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Exame Fqa 2008 1fase

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Exame Nacional 2008

Física e Química A – 11.° ano


1.a Fase

Sugestão de resolução
1.
1.1. Fe.
De acordo com a informação apresentada no texto, o ferro metálico, Fe, degrada-se, perdendo
eletrões e convertendo-se na espécie solúvel Fe2+(aq).
1.2. (A).
(A) Verdadeira. Quando o CO2(g) atmosférico se dissolve em água da chuva, origina ácido carbó-
nico, H2CO3, instável na presença de água, provocando um aumento da concentração de iões
H3O+(aq) e, consequentemente, abaixamento do pH da água.
CO2(g) + H2O(L) — H2CO3(aq) H2CO3(aq) + H2O(L) — HCO-3(aq) + H3O+
(B) Falsa. O ácido carbónico, H2CO3, é um ácido fraco, que confere à água da chuva um pH de
cerca de 5,6.
(C) Falsa. O CO2(g) atmosférico, dissolvido em água da chuva, origina exclusivamente a formação do
ácido carbónico, H2CO3.
(D) Falsa. Ver o descrito em (B) e (C).
1.3. (C).
Se [H3O+] se torna 100 vezes maior, o logaritmo decimal do seu inverso (pH) torna-se duas vezes
menor.
De um modo mais pormenorizado:
Amostra A: pH = 5,6 ± [H3O+]A = 10- 5,6 = 2,5 * 10- 6 mol dm- 3
Amostra B: [H3O+]B = 100 * [H3O+]A = 2,5 * 10- 4 mol dm- 3
pH(B) = - log (2,5 * 10- 4) = 3,6
1.4.
• Cálculo da quantidade de Cu2(OH)2CO3(s) formado
m 12,7 g
n= = = 5,74 * 10- 2 mol
M 221,13 g mol - 1
• Cálculo da quantidade de Cu que reagiu
De acordo com a estequiometria da reação, 2 mol Cu(s) originam 1 mol de Cu2(OH)2CO3(s), logo,
n (Cu) = 2 * 5,74 * 10- 2 mol = 0,1148 mol
Como m = n * M ± m = 0,1148 mol * 63,55 g mol– 1 = 7,30 g
7,30
% Cu (m /m) = * 100 = 2,03%
360,0
2.
2.1. (B).
(A) Falsa. O conjunto de números quânticos (2, 1, 0, 1/2) só pode caracterizar os eletrões de
valência do átomo de oxigénio. No átomo de enxofre os eletrões de valência têm n = 3.
(B) Verdadeira. Em ambos os átomos, no estado de energia mínima os eletrões de valência distri-
buem-se por quatro orbitais: uma orbital s (L = 0) e três orbitais p (L = 1).
(C) Falsa. Ver (B).
CPEN-FQ11 © Porto Editora

(D) Falsa. O número de eletrões de valência é 6 em ambos os casos.

2.2.
2.2.1. (C).
Exame Nacional 2008 • 1.a Fase • Sugestão de resolução

(A) Falsa. Embora o número de moléculas seja igual (Lei de Avogadro), as massas das moléculas
de SO2 e O2 são diferentes.
(B) Falsa. De acordo com o descrito em (A), volumes iguais têm massas diferentes.
m
Como r = , a densidade, r, será diferente.
V
(C) Verdadeira. De acordo com a Lei de Avogadro, volumes iguais de gases diferentes, nas mes-
mas condições de pressão e temperatura, têm o mesmo número de moléculas.
(D) Falsa. Ver o descrito em (B) e (C).
2.2.2. Vm = 22,4 dm3 mol- 1 < > 6,02 * 1023 mol- 1
50,0 cm3
N (SO2) = * 6,02 * 1023 mol- 1 = 13,4 * 1020 moléculas
22,4 * 103 cm3 mol -1
2.3.
2.3.1. (D).
[SO3]2 2,62
Q= = = 13,2 < 208,3
[SO3]2 [O2] 0,82 * 0,8
ou seja, a reação vai evoluir no sentido direto até se atingir o equilíbrio: (a) 13,2; (b) direto.
Observação: As quantidades das substâncias deveriam ter sido dadas com um número de algaris-
mos significativos condizente com os valores dos possíveis resultados.
2.3.2. De acordo com o gráfico verifica-se que a percentagem de SO3 (produto da reação) diminui com a
elevação de temperatura, isto é, a elevação da temperatura favorece a reação inversa. Segundo o
Princípio de Le Châtelier, quando se eleva a temperatura o equilíbrio desloca-se no sentido endo-
térmico (neste caso, sentido inverso), de modo a contrariar a elevação da temperatura. Conclui-
-se, assim, que se a reação é endotérmica no sentido inverso, será exotérmica no sentido direto.

3.
h
3.1. hA = h ; vA = 0 m s- 1; hB =
3
3.1.1. (A).
EpA = m g hA ± EpA = m g h
h
EpB = m g hB ± EpB = m g ;
3
h
mg
EpB 3 E 1 1
= § pB = § EpB = EpA
EpA m g h EpA 3 3
A alternativa que compara corretamente o valor da energia potencial gravítica do sistema na posi-
ção B com o valor da sua energia potencial gravítica na posição A é a (A).
3.1.2. (D).
Entre as posições A e B o sistema cai livremente, isto é, fica sujeito apenas à ação da força graví-
tica, pelo que há conservação de energia mecânica.
Assim, o gráfico que traduz a relação entre o valor da energia mecânica, Em, e a altura em relação
ao solo, h, é o apresentado na alternativa (D).
3.1.3. (D).
O trabalho realizado pela força gravítica, F»g, durante a queda do sistema é positivo, pois tem o
sentido do movimento, o descendente, e é simétrico da variação da energia potencial gravítica,
que é negativa, dado que EpB < EpA.
A alternativa que completa corretamente a frase é a (D).
3.1.4. Como o sentido ascendente é o positivo e o sistema está a descer, então, a velocidade tem sentido
negativo, logo, o seu valor em B é: vB = - 30,3 m s- 1.
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Como o sistema atinge o solo com velocidade nula, conclui-se que, entre a posição B e o solo, está
animado de movimento retilíneo uniformemente retardado, logo, a aceleração tem sentido oposto ao
do deslocamento, isto é, o sentido positivo do eixo dos yy. O valor da aceleração é: a = 20 m s- 2.
As equações do movimento do sistema entre B e o solo são:
v = vB + a t ± v = - 30,3 + 20 t (SI)
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1 2
y = yB + vB t + a t ± y = hB - 30,3 t + 10 t 2 (SI)
2
Da equação das velocidades determina-se o tempo de queda entre B e o solo, onde v = 0 m s- 1.
30,3
0 = - 30,3 + 20t § t = § t = 1,52 s
20
Substituindo o valor de t na equação das posições, determina-se o valor de hB.
0 = hB - 30,3 * 1,52 + 10 * 1,522 m § hB = 22,95 m
O ponto B encontra-se a 23 m do solo.
3.2.
(A) Falsa. No intervalo de tempo [0, t1] s, o módulo da aceleração do paraquedista diminui, pois o
gráfico que traduz a variação do módulo da velocidade com o tempo é um ramo de parábola e
não um segmento de reta, caso o módulo da aceleração fosse constante.
(B) Verdadeira. No intervalo de tempo de [t1, t2] s, o módulo da velocidade do paraquedista é cons-
tante, logo a aceleração do movimento é nula e, consequentemente, a resultante das forças é tam-
bém nula, pois FR = m a.
(C) Falsa. No intervalo de tempo de [t2, t3] s, o módulo da aceleração do paraquedista é superior a
10 m s- 2 (aceleração da gravidade), pois o módulo da sua velocidade diminui bruscamente neste
intervalo de tempo.
(D) Verdadeira. No intervalo de tempo [0, t1] s, a intensidade da resistência do ar aumenta com o
aumento da velocidade até que, no instante t1, a sua intensidade é igual à do peso do conjunto do
paraquedista/paraquedas, passando este a deslocar-se com velocidade constante – primeira velo-
cidade terminal.
(E) Verdadeira. No intervalo de tempo de [t2, t3] s, a resultante das forças que atuam no conjunto
paraquedista/paraquedas tem sentido contrário ao do movimento do paraquedista, pois o módulo
da velocidade diminui durante este intervalo de tempo.
(F) Verdadeira. No intervalo de tempo de [t1, t2] s, a energia cinética do conjunto paraquedista /para-
quedas mantém-se constante, pois o módulo da velocidade é constante e
1
Ec = m v 2.
2
(G) Falsa. No intervalo de tempo [0, t1] s, não há conservação de energia mecânica do conjunto
paraquedista/paraquedas, pois durante este intervalo de tempo atua a resistência do ar que é uma
força dissipativa.
(H) Falsa. No intervalo de tempo [t3, t4] s, o paraquedista desce com movimento retilíneo e uni-
forme, pois o módulo da velocidade é constante – segunda velocidade terminal.

4.
4.1. (A).
Um painel fotovoltaico é constituído por um conjunto de células fotovoltaicas que convertem uma
parte da radiação solar incidente, radiação eletromagnética, em energia elétrica.
4.2. A maior variação de temperatura verifica-se no interior da garrafa pintada de preto, pois as super-
fícies negras absorvem melhor a radiação solar do que as brancas. As superfícies brancas refle-
tem uma parte significativa da radiação solar na banda do visível, enquanto as negras absorvem
praticamente toda a radiação desta banda.
4.3.
4.3.1. Uma fibra ótica é um filamento muito estreito e flexível que é constituído por uma parte central, o
núcleo, em material de elevada transparência e de índice de refração muito elevado e por uma parte
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exterior, o revestimento, de índice de refração inferior ao do núcleo.


A luz que entra no núcleo por uma das extremidades da fibra propaga-se até à outra extremidade
devido a sucessivas reflexões totais nas superfícies de separação entre o núcleo e o revesti-
mento, pois o índice de refração deste é inferior ao do núcleo, desde que o ângulo de incidência
seja superior ao ângulo crítico.
Exame Nacional 2008 • 1.a Fase • Sugestão de resolução

4.3.2. (D).
O ângulo de incidência é definido pela direção do feixe incidente com a normal à superfície de sepa-
ração dos dois meios. O meio incidente é o ar, logo o ângulo de incidência é igual a 90º – 30º = 60º.
As alternativas (A) e (B) são falsas.
O ângulo de refração é definido pela direção de propagação do feixe refratado e pela normal. O
feixe refratado propaga-se no vidro, então, o ângulo de refração é igual a 90º – 55º = 35º, pelo que a
alternativa (C) é falsa e a (D) é verdadeira.

5.
5.1. (C).
Como se pretende aquecer rapidamente o líquido contido no recipiente, então o material ade-
Q A
quado ao seu fabrico deve ter uma elevada condutividade térmica, k, pois =k DT, e baixa
Dt ’
capacidade térmica mássica, c, pois Q = m c DT. Repare-se que para um dado valor de DT,
quanto menor for c, menor será a quantidade de energia a fornecer, Q, e quanto maior for k,
menor será o intervalo de tempo, Dt.
E
5.2. m = 1,30 kg; = 2,50 * 103 J/min
Dt
Para determinar o valor da capacidade térmica mássica tem de se recorrer à expressão:
E = m c DT (1)
Do gráfico da figura 7, tem-se, por exemplo, para os primeiros 6 minutos de aquecimento, Dt = 6,0
min, uma variação de temperatura:
DT = 50,0 - 20,0 § DT = 30,0 ºC
A energia fornecida durante o intervalo de tempo considerado é:
E
= 2,50 * 103 § E = 2,50 * 103 * 6,0 J § E = 1,50 * 104 J
6,0
Substituindo os valores de E, DT e m na expressão (1), determina-se o valor de c:
1,50 * 104
1,50 * 104 = 1,30 * c * 30,0 § c = J kg- 1 ºC- 1 § c = 3,84 * 102 J kg- 1 ºC- 1
1,30 * 30
A capacidade térmica mássica do material adequado ao fabrico do recipiente é igual a
3,8 * 102 J kg- 1 ºC- 1.

6.
6.1. (C).
O valor mais provável da massa do cubo corresponde à média dos valores das massas obtidas
nas três medições efetuadas:
21,43 + 21,39 + 21,41
m= g = 21,41 g
3
Este valor corresponde à alternativa (C).
6.2. Fe
• Cálculo do valor do volume do cubo
V = L3 = (1,40 cm)3 = 2,74 cm3
• Cálculo do valor da densidade do material constituinte do cubo
m 21,41 g
r= = = 7,81 g/cm3
V 2,74 cm3
De entre as substâncias indicadas na tabela 2, a que possui um valor de densidade mais próximo
do valor obtido experimentalmente para a densidade do material constituinte do cubo é o ferro. É,
pois, provável que seja este o metal constituinte do cubo.
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6.3. (B).
A massa do cubo foi obtida diretamente usando uma balança digital – determinação direta.
O volume do cubo foi obtido por cálculo, a partir do valor do comprimento da sua aresta – determi-
nação indireta.
Assim, a alternativa correta é a (B).

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