Port 115 - 2022
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MINISTÉRIO DA ECONOMIA
INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA-INMETRO
1. OBJETIVO
Estabelecer os critérios e procedimentos para avaliação da conformidade de equipamentos elétricos para
atmosferas explosivas, com foco na segurança, através do mecanismo de certificação, visando
proporcionar maior segurança para os trabalhadores, instalações e meio ambiente.
1.1 AGRUPAMENTO PARA EFEITO DE CERTIFICAÇÃO
Para certificação do objeto, é aplicável o conceito de família, conforme subitem 4.2.
2. SIGLAS
Para fins destes RAC, são adotadas as siglas a seguir, complementadas pelas siglas contidas nos
documentos complementares citados no item 3 deste RAC:
3. DOCUMENTOS
3.1 Para fins deste RAC, são adotados os seguintes documentos, além daqueles citados no RGCP:
1
ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 115/2022
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ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 115/2022
ABNT NBR IEC 60529:2017 Graus de proteção providos por invólucros (Código IP).
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ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 115/2022
Portaria Inmetro nº 200, de 2021. Aprova os Requisitos Gerais de Certificação de Produto – RGCP.
3.2 Os equipamentos fabricados em atendimento à última versão da Norma IEC disponível devem ser
certificados em atendimento a este RAC e seus desvios validados pelo OCP.
3.3 A certificação do produto Bombas Medidoras deve ser conduzida somente com a ABNT NBR
15456:2016.
4. DEFINIÇÕES
Para fins deste RAC, são adotadas as definições a seguir, complementadas pelas definições contidas nos
documentos citados no item 3 deste RAC.
4.1 Equipamento elétrico para atmosferas explosivas
Unidade modular de processo (SKID), equipamento, componente, acessório, fixo, pessoal, portátil ou
transportável, do tipo: elétrico, eletrônico, instrumentação ou telecomunicação, que incorpora um
conjunto de medidas específicas para evitar a ignição de uma atmosfera explosiva ao seu redor, utilizado
como parte de, ou em conexão com uma instalação, ou operado, em área sujeita a atmosfera explosiva.
4.2 Família de produto
Agrupamento de modelos de produto de um mesmo fabricante e uma mesma unidade fabril, de mesmo
processo produtivo, com projetos e funcionalidades similares, além de características construtivas e
conjunto de medidas de proteção específicas para evitar a ignição de uma atmosfera explosiva
circundante atendendo aos mesmos requisitos.
4.3 Série
Designação definida pelo fornecedor que identifica a versão do modelo.
4.4 Sociedades classificadoras
Entidades privadas e independentes, que prestam serviços de classificação, certificação e assistência ao
setor marítimo e aos organismos reguladores no que se refere à segurança marítima, salvaguarda da vida
humana no mar e prevenção da poluição. São reconhecidas como entidades autorizadas para emitirem
certificados estatutários em nome dos Estados das bandeiras marítimas, daí se designarem também como
Organizações Reconhecidas.
4.5 Unidade modular de processo – Skid Mounted
Unidade constituída por um conjunto de equipamentos, componentes e acessórios pré-montados em
chassis e pré-testados em fábrica, que será montado, interligado e testado no destino, completando a
função do seu respectivo sistema industrial.
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ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 115/2022
6.1.1.3.3 A apresentação de um certificado do SGQ do fabricante, dentro de sua validade, sendo este
emitido por um OCS acreditado pelo Inmetro ou membro do MLA do IAF, segundo a ISO 9001 ou ABNT
NBR ISO 9001 e sendo esta certificação válida para a linha de produção do produto objeto da certificação,
pode eximir a empresa solicitante, sob análise e responsabilidade do OCP, da avaliação do SGQ prevista
neste RAC, durante a auditoria inicial. Nesse caso, a empresa solicitante deve colocar à disposição do OCP
todos os registros correspondentes a esta certificação. O OCP deve analisar a documentação pertinente,
para assegurar que os requisitos descritos na Tabela 1 foram atendidos.
6.1.1.3.3.1 Mesmo mediante a apresentação de certificado válido, nas condições previstas acima, o OCP
deve realizar auditoria do SGQ na unidade fabril com o objetivo de verificar a conformidade do processo
produtivo ao estabelecido no Anexo A deste RAC.
6.1.1.4 Plano de Ensaios Iniciais
Os critérios do plano de ensaios iniciais devem seguir os requisitos estabelecidos no RGCP.
6.1.1.4.1 Definição dos Ensaios a serem realizados
6.1.1.4.1.1 Os critérios para definição dos ensaios devem seguir os requisitos estabelecidos no RGCP.
6.1.1.4.1.2 Os ensaios de tipo devem ser realizados de acordo com os requisitos pertinentes, das normas
aplicáveis relacionadas no item 3 deste RAC, conforme subitem 6.1.1.4.2.
6.1.1.4.2 Definição da Amostragem
6.1.1.4.2.1 Os critérios da definição da amostragem devem seguir os requisitos estabelecidos no RGCP.
6.1.1.4.2.2 Devem ser coletadas amostras (prova, contraprova e testemunha) na quantidade necessária
para realização dos ensaios previstos no subitem 6.1.1.4.1.
6.1.1.4.2.3 As amostras devem ser coletadas de 1 (um) modelo da família, devendo ser selecionado
aquele que possuir o maior número de componentes a serem ensaiados.
6.1.1.4.3 Definição do Laboratório
Os critérios para definição do laboratório devem seguir conforme estabelecido no RGCP.
6.1.1.5 Tratamento de não conformidades na etapa de Avaliação Inicial
Os critérios para tratamento de não conformidades na etapa de avaliação Inicial devem seguir conforme
definido no RGCP.
6.1.1.6 Emissão do Certificado de Conformidade
6.1.1.6.1 Os critérios para emissão do certificado de conformidade devem seguir os requisitos
estabelecidos no RGCP. O certificado deve ter validade de 6 (seis) anos.
6.1.1.6.2 No certificado de conformidade, o(s) modelo(s) pertencente(s) à família deve(m) ser notado(s)
conforme a Tabela 2 a seguir.
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ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 115/2022
Tabela 2 - Notação do(s) modelo(s) pertencente(s) à família no certificado de conformidade.
6.1.1.6.2 O Certificado de Conformidade, como um instrumento formal emitido pelo OCP, deve obedecer
aos requisitos estabelecidos pelo RGCP e complementado pelas seguintes informações:
a) condições especiais de utilização segura, quando aplicável;
b) marcação completa de acordo com a norma pertinente;
c) a observação a seguir: Os produtos devem ser instalados em atendimento às Normas pertinentes em
Instalações Elétricas em Atmosferas Explosivas;
d) nota padronizada, sempre que aplicável, conforme texto a seguir: As atividades de instalação,
inspeção, manutenção, reparo, revisão e recuperação dos equipamentos são de responsabilidade dos
usuários e devem ser executadas de acordo com os requisitos das normas técnicas vigentes e com as
recomendações do fabricante; e
e) a formatação do nº de certificado deve estar de acordo com a alínea d, do subitem 29.2 da ABNT NBR
IEC 60079-0, inclusive a utilização do ponto.
6.1.2 Avaliação de Manutenção
Os critérios para a avaliação de manutenção devem seguir conforme estabelecido no RGCP. A
periodicidade das auditorias e ensaios de manutenção é de 18 (dezoito) meses, contados da concessão
do certificado.
6.1.2.1 Auditoria de Manutenção do Sistema de Gestão da Qualidade e Avaliação do Processo
Produtivo
Os critérios para auditoria de manutenção do sistema de gestão da qualidade e avaliação do processo
produtivo devem seguir os requisitos estabelecidos no subitem 6.1.1.3 desse RAC.
6.1.2.2 Plano de Ensaios de Manutenção
Os critérios para o plano de ensaios de manutenção devem seguir os requisitos estabelecidos no RGCP.
6.1.2.2.1 Definição dos Ensaios a serem realizados
6.1.2.2.1.1 Os critérios para definição dos ensaios devem seguir os requisitos estabelecidos no RGCP, e
no subitem com 6.1.1.4.1 deste RAC.
6.1.2.2.1.2 Os ensaios devem ser realizados no produto em que tenha sido constatada não
conformidade durante a auditoria de manutenção ou que tenha sofrido alterações que modifiquem as
características originais, mediante avaliação do OCP.
6.1.2.2.1.3 Os ensaios necessários são definidos pelo OCP em função da avaliação realizada, conforme
6.1.2.2.1.2.
6.1.2.2.2 Definição da Amostragem de Manutenção
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ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 115/2022
6.1.2.2.2.1 A definição da amostragem deve seguir as condições gerais expostas no RGCP.
6.1.2.2.2.2 Cabe ao OCP selecionar e lacrar amostras representativas da família do produto. A amostra
pode ser obtida na linha de produção, desde que o produto já tenha sido inspecionado e liberado pelo
controle de qualidade da fábrica, na área de expedição da unidade fabril, desde que o produto já esteja
na embalagem final de venda ao consumidor, em condições de ter a nota fiscal emitida.
6.1.2.2.3 Definição do Laboratório
A definição de laboratório deve seguir as condições descritas no RGCP.
6.1.2.3 Tratamento de não conformidades na etapa de Avaliação da Manutenção
Os critérios para tratamento de não conformidades na etapa de avaliação de manutenção devem seguir
os requisitos estabelecidos no RGCP.
6.1.2.4 Confirmação da Manutenção
Os critérios de confirmação da manutenção devem seguir os requisitos estabelecidos no RGCP.
6.1.3 Avaliação de Recertificação
Os critérios para avaliação de recertificação estão estabelecidos no RGCP. A Avaliação de Recertificação
deve ser realizada a cada 6 (seis) anos, devendo ser finalizada até a data de validade do Certificado de
Conformidade.
6.2 Modelo de Certificação 1b
6.2.1 Avaliação Inicial
6.2.1.1 Solicitação de Certificação
O fornecedor deve encaminhar uma solicitação formal ao OCP, fornecendo a documentação descrita no
RGCP.
6.2.1.2 Análise da Solicitação e da Conformidade da Documentação
Os critérios de análise da solicitação e da conformidade da documentação devem seguir os requisitos
estabelecidos no RGCP.
6.2.1.3 Plano de Ensaios Iniciais
Os critérios do plano de ensaios devem seguir os requisitos estabelecidos no RGCP.
6.2.1.3.1 Definição dos Ensaios a serem realizados
6.2.1.3.1.1 Os critérios para definição dos ensaios devem seguir os requisitos estabelecidos no RGCP.
6.2.1.3.1.2 Os ensaios de tipo devem ser realizados de acordo com os requisitos pertinentes, das normas
aplicáveis relacionadas no item 3 deste RAC.
6.2.1.3.1.3 Deve ser apresentada ao OCP, pelo fornecedor, a documentação dos ensaios de rotina,
realizados pelo fabricante, dos produtos que compõe o lote de certificação.
6.2.1.3.1.4 Produtos que fazem uso de componentes certificados com base em regulamentação Inmetro
não requerem ensaios de tipo em seus componentes.
6.2.1.3.2 Definição da Amostragem
6.2.1.3.2.1 Os critérios da definição da amostragem devem seguir os requisitos estabelecidos no RGCP.
6.2.1.3.2.2 Os ensaios de tipo devem ser realizados em 6% (seis por cento) do lote de certificação, com
um mínimo de uma unidade.
6.2.1.3.3 Definição do Laboratório
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ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 115/2022
A definição de laboratório deve seguir os requisitos estabelecidos no RGCP.
6.2.1.4 Emissão do Certificado de Conformidade
6.2.1.4.1 Os critérios para emissão do certificado de conformidade devem seguir os requisitos
estabelecidos no subitem 6.1.1.6, exceto pela validade, que é indeterminada, e complementado pelas
seguintes informações:
a) os respectivos números de série dos modelos certificados;
b) o número do certificado de conformidade de origem, quando aplicável; e
c) marcação completa de acordo com a norma pertinente ou com o certificado de origem (quando
aplicável).
6.3 Modelo de Certificação de Situação para Produto Importado (SPI)
6.3.1 Avaliação Inicial
6.3.1.1 Solicitação de Certificação
6.3.1.1.1 O fornecedor deve encaminhar uma solicitação formal ao OCP, fornecendo a documentação
descrita no RGCP, acrescida das documentações definidas nos subitens 6.3.1.1.4 e 6.3.1.1.5 desse RAC.
6.3.1.1.2 Este modelo de certificação não é aplicável para os seguintes produtos: acessórios de instalação
(i.e.: prensa-cabos, eletrodutos flexíveis, uniões, etc.), luminárias, reatores eletrônicos para lâmpadas
fluorescentes, lanternas de mão, projetores, invólucros vazios, motores elétricos, caixas de ligação,
válvulas solenoides e componentes para sinalização e comando, salvo quando esses fazem parte de
unidade modular de processo (SKID).
6.3.1.1.3 Para fins exclusivos de reparo em sistemas já instalados, sendo essa situação devidamente
comprovada pelo fornecedor, esse modelo de certificação é aplicável para os produtos descritos no
subitem 6.3.1.1.2 deste RAC.
6.3.1.1.4 Cabe ao fornecedor solicitante encaminhar uma declaração formal ao OCP atestando que:
a) a certificação não ultrapassa a 20 (vinte) unidades do mesmo modelo de produto, independente do
Certificado de Conformidade ou documento equivalente apresentado; e
b) o objeto da solicitação não foi certificado de acordo com os requisitos deste RAC, em qualquer OCP,
em período inferior a 6 (seis) meses dessa solicitação.
6.3.1.1.5 Cabe ao fornecedor solicitante encaminhar os seguintes documentos ao OCP:
a) Certificado de Conformidade ou documento equivalente, emitido por terceira parte, válido para o
equipamento completo, contemplando o modelo do produto objeto da solicitação, e contendo no
mínimo: tipo de proteção, grupo de gases ou poeira, classe de temperatura ou máxima temperatura
de superfície e referência as normas técnicas;
b) Certificado de Conformidade do Sistema de Gestão da Qualidade, emitido por terceira parte, vigente,
contemplando a planta de produção do produto objeto da solicitação. Esse certificado pode ser
substituído por relatório de acompanhamento de produção, realizado pelo Organismo responsável
pela emissão do documento referenciado na alínea “a”;
c) nota fiscal de entrada dos produtos importados ou documento equivalente da Receita Federal
Brasileira; e
d) manual de instalação e de informações relativas às condições de utilização segura em idioma
português e na versão a ser disponibilizada ao usuário final.
6.3.1.2 Análise da Solicitação e da Conformidade da Documentação
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ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 115/2022
6.3.1.2.1 Os critérios de análise da solicitação e da conformidade da documentação devem seguir os
requisitos estabelecidos no RGCP.
6.3.1.2.2 Cabe ao OCP avaliar a documentação apresentada considerando as seguintes condições:
a) não aceitar a apresentação de diferentes documentos referenciados na alínea a do subitem 6.3.1.1.5
deste RAC, para diferentes processos de certificação;
b) adotar como referência para a análise a data de fabricação do equipamento;
c) observar os critérios de vigência dos documentos referenciados nas alíneas “a” e “b” do subitem
6.3.1.1.5 deste RAC, como exemplo para certificados ATEX, verificar a vigência do PQAN;
d) observar, nos documentos referenciados na alínea “a” do subitem 6.3.1.1.5 deste RAC, as normas
técnicas e as características aplicáveis ao produto objeto da certificação, como: tipos de proteção,
grupo de gases ou poeiras, classe de temperatura ou máxima temperatura de superfície, faixa de
temperatura ambiente, grau de proteção, parâmetros de entidade ou marcações equivalentes de
outros sistemas estrangeiros;
e) relacionar na documentação do processo de certificação, de forma unívoca (i.e.: número de série), a
identificação de cada unidade contemplada pelo processo de certificação, inclusive para cada
componente de uma unidade modular de processo (SKID); e
f) dispensar, caso o fornecedor solicitante seja o usuário do produto, a apresentação do manual de
instalação e de informações relativas às condições de utilização segura em idioma português.
6.3.1.3 Auditoria Inicial do Sistema de Gestão da Qualidade e Avaliação do Processo Produtivo
Não é aplicável a Auditoria Inicial do Sistema de Gestão da Qualidade e Avaliação do Processo Produtivo
a este modelo de certificação.
6.3.1.4 Plano de Ensaios Iniciais
Não é aplicável o plano de ensaios iniciais a este modelo de certificação.
6.3.1.4.1 Definição dos Ensaios a serem realizados
Não é aplicável a definição dos ensaios a serem realizados a este modelo de certificação.
6.3.1.4.2 Definição da Amostragem
Não é aplicável a definição da amostragem a este modelo de certificação.
6.3.1.4.3 Definição do Laboratório
Não é aplicável a definição do laboratório a este modelo de certificação.
6.3.1.5 Tratamento de não conformidades na etapa de Avaliação Inicial
Não é aplicável o tratamento de não conformidades na etapa de avaliação inicial descritos a este modelo
de certificação.
6.3.2 Inspeção do Produto
Com a finalidade de confirmar se o produto importado corresponde à documentação apresentada pelo
solicitante, conforme 6.3.1.1, cabe ao OCP realizar uma inspeção (vistoria nos produtos) devendo ser
complementada por registros fotográficos, antes da conexão, instalação ou operação do produto.
6.3.3 Emissão do Certificado de Conformidade
Os critérios para emissão do certificado de conformidade devem seguir os requisitos estabelecidos no
subitem 6.2.1.4.
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ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 115/2022
7. CERTIFICAÇÃO BASEADA NA ACEITAÇÃO DE RELATÓRIOS DE ENSAIOS
Os OCPs nacionais podem emitir certificados de conformidade com base em certificações realizadas por
Organismos de Certificação (ExCB) aprovados pelo IECEx, através da análise de relatórios de ensaios
(ExTR) emitidos por laboratórios (ExTL), quando forem atendidos os requisitos indicados a seguir:
a) tenha sido verificado, no Relatório de Ensaio (ExTR), que os métodos de ensaio e as metodologias de
amostragem são equivalentes aos definidos neste RAC;
b) tenha sido verificado, no Relatório de Auditoria da Qualidade (QAR), que o procedimento adotado é
equivalente ao definido neste RAC;
c) os relatórios de ensaios (ExTR) tiverem sido emitidos por um Laboratório de Ensaio (ExTL) aprovado e
que opera dentro do sistema IECEx.
Nota: informações sobre produtos certificados pelo Sistema Internacional de Certificação IECEx podem
ser obtidas no banco de dados on-line de certificados de conformidade, disponível no seguinte endereço
eletrônico: https://www.iecex-certs.com/#/home
8. TRATAMENTO DE RECLAMAÇÕES
Os critérios para tratamento de reclamações devem seguir os requisitos estabelecidos no RGCP.
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ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 115/2022
Os critérios para acompanhamento no mercado devem seguir os requisitos estabelecidos no RGCP.
16. PENALIDADES
Os critérios para penalidades devem seguir os requisitos estabelecidos no RGCP.
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ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 115/2022
ANEXO A - REQUISITOS TÉCNICOS ADICIONAIS PARA A AVALIAÇÃO DO SGQ
1. CONTROLE DE DOCUMENTOS
Adicionalmente aos subitens 7.5.2 e 7.5.3 da norma ISO 9001:2015 ou ABNT NBR ISO 9001:2015, aplicam-
se os seguintes requisitos:
a) Os documentos do equipamento (descritivos e desenhos) e da unidade fabril devem ser controlados;
b) Procedimentos documentados devem garantir que as informações dos documentos da unidade fabril
referem-se ao equipamento objeto da certificação. Os documentos relacionados devem estar em
conformidade com os desenhos aprovados na certificação (os documentos relacionados são aqueles
utilizados no processo de fabricação);
c) O sistema da qualidade deve garantir que nenhum fator (tipo, característica, posição, etc.) definido no
Relatório de Ensaio ou Avaliação ou no Certificado de Conformidade e documentação técnica (p.ex. os
desenhos de certificação) é alterado;
d) Deve haver um sistema documentado que referencie todos os desenhos relacionados com os desenhos
de certificação pertinentes;
e) Quando existem desenhos de certificação que são comuns a mais de um Relatório de Ensaio ou
Avaliação ou no Certificado de Conformidade, deve haver um sistema documentado que assegure ações
suplementares simultâneas no caso de alterações em tais desenhos;
Nota: Alguns fabricantes utilizam componentes comuns com o mesmo número de desenhos para mais de
um produto. Alguns destes produtos podem ter diferentes pessoas responsáveis por eles. Desta forma,
se um produto com um componente e número de desenho comum é revisado para atender a uma
necessidade e o seu certificado é revisado, é necessária a existência de um sistema para assegurar que
qualquer outro certificado que faça referência ao mesmo componente seja também ser revisado, de
forma a garantir que os demais produtos estejam em conformidade com os documentos do equipamento.
f) Quando um fabricante possui desenhos para produtos não destinados ao uso em atmosferas
explosivas, deve existir um sistema documentado que possibilite uma clara identificação dos desenhos
relacionados e dos desenhos de certificação;
Nota: Os exemplos que seguem podem ser usados:
- Uso de marcas visuais; e
- Uso de uma série exclusiva para a numeração dos desenhos, p.ex. todos os desenhos referentes à
certificação possuindo um prefixo “Ex” na numeração.
g) O fabricante deve indicar em documento qual o OCP é responsável pela certificação; e
h) Quando os documentos do equipamento ou do fabricante são repassados a uma terceira parte, eles
devem ser fornecidos de modo a evitar interpretação errônea.
2. CONTROLE DE REGISTROS
Aplicam-se os subitens 7.5.2 e 7.5.3 da norma ISO 9001:2015 ou ABNT NBR ISO 9001:2015.
Nota: É de total interesse do fabricante reter os registros da qualidade adequados, que demonstram a
conformidade do produto. Exemplos de documentos que requerem controle e retenção são:
- aqueles que procedem de requisitos regulatórios;
- pedido do cliente;
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ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 115/2022
- análise crítica de contrato;
- registros de treinamento;
- dados de ensaios e inspeções;
- dados de calibração;
- avaliação de subcontratados; e
- dados de expedição (cliente, data de expedição e quantidade, incluindo números seriais quando
disponíveis).
14
ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 115/2022
garantir que o produto não seja manipulado durante o período de cura.
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ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 115/2022
Se o desvio padrão (D ) for = 0,12 gcm-3
Então o valor mínimo = 5,3 - (0,12 x 3) = 4,94 gcm-3 (reprovado)
Nota: Em alguns casos o sinterizado é construído diretamente em um invólucro sólido. Para estabelecer
o valor da densidade, a seguinte fórmula deve ser utilizada:
Onde:
W é a densidade da água;
m1 é somente o invólucro, pesado no ar;
m2 é somente o invólucro, pesado na água;
m3 é o invólucro e o sinterizado (montados), pesados no ar;
m4 é a montagem revestida, pesada no ar; e
m5 é a montagem revestida, pesada na água.
3.1.6.4 Informações de Compra
O fabricante deve assegurar que os documentos de compra incluem o seguinte:
- A especificação do material do sinterizado;
- Os requisitos dimensionais;
- O tamanho máximo do poro; e
- A densidade mínima do sinterizado.
3.1.6.5 Componentes pré-ensaiados
Quando o fabricante não conduz seus próprios ensaios, o fornecedor deve apresentar em uma declaração
de conformidade o seguinte:
- O tamanho do lote fabricado;
- O tamanho da amostragem para definir o tamanho máximo do poro e a densidade mínima;
- O número de componentes fornecidos;
- O tamanho máximo do poro e a densidade mínima calculados (valores médios e desvios padrão devem
ser fornecidos).
3.1.6.6 Controle de recebimento
No recebimento, o fabricante deve:
- Verificar os ensaios realizados descritos na declaração de conformidade;
- Verificar a compatibilidade dos requisitos no pedido de compra com a declaração de conformidade ;
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ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 115/2022
- Conduzir os ensaios (se realizados na unidade fabril); e
- Conduzir a verificação estatística com relação ao sinterizado.
3.2 Segurança intrínseca (Ex i)
3.2.1 Componentes de produtos intrinsecamente seguros
As características a seguir devem ser verificadas com relação aos seguintes componentes para utilização
em equipamentos intrinsecamente seguros e equipamentos associados. Isso normalmente implica em
verificar a marcação dos componentes ou da embalagem e pode ser realizado através de técnicas
estatísticas, se apropriado:
Semi-condutores:
Diodos
Diodos Zener
código e, se apropriado, fabricante.
Transistores
Circuitos integrados
Tiristores
Conectores:
código e, se apropriado, fabricante.
(p. ex. plugues, soquetes e terminais)
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ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 115/2022
Procedimentos documentados devem garantir que são verificados:
a) a continuidade da soldagem;
b) o encaixe de gaxetas e anéis de vedação;
c) o encaixe de lingüetas e ranhuras moldadas (macho e fêmea); e
d) a aplicação de cimentos.
3.3.2 Fiação interna e integridade de contatos
Procedimentos documentados devem garantir que são verificados se:
a) a fiação está efetivamente fixada;
b) a fiação está corretamente acabada, p.ex. a isolação dos fios de conexão não foi removida
excessivamente (normalmente 1 mm para dentro do metal do terminal); e
c) a isolação da fiação possui características térmicas apropriadas.
3.3.3 Máquinas rotativas
Procedimentos documentados devem garantir que:
a) as conexões de terminação do rotor e dos barramentos estão segregadas corretamente e não estão
sujeitas a esforços indevidos;
b) o entreferro é verificado (entre rotor e estator) ou calculado a partir das tolerâncias definidas;
c) a folga do ventilador é verificada; e
d) a folga dos mancais é verificada.
3.3.4 Enrolamentos
Procedimentos documentados devem garantir que:
a) as impregnações estão isentas de bolhas;
b) os materiais da isolação são aqueles da especificação;
c) a proteção dos condutores é verificada; e
d) quando dispositivos de proteção (p.ex. térmicos) são especificados no Relatório de Ensaio ou Avaliação
ou no Certificado de Conformidade, eles devem ser do tipo e estar na localização especificados.
3.3.5 Ensaios
Todos os ensaios devem ser documentados. Tipicamente, os ensaios devem incluir:
a) ensaios dielétricos; e
b) isolação de mancais para máquinas rotativas.
3.4 Equipamentos pressurizados (Ex p)
3.4.1 Grau de proteção
Procedimentos documentados devem garantir que são verificados:
a) a continuidade da soldagem;
b) o encaixe de gaxetas e anéis de vedação;
c) o encaixe de lingüetas e ranhuras moldadas (macho e fêmea); e
d) a aplicação de cimentos.
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ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 115/2022
3.4.2 Ensaios
Todos os ensaios devem ser documentados. Tipicamente, estes ensaios devem incluir:
a) um ensaio de sobrepressão, na pressão especificada no Relatório de Ensaio ou Avaliação ou no
Certificado de Conformidade; e
b) um ensaio de perdas, para garantir que a taxa de perda especificada não é excedida.
3.5 Encapsulamento (Ex m)
3.5.1 Documentação da produção
Proteções térmicas (p.ex. fusíveis térmicos) devem ser do tipo especificado e estar posicionadas de acordo
com os desenhos de certificação.
As orientações apresentadas no subitem 3.1.3 deste anexo são aplicáveis.
3.5.2 Ensaios
Todos os ensaios devem ser documentados. Ensaios típicos incluem:
a) inspeção visual; e
b) verificação das características dielétricas.
3.6 Imersão em óleo (Ex o)
Todos os ensaios devem ser documentados. Ensaios típicos incluem:
a) ensaio de pressão reduzida (somente para invólucros selados); e
b) ensaio de sobrepressão (invólucros selados e não selados).
3.7 Imersão em areia
3.7.1 Controle do material
O material deve ser de tamanho e tipo definidos. Devem existir evidências como a verificação da
flamabilidade dos materiais do invólucro e esses materiais devem ser aqueles especificados no Relatório
de Ensaio ou Avaliação ou no Certificado de Conformidade.
3.7.2 Preenchimento
O preenchimento deve ser feito sem bolhas. É claramente necessário garantir que não são criadas bolhas
após o preenchimento por movimento oscilante. O processo de preenchimento deve ser documentado e
a documentação de incluir o critério de verificação.
3.7.3 Grau de proteção
Procedimentos documentados devem garantir que são verificados:
a) a continuidade da soldagem;
b) o encaixe de gaxetas e anéis de vedação;
c) o encaixe de lingüetas e ranhuras moldadas (macho e fêmea); e
d) a aplicação de cimentos.
3.7.4 Ensaios
Todos os ensaios devem ser documentados. Ensaios típicos incluem:
a) ensaio de pressão; e
b) ensaio de rigidez dielétrica do material de preenchimento.
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ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 115/2022
6. IDENTIFICAÇÃO E RASTREABILIDADE
Adicionalmente ao subitem 8.5.2 da norma ISO 9001:2015 ou ABNT NBR ISO 9001:2015, aplicam-se os
seguintes requisitos:
a) O fabricante deve estabelecer e manter procedimentos para a identificação do produto durante todas
as etapas de produção, ensaio, inspeção final e comercialização; e
b) É requerida rastreabilidade com relação ao produto final e suas partes significativas.
Nota: Partes significativas são, p.ex., uma placa de circuito impresso (PCI) de um circuito intrinsecamente
seguro, mas não cada componente eletrônico de uma PCI.
7. PRESERVAÇÃO DO PRODUTO
Aplica-se o subitem 8.5.4 da norma ISO 9001:2015 ou ABNT NBR ISO 9001:2015.
Nota: O fabricante deve fornecer um manual de instruções em português aos seus clientes que
possibilitem a utilização segura do produto. Se considerado necessário pelo fabricante, as instruções
devem conter requisitos especiais para a instalação e a manutenção do produto. Isto pode ser
especificado no Certificado. Podem ser requeridos procedimentos para componentes com vida limitada
se eles afetarem o tipo de proteção, como, p.ex. baterias.
9. SATISFAÇÃO DO CLIENTE
Aplica-se o subitem 9.1.2 da norma ISO 9001:2015 ou ABNT NBR ISO 9001:2015.
Nota: Para os propósitos deste RAC, a satisfação do cliente está relacionada à conformidade do produto
com os requisitos das normas, relatório de ensaio e certificado.
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ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 115/2022
Legenda da Figura 1:
Campo 1 - Marcação completa e identificações de acordo com a ABNT NBR IEC 60079
Campo 2 - Número do certificado, de acordo com a ABNT NBR IEC 60079-0, incluindo as letras “X” ou “U”,
quando aplicável.
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ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 115/2022
1.3 Os produtos certificados de acordo com o modelo Situação para Produto Importado (SPI) devem
ostentar no Selo, além do número do Certificado de Conformidade, a versão em idioma português de
todas as advertências exibidas, principalmente quanto existir requisito especial de instalação no
certificado original.
1.4 Quando não houver condições dimensionais para exibição de nenhuma das opções de Selo, o mesmo
pode ser omitido, entretanto os produtos devem ostentar no mínimo, logo do Inmetro e do OCP sem seus
respectivos nomes, o número do Certificado de Conformidade e a marcação completa de acordo com as
normas aplicáveis.
2.2 Esse selo não é aplicável ao Modelo de Situação para Produto Importado (SPI).
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