ⇒ .0004"
leitura total ⇒ .3804
Calibração
Barras de padrão
Conservação
a) Leitura = b) Leitura =
c) Leitura = d) Leitura =
e) Leitura = f) Leitura =
g) Leitura = h) Leitura =
Peça 1 2 3 4 5 6 7
A
B
C
D
E
F
G
H
I
J
K
L
M
N
Unidade A B C
Milímetro
Unidade A B C D E F G H
milímetro
Polegada
ordinária
Polegada
decimal
Micrômetros internos
Introdução
lmicro
O Imicro caracteriza-se por três contatos fixos, eqüidistantes de 120o entre si.
Tri-o-bor
Esse tipo de micrômetro possui três contatos intercambiáveis, para furos roscados,
canais e furos sem saída.
Passo 0,5
Aproximaçã o = = = 0,005
Número Divisões Tambor 100
Passo 0,5
Aproximaçã o do tambor = = = 0,01
Número Divisão Tambor 50
Observação:
A calibragem dos micrômetros internos é feita por meio de anéis de referência, que
acompanham esses instrumentos de medida.
a) Leitura = b) Leitura =
Exercícios continuação.
c) Leitura = d) Leitura =
e) Leitura = f) Leitura =
Tolerância-sistema ISO
Noções de tolerância
Esse sistema consiste numa série de princípios, regras e tabelas, que permitem a
escolha racional das tolerâncias para a produção de peças intercambiáveis.
As tolerâncias no sistema ISO são representadas nos desenhos por letras e números
que acompanham os valores das cotas.
Tolerância (t)
É a variação permitida na dimensão de uma peça, dada pela diferença entre a
dimensão máxima e a dimensão mínima.
Campo de tolerância
É o conjunto dos valores compreendidos entre o afastamento superior e inferior.
Corresponde também ao intervalo que vai da dimensão mínima até a dimensão
máxima.
O sistema ISO prevê a existência de 28 campos, os quais são representados por letras
do alfabeto latino. Essas letra indicam as posições dos campos de tolerância em
relação à linha da cota nominal (linha zero).
Combinando-se as posições dos campos dos campos do furo (peça fêmea) e do eixo
(peça macho), obtém-se ajuste moveis ou forçados. Exemplos de ajuste:
Qualidade de trabalho
Exemplo:
Grupos de Dimensões
O sistema ISO foi criado para a produção de peças intercambiáveis com dimensões de
até 500mm. Para simplificar o sistema e facilitar a sua utilização prática, esses valores
foram reunidos em 13 grupos:
0 3 6 10 18 30
a a a a a a
3 6 10 18 30 50
400
Exemplo:
a
A dimensão nominal 60 pertence ao grupo que vai de 50 a 80
500
A posição do campo do furo permanece fixa e as posições dos campos do eixo e que
variam. É o sistema mais adotado, em virtude da maior facilidade de usinagem e
controle das dimensões dos eixos.
Exemplo da Interpretação
Isso quer dizer que a medida real da peça deverá estar entre 59,971 mm e 59,990.
Exemplo de interpretação
+ 35
Eixo (peça macho): Consultando a tabela 1 encontra-se: 20 p 6 = 20
+ 22
Calcule-se então:
• Medida máxima do eixo: 20 + 0,035 = 20,035 mm
• Medida mínima do eixo: 20 + 0,022 = 20,022 mm
• Tolerância para a medida do furo: 20,035-20,022 = 0,013 mm
+ 21
Furo (peça femea): Da tabela 4 tem-se: 20 H7 = 20
0
Calcula-se então:
• Medida máxima do furo: 20 + 0,021 = 20,021 mm
• Medida mínima do furo: 20 + 0 = 20,000 mm
• Tolerância para a medida do furo: 20,021-20,000 = 0,021mm.
Exercícios:
Complete:
dim. max.
30 G6
dim. min.
dim. max.
42,5 H7
dim. min.
dim. max.
60 n6
dim. min.
dim. max.
22,5 f7
dim. min.
6.
___________mm
7.
___________mm
8.
___________mm
Recartilha
A recartilha é uma ferramenta utilizada em peças cilíndricas para gerar sulcos paralelos
ou cruzados, que recebem o nome de recartilhado.
A geração dos sulcos é realizada devido à pressão exercida pela recartilha sobre a
peça; desse modo, conformam-se os dentes sem desprendimento de cavaco,
provocando uma expansão do material que aumenta ligeiramente o diâmetro da peça.
O porta-recartilha pode ser de três tipos: para uma recartilha, para um jogo, que é
constituído de duas recartilhas, e para três jogos.
Os aços utilizados na construção da recartilha são de dois tipos: aço rápido, ideal para
recartilhamento de peças de aço em geral, e aço ABNT SAE 01, empregado para
recartilhamento de metais não ferrosos.
Tanto a recartilha de aço rápido como a de aço ABNT SAE 01 são temperadas e
revenidas.
O recartilhado é normalizado pela NBR 14957: 2003 baseado na norma DIN 82:1973 ,
que determina a classificação mostrada no quadro a seguir.
Diâmetro
Classe Apresentação Descrição Pico
da peça
RAA Recartilhado
------- d2 = d1 − 0,5.t
paralelo
Recartilhado
RBR
oblíquo à ------- d2 = d1 − 0,5.t
direita
Recartilhado
RBL
oblíquo à ------- d2 = d1 − 0,5.t
esquerda
Recartilhado expansão
RGE d2 = d1 − 0,67.t
oblíquo de material
cruzado (alto relevo)
Recartilhado compressão
RGV
oblíquo de material d2 = d1 −0,33.t
cruzado (baixo relevo)
Recartilhado expansão
RKE d2 = d1 − 0,67.t
paralelo de material
cruzado (alto relevo)
Recartilhado compressão de
RKV
paralelo material d2 = d1 − 0,33.t
cruzado (baixo relevo)
Observação
As constantes aplicadas nas fórmulas para determinar o diâmetro da peça a ser
recartilhada, não levam em consideração a profundidade das estrias resultantes do
recartilhamento e a especificidade do material a ser trabalhado, servindo apenas como
referência.
Recartilhado
d1 ⇒ diâmetro final
d2 ⇒ diâmetro de usinagem
t ⇒ passo das estrias
O passo das estrias das recartilhas é determinado pela distância existente entre os
picos das estrias. A norma NBR 14957: 2003 indica os seguintes valores (t) de passo
das estrias: 0,5; 0,6; 0,8; 1,0; 1,2; 1,6 e 2,0mm. Embora não esteja especificado nesta
norma, empresas utilizam também o passo de 1,5mm.
onde:
NBR 14957 ⇒ norma e número
R ⇒ recartilhado
G ⇒ oblíquo cruzado
E ⇒ expansão do material
0,8 ⇒ passo ( t ) em milímetros
Seleção da recartilha
Machos
Machos são ferramentas que têm a função de gerar roscas internas em furos para o
rosqueamento de parafusos, fusos ou prisioneiros. Essas ferramentas são fabricadas
de aço-rápido temperado e retificado que apresenta em seu corpo filetes de rosca
padronizados com canais longitudinais ou helicoidais, cuja função é alojar os cavacos
originados pelo processo.
A norma NBR 7260 define a terminologia empregada nos machos para roscar. Ela é
apresentada a seguir.
Tipos de canais
z Número de canais
4 Canais retos
Tipos de centros
7 Pontas de centro
8 Furo de centro
Aplicações
O macho pode ser de aplicação manual ou em máquina. Os machos manuais, em
geral, são mais curtos que os machos para máquinas e compostos por jogos de duas
peças para rosca fina e três peças para roscas normais. No roscamento com macho
manual o movimento de corte giratório é feito com o auxílio de desandadores.
Segundo a norma NBR 8191, baseada na norma DIN 2197, no conjunto de machos de
uso manual, o primeiro macho é denominado de macho de pré-corte, identificado com
um anel ou pela letra “V” escrita na haste.
Este, por sua vez, apresenta um ângulo de entrada de 10º e comprimento de entrada
maior do que o do terceiro macho, cujo ângulo de entrada é de 20º.
Os machos de perfil seriado seguem a norma DIN e são fabricados em jogos cujos
diâmetros externos da rosca são diferentes entre si. Isso possibilita a divisão do
esforço de corte entre um macho e outro.
As roscas podem ser classificadas pelo tipo de canal, ou ranhuras dos machos:
Utilização do macho
Antes de iniciar o trabalho com o macho, deve-se verificar cuidadosamente o diâmetro
do furo. Se o furo for maior que o diâmetro correto, os filetes ficarão defeituosos
(incompletos). Se for menor, o macho entrará forçado. Nesse caso, o fluido de corte
não penetrará e o atrito se tornará maior, ocasionando aquecimento e dilatação. O
resultado disso é o travamento do macho dentro do furo, ocasionando sua quebra.
Para evitar esse problema, deve-se consultar tabelas que relacionam o diâmetro da
broca que realiza o furo e a rosca que se quer obter. Por exemplo: suponhamos que
seja preciso fazer um furo para uma rosca M6 x 1 (rosca métrica com ∅ de 6 mm e
passo de 1mm).
5 0,8 4,2
6 1 5 Í
7 1 6
Portanto, para a rosca M 6 x 1, o furo deve ser feito com a broca de ∅ 5 mm.
Na haste cilíndrica dos machos estão marcadas as indicações sobre o sistema da rosca,
diâmetro nominal da rosca, o número de filetes por polegada ou passo da rosca.
Ação cortante
Quando o roscamento é manual, a ação cortante do macho é exercida por um
movimento circular de vaivém executado por meio do desandador.
O desandador deve ter um quadrado interno de lado a conforme a norma DIN 10 ou ter
castanhas reguláveis para possibilitar o encaixe do arraste quadrado do macho. O
comprimento do desandador deve ser compatível com o diâmetro da haste do macho
conforme norma específica NBR 6427.
Recomendações de uso
O macho de pré-corte deve ser colocado rigorosamente perpendicular à superfície na
qual está o furo. Se ele for mal colocado a rosca ficará fora do esquadro, ou provocará
a quebra do primeiro macho.
Todos os furos para roscas devem ser escareados com 90º para evitar que as
entradas de rosca formem rebarbas.
Para roscas com furos cegos, ou seja, não-vazados, a extremidade do macho jamais
deve bater contra o fundo do furo. Assim, sempre que possível, deve-se furar mais
profundo que o necessário para fazer a rosca a fim de que se obtenha um espaço para
reter os cavacos. Quando não for possível obter furos mais profundos, recomenda-se
remover com freqüência os cavacos que se alojam no fundo do furo.
Entre dois metais diferentes, deve-se abrir o furo com o diâmetro previsto para roscar o
metal mais duro, caso contrário, o macho tenderá a se desviar para o metal mais
macio.
Para furos em metais leves como alumínio e suas ligas, ligas de magnésio, a
passagem de um único macho é suficiente. A gripagem é evitada, lubrificando-se
cuidadosamente o macho, para prevenir o arrancamento dos filetes.
Os machos devem estar bem afiados e com todos os filetes em perfeito estado.
Após o uso, é preciso limpar os machos com um pincel e guardá-los separadamente
em seus respectivos estojos.
Tabelas
A seguir são apresentadas tabelas referentes ao passo e ao diâmetro da broca para
roscar com machos.
M Perfil DIN
Broca ∅
D mm P mm
mm
M 17 0,35 1,3
2,3 0,4 1,9
2,6 0,45 2,1
NPT NPTF
Broca ∅ Broca ∅
D” in N/1” D” in N/1”
mm mm
1/16 27 6,3 1/16 27 6,3
1/8 27 8,5 1/8 27 8,6
1/4 18 11,2 1/4 18 11,2
3/8 18 14,5 3/8 18 14,7
1/2 14 18 1/2 14 18
3/4 14 23 3/4 14 23,5
1 11 1/2 29 1 11 1/2 29,5
1 1/4 11 1/2 38 1 1/4 11 1/2 38,5
1 1/2 11 1/2 44 1 1/2 11 1/2 44
2 11 1/2 56 2 11 1/2 56,3
2 1/2 8 67 2 1/2 8 67
3 8 83 3 8 83
NPS NPSF
Broca ∅ Broca ∅
D” in N/1” D” in N/1”
mm mm
1/16 27 6,3 1/16 27 6,3
1/8 27 8,7 1/8 27 8,7
1/4 18 11,2 1/4 18 11,2
3/8 18 14,7 3/8 18 14,7
1/2 14 18,3 1/2 14 18,3
3/4 14 23,5 3/4 14 24,3
1 11 1/2 29,5 1 11 1/2 29,5
1 1/4 11 1/2 38,1
1 1/2 11 1/2 44
2 11 1/2 56,3
2 1/2 11 1/2 67
Alargadores
O furo executado pela broca, geralmente não é exato a ponto de permiti o ajuste entre
peças. Isso acontece porque:
• A superfície do furo é rugosa;
• O furo não é perfeitamente cilíndrico porque o eixo da máquina tem jogo (folga);
• O diâmetro não tem medidas exatas; é quase sempre maior que o diâmetro da
broca pela afiação imperfeita ou por deficiência da máquina, geralmente classe de
tolerância H12;
• O eixo geométrico do furo sofre, às vezes, ligeira inclinação.
Modo de ação
As arestas de corte, endurecidas por meio de têmpera, trabalham por pressão, durante
o giro do alargador dentro do furo. Nesse processo, cortam minúsculos cavacos do
material, fazendo como que uma raspagem da parede interna do furo.
Nomenclatura
A ponta do alargador que primeiro entra em contato com o furo chama-se entrada. A
entrada permite a introdução do alargador no furo e seu comprimento varia de acordo
com o trabalho a ser realizado. Assim, por exemplo, um alargador para máquina usado
para calibrar furos passantes ou furos em materiais mais macios, deve ter uma entrada
mais curta que a de um alargador que calibrará um furo em um material mais duro.
Alargadores manuais
Os alargadores manuais são construídos com aço rápido e podem ser de três tipos:
• Alargadores manuais para pinos cônicos;
Alargadores de expansão
Esse tipo de alargador é fabricado com aço-carbono. Suas navalhas podem ser retas
ou helicoidais. Ele pode ser de dois tipos:
• Alargador expansível que permite uma pequeníssima variação de diâmetro: cerca
de 1/100 do diâmetro nominal da ferramenta. Seu funcionamento se baseia na
elasticidade (flexibilidade) do aço. O corpo desse tipo de alargador é oco e
apresenta várias fendas longitudinais.
Como as lâminas desse alargador são removíveis, estas podem ser facilmente afiadas
ou substituídas em caso de desgaste ou quebra. A calibração dessa ferramenta atinge
0,01mm e a variação de seu diâmetro pode ser de alguns milímetros.
Tabelas
Para obter furos com diâmetros dentro dos limites desejados, formato cilíndrico,
perfeito acabamento e boa conservação do alargador, é necessário, antes de executar
a operação, observar os seguintes aspectos:
• Determinar corretamente a quantidade de material a ser removido, em função do
material a ser usinado e do diâmetro do furo;
• Observar rigorosamente a velocidade de corte em m/min, avanço em mm e o fluido
de corte adequado para cada tipo de material.
Para auxiliar o operador a atender a essas exigências, tabelas específicas devem ser
consultadas. Assim, as duas tabelas a seguir ajudam a encontrar os dados
necessários em função dos parâmetros já citados.
Recomendações de uso
O resultado da operação de usinagem feita com alargador depende de vários fatores
que devem ser considerados tanto na escolha da ferramenta adequada, quanto nas
condições de utilização. Nesse caso, devem ser considerados:
• A aplicação: manual ou com máquina;
• As características do furo: profundidade, estado do pré-furo, espessura da parede
da peça, dimensões, grau de acabamento, se é passante ou cego, se é
interrompido;
• Material: resistência e usinabilidade;
• Velocidade de corte (para alargamento em máquina): como regra prática, o valor
inicial deve ser de 50% da velocidade usada para a furação do mesmo material;
• Avanço: geralmente 2,5 a 3 vezes o avanço usado para a furação do mesmo
material. A utilização de avanços muito baixos pode resultar em desgaste
excessivo do alargador. Avanços muito elevados resultam em furos fora da
tolerância e com acabamento de qualidade inferior. O ideal é usar o avanço mais
elevado possível e que resulte no acabamento e na tolerância desejados;
Portanto, como com brocas helicoidais, é possível obter uma qualidade 12, deve-se
incluir entre as operações de furar e alargar, uma etapa realizada com brocas
calibradoras, que são mais estáveis que as brocas normais e têm melhor guia no furo
devido ao número maior de arestas de corte.
No caso de furos até 8mm de diâmetro, a operação de calibrar pode ser dispensada, já
que a dimensão e a rugosidade do furo obtido com a broca são suficientes para o
alargamento.
Mandril
Quando a bainha gira, também gira o anel roscado que abre e fecha as três pinças ou
castanhas que prendem as ferramentas.
Buchas cônicas
Buchas são acessórios que servem para fixar mandril, broca ou alargador diretamente
no eixo da máquina. Suas dimensões estão normalizadas pelos diferentes sistemas de
medidas, tanto para os cones externos (machos) como para os cones internos
(fêmeas). Quando o cone interno da máquina for maior que o cone externo da
ferramenta, utilizam-se buchas cônicas de redução.
Por exemplo, um cone de redução 4-3 significa que a parte externa é um cone-macho
número 4 e a interna é um cone-fêmea de número 3.
Para um ajuste correto e para garantir a concentricidade dos mandris, é preciso manter
os cones limpos, sem rebarbas e lubrificá-los após o uso.