Norma Brasileira: Abnt NBR 5419-2
Norma Brasileira: Abnt NBR 5419-2
Norma Brasileira: Abnt NBR 5419-2
BRASILEIRA 5419-2
Primeira edição
22.05.2015
Válida a partir de
22.06.2015
Número de referência
ABNT NBR 5419-2:2015
104 páginas
© ABNT 2015
ABNT NBR 5419-2:2015
© ABNT 2015
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Sumário Página
Prefácio ...............................................................................................................................................ix
Introdução...........................................................................................................................................xi
1 Escopo ................................................................................................................................1
2 Referências normativas.....................................................................................................1
3 Termos, definições, símbolos e abreviaturas..................................................................2
3.1 Termos e definições...........................................................................................................2
3.2 Símbolos e abreviaturas....................................................................................................9
4 Interpretação dos termos ................................................................................................14
4.1 Danos e perdas.................................................................................................................14
4.1.1 Fontes dos danos.............................................................................................................14
4.1.2 Tipos de danos .................................................................................................................14
4.1.3 Tipos de perdas................................................................................................................14
4.2 Riscos e componentes de risco .....................................................................................15
4.2.1 Risco..................................................................................................................................15
4.2.2 Componentes de risco para uma estrutura devido às descargas atmosféricas na
estrutura............................................................................................................................16
4.2.3 Componentes de risco para uma estrutura devido às descargas atmosféricas perto
da estrutura.......................................................................................................................16
4.2.4 Componentes de risco para uma estrutura devido às descargas atmosféricas a uma
linha conectada à estrutura.............................................................................................16
4.2.5 Componentes de risco para uma estrutura devido às descargas atmosféricas perto
de uma linha conectada à estrutura ...............................................................................17
4.3 Composição dos componentes de risco .......................................................................17
5 Gerenciamento de risco ..................................................................................................19
5.1 Procedimento básico .......................................................................................................19
5.2 Estrutura a ser considerada para análise de risco .......................................................19
5.3 Risco tolerável RT ...................................................................................................................................20
5.4 Procedimento específico para avaliar a necessidade de proteção.............................20
5.5 Procedimento para avaliar o custo da eficiência da proteção.....................................21
5.6 Medidas de proteção........................................................................................................23
5.7 Seleção das medidas de proteção..................................................................................24
6 Análise dos componentes de risco ................................................................................24
6.1 Equação básica ................................................................................................................24
6.2 Análise dos componentes de risco devido às descargas atmosféricas na estrutura (S1) .25
6.3 Análise dos componentes de risco devido às descargas atmosféricas perto da
estrutura (S2) ....................................................................................................................25
6.4 Análise dos componentes de risco devido às descargas atmosféricas em uma linha
conectada à estrutura (S3) ..............................................................................................25
6.5 Análise dos componentes de risco devido às descargas atmosféricas perto de uma
linha conectada à estrutura (S4).....................................................................................26
6.6 Sumário dos componentes de risco ..............................................................................27
Figuras
Figura 1 – Procedimento para decisão da necessidade da proteção e para selecionar as
medidas de proteção .......................................................................................................22
Figura 2 – Procedimento para avaliação da eficiência do custo das medidas de proteção ......23
Figura A.1 – Área de exposição equivalente AD de uma estrutura isolada .................................32
Figura A.2 – Estrutura com forma complexa ..................................................................................33
Figura A.3 – Diferentes métodos para determinar a área de exposição equivalente para uma
dada estrutura ..................................................................................................................34
Figura A.4 – Estrutura a ser considerada para a avaliação para a área de exposição
equivalente AD ..................................................................................................................35
Figura A.5 – Áreas de exposição equivalentes (AD, AM, AI, AL) ...................................................39
Figura E.1 – Casa de campo.............................................................................................................61
Figura E.2 – Edifício de escritórios..................................................................................................67
Figura E.3 – Hospital .........................................................................................................................77
Figura E.4 – Bloco de apartamentos ...............................................................................................91
Figura F.1 – Densidade de descargas atmosféricas NG – Mapa do Brasil
(descargas atmosféricas/km2/ano).................................................................................97
Figura F.2 – Densidade de descargas atmosféricas NG – Mapa da região norte
(descargas atmosféricas/km2/ano).................................................................................98
Figura F.3 – Densidade de descargas atmosféricas NG – Mapa da região nordeste
(descargas atmosféricas/km2/ano).................................................................................99
Figura F.4 – Densidade de descargas atmosféricas NG – Mapa da região centro-oeste
(descargas atmosféricas/km2/ano)...............................................................................100
Figura F.5 – Densidade de descargas atmosféricas NG – Mapa da região Sudeste
(descargas atmosféricas/km2/ano)...............................................................................101
Figura F.6 – Densidade de descargas atmosféricas NG – Mapa da região sul
(descargas atmosféricas/km2/ano)...............................................................................102
Tabelas
Tabela 1 – Fontes de danos, tipos de danos e tipos de perdas de acordo com o ponto de
impacto..............................................................................................................................15
Tabela 2 – Componentes de risco a serem considerados para cada tipo de perda em uma
estrutura............................................................................................................................18
Tabela 3 – Fatores que influenciam os componentes de risco.....................................................18
Tabela 4 – Valores típicos de risco tolerável RT .............................................................................20
Tabela 5 – Parâmetros relevantes para avaliação dos componentes de risco ...........................26
Tabela 6 – Componentes de risco para diferentes tipos de danos e fontes de danos...............27
Tabela A.1 – Fator de localização da estrutura CD .........................................................................36
Tabela A.2 – Fator de instalação da linha CI ...................................................................................37
Tabela A.3 – Fator tipo de linha CT ..................................................................................................38
Tabela A.4 – Fator ambiental da linha CE ........................................................................................38
Tabela B.1 – Valores de probabilidade PTA de uma descarga atmosférica em uma estrutura
causar choque a seres vivos devido a tensões de toque e de passo perigosas.......40
Tabela B.2 – Valores de probabilidade PB dependendo das medidas de proteção para reduzir
danos físicos ....................................................................................................................41
Tabela B.3 – Valores de probabilidade de PSPD em função do NP para o qual os DPS foram
projetados .........................................................................................................................42
Tabela B.4 – Valores dos fatores CLD e CLI dependendo das condições de blindagem
aterramento e isolamento................................................................................................42
Tabela E.19 – Edifício de escritórios: Número anual de eventos perigosos esperados ............75
Tabela E.20 – Edifício de escritórios: risco R1 para estruturas não protegidas (valores × 10–5) .75
Tabela E.21 – Edifício de escritórios: risco R1 para estrutura protegida (valores × 10-5) ..........76
Tabela E.22 – Hospital: características ambientais e globais da estrutura .................................77
Tabela E.23 – Hospital: linha de energia .........................................................................................78
Tabela E.24 – Hospital: linha de sinal..............................................................................................78
Tabela E.25 – Hospital: distribuição das pessoas e dos valores econômicos nas zonas .........80
Tabela E.26 – Hospital: fatores válidos para zona Z1 (fora do edifício) .......................................81
Tabela E.27 – Hospital: fatores válidos para zona Z2 (bloco de apartamentos)..........................81
Tabela E.28 – Hospital: fatores válidos para zona Z3 (bloco cirúrgico) .......................................82
Tabela E.29 – Hospital: fatores válidos para a zona Z4 (Unidade de Terapia Intensiva).............83
Tabela E.30 – Hospital: áreas de exposição equivalentes da estrutura e linhas ........................85
Tabela E.31 – Hospital: número anual de eventos perigosos esperados ....................................85
Tabela E.32 – Hospital: risco R1 – Valores da probabilidade P para a estrutura sem proteção 86
Tabela E.33 – Hospital: risco R1 para a estrutura sem proteção (values × 10-5).........................86
Tabela E.34 – Hospital: risco R1 para estrutura protegida de acordo com a solução 1
(valores × 10-5)..................................................................................................................88
Tabela E.35 – Hospital: risco R1 para a estrutura protegida de acordo com a solução 2
(valores × 10-5)..................................................................................................................88
Tabela E.36 – Hospital: Risco R1 para estruturas protegidas conforme a solução c)
(valores × 10-5)..................................................................................................................89
Tabela E.37 – Hospital: custo de perda CL(não protegida) e CRL(protegida) ..............................90
Tabela E.38 – Hospital: taxas relevantes às medidas de proteção...............................................90
Tabela E.39 – Hospital: custo CP e CPM das medidas de proteção (valores em $) .....................90
Tabela E.40 – Hospital: economia anual monetária (valores em $) ..............................................91
Tabela E.41 – Bloco de apartamentos: características ambientais e globais da estrutura........92
Tabela E.42 – Bloco de apartamentos: linha de energia................................................................92
Tabela E.43 – Bloco de apartamentos: linha de sinal ....................................................................93
Tabela E.44 – Bloco de apartamentos: fatores válidos para zona Z2 (dentro da edificação).....94
Tabela E.45 – Bloco de apartamentos: Risco R1 para um bloco de apartamentos dependendo
das medidas de proteção ................................................................................................95
Prefácio
Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2.
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos.
Nestes casos, os Órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas
para exigência dos requisitos desta Norma, independentemente de sua data de entrada em vigor.
Esta parte da ABNT NBR 5419 e as ABNT NBR 5419-1, ABNT NBR 5419-3 e ABNT NBR 5419-4
cancelam e substituem a(s) ABNT NBR 5419:2005.
As instalações elétricas cobertas pela ABNT NBR 5419 estão sujeitas também, naquilo que for perti-
nente, às normas para fornecimento de energia estabelecidas pelas autoridades reguladoras e pelas
empresas distribuidoras de eletricidade.
A ABNT NBR 5419, sob o título geral “Proteção contra descargas atmosféricas”, tem previsão
de conter as seguintes partes:
Scope
This part of ABNT NBR 5419 is applicable to risk assessment for a structure due to lightning flashes
to earth.
Its purpose is to provide a procedure for the evaluation of such a risk. Once an upper tolerable limit
for the risk has been selected, this procedure allows the selection of appropriate protection measures
to be adopted to reduce the risk to or below the tolerable limit.
ABNT NBR 5419 applies to all projects and new facilities, as well as those in case of inspection
or building refit, do not conform “as built” original documentation. The applicability of this part of
ABNT NBR 5419 may have restrictions especially in the protection of human life when it is based on
indirect effects of lightning.
This part of ABNT NBR 5419 does not apply to rail systems, vehicles, aircraft, ships and offshore
platforms, high pressure underground pipelines, pipes and supply lines and telecommunications placed
outside the structure.
NOTE Usually these systems obey special regulations made by specific authorities.
Introdução
Descargas atmosféricas para a terra podem ser perigosas para as estruturas e para as linhas
de energia e de sinal.
Os efeitos consequentes dos danos e falhas podem ser estendidos às vizinhanças da estrutura
ou podem envolver o meio ambiente.
Para reduzir as perdas devido às descargas atmosféricas, podem ser necessárias medidas
de proteção. Quando estas são necessárias, e em qual medida, deve ser determinado pela análise
de risco.
O risco, definido por esta Norma como a provável perda média anual em uma estrutura devido
às descargas atmosféricas, depende de:
— descargas próximas à estrutura, diretas às linhas conectadas (linhas de energia, linhas de teleco-
municações) ou perto das linhas.
Descargas atmosféricas diretas à estrutura ou a uma linha conectada podem causar danos físicos
e perigo à vida.
NOTA O mau funcionamento dos sistemas eletroeletrônicos não é coberto pela serie ABNT NBR 5419.
Para tanto, recomenda-se consultar a IEC 61000-4-5.
O número das descargas atmosféricas que influenciam a estrutura depende das dimensões
e das características das estruturas e das linhas conectadas, das características do ambiente
da estrutura e das linhas, assim como da densidade de descargas atmosféricas para a terra na região
onde estão localizadas a estrutura e as linhas.
A probabilidade de danos devido à descarga atmosférica depende da estrutura, das linhas conectadas,
e das características da corrente da descarga atmosférica, assim como do tipo e da eficiência
das medidas de proteção efetuadas.
Aquantidade média da perda consequente depende da extensão dos danos e dos efeitos consequentes,
os quais podem ocorrer como resultado de uma descarga atmosférica.
O efeito das medidas de proteção resulta das características de cada medida de proteção e pode
reduzir as probabilidades de danos ou a quantidade média da perda consequente.
A decisão de prover uma proteção contra descargas atmosféricas pode ser tomada independentemente
do resultado da análise de risco, onde exista o desejo de que não haja este.
1 Escopo
Esta Parte da ABNT NBR 5419 estabelece os requisitos para análise de risco em uma estrutura devido
às descargas atmosféricas para a terra.
Esta Parte da ABNT NBR 5419 tem o proposito de fornecer um procedimento para a avaliação de tais
riscos. Uma vez que um limite superior tolerável para o risco foi escolhido, este procedimento permite
a escolha das medidas de proteção apropriadas a serem adotadas para reduzir o risco ao limite
ou abaixo do limite tolerável.
A aplicabilidade desta Parte da ABNT NBR 5419 pode ter restrições especialmente na proteção
da vida humana quando for baseada em efeitos indiretos de descargas atmosféricas.
Esta Parte da ABNT NBR 5419 não se aplica a sistemas ferroviários, veículos, aviões, navios
e plataformas offshore, tubulações subterrâneas de alta pressão, tubulações e linhas de energia
e de sinais colocados fora da estrutura.
NOTA Usualmente, estes sistemas obedecem a regulamentos especiais elaborados por autoridades
específicas.
2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento.
Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas,
aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).
ABNT NBR 5419-1:2015, Proteção contra descargas atmosféricas – Parte 1: Princípios gerais
ABNT NBR 5419-3:2015, Proteção contra descargas atmosféricas – Parte 3: Danos físicos a estruturas
e perigos à vida
ABNT NBR 5419-4:2015, Proteção contra descargas atmosféricas – Parte 4: Sistemas elétricos
e eletrônicos internos na estrutura
ABNT NBR IEC 60050-426, Vocabulário eletrotécnico internacional – Parte 426: Equipamentos para
atmosferas explosivas
ABNT NBR IEC 60079-10-1, Atmosferas explosivas – Parte 10-1: Classificação de áreas – Atmosferas
explosivas de gás
ABNT NBR IEC 60079-10-2, Atmosferas explosivas – Parte 10-2: Classificação de áreas – Atmosferas
de poeiras combustíveis
IEC 60664-1, Insulation coordination for equipment within low-voltage systems – Part 1: Principles,
requirements and tests
3.1.1
descarga atmosférica para a terra (lightning flash to earth)
descarga elétrica de origem atmosférica entre nuvem e terra, consistindo em um ou mais compo -
nentes da descarga atmosférica
3.1.2
descarga atmosférica descendente (downward flash)
descarga atmosférica iniciada por um líder descendente de uma nuvem para terra
3.1.3
descarga atmosférica ascendente (upward flash)
descarga atmosférica iniciada por um líder ascendente de uma estrutura aterrada para uma nuvem
3.1.4
componente da descarga atmosférica (lightning stroke)
descarga elétrica singela de uma descarga atmosférica para a terra
3.1.5
componente curta da descarga atmosférica (short stroke)
parte de uma descarga atmosférica para a terra que corresponde a um impulso de corrente
NOTA A corrente em questão tem um tempo para o meio valor T2 tipicamente inferior a 2 ms.
3.1.6
componente longa da descarga atmosférica (long stroke)
parte de uma descarga atmosférica para terra que corresponde a componente da corrente de
continuidade
NOTA A duração Tlongo (intervalo entre o valor 10 % na frente ao valor 10 % na cauda) desta corrente
de continuidade é tipicamente superior a 2 ms e menor que 1 s.
3.1.7
múltiplos componentes da descarga atmosférica (multiple strokes)
descarga atmosférica para a terra que consiste em média de 3 a 4 componentes, com um intervalo
de tempo típico entre eles de cerca de 50 ms
NOTA Existem relatos de eventos que têm algumas dezenas de componentes com intervalos entre eles
entre 10 ms e 250 ms.
3.1.8
ponto de impacto (point of strike)
ponto onde uma descarga atmosférica atinge a terra, ou um objeto elevado (por exemplo: estrutura,
SPDA, serviços, árvore, etc.)
NOTA Uma descarga atmosférica para a terra pode ter diversos pontos de impacto.
3.1.9
corrente da descarga atmosférica
i
corrente que flui no ponto de impacto
3.1.10
valor de pico da corrente
I
máximo valor da corrente de descarga atmosférica
3.1.11
estrutura a ser protegida
estrutura para qual a proteção é necessária contra os efeitos das descargas atmosféricas de acordo
com esta Norma
NOTA A estrutura a ser protegida pode ser uma parte de uma estrutura maior.
3.1.12
estruturas com risco de explosões
estruturas contendo materiais sólidos explosivos ou zonas perigosas determinadas de acordo com
a ABNT NBR IEC 60079-10-1 e ABNT NBR IEC 60079-10-2
3.1.13
estruturas perigosas ao meio ambiente
estruturas que podem causar emissões biológicas, químicas ou radioativas como consequência
de uma descarga atmosférica (como plantas químicas, petroquímicas, nucleares etc.)
3.1.14
ambiente urbano
área com alta densidade de edificações ou comunidades densamente populosas com edifícios altos
NOTA O centro de uma cidade é um exemplo de um ambiente urbano.
3.1.15
ambiente suburbano
área com uma densidade média de edificações
NOTA A periferia de uma cidade é um exemplo de um ambiente suburbano.
3.1.16
ambiente rural
área com baixa densidade de edificações
NOTA A zona rural (sítios e fazendas) é um exemplo de um ambiente rural.
3.1.17
nível de tensão nominal suportável de impulso
Uw
tensão suportável de impulso definida pelo fabricante de um equipamento ou de uma parte dele,
caracterizando a capacidade de suportabilidade específica da sua isolação contra sobretensões
(transitórias)
3.1.18
sistema elétrico
sistema que incorpora componentes de fornecimento de energia em baixa tensão
3.1.19
sistema eletrônico
sistema que incorpora os componentes de uma instalação elétrica de sinal, por exemplo, equipamentos
eletrônicos de sinais, controladores microprocessados, sistemas de instrumentação, sistemas de rádio
3.1.20
sistemas internos
sistemas elétricos e eletrônicos dentro de uma estrutura
3.1.21
linha
linha de energia ou linha de sinal conectada à estrutura a ser protegida
3.1.22
linhas de sinais
linhas utilizadas para comunicação entre equipamentos que podem ser instalados em estruturas
separadas, como as linhas telefônicas e as linhas de dados
3.1.23
linhas de energia
linhas de transmissão que fornecem energia elétrica, dentro de uma estrutura, aos equipamentos
eletrônicos e elétricos localizados nesta, por exemplo, os quadros elétricos de baixa tensão (BT)
ou alta tensão (AT)
3.1.24
evento perigoso
descarga atmosférica direta ou perto da estrutura a ser protegida ou direta ou perto de uma linha
conectada à estrutura a ser protegida que pode causar danos
3.1.25
descarga atmosférica na estrutura (lightning flash to a structure)
descarga atmosférica que atinge uma estrutura a ser protegida
3.1.26
descarga atmosférica perto de uma estrutura (lightning flash near a structure)
descarga atmosférica que atinge perto o suficiente de uma estrutura a ser protegida que pode causar
sobretensões perigosas
3.1.27
descarga atmosférica direta a uma linha (lightning flash to a line)
descarga atmosférica que atinge uma linha conectada à estrutura a ser protegida
3.1.28
descarga atmosférica perto de uma linha (lightning flash near a line)
descarga atmosférica que atinge perto o suficiente de uma linha conectada à estrutura a ser protegida
que pode causar sobretensões perigosas
3.1.29
número de eventos perigosos devido à descarga atmosférica direta a uma estrutura
ND
número médio anual esperado de eventos perigosos devido à descarga atmosférica direta a uma
estrutura
3.1.30
número de eventos perigosos devido à descarga atmosférica direta a uma linha
NL
número médio anual esperado de eventos perigosos devido à descarga atmosférica direta a uma linha
3.1.31
número de eventos perigosos devido à descarga atmosférica perto de uma estrutura
NM
número médio anual esperado de eventos perigosos devido à descarga atmosférica perto de uma
estrutura
3.1.32
número de eventos perigosos devido à descarga atmosférica perto de uma linha
NI
número médio anual esperado de eventos perigosos devido à descarga atmosférica perto de uma
linha
3.1.33
pulso eletromagnético devido às descargas atmosféricas (lightning electromagnetic impulse)
LEMP
todos os efeitos eletromagnéticos provocados pelas correntes das descargas atmosféricas via acopla-
mento resistivo, indutivo e capacitivo, que criem surtos e campos eletromagnéticos
3.1.34
surto
efeito transitório causado por LEMP que aparece na forma de sobretensão e/ou sobrecorrente
3.1.35
nó
ponto de uma linha a partir do qual a propagação do surto pode ser assumido como irrisória
3.1.36
danos físicos
danos a uma estrutura (ou a seu conteúdo) devido aos efeitos mecânicos, térmicos, químicos
ou explosivos da descarga atmosférica
3.1.37
ferimentos a seres vivos
ferimentos, incluindo perda da vida, em pessoas ou animais, devido a tensões de toque e de passo
causadas pelas descargas atmosféricas
NOTA Embora os seres vivos possam se ferir de outras maneiras, nesta Parte da ABNT NBR 5419,
o termo “ferimentos a seres vivos” está limitado às ameaças devido ao choque elétrico (tipo de dano D1).
3.1.38
falhas de sistemas eletroeletrônicos
danos permanentes de sistemas eletroeletrônicos devido aos LEMP
3.1.39
probabilidade de dano
PX
probabilidade de um evento perigoso causar danos na, ou dentro, da estrutura a ser protegida
3.1.40
perda
LX
quantidade média de perda (pessoas e bens) consequente a um tipo específico de dano devido a um
evento perigoso, relativo a um valor (pessoas e bens) de uma estrutura a ser protegida
3.1.41
risco
R
valor da perda média anual provável (pessoas e bens) devido à descarga atmosférica, em relação
ao valor total (pessoas e bens) da estrutura a ser protegida
3.1.42
componente de risco
RX
risco parcial que depende da fonte e do tipo de dano
3.1.43
risco tolerável
RT
valor máximo do risco que pode ser tolerável para a estrutura a ser protegida
3.1.44
zona de uma estrutura
ZS
parte de uma estrutura com características homogêneas onde somente um conjunto de parâmetros
está envolvido na taxa de um componente de risco
3.1.45
seção de uma linha
SL
parte de uma linha com características homogêneas onde somente um conjunto de parâmetros está
envolvido na taxa de um componente de risco
3.1.46
zona de proteção contra descarga atmosférica “raio” (lightning protection zone - LPZ)
ZPR
zona onde o ambiente eletromagnético causado pelo raio é definido
NOTA O limite de um ZPR não é necessariamente um limite físico (por exemplo, paredes, piso e teto).
3.1.47
nível de proteção contra descargas atmosféricas (lightning protection level)
NP
número associado a um conjunto de parâmetros da corrente da descarga atmosférica para garantir
que os valores especificados em projeto não estão superdimensionados ou subdimensionados quando
da ocorrência de uma descarga atmosférica
NOTA O nível de proteção contra descargas atmosféricas é utilizado para projetar as medidas de proteção
de acordo com o conjunto relevante de parâmetros da corrente da descarga atmosférica.
3.1.48
medidas de proteção
medidas a serem adotadas na estrutura a ser protegida, com o objetivo de reduzir os riscos
3.1.49
proteção contra descargas atmosféricas
PDA
sistema completo para proteção de estruturas contra as descargas atmosféricas, incluindo seus
sistemas internos e conteúdo, assim como as pessoas, em geral consistindo em um SPDA e MPS
3.1.50
sistema de proteção contra descargas atmosféricas
SPDA
sistema utilizado para reduzir danos físicos devido às descargas atmosféricas em uma estrutura
NOTA Consiste nos sistemas externo e interno de proteção contra desc argas atmosféricas.
3.1.51
medidas de proteção contra surtos (LEMP protection measures)
MPS
medidas a serem tomadas para proteger os sistemas internos contra os efeitos dos LEMP
3.1.52
blindagem magnética
tela metálica, em forma de malha ou contínua, que envolve a estrutura a ser protegida, ou parte dela,
utilizada para reduzir falhas dos sistemas eletroeletrônicos
3.1.53
cabo protegido contra descargas atmosféricas
cabo especial com aumento de isolamento dielétrico, cujo revestimento metálico está em contínuo
contato com o solo diretamente ou por meio de cobertura plástica condutora
3.1.54
duto (para cabos) protegido contra descargas atmosféricas
duto (para cabos) de baixa resistividade em contato com o solo (por exemplo, de concreto com arma-
dura de aço interconectada ou duto metálico)
3.1.55
dispositivo de proteção contra surto
DPS
dispositivo destinado a limitar as sobretensões e desviar correntes de surto. Contém pelo menos um
componente não linear
3.1.56
sistema coordenado de DPS
DPS adequadamente selecionados, coordenados e instalados para formar um conjunto que visa
reduzir falhas nos sistemas internos
3.1.57
interfaces isolantes
dispositivos que são capazes de reduzir surtos conduzidos nas linhas que adentram as zonas
de proteção contra raios (ZPR)
NOTA 1 Estas incluem transformadores de isolação com grade aterrada entre enrolamentos, cabos
de fibras ópticas não metalizados e optoisoladores.
NOTA 2 As características de suportabilidade isolante destes dispositivos são adequadas para esta apli -
cação intrinsecamente ou por meio de DPS.
3.1.58
ligação equipotencial para descargas atmosféricas (lightning equipotential bonding)
EB
ligação ao SPDA de partes metálicas separadas, por conexões condutoras diretas ou por meio
de dispositivos de proteção contra surtos, para reduzir diferenças de potenciais causadas pelas
correntes das descargas atmosféricas
3.1.59
zona 0
local no qual uma atmosfera explosiva consistindo em uma mistura de ar e substâncias inflamáveis em
forma de gás, vapor ou névoa está presente continuamente ou por longos períodos ou frequentemente
(ver ABNT NBR IEC 60050-426)
3.1.60
zona 1
local no qual uma atmosfera explosiva consistindo em uma mistura de ar e substâncias
inflamáveis em forma de gás, vapor ou névoa pode ocorrer em operação normal ocasionalmente
(ver ABNT NBR IEC 60050-426)
3.1.61
zona 2
local no qual uma atmosfera explosiva consistindo em uma mistura de ar e substâncias inflamáveis em
forma de gás, vapor ou névoa não é provável de ocorrer em operação normal mas, se isto acontecer,
irá persistir somente por períodos curtos
NOTA 1 Nesta definição, a palavra “persistir” significa o tempo total durante o qual a atmosfera inflamável
irá existir. Isto irá compreender a duração total da ocorrência mais o tempo levado para que a atmosfera
inflamável se disperse depois da ocorrência ter cessado.
NOTA 2 Indicações da frequência de ocorrência e duração podem ser obtidas das normas relativas
a indústrias ou aplicações específicas.
3.1.62
zona 20
local no qual uma atmosfera explosiva, na forma de nuvem de poeira combustível no ar, está presente
continuamente ou por longos períodos ou frequentemente (ver ABNT NBR IEC 60079-10-2)
3.1.63
zona 21
local no qual uma atmosfera explosiva, na forma de nuvem de poeira combustível no ar, pode ocorrer
em operação normal ocasionalmente (ver ABNT NBR IEC 60079-10-2)
3.1.64
zona 22
local no qual uma atmosfera explosiva, na forma de nuvem de poeira combustível no ar, não é provável
de ocorrer em operação normal, mas se isto ocorrer, irá persistir somente por um período curto
(ver ABNT NBR IEC 60079-10-2)
a Taxa de amortização
ADJ Área de exposição equivalente para descargas atmosféricas a uma estrutura adjacente
B Edificação
CD Fator de localização
CE Fator ambiental
CLD Fator dependente da blindagem, aterramento e condições de isolação da linha para descargas
atmosféricas na linha
CLI Fator dependente da blindagem, aterramento e condições de isolação da linha para descargas
atmosféricas perto da linha
cs Valor dos sistemas internos (incluindo suas atividades) em uma zona, em espécie
D2 Danos físicos
H Altura da estrutura
i Taxa de juros
KS2 Fator relevante à efetividade da blindagem por malha dos campos internos de uma estrutura
L Comprimento da estrutura
LA Perda relacionada aos ferimentos a seres vivos por choque elétrico (descargas atmosféricas
à estrutura)
LU Perda relacionada a ferimentos de seres vivos por choque elétrico (descargas atmosféricas
na linha)
m Taxa de manutenção
NDJ Número de eventos perigosos devido às descargas atmosféricas em uma estrutura adjacente
P Probabilidade de danos
PTA Probabilidade de reduzir PA dependendo das medidas de proteção contra tensões de toque
e passo
PU Probabilidade de ferimentos de seres vivos por choque elétrico (descargas atmosféricas perto
da linha conectada)
R Risco
RM Componente de risco (falha dos sistemas internos – descarga atmosférica perto da estrutura)
RT Risco tolerável
RW Componente de risco (falha dos sistemas internos – descarga atmosférica na linha conectada)
RZ Componente de risco (falha dos sistemas internos – descarga atmosférica perto da linha)
S Estrutura
te Tempo, em horas por ano, da presença de pessoas em locais perigosos fora da estrutura
tz Tempo, em horas por ano, que pessoas estão presentes em um local perigoso
w Largura da malha
W Largura da estrutura
A corrente da descarga atmosférica é a principal fonte de dano. As seguintes fontes são distintas pelo
ponto de impacto (ver Tabela 1):
A descarga atmosférica pode causar danos dependendo das características da estrutura a ser prote-
gida. Algumas das características mais importantes são: tipo de construção, conteúdos e aplicações,
tipo de serviço e medidas de proteção existentes.
Para aplicações práticas desta análise de risco, é usual distinguir entre três tipos básicos
de danos os quais aparecem como consequência das descargas atmosféricas. Eles são os seguintes
(ver Tabela 1):
Os danos a uma estrutura devido às descargas atmosféricas podem ser limitados a uma parte
da estrutura ou pode se estender a estrutura inteira. Podem envolver também as estruturas ao redor
ou o meio ambiente (por exemplo, emissões químicas ou radioativas).
Cada tipo de dano, sozinho ou em combinação com outros, pode produzir diferentes perdas
consequentes em uma estrutura a ser protegida. O tipo de perda pode acontecer dependendo das
características da própria estrutura e do seu conteúdo. Os seguintes tipos de perdas devem ser
levados em consideração (ver Tabela 1):
D1 L1, L4 a
S1 D2 L1, L2, L3, L4
D3 L1 b, L2, L4
S2 D3 L1 b, L2 , L4
D1 L1, L4 a
S3 D2 L1, L2, L3, L4
D3 L1 b, L2, L4
S4 D3 L1b, L2, L4
4.2.1 Risco
O risco, R, é um valor relativo a uma provável perda anual média. Para cada tipo de perda que pode
aparecer na estrutura, o risco resultante deve ser avaliado.
Para avaliar os riscos, R, os relevantes componentes de risco (riscos parciais dependem da fonte
e do tipo de dano) devem ser definidos e calculados.
Cada risco, R, é a soma dos seus componentes de risco. Ao calcular um risco, os componentes
de risco podem ser agrupados de acordo com as fontes de danos e os tipos de danos.
4.2.2 Componentes de risco para uma estrutura devido às descargas atmosféricas na estrutura
a) RA: componente relativo a ferimentos aos seres vivos causados por choque elétrico devido às
tensões de toque e passo dentro da estrutura e fora nas zonas até 3 m ao redor dos condutores
de descidas. Perda de tipo L1 e, no caso de estruturas contendo animais vivos, as perdas do tipo
L4 com possíveis perdas de animais podem também aumentar;
NOTA Em estruturas especiais, pessoas podem estar em perigo por descargas atmosféricas diretas
(por exemplo, no nível superior de estacionamentos ou estádios). Recomenda-se que estes casos também
sejam considerados utilizando os princípios desta Parte da ABNT NBR 5419.
b) RB: componente relativo a danos físicos causados por centelhamentos perigosos dentro
da estrutura iniciando incêndio ou explosão, os quais podem também colocar em perigo o meio
ambiente. Todos os tipos de perdas (L1, L2, L3 e L4) podem aumentar;
c) RC: componente relativo a falhas de sistemas internos causados por LEMP. Perdas do tipo L2
e L4 podem ocorrer em todos os casos junto com o tipo L1, nos casos de estruturas com risco
de explosão, e hospitais ou outras estruturas onde falhas de sistemas internos possam
imediatamente colocar em perigo a vida humana.
4.2.3 Componentes de risco para uma estrutura devido às descargas atmosféricas perto
da estrutura
— RM: componente relativo a falhas de sistemas internos causados por LEMP. Perdas do tipo L2
e L4 podem ocorrer em todos os casos junto com o tipo L1, nos casos de estruturas com risco
de explosão, e hospitais ou outras estruturas onde falhas de sistemas internos possam imediata-
mente colocar em perigo a vida humana.
4.2.4 Componentes de risco para uma estrutura devido às descargas atmosféricas a uma
linha conectada à estrutura
a) RU: componente relativo a ferimentos aos seres vivos causados por choque elétrico devido às
tensões de toque e passo dentro da estrutura. Perda do tipo L1 e, no caso de propriedades
agrícolas, perdas do tipo L4 com possíveis perdas de animais podem também ocorrer;
b) RV: componente relativo a danos físicos (incêndio ou explosão iniciados por centelhamentos
perigosos entre instalações externas e partes metálicas geralmente no ponto de entrada da linha
na estrutura) devido à corrente da descarga atmosférica transmitida ou ao longo das linhas. Todos
os tipos de perdas (L1, L2, L3 e L4) podem ocorrer;
c) RW : componente relativo a falhas de sistemas internos causados por sobretensões induzidas nas
linhas que entram na estrutura e transmitidas a esta. Perdas do tipo L2 e L4 podem ocorrer em
todos os casos, junto com o tipo L1, nos casos de estruturas com risco de explosão, e hospitais
ou outras estruturas onde falhas de sistemas internos possam imediatamente colocar em perigo
a vida humana.
NOTA 1 As linhas consideradas nesta análise são somente aquelas que en tram na estrutura.
NOTA 2 Descargas atmosféricas em, ou perto de, tubulações não são consideradas como uma fonte
de danos, uma vez que existe a interligação ao barramento de equipotencialização. Se o barramento
de equipotencialização não existir, recomenda-se que este tipo de ameaça também seja considerado.
4.2.5 Componentes de risco para uma estrutura devido às descargas atmosféricas perto
de uma linha conectada à estrutura
- RZ: componente relativo a falhas de sistemas internos causados por sobretensões induzidas nas
linhas que entram na estrutura e transmitidas a esta. Perdas do tipo L2 e L4 podem ocorrer em todos
os casos, junto com o tipo L1, nos casos de estruturas com risco de explosão, e hospitais ou outras
estruturas onde falhas de sistemas internos possam imediatamente colocar em perigo a vida humana.
NOTA 1 As linhas consideradas nesta análise são somente aquelas que en tram na estrutura.
NOTA 2 Descargas atmosféricas em ou perto de tubulações não são consideradas como uma fonte
de danos, uma vez que existe a interligação ao barramento de equipotencialização. Se o barramento
de equipotencialização não existir, recomenda-se que este tipo de ameaça também seja considerado.
Os componentes de risco a serem considerados para cada tipo de perda na estrutura são listados
a seguir:
R1= RA1+ RB1+ RC1 1 + RM1 1 + RU1 + RV1 + RW1 1 + RZ1 1 (1)
1 Somente para estruturas com risco de explosão e para hospitais com equipamentos elétricos
para salvar vidas ou outras estruturas quando a falha dos sistemas internos imediatamente possa por
em perigo a vida humana.
R4= RA4 2 + RB4 + RC4 + RM4 + RU4 2 + RV4 + RW4 + RZ4 (4)
Os componentes de risco que correspondem a cada tipo de perda são também agrupados na Tabela 2.
Tabela 3 (continuação)
Características da
estrutura ou dos
sistemas internos RA RB RC RM RU RV RW RZ
(medidas de proteção)
Blindagem espacial X X
Blindagem de linhas
X X X X
externas
Blindagem de linhas
X X
internas
Precauções de roteamento X X
Sistema de
X
equipotencialização
Precauções contra
X X
incêndios
Sensores de fogo X X
Perigos especiais X X
Tensão suportável de
X X X X X X
impulso
a Somente para SPDA tipo malha externa.
b Devido a ligações equipotenciais.
c Somente se eles pertencem ao equipamento.
5 Gerenciamento de risco
5.1 Procedimento básico
d) avaliação da necessidade de proteção, por meio da comparação dos riscos R1, R2 e R3 com
os riscos toleráveis RT;
e) avaliação da eficiência do custo da proteção pela comparação do custo total das perdas com ou
sem as medidas de proteção. Neste caso, a avaliação dos componentes de risco R4 deve ser feita
no sentido de avaliar tais custos (ver Anexo D).
c) o conteúdo da estrutura;
NOTA A estrutura a ser considerada pode ser subdividida em várias zonas (ver 6.7).
Valores representativos de risco tolerável RT, onde as descargas atmosféricas envolvem perdas
de vida humana ou perda de valores sociais ou culturais, são fornecidos na Tabela 4.
Em princípio, para perda de valor econômico (L4), a rotina a ser seguida é a comparação custo/
benefício dada no Anexo D. Se os dados para esta análise não estão disponíveis, o valor representativo
de risco tolerável RT = 10–3 pode ser utilizado.
De acordo com ABNT NBR 5419-1, os riscos R1, R2 e R3 devem ser considerados na avaliação
da necessidade da proteção contra as descargas atmosféricas.
Para cada tipo de risco a ser considerado, os seguintes passos devem ser tomados:
Se R > RT, medidas de proteção devem ser adotadas no sentido de reduzir R ≤ RT para todos os riscos
aos quais a estrutura está sujeita.
No caso em que o risco não possa ser reduzido a um nível tolerável, o proprietário deve ser informado
e o mais alto nível de proteção deve ser providenciado para a instalação.
Onde a proteção contra descargas atmosféricas for exigida pela autoridade que tenha jurisdição para
estruturas com risco de explosão, pelo menos um SPDA classe II deve ser adotado. Exceções ao
uso de proteção contra descargas atmosféricas nível II podem ser permitidas quando tecnicamente
justificadas e autorizadas pela autoridade que tenha jurisdição. Por exemplo, o uso de uma proteção
contra descargas atmosféricas nível I é permitida em todos os casos, especialmente nos casos em
que o meio ambiente ou o conteúdo dentro da estrutura são excepcionalmente sensíveis aos efeitos
das descargas atmosféricas. Em complemento, as autoridades que tenham jurisdição podem permitir
SPDA nível III onde houver uma baixa frequência de atividade atmosférica e/ou a baixa sensibilidade
dos conteúdos da estrutura garanta isto.
NOTA Onde o dano à estrutura devido à descarga atmosférica possa também envolver as estruturas ao
redor ou o meio ambiente (por exemplo, emissões químicas ou radioativas), medidas de proteção adicionais
para a estrutura e medidas apropriadas para estas zonas podem ser exigidas pelas autoridades que tenham
jurisdição.
Além da necessidade da proteção contra descargas atmosféricas da estrutura, pode ser muito útil a
verificação dos benefícios econômicos da instalação das medidas de proteção no sentido de reduzir
as perdas econômicas L4.
A análise dos componentes de risco R4 permite ao usuário avaliar o custo da perda econômica com
ou sem as medidas de proteção adotadas (ver Anexo D).
d) cálculo do custo anual CL da perda total na ausência das medidas de proteção;
f) cálculo dos componentes de risco RX com a presença das medidas de proteção selecionadas;
g) cálculo do custo anual das perdas residuais devido a cada componente de risco RX na estrutura
protegida;
h) cálculo do custo anual total CRL das perdas residuais com a presença das medidas de proteção
selecionadas;
Se CL < CRL + CPM, a proteção contra descargas atmosféricas pode ser julgada não tendo custo
eficiente.
Se CL ≥ CRL + CPM, as medidas de proteção podem provar a economia monetária durante a vida
da estrutura.
Pode ser útil avaliar algumas variações da combinação das medidas de proteção para achar a solução
ótima em relação à eficiência do custo.
Não
R > RT Estrutura protegida
Sim
Necessita proteção
Sim
a Se RA + RB < RT, um SPDA completo não é necessário; neste caso DPS de acordo com a
ABNT NBR 5419-4 são suficientes.
b Ver Tabela 3.
Não
Medidas de proteção são direcionadas para reduzir o risco de acordo com o tipo de dano.
Medidas de proteção devem ser consideradas efetivas somente se elas estiverem conforme os
requisitos das seguintes normas:
a) ABNT NBR 5419-3 para proteção contra ferimentos de seres vivos e danos físicos à estrutura;
b) ABNT NBR 5419-4 para proteção contra falhas de sistemas eletroeletrônicos.
Parâmetros críticos devem ser identificados com o objetivo de determinar as medidas mais eficientes
para reduzir o risco R.
Para cada tipo de perda, há um número de medidas de proteção que, individualmente ou em combinação,
faz com que a condição R ≤ RT seja mantida. A solução a ser adotada deve ser selecionada em função
dos aspectos técnicos e econômicos. Um procedimento simplificado para a seleção das medidas de
proteção é dado no diagrama de fluxo da Figura 1. Em qualquer caso, o instalador ou o projetista
deve identificar os componentes de risco mais críticos e reduzi-los, levando também em consideração
os aspectos econômicos.
Cada componente de risco RA, RB, RC, RM, RU, RV, RW e RZ, como descrito em 4.2.2, 4.2.3, 4.2.4
e 4.2.5, pode ser expressa pela seguinte equação geral:
RX = NX × PX × LX (5)
onde
O número NX de eventos perigosos é afetado pela densidade de descargas atmosféricas para a terra
(NG) e pelas características físicas da estrutura a ser protegida, sua vizinhança, linhas conectadas
e o solo.
A probabilidade de dano PX é afetada pelas características da estrutura a ser protegida, das linhas
conectadas e das medidas de proteção existentes.
A perda consequente LX é afetada pelo uso para o qual a estrutura foi projetada, a frequência das
pessoas, o tipo de serviço fornecido ao público, o valor dos bens afetados pelos danos e as medidas
providenciadas para limitar a quantidade de perdas.
NOTA Quando o dano à estrutura devido à descarga atmosférica também envolver estruturas nas redon -
dezas ou ao meio ambiente (por exemplo, emissões químicas ou radioativas), recomenda-se que a perda
consequente seja adicionada ao valor de L X.
6.2 Análise dos componentes de risco devido às descargas atmosféricas na estrutura (S1)
a) componente relacionado a ferimentos a seres vivos por choque elétrico (D1)
RA = ND × PA × LA (6)
RB = ND × PB × LB (7)
RC = ND × PC × LC (8)
Para a avaliação dos componentes de risco devido às descargas atmosféricas perto da estrutura,
a seguinte equação é aplicável:
RM = NM × PM × LM (9)
a) componente relacionado a ferimentos a seres vivos por choque elétrico (D1)
Se a linha tiver mais de uma seção (ver 6.8), os valores de RU, RV e RW são a soma dos valores
relevantes de RU, RV e RW para cada seção da linha. As seções a serem consideradas são aquelas
entre a estrutura e o primeiro nó.
No caso de uma estrutura com mais de uma linha conectada com diferente roteamento, os cálculos
devem ser feitos para cada linha.
No caso de uma estrutura com mais de uma linha conectada com o mesmo roteamento, o cálculo
deve ser feito somente para a linha com as piores características, ou seja, a linha com os valores mais
altos de NL e NI conectado ao sistema interno com os menores valores de UW (linha de sinal versus
linha de energia, linha não blindada versus linha blindada, linha de energia em baixa tensão versus
linha de energia em alta tensão com transformador AT/BT etc.).
NOTA 2 No caso de linhas para as quais exita uma sobreposição da área de exposição equivalente, a área
sobreposta é considerada somente uma vez.
Para a avaliação dos componentes de risco devido às descargas atmosféricas perto de uma linha
conectada à estrutura, a seguinte equação é aplicável:
RZ = NI × PZ × LZ (13)
Se a linha tiver mais de uma seção (ver 6.8), o valor de RZ é a soma dos componentes relevantes
de RZ para cada seção da linha. As seções a serem consideradas são aquelas entre a estrutura
e o primeiro nó.
Tabela 5 (continuação)
Valor de acordo com
Símbolo Denominação
a Seção
Probabilidade de uma descarga atmosférica em uma linha causar
PU — ferimentos a seres vivos por choque elétrico B.6
PV — danos físicos B.7
PW — falha de sistemas internos B.8
Probabilidade de uma descarga atmosférica perto de uma linha causar
PZ — falha de sistemas internos B.9
Perda devido a
LA = LU — ferimentos a seres vivos por choque elétrico C.3
LB= LV — danos físicos C.3, C.4, C.5, C.6
LC = LM = LW = LZ — falha de sistemas internos C.3, C.4, C.6
No caso de uma estrutura com mais de uma linha conectada com roteamento diferente, os cálculos
devem ser feitos para cada linha.
No caso de uma estrutura com mais de uma linha conectada com o mesmo roteamento, o cálculo
deve ser feito somente para a linha com as piores características, ou seja, a linha com os valores mais
altos de NL e NI conectado ao sistema interno com os menores valores de UW (linha de sinal versus
linha de energia, linha não blindada versus linha blindada, linha de energia em baixa tensão versus
linha de energia em alta tensão com transformador AT/BT etc.).
Os componentes de risco para estruturas estão descritos na Tabela 6 de acordo com os tipos diferentes
de danos e diferentes fontes de danos.
Se a estrutura for dividida em zonas ZS (ver 6.7), cada componente de risco deve ser avaliado para
cada zona ZS.
O risco total R da estrutura é a soma dos componentes de risco relevantes para as zonas ZS que
constituem a estrutura.
Para avaliar cada componente de risco, a estrutura pode ser dividida em zonas ZS cada uma com
características homogêneas. Entretanto, a estrutura pode ser, ou pode assumir ser, uma zona única.
NOTA As zonas Z S de acordo com esta Parte da ABNT NBR 5419 podem ser ZPR alinhadas com
a ABNT NBR 5419-4. Entretanto, elas podem ser diferentes também das ZPR.
Para avaliar cada componente de risco devido a uma descarga atmosférica na, ou perto da, linha, a linha
pode ser dividida em seções SL. Entretanto, a linha pode ser, ou pode assumir ser, uma seção única.
b) fatores que afetem a área de exposição equivalente (CD, CE, CT);
Se mais de um valor de um parâmetro existir em uma seção, o valor que leve ao mais alto valor
de risco deve ser assumido.
Para a avaliação dos componentes de risco e a seleção dos parâmetros relevantes envolvidos,
as seguintes regras são aplicadas:
— parâmetros relevantes ao número N de eventos perigosos devem ser avaliados de acordo com
o Anexo A;
Entretanto:
— para componentes RA, RB, RU, RV, RW e RZ, somente um valor deve ser fixado em cada zona
para cada parâmetro envolvido. Quando mais de um valor é aplicável, o maior deles deve ser
escolhido.
— para componentes RC e RM, se mais de um sistema interno é envolvido em uma zona, valores
de PC e PM são dados por:
— parâmetros relevantes à quantidade L de perdas deve ser avaliado de acordo com o Anexo C.
Com exceção feita para PC e PM, se mais de um valor de qualquer outro parâmetro existir em uma
zona, o valor do parâmetro que levar ao mais alto valor de risco deve ser assumido.
Neste caso, somente uma zona ZS fictícia da estrutura completa é definida. O risco R é a soma
dos componentes de risco RX desta zona.
Definir a estrutura com uma zona única pode levar a medidas de proteção caras porque cada medida
deve ser estendida à estrutura completa.
Neste caso, a estrutura é dividida em zonas múltiplas ZS. O risco para a estrutura é a soma dos riscos
relevantes de todas as zonas da estrutura; em cada zona, o risco é a soma de todos os componentes
de risco relevantes na zona.
Dividir a estrutura em zonas permite ao projetista levar em conta as características de cada parte
da estrutura na avaliação dos componentes de risco e selecionar as medidas de proteção mais
adequadas trabalhadas zona a zona, reduzindo o custo total da proteção contra as descargas
atmosféricas.
Queira ou não queira, existe a necessidade de determinar a proteção para reduzir os riscos R1, R2,
e R3, sendo útil para avaliar uma justificativa econômica na adoção das medidas de proteção
no sentido de reduzir o risco R4 de perda econômica.
Os itens para os quais a avaliação de risco R4 deve ser feita podem ser definidos para:
O custo de perdas, o custo das medidas de proteção e a possível economia devem ser avaliados de
acordo com o Anexo D. Se os dados para esta análise não forem disponíveis, o valor representativo
do risco tolerável RT = 10-3 pode ser utilizado.
Anexo A
(informativo)
A.1 Geral
O número médio anual N de eventos perigosos devido às descargas atmosféricas que influenciam a
estrutura a ser protegida depende da atividade atmosférica da região onde a estrutura está localizada
e das características físicas da estrutura. Para calcular o número N, deve-se multiplicar a densidade
de descargas atmosféricas para a terra NG pela área de exposição equivalente da estrutura, levando
em conta os fatores de correção para as características físicas da estrutura.
No Brasil, o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), por meio do Grupo de Eletricidade
Atmosférica, disponibilizou os dados de NG de duas formas:
NG ≈ 0,1 TD (A.1)
onde TD é o número de dias de tempestades por ano (o qual pode ser obtido dos mapas isocerâunicos).
Eventos que podem ser considerados como perigosos para uma estrutura a ser protegida são:
Para estruturas isoladas em solos planos, a área de exposição equivalente AD é a área definida pela
intersecção entre a superfície do solo com uma linha reta de inclinação 1 para 3 a qual passa pelas
partes mais altas da estrutura (tocando-a nestes pontos) e rotacionando ao redor dela. A determinação
do valor de AD pode ser obtida graficamente ou matematicamente.
Para uma estrutura retangular isolada com comprimento L, largura W, e altura H em um solo plano,
a área de exposição equivalente é dada por:
AD = L × W + 2 × (3 × H) × (L + W) + π × (3 × H)2 (A.2)
H 1:3
3H
IEC 2637/10
Se a estrutura tiver uma forma complexa, como saliências elevadas na cobertura (ver Figura A.2),
um método gráfico deve ser utilizado para avaliar AD (ver Figura A.3).
Um valor aproximado aceitável para a área de exposição equivalente é o maior valor entre a área
de exposição equivalente ADMÍN avaliada pela Equação (A.2), tomando a altura mínima HMÍN
da estrutura, e a área de exposição equivalente atribuída à saliência elevada na cobertura AD´. AD´
pode ser calculada por:
HP = H MÁX = 40
H = 25
MÍN
L = 70
W = 30
IEC 2638/10
3HMÍN
3HP = 3HMÁX
A’D
Saliência com H = HP = HMÁX Equação (A.3)
AD
Área de exposição equivalente determinada por um
método gráfico IEC 2639/10
Quando a estrutura S a ser considerada consiste em apenas uma parte de um edifício B, as dimensões
da estrutura S pode ser utilizada na avaliação de AD, desde que as seguintes condições sejam
respeitadas (ver Figura A.4):
c) a propagação de fogo entre a estrutura S e outras partes da edificação B pode ser retida por
meio de paredes com resistência ao fogo de 120 min (REI 120) ou por meio de outras medidas
de proteção equivalentes;
d) a propagação de sobretensões ao longo das linhas comuns, se existirem, é protegida por meio
de DPS instalados no ponto de entrada destas linhas na estrutura ou por meio de outra medida
de proteção equivalente.
Quando estas condições não puderem ser preenchidas, as dimensões da edificação inteira B devem
ser utilizadas.
B
2 1, 2, 3, 5, 6, 7
1 1 S
B
S
B 4, 8
3 4
Legenda
B B A equipamento
7 8
A i.s. i.s. i.s. sistema interno
A
DPS
Figura A.4 – Estrutura a ser considerada para a avaliação para a área de exposição
equivalente AD
A.2.3 Localização relativa da estrutura
A localização relativa da estrutura, compensada pelas estruturas ao redor ou uma localização exposta,
deve ser levada em consideração pelo fator de localização CD (ver Tabela A.1).
Uma avaliação mais precisa da influência dos objetos ao redor pode ser obtida considerando a
altura relativa da estrutura em relação aos objetos nas cercanias ou o solo dentro de uma distância
de 3 x H da estrutura e assumindo CD = 1.
ND = NG × AD × CD × 10–6 (A.4)
onde
onde
NM = NG × AM × 10-6 (A.6)
onde
A área de exposição equivalente AM que se estende a uma linha localizada a uma distância de 500 m
do perímetro da estrutura (ver Figura A.5):
NL = NG × AL × CI × CE × CT × 10–6 (A.8)
onde
AL = 40 × LL (A.9)
onde
NOTA 1 A resistividade do solo afeta a área de exposição equivalente AL de seções enterradas. Em geral,
quanto maior a resistividade do solo, maior a área de exposição equivalente ( AL proporcional a √ρ). O fator
de instalação da Tabela A.2 é baseada em ρ = 400 Ωm.
NOTA 2 Maiores informações sobre a área de exposição equivalente AI para linhas de sinal podem ser
encontradas na ITU-T Recomendação K.47.
NI = NG × AI × CI × CE × CT × 10–6 (A.10)
onde
AI = 4 000 × LL (A.11)
onde
Quando o comprimento da seção da linha for desconhecido, pode ser assumido LL = 1 000 m.
NOTA Uma avaliação mais precisa de AI pode ser encontrada na Electra n. 161 e 162, para linhas
de energia, e na ITU-T Recomendação K.46, para linhas de sinais.
3H
AD AI
40 m 4 000 m A DJ
H
L AL HJ
LJ
WJ
W
AM
500 m
LL
IEC 2641/10
Anexo B
(informativo)
B.1 Geral
As probabilidades fornecidas neste Anexo são válidas se as medidas de proteção estiverem de acordo
com:
a) ABNT NBR 5419-3 para medidas de proteção para reduzir ferimentos a seres vivos e reduzir
danos físicos;
b) ABNT NBR 5419-4 para medidas de proteção para reduzir falhas de sistemas internos.
PA = PTA × PB (B.1)
onde
PTA depende das medidas de proteção adicionais contra tensões de toque e passo, como as
listadas na Tabela B.1. Valores de PTA são obtidos na Tabela B.1.
PB depende do nível de proteção contra descargas atmosféricas (NP) para o qual o SPDA de
acordo com o ABNT NBR 5419-3 foi projetado. Valores de PB são obtidos na Tabela B.2.
Tabela B.1 – Valores de probabilidade PTA de uma descarga atmosférica em uma estrutura
causar choque a seres vivos devido a tensões de toque e de passo perigosas
Medida de proteção adicional PTA
Nenhuma medida de proteção 1
Avisos de alerta 10–1
Isolação elétrica (por exemplo, de pelo menos 3 mm de polietileno reticulado
10–2
das partes expostas (por exemplo, condutores de descidas)
Equipotencialização efetiva do solo 10–2
Restrições físicas ou estrutura do edifício utilizada como subsistema de descida 0
Se mais que uma medida for tomada, o valor de PTA é o produto dos valores correspondentes.
NOTA 1 Medidas de proteção são efetivas na redução de PA somente para estruturas protegidas por um
SPDA ou estruturas metálicas contínuas ou com estrutura de concreto armado atuando como um SPDA
natural, onde os requisitos de interligação e aterramento conforme a ABNT NBR 5419-3 estiverem satisfeitos.
NOTA 2 Para maiores informações, ver ABNT NBR 5419-3:2015, 8.1 e 8.2.
Os valores de probabilidade PB de danos físicos por uma descarga atmosférica em uma estrutura,
em função do nível de proteção contra descargas atmosféricas (NP), são obtidos na Tabela B.2.
Tabela B.2 – Valores de probabilidade PB dependendo das medidas de proteção para reduzir
danos físicos
Características da estrutura Classe do SPDA PB
Estrutura não protegida por SPDA _ 1
IV 0,2
III 0,1
Estrutura protegida por SPDA
II 0,05
I 0,02
Estrutura com subsistema de captação conforme SPDA classe I e uma
estrutura metálica contínua ou de concreto armado atuando como um 0,01
subsistema de descida natural
Estrutura com cobertura metálica e um subsistema de captação,
possivelmente incluindo componentes naturais, com proteção completa
de qualquer instalação na cobertura contra descargas atmosféricas 0,001
diretas e uma estrutura metálica contínua ou de concreto armado
atuando como um subsistema de descidas natural
NOTA 1 Valores de PB diferentes daqueles fornecidos na Tabela B.2 são possíveis, se baseados em uma
investigação detalhada considerando os requisitos de dimensionamento e critérios de intercepção definidos
na ABNT NBR 5419-1.
NOTA 2 As características do SPDA, incluindo aquelas de DPS para ligação equipotencial para descarga
atmosférica, são descritas na ABNT NBR 5419-3.
A probabilidade PC de uma descarga atmosférica em uma estrutura causar falha dos sistemas inter-
nos é dada por:
PSPD depende do sistema coordenado de DPS conforme a ABNT NBR 5419-4 e do nível
de proteção contra descargas atmosféricas (NP) para o qual os DPS foram projetados.
Valores de PSPD são fornecidos na Tabela B.3.
CLD é um fator que depende das condições da blindagem, aterramento e isolamento da linha
a qual o sistema interno está conectado. Valores de CLD são fornecidos na Tabela B.4.
Tabela B.3 – Valores de probabilidade de PSPD em função do NP para o qual os DPS foram
projetados
NP PSPD
Nenhum sistema de DPS coordenado 1
III-IV 0,05
II 0,02
I 0,01
NOTA 2 0,005 – 0,001
NOTA 2 Os valores de PSPD podem ser reduzidos para os DPS que tenham características melhores
de proteção (maior corrente nominal IN, menor nível de proteção UP etc.) comparados com os requisitos
definidos para NP I nos locais relevantes da instalação (ver ABNT NBR 5419-1:2015, Tabela A.3 para
informação das probabilidades de corrente da descarga atmosférica e ABNT NBR 5419-1:2015, Anexo E
e ABNT NBR 5419-4:2015, Anexo D ou a divisão da corrente da descarga atmosférica). Os mesmos anexos
podem ser utilizados para DPS que tenham maiores probabilidades PSPD.
Tabela B.4 – Valores dos fatores CLD e CLI dependendo das condições de blindagem
aterramento e isolamento
Tipo de linha externa Conexão na entrada CLD CLI
Linha aérea não blindada Indefinida 1 1
Linha enterrada não blindada Indefinida 1 1
Linha de energia com neutro
Nenhuma 1 0,2
multiaterrado
Blindagem não interligada ao mesmo
Linha enterrada blindada
barramento de equipotencialização que o 1 0,3
(energia ou sinal)
equipamento
Blindagem não interligada ao mesmo
Linha aérea blindada
barramento de equipotencialização que o 1 0,1
(energia ou sinal)
equipamento
Linha enterrada blindada Blindagem interligada ao mesmo barramento
1 0
(energia ou sinal) de equipotencialização que o equipamento
NOTA 3 Na avaliação da probabilidade PC, valores de CLD da Tabela B.4 referem-se aos sistemas internos
blindados; para sistemas internos não blindados, CLD = 1 pode ser assumido.
— conectados a linhas externas consistindo em cabo protegido contra descargas atmosféricas ou sistemas
com cabeamento em dutos para cabos protegido contra descargas atmosféricas, eletrodutos metálicos
ou tubos metálicos, interligados no mesmo barramento de equipotencialização que os equipamentos,
um sistema coordenado de DPS de acordo com a ABNT NBR 5419-4 não é necessário para reduzir Pc,
desde que a tensão induzida UI não for maior que a tensão suportável Uw do sistema interno (UI ≤ Uw).
Para avaliação da tensão induzida UI ver ABNT NBR 5419-4:2015, Anexo A.
A probabilidade PM de uma descarga atmosférica perto de uma estrutura causar falha em sistemas
internos depende das medidas de proteção contra surtos (MPS) adotadas.
Quando um sistema coordenado de DPS conforme os requisitos da ABNT NBR 5419-4 não for
instalado, o valor de PM deve ser igual ao valor de PMS.
Quando um sistema coordenado de DPS conforme os requisitos da ABNT NBR 5419-4 estiver
instalado, o valor de PM deve ser dado por:
Para sistemas internos com equipamentos não conformes com a suportabilidade de tensão dados
nas normas específicas de produto, PM = 1 deve ser assumido.
onde
KS1 leva em consideração a eficiência da blindagem por malha da estrutura, SPDA ou outra
blindagem na interface ZPR 0/1;
KS2 leva em consideração a eficiência da blindagem por malha de blindagem interna a estrutura
na interface ZPR X/Y (X > 0, Y > 1);
Dentro de uma ZPR, em uma distância de segurança do limite da malha no mínimo igual à largura da
malha wm, fatores KS1 e KS2 para SPDA ou blindagem tipo malha espacial podem ser avaliado como
onde wm1 (m) e wm2 (m) são as larguras da blindagem em forma de grade, ou dos condutores
de descidas do SPDA tipo malha ou o espaçamento entre as colunas metálicas da estrutura,
ou o espaçamento entre as estruturas de concreto armado atuando como um SPDA natural.
Para blindagens metálicas contínuas com espessura não inferior a 0,1 mm, KS1 = KS2 = 10–4.
NOTA 1 Onde uma rede de equipotencialização tipo malha for utilizada de acordo com
a ABNT NBR 5419-4, valores de KS1 e KS2 podem ser repartidos ao meio.
Onde o laço de indução estiver passando próximo aos condutores do limite da malha da ZPR
a uma distância da blindagem menor que a distância de segurança, os valores de KS1 e KS2 devem
ser maiores. Por exemplo, os valores de KS1 e KS2 devem ser dobrados onde a distância para
a blindagem varia de 0,1 wm a 0,2 wm. Para uma cascata de ZPR, o valor final de KS2 é o produto
dos KS2 resultantes de cada ZPR.
onde
PTU depende das medidas de proteção contra tensões de toque, como restrições físicas
ou avisos visíveis de alerta. Valores de PTU são dados na Tabela B.6;
PEB depende das ligações equipotenciais para descargas atmosféricas (EB) conforme a
ABNT NBR 5419-3 e do nível de proteção contra descargas atmosféricas (NP) para o qual
o DPS foi projetado. Valores de PEB são dados na Tabela B.7;
NOTA 2 Quando DPS de acordo com a ABNT NBR 5419-3 são instalados para ligação equipotencial
na entrada da linha, aterramento e interligação de acordo com a ABNT NBR 5419-4 podem aumentar
a proteção.
Tabela B.6 – Valores da probabilidade PTU de uma descarga atmosférica em uma linha que
adentre a estrutura causar choque a seres vivos devido a tensões de toque perigosas
Medida de proteção PTU
Nenhuma medida de proteção 1
Avisos visíveis de alerta 10–1
Isolação elétrica 10–2
Restrições físicas 0
NOTA 3 Se mais de uma medida for tomada, o valor de PTU será o produto dos valores correspondentes.
Tabela B.7 – Valor da probabilidade PEB em função do NP para o qual os DPS foram
projetados
NP PEB
Sem DPS 1
III-IV 0,05
II 0,02
I 0,01
NOTA 4 0,005 – 0,001
NOTA 4 Os valores de PEB podem ser reduzidos para DPS que tenham melhores características
de proteção (correntes nominais maiores IN, níveis de proteção menores UP etc.) comparados com os requi-
sitos definidos para NP I nos locais relevantes da instalação (ver ABNT NBR 5419-1:2015, Tabela A.3,
para informações da probabilidade de correntes de descargas atmosféricas, e ABNT NBR 5419-1:2015,
Anexo E, e ABNT NBR 5419-4, Anexo D, para divisão da corrente da descarga atmosférica). Os mesmos
anexos podem ser utilizados para DPS que tenha probabilidades maiores que PEB.
NOTA 5 Em áreas suburbanas/urbanas, uma linha de energia em BT utiliza tipicamente cabos não
blindados enterrados enquanto que uma linha de sinal utiliza cabos blindados enterrados (com um mínimo
de 20 condutores, uma resistência da blindagem de 5 Ω/km, diâmetros do fio de cobre de 0,6 mm).
Em áreas rurais, uma linha de energia em BT utiliza cabos aéreos não blindados enquanto que as linhas
de sinal utilizam cabos não blindados aéreos (diâmetro do fio de cobre: 1 mm). Uma linha de energia de AT
enterrada utiliza tipicamente um cabo blindado com uma resistência da blindagem da ordem de 1 Ω/km
a 5 Ω/km.
CLD é um fator que depende da blindagem, aterramento e condições de isolação da linha. Valores
de CLD são dados na Tabela B.4.
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ABNT NBR 5419-2:2015
onde
PSPD depende do sistema coordenado de DPS de acordo com a ABNT NBR 5419-4 e o nível
de proteção contra descargas atmosféricas (NP) para o qual os DPS foram projetados.
Valores de PSPD são dados na Tabela B.3;
onde
PSPD depende do sistema coordenado de DPS de acordo com a ABNT NBR 5419-4 e do nível
de proteção contra descargas atmosféricas (NP) para o qual os DPS foram projetados.
Valores de PSPD são dados na Tabela B.3;
PLI é a probabilidade de falha de sistemas internos devido a uma descarga atmosférica perto
de uma linha conectada dependendo das características da linha e dos equipamentos.
Valores de PLI são dados na Tabela B.9;
Tabela B.9 – Valores da probabilidade PLI dependendo do tipo da linha e da tensão suportável
de impulso UW dos equipamentos
Tensão suportável UW em kV
Tipo da linha
1 1,5 2,5 4 6
Linhas de energia 1 0,6 0,3 0,16 0,1
Linhas de sinais 1 0,5 0,2 0,08 0,04
NOTA Avaliações mais precisas de PLI podem ser encontradas na IEC/TR 62066:2002, para linhas
de energia, e na ITU-T Recomendação K.46, para linhas de sinais.
Anexo C
(informativo)
C.1 Geral
Recomenda-se que os valores de quantidade de perda LX sejam avaliados e fixados pelo projetista
de SPDA (ou o proprietário da estrutura). Os valores médios típicos da perda LX de uma estrutura
dados neste Anexo são valores meramente propostos pela IEC e adotados nesta Norma.
NOTA 1 Quando um dano a uma estrutura devido à descarga atmosférica possa também envolver estruturas
nas redondezas ou o meio ambiente (por exemplo, emissões químicas ou radioativas), uma avaliação mais
detalhada de L X que leve em conta esta perda adicional pode ser utilizada.
NOTA 2 É recomendável que as equações dadas neste Anexo sejam utilizadas como fonte primária dos
valores para L X.
a) L1 (perda de vida humana, incluindo ferimento permanente): o número de pessoas em perigo
(vítimas);
d) L4 (perda de valores econômicos): o valor econômico em perigo de animais, a estrutura (incluindo
suas atividades), conteúdo e sistemas internos,
e, para cada tipo de perda, com o tipo de dano (D1, D2 e D3) causando a perda.
Recomenda-se que a perda LX seja determinada para cada zona da estrutura na qual ela foi dividida.
a) a perda de vida humana é afetada pelas características da zona. Estas são levadas em conta
pelos fatores de aumento (hz) e diminuição (rt, rp, rf);
b) o valor máximo da perda em uma zona pode ser reduzido pela relação entre o número de pessoas
na zona (nz) versus o número total de pessoas (nt) na estrutura inteira;
c) o tempo em horas por ano, durante o qual as pessoas estão presentes na zona (tz), se este for
menor que um total de 8 760 h de um ano, também irá reduzir a perda.
Tabela C.1 – Tipo de perda L1: Valores da perda para cada zona
Tipo de dano Perda típica Equação
D1 LA = rt × LT × nZ / nt × tz / 8 760 (C.1)
D1 LU = rt × LT × nZ / nt × tz/8 760 (C.2)
D2 LB = LV = rp × rf × hz ×LF × nZ / nt × tz / 8 760 (C.3)
D3 LC = LM = LW = LZ = LO × nZ / nt × tz / 8 760 (C.4)
onde
LT é número relativo médio típico de vítimas feridas por choque elétrico (D1) devido a um
evento perigoso (ver Tabela C.2);
LF é número relativo médio típico de vítimas por danos físicos (D2) devido a um evento perigoso
(ver Tabela C.2);
LO é número relativo médio típico de vítimas por falha de sistemas internos (D3) devido a um
evento perigoso (ver Tabela C.2);
hz é um fator de aumento da perda devido a danos físicos quando um perigo especial estiver
presente (ver Tabela C.6);
tz é o tempo, durante o qual as pessoas estão presentes na zona, expresso em horas por ano.
NOTA 2 No caso de uma estrutura com risco de explosão, os valores para LF e LO podem necessitar
de uma avaliação mais detalhada, considerando o tipo de estrutura, risco de explosão, o conceito de zona
de áreas perigosas e as medidas para encontrar o risco.
Quando o dano a estrutura devido às descargas atmosféricas envolver estruturas nas redondezas
ou o meio ambiente (por exemplo, emissões químicas ou radioativas), perdas adicionais (LE) podem
ser consideradas para avaliar a perda total (LFT):
LFT = LF + LE (C.5)
onde
Tabela C.4 – Fator de redução rp em função das providências tomadas para reduzir
as consequências de um incêndio
Providências rp
Nenhuma providência 1
Uma das seguintes providências: extintores, instalações fixas operadas
manualmente, instalações de alarme manuais, hidrantes, compartimentos à prova 0,5
de fogo, rotas de escape
Uma das seguintes providências: instalações fixas operadas automaticamente,
0,2
instalações de alarme automático a
a Somente se protegidas contra sobretensões e outros danos e se os bombeiros puderem chegar em
menos de 10 min.
Se mais de uma providência tiver sido tomada, recomenda-se que o valor de rp seja tomado com
o menor dos valores relevantes.
NOTA 4 No caso de uma estrutura com risco de explosão, o valor para rf pode necessitar de uma avaliação
mais detalhada.
NOTA 5 Estruturas com alto risco de incêndio podem ser assumidas como sendo estruturas feitas de
materiais combustíveis ou estruturas com coberturas feitas com materiais combustíveis ou estruturas com
uma carga específica de incêndio maior que 800 MJ/m 2.
NOTA 6 Estruturas com um risco normal de incêndio podem ser assumidas como estruturas com uma
carga específica de incêndio entre 800 MJ/m 2 e 400 MJ/m 2.
NOTA 7 Estruturas com um risco baixo de incêndio podem ser assumidas como estruturas com uma carga
específica de incêndio menor que 400 MJ/m 2, ou estruturas contendo somente uma pequena quantidade
de material combustível.
NOTA 8 Carga específica de incêndio é a relação da energia da quantidade total do material combustível
em uma estrutura e a superfície total da estrutura.
NOTA 9 Para os propósitos da ABNT NBR 5419-2 não é recomendado que estruturas contendo zonas
perigosas ou contendo materiais explosivos sólidos sejam assumidas como estruturas com risco de explosão
se qualquer uma das seguintes condições for preenchida:
a) o tempo de presença da substância explosiva for menor que 0,1 h/ano;
b) o volume da atmosfera explosiva for desprezível de acordo com a ABNT NBR IEC 60079-10-1
e ABNT NBR IEC 60079-10-2;
c) a zona não possa ser atingida diretamente por uma descarga atmosférica e os centelhamentos
perigosos na zona forem evitados.
NOTA 10 Para zonas perigosas fechadas dentro de abrigos metálicos, a condição c) é respeitada quando
o abrigo, como um subsistema de captação natural, atuar seguramente sem perfuração ou problemas
de pontos quentes, e sistemas internos dentro do abrigo, se existirem, forem protegidos contra sobretensões
para evitar centelhamentos perigosos.
a) perda de serviço ao publico é afetada pelas características da zona da estrutura. Estas levam em
consideração os fatores de redução (rf, rp);
b) o valor máximo de perda devido a dano na zona deve ser reduzido pela relação entre o número
de usuários servidos pela zona (nz) versus o número total de usuários (nt) servidos pela estrutura
inteira.
Tabela C.7 – Tipo de perda L2: valores de perda para cada zona
Tipo de dano Perda típica Equação
D2 LB = LV = rp × rf × LF × nz/nt (C.7)
D3 LC = LM = LW = LZ = LO × nz/nt (C.8)
onde
LF é o número relativo médio típico de usuários não servidos, resultante do dano físico (D2)
devido a um evento perigoso (ver Tabela C.8);
LO é o número relativo médio típico de usuários não servidos, resultante da falha de sistemas
internos (D3) devido a um evento perigoso (ver Tabela C.8);
rf é um fator de redução da perda devido a danos físicos dependendo do risco de incêndio (ver
Tabela C.5);
a) a perda de patrimônio cultural é afetada pelas características da zona. Estas levam em
consideração os fatores de redução (rf, rp);
b) o valor máximo da perda devido a danos na zona deve ser reduzido pela relação entre o valor da
zona (cz) versus o valor total (ct) da estrutura completa (edificação e conteúdo).
Tabela C.9 – Tipo de perda L3: valores de perda para cada zona
Tipo de dano Valor típico da perda Equação
D2
danos físicos LB = LV = rp × rf × LF × cz / ct (C.9)
onde
LF é o valor relativo médio típico de todos os valores atingidos pelos danos físicos (D2) devido
a um evento perigoso (ver Tabela C.10);
a) perda de valores econômicos é afetada pelas características da zona. Estas levam em conside-
ração os fatores de redução (rt, rp, rf);
b) o valor máximo da perda devido a danos na zona deve ser reduzido pela relação entre o valor
relevante na zona versus o valor total (ct) da estrutura completa (animais, edificação, conteúdo e
sistemas internos incluindo suas atividades). O valor relevante da zona depende do tipo de dano:
onde
LT é o valor relativo médio típico de todos valores danificados por choque elétrico (D1) devido
a um evento perigoso (ver Tabela C.12);
LF é o valor relativo médio típico de todos os valores atingidos pelos danos físicos (D2) devido
a um evento perigoso (ver Tabela C.12);
LO é o valor relativo médio típico de todos os valores danificados pela falha de sistemas internos
(D3) devido a um evento perigoso (ver Tabela C.12);
rp é um fator de redução da perda devido a danos físicos dependendo das providências tomadas
para reduzir as consequências de incêndio (ver Tabela C.4);
ct é o valor total da estrutura (soma de todas as zonas para animais, edificação, conteúdo
e sistemas internos incluindo suas atividades).
NOTA 1 Nas estruturas onde existe um risco de explosão, os valores para L F e L O podem necessitar
de uma avaliação mais detalhada, onde considerações do tipo de estrutura, o risco de explosão, o conceito
de zona de áreas perigosas e as medidas para determinar o risco etc. são endereçadas.
Quando um dano a estrutura devido às descargas atmosféricas envolve as estruturas nas vizinhanças
ou o meio ambiente (por exemplo, emissões químicas ou radioativas), perdas adicionais (LE) devem
ser levadas em consideração para avaliar a perda total ( LFT):
LFT = LF + LE (C.14)
onde
LE = LFE × ce / ct (C.15)
Anexo D
(informativo)
O custo da perda CLZ em uma zona pode ser calculado pela seguinte equação:
onde
ct é o valor total da estrutura (animais, edificação, conteúdo e sistemas internos incluindo suas
atividades em espécie).
O custo total de perdas CL em uma estrutura pode ser calculado pela seguinte equação:
CL = ∑ CLZ = R4 × ct (D.2)
onde
O custo CRLZ de perdas residuais em uma zona apesar das medidas de proteção pode ser calculado
por meio da equação:
onde
O custo total CRL de perda residual em uma estrutura, apesar das medidas de proteção, pode ser
calculado por meio da equação:
onde
R’4 = ∑ R’4Z é o risco relacionado à perda de valor em uma estrutura, sem medidas de proteção.
O custo anual CPM das medidas de proteção pode ser calculado por meio da equação:
CPM = CP × (i + a + m) (D.5)
onde
a é a taxa de amortização;
m é a taxa de manutenção.
Anexo E
(informativo)
Estudo de caso
E.1 Geral
Neste anexo, estudos de casos relevantes a uma casa de campo, um edifício de escritórios, um
hospital e um bloco de apartamentos são desenvolvidos com o objetivo de mostrar:
d) o método de seleção por meio de diferentes soluções de proteção considerando a eficiência
de custo.
NOTA Este Anexo apresenta dados hipotéticos para todos os casos. A intenção é fornecer informações
sobre a avaliação de risco no sentido de ilustrar os princípios contidos nesta Parte da ABNT NBR 5419. Não
tem a intenção de endereçar os aspectos únicos das condições que existem em todos os meios ou sistemas.
Perda de vida humana (L1) e perda econômica (L4) são relevantes para este tipo de estrutura.
Seguindo a decisão tomada pelo proprietário que uma avaliação econômica não é requerida, o risco
R4 para perda econômica (L4) não é considerada.
Linha de sinal (aérea)
H=6m
1:3 Z
Z1 Z2 1
IEC 2642/10
Legenda
Z1 lado de fora
Z2 cômodos
Figura E.1 – Casa de campo
A casa de campo está localizada em um território plano e sem nenhuma estrutura nas vizinhanças.
A densidade de descargas atmosféricas para a terra é NG = 4 descargas atmosféricas por quilometro
quadrado por ano. Cinco pessoas vivem na casa. Este é também o número total de pessoas a serem
consideradas, porque se assume que não haverá nenhuma pessoa fora da casa durante a tempestade.
Dados para as linhas que adentram e seus sistemas internos conectados são dados para linha
de energia na Tabela E.2 e para linhas de sinais na Tabela E.3.
Tensão suportável do
sistema interno (kV) UW 1,5
Para zona Z1, é assumida que nenhuma pessoa está fora da casa. Entretanto, o risco de choque
em pessoas RA = 0. Porque RA é a componente de risco somente fora da casa, a zona Z1 pode ser
desconsiderada completamente.
— perdas são assumidas como constantes em toda a casa e correspondem aos valores médios
típicos da Tabela C.1.
Tabela E.4 – Casa de campo: fator válido para a zona Z2 (dentro da casa)
Parâmetros de entrada Comentário Símbolo Valor Referência
Tipo de piso Linóleo rt 10-5 Tabela C.3
Proteção contra choque
(descarga atmosférica Nenhuma PTA 1 Tabela B.1
na estrutura)
Proteção contra choque
(descarga atmosférica Nenhuma PTU 1 Tabela B.6
na linha)
Risco de incêndio Baixo rf 10-3 Tabela C.5
Proteção contra incêndio Nenhuma rp 1 Tabela C.4
Blindagem espacial interna Nenhuma KS2 1 Equação (B.6)
Não blindada
(laço dos condutores
Fiação interna KS3 0,2 Tabela B.5
em um mesmo
Energia eletroduto)
DPS
coordenados Nenhuma PSPD 1 Tabela B.3
Não blindada
Fiação interna (grandes laços KS3 1 Tabela B.5
Telecom > 10 m2)
DPS
coordenados Nenhuma PSPD 1 Tabela B.3
Perigo especial:
nenhum hz 1 Tabela C.6
Cálculos são dados na Tabela E.5 para a área de exposição equivalente e na Tabela E.6 para
o número esperado de eventos perigosos.
O risco R1 pode ser expresso de acordo com a Equação (1) por meio da seguinte soma
de componentes:
Tabela E.7 – Casa de campo: risco R1 para estrutura não protegida (valores × 10-5)
Símbolo Z1 Z2 Estrutura
D1 RA – ≈0 ≈0
Ferimento RU = RU/P + RU/T 0,002 0,002
D2 RB 0,103 0,103
Danos
físicos RV = RV/P + RV/T 2,40 2,40
Porque R1 = 2,51×10–5 é superior ao valor tolerável RT = 10–5, a proteção contra descargas atmosfé-
ricas para a estrutura é requerida.
Para reduzir o risco R1 a um valor tolerável, as medidas de proteção que influenciam os componentes
RV e RB devem ser consideradas. Medidas adequadas incluem:
Utilizando estes valores nas equações, novos valores de componentes de risco são obtidos, como
mostrados na Tabela E.8.
D2 RB 0,103 0,021
Danos físicos RV 0,120 0,120
Total R1 0,223 0,141
Perda de vida humana (L1) e perda econômica (L4) são relevantes para este tipo de estrutura e são
requisitos para avaliação da necessidade de proteção. Isto implica a determinação de somente o risco
R1 para perda de vida humana (L1) com os componentes de risco RA, RB, RU e RV (de acordo com
a Tabela 2) e para compará-los com o risco tolerável RT = 10–5 (de acordo com a Tabela 4). Medidas
de proteção adequadas devem ser selecionadas para reduzir o risco ao, ou abaixo do, risco tolerável.
Seguindo a decisão tomada pelo proprietário onde a avaliação econômica não foi requisitada, o risco
R4 para perdas econômicas (L4) não é considerado.
Z3 Z4 Z5
Z1 Z2
IEC 2643/10
Legenda
Z1 entrada (fora da edificação)
Z2 jardim (interno)
Z3 arquivo
Z4 escritórios
Z5 centro de informática
O edifício de escritórios está localizado em um território plano sem estruturas nas redondezas.
A densidade de descargas atmosféricas para a terra NG = 4 descargas atmosféricas por quilômetro
quadrado por ano.
Dados para as linhas que adentram o edifício e suas conexões com os sistemas internos são dados
para linhas de energia na Tabela E.10 e para linhas de sinais na Tabela E.11.
c) Z3 (arquivo);
d) Z4 (escritórios);
— o tipo de superfície é diferente na entrada da área externa, no jardim externo e dentro da estrutura;
— em todas as zonas internas, Z3, Z4 e Z5, há sistemas internos conectados à energia assim como
às linhas de sinais;
Nas diferentes zonas interna e externa do edifício de escritórios, é considerado um número total
de 200 pessoas.
O número de pessoas relacionadas a cada zona é diferente. A distribuição dentro de cada zona
individual está mostrada na Tabela E.12. Estes valores serão utilizados mais tarde para subdividir
os valores de perda total em frações para cada zona.
Seguindo a avaliação pelo projetista de SPDA, os valores médios típicos da quantidade relativa
de perdas por ano relevante ao risco R1 (ver Tabela C.1) para a estrutura completa são:
Os valores globais foram reduzidos para cada zona de acordo com o número de pessoas em perigo
na zona individual relacionada ao número total de pessoas consideradas.
As características resultantes das zonas Z1 a Z5 são dadas nas Tabelas E.13 a E.17.
Blindagem Equação
espacial interna Nenhuma KS2 1 (B.6)
Perigo especial: nenhum hz 1 Tabela C.6
D1: devido à tensão de toque e de
passo LT 10–2
L1: perda de vida
humana D2: devido a danos físicos LF – Tabela C.2
D3: devido à falha de sistemas
LO –
internos
Fator para
pessoas na zona nz/nt × tz/8 760 = 4/200 × 8 760/8 760 – 0,02
Tabela E.14 – Edifício de escritórios: fatores válidos para zona Z2 (jardim externo)
Parâmetros
Comentário Símbolo Valor Referência
de entrada
Superfície do piso Grama rt 10–2 Tabela C.3
Proteção contra
choque cerca PTA 0 Tabela B.1
Blindagem espacial
interna Nenhuma KS2 1 Equação (B.6)
Tabela E.17 – Edifício de escritórios: fatores válidos para zona Z5 (centro de informática)
Parâmetros de entrada Comentário Símbolo Valor Referência
Tipo de piso Linóleo rt 10–5 Tabela C.3
Proteção contra choque
(descarga atmosférica Nenhuma PTA 1 Tabela B.1
na estrutura)
Proteção contra choque
(descarga atmosférica na linha) Nenhuma PTU 1 Tabela B.6
Cálculos são dados na Tabela E.18 para as áreas de exposição equivalentes e na Tabela E.19 para
número de eventos perigosos esperados.
Tabela E.18 – Edifício de escritórios: áreas de exposição equivalentes da estrutura e das linhas
Resultado Referência
Símbolo Equação
m2 Equação
Porque R1 = 9,65 × 10–5 é maior que o valor tolerável RT = 10–5, a proteção contra descargas
atmosféricas é necessária.
— provendo ao edifício completo com um SPDA de acordo com a ABNT NBR 5419-3 reduzindo
o componente RB por meio da probabilidade PB. Ligação equipotencial para descargas
Combinando elementos diferentes destas medidas de proteção, as seguintes soluções podem ser
adotadas:
— Solução 1:
● proteger o edifício com um SPDA classe III de acordo com a ABNT NBR 5419-3, para reduzir
a componente RB (PB = 0,1).
— Solução 2:
● proteger o edifício com um SPDA classe IV de acordo com a ABNT NBR 5419-3, para reduzir
a componente RB (PB = 0,2);
● utilizar sistemas de extinção de incêndio (ou detecção) para reduzir componentes RB e RV. Instalar
um sistema manual na zona Z3 (arquivo) (rp = 0,5).
Para ambas as soluções, os valores de risco da Tabela E.20 irá mudar a valores reduzidos relatados
na Tabela E.21
Ambas as soluções reduzem o risco para valores abaixo do tolerável. A solução a ser adotada está
sujeita a ambos os critérios: melhor solução técnica e solução de melhor custo efetivo.
E.4 Hospital
Como um caso mais complexo, este estudo considera as facilidades de um hospital normal com um
bloco de quartos, um bloco de operação e uma unidade de terapia intensiva.
As perdas de vida humana (L1) e das perdas econômicas (L4) são relevantes para este tipo de
hospital e são necessárias para avaliar a necessidade de proteção e para a eficiência do custo das
medidas de proteção; estes são requisitos para avaliação dos riscos R1 e R4.
Z4
H = 10 m
Z2 Z3
Z1 Z1
Linha de sinal
Linha de energia (enterrada)
(enterrada)
LL= 500 m W = 150 m LL = 300 m
IEC 2644/10
Legenda
Z1 externa
Z2 bloco de quartos
Z3 bloco de operação
Z4 unidade de terapia intensiva
O hospital está localizado em um território plano sem nenhuma estrutura nas redondezas. A densidade
de descargas atmosféricas para a terra é NG = 4 descargas atmosféricas por quilômetro quadrado
por ano.
Dados para as linhas que adentram a estrutura e seus sistemas internos conectados são dados,
para linha de energia, na Tabela E.23, e, para linha de sinal, na Tabela E.24.
Tensão suportável
dos sistemas internos UW 1,5
(kV)
KS4 0,67 Equação (B.7)
Parâmetros resultantes PLD 0,8 Tabela B.8
PLI 0,5 Tabela B.9
c) Z3 (bloco cirúrgico);
— em todas as zonas internas Z2, Z3 e Z 4, existem sistemas internos conectados à energia assim
como linhas de sinais;
— a unidade de terapia intensiva contém muitos sistemas eletrônicos sensíveis, e uma blindagem
espacial pode ser adotada como medida de proteção;
Nas diferentes zonas, dentro e fora do hospital, um número total de 1 000 pessoas deve ser considerado.
O número de pessoas, o tempo de presença e os valores econômicos relativos a cada zona são
diferentes. A distribuição dentro de cada zona individual e os valores totais são mostrados na
Tabela E.25. Estes valores serão utilizados mais tarde para subdividir os valores de perda total dentro
de cada fração para cada zona.
Tabela E.25 – Hospital: distribuição das pessoas e dos valores econômicos nas zonas
Para risco R1, seguindo a avaliação do projetista de SPDA, os valores de perda básicos (valores
médios típicos da quantidade relativa de perda por ano) de acordo com a Tabela C.2 e o fator de
acréscimo para perigos especiais de acordo com a Tabela C.6 são os seguintes:
Estes valores de perdas básicos foram reduzidos para cada zona de acordo com as Equações (C.1)
a (C.4), levando em consideração o número de pessoas em perigo em cada zona individual em relação
ao número total de pessoas considerado e o tempo durante o qual as pessoas estão presentes.
Para risco R4, os valores de perda básicos de acordo com a Tabela C.12 são os seguintes:
Estes valores de perda básicos foram reduzidos para cada zona de acordo com as Equações
(C.11) a (C.13), levando em consideração o valor em perigo na zona individual relativo ao valor total
da estrutura (animais, edificação, conteúdo, sistemas internos e atividades) considerado. O valor
em perigo em uma zona individual depende do tipo de dano:
— D3 (falha de sistema interno): valor cs dos sistemas internos e suas atividades somente.
As características resultantes das zonas Z1 a Z4 são fornecidas nas Tabelas E.26 a E.29.
Risco de
incêndio Nenhum rf 0 Tabela C.5
Proteção contra
Nenhuma rp 1 Tabela C.4
incêndio
Blindagem Equação
espacial interna Nenhuma KS2 1 (B.6)
Perigo especial: nenhum hz 1 Tabela C.5
L1: perda de D1: devido à tensão de toque e de passo LT 10–2
vida humana D2: devido a danos físicos LF 0 Tabela C.2
D3: devido à falha de sistemas internos LO 0
Fator para
pessoas na zona nz / nt × tz / 8 760 = 10 /1 000 × 8 760 / 8 760 – 0,01
DPS
coordenados Nenhum PSPD 1 Tabela B.3
Tabela E.29 – Hospital: fatores válidos para a zona Z4 (Unidade de Terapia Intensiva)
Parâmetros de
Comentário Símbolo Valor Referência
entrada
Tipo de piso Linóleo rt 10–5 Tabela C.3
Proteção contra choque
(descarga atmosférica Nenhuma PTA 1 Tabela B.1
na estrutura)
Proteção contra choque
(descarga atmosférica Nenhuma PTU 1 Tabela B.9
na linha)
Risco de incêndio Baixo rf 10–3 Tabela C.5
Proteção contra
incêndio Nenhuma rp 1 Tabela C.4
Cálculos são dados na Tabela E.30 para as áreas de exposição equivalente e na Tabela E.31 para
o número de eventos perigosos esperados.
Valores das probabilidades PX são fornecidos na Tabela E.32, e os componentes de risco para
estruturas sem proteção são relatados na Tabela E.33.
Tabela E.32 – Hospital: risco R1 – Valores da probabilidade P para a estrutura sem proteção
Tipo de Referência
Símbolo Z1 Z2 Z3 Z4 Equação
danos Equação
D1 PA 1 1
Ferimentos
devido a PU/P 0,2
choque PU/T 0,8
PB 1
D2
Danos PV/P 0,2
físicos
PV/T 0,8
PC = 1 – (1 – PC/P) × (1 – PC/T) =
PC 1 (14) = 1 – (1 – 1) × (1 – 1)
PM = 1 – (1 – PM/P) × (1 – PM/T) =
D3 PM 0,006 4 (15) = 1 – (1 – 0,006 4) × (1 – 0,000 04)
Falha de
sistemas PW/P 0,2
interno PW/T 0,8
PZ/P 0
PZ/T 0
Tabela E.33 – Hospital: risco R1 para a estrutura sem proteção (values × 10-5)
Tipo de
danos Simbolo Z1 Z2 Z3 Z4 Estrutura
Porque R1 = 69,96 × 10–5 é superior ao valor tolerável RT = 10–5, a proteção contra descargas
atmosféricas para a estrutura é necessária.
— instalando no edifício completo um SPDA de acordo com a ABNT NBR 5419-3, reduzindo
o componente RB por meio da probabilidade PB. A inclusão obrigatória da ligação equipotencial
para descargas atmosféricas na entrada reduz também os componentes RU e RV por meio
da probabilidade PEB;
— instalando nas zonas Z3 e Z 4 uma proteção com DPS coordenados de acordo com a
ABNT NBR 5419-4 para os sistemas de energia interno e sistemas de sinais. Isto irá reduzir
os componentes RC, RM, RW por meio da probabilidade PSPD.
— instalando nas zonas Z3 e Z 4 uma blindagem tipo malha espacial adequada de acordo com
a ABNT NBR 5419-4. Isto irá reduzir o componente RM por meio da probabilidade PM.
Combinando diferentes elementos destas medidas de proteção, as seguintes soluções podem ser
adotadas:
— Solução 1:
● proteger a edificação com um SPDA classe I (PB = 0,02 incluindo também PEB = 0,01);
● instalar uma proteção com DPS coordenado na linha elétrica de energia e na linha elétrica
de sinal para (1,5 x) melhor que NP I (PSPD = 0,005) nas zonas Z2, Z3, Z4;
● instalar na zona Z2 um sistema automático de proteção contra incêndio (rp = 0,2 para zona Z2
somente);
Utilizando esta solução, os valores de risco da Tabela E.33 irão mudar para os valores reduzidos
relatados na Tabela E.34.
— Solução 2:
● proteger o edifício com um SPDA classe I (PB = 0,02 incluindo também PEB = 0,01);
● instalar uma proteção com DPS coordenada nas linhas elétricas de energia e de sinal para (3 x)
melhor que NP I (PSPD = 0,001) nas zonas Z2, Z3, Z4;
● providenciar para zona Z2 um sistema automático contra incêndio (rp = 0,2 para zona Z2 somente).
Utilizando esta solução, os valores de risco da Tabela E.33 irá modificar para os valores reduzidos
relatados na Tabela E.35.
Tabela E.35 – Hospital: risco R1 para a estrutura protegida de acordo com a solução 2
(valores × 10-5)
Tipo de
danos Símbolo Z1 Z2 Z3 Z4 Estrutura
D1 RA ≈0 ≈0 ≈0 ≈0 ≈0
Ferimentos
devido a RU = RU/P + RU/T ≈0 ≈0 ≈0 ≈0
choque
D2 RB 0,170 0,003 0,001 0,174
Danos
RV = RV/P + RV/T 0,018 ≈0 ≈0 0,018
físicos
D3 RC 0,017 0,006 0,001 0,024
Falha de RM 0,002 0,001 ≈0 0,003
sistemas RW = RW/P + RW/T 0,002 0,001 ≈0 0,003
interno RZ = RZ/P + RZ/T
Total ≈0 0,209 0,011 0,002 R1 = 0,222
Tolerável R1 < RT: a estrutura está protegida para este
tipo de perda RT = 1
— Solução 3:
● proteger o edifício com um SPDA Classe I (PB = 0,02 incluindo também PEB = 0,01);
● instalar uma proteção com DPS coordenado nas linhas elétricas de energia e de sinal para (2 x)
melhor que NP I (PSPD = 0,002) nas zonas Z2, Z3, Z4;
● providenciar para zona Z2 um sistema automático contra incêndio (rp = 0,2 para zona Z2 somente);
Utilizando esta solução, os valores de risco da Tabela E.33 irão mudar para os valores reduzidos
relatados na Tabela E.36.
D1 RA ≈0 ≈0 ≈0 ≈0 ≈0
Ferimentos
devido a RU = RU/P + RU/T ≈0 ≈0 ≈0 ≈0
choque
D2 RB 0,170 0,003 ≈0 0,173
Danos
físicos RV = RV/P + RV/T 0,018 ≈0 ≈0 0,018
Todas as soluções reduzem o risco a valores abaixo do nível tolerável. A solução a ser adotada está
sujeita a ambos os critérios de melhor solução técnica e de melhor custo efetivo.
Para as perdas econômicas L4, o correspondente risco R4 pode ser avaliado da mesma forma que
foi feito anteriormente. Todos os parâmetros necessários para avaliação dos componentes de risco
são dados nas Tabelas E.22 a E.29, onde os valores de perdas LX para perda econômica L4 somente
são válidos. Entretanto, somente as zonas Z2, Z3 e Z 4 são relevantes, enquanto que a zona Z1
é desprezada (ela pode ser relevante somente no caso de perdas de animais).
Dos valores de risco R4 ou R’4 e do valor total da estrutura ct = 90 × 106 $ (Tabela E.25), o custo anual
de perda CL = R4 × ct para uma estrutura não protegida e CRL = R’4 × ct para uma estrutura protegida
pode ser calculado (ver Equações (D.2) e (D.4)). Os resultados estão mostrados na Tabela E.37.
Uma lista de custo CP para possíveis medidas de proteção e custo anual CPM das medidas de proteção
adotadas nas soluções 1, 2 ou 3 é dada na Tabela E.39 (ver Equação (D.5)).
A economia anual monetária SM pode ser avaliada pela comparação do custo anual de perdas CL
para a estrutura não protegida com a soma do custo anual residual de perdas CRL para a estrutura
protegida e o custo anual das medidas de proteção CPM. Os resultados para as soluções 1, 2 e 3 são
dados na Tabela E.40.
Somente o risco R1 para perda de vida humana (L1) com os componentes de risco RA, RB, RU e RV
(de acordo com a Tabela 2) é determinado e comparado com o valor do risco tolerável RT = 10–5
(de acordo com a Tabela 4). A avaliação econômica não foi requerida uma vez que o risco R4 para
perdas econômicas (L4) não foi considerado.
H = 20 m
or 40 m
Z2
Z1 Z1
Linha de sinal
Linha de energia (enterrada)
(enterrada)
LL = 200 m W = 20 m L L= 100 m
IEC 2645/10
Legenda
Z1: externa
Z2: interna
O Bloco de apartamentos está localizado em um território plano sem nenhuma estrutura nas redon-
dezas. A densidade de descargas atmosféricas para a terra é NG = 4 descargas atmosféricas por
quilômetro quadrado por ano. No bloco vivem 200 pessoas. Este também é o número total de pessoas
a ser considerado, porque é assumido que fora do edifício nenhuma pessoa deve estar durante
a tempestade.
Dados para as linhas e seus sistemas internos conectados são fornecidos, para a linha de energia
na Tabela E.42 e para as linhas de sinais na Tabela E.43.
Equação
KS4 0,4 (B.7)
Parâmetros resultantes
PLD 1 Tabela B.8
PLI 0,3 Tabela B.9
— Z1 (fora ao edifício);
— Z2 (dentro do edifício).
Para a zona Z1, é assumido que nenhuma pessoa estará fora do edifício. Entretanto, o risco de
choque às pessoas é RA = 0. Porque RA é somente o componente de risco fora do edifício, a zona Z1
pode ser desprezada completamente.
— perdas são assumidas como correspondente aos valores médios típicos da Tabela C.1.
Tabela E.44 – Bloco de apartamentos: fatores válidos para zona Z2 (dentro da edificação)
Parâmetros de entrada Comentário Símbolo Valor Referência
Tipo de piso Madeira rt 10–5 Tabela C.3
Proteção contra choque
(descarga atmosférica nenhuma PTA 1 Tabela B.1
na estrutura)
Proteção contra choque
(descarga atmosférica nenhuma PTU 1 Tabela B.6
na linha)
Risco de incêndio Variável (ver Tabela E.45) rf – Tabela C.5
Proteção contra incêndio Variável (ver Tabela E.45) rp – Tabela C.4
Equação
Blindagem espacial interna nenhuma KS2 1 (B.6)
Não blindada (condutores
Fiação interna do laço no mesmo KS3 0,2 Tabela B.5
Energia eletroduto)
DPS
coordenados Nenhum PSPD 1 Tabela B.3
Anexo F
(informativo)
Os dados brutos de descargas atmosféricas, oriundos do LIS, foram tratados de forma a considerar
a eficiência de detecção do sensor, o período de observação de um ponto sobre a superfície terrestre
pelo fato de o TRMM não ser geoestacionário, a distorção causada por efeitos geomagnéticos e o
percentual médio das descarga atmosférica nuvem para o solo em relação ao total registrado pelo LIS.
Para estimar o percentual médio de descargas atmosféricas da nuvem para o solo, foram utilizados os
registros oriundos da rede de detecção de superfície disponível no período.
Após o tratamento dos dados, foi gerada uma grade de densidade de descargas atmosféricas composta
por células com resolução de 12,5 km x 12,5 km. Cada célula da grade de densidade contém um valor
médio anual de densidade.
Na legenda do mapa, consta uma escala de cores contendo dez valores de densidade de descargas
atmosféricas.
Alternativamente à utilização dos mapas, pode-se obter o NG por meio de coordenadas cartesianas
obtidas por GPS e inseridas no site http://www.inpe.br/webelat/ABNT_NBR5419_Ng
Bibliografia
[2] ABNT NBR 6323, Galvanização de produtos de aço ou ferro fundido – Especificação
[4] ABNT NBR 15749, Medição de resistência de aterramento e de potenciais na superfície do solo
em sistemas de aterramento
[5] ABNT NBR IEC 60079-14, Atmosferas explosivas – Parte 14: Projeto, seleção e montagem de
instalações elétricas
[6] ABNT NBR IEC 61643-1, Dispositivos de proteção contra surtos em baixa tensão – Parte 1:
Dispositivos de proteção conectados a sistemas de distribuição de energia de baixa tensão –
Requisitos de desempenho e métodos de ensaio
[8] IEC/TS 60479 (all parts), Effects of current on human beings and livestock
[9] IEC 61000-4-5, Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 4-5: Testing and measurement
techniques – Surge immunity test
[11] IEC 61557-4, Electrical safety in low-voltage distribution systems up to 1 000 V a.c. and 1 500 V
d.c. – Equipment for testing, measuring or monitoring of protective measures – Part 4: Resistance
of earth connection and equipotential bonding
[12] IEC 61643-12, Low-voltage surge protective devices – Part 12: Surge protective devices connected
to low-voltage power distribution systems – Selection and application principles
[13] IEC 61643-21, Low-voltage surge protective devices – Part 21: Surge protective devices connected
to telecommunications and signalling networks – Performance requirements and testing methods
[16] IEEE working group report, Estimating lightning performance of transmission lines-Analytical
models. IEEE Transactions on Power Delivery, Volume 8, n. 3, July 1993
[17] ITU-T Recommendation K.67, Expected surges on telecommunications and signalling networks
due to lightning
[18] BERGER K., ANDERSON R.B., KRÖNINGER H., Parameters of lightning flashes. CIGRE Electra
No 41 (1975), p. 23 – 37
[19] ANDERSON R.B., ERIKSSON A.J., Lightning parameters for engineering application.
CIGRE Electra No 69 (1980), p. 65 – 102
[20] ITU-T Recommendation K.46, Protection of telecommunication lines using metallic symmetric
conductors against lightning-induced surges
[21] ITU-T Recommendation K.47, Protection of telecommunication lines using metallic conductors
against direct lightning discharges
[22] NUCCI C.A., Lightning induced overvoltages on overhead power lines. Part I: Return stroke current
models with specified channel-base current for the evaluation of return stroke electromagnetic
fields. CIGRE Electra No 161 (Agosto 1995)
[23] NUCCI C.A., Lightning induced overvoltages on overhead power lines. Part II: Coupling models
for the evaluation of the induced voltages. CIGRE Electra No 162 (Outubro 1995)