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Física C - Prática 09

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Lei de Faraday e Lenz com Bobinas Paralelas (Data: 24/05/2022)

Física C – Prática – 20202GRDEMEDIU|GRD-NGR-0113 – Subturma T1


Professor: Fábio de Oliveira Paiva
Wallace Santos Alves dos Santos – wallace.s@ba.estudante.senai.br

Resumo:

Esta prática foi realizada no laboratório maker do SENAI CIMATEC para a disciplina
de Física C prática, tendo o intuito de abordar a Lei de Faraday e Lei de Lenz e explorar
os pormenores da indução magnética. Foi possível através da mesma, validar teorias
aprendidas em sala de aula como a geração de um campo magnético através de um
fluxo de corrente em um condutor, e a geração de uma corrente elétrica numa bobina
através da aplicação de um campo magnético variável no tempo.

Palavras - Chave: Faraday, Lenz, Campo magnético, Indução magnética.

Objetivos:

Este relatório tem como objetivo abordar os resultados obtidos e as discussões geradas a
partir do experimento prático realizado acerca da lei de Faraday e Lenz e de seus
pormenores, tal como a indução de corrente elétrica a partir da variação de fluxo
magnético e também a geração de um campo magnético a partir de um fluxo de cargas
em um condutor.

Introdução teórica:

A Lei de Faraday, também chamada como Lei de indução magnética, foi descoberta por
Michael Faraday em 1831 e demonstra que uma variação do fluxo magnético nas
proximidades de um condutor gera uma força eletromotriz induzida no mesmo. Sendo
essa descoberta o ponto inicial para diversas tecnologias que utilizamos hoje e que são
vitais pra nossa sociedade, como os motores e geradores.
O Fluxo magnético é uma grandeza que representa o somatório do campo magnético
que atravessa uma dada área, sendo este medido em Weber (Wb) , sendo representado
pela equação abaixo:

ф = B. A. cos(θ) (1)

Faraday estudou uma relação entre a Tensão induzida em Volts (V) e a variação do fluxo
magnetico, que pode ser observado na equação 2.1

∆ϕ
ε= ∆𝑡
(2)

O físico Heinrich Lenz trouxe um grande acréscimo aos estudos conduzidos por
Faraday, onde ele percebeu que a corrente induzida por um dado campo magnético em
um condutor gerava um outro campo que se opunha a variação do fluxo magnético,
atuando como um força restauradora que tende a colocar o sistema em equilíbrio
novamente, o que confere a equação um sinal negativo, como visto na equação abaixo.

∆ϕ
ε= − ∆𝑡
(3)

Materiais:
● 1 conjunto de bobinas retangulares
● 2 ímãs cilíndricos
● 1 fio flexível de 0,13 m
● 1 multímetro digital
● Cabos banana para conexão
● 1 interruptor
● 1 fonte de alimentação de saída ajustável
● 1 bússola

Procedimentos:

Inicialmente verificou-se a posição dos pólos dos ímãs aproximando-os da bússola e


verificando para onde o norte da mesma apontava. A bobina fornecida foi montada no
suporte e o multímetro foi conectado aos pólos da mesma. Em seguida, o imã foi
aproximado do interior da bobina e observou-se se algo ocorria no multímetro. A
mesma aproximação foi repetida porém com maior velocidade, e da mesma forma
observou-se também se ocorreria alguma indicação no multímetro. Os passo anteriores
foram repetidos porém com o imã invertido e observando-se também se ocorreria
alguma indicação no multimetro

Para a segunda parte do experimento, a mesma bobina foi ligada na fonte através dos
cabos banana, sendo que a chave interruptora foi colocada em serie entre a fonte e a
bobina. por se tratar de uma chave que possibilita a inversão dos polos de conexão em
dois dos seus pólos foi conectada a fonte e nos outros dois a bobina. Utilizou-se de um
suporte para que o imã pudesse ficar pendendo logo a frente da bobina.

Após ligar o circuito observou-se o que ocorria com o imã e foi tomado nota, em
seguida inverteu-se a polaridade do circuito utilizando a chave e repetiu-se o mesmo
procedimento.

Resultados e Discussões:

Na primeira parte do experimento, quando aproximamos o ímã do interior da bobina,


com o polo norte virado para dentro, pudemos observar no multímetro que ocorreu uma
variação momentânea da corrente, tendo essa mesma um valor positivo na ida e
negativo na volta. O que pode ser explicado pela própria lei de Faraday Lenz, já que o
ímã cria um campo magnético no sentido de entrada da bobina, como demonstrado na
figura 1.
Figura 1 - Bobina com campo magnético entrando na folha
Ao aumentarmos a velocidade com que aproximamos o imã o fenômeno observado foi
semelhante, tendo diferenças apenas nos valores de corrente observados, que foram
mais intensos
Repetimos os mesmos passos anteriores porém com o sentido do ímã invertido, ou seja,
com o polo sul entrando na bobina. Isso resultou em uma corrente negativa surgindo ao
entrar na bobina e uma positiva ao sair, percebendo-se também uma intensificação da
corrente ao aumentarmos a velocidade de aproximação. A inversão do pólo do ímã
supostamente criou um campo magnético de sentido contrário ao da parte anterior, ou
seja, no sentido contrário à entrada da bobina, como pode ser observado na figura 2.
Figura 2 - Bobina com campo magnético saindo da folha

Para a parte B do experimento, mantivemos o polo norte do imã na entrada da bobina e


observamos que ao alimentar a bobina com a fonte de tensão o imã era puxado para
dentro, porém ao inverter a polaridade da alimentação o mesmo era empurrado para
fora.
Conclusão:
Foi possível através de aplicação prática visualizar os efeitos descobertos e teorizados
por Faraday e Lenz, percebendo-se que ao criamos uma variação de fluxo magnṕetico
utilizando um imã conseguimos induzir um potencial na bobina utilizada. Além de que
também experimentamos que a circulação de uma corrente no condutor gerou um
campo magnético que interagiu com um imã aplicando uma força sobre o mesmo.

Referências:
[1] HALLIDAY; RESNICK. Fundamentos de Física. Eletromagnetismo. Vol 3. 9 ed.
2012.

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