Caderno de Exercicios e Problemas
Caderno de Exercicios e Problemas
Caderno de Exercicios e Problemas
1
1.2.4 Lei da Conservação do Momento
Linear. Colisões 18
Atividade laboratorial 19
Questões globais 20
MECÂNICA
1.3 Fluidos
1.1 Cinemática e dinâmica da
Resumo 22
partícula a duas dimensões
Resumo 4 1.3.1 Fluidos, massa volúmica,
densidade relativa e pressão 23
1.1.1 Posição, equações paramétricas 1.3.2 Forças de pressão em fluidos 23
do movimento e trajetória 5
1.3.3 Lei Fundamental da Hidrostática 23
1.1.2 Deslocamento, velocidade média,
velocidade e aceleração 5 1.3.4 Lei de Pascal 24
1.1.3 Componentes tangencial e normal 1.3.5 Impulsão e Lei de Arquimedes;
da aceleração 5 equilíbrio de corpos flutuantes 25
1.1.4 Segunda Lei de Newton 1.3.6 Movimento de corpos em fluidos;
em referenciais fixos e ligados viscosidade 25
à partícula 6 Atividade laboratorial 25
1.1.5 Movimentos sob a ação de uma Questões globais 26
força resultante constante 6
1.1.6 Movimentos de corpos sujeitos
a ligações 8
1.1.7 Forças de atrito entre sólidos 10
1.1.8 Dinâmica da partícula
2
e considerações energéticas 11
Atividades laboratoriais 12
Questões globais 14
CAMPOS
DE FORÇAS
1.2 Centro de massa
e momento linear 2.1 Campo gravítico
de sistemas de partículas Resumo 28
4
1.1 Cinemática e dinâmica da partícula a duas dimensões
1.1.1 Posição, equações paramétricas 7. Uma bola move-se num plano inclinado, durante 3,00 s,
sendo a posição do seu centro de massa dada, em uni-
do movimento e trajetória
dades SI, por:
1. Um helicóptero, após levantar voo, desloca-se 10,4 km r»(t) = 4,24t2 e»x – 2,45t2 e»y
para este, 7,7 km para norte e 2,1 km para cima. Deter- a) Caracterize os movimentos em cada eixo.
mine a distância a que ficou do ponto de partida. Uniformemente variados.
r» = 10,4e»x + 7,7e»y + 2,1e»z ; |r»| = 13 km b) A que distância da posição inicial se encontra ao fim
de 2,50 s?
2. Um pescador dirige o seu barco 2,00 km para oeste, 30,6 m
depois 3,50 km para nordeste e uma certa distância
c) Qual é a velocidade média e a aceleração média nos
d numa direção desconhecida. Verifica que, no final
primeiros dois segundos?
da viagem, está a 5,80 km de distância do ponto de
v»m = 8,48e»x – 4,90e»y (m s–1) e a»m = 8,48e»x – 4,90e»y (m s–2)
partida e a oeste desse ponto. Que distância percor-
d) Em que intervalo de tempo a bola muda mais rapida-
reu e que direção o barco tomou na terceira etapa da
mente de posição, no primeiro segundo de movimen-
viagem?
to ou no terceiro segundo de movimento?
d = 6,75 km e a direção corresponde ao ângulo 201,5o No terceiro segundo.
(ângulo de 21,5o para o lado sul, medido a partir da linha
E-O). e) Qual é o módulo da velocidade e da aceleração ao
fim de 2,50 s?
3. Uma águia voa com uma trajetória plana, durante v (2,50) = 24,5 m s−1 e a = 9,79 m s–2
5,0 s, sendo o movimento descrito por f) Esboce a trajetória do centro de massa da bola, com
x (t) = 1,0 + 1,6t e y (t) = 5,0t – 2,8t2 a ajuda da calculadora, e trace nela os vetores calcu-
lados anteriormente.
a) Identifique essa trajetória e esboce-a.
A trajetória é retilínea e os vetores velocidade
A trajetória é parabólica: e aceleração são tangentes à trajetória e apontam
de cima para baixo.
6. Um corredor descreve um quarto de pista circular, de 9. O TGV (Train à Grand Vitesse) atinge uma velocidade
raio R = 25 m, em 10 s, no sentido anti-horário, partindo máxima de 320 km h–1 em linhas férreas convencio-
do ponto (R,0). Determine a sua velocidade média e a nais. Para que os passageiros não sofram desconforto,
sua rapidez média. a componente centrípeta da aceleração não deve ser
v»m = –2,5e»x + 2,5e»y (m s−1) e rapidez média = 3,9 m s−1 superior a 0,05 g. Qual deve ser o raio de curvatura
mínimo das curvas da ferrovia?
R > 15,8 km
5
1. MECÂNICA
10. Um carrinho descreve uma trajetória numa pista cir- b) Noutro troço, há um instante em que a aceleração faz
cular, de raio 80 cm, num plano horizontal. O módu- um ângulo de 107° com a velocidade e tem módulo
lo da sua velocidade varia no tempo, sendo dado por igual a 6,0 m s–2. Quanto marca o velocímetro?
v = 1,50 t (SI). Escreva a expressão da aceleração para v = 11 m s–1
o instante t = 2,00 s, na unidade SI, indicando as com-
ponentes tangencial e normal.
a» = 1,50e»t + 11,3e»n (m s−2)
11. Um carrinho move-se sobre um plano horizontal duran- 1.1.5 Movimentos sob a ação de uma força
te 2,0 s, sendo a sua posição dada por resultante constante
r»(t) = (t2 – t + 1)e»x + (–2t2 + 1)e»y (SI)
a) Indique a afirmação verdadeira. 13. Um carrinho de 2,0 kg movia-se com velocidade cons-
(A) A posição inicial do carrinho coincide com a ori- tante sobre uma mesa quando sobre ele passou a atuar
gem do referencial. uma força constante paralela à mesa. A partir desse
instante, o movimento passou a ser descrito pelas
(B) A componente da velocidade segundo o eixo dos
equações paramétricas
xx é constante.
x = 1,0 + 15,0t – 10t2 e y = –2,0 + 6,0t
(C) A aceleração é constante. ¦
a) Qual era a velocidade inicial?
(D) O movimento segundo o eixo dos yy é uniforme. v»(0) = 15e»x + 6e»y (m s–1)
b) Qual é o módulo da velocidade inicial? b) Que força passou a atuar sobre o carrinho?
v»(0) = – e»x (m s−1) e v = 1 m s–1
a» = –20e»x (m s–2), F» = ma» = –40e»x (N)
c) Em qual dos instantes, t = 0,1 s ou t = 1,0 s, o carri-
c) Em que posição estava o carrinho quando passou a
nho se move mais rapidamente?
atuar a força?
t = 1,0 s
r»(0) = e»x – 2e»y (m)
d) Qual é o ângulo entre os vetores velocidade e acele-
d) Escreva a expressão da resultante das forças, indi-
ração para t = 1,0 s? O carrinho estará a acelerar ou
cando as componentes tangencial e normal no ins-
a travar? Justifique.
tante t = 1,0 s.
18
cos α = ⇒ α = 12,5o e o carrinho está F» = 26e»t + 31e»n (N)
兹17 兹20
a acelerar, pois α < 90o, ou seja, a velocidade e a
aceleração tangencial têm o mesmo sentido.
14. Um carrinho de 1,0 kg move-se sobre uma mesa com
velocidade constante de módulo 8,0 m s–1. Num dado
e) Em que instante, t = 0,5 s ou t = 2,0 s, o módulo da instante passa a atuar sobre ele uma força constante
velocidade varia mais rapidamente? Justifique. paralela à mesa, de intensidade 10 N e fazendo 127°
t = 2,0 s
com a direção da velocidade nesse instante.
f) Indique, justificando, em que instante a componente a) Escreva as equações paramétricas do movimento a
tangencial da aceleração é nula. partir do instante em que atua a força e esboce a tra-
at(t) = 0 ⇒ t = 0,1 s
jetória nos primeiros 2,5 s.
g) Determine o raio de curvatura da trajetória no instan- Equações paramétricas: x (t) = 8,0t – 3,0t2, y (t) = –4,0t 2.
te t = 0,5 s. Trajetória:
r=2m
6
1.1 Cinemática e dinâmica da partícula a duas dimensões
16. Uma avioneta voa a 320 m de altura, com velocidade determine o módulo da velocidade, em km h–1, com que
de módulo 220 km h–1, quando deixa cair um fardo com iniciou o salto e o seu tempo de voo.
mantimentos numa zona de catástrofe. A resistência v0 = 39 km h–1 e t = 0,85
do ar é desprezável.
a) Com que velocidade o fardo atinge o solo e que dis- 19. Uma bola de 100 g, considerada uma partícula, é lan-
tância percorre horizontalmente? çada a 0,50 m de altura, com velocidade inicial de
v»(8,0) = 61,1e»x – 80,0e»y (m s–1)
25 m s–1 e segundo um ângulo de 67o com a vertical.
A distância percorrida na horizontal é 489 m. A resistência do ar é desprezável.
b) Se a avioneta viajasse com o dobro da velocidade e à a) Que altura máxima atinge a bola?
ymáx = 5,3 m
mesma altura,
b) Qual é a sua energia cinética mínima?
(A) a aceleração e a variação da energia cinética do
1
fardo seriam as mesmas. Ec = mv 2 = 26 J
2
(B) o tempo de queda do fardo seria o dobro e o seu
c) Verifique se a bola passa por cima de um muro de
alcance seria o dobro.
1,5 m de altura situado a 3,0 m de distância da verti-
(C) o módulo da velocidade do fardo ao chegar ao chão cal de lançamento. Em caso afirmativo, fá-lo na subi-
seria o dobro, assim como a sua energia cinética. da ou na descida?
(D) a variação da energia mecânica do sistema fardo A bola passa por cima do muro na fase de subida.
+ Terra e o tempo de queda não sofreriam altera-
ções. ¦ 20. Um nadador salta de uma prancha. A tabela indica os
módulos das velocidades iniciais, v0, e os ângulos das
17. Um objeto é lançado obliquamente para cima. A resis- velocidades iniciais com a vertical, α. Considere o nada-
tência do ar é desprezável. Indique, justificando, quais dor uma partícula e desprezável a resistência do ar.
das afirmações são falsas.
v0 / m s–1 5,2 3,0 3,0
A. A aceleração diminui na subida e aumenta na des-
cida. F. α/o 14 14 30
7
1. MECÂNICA
1.1.6 Movimentos de corpos sujeitos 25. Observe a figura: os corpos A e B têm igual massa e
as forças dissipativas são desprezáveis, assim como as
a ligações
massas do fio e da roldana.
23. Observe a figura: dois blocos de massas m1 e m2 estão A
suspensos de um fio que passa numa roldana, sistema B
que é designado por máquina de Atwood.
Desprezam-se as forças dissipativas e a massa da rol- 30°
dana e do fio. Suponha que m1 > m2.
a) Determine o módulo da aceleração com que se move
cada bloco.
g
a= = 2,5 m s–2
4
b) Quando o módulo da velocidade de cada bloco é
m1 4,0 m s–1, o fio é cortado. Calcule o módulo da veloci-
m2 dade de B e a distância por ele percorrida 0,10 s após
o fio ter sido cortado.
vxB(0,1) = 4,5 m s–1 e xB(0,1) = 0,43 m
a) Deduza uma expressão para o módulo da aceleração
do sistema em função de m1, m2 e g. 26. Nas duas situações da figura exercem-se forças de
m – m2 igual módulo sobre o sistema constituído por A e B. Na
a= 1 g
m1 + m2 primeira situação, a força faz um ângulo de 30° com a
b) Como varia a aceleração de cada bloco com a soma vertical. Na segunda situação, o bloco B sobe e o bloco
das massas do sistema se a diferença entre elas se A move-se para a esquerda. Despreze o atrito entre as
mantiver constante? superfícies e as massas do fio e da roldana.
A aceleração será tanto maior quanto menor for a
soma das massas. 60°
30°
c) Como varia essa aceleração com a diferença entre A B A
as massas do sistema se a soma delas se mantiver
constante? B
A aceleração será tanto maior quanto maior for a a) Que relação deve existir entre as massas de A e de
diferença das massas. B para que, na situação da figura (instante em que
a inclinação da corda é de 30°), as acelerações dos
d) Que relação deve haver entre m1 e m2 para que cada
dois sistemas sejam iguais, em módulo, a 3,00 m s–2?
bloco se mova com uma aceleração de módulo igual
mA = 1,8 mB
a 50% do módulo da aceleração gravítica?
m1 b) Se a massa de A for 5,0 kg, quais serão as intensida-
=3 des da força exercida pelo fio e da força que o plano
m2
exerce em A?
24. Uma pessoa quer mover dois caixotes, A e B, sobre um
mB = 2,78 kg e T = mB (g + a) = 36 N.
plano horizontal polido e pode fazê-lo de duas manei- N = mAg – T sin 30o = 32 N
ras: ligando-os por uma corda e puxando um deles, ou
empurrando um contra o outro. Nos dois casos, preten- 27. Na figura, blocos de massas iguais a 200 g, ligados por
de exercer uma força igual, paralela ao plano. Supondo um fio que passa numa roldana, movem-se com acele-
desprezável o atrito entre as superfícies, verifique que ração de módulo igual a 0,1 g. São desprezáveis as for-
a aceleração imprimida ao sistema será a mesma nos ças dissipativas e as massas do fio e da roldana. Sendo
dois casos. α = 60°, qual é o ângulo β ?
1 2
B A
␣ 
F A B
β = 42o
A B
Nos dois casos, F = (mA + mB)a.
A aceleração será a mesma.
8
1.1 Cinemática e dinâmica da partícula a duas dimensões
28. Nas situações seguintes, trace o diagrama de forças 30. A figura representa um pêndulo gravítico, sendo J e M
aplicadas no centro de massa de cada corpo, atenden- as posições de inversão de sentido do movimento.
do às respetivas intensidades.
A. Um rapaz anda de skate no interior de um túnel
cilíndrico e está na posição mais alta.
A
N J M
P K
L
B. Uma criança cai da posição A de um baloiço e passa Qual das afirmações é verdadeira?
pela posição B. (A) A aceleração é nula nas posições M e J.
(B) A resultante das forças é constante, sendo o movi-
mento uniformemente variado.
A
(C) A componente tangencial da aceleração é máxi-
ma nos pontos em que a tensão exercida pelo fio
B
é mínima. ¦
(D) Na posição L, a intensidade da tensão é menor do
que a intensidade do peso.
TB
TA
31. O sistema representado na figura (pêndulo cónico) é
P
P constituído por um corpo de massa m e um fio de massa
desprezável e comprimento L, girando o sistema com
C. Uma criança escorrega de um bloco de gelo com movimento circular uniforme num plano horizontal.
forma esférica, numa posição que faz um ângulo α
com a vertical.
C
θ
N
L
P
m
D. Um automóvel move-se numa estrada com lombas,
passando em A e B. a) Indique, justificando, quais das seguintes afirmações
B são verdadeiras e quais são falsas.
A. O módulo da velocidade depende da massa, m, e
do comprimento do fio, L. F.
A
B. O módulo da velocidade depende do comprimen-
to do fio, L, e do ângulo θ que o fio faz com a dire-
ção vertical. V.
D NB C. A resultante das forças que atuam no pêndulo é
NA tangente à trajetória. F.
P
P
D. A resultante das forças que atuam no pêndulo tem
intensidade superior à da tensão exercida pelo fio. F.
E. Um corredor descreve uma curva plana.
E b) Determine uma expressão para a frequência com
que se move o pêndulo em função de L, g e θ.
冑
N
Fc
2πR 1 √ gL sin θ tan θ 1 g
T= ⇒f= = =
P v T 2π L sin θ 2π L cos θ
9
1. MECÂNICA
32. Um avião voa a 482 km h–1 numa trajetória circular num 35. Para empurrar um armário de 20 kg, inicialmente em
plano horizontal, fazendo as suas asas um ângulo de repouso, foi necessária uma força horizontal de 30 N, mas,
38,2° com a horizontal (ver figura, que não está à esca- uma vez iniciado o movimento, o armário deslizou com
la). A força de sustentação do avião é perpendicular às velocidade constante, aplicando-se uma força de 20 N.
suas asas. a) Determine os coeficientes de atrito estático e cinéti-
Determine o raio da trajetória, supondo que apenas co dos materiais em contacto.
atuam o peso e a força de sustentação. μe = 0,15 e μc = 0,10
b) Qual seria a força mínima capaz de pôr o armário em
movimento se fizesse um ângulo de 30° com a hori-
R zontal, dirigida para baixo?
F = 38 N
varia ao longo do tempo, tomando sucessivamente os Sobre o corpo exerce-se o peso, a força normal
(perpendicular à parede), a força de atrito dirigida
valores de 50 N, 60 N e 55 N.
verticalmente para cima e a força F». A condição de
Considerando g = 10 m s–2, qual das seguintes afirma- repouso indica que: N = F cos 60o e F sin 60o + Fae = mg.
ções é correta? Quando a força aplicada é mínima, N é também mínimo
(A) Quando a força aplicada é de 50 N, o caixote fica em e a força de atrito estática é máxima:
máx
F ae = μN = μF cos 60o. Logo,
repouso e a intensidade da força de atrito é 60 N. mg
F sin 60o + μF cos 60o = mg ou F =
(B) Quando a força aplicada é de 50 N, o caixote fica na sin 60o + μ cos 60o
iminência de se mover e a intensidade da força de b) Obtenha uma expressão equivalente para a intensi-
atrito é 50 N. dade máxima da força F» que impede o bloco de ini-
(C) Quando a força aplicada é de 55 N, o caixote move- ciar um movimento de subida.
-se com velocidade constante. mg
F =
sin 60 – μ cos 60o
o
(D) Quando a força aplicada é de 60 N, o caixote fica na
iminência de se mover e a intensidade da força de 37. Observe a figura: o fio e a roldana têm massas despre-
atrito é 60 N. ¦ záveis, mas o atrito entre as superfícies não é despre-
zável. A massa de A é 2,0 kg e a massa de B é 1,5 kg,
34. Um bloco de 10 kg é largado numa rampa com inclina- sendo 40° o ângulo de inclinação da rampa. Qual deve
ção α, sendo sin α = 0,60. ser o coeficiente de atrito estático entre A e o plano,
a) Se o coeficiente de atrito cinético entre o corpo e o de modo que o sistema fique na iminência de deslizar?
plano for 0,50, qual será a aceleração do corpo em
função de g? A
a = g (sin α – μc cos α) = 0,2g
B
b) Qual deverá ser o coeficiente de atrito estático míni- θ
mo para o corpo não deslizar sobre o plano? mB – mA sin θ
μ= = 0,14
0,6 – μe 0,8 = 0 ⇒ μe = 0,75 mA cos θ
10
1.1 Cinemática e dinâmica da partícula a duas dimensões
11
1. MECÂNICA
14,5 87,30
15,1 84,00
16,9 75,00
vA = √2ghB = 4,5 m s–1
18,2 69,50
NC = 2,1 × 103 N
v = 2,0 m s–1
12
1.1 Cinemática e dinâmica da partícula a duas dimensões
48. Foram medidos os coeficientes de atrito estático e Fez-se um gráfico da massa total de B em função da
cinético entre as superfícies em contacto de um bloco massa total de A. Determinou-se a equação da reta
e o plano de apoio. de ajuste aos dados experimentais, obtendo-se
a) Num primeiro procedimento usou-se a seguinte mon- y = 0,3021x + 13,12
tagem para determinar o coeficiente de atrito estático: i) Em que se fundamenta este procedimento?
Corpo A: T – Fae = 0 e N = PA;
corpo B: –T + mB g = 0.
Quando a força de atrito estática é máxima
máx
(iminência de movimento), F ae = μeN = μemAg.
Destas equações podemos concluir que mB = μemA.
3GSI¿GMIRXIHIEXVMXSIWXkXMGSrSHIGPMZIHEVIXE
HIENYWXIRSKVk¿GSHEQEWWEHI&IQJYRqoSHE
massa de A.
Mediu-se quatro vezes o ângulo da rampa para o
qual o bloco ficava na iminência de deslizar, obten- ii) Indique o coeficiente de atrito estático do par de
do-se os valores registados na tabela seguinte. superfícies em contacto.
μe = 0,30
18,1° 18,5° 20,5° 18,7° c) O valor teórico do coeficiente de atrito estático para
este par de superfícies é 0,33. Compare os procedi-
i) Indique o resultado do valor do ângulo medido e a
mentos anteriores quanto à exatidão dos resultados.
incerteza relativa.
O primeiro procedimento indica um valor experimental
–
θ = 19,0o e |di| = 1,5o mais próximo do teórico, ou seja, mais exato,
sendo o erro percentual igual a 3,0%. No segundo
ii) Determine, justificando, o coeficiente de atrito
procedimento, o erro percentual é 9,1%, valor elevado
estático do par de superfícies em contacto. que sinaliza uma fraca exatidão do resultado.
μe = tan θ = 0,34
d) Utilizou-se ainda a última montagem para determi-
iii) Qual das seguintes afirmações relativas à força nar o coeficiente de atrito cinético do par de superfí-
de atrito estático máxima é correta? cies quando o sistema A + B estava em movimento,
(A) É independente da massa do corpo. sem B tocar no solo. Usou-se um sensor de movi-
(B) Depende da área da superfície de contacto do mento para registar o movimento do bloco A, ten-
corpo. do-se adquirido os dados experimentais da tabela
(C) Depende da força normal exercida pela super- seguinte:
fície sobre o corpo. ¦ t/s v / m s–1
(D) Só depende da natureza dos materiais postos
0,1042 0,6685
em contacto.
b) Noutro procedimento usou-se a montagem seguinte 0,1441 0,6957
0,3041 0,7998
B 0,3441 0,8270
0,3841 0,8543
Foram sendo adicionadas sobrecargas ao corpo A e,
para cada conjunto, adicionaram-se massas marca-
das a B, de modo a tornar iminente o movimento do Foram também registadas as massas dos corpos em
sistema. movimento:
mA = (287,85 ± 0,01) g
mB = (119,54 ± 0,01) g
13
QUESTÕES GLOBAIS
1. Observe a figura: um projétil de 100 g é lançado horizontalmente de uma
varanda de uma casa para outra varanda. É desprezável a resistência do ar.
a) Com que velocidade foi lançado? A
v0 = 15 m s–1 B
b) Qual é o raio de curvatura da trajetória no instante de colisão com a parede? 5,0 m 4,2 m
2
R = v = 25 m
an
Ep / J
A Ec / J
5,0
12,05
4,2 B
11,25
0,4 t / s 0,4 t / s
N
Fa
y
θ
0 x
P
A força de atrito estática máxima é Fa = μN. Segundo o eixo dos yy, podemos
2
escrever N cos θ + μN sin θ = mg e, segundo o dos xx, N sin θ – μN cos θ = m v .
r
sin θ – μ cos θ 2
Dividindo as duas equações membro a membro, obtém-se = v .
cos θ + μ sin θ rg
14
1.2 CENTRO DE MASSA
E MOMENTO LINEAR
DE SISTEMAS
DE PARTÍCULAS
RESUMO
1 N
• Velocidade do centro de massa de um sistema de partículas: v»CM = 冱 m v» .
m i=1 i i
1 N
• Aceleração do centro de massa de um sistema de partículas: a»CM = 冱 m a» .
m i=1 i i
• Forças interiores, F»int: forças exercidas entre si pelas partículas de um sis-
tema; anulam-se aos pares (Terceira Lei de Newton ou Lei da Ação-Reação).
16
1.2 Centro de massa e momento linear de sistemas de partículas
1.2.1 Centro de massa de um sistema 4. Dois blocos, A e B, com 100 g e 200 g, respetivamente,
movem-se num plano horizontal em trajetórias retilí-
de partículas
neas. O bloco A desloca-se ao longo da reta yA = 2,0 m,
1. Na figura representa-se a posição de três alunos num sendo o movimento descrito por xA(t) = –40 + 2,0t (SI).
dado instante: a Andreia, de 50 kg, o Ricardo, de 65 kg, O bloco B desloca-se sobre o eixo dos xx, sendo o movi-
e o Tiago, de 70 kg. A distância entre a Andreia e o mento descrito por xB(t) = 30 – 1,0t (SI).
Ricardo é a mesma que entre ela e o Tiago: 2,0 m. Con- Como varia a posição e a velocidade do centro de
sidere as pessoas redutíveis a partículas. No referen- massa do sistema ao longo do tempo?
cial indicado, qual é a posição do centro de massa do 3GIRXVSHIQEWWEIWXk¿\SIEZIPSGMHEHIHSGIRXVSHI
massa é nula, pois a sua posição não depende do tempo.
sistema constituído pelos alunos?
3. Duas bolas de snooker, A e B, de igual massa, consi- b) A partir do instante t > 1,0 s passa a atuar sobre a
deradas como partículas, movem-se sobre um plano partícula B uma força com a direção e o sentido do
horizontal. Num dado instante, têm as velocidades eixo dos xx e com intensidade igual à do seu peso.
representadas na figura, de módulos iguais a 4,0 m s–1. A partir desse instante:
Determine o módulo da velocidade do centro de massa i) com que aceleração passará a mover-se o centro
do conjunto nesse instante. de massa do sistema?
g
B a»CM = e»
3 x
vB
60° ii) quais serão as equações paramétricas do movi-
mento do centro de massa?
xCM(t) = –1,7 – 1,5t + 1,7t2 (SI)
vA yCM(t) = 5,0 + 3,0t (SI)
60° 60°
A
6. Dois alunos estão num ringue de patinagem a uma
–1
vCM = 2,0 m s certa distância um do outro. Agarram cada um numa
extremidade de uma corda de massa desprezável e
vão puxando a corda até se encontrarem. O ponto de
encontro é o centro de massa do sistema por eles
constituído.
Justifique esta afirmação.
Como o CM estava inicialmente parado, permanecerá
imóvel, pois o seu movimento é determinado pelas
forças exteriores e, neste caso, a resultante das forças
exteriores é nula.
17
1. MECÂNICA
18
1.2 Centro de massa e momento linear de sistemas de partículas
14. Dois carrinhos, A e B, movem-se retilineamente num 17. Observe a figura: um carrinho A, de massa 3m, move-
plano horizontal, na mesma direção e sentido, sendo a -se com velocidade de módulo 4,0 m s–1 quando coli-
massa de A dupla da massa de B e a velocidade de A de com um carrinho B de massa 2m em repouso. Após
dupla da velocidade de B. Os corpos sofrem uma coli- a colisão, ficam ligados e sobem a rampa. Qual será
são perfeitamente inelástica. São desprezáveis as for- a distância máxima percorrida pelo conjunto sobre a
ças dissipativas. rampa se as forças dissipativas forem desprezáveis?
Qual das opções completa a frase seguinte?
Imediatamente após a colisão, a velocidade de B é … da
A B 20°
velocidade inicial de A, sendo … velocidade do centro
de massa do sistema. d = 0,84 m
5
(A) … igual à
3
3 Atividade laboratorial
(B) … diferente da
5
6 18. Com o objetivo de determinar o coeficiente de restitui-
(C) … diferente da
5 ção de um par de superfícies em colisão, usou-se um
5 deslizador numa calha de ar colocada horizontalmen-
(D) … igual à ¦
6 te. O deslizador, tendo uma ponteira elástica numa
15. Numa calha de ar, dois deslizadores, A e B, de igual extremidade, foi lançado contra um anteparo colocado
massa, colidem frontalmente quando B se move com o na extremidade da calha, chocando a ponteira elástica
dobro da rapidez de A. O deslizador B fica parado após com esse anteparo. Uma célula fotoelétrica, ligada a
a colisão. um contador digital com memória, foi colocada numa
posição imediatamente antes da colisão, registando o
a) Relacione os momentos lineares inicial e final de A.
tempo de passagem de um pino colocado no desliza-
p» ’A = – p» A
dor, antes da colisão, t, e depois da colisão, t’. A lar-
b) Determine a variação percentual da energia cinética gura do pino foi medida com uma régua, obtendo-se
do sistema. 2,00 cm. Foram feitos vários lançamentos, registando-
|Ecf – Eci| -se os seguintes dados experimentais:
× 100(%) = 80%
Eci
19
QUESTÕES GLOBAIS
1. Um corpo A é deixado cair de uma altura de 10 m acima do solo. No mesmo
instante e na mesma vertical, é lançado um corpo B do solo, com metade da
massa e com velocidade de módulo 10 m s–1. É desprezável a resistência do
ar.
Após 0,50 s de movimento, qual é a posição e a velocidade do centro de
massa do sistema dos dois corpos?
2m × 8,75 + m × 3,75
yCM = = 7,1 m e
3m
2m(–5,0) + m × 5,0
vCM = = – 1,7 m s–1
3m
4. A figura representa uma taça esférica de raio 50,0 cm. Duas partículas, A e
B, de massas mA e mB, sendo mA = 3mB, são abandonadas no mesmo instante
e à mesma altura da taça, como se representa na figura. Quando atingem a 60° 60°
posição mais baixa, colidem frontalmente e voltam a subir na taça. A partí-
cula A sobe, pelo outro lado da taça, a uma altura de 3,0 cm relativamente
à posição mais baixa.
A que altura subirá a partícula B?
v'2B
h'B = = 0,23 m
2g
20
1.3 FLUIDOS
RESUMO
m
• Massa volúmica de um material: ρ = ; unidade SI: kg m –3.
V
• Densidade relativa de um material, d: compara a massa volúmica do mate-
ρ
rial com a de um material padrão, ou seja, d = ; não tem unidades.
ρpadrão
22
1.3 Fluidos
23
1. MECÂNICA
11. Porque não cai o líquido de uma pipeta quando se tapa 19. Observe a figura: os líquidos M e N têm a sua superfície
o orifício superior? livre ao mesmo nível e em contacto com a atmosfera,
A pressão exterior é superior à do interior da pipeta, sendo M mais denso do que N.
sendo a diferença das forças de pressão compensada
pelo peso do líquido.
M d N
12. Por que razão a tensão arterial é medida na parte supe-
rior do braço, à altura aproximada do coração, e não
numa perna?
A pressão sanguínea medida numa perna viria acrescida, Qual dos gráficos pode traduzir a diferença de pressão,
relativamente à pressão ao nível do coração, de ρgh, em 6p, entre um ponto no interior de cada líquido e a su-
que ρ é a densidade do sangue e h a diferença de altura
perfície, à medida que aumenta a distância, d, do ponto
entre o nível do coração e o da perna onde se está a
fazer a medição. Por isso, a medição tem de ser feita ao
à superfície do líquido?
nível do coração. A C
⌬p N ⌬p M
13. Um passageiro de avião compra, antes de embarcar,
uma embalagem plástica contendo um chocolate. Em M N
voo, verifica que ela inchou. O que aconteceu?
Em terra, a pressão no interior é igual à pressão no
exterior. Mas dentro do avião a pressão no exterior 0 d 0 d
da embalagem é inferior à do seu interior. A diferença
de pressão entre o interior e o exterior da embalagem B D
origina uma força de pressão de dentro para fora, o que ⌬p N ⌬p M
leva à expansão da embalagem.
M N
14. Observe o tubo de vasos comunicantes da figura, que
contém água e óleo. Calcule a densidade relativa do
óleo. 0 d 0 d
1,1 cm
1.3.4 Lei de Pascal
9,7 cm
20. Os êmbolos de uma prensa hidráulica, A e B, estão ao
AA
mesmo nível e a razão entre as suas áreas é AB = .
4
ρóleo a) Relacione:
= dóleo = 0,89
ρágua i) a pressão exercida no líquido ao nível dos êmbolos.
A pressão é igual.
15. A figura mostra um gás contido numa câmara, a qual
está ligada a um manómetro, de tubo aberto em A, con- ii) a força de pressão exercida no líquido ao nível dos
tendo mercúrio. Sendo h = 24 cm e a pressão atmosfé- êmbolos.
rica 76 cmHg, qual é a pressão do gás? FA = 4 × FB
24
1.3 Fluidos
24. Um colchão de ar, com a forma de um paralelepípedo 30. Com o objetivo de determinar o coeficiente de visco-
de dimensões 2,00 × 0,50 × 0,08, em metros, tem a sidade da glicerina, deixaram-se cair esferas de rola-
massa de 2,0 kg. mentos de diversos diâmetros numa proveta larga e
Qual é a massa máxima de uma pessoa que pode colo- cheia de glicerina. No movimento de queda das esferas,
car-se sobre ele e flutuar na água? e após ter atingido a velocidade terminal, mediu-se três
vezes o tempo que cada esfera demorou a percorrer
m = 78 kg
15,0 cm. A tabela apresenta os dados recolhidos:
3 Diâmetro da
25. Um objeto de 20 g fica a flutuar na água com do seu t1 / s t2 / s t3 / s
4 esfera / cm
volume imerso.
0,40 4,55 4,45 4,33
a) Relacione as densidades do corpo e do líquido.
3 3 0,53 2,17 2,42 2,03
ρcorpoVg = ρlíquido Vg ⇒ ρcorpo = ρ
4 4 líquido 0,60 1,95 1,78 1,87
b) Qual é a intensidade das forças de pressão exercidas
0,80 1,26 1,38 1,16
pela água no objeto?
I = mg = 0,20 N 0,84 1,14 0,98 1,01
25
QUESTÕES GLOBAIS
1. A figura mostra dois corpos maciços, A e B, unidos por um fio de massa des-
prezável, em equilíbrio no interior de um líquido. As densidades dos corpos
são diferentes da do líquido. A
a) Qual das afirmações é correta?
(A) A impulsão sobre A e o peso de A têm a mesma intensidade.
(B) A impulsão sobre B é maior do que a impulsão sobre A. B
(C) O peso total de A e B é simétrico da soma das impulsões sobre A e B. ¦
(D) A força de pressão exercida na face inferior de B é menos intensa do
que a força de pressão exercida na sua face superior.
b) Mostre que, se o volume de A for três vezes o volume de B, a densidade do
líquido, ρl, relacionar-se-á com a densidade de A, ρA, e a densidade de B,
ρB, pela seguinte expressão:
3ρA + ρB
ρl =
4
Sendo V o volume de B, a equação anterior pode ser escrita na forma
3ρA + ρB
ρ13Vg + ρ1Vg = ρA3Vg + ρBVg ⇒ ρ1 =
4
Designamos por
d0 a profundidade
da superfície de p0
separação óleo-líquido.
d0 d
26
2.1 CAMPO GRAVÍTICO
RESUMO
• Leis de Kepler: descrevem os movimentos dos planetas à volta do Sol.
Primeira Lei – Lei das Órbitas: a órbita de um planeta é elíptica, ocupando o
Sol um dos focos da elipse. Segunda Lei – Lei das Áreas: o vetor posição do
planeta, com origem no Sol, «varre» áreas iguais em intervalos de tempo
iguais. Terceira Lei – Lei dos Períodos: o cubo do semieixo maior da elipse
(para uma órbita circular, o raio, R) é diretamente proporcional ao quadrado
3
do período, T, do planeta, ou seja, R = K.
2
T
mA mB
• Lei de Newton da Gravitação Universal: Fg = G ; as forças gravíticas
r2
são sempre atrativas e têm origem na massa dos corpos.
Mm
• Energia potencial gravítica de interação entre duas partículas: Epg = –G ;
r
depende da massa das partículas e da distância entre elas; é sempre negativa
e aumenta quando essa distância aumenta (será nula quando as partículas
estiverem infinitamente afastadas).
GM
• Velocidade de um satélite em órbita circular: vórbita = ; depende da
r
massa, M, do planeta e do raio, r, da órbita; não depende da massa do satélite.
28
2.1 Campo gravítico
(A) não depende da sua distância ao Sol. b) Determine o módulo da aceleração gravítica ao nível
(B) será máxima quando for máximo o seu afastamento da órbita e a intensidade da força gravítica que atua
ao Sol. sobre o satélite.
GM
(C) é mínima no afélio. ¦ g= = 0,226 m s–2
R2
(D) é mínima no periélio. Fg = mac = 226 N
29
2. CAMPOS DE FORÇAS
2.1.3 Campo gravítico 14. Um satélite de massa m descreve uma órbita de raio
2RT, sendo RT o raio da Terra.
9. Compare, em termos percentuais, os módulos do a) Determine, em função das massas do satélite e da
campo gravítico da Terra num ponto a 600 km de alti- Terra e do raio da Terra, o trabalho realizado pela
tude e num ponto à sua superfície. O raio da Terra é força gravítica quando o satélite passa dessa órbita
6370 km. para outra de raio 3RT.
A 600 km de altitude, o campo gravítico é cerca de 84% GmTm
W=–
do campo gravítico à superfície terrestre. 6RT
冢 冣
2 1 b) até uma altitude igual ao dobro do raio da Terra,
ac = v = 2πR = 2,72 × 10–3 m s–2
R T R ficando o objeto a orbitar a Terra.
12. O campo gravítico criado por uma massa pontual é 5,2 × 107 J
descrito pelo gráfico seguinte, sendo o declive da reta c) até um local distante onde o campo gravítico terres-
numericamente igual a 6,67 × 10–8 na unidade SI. tre seja desprezável.
Ᏻ 6,3 × 107 J
30
QUESTÕES GLOBAIS
1. Considerando que Plutão e a Terra têm órbitas aproximadamente circulares
de raios 5,90 × 1012 m e 1,50 × 1011 m, respetivamente, determine o tempo
de uma órbita completa de Plutão e a massa do Sol.
247 anos.
2,00 × 1030 kg
c) os períodos de A e de B.
TA 2v B 2 2
= =
TB 3vA 3 3
d) as energias cinéticas de A e de B.
Ec,A vA
冢v 冣
2
3
= =
Ec,B B
2
e) a energia potencial gravítica do sistema satélite A + Terra e a energia
potencial gravítica do sistema satélite B + Terra.
Ep,A 3
=
Ep,B 2
4. A Terra tem uma massa cerca de 81 vezes a massa da Lua e um raio cerca
de quatro vezes o raio da Lua. A Lua orbita em torno da Terra, numa órbita
aproximadamente circular de raio igual a cerca de 60 raios terrestres. Na
Terra, a velocidade de escape é 11,2 km s–1.
a) Determine a razão entre os módulos do campo gravítico à superfície da
Terra e à superfície da Lua.
FT 81
=
FL 16
b) Estime a velocidade de escape na Lua.
veL = 2,49 km s–1
31
2.2 CAMPO ELÉTRICO
RESUMO
|q||q’| • Potencial elétrico criado por várias cargas:
• Lei de Coulomb: F = k ; k é uma constante que
r2 V = V1 + V2 + …
1
depende do meio, dada por k = , sendo ε a permiti- • Superfícies equipotenciais: são formadas por pontos
4πε
com igual potencial elétrico; são perpendiculares, em
vidade elétrica, característica do meio.
cada ponto, às linhas de campo elétrico.
• Campo elétrico, E»: é originado pela carga elétrica, Q, de
• Campo elétrico: diz-se conservativo porque a força elé-
uma partícula e define-se em cada ponto. A intensidade
|Q| trica é conservativa.
é E = k 2 ; E» aponta para a carga Q que cria o campo
r • Trabalho da força elétrica no transporte de uma
elétrico se Q < 0, ou em sentido contrário se Q > 0;
carga q entre dois pontos: é independente da trajetó-
E» manifesta-se pela força elétrica sobre partículas com ria entre os pontos pois a força elétrica é conservativa;
carga, q, colocadas no ponto: F» = qE». Unidade SI: volt relaciona-se com os potenciais desses pontos:
por metro, V m –1 (equivalente a N C–1). W A→B = q(VA – VB).
• Campo elétrico criado por várias cargas: • Campo elétrico uniforme: é criado por duas placas
E» = E»1 + E»2 + … metálicas planas e paralelas, muito próximas, com car-
• Linhas de campo elétrico: divergem das cargas positi- U
gas simétricas; intensidade: E = , sendo U o módulo
vas e convergem para as cargas negativas; são tangen- d
da diferença de potencial elétrico entre duas quaisquer
tes, em cada ponto, ao vetor campo elétrico; terão maior
densidade onde o campo elétrico for mais intenso. linhas equipotenciais e d a distância entre elas.
• Condutores em equilíbrio eletrostático: a carga elé- • Condensador: sistema de dois condutores próximos
trica distribui-se na sua superfície exterior; o campo elé- (placas ou armaduras), com cargas simétricas, separa-
trico é nulo no interior do condutor e é perpendicular à dos por um meio isolador (meio dielétrico) onde existe
superfície exterior, em cada ponto; a gaiola de Faraday um campo elétrico. Armazena carga e energia potencial
é uma aplicação. elétrica. Pode ser carregado ligando-se as suas arma-
duras aos terminais de uma pilha.
• Efeito das pontas: a carga tende a acumular-se nas
regiões pontiagudas de um condutor em equilíbrio ele- Q
trostático, sendo aí mais intenso o campo elétrico. O • Capacidade elétrica de um condensador: C = ;o
U
para-raios fundamenta-se neste efeito. módulo da carga elétrica armazenada em cada arma-
dura, Q, e a diferença de potencial, U, entre as arma-
• Energia potencial elétrica de interação entre duas
duras são diretamente proporcionais, sendo a capaci-
Qq
cargas: Ep = k ; será negativa se as cargas tiverem dade, C, a constante de proporcionalidade; unidade SI:
r
sinais opostos e positiva se tiverem o mesmo sinal; farad (F).
tende para zero quando aumenta a distância entre as • Circuito RC: circuito com resistência e condensador.
cargas.
• Descarga de um condensador: a carga e a corrente
• Potencial elétrico, V: define-se num ponto; é uma ener- elétrica decrescem exponencialmente com o tempo:
Ep –
t
–
t
gia potencial elétrica por unidade de carga: V = ; Q(t) = Q0 e RC e I(t) = I0 e RC ; a constante de tempo,
q
τ = RC, indica o tempo para a carga (ou a corrente) dimi-
Q
o potencial criado por uma carga pontual é V = k
r
: nuir para 1/e ⯝ 37% do seu valor inicial (quanto menor
positivo se Q > 0, negativo se Q < 0, tendendo para zero for, mais rápida será a descarga do condensador).
33
2. CAMPOS DE FORÇAS
34
2.2 Campo elétrico
2.2.2 Campo elétrico 12. Duas partículas com cargas –2Q e +Q (com Q > 0)
estão dispostas como mostra a figura.
8. Observe as linhas de campo criadas simultaneamente –2Q +Q
— — —
PR = RS = ST
por uma placa carregada e uma partícula carregada. P R S T
a) Indique os sinais das cargas da placa e da partícula Determine o quociente entre as intensidades dos cam-
e em que região, A ou B, é mais intenso o campo pos elétricos nos pontos R e T.
elétrico. ER
= 27
Têm ambas cargas positiva. O campo elétrico é mais ET 7
intenso na zona A.
13. Observe a figura: nos vértices de A B
+q –q
b) Indique, justificando, se uma partícula com carga um quadrado de lado L são colo-
pode adquirir um movimento retilíneo uniforme- cadas partículas A, B, C e D com
mente variado quando colocada na região A. carga elétrica de módulo q. +q +q
Determine, em função de k, L e q: C D
⎧ x(t) = 1 qE t2 + v0t
⎪ 2 m
⎨
⎪ y(t) = – 1 gt2
⎩ 2
35
2. CAMPOS DE FORÇAS
17. A rede metálica da figura foi eletrizada ligando-se a um 20. O condutor da figura, isolado pela base, está em equilí-
gerador de Van de Graaff. A rede tem pequenos pêndu- brio eletrostático.
los suspensos no seu interior e no seu exterior. Apenas
os exteriores se afastam da rede metálica quando esta
está eletrizada.
C A B
36
2.2 Campo elétrico
21. No ar, uma partícula carregada cria, a uma certa dis- 26. No campo elétrico representado na figura, de módulo
tância, um campo elétrico com módulo 500 N C–1 e um 1000 V m–1, o ponto D está ao potencial 0 V e a distân-
potencial igual a –100 V. cia entre linhas equipotenciais é 1,0 cm.
Qual é a sua carga, em nC, e a distância ao ponto onde
se calculou o campo e o potencial?
D B
Q = –|Q`!²R'Ir = 2,0 × 10–1 m
22. Uma partícula no ar, com carga –3,0 μC, está fixa. Outra
partícula, também no ar e com carga +2,0 μC, move-se
de um ponto a 16,0 cm da primeira para outro ponto a
30,0 cm. A C
Qual é o trabalho da força elétrica no transporte desta
carga? a) Trace um diagrama que represente o potencial
WA→B = –0,16 J quando se considera o seguinte caminho:
A→B→C→D→A
23. Três linhas equipotenciais, criadas por uma partícula
V/ V
com carga, têm raios iguais a 5,00 cm, 6,00 cm e
40
7,50 cm, sendo os potenciais correspondentes
–225,0 kV, –187,5 kV e –150,0 kV.
0
a) Que trabalho realiza a força elétrica no transporte de
uma carga de 20 nC da superfície de maior potencial A B C D A
37
2. CAMPOS DE FORÇAS
29. O que descarrega mais depressa, um condensador 32. Um condensador, inicialmente carregado com uma
em série com um condutor com resistência grande ou pilha, foi descarregado num circuito RC através de um
pequena? Justifique. voltímetro cuja resistência é 10 MΩ. A tensão nos ter-
Pequena. minais do gerador foi medida de 10 em 10 s, obtendo-
-se a seguinte tabela de valores.
30. Um condensador de 0,30 μF é inicialmente carregado
ligando-se a uma pilha de 12 V. Depois é descarregado t/s U/V
90 3,21
Atividades laboratoriais
100 3,01
31. Duas placas iguais de cobre estão dispostas paralela- 110 2,66
mente, a uma distância muito menor do que o seu com-
120 2,41
primento, e mergulhadas numa solução condutora.
Uma placa está ligada ao polo negativo de uma fonte
de tensão e ao terminal comum (COM) de um voltíme- 1
a) Mostre que In U(t) = In U0 – t.
tro ao qual se atribui o potencial zero. A outra placa RC
A carga no condensador varia de acordo com
está ligada ao polo positivo da fonte de tensão. Uma
Q
ponta de prova, ligada ao terminal positivo do voltíme- Q(t) = Q0e–t/τ'SQS9 = Q , então Q(t) = 0 e–t/τ ou
' ' '
tro, move-se ao longo da solução perpendicularmente 9 (t) = 90e–t/τ. Tomando o logaritmo de ambos os
às placas. Mede-se o potencial em diversos pontos da
membros, vem ln9 (t) = ln90 – 1 t.
solução e a distância d da ponta de prova à placa posi- 6'
tiva. Os dados obtidos estão na tabela seguinte. b) Obtenha a equação da reta de regressão do gráfico
de ln U em função de t.
d / mm 0 40 80 120 160 200
In U
38
QUESTÕES GLOBAIS
1. Uma gota de água de raio 0,020 mm fica suspensa no ar quando sujeita ao
campo elétrico uniforme, produzido pela Terra, de módulo 100 V m–1, vertical
e dirigido para baixo. Quantos eletrões perdeu (ou ganhou) a gota?
2,1 × 107 eletrões
2. Uma partícula 1, fixa num ponto, tem carga de módulo Q. O potencial elétrico
criado num ponto A, situado à distância r da partícula, é –9,0 V. Num ponto
B, à distância 3r da partícula 1, é colocada uma partícula 2, de carga 1,0 μC
e massa 0,010 g, em repouso, que se move para A.
a) Determine o potencial criado pela partícula 1 no ponto B.
–3,0 V
b) Compare as intensidades das forças elétricas de interação entre as partí-
culas quando a partícula 2 está em B e em A.
Qq Qq F
Em A: FA = k IQ&FB = k = A
r2 (3r)2 9
c) Quando a partícula 2 se move de B para A:
i) qual é a variação da energia potencial elétrica do sistema de partículas?
ʆEp = –6,0 × 10–6 J
ii) qual é o módulo da velocidade da partícula 2 quando passa pelo ponto A?
v = 1,1 m s–1
3. Um protão (mp = 1,67 × 10–27 kg) desloca-se num campo elétrico uniforme de
módulo 100 V m–1, de direção horizontal e sentido da esquerda para a direita,
criado pelas placas de um condensador distanciadas 3,00 cm. A placa nega-
tiva está ligada à terra. O protão sai da placa positiva com velocidade de
módulo 100 km s–1.
a) Qual é o potencial da placa positiva?
9=3V
b) Qual será o módulo da velocidade ao atingir a placa negativa?
vf = 1,03 × 105 m s–1
c) E qual será a variação da energia potencial elétrica do sistema, em eV?
ʆEp = –3,00 eV
d) Se a velocidade inicial do protão fizer um ângulo de 30° com a placa de onde
sai, ao fim de quanto tempo atingirá a outra placa? E com que velocidade?
t = 5,69 × 10–7 s
vf = 1,03 × 105 m s–1
R = 9,4 × 102 Ω
39
2.3 AÇÃO DE CAMPOS
MAGNÉTICOS SOBRE
CARGAS E CORRENTES
ELÉTRICAS
RESUMO
• Força magnética sobre uma partícula, F»m: atua sobre uma partícula carre-
gada, de carga q, quando está sob ação de um campo magnético, B», e com
velocidade, v», de direção diferente de B»; é dada por F»m = q v» × B» ; a sua intensi-
dade é Fm = |q| BV sin α (α é o menor ângulo entre v» e B»); tem direção perpen-
dicular ao plano definido por v» e B» e sentido definido pela carga da partícula
e pela regra do saca-rolhas (ou da mão direita).
41
2. CAMPOS DE FORÇAS
2.3.1 Ação de campos magnéticos 5. Observe a figura: duas partículas, Y e Z, com cargas de
igual módulo, são lançadas de um ponto A com igual
sobre cargas em movimento
velocidade numa região onde existe um campo mag-
1. Indique quais das afirmações são verdadeiras ou fal- nético uniforme. São desprezáveis as interações gra-
sas, justificando as falsas: víticas.
A B
B = 2,84 × 10–6 T
42
2.3 Ação de campos magnéticos sobre cargas e correntes elétricas
2.3.2 Ação simultânea de campos 7. Num acelerador de partículas – um ciclotrão – uma par-
tícula alfa (núcleo de hélio) é acelerada numa região
magnéticos e elétricos sobre cargas
onde há um campo elétrico uniforme criado por uma
em movimento
diferença de potencial de 14,0 kV. Depois entra num
6. Pretende separar-se iões dipositivos num espetró- «D», região onde existe um campo magnético uniforme
metro de massa. Os iões passam inicialmente por um de 0,600 T perpendicular à sua velocidade, e descreve
seletor de velocidades onde há um campo elétrico, de uma trajetória semicircular.
intensidade 300 kV m–1, e um campo magnético uni- (mp ≈ mn = 1,67 × 10–27 kg)
forme B»1, de intensidade 0,40 T (ver figura). Entram
depois numa região onde existe apenas um campo B
magnético uniforme B»2, de intensidade 0,40 T, e des- D1
crevem uma trajetória semicircular até chocarem R
D2
com um detetor.
As massas dos iões são 9 u e 4 u.
Considere e = 1,602 × 10–19 C e 1 u = 1,660 54 × 10–27 kg
(unidade de massa atómica unificada).
E
43
QUESTÕES GLOBAIS
A 1. Uma partícula de massa m e carga negativa, de módulo q, descreve uma
–
trajetória circular de raio R num campo magnético uniforme de intensidade
– B
B (ver figura). São desprezáveis as interações gravíticas.
a) Caracterize:
i) o movimento da partícula.
– Movimento circular uniforme.
C
ii) a força magnética que atua sobre a partícula na posição A.
Perpendicular à velocidade e aponta para o centro da circunferência.
B
3. Um ião monopositivo, de carga q e massa m, entra com velocidade v» numa
região onde existe um campo magnético uniforme (ver figura), descrevendo
uma trajetória circular de raio r.
v
a) Caracterize a força magnética exercida sobre o ião e indique o plano da
trajetória.
Força perpendicular ao papel que aponta para lá do papel. A partícula
descreve uma trajetória circular num plano perpendicular ao papel.
44
3.1 INTRODUÇÃO
À FÍSICA QUÂNTICA
RESUMO
• Espetro da radiação térmica: espetro contínuo resultante da emissão de
radiação por um corpo. Depende da sua temperatura.
• Corpo negro: corpo ideal que absorve toda a radiação que nele incide (é um
absorsor perfeito). A intensidade e o espetro da radiação que emite apenas
dependem da sua temperatura: é o corpo que mais radiação emite a essa
temperatura (é um emissor perfeito).
• Lei de Stefan-Boltzmann: a intensidade total (potência por unidade de área:
P/A) da radiação emitida por um corpo negro é diretamente proporcional à
quarta potência da sua temperatura absoluta, T, ou seja, I = σ T 4 (σ : constante
de Stefan-Boltzmann); potência emitida: P = Aσ T 4 (A: área superficial do corpo).
• Emissividade de uma superfície, e: relaciona-se com a emissão de radiação
pela superfície, dependendo da sua constituição; 0 ≤ e ≤ 1; a emissividade é
máxima para um corpo negro: e = 1.
• Emissão e absorção de energia por um corpo: é sempre inferior à que ocorre
num corpo negro. Potência emitida: P = σ e A T 4 (A: área superficial do corpo;
e: emissividade da superfície; T: temperatura absoluta da superfície). Potência
absorvida: P = σ e A T 4, sendo T a temperatura absoluta da vizinhança do corpo.
• Lei do deslocamento de Wien: no espetro da radiação térmica, o compri-
mento de onda, λ , em que é máxima a emissão de radiação do corpo negro,
é inversamente proporcional à temperatura absoluta, T, do corpo: λT = B
(B: constante de Wien).
• Catástrofe do ultravioleta: discrepância entre a curva para a radiação do
corpo negro prevista pela teoria eletromagnética e a curva experimental.
• Postulado de Planck (quantização da energia): a energia elementar (quan-
tum de energia) de um oscilador eletromagnético é proporcional à frequência,
f, de oscilação, E0 = hf (h: constante de Planck); a energia emitida pelo osci-
lador não é qualquer, tem de ser um múltiplo inteiro da energia elementar:
E = nhf.
• Teoria dos fotões de Einstein: a luz existe em quantidades discretas, os
quanta de radiação ou fotões, sendo a energia de um fotão dada por Efotão = hf;
a energia de um feixe de luz de dada frequência é um múltiplo inteiro da energia
do fotão: E = nhf.
• Efeito fotoelétrico: emissão de eletrões por um metal em consequência
da incidência de luz de frequência adequada. Só ocorre quando a energia do
fotão incidente é superior à função trabalho, W (energia mínima para remover
o eletrão ao metal); não depende da intensidade da luz incidente. A energia
cinética máxima dos eletrões emitidos é Ec = Efotão – W.
máx
46
3.1 Introdução à física quântica
T = B = 2,7 K
3.1.1 Emissão e absorção de radiação: λ
Lei de Stefan-Boltzmann 6. Uma estrela tem o seu máximo de emissão no compri-
e deslocamento de Wien mento de onda 300 nm. Calcule a potência da radiação
emitida, sabendo que a estrela tem raio 500 000 km
1. Por que razão os corpos emitem radiação?
(a área de uma esfera é 4πR 2, sendo R o raio).
A emissão de ondas eletromagnéticas tem origem na
oscilação das partículas carregadas que constituem a P = 4π R2 × I = 1,55 × 1027 W
matéria.
7. A temperatura da pele de uma pessoa, cuja emissivi-
2. Um corpo, considerado um corpo negro, está inicial- dade é 0,97, é, aproximadamente, 35 oC. Sendo 1,75 m2
mente à temperatura de 1000 oC. Se a temperatura a área superficial da pessoa e 25 oC a temperatura
passar para 2000 oC: ambiente, que energia perde a pessoa quando se
(A) a intensidade total da radiação emitida duplicará. encontra despida durante 3,0 min?
P = εσA (T4corpo – T4amb) = 1,1 × 102 W
(B) a intensidade total da radiação emitida será 16
vezes maior.
(C) o corpo só absorverá energia mas não a emitirá por 3.1.2 A quantização da energia segundo
ser um corpo negro. Planck
(D) diminuirá o comprimento de onda para o qual o
corpo emite o máximo de radiação. ¦ 8. O estudo sobre a radiação emitida pelos corpos veio
afetar profundamente as conceções clássicas da física
3. Um corpo, considerado um corpo negro, emite 4,5 × 105 J ligada aos fenómenos microscópicos. Indique, justifi-
de energia em 5,0 min quando está à temperatura de cando, um exemplo que confirme a afirmação anterior.
300 oC. A explicação da radiação do corpo negro exigia que
se considerassem os osciladores eletromagnéticos com
a) Qual é a área superficial do corpo?
energias discretas, En = nhf. Classicamente, um oscilador
A= E = 0,25 m2 tem uma energia qualquer. O mesmo não se passava
σT 4Δt
com os osciladores quânticos. A introdução do conceito
b) Qual é o comprimento de onda em que é máxima a de quantum revolucionou a física em 1900, ano em que
emissão de radiação? Planck explicou a emissão do corpo negro.
λ = B = 5,1 × 10–6 m
T 9. Para explicar a emissão de radiação por um corpo
4. Considere os corpos da tabela seguinte como corpos negro, Planck postulou que a radiação eletromagnética:
negros. Faça a associação entre as colunas. (A) é emitida por cargas elétricas em repouso.
(B) é emitida de forma contínua.
λ (para Localização
Temperatura o máximo no espetro (C) é emitida por cargas elétricas oscilantes, cuja
de emissão) eletromagnético
energia é qualquer.
A. 3027 oC
I. 1. (D) só é emitida com energias tais que, para cada fre-
(filamento
3,4 × 10–7 m Raios X
de tungsténio) quência, a energia é proporcional a um valor que
B. 1 × 107 K depende dessa frequência. ¦
II. 2.
(reação de fusão
0,88 μm Infravermelhos
nuclear) 10. Um apontador laser emite uma luz praticamente
C. 8280 K monocromática de 640 nm. Determine a energia de um
III. 3.
(superfície
0,29 nm Luz visível fotão dessa luz, em eV.
de uma estrela)
E = 1,94 eV
A–II–2; B–III–1; C–I–3
11. Qual é a energia de cada fotão emitido pela antena
de uma estação de rádio que opera na frequência de
100 MHz? Se a potência da antena for 15 kW, qual será
o número de fotões emitidos por segundo?
E = hf = 6,63 × 10–26 J
n = 2,3 × 1029 fotões.
47
3. FÍSICA MODERNA
3.1.3 Efeito fotelétrico e teoria dos fotões 16. Uma superfície de alumínio, cuja função trabalho é
4,08 eV, é iluminada por luz de comprimento de onda
de Einstein
de 300 nm.
12. A energia cinética máxima dos eletrões extraídos da a) Verifique que ocorre efeito fotoelétrico e determine a
superfície de um metal por efeito fotoelétrico depende: velocidade máxima com que são emitidos os eletrões
(A) do número de fotões incidentes e do metal. dessa superfície (me = 9,11 × 10–31 kg).
A frequência mínima para ocorrer efeito fotoelétrico
(B) do ângulo de incidência da luz e do metal.
WAl
é f0 = = 9,85 × 1014 Hz e a frequência da luz
(C) do tempo de exposição da luz incidente e do metal. h
(D) da energia de cada fotão incidente e do metal. ¦ incidente é 1,00 × 1015 Hz, ou seja, superior – por isso
ocorre efeito fotoelétrico.
13. O efeito fotoelétrico contraria as previsões da física vmáx = 1,47 × 105 m s–1
clássica porque: b) O que ocorreria se essa superfície fosse iluminada
(A) a emissão dos eletrões por uma superfície metá- com luz da mesma frequência mas mais intensa?
lica é instantânea, dependendo da intensidade da Continuaria a ocorrer efeito fotoelétrico, mas mais
luz incidente na superfície. eletrões seriam removidos ao metal, embora com a
mesma energia cinética máxima.
(B) a energia cinética máxima dos eletrões emitidos
por uma superfície metálica aumenta se aumentar
a intensidade da luz incidente.
(C) a energia cinética máxima de um eletrão emi-
3.1.4 Dualidade onda-corpúsculo para a luz
tido por uma superfície metálica depende apenas 17. A experiência de Young da dupla fenda para a luz pôs
da frequência da luz incidente e do tipo de metal em evidência que:
dessa superfície. ¦
(A) o comprimento de onda da luz é muito inferior à
(D) o número de eletrões emitidos pelo metal depende dimensão das fendas.
da intensidade da luz incidente qualquer que seja a
(B) a luz tem um comportamento de onda. ¦
sua frequência.
(C) a luz é uma onda transversal.
14. A função trabalho do tungsténio é 4,5 eV. Calcule o (D) a luz tem um comportamento de corpúsculo.
comprimento de onda máximo da luz incidente capaz
de remover um eletrão a este metal. 18. Sobre a natureza da luz, no final do século XIX, afir-
λmáx = c = 2,8 × 10–7 m mava-se que:
fmin
(A) a luz é uma onda, estando o valor da velocidade de
15. Os sensores infravermelhos baseiam-se no efeito propagação fundamentado nas equações do ele-
fotoelétrico. Quando uma luz de frequência 2,4 × 1014 Hz tromagnetismo de Maxwell. ¦
incide no sensor são emitidos eletrões com uma ener- (B) a luz tem carácter corpuscular, tal como afirmara
gia cinética máxima de 0,90 eV. Newton.
Qual é a energia mínima necessária para remover
(C) a difração e a interferência de ondas de luz confir-
o eletrão mais energético do material fotossensível
mam o carácter corpuscular da luz.
usado no sensor?
(D) a luz é constituída por fotões.
W = hf – Ec máx
= 0,093 eV
48
QUESTÕES GLOBAIS
1. Considere o gráfico, referente à emissão de radiação de quatro corpos negros. J
6000 K
Relacione numericamente:
a) a intensidade total da radiação emitida por esses corpos às temperaturas
de 6000 K e 3000 K.
I6000 4
冢 冣
5000 K
= 6 = 16
I3000 3
4000 K
b) a frequência da radiação emitida às temperaturas 5000 K e 4000 K para 3000 K
a qual é máxima a emissão. UV IV Ȝ
λ4000
= 5
λ5000 4
b) Se essa luz incidir num metal cuja função trabalho é 2,1 eV, ocorrerá efeito
fotoelétrico?
Sim.
Ec máx / eV 3,7 E
Os valores aproximados de λ, E e I são:
Intensidade /
(A) 890; 1,4; 0,6. 0,6 I
W m–2
(B) 400; 0,7; 0,6.
(C) 207; 0,70; qualquer. ¦
(D) 180; 1,8; qualquer.
49
3.2 NÚCLEOS ATÓMICOS
E RADIOATIVIDADE
RESUMO
• Estabilidade nuclear: deve-se ao facto de as forças nucleares fortes, que
são atrativas entre nucleões, predominarem sobre as forças elétricas de
repulsão entre protões.
• Massa do núcleo atómico: é sempre menor do que a massa de todos os seus
nucleões separados.
• Equivalência massa-energia de Einstein: ΔE = Δm c2; à diferença de massa
na formação de um núcleo atómico corresponde uma diferença de energia.
• Energia de ligação nuclear: diferença entre a energia dos nucleões separa-
dos e dos nucleões ligados formando um núcleo. É a energia necessária para
separar os nucleões.
• Energia de ligação por nucleão: será tanto maior quanto mais estável for o
núcleo atómico.
• Reações nucleares: transformações de núcleos envolvendo elevada energia.
Exemplos: fissão nuclear e fusão nuclear. São descritas por equações onde se
verifica a conservação da carga elétrica e a conservação do número de massa.
• Fusão nuclear: núcleos com baixa energia de ligação por nucleão (núcleos
leves) originam um núcleo com maior energia de ligação por nucleão (mais
estável). Há emissão de energia neste processo. Ocorre nas estrelas e será
a base dos futuros reatores nucleares de fusão para produção de energia
elétrica.
• Fissão (ou cisão) nuclear: um núcleo pesado pode cindir-se e originar núcleos
de massas semelhantes com maiores energias de ligação por nucleão (mais
estáveis). Há emissão de energia neste processo. Ocorre nos reatores nuclea-
res de fissão das atuais centrais nucleares para produção de energia elétrica.
• Decaimento radioativo ou emissão radioativa: emissão espontânea de par-
tículas com carga, ou de fotões de alta energia, por núcleos instáveis (núcleos
radioativos), originando núcleos estáveis ou ainda radioativos mas de mais
baixa energia. Há libertação de energia. Existem núcleos radioativos naturais
e artificiais.
• Decaimento α (núcleos de hélio): AZ X → A–4
Z–2
Y + 42 He.
• Decaimento β– (eletrões): AZ X → A
Y+ 0 –
e + 0– –.
ν ; n → p + β– + ν
Z+1 –1 0
• Decaimento β+ (positrões): AZ X → A
Z–1
Y+ e + 00ν ; p → n + β+ + ν.
0 +
+1
51
3. FÍSICA MODERNA
(D) A energia de ligação do núcleo tem a mesma ordem (A) O raio da trajetória descrita por uma partícula alfa
de grandeza que a energia de ligação atómica. num campo magnético é maior do que o raio da
trajetória de uma partícula beta no mesmo campo
2. Qual das afirmações é verdadeira? quando as partículas têm igual velocidade. ¦
(A) A massa total dos protões e dos neutrões de um (B) As partículas alfa, que são eletrões, têm maior
núcleo é sempre maior do que a sua massa quan- poder penetrante do que a radiação gama.
do separados. (C) As partículas beta, que são eletrões, não atraves-
(B) A energia de ligação de um núcleo relaciona-se sam uma folha de papel.
com a diferença de massas do núcleo formado e a (D) Os emissores alfa e beta não apresentam qualquer
dos nucleões separados através da relação massa- perigo quando são manipulados.
-energia de Einstein. ¦
(C) Num decaimento radioativo forma-se obrigatoria- 6. Acerte as seguintes equações nucleares, identificando
mente um núcleo estável. o elemento X, calculando os valores de A e de Z e com-
pletando as equações:
(D) Quanto maior for a energia de ligação por nucleão,
mais instável será o núcleo. (A) 212
84
Po → AZ X + α (C) 20
11
Na → AZ X + β+ + …
(B) 137
55
Cs → AZ X + β– + … (D) 234
91
Pa* → AZ X + γ
208
3. O Pb é um isótopo de chumbo produzido na desin-
82
tegração do urânio-238. O 63 Li é produzido nas reações (A) 212
84 Po → 208
82 Pb + α (C) 20
11 Na → 20
10 Ne + β + v
+
(B) Cs → 137 –
56 Ba + β + v (D) Pa* → 234
91 Pa + γ
137 234
nucleares que ocorrem no interior das estrelas. Consi- 55
–
91
a) o defeito de massa para os dois núcleos. a) O que é um isótopo artificial? Quem, pela primeira
Para o núcleo de 208
82
Pb, Δm = 1,7127 u; para o núcleo vez, produziu isótopos artificiais?
de Li, Δm = 3,273 × 10–2 u.
6
3
9QMW{XSTSEVXM¿GMEPrYQMW{XSTSUYIRoSI\MWXI
na natureza, sendo produzido pelo ser humano numa
b) a energia de ligação dos núcleos, em MeV.
reação nuclear.
208
Para o 82
Pb, B = 1598 MeV, para o 36 Li, B = 30,5 MeV. 3WTVMQIMVSWMW{XSTSWEVXM¿GMEMWJSVEQTVSHY^MHSWTSV
Frédéric Joliot e Irène Joliot-Curie.
c) a energia de ligação, por nucleão, para os dois
22
núcleos; indique qual é mais estável. b) Escreva as duas equações do decaimento do 11
Na,
22
Para o 208
82
Pb, B / A = 7,68 MeV por nucleão, para tendo em conta que o núcleo-filho do 11
Na é um
6
o 3 Li, B / A = 5,09 MeV por nucleão. emissor gama.
O núcleo de chumbo é mais estável. 22
11 Na → 22
10 Ne + β + v
* +
22
10 Ne* → 22
10 Ne + γ
52
3.2 Núcleos atómicos e radioatividade
Complete as equações acima, especificando A, Z, A' e Z'. c) Se a atividade inicial for 1,0 Bq, quantos núcleos
A = 30, Z = 15, A' = 30, Z ' = 14. radioativos conterá a amostra no início?
3,39 × 107 núcleos
d) Qual é a atividade da amostra passados seis meses?
3.2.3 Reações de fissão nuclear e de fusão E o número de núcleos radioativos?
0,63 Bq
nuclear 2,14 × 107 núcleos.
53
QUESTÕES GLOBAIS
1. Para os núcleos mais leves, a estabilidade verifica-se quando há, aproxima-
damente, um número igual de protões e de neutrões: N = Z. Mas, para os
núcleos maiores, a estabilidade exige maior numero de neutrões, N > Z.
a) Qual será a razão?
Se o núcleo for mais rico em neutrões do que em protões, a estabilidade
nuclear aumenta, pois os neutrões não contribuem para a repulsão, mas
contribuem para a estabilidade por causa da atração devida à força nuclear
forte.
b) Qual será o processo nuclear, fusão ou cisão, que é típico ocorrer entre
núcleos pesados? Justifique.
Cisão nuclear.
m (134
55
Cs) = 133,90672 u
m (137
55
Cs) = 136,90709 u
239
b) O período de meia-vida do 93
Np é 2,00 d. Ao fim de quanto tempo resta
apenas 20% da amostra?
4,64 d
54
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