Genética 1
Genética 1
Genética 1
Introdução à Genética
Para estudar as formas de transmissão das informações genéticas nos indivíduos
e populações, existem várias áreas de conhecimento que se relacionam com a genética
clássica como a biologia molecular, a ecologia, a evolução e mais recentemente se
destaca a genômica, em que se utiliza a bioinformática para o tratamento de dados.
Conceitos Básicos
Conheça os principais conceitos genéticos e entenda sobre cada um deles:
Células
Descrição
haploides
Cromossomos
Os cromossomos são encontrados no
núcleo da célula.
Os cromossomos são sequencias da
molécula de DNA, em forma de espiral, que
apresentam genes e nucleotídeos.
O número de cromossomos varia de uma
espécie para outra, é representado por n.
Por exemplo, a mosca Drosophila possui 8
cromossomos nas células do corpo e 4 nos
gametas. A espécie humana possui um número
total de 46 cromossomos nas células diploides e 23 nos gametas.
Cromossomos Homólogos
Cada cromossomo presente no espermatozoide encontrará correspondência nos
cromossomos do óvulo.
Genética
Em outras palavras, os cromossomos de
cada gameta são homólogos, uma vez que
possuem genes que determinam certa
característica, organizados na mesma sequência
em cada um deles.
Representação de cromossomos
homólogos e a localização (ou locus gênico) de
alguns genes alelos, que determinam
características específicas.
Cromossomos homólogos
Cromossomos homólogos são aqueles que
fazem par com outros cromossomos.
Eles são iguais em tamanho, têm o
centrômero posicionado no mesmo lugar e a mesma posição de genes, ou seja, são muito
parecidos em termos genéticos.
Os cromossomos homólogos estão presentes nas células diploides (2n). O seu
emparelhamento acontece na meiose, o processo de divisão celular que forma células
sexuais.
Também presentes nas células diploides (2n), eles são considerados cromossomos
parcialmente homólogos e têm origem na divisão celular da mitose, a que acontece na
grande parte das células.
Um exemplo de mitose é a regeneração da pele após um corte.
Cromossomos homólogos e genes alelos
Genes alelos, também chamados de alelomorfos, e cromossomos homólogos são
coisas diferentes, mas que se relacionam entre si.
Enquanto cromossomos homólogos são cromossomos iguais, genes alelos são os
genes que ocupam, nos cromossomos homólogos, a mesma localização do DNA.
O DNA são os dados genéticos de uma pessoa (altura, cor dos olhos, formato do
queixo, entre tantos outros).
Genes
Genes e Cromossomos
Elas se agrupam entre si, ou seja, A se liga com T (A-T) e C com G (C-G), formando
uma dupla hélice.
Genes
Genes Alelos
Os chamados genes alelos são aqueles que ocupam o mesmo lócus (posição
específica de cada gene) nos cromossomos homólogos.
Homozigoto e Heterozigoto
Na genética, os seres homozigotos possuem
pares de genes alelos idênticos, enquanto os
heterozigotos caracterizam os indivíduos que
possuem dois genes alelos distintos.
Genes Alelos
É importante frisar os conceitos de genes e
cromossomos, uma vez que os genes são
diminutos segmentos de DNA e os cromossomos
são segmentos de genes, os quais ocupam uma
posição específica denominada “lócus”.
Homozigoto
Os indivíduos homozigotos são chamados de “puros”, visto que são caracterizados
por pares de genes alelos idênticos.
Ou seja, os alelos análogos produzirão apenas um tipo de gameta representado
pelas letras iguais (AA, aa, BB, bb, VV, vv), sendo que as maiúsculas são chamadas de
dominantes, enquanto as minúsculas são as possuidoras do caráter recessivo.
Quando o gene alelo não se expressa nesse indivíduo, ele é um gene recessivo. Os
genes recessivos são representados por letras minúsculas (aa, bb, vv) donde os fenótipos
são expressos somente em homozigose.
Fenótipo e Genótipo
Genes Alelos
Genes Alelos Recessivos: representados por letras minúsculas (aa, bb, vv) donde os
fenótipos são expressos somente em homozigoseGenes Alelos Dominantes:
representados por letras maiúsculas (AA, BB, VV) e expressos fenotipicamente em
heterozigose.
Genes Dominantes
Nariz reto, Lobo da orelha colado, Queixo sem covinha e reto, Lábios Finos, Cabelo
louro e ruivo, Olhos azuis, não possui a capacidade de enrolar a língua, Dedo mindinho
reto, Polegar reto, Canhoto, Tipo Sanguíneo Negativo, Doenças Relacionadas aos Genes
Recessivos
Daltonismo, Albinismo
Herança Ligada ao Sexo
Os cromossomos sexuais são aqueles que determinam o sexo dos indivíduos.
As mulheres possuem 2 cromossomos X, enquanto os homens possuem um
cromossomo X e um Y. Desse modo, é o gameta masculino que determina o sexo dos
filhos.
Como os cromossomos X tem muito mais genes o que o Y, alguns dos genes do X
não têm alelo correspondente no Y, desse modo determinam a herança ligada ao
cromossomo sexual ou ligada ao sexo.
Genética
Representação da transmissão hereditária
da hemofilia, cujos genes se localizam no
cromossomo X
O daltonismo e a hemofilia são exemplos
de doenças determinadas por genes presentes no
cromossomo X. O daltonismo, que é um tipo de
cegueira para cores, é uma condição produzida
por um alelo mutante responsável pela produção
de um dos pigmentos visuais.
Herança ligada ao sexo
O código genético é a
organização responsável pela
ordem dos nucleotídeos que
formam o DNA e a sequência dos
aminoácidos que compõe as
proteínas.
A expressão deste
sequenciamento é feita através
de símbolos, constituídos de
letras, que representam as regras
para união das informações que
formam o sistema.
O código genético foi
decifrado por volta de 1960 pelos
bioquímicos americanos Marshall W. Nirenberg, Robert W. Holley e Har Gobind Khorana,
o que lhes concedeu o Prêmio Nobel de medicina em 1968 por interpretá-lo e descrever
sua função na síntese proteica.
Através das regras, é possível que uma célula converta partes de DNA em cadeias
polipeptídicas. Também, a produção de proteínas tem seus aminoácidos diferenciados
pela construção de um código.
Construção do código genético
O códon é uma sequência de três nucleotídeos que transporta a mensagem
codificadora de uma proteína, determinando o sequenciamento dos aminoácidos que a
formam.
O código genético é formado por quatro bases: adenina (A), citosina (C), guanina
(G) e uracila (U). A combinação destas bases faz com que seja determinado o aminoácido
necessário para formação de uma proteína.
A sequência de bases no ácido desoxirribonucleico (DNA) e no ácido ribonucleico
(RNA) é capaz de fornecer a informação da sequência necessária para criar os
aminoácidos e agrupá-los na sequência correta nas proteínas.
Genética
As bases nitrogenadas U, C, A e G são capazes de formar, 3 a 3, 64 combinações,
ou seja, códons, que se transformarão em 20 diferentes tipos de aminoácidos utilizados
na produção de proteínas.
Produção de proteínas a partir do código genético
As proteínas são formadas por uma série de aminoácidos. Cada aminoácido é
formado por uma sequência de três componentes, também chamada de códon.
Confira a seguir a tabela de códons e o nome dos aminoácidos sequenciados.
Códons que produzem os diferentes aminoácidos que compõem as proteínas.
Observando as informações da tabela do código genético, podemos interpretar o
código UCA, formado com a primeira base U, a segunda base C e a terceira base A, como
sendo o códon associado ao aminoácido serina (Ser).
A serina, por exemplo, pode ser codificada por mais de um códon, são eles: UCU,
UCC, UCA e UCG. Quando um aminoácido é codificado por mais de um códon, o código é
classificado como “degenerado”.
A metionina (Met) é codificada por apenas um códon, o AUG, e, por isso, indica o
início da tradução das informações gênicas, sendo encontrado no início de cada proteína
formada.
Os códons UAA, UAG e UGA não possuem nenhum aminoácido associado, ou seja,
não codificam as proteínas, mas sim, indicam o término da síntese proteica.
Regras de Chargaff
Na década de 1950, um bioquímico chamado Erwin Chargaff descobriu que as
bases nitrogenadas (A, T, C e G) não eram encontradas em quantidades iguais. No
entanto, a quantidade de A era sempre igual à quantidade de T, e a quantidade de C era
sempre igual à quantidade de G.
Esses achados acabaram sendo cruciais para a descoberta do modelo de dupla
hélice do DNA.
Dupla hélice
A descoberta da estrutura de dupla hélice do DNA se deve a vários cientistas na
década de 1950.
Imagem de uma dupla hélice de DNA
ilustrando sua estrutura dextrógira. O sulco maior
é a lacuna mais ampla que as espirais fazem no
comprimento da molécula, enquanto o sulco
menor é o sulco que acompanha em paralelo o
sulco maior. Os pares de bases encontram-se no
centro da hélice, enquanto a estrutura de açúcar
fosfato situa-se no exterior.
Dupla hélice de DNA. Figura modificada
de OpenStax, CC BY 3.0.
As moléculas de DNA têm uma
estrutura antiparalela - ou seja, as duas fitas da
hélice se deslocam em direções opostas uma da
outra. Cada fita tem uma extremidade 5' e uma
extremidade 3'.
Decifrar a estrutura do DNA foi uma das grandes conquistas científicas do século.
Conhecer a estrutura do DNA abriu as portas para a compreensão de muitos
aspectos da função do DNA, por exemplo, como ele é copiado e como as informações que
ele carrega podem ser usadas para produzir proteínas.
Replicação de DNA
A replicação semiconservativa produz duas hélices que contêm
uma fita de DNA antiga e uma fita de DNA nova.
Replicação semiconservativa. Figura modificada
de OpenStax, CC BY 3.0.
A replicação de DNA é semiconservativa. Isso significa que cada
uma das duas fitas do DNA de fita dupla atua como um molde na
produção de duas novas fitas.
A replicação depende do pareamento de bases complementares,
que é o princípio explicado pelas regras de Chargaff: a adenina (A)
sempre se liga à timina (T), e a citosina (C) sempre se liga à guanina
(G).
Genética
O processo de replicação
Modelo
esquemático básico
da replicação do
DNA de Watson e
Crick.
1. Dupla
hélice do DNA.
2. As ligações
de hidrogênio se
rompem e a hélice
abre.
3. Cada fita de DNA atua como modelo para a
síntese de uma nova fita complementar.
4. A replicação produz dois DNA dupla hélices
idênticos, cada um com uma fita nova e uma velha.
A replicação de DNA ocorre com a ajuda de várias
enzimas. Essas enzimas "descompactam" as moléculas de DNA
quebrando as ligações de
hidrogênio que mantêm as
duas fitas unidas.
Cada fita serve,
então, como um molde para
uma nova fita
complementar a ser criada. Bases complementares
ligam-se umas às outras (A-T e C-G).
Fita molde de DNA e a criação de sua fita
complementar
A principal enzima envolvida neste processo é a DNA polimerase, que une os
nucleotídeos para sintetizar a nova fita complementar. A DNA polimerase também
revisa cada nova fita de DNA para garantir que não contenha erros.
Introdução
O que torna a morte por cogumelo cicuta verde mortal? Estes cogumelos obtêm
seus efeitos letais ao produzir uma toxina específica, a qual se acopla a uma enzima
crucial no corpo humano: a RNA polimerase
A RNA polimerase é crucial porque ela executa a transcrição, o processo de copiar
o DNA (ácido desoxirribonucleico, o material genético) em RNA (ácido ribonucleico, uma
molécula similar porém de vida mais curta).
A transcrição é um passo essencial no uso da informação de genes em nosso DNA
para fazer proteínas. As proteínas são as principais moléculas que dão estrutura às
células e que as mantêm funcionando. Bloquear a transcrição com a toxina do cogumelo
provoca falha hepática e morte, porque nenhum RNA novo - e portanto, nenhuma nova
proteína - pode ser feito.^22squared
A transcrição é essencial para a vida e compreender como ela funciona é
importante para a saúde humana. Vamos dar uma olhada no que acontece durante a
transcrição.
Genética
Visão Geral da Transcrição
A Transcrição é o primeiro passo da expressão gênica. Durante esse processo, a
sequência de DNA de um gene é copiada em RNA.
Antes que a transcrição possa ocorrer, a dupla hélice de DNA deve se desenrolar
próximo ao gene que está sendo transcrito. A região do DNA aberto é chamada de bolha
de transcrição.
Transcrição: iniciação
Para iniciar a transcrição de um gene, a RNA polimerase liga-se ao DNA do gene
numa região denominada promotor. Basicamente, o promotor informa à polimerase onde
"se sentar" no DNA e começar a transcrever.
A região promotora precede (e
ligeiramente sobrepõe-se) à região
transcrita, cuja transcrição especifica.
Ela contém locais de reconhecimento
para a RNA polimerase ou suas
proteínas auxiliares se ligarem. O DNA
se abre na região promotora para que a
RNA polimerase possa começar a
transcrição.
Cada gene (ou, em bactérias,
cada grupo de genes transcritos juntos) tem seu próprio promotor. Um promotor contém
sequências de DNA que deixam a RNA polimerase ou as suas proteínas auxiliares se
ligarem ao DNA. Uma vez formada a bolha de transcrição, a polimerase pode iniciar a
transcrição.
Promotores em humanos
Em eucariontes como humanos,
a principal RNA polimerase em suas
células não se liga diretamente aos
promotores como a RNA polimerase
bacteriana. Ao invés disso, proteínas
acessórias chamadas fatores de
transcrição basais (gerais) se ligam
primeiramente ao promotor,
auxiliando a RNA polimerase em suas
células a obter um ponto de apoio no
DNA.
Muitos promotores eucarióticos
possuem uma sequência chamada
de TATA box. O "TATA box" tem um
papel muito similar ao elemento -
101010 em bactérias. Ele é reconhecido
por um dos fatores gerais de
transcrição, permitindo que outros
fatores de transcrição e
eventualmente a RNA polimerase se
liguem. Ele também contém muitos As
Genética
e Ts, o que torna mais fácil de separar as fitas de DNA.
O promotor de um gene eucariótico é representado. O promotor se encontra
anteriormente e ligeiramente sobreposto ao sítio de iniciação transcricional (+1). Ele
contém o TATA box, que possui uma sequência (na fita codificante) de 5'-TATAAA-3'. O
primeiro fator de transcrição geral eucariótico se liga ao TATA box. Então, outros fatores
de transcrição geral se ligam. Finalmente, a RNA polimerase II e alguns fatores de
transcrição adicionais se ligam ao promotor.
Alongamento
Uma vez que a RNA polimerase está na posição do promotor, o próximo passo da
transcrição — o alongamento — pode começar. Basicamente, o a longamento é a fase
que a sequência de RNA fica mais longa, graças à adição de novos nucleotídeos.
Durante o alongamento, a RNA polimerase "caminha" ao longo de uma fita de DNA,
conhecida como fita molde, da 3' para 5'. Para cada nucleotídeo no molde, a RNA
polimerase adiciona um nucleotídeo de RNA correspondente (complementar) à
extremidade 3' da fita do RNA.
A RNA polimerase sintetiza um
transcrito de RNA complementar à fita
de DNA molde na direção 5' para 3'. Ela
avança ao longo da fita molde na
direção de 3' a 5', abrindo a dupla hélice
do DNA, conforme avança. O RNA
sintetizado só permanece ligado à fita
molde por um curto período, então,
deixa a polimerase como uma cadeia
pendente, que permite que o DNA volte
a fechar e formar uma dupla-hélice.
Neste exemplo, as sequências da
fita codificadora, da fita molde e do
transcrito de RNA são:
Fita codificadora: 5'- ATGATCTCGTAA-3'
Fita molde: 3'-TACTAGAGCATT-5'
RNA: 5'-AUGAUC...-3' (os pontos mostram onde nucleotídeos ainda estão sendo
adicionados à fita em sua extremidade 3')
O transcrito de RNA é quase idêntico à fita de DNA não molde ou codificante.
Contudo, as fitas de RNA têm a base uracila (U) em vez de timina (T), assim como um
açúcar ligeiramente diferente no nucleótido. Assim, como podemos ver no diagrama
acima, cada T da fita codificante é substituído por um U no transcrito de RNA.
A figura abaixo mostra o DNA sendo transcrito por muitas RNA polimerases ao
mesmo tempo, cada uma com uma "cauda" de RNA atrás dela. As polimerases próximas
ao início do gene têm caudas de RNA curtas que ficam cada vez maiores à medida que
a polimerase transcreve mais do gene.
Na imagem de microscopia representada aqui, um gene está sendo transcrito por
várias RNA polimerases de uma vez. As cadeias de RNA são menores próximas ao começo
do gene e se tornam maiores à medida que a enzima se move para o final do gene. Esse
Genética
padrão cria uma espécie de estrutura em formato de cunha feita pelos transcritos de
RNA se abrindo a partir do DNA do gene.
_Imagem modificada de "Transcription label en," by Dr. Hans-Heinrich Trepte (CC
BY-SA 3.0). A imagem modificada está licenciada sob a licença CC BY-SA 3.0._
Transcrição: terminação
A RNA polimerase vai continuar transcrevendo até encontrar sinais para parar. O
processo de término da transcrição é chamado terminação e isso acontece uma vez que
a polimerase transcreve uma sequência de DNA conhecida como terminador.
Terminação em bactérias
Existem duas estratégias de terminação principais encontradas em bactérias:
Rho-dependente e Rho-independente.
Em terminações Rho-dependente, o RNA contém um sítio de ligação para uma
proteína chamada fator Rho. O fator Rho se liga à essa sequência e começa a "subir" o
transcrito em direção à RNA polimerase.
Terminação Rho-dependente. O
terminador é uma região de DNA que
inclui a sequência que codifica o sítio de
ligação de Rho no RNAm, bem como o
ponto real de parada da transcrição (que
é uma sequência que faz com que a RNA
polimerase pause para que a Rho possa
alcançá-la). A Rho liga-se ao sítio de
ligação de Rho no mRNA e sobe o
transcrito de RNA, no sentido 5' para 3',
em direção à bolha de transcrição onde
está a polimerase. Quando ela alcança a
polimerase, fará com que o transcrito seja
liberado, terminando a transcrição.
Quando ele alcança a polimerase na bolha de transcrição, o Rho puxa a transcrição
do RNA e o molde de DNA se separa, liberando a molécula de RNA e terminando a
transcrição. Outra sequência, encontrada mais tarde no DNA, chamada de ponto de
parada da transcrição, faz com que a RNA polimerase pause e portanto ajuda o Rho
alcançar.^44start superscript, 4, end superscript
Terminações Rho-independentes dependem das sequências específicas do modelo
do DNA. Enquanto a RNA polimerase se aproxima do final do gene que está sendo
transcrito, ele atinge uma região rica em nucleotídeos C e G. O RNA transcrito desta
região se dobra de volta para si mesmo e os nucleotídeos complementares C e G se ligam.
O resultado é um grampo de cabelo estável que faz com que a RNA polimerase fique
presa.
Genética
Terminação independente de Rho. A
sequencia de DNA terminadora codifica uma
região de RNA que dobra sobre si mesma
para formar um grampo. O grampo é seguido
por séries de nucleotídeos U no RNA (não
mostrado). O grampo causa a interrupção da
polimerase, e o pareamento fraco entre os
nucleotídeos A do DNA molde e U do
transcrito de RNA permitem a separação entre o transcrito e o molde, finalizando a
transcrição.
Em uma terminação, o grampo de cabelo é seguido de um trechos de nucleotídeos
U no RNA, que se pareiam com nucleotídeos A no modelo de DNA. A região complementar
U-A da transcrição do RNA forma somente uma fraca interação com o modelo de DNA.
isto, juntamente com a polimerase paralisada, produz instabilidade suficiente para a
enzima cair e liberar o novo RNA transcrito.
Eletroforese
Genética
A eletroforese é uma técnica laboratorial realizada com o objetivo de separar
moléculas de acordo com o seu tamanho e carga elétrica para que se possa ser realizado
o diagnóstico de doenças, seja verificada a expressão de proteínas ou se possa identificar
microrganismos.
A eletroforese é um procedimento simples e de baixo custo, sendo utilizado na
rotina laboratorial e em projetos de investigação. De acordo com a finalidade da
eletroforese, pode ser necessária a realização de outros testes e exames para que se
possa chegar a um diagnóstico, por exemplo.
Tipos de eletroforese
A eletroforese pode ser realizada com diversas finalidades e, de acordo com o seu
objetivo, pode ser utilizados vários tipos de gel, sendo os mais comuns o de
poliacrilamida e o de agarose.
A eletroforese para identificar microrganismos é mais comum de ser realizada em
laboratórios de investigação, no entanto, para fins diagnósticos, a eletroforese pode ser
utilizada para identificar doenças hematológicas e doenças que evoluam com o aumento
da quantidade de proteínas, sendo os principais tipos de eletroforese:
1. Eletroforese de hemoglobina
A eletroforese de hemoglobina é uma técnica laboratorial realizada para
identificar os diferentes tipos de hemoglobina circulantes no sangue, sendo possível
identificar a presença de doenças relacionadas à síntese de hemoglobina. O tipo de
hemoglobina é identificado por meio da eletroforese em pH específico, idealmente entre
8,0 e 9,0, sendo verificado um padrão de bandas que pode ser comparado ao padrão
normal, permitindo identificar a presença de hemoglobinas anormais.
Para que é feita: A eletroforese de hemoglobina é feita para investigar e
diagnosticar doenças relacionadas à síntese de hemoglobina, como anemia falciforme e
doença da hemoglobina C, além de ser útil na diferenciação das talassemias. Saiba como
interpretar a eletroforese de hemoglobina.
2. Eletroforese de proteínas
A eletroforese de proteínas é um exame solicitado pelo médico para avaliar a
quantidade de proteínas circulantes no sangue e, assim, identificar doenças. Esse exame
é feito a partir de uma amostra de sangue, que é centrifugada para que se obtenha o
plasma, que a parte do sangue constituída, dentre outras substâncias, por proteínas.
Após eletroforese, pode ser visualizado um padrão de bandas e, posteriormente,
um gráfico em que é indicada a quantidade de cada fração de proteínas, sendo
fundamental para o diagnóstico.
Para que é feita: A eletroforese de proteínas permite que o médico investigue a
ocorrência de mieloma múltiplo, desidratação, cirrose, inflamações, doenças do fígado,
pancreatite, lúpus e hipertensão de acordo com o padrão de bandas e o gráfico
apresentado no laudo do exame.