Projeto Executivo Ses Fraiburgo-Sc
Projeto Executivo Ses Fraiburgo-Sc
Projeto Executivo Ses Fraiburgo-Sc
Maio, 2019.
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1. IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR
CNPJ: 06.017.932/0001-23
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3. APRESENTAÇÃO
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4. HISTÓRICO, CARACTERIZAÇÃO E LOCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO E DO
BAIRRO MACIEIRA
O território do Município mede 546,27 km², dos quais cerca de 15% são
destinados ao cultivo da maçã.
O clima no município é classificado como temperado, enquadrando-se à
categoria mesotérmico úmido, com verões quentes (Cfa) conforme Köppen. Dados
climáticos registrados pela EPAGRI - Empresa de Pesquisa Agropecuária e Difusão
de Tecnologia de Santa Catarina S.A. revelam os seguintes parâmetros
característicos: Temperatura média anual 16,0 ºC; Temperatura, média das máximas
22,6ºC; Temperatura, média das mínimas 11,1ºC; Temperatura máxima 35ºC;
Temperatura mínima -10ºC; Precipitação média anual 1.655 mm; Precipitação média
mensal 137,9 mm; Umidade relativa média anual 78,5%.
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A hidrografia na região é caracterizada pela localização do município
essencialmente sobre o divisor das águas das bacias do Rio do Peixe e do Rio
Canoas ao qual verte mais de 80% do território.
Fraiburgo encontra-se numa região acidentada e suavemente ondulada onde
existem diversas nascentes, entre elas as principais formadoras do Arroio Passo
Novo, que cruza a cidade e é um dos formadores do Rio Roberto, e do Rio
Mansinho, atual manancial da cidade. Ambos são afluentes do Rio Correntes que,
por sua vez, é afluente do Rio das Marombas que deságua no Rio Canoas.
Nascem na região também um afluente importante do Rio das Pedras e os
formadores do Rio do Tigre, ambos afluentes do Rio do Peixe. Na parte norte do
município é encontrado ainda o Rio Verde, afluente do Ribeirão Taboão, o outro
formador do Rio Roberto.
A população de Fraiburgo é de 34.553 habitantes, sendo 30.291 residentes
na área urbana e 4.262 na área rural (IBGE 2010).
A localização do bairro Macieira, que será contemplado pelo sistema de
esgotamento sanitário, pode ser observada na figura 2.
5. ESGOTO SANITÁRIO
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O rápido crescimento das cidades aliado ao adensamento populacional tem
levado ao consumo excessivo de água e a geração de elevados volumes de
efluentes domésticos diariamente. Ao serem despejados com suas características
poluentes causam alterações físicas, químicas e biológicas nos corpos receptores, e
consequentemente a sua poluição.
A palavra esgoto é utilizada para caracterizar os despejos provenientes das
diversas atividades do uso e da origem das águas, como as de uso doméstico,
industrial, comercial, utilidades públicas, de áreas agrícolas, de superfície, de
infiltração, pluviais e outros efluentes (JORDÃO; PÊSSOA, 2011).
Conforme Von Sperling (1996), o esgoto sanitário é formado por esgoto
doméstico, águas de infiltração e despejos industriais, sendo que:
O esgoto doméstico é proveniente das residências, do comércio e das
repartições públicas. A taxa de retorno é de 80 % da vazão da água distribuída;
As águas de infiltração são as que penetram na rede coletora de esgoto
através de juntas defeituosas das tubulações, paredes de poços de visita, etc. A taxa
de infiltração depende muito das juntas das tubulações, do tipo de elementos de
inspeção, do tipo de solo e da posição do lençol freático. Os valores médios são de
0,001 a 1,0 L/s.km (NBR 9649);
Os despejos industriais são efluentes de indústrias que, devido às
características, podem ser ou não admitidos na rede de esgoto. Os esgotos
industriais ocorrem em pontos específicos da rede coletora e suas características
dependem da indústria.
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Os outros 30% que compõe a parte sólida é a matéria inorgânica,
caracterizado, principalmente, pela presença de areia e de substâncias minerais
dissolvidas (FUNASA, 2004).
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A contribuição “per capita” diária de DBO 5 no Brasil pode ser de até 50g
(SILVA; MARA, 1979). A Tabela 1 apresenta as concentrações em termos de DBO 5 e
DQO.
Tabela 1: Concentração em termos de DBO5 e DQO.
CONCENTRAÇÃO
Fraca Média Grande Muito Grande
DBO5 (mg/L) 200 350 500 750
DQO (mg/L) 400 700 1000 1500
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10 Graxa 150 100 50
Fonte: adaptada de Gonçalves e Souza (1997).
Segundo Philippi Junior (2005, p. 198) podem ser adotados basicamente dois
sistemas para o processo de esgotamento sanitário, sendo eles:g2014
a) Sistema Unitário: apenas uma tubulação recebe águas residuárias de
origem doméstica e industrial além de águas pluviais e de infiltração na rede, sendo
as mesmas posteriormente encaminhadas para o sistema de tratamento. Esse
sistema apresenta vantagens no que diz respeito ao controle de fontes poluidoras
não pontuais, porém possui elevado custo de implantação e elevada dificuldade para
operação do sistema; e
b) Sistema Separador Absoluto: possui duas canalizações, uma recebe
apenas águas residuárias e outro recebe apenas as águas pluviais. É constituído por
condutos, poços de visita, estações elevatórias e estações de tratamento.
Apresentam algumas vantagens com relação ao sistema unitário já que possuem
menores custos para implantação das redes coletoras e as águas pluviais passam a
oferecer menor risco à saúde pública.
O destino adequado dos dejetos visa o controle e à prevenção de doenças a
ele relacionadas, além de evitar a poluição do solo e dos mananciais, impedir o
contato de vetores com as fezes, incentivar a promoção de novos hábitos higiênicos
à população promovendo assim, conforto e atendendo o senso estético (FUNASA,
2006, p.153).
A concepção do sistema de esgotamento sanitário a ser implantado é do tipo
separador absoluto, seguindo a estrutura do que é comumente usado, sendo
formado por:
Rede coletora: conjunto de canalizações destinadas a receber e conduzir os
esgotos das residências e edifícios; o sistema de esgoto se liga diretamente à rede
coletora por uma tubulação chamada de coletor predial. O coletor tronco recebe as
ligações dos coletores secundários, os quais recebem das ligações prediais;
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Ligação predial: ligação ou ramal predial é o trecho de canalização que,
partindo do coletor, que alcança o alinhamento da rua. A partir desse ponto, começa
a instalação predial, já portanto, dentro dos limites da propriedade beneficiada;
Poço de Visita: São dispositivos que evitam ou minimizam entupimentos nos
pontos singulares da rede, tais como curvas, pontos de encontro de tubulações, etc.,
possibilitando ainda o acesso de pessoas e equipamentos a esses pontos. Os poços
de Visita podem ser executados em alvenaria de tijolos (com revestimento), em
concreto moldado no local ou em concreto pré-moldado (peças justapostas). Eles se
compõe de duas partes: a câmara inferior (chamada de balão) e a câmara superior
(chamada de chaminé). Os poços de visita devem ser previstos nos pontos de:
junção de coletores, mudança na direção ou declividade dos coletores e mudança
de diâmetro ou material;
Interceptor: recebe apenas as ligações do coletor tronco, ao longo de sua
extensão;
Emissário: canalização destinada a conduzir os esgotos, sem receber
contribuições em marcha;
Estação elevatória: conjunto de instalações destinadas a transferir os esgotos
de uma cota mais baixa para uma cota superior.
Estação de tratamento: conjunto de instalações destinadas à depuração dos
esgotos, antes de seu lançamento;
Corpo receptor: corpo d’água onde são lançados os esgotos tratados. O
Arroio Macieira será o corpo receptor do esgoto tratado na ETE de mesmo nome.
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autodepuração e os limites definidos pela legislação ambiental) e da característica
do esgoto bruto gerado. É necessário certificar-se da eficiência de cada processo
unitário e de seu custo, além da disponibilidade de área (IMHOFF e IMHOFF, 1996).
O tratamento de esgoto doméstico é usualmente classificado através dos
seguintes níveis, segundo Von Sperling (1996):
• Tratamento preliminar: objetiva apenas a remoção de sólidos grosseiros;
• Tratamento primário: visa à remoção de sólidos sedimentáveis e parte da
matéria orgânica, predominando os mecanismos físicos;
• Tratamento secundário: tem como objetivo principal a remoção de matéria
orgânica dissolvida e em suspensão além da remoção de nutrientes (nitrogênio e
fósforo), nesse processo predominam-se mecanismos biológicos;
• Tratamento terciário: tem como principal função a remoção de poluentes
específicos (usualmente tóxicos ou compostos não biodegradáveis) ou ainda, a
remoção complementar de poluentes não suficientemente removidos no tratamento
secundário. Esse processo é bastante raro no Brasil.
Conforme o mesmo autor, existe também a classificação dos processos de
tratamento em físicos, químicos e biológicos.
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7.3 TRATAMENTO POR PROCESSOS BIOLÓGICOS
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menor quantidade, o lodo excedente é de mais fácil desidratação (CHERNICHARO
et al., 2001).
A bioquímica do processo de digestão anaeróbia divide-se em quatro fases
principais e pode ser acompanhada no fluxograma 2 representado abaixo.
a) Hidrólise
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Segundo os mesmos autores, nesta fase o material orgânico particulado
complexo (polímeros) é convertido em compostos dissolvidos de menor peso
molecular.
b) Acidogênese
c) Metanogênese
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doméstico, recentemente a aplicação da biotecnologia anaeróbia foi estendida ao
tratamento de despejos líquidos. Essa biotecnologia é nova e o conhecimento da
cinética e das aplicações de modelagem matemática é ainda limitado (JORDÃO;
PESSÔA, 2011).
Os reatores anaeróbios são unidades de tratamento de esgoto, responsáveis
pela remoção da matéria orgânica particulada ou dissolvida, em ambientes que não
exista a presença de oxigênio livre. A digestão anaeróbia que ocorre nesses reatores
é um processo biológico (ÁVILA, 2005).
O princípio dos reatores é dividir o esgoto bruto em três fases (separador
trifásico): fase líquida, gasosa e sólida. A fase líquida é o efluente líquido que sai
após o seu tratamento, com eficiência aproximada de 60% a 80% de remoção de
DBO (VON SPERLING, 1996). A fase gasosa é o biogás gerado no processo
anaeróbio, que é comumente queimado para evitar o mau cheiro por causa do gás
sulfídrico e pela poluição atmosférica causada pela liberação do gás metano
(NUVOLARI, 2003). A fase sólida é o lodo mais pesado gerado no compartimento de
digestão, cuja idade é usualmente superior a 30 dias (CHERNICHARO, 2000).
15
negativamente no desempenho do tratamento. Uma forma de se evitar essa perda
é sua imobilização em material suporte, formando os biofilmes. Assim, desvincula-
se efetivamente o tempo de retenção celular do tempo de detenção hidráulica,
havendo uma maior permanência dos microrganismos no reator (ABREU; ZAIAT,
2008).
Reatores contendo biomassa imobilizada são caracterizados por possuírem
duas fases bem distintas: uma fase sólida, na qual está contida a maior
concentração da biomassa, sendo responsável pela degradação da matéria
orgânica, e a fase líquida (ZAIAT et al., 2010). Nestes reatores, a matéria orgânica
é estabilizada através da ação de microrganismos (colônias bacterianas) que
ficam retidos nos interstícios ou aderidos ao material suporte, como biofilme.
Além de resultar na diminuição do tempo de detenção hidráulica
(KUNZLER, 2010), atua como uma barreira física, evitando que os sólidos sejam
carreados para fora do sistema de tratamento, ajudando a promover a
uniformização do escoamento no reator, melhorar a eficiência da remoção de
carga orgânica, diminuir a produção de lodo, reduzir a área necessária para as
reações biológicas (GONÇALVES et al., 2001), produzir efluente de qualidade
superior em termos de sólidos em suspensão, demanda química de oxigênio
(DQO) e contagem de patógenos (HO; SUNG, 2010).
Dentre os meios suportes que têm sido avaliados e usados em diferentes
reatores para o tratamento anaeróbio de esgotos domésticos e águas residuárias
industriais, podem ser citados: gomos de bambu (COUTO; FIGUEIREDO, 1993),
cascas de coco (TORRES et al., 2009), escória de alto forno de siderúrgicas
(PINTO; CHERNICHARO, 1996), vários tipos de granulometria de pedras
(ANDRADE NETO et al., 1999), entre outros muitos materiais que podem ser
utilizados como meio suporte para reatores anaeróbios de leito fixo.
Em estudo realizado por Colin et al. (2007), utilizando bambu como meio
suporte no tratamento anaeróbio de efluente de fecularia, não foi observada
degradação do bambu ao final do experimento, o que demonstra que o mesmo é
apropriado, pois não é biodegradável e conseguiu-se chegar à carga máxima
suportada pelo reator de 11,8 gDQO/L.d. Já em estudo semelhante, porém sem a
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utilização de meio suporte, Kuczman (2007) chegou à carga máxima de 2,96
gDQO/L.d, o que comprova a importância da utilização de meio suporte em
tratamentos com reatores anaeróbios.
Segundo Chernicharo (2007), existem certas dificuldades dos reatores
anaeróbios em produzir um efluente que atenda aos padrões estabelecidos pela
legislação ambiental brasileira, necessitando, quase sempre, de um pós-tratamento
de seus efluentes. Uma das alternativas para solucionar esse problema e
apresentar redução de custos é a utilização de meio suporte no tratamento como já
descrito, melhorando a eficiência e aumentando a estabilidade do efluente
(KUNZLER, 2010). Contudo, o processo anaeróbio impossibilita a transformação de
alguns nutrientes em sua totalidade, dentre eles, os principais são o nitrogênio e o
fósforo, necessitando de um tratamento posterior, para garantir um efluente de
qualidade.
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De acordo com Von Sperling (2005), na quase totalidade dos processos que
existe, o meio poroso é mantido sob total imersão pelo fluxo hidráulico,
caracterizando-os como reatores trifásicos compostos por:
− fase sólida: constituída pelo meio suporte e pelas colônias de microrganismos que
nele se desenvolvem, sob a forma de um filme biológico (biofilme);
− fase líquida: composta pelo líquido em permanente escoamento através do meio
poroso;
− fase gasosa: formada pela aeração artificial e, em reduzida escala, pelos gases
subprodutos da atividade biológica.
Os biofiltros aeróbios submersos apresentam elevada eficiência, tendo-se
obtido efluentes com concentração de DBO e de Sólidos em Suspensão menor de
20mg/L. Em relação ao volume do filtro, o tempo de detenção é de cerca de 1,0 a
1,5 horas apenas (JORDÃO; PESSÔA, 2011). Mas no que se refere à nitrificação, o
TDH no reator terá que ser no mínimo de 3 horas de detenção (GRECCO, 2003).
O meio suporte também é um fator crítico, por determinar a existência ou não
de retenção física dos sólidos suspensos e da biomassa, além de influir sobre o
desenvolvimento dos biofilmes e condicionar parâmetros hidráulicos (como, por
exemplo, caminhos preferenciais e perda de carga). Gonçalves et al (2001, p. 37)
salientam que as características de superfície, como rugosidade e superfície
específica, são determinantes para a adesão dos microrganismos, enquanto a forma
dos “grãos” não afeta significativamente o processo – embora se requeira
granulometria uniforme para evitar a colmatação dos interstícios por partículas
menores. No caso de leitos estratificados, é necessário que os materiais
constituintes de cada camada apresentem diferentes densidades entre si.
O excesso de biomassa formada deve ser periodicamente retirada do meio
filtrante, através de retrolavagem, contra-lavagem ou por lavagem, sendo a
indicação da necessidade desse descarte de lodo do filtro, o aumento da perda de
carga ou a pior qualidade do efluente (JORDÃO; PESSÔA, 2011) (MENEZES et al,
2006).
Barbosa (2006, p. 24-25) cita como vantagens dos biofiltros aerados
submersos: o baixo requisito de área; seu caráter modular e compacto; baixos
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custos de implantação e de operação, não requerendo esta mão de obra qualificada,
por ser bastante simples; a resistência a baixas temperaturas e a choques de carga;
a pequena geração de odores; a elevada concentração de biomassa; os curtos
tempos de detenção hidráulica necessários; a baixa produção de lodo; e a rápida
entrada em regime permanente, além do fato de ser o BAS um reator muito flexível
que pode contemplar os tratamentos secundário e terciário num mesmo módulo.
Barbosa (2006) relata ainda que Aisse (2002) estima serem os custos de operação e
manutenção de um BAS 22% menores do que os relativos a um processo de lodos
ativados, considerando o pós-tratamento de um reator UASB alimentado com vazão
de 70 L/s nas condições específicas daquele estudo.
Dessa forma, após a análise da literatura e das experiências já
documentadas, pode-se concluir que o reator anaeróbio de leito fixo, seguido de um
biofiltro aerado submerso é uma excelente alternativa para o tratamento do esgoto
sanitário produzido pelo bairro Macieira.
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Figura 3: Localização da Bacia A, Bacia B, Bacia C e ETE.
Parâmetro Valor
Total de lotes 161
População atendida (hab/economia) 5
População de início de plano (hab) 805
População de fim de plano (hab) 890
Consumo de água per capita (L/hab.dia) 150
Coeficiente de variação diária: K1 (NBR 9649/86) 1,2
Coeficiente de variação horária: K2 (NBR 9649/86) 1,5
Coeficiente de retorno (NBR 9649/86) 0,8
20
Rugosidade (PVC) 0,010
Vazão mínima adotada por trecho (L/s) 1,5
Diâmetro mínimo adotado (mm) 150
Horizonte de projeto (anos) 20
8.2 DADOS DE PROJETO – BACIA B
Parâmetro Valor
Total de lotes 138
População atendida (hab/economia) 5
População de início de plano (hab) 690
População de fim de plano (hab) 763
Consumo de água per capita (L/hab.dia) 150
Coeficiente de variação diária: K1 (NBR 9649/86) 1,2
Coeficiente de variação horária: K2 (NBR 9649/86) 1,5
Coeficiente de retorno (NBR 9649/86) 0,8
Rugosidade (PVC) 0,010
Vazão mínima adotada por trecho (L/s) 1,5
Diâmetro mínimo adotado (mm) 150
Horizonte de projeto (anos) 20
Parâmetro Valor
Total de lotes 30
População atendida (hab/economia) 5
População de início de plano (hab) 150
População de fim de plano (hab) 166
Consumo de água per capita (L/hab.dia) 150
Coeficiente de variação diária: K1 (NBR 9649/86) 1,2
Coeficiente de variação horária: K2 (NBR 9649/86) 1,5
Coeficiente de retorno (NBR 9649/86) 0,8
Rugosidade (PVC) 0,010
Vazão mínima adotada por trecho (L/s) 1,5 21
Diâmetro mínimo adotado (mm) 150
Horizonte de projeto (anos) 20
8.4 CÁLCULO DA POPULAÇÃO – BACIA A
Kg = ln P2 – ln P1
t2 - t1
Onde:
Kg= Coeficiente geométrico
P1= População do censo de 2000
P2= População do censo de 2010
t1= Ano do antepenúltimo censo (2000)
t2= Ano do último censo (2010)
Kg = ln 34553 – ln 32948
2010 – 2000
Kg = 0,005
kg (tf - ti)
P (2035)= P2e
0,005 (2036 – 2016)
P (2035)= 805e
Kg = 0,005
22
kg (tf - ti)
P (2035)= P2e
0,005 (2035 – 2015)
P (2035)= 690e
Kg = 0,005
kg (tf - ti)
P (2035)= P2e
0,005 (2035 – 2015)
P (2035)= 150e
23
O presente projeto possui índice de atendimento de 100% da população
localizada na área de intervenção do empreendimento.
De acordo com diagnóstico inicial, para o presente projeto será adotada uma
taxa de contribuição per capita de 150 L/hab.dia. Para efeitos de cálculo de
contribuição per capita de esgotos será adotado valor multiplicativo de coeficiente de
retorno (C) igual a 0,8.
24
km. Todos os resultados obtidos podem ser observados nas planilhas de cálculo, em
anexo.
Onde:
Qi: Vazão máxima de início de plano (L/s);
Pi: População início de plano (hab);
q: Consumo de água per capita (L/hab.d);
K2: Coeficiente de máxima variação horária;
C: Coeficiente de retorno.
Onde:
Qf: Vazão máxima de final de plano (L/s);
Pf: População de final de plano (hab);
q: Consumo de água per capita (L/hab.d);
K1: Coeficiente de máxima variação diária;
K2: Coeficiente de máxima variação horária;
25
C: Coeficiente de retorno.
Para esta vazão a NBR 9649/86 estipula um valor entre 0,001 L/s.km e 1
L/s.km. Para o presente projeto será considerada uma taxa de infiltração de 0,1
L/s.km.
• Para BACIA A:
Onde:
Qinf: Vazão de infiltração (L/s);
26
Tinf: Taxa de infiltração (L/s.Km);
L : Extensão da rede (km).
• Para BACIA B:
• Para BACIA C:
Onde:
Qti: Vazão total de esgoto de início de plano (L/s);
Qtf: Vazão total de esgoto de fim de plano (L/s);
Qdi: Vazão de esgoto doméstica de início de plano (L/s);
27
Qdf: Vazão de esgoto doméstica de fim de plano (L/s);
L : Extensão da rede (km).
28
Onde:
Txi: Taxa de contribuição linear de início de plano (L/s.Km);
Txf: Taxa de contribuição linear de final de plano (L/s.Km);
Qti: Vazão de esgoto de início de plano (L/s);
Qtf: Vazão de esgoto de fim de plano (L/s);
L : Extensão da rede (km).
BACIA A
• Vazão máxima de início de plano
29
Qmáx = 2,26 L/s
Onde:
Qmáx = vazão contribuinte máxima (L/s);
Qméd = vazão contribuinte média (L/s);
Qmín = vazão contribuinte mínima (L/s);
P = população atendida (hab);
q = Consumo de água per capita (L/hab.d);
Qi = vazão de infiltração (l/s);
K1 = coeficiente do dia de maior consumo;
K2 = coeficiente da hora de maior consumo;
K3 = coeficiente de vazão mínima;
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C = coeficiente de retorno água/esgoto.
BACIA B
31
Qmín = P x q x C x k3 Qmín = 763 x 150 x 0,8 x 0,5
+ Qi + 0,2 Qmín = 0,73 L/s
86400 86400
BACIA C
• Vazão máxima de início de plano
32
Qmín = P x q x C x k3 Qmín = 166 x 150 x 0,8 x 0,5
+ Qi + 0,035 Qmín = 0,15 L/s
86400 86400
8.9 DIÂMETROS
Q
√I
Onde:
Q: Vazão a jusante do trecho final de plano; e
I: Declividade.
8.10 DECLIVIDADE
33
Para cálculo utilizou-se a declividade mínima segundo a fórmula a seguir.
Onde:
I: Declividade (m/m);
Cti: Cota inicial do trecho (m);
Ctf: Cota final do trecho (m); e
Lt: Extensão do trecho (m).
Com a relação y/D no trecho da tubulação, este número foi multiplicado pelo
diâmetro do tubo, obtendo-se a altura da lâmina em metros. Esses valores estão
apresentados em plantas e planilhas nos anexos deste relatório.
Segundo Tsutiya 1999, tensão trativa é definida por uma tensão tangencial
sobre a parede do conduto pelo líquido em escoamento, que atua sobre o material
sedimentado, promovendo seu arraste.
Para esse cálculo será utilizada a seguinte equação (Tsutiya, 1999):
σ = Rh x Y x I
Onde:
σ : Tensão trativa (Pa);
Rh: Raio hidráulico;
Y: Peso específico do esgoto (Kgf/m3); e
I: Declividade (m/m).
34
Para tal será utilizada a fórmula:
Vc=6 √ gRh
Onde:
Vc: Velocidade crítica (m/s);
g: Aceleração da gravidade (9,81m/s2); e
Rh: Raio hidráulico.
Onde:
P: Profundidade (m);
Pa: Profundidade anterior (m);
It: Declividade do trecho (m/m);
L: Extensão do trecho (m);
Cj: Cota jusante do trecho; e
Cm: Cota montante do trecho.
35
9. ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS DE ESGOTOS
Todas as vezes que por algum motivo não seja possível, sob o ponto de vista
técnico e econômico, o escoamento dos esgotos pela ação da gravidade, é
necessário o uso de elevatórias, para elevar o esgoto de um ponto para outro de
cota normalmente mais elevada.
Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (1992d), na NBR
12208, é a instalação destinada ao transporte de esgoto do nível do poço de sucção
das bombas ao nível de descarga na saída do recalque, acompanhando
aproximadamente as variações de vazões afluente.
A elevação do esgoto pode ocorrer quando:
• A profundidade do coletor é superior ao valor limite do projeto (em
muitos locais 4,0 ou 5,0m como profundidade máxima);
• Existe necessidade da rede coletora transpor obstáculos naturais (rio,
montanha, etc) ou artificiais (metrô, avenida, etc);
• O esgoto coletado tem de passar de uma bacia para outra;
• O terreno não apresenta condições satisfatórias para assentamento da
rede coletora (áreas alagadas, rochas, etc);
• Existe necessidade de elevação do esgoto coletado para unidade em
cota mais elevada, como na chegada da estação de tratamento de esgoto ou da
unidade de destino final.
As estações elevatórias normais são compostas por:
• Câmara de entrada equipada com gradagem, válvula mural e by-pass;
• Câmara de bombeamento com grupos elevatórios em reserva ativa;
• Caixa de válvulas com seccionadores, válvulas anti-retorno e
evacuação coletor;
• Quadro elétrico de comando.
Estas instalações podem gerar odores por gás sulfídrico (H 2S) e devem ter
duplo jogo de bombas para o caso de falha mecânica. O tempo de detenção
hidráulica deve ser de 10 a 30 minutos e a capacidade de bombeamento igual à de
maior vazão de esgoto produzido.
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No sistema de esgotamento sanitário da Macieira será necessária a
instalação de duas elevatórias de esgoto, para transpôr o esgoto sanitário da Bacia
A até a Bacia B e da Bacia C até a Bacia B, na qual estará localizada a ETE.
9.1 ELEVATÓRIA 01
9.1.1 Gradeamento
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- Vazão para cálculo da LIR: 2,48 L/s – 0,00248 m³/s
- Extensão da LIR: 245,25m
- Cálculo do diâmetro através da fórmula de Bresse:
D=K √ Q = D=1,2 √ 0,00248 = 0,059m = 60mm
Considerou-se:
- 4 curvas 90º DN60/DE75: 2,4
- 1 válvula de gaveta DN60/DE75: 0,2
- 1 Tê de passagem direta: 0,9
- 1 curva 45º DN60/DE75: 0,4
- 1 saída da canalização: 1,0
hl= K x V²
2g
hl = 0,193m
J= 10,65 x Q1,85
C1,85 x D4,87
J = 0,01354 m/m
hd = J x L
38
hd = 0,01354 x 245,25
hd = 3,32m
- Altura manométrica
hm = hg + hd +hl
hm = 20,51 m
- Poço de sucção
V= QxT
4
Onde:
V= volume útil
T= tempo de ciclo (s)
Q= capacidade da bomba (L/s)
V = 8,9 x 600
4 V= 1,33 m³
- Volume projetado
- Volume útil
9.2 ELEVATÓRIA 02
9.2.1 Gradeamento
40
- Vazão para cálculo da LIR: 0,43 L/s – 0,00043 m³/s
- Extensão da LIR: 167m
- Cálculo do diâmetro através da fórmula de Bresse:
D=K √ Q = D=0,8 √ 0,00043 = 0,016m = 32mm
Considerou-se:
- curvas 90º DN32: 1,8
- 1 válvula de gaveta DN32: 0,2
- 1 Tê de passagem direta: 0,9
- 1 curva 45º DN32: 0,8
- 1 saída da canalização: 1,0
hl= K x V²
2g
hl = 0,07m
J= 10,65 x Q1,85
C1,85 x D4,87
J = 0,0113 m/m
41
hd = J x L
hd = 0,0113 x 167
hd = 1,9m
- Altura manométrica
hm = hg + hd +hl
hm = 6,57 m
- Poço de sucção
V= QxT
4
Onde:
V= volume útil
T= tempo de ciclo (s)
Q= capacidade da bomba (L/s)
Bomba escolhida: Bomba submersa 750 watts para "ÁGUA SUJA" - BSEF 20/750-
Ferrari – 9m³/h
V = 9 x 600
4 V= 1,35 m³
- Volume projetado
- Volume útil
42
- Vazão para cálculo do TDH: 0,22 L/s = 0,0132 m³/min
43
As caixas de inspeção serão em tubos de concreto, com diâmetro de 30cm,
com tampão T 30 circular, articulado de ferro fundido, com a inscrição “Esgoto
SANEFRAI”, a ser fixado sobre uma pequena laje de 0,45x0,45x0,08m sobre o tubo
de concreto.
Devem ser locadas no nível do passeio e a 0,5 m da testada do imóvel, sendo
o lado do imóvel definido pelo posicionamento das ligações antigas e nos terrenos
baldios no lado mais baixo do passeio.
A prancha 08, em anexo, apresenta o detalhamento da caixa de inspeção.
44
A perfuração na rede para a ligação do ramal predial e instalação do selim,
deverá ser realizada com serra copo.
A tubulação e as conexões deverão obrigatoriamente ser instaladas com seus
devidos anéis de vedação (juntas elásticas), para garantir que não haja vazamentos,
além disso os anéis devem ser encaixados corretamente para que não se
desloquem da posição correta ao longo da operação do sistema.
A tubulação deve ser assentada com a declividade mínima garantida, para
que não acumule esgoto em parte alguma da rede.
Em caso de alteração na execução da obra a mesma deve ser comunicada
com antecedência ao técnico responsável pelo projeto.
O mesmo será executado com material adequado para tal finalidade quando
houver necessidade, sendo que este ficará a critério da empresa executora,
obedecendo às planilhas e plantas descritas neste projeto.
O escoramento de qualquer material deverá ser contínuo ou descontínuo, de
madeira, desde que este esteja dentro dos padrões previstos para tal finalidade.
45
- a abertura no PV para a instalação da rede deverá ser realizada com equipamento
de corte, para não trincar ou rachar os tubos e o acabamento de vedação deverá ser
realizado em concreto sem ressaltos;
- no fundo do PV deverá ser moldada uma canaleta para evitar o acúmulo de esgoto.
Os poços de limpeza (PL) devem ser construídos:
- com tubos de concreto pré-moldado com diâmetro de 0,40m;
- sem laje de fundo;
- com uma curva longa de 90º;
- a laje superior do PL, será de 0,6x0,6x0,10m, fixada no tubo de concreto, com o
tampão T 40 embutido na laje.
O tamponamento destes deve ser feito com tampa de ferro fundido, com a
inscrição “Esgoto SANEFRAI”. O diâmetro e a classe, devem ser resistentes ao
tráfego de veículos e pedestres, de acordo com a planilha quantitativa de materiais e
sua locação pode ser verificada na prancha 01.
Os detalhes construtivos dos PVs e PLs, se encontram na prancha 08 e os
mesmos devem obedecer ao nível do terreno, evitando ressaltos na via e no
passeio.
11.5 REATERRO
46
Todo o esgoto sanitário gerado pelo Bairro Macieira será coletado para que se
realize o tratamento, passando por um pré-tratamento, no qual haverá um
gradeamento para a remoção dos sólidos grosseiros, sendo o efluente encaminhado
para o tratamento biológico.
12.3 CORREÇÃO DO pH
47
A remoção das partículas sólidas em suspensão e decantáveis do esgoto
sanitário, ocorrerá através de um gradeamento grosseiro, o material que decantará
na caixa de areia, será removido periodicamente através de limpeza manual.
Tal operação unitária se deve para evitar que sólidos de difícil degradação
adentrem ao sistema de tratamento biológico, bem como areia e outros sólidos
sedimentáveis que podem diminuir o volume útil do sistema de tratamento e
colmatar os filtros rapidamente.
14.
48
14.1 CARACTERÍSTICAS DO EFLUENTE
14.2 GRADEAMENTO
49
DIMENSIONAMENTO GRADE
E 65%
Au 0,0042 m2
B 0,30 m
L 0,03 m
A 0,40 m
S 0,006 m2
H’ 0,1 m
v’ 0,78 m/s
hF 0,06 m
HF 0,236 m
14.3 DESARENADOR
50
B= largura do canal adotada = 0,30m
Área em planta - A= CxB = 0,675m²
S= Q/V = 0,00503/0,25 = 0,02m²
B= S/H = 0,02/0,1 = 0,20m (atende)
Taxa de material retido = 10 L a cada 1000m³
Tempo entre as limpezas = 5 dias
Quantidade de material retido – Qmr = 0,022m³ a cada 5 dias
Profundidade necessária – P = Qmr/A = 0,03m
Profundidade adotada = 0,40m
Será implantada uma caixa de areia, com dois canais, para que enquanto um
estiver operando o segundo fique sem fluxo para se efetuar a limpeza.
As medidas dos canais serão 0,3x2,25x0,3m, de acordo com a prancha 09.
51
V reatores
TDH =
Q
V reatores
12 h=
10,87 m ³/h
V =130,44 m³ ≅ 131 m ³
Onde:
TDH= tempo de detenção hidráulica
V= Volume
Q= Vazão
52
Para os Reatores 1 e 2 de cada linha:
Para os Reatores 1 e 2:
53
Os reatores deverão ser construídos em concreto armado, de acordo com o
projeto arquitetônico das Pranchas 2 e 3, que demonstram o fundo falso, o fluxo alternado
descente e ascendente, além do preenchimento com o material suporte e os mecanismos
de coleta.
Com base em séries históricas de monitoramento da qualidade do esgoto
afluente e efluente à ETE Jardim América, localizada em Fraiburgo/SC e operada
pela SANEFRAI, a qual utiliza os mesmos reatores anaeróbios e também é atendida
pela rede do tipo separador absoluto, é possível calcular a eficiência média dos
reatores, e, com isso, estimar as características do efluente que deixará essas
unidades. Considerando os parâmetros DQO, DBO e nitrogênio amoniacal, tem-se:
54
Os BAS são reatores biológicos, também preenchidos com um material
suporte (pedras, plástico, espuma) no qual ocorre a formação de um biofilme,
auxiliando o contato entre microrganismos e efluente, promovendo assim o
tratamento.
O dimensionamento desta unidade visa adequar o material de enchimento, as
dimensões e o TDH às cargas afluentes de DBO, DQO e N-amoniacal, bem como
proporcionar satisfatória aeração ao processo.
Lembrando que a vazão total de saída dos reatores biotecnológicos é de
10,87 m³/h, ou 261 m³/d, as cargas afluentes ao BAS são dadas por:
Carga=[]SRB x Q
V útil=Q x TDH
V útil=10,87 x 4
V útil ≅ 44 m ³
Carga
COV =
V útil
Carga DBO 32
COV DBO= = → COV DBO ≅ 0,73 kgDBO/m3 . d
V útil 44
Carga DQO 80 3
COV DQO= = → COV DQO ≅ 1,82 kgDBO/m . d
V útil 44
55
Carga N am. 15
COV N am.= = → COV N am≅ 0,34 kgDBO/m3 . d
V útil 44
2
(100% – 94,4%) em do reator:
3
2
V oc =1,056 ∙ V =1,056 x 44 → V oc ≅ 46 m³
3 útil
A altura útil adotada para o BAS será de 2,5 m, e a altura total, 2,8m (borda livre de
30 cm). Isto implicará na seguinte área superficial:
V oc 46
A= = → A=18,4 m²
h 2,5
56
Optando-se por seção retangular com largura de 2,3 m, o comprimento será
de:
A 18,4
C= = → C=8 m
L 2,3
Q 261
q S= = → q S=14,18 m ³/ m ² ∙ d
A 18,4
E o volume total:
57
Para suprir essa demanda podem ser instalados 24 difusores circulares
EPDM revestidos com membrana de borracha e um soprador de 2cv, com controle
da vazão de ar. Assim, caso a aeração se torne excessiva, será possível diminuir o
fluxo de oxigênio, regulando-se adequadamente a válvula controladora da vazão do
sistema.
Para a remoção do possível lodo que se formará no BAS, serão deixados
quatro tubos guia de 150mm, para sucção e contra lavagem.
As plantas com o detalhamento do BAS se encontram na prancha 4.
58
V útil =Q x TDH=10,87 x 0,40 → V útil =4,35 m ³
Para esta unidade, poderá ser utilizada uma caixa d’água em PRFV ou
polipropileno de 5 m³. Neste caso, o TDH será:
V útil 5,0
TDH = = =0,46 h →TDH =27 min
Q 10,87
59
BIBLIOGRAFIA
60
ERCOLE, L. A. S. Sistema de Gestão de águas residuárias domiciliares: Uma opção
mais sustentável para a gestão de resíduos líquidos. Dissertação (Mestrado em
Engenharia) – PPGEC/UFRGS, Porto Alegre - RS, 2003.
61
(Mestrado em Engenharia Agrícola), Universidade Estadual do Oeste do Paraná,
Cascavel, 2010.
62
63
64
PROJETO BÁSICO
Tomada de Preços
1 – OBJETO
1.1 – Execução de obra estrutural com fornecimento de material e mão de obra de uma Estação de
Tratamento de Esgoto do Bairro Macieira no Município de Fraiburgo, sistema composto por
gradeamento seguido de reatores anaeróbios e aeróbios..
2 – JUSTIFICATIVA
2.1 – O rápido crescimento das cidades aliado ao adensamento populacional tem levado ao
consumo excessivo de água e a geração de elevados volumes de esgotos sanitários diariamente. Ao
serem despejados com suas características poluentes causam alterações físicas, químicas e
biológicas nos corpos receptores, e consequentemente a sua poluição, além de potencial geração de
doenças de veiculação hídrica, quando em contato com os mesmos. Dessa forma, objetivando a
melhoria na qualidade de vida, evitando assim a proliferação de vetores e visando a qualidade do
meio ambiente, o esgoto coletado receberá tratamento adequado na Estação de Tratamento de
Esgoto (ETE), posteriormente sendo devolvido ao corpo receptor sem causar impactos ambientais.
3.1 – Os quantitativos, especificações e valores conforme referência de custo tabelado pela (Sinapi
04/2019), seguem na tabela em anexo no edital
4.1 – O local da prestação/execução dos serviços será no Bairro Macieira, na Rua A Quadra 587
Lote 1 próximo ao CEI Macieira.
4.2 – O prazo de execução da obra será de no máximo 90 (noventa) dias.
4.3. – O valor máximo que a Sanefrai se propõe a pagar pelo objeto licitado, nos termos do art. 40,
inc. X, da Lei nº 8.666/93 é de R$ 156.278,24 (cento e cinquenta e seis mil duzentos e setenta e
oito reais e vinte e quatro centavos);
4.4.– A Licitante vencedora deverá iniciar os serviços, em até 5 (cinco) dias contados da ordem de
serviço e término em até 90 (noventa) dias após;
4.5 – A ordem de serviço deverá ser assinada pela licitante vencedora em ate 5 (cinco) dias
contados da data de emissão e assinatura do contrato.
4.6 – A visita técnica ao local da obra, a qual possibilitará que as licitantes possam conhecer seu
ambiente físico, dimensionar os serviços, verificar suas condições técnicas, planejar a execução do
objeto desta licitação e formular proposta poderá ser agendada no Departamento de Engenharia da
Sanefrai, através do telefone (49) 3246-0160, cuja competência de escolha de quem a realizará caberá
unicamente a empresa licitante, acompanhado por funcionário da Sanefrai, o qual emitirá o Atestado de
Visita (CONFORME MODELO ANEXO).
O Licitante que não realizar a visita técnica obrigatoriamente deverá apresentar Declaração de que
tem pleno conhecimento do local e da natureza dos serviços concedidos, não podendo posteriormente
alegar qualquer desconhecimento, nos termos do ANEXO
6 – CRITÉRIOS DE ACEITABILIDADE
6.1 – No julgamento das propostas a Comissão levará em consideração o critério de MENOR
PREÇO GLOBAL, obedecidas as normas e condições do Edital e seus Anexos, e os dispositivos
contidos na Lei nº 8.666/93 e suas alterações.
7 – OBRIGAÇÕES DA CONTRATADA
8.1 – A Sanefrai exercerá ampla e irrestrita fiscalização na execução do objeto desta Licitação, a
qualquer hora.
8.2 – Para cumprimento do disposto no art. 67, § 1° e § 2° da Lei de Licitações, será designado
Engenheiro Civil/Arquiteto, para acompanhamento e fiscalização da execução do contrato.
8.3 – Tal representante anotará em registro próprio todas as ocorrências relacionadas com a execução do
contrato, determinando o que for necessário à regularização das faltas ou defeitos observados;
9 – DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA
8.1 – As despesas para a execução do objeto do presente certame correrão a conta de dotação específica
do orçamento do exercício de 2019 e terá a seguinte classificação orçamentária:
9 – DO PAGAMENTO
9.2 – O pagamento da Obra será efetuado em 03 (três parcelas, devendo a mesma ser comprovada
através de laudo de vistoria apresentado por engenheiro designado pela Sanefrai, conforme medição.
9.2.1 – A medição ocorrerá conforme estabelecido no Cronograma Físico-Financeiro, para cada item;
9.3 – O pagamento será efetuado mediante emissão e apresentação de nota fiscal, boletim diário da obra,
boletim de medição, negativas de débitos junto ao INSS e FGTS atualizadas, tendo o Município um
prazo de até 05 (cinco) dias após a liquidação da nota fiscal para efetivar o pagamento.
9.4 – Fica a Sanefrai autorizada a deduzir do pagamento devido, qualquer multa imposta, sem prejuízo
das demais penalidades previstas na Lei.
9.5 – O pagamento poderá ser sustado pela Sanefrai, quando os serviços não estiverem de acordo com o
estipulado, ou por inadimplemento de qualquer Cláusula do Contrato.
10 – VIGÊNCIA
10.1 – O contrato terá vigência de 12 (doze) meses, podendo ser prorrogado por iguais e sucessivos
períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a administração, limitada a
sessenta meses, nos termos do inc. II do art. 57 da Lei n° 8.666/93.
11.1 – A recusa injustificada do adjudicatário em assinar o contrato, no prazo máximo de 5 (cinco) dias
úteis da notificação, implicará na multa de 10% (dez por cento) do valor do contrato.
a) por ato unilateral, escrito, da CONTRATANTE, nos casos enumerados nos incisos I
a XII e XVII, do art. 78, da Lei nº 8.666/93;
b) amigavelmente por acordo das partes, mediante formalização de aviso prévio de no
mínimo 30 (trinta) dias, não cabendo indenização a qualquer uma das partes, resguardado o interesse
público;
c) judicialmente, nos termos da legislação vigente;
d) descumprimento, por parte da CONTRATADA, de suas obrigações legais e/ou
contratuais, assegurado a CONTRATANTE o direito de rescindir o contrato a qualquer tempo,
independente de aviso, interpelação judicial e/ou extrajudicial.
11.3 – Pela inexecução total ou parcial do contrato a Contratante poderá, garantida a prévia defesa,
aplicar as seguintes sanções contratuais: advertência, multa, suspensão temporária de participação em
licitação, impedimento de contratar com a Administração por prazo não superior a 2 (dois) anos e
declaração de inidoneidade, nos termos dos artigos 86 e 87, da Lei nº 8.666 de 21/6/93 e suas alterações.
11.4 – As penalidades acima poderão ser aplicadas isoladas ou cumulativamente, nos termos do art. 87
da ei n° 8.666 de 21/6/93 e suas alterações.
12 – CONDIÇÕES GERAIS
12.1. Citar no edital o local do “bota fora” de solo que será nas seguintes áreas da prefeitura:
Bairro Macieira: Rua Gala Quadra 587 Lote 1 – Próximo a CEI Macieira