A Mente Vencendo o Humor
A Mente Vencendo o Humor
A Mente Vencendo o Humor
Alguns pacientes chegam com o objetivo geral de “se sentir menos deprimido”.
Examinar a intensidade dos estados de humor e as experiências que despertam
essas reações pode informar suas escolhas para objetivos mensuráveis
específicos e sinalizações de mudança.
Situações: Algumas vezes, uma situação está em grande parte ocorrendo dentro
da cabeça. Nesse caso, é aceitável escrever na coluna de situações o tema geral
dos pensamentos. Por exemplo: Eu estava deitado pensando nas contas (os
pensamentos específicos sobre isso serão descritos na coluna de pensamento,
ex: “jamais vou conseguir pagar todas estas contas”).
Culpa e vergonha envolvem temas similares a raiva, mas, apontamos para nós
mesmos o dedo de “transgressor”. Quebrando regras e valores importantes
para nós. Se acreditarmos que isso nos tornam pessoas más e/ou que os outros
nos rejeitariam, surge a vergonha.
Depressão: O que isso sugere/diria/significa sobre você? Sobre sua vida? Sobre
seu futuro?
Ansiedade: “O que você teme que aconteça? Qual a pior coisa que poderia
acontecer? Qual a pior coisa que você consegue imaginar que aconteceria?”
Essas perguntas captam os aspectos de perigo/ameaça. Sobre a percepção de
não conseguir lidar com esse perigo você pode perguntar: “E se isso
acontecesse, como você se imagina enfrentando a situação?”
Você vai saber que chegou ao pensamento quente quando esses critérios
estiverem presentes:
• Tive alguma experiência ou existe alguma informação que sugira que este
pensamento não é completamente verdadeiro o tempo todo?
• Se meu melhor amigo ou alguém que amo tivesse este pensamento, o que eu
diria para essa pessoa?
• Se meu melhor amigo ou alguém que se importa comigo soubesse que eu
estava tendo este pensamento, o que ele me diria? Que evidências factuais
(informações ou experiências) ele apontaria que sugerem que meu pensamento
“quente” não é 100% verdadeiro?
• Existem pequenas informações que contradizem meu pensamento “quente” e
que eu possa estar ignorando ou não considerando importante?
• Existem alguns pontos fortes ou qualidades em mim que estou ignorando?
Quais são eles? Como eles poderiam me ajudar nesta situação?
• Existe algum aspecto positivo nesta situação que estou ignorando? Existe
alguma informação que sugira que pode haver um resultado positivo nesta
situação?
• Já me encontrei neste tipo de situação antes? O que aconteceu? Existe alguma
diferença entre esta situação e as anteriores? O que aprendi com experiências
anteriores que poderia me ajudar a compreender esta situação sob um ângulo
diferente?
• Quando não estou me sentindo deste modo, penso sobre este tipo de
situação de forma diferente? Como? Em que informações factuais devo me
concentrar?
• Daqui a cinco anos, se eu olhar para trás em relação a esta situação, irei
encará-la de forma diferente? Irei me concentrar em alguma parte diferente de
minha experiência?
• Estou tirando conclusões apressadas nas colunas 3 e 4 que não são
completamente justificadas pelos fatos?
• Estou me culpando por algo sobre o qual não tenho controle total? Que fatos
posso escrever que refletem uma visão mais justa, compassiva ou gentil de
minha responsabilidade?
O “e” faz o peso dos dois lados parecerem iguais. O “no entanto” faz a segunda
se tornar mais importante. Quando há mais evidencias na coluna que não apoia,
encoraje o seu paciente a relacionar com “no entanto” para captar esse
desequilíbrio entre as evidencias. Não existe um pensamento alternativo ou
compensatório “certo”. Existe o que parece mais justo e razoável para o
paciente.
Há 3 razões comuns para um RPD bem completado não levar a uma mudança
no estado de humor:
1. O pensamento é apoiado: nesse caso, é necessário um plano de ação:
descrever os passos que uma pessoa pode dar para melhorar as
circunstancias relacionadas a um pensamento.
2. Há outros pensamentos negativos associados
3. A pessoa não acredita nos pensamentos alternativos mesmo que eles
combinem com as evidencias [usar imaginação e continuum]
Muitas pessoas dizem: “posso ver que isso combina com as evidências, mas não
parece verdadeiro para mim” [fortalecer novos pensamentos]. Outros estão
lidando com desafios sérios na vida, como desemprego, dor crônica [plano de
ação e/ou aceitação].
Planos para resolver problemas: Planos de ação podem ser usados para
resolver problemas ou para planejar mudanças que levarão a melhorias
[exercício pág. 121]. Requer que a pessoa defina um objetivo, identifique os
passos/possíveis problemas e como lidar com esses obstáculos.
A solução inicial pode ser insatisfatória a longo prazo, mas talvez necessária
para o curto prazo. Você pode colocar essas soluções como
“provisórias/temporárias” que vão ajudar ou favorecer soluções mais
permanentes e positivas. Exemplo:
Pode ser necessário trabalhar em um lugar que pague menos que o emprego
anterior e você perca algumas regalias e só tenha dinheiro para o básico. Isso
pode ser uma solução provisória para alguém que está próximo a ficar sem
dinheiro até para o básico. Dividir apartamento com alguém segue esse mesma
ideia.
Aceitação: Para problemas que não podem ser resolvidos ou que vão durar um
longo tempo [problemas de saúde, morte de alguém]. Existem 3 caminhos para
a aceitação:
1. Mindfullnes
2. Tomada de perspectiva do quadro geral [considerar benefícios da aceitação,
identificar pontos positivos na situação]
3. Focar em valores pessoais e em como eles podem ajudar a seguir em frente
apesar do sofrimento ou dos desafios.
Identificando os pressupostos
P1: Se ficar em casa e não sair p/ conhecer pessoas, o que espera que aconteça?
“Espero que um dia eu realmente me sinta pronto p/ sair. É mais fácil sair e
conhecer pessoas se eu estiver em um estado mais confiante.”
P2: Se sair para conhecer pessoas quando não se sentir pronto, o que você teme
que aconteça?
“Estragar tudo e fazer alguma coisa esquisita e arruinar as minhas chances
naquele lugar”
EXPERIMENTOS COMPORTAMENTAIS
DIÁLOGO SOCRÁTICO