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Classificação Dos Seres Vivos

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Professor Thássio Moura

Biologia ( 2ª Série)

Classificação dos Seres Vivos

A sistemática é a ciência dedicada a estudar a biodiversidade do planeta

A taxonomia é a ciência que estuda a classificação dessa biodiversidade,


a filogenia são as relações evolutivas entre os organismos.

O objetivo da classificação dos seres vivos, chamada taxonomia, foi inicialmente


o de organizar as plantas e animais conhecidos em categorias que pudessem ser referidas.
Posteriormente a classificação passou a respeitar as relações evolutivas entre organismos,
organização mais natural do que a baseada apenas em características externas.

Para isso se utilizam também características ecológicas, fisiológicas, e todas as


outras que estiverem disponíveis para os táxons em questão. O conjunto de
investigações a respeito dos táxons que se dá o nome de Sistemática. Nos últimos anos
têm sido tentadas classificações baseadas na semelhança entre genomas, com grandes
avanços em algumas áreas, especialmente quando se juntam a essas informações aquelas
oriundas dos outros campos da Biologia.

A classificação dos seres vivos é parte da sistemática, ciência que estuda as relações
entre organismos, e que inclui a coleta, preservação e estudo de espécimes, e a análise
dos dados vindos de várias áreas de pesquisa biológica.

O primeiro sistema de classificação foi o de Aristóteles no século IV a.C., que


ordenou os animais pelo tipo de reprodução e por terem ou não sangue vermelho. O seu
discípulo Teofrasto classificou as plantas por seu uso e forma de cultivo.

Nos séculos XVII e XVIII os botânicos e zoólogos começaram a delinear o atual


sistema de categorias, ainda baseados em características anatômicas superficiais. No
entanto, como a ancestralidade comum pode ser a causa de tais semelhanças, este sistema
demonstrou aproximar-se da natureza, e continua sendo a base da classificação atual.
Lineu fez o primeiro trabalho extenso de categorização, em 1758, criando a hierarquia
atual.

A partir de Darwin a evolução passou a ser considerada como paradigma central


da Biologia, e com isso evidências da paleontologia sobre formas ancestrais, e da
embriologia sobre semelhanças nos primeiros estágios de vida. No século XX, a genética
e a fisiologia tornaram-se importantes na classificação, como o uso recente da genética
molecular na comparação de códigos genéticos. Programas de computador específicos
são usados na análise matemática dos dados.

Em fevereiro de 2005 Edward Osborne Wilson, professor aposentado da


Universidade de Harvard, onde cunhou o termo biodiversidade e participou da fundação

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da sociobiologia, ao defender um "projeto genoma" da biodiversidade da Terra, propôs a
criação de uma base de dados digital com fotos detalhadas de todas a espécies vivas e a
finalização do projeto Árvore da vida. Em contraposição a uma sistemática baseada na
biologia celular e molecular, Wilson vê a necessidade da sistemática descritiva para
preservar a biodiversidade.

Do ponto de vista econômico, defendem Wilson, Peter Raven e Dan Brooks, a


sistemática pode trazer conhecimentos úteis na biotecnologia, e na contenção de doenças
emergentes. Mais da metade das espécies do planeta é parasita, e a maioria delas ainda é
desconhecida.

De acordo com a classificação vigente as espécies descritas são agrupadas


em gêneros. Os gêneros são reunidos, se tiverem algumas características em comum,
formando uma família. Famílias, por sua vez, são agrupadas em uma ordem. Ordens são
reunidas em uma classe. Classes de seres vivos são reunidas em filos. E os filos são,
finalmente, componentes de alguns dos cinco reinos (Monera, Protista, Fungi, Plantae
e Animalia).

Nomenclatura Científica

Nomenclatura é a atribuição de nomes (nome científico) a organismos e às categorias nas


quais são classificados.

O nome científico é aceito em todas as línguas, e cada nome aplica-se apenas a uma
espécie.

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Há duas organizações internacionais que determinam as regras de nomenclatura,
uma para zoologia e outra para botânica. Segundo as regras, o primeiro nome publicado
(a partir do trabalho de Lineu) é o correto, a menos que a espécie seja reclassificada, por
exemplo, em outro gênero. A reclassificação tem ocorrido com certa frequência desde o
século XX.

O Código Internacional de Nomenclatura Zoológica preconiza que neste caso


mantém-se a referência a quem primeiro descreveu a espécie, com o ano da decisão, entre
parênteses, e não inclui o nome de quem reclassificou. Esta norma internacional decorre,
entre outras coisas, do fato de ser ainda nova a abordagem genética da taxonomia, sujeita
a revisão devido a novas pesquisas científicas, ou simplesmente a definição de novos
parâmetros para a delimitação de um táxon, que podem ser morfológicos, ecológicos,
comportamentais etc.

O sistema atual identifica cada espécie por dois nomes em latim: o primeiro, em
maiúscula, é o gênero, o segundo, em minúscula, é o epíteto específico. Os dois nomes
juntos formam o nome da espécie. Os nomes científicos podem vir do nome do cientista
que descreveu a espécie, de um nome popular desta, de uma característica que apresente,
do lugar onde ocorre, e outros. Por convenção internacional, o nome do gênero e da
espécie é impresso em itálico, grifado ou em negrito, o dos outros táxons não.
Subespécies têm um nome composto por três palavras.

Ex.: Canis familiares, Canis lupus, Felis catus.

A Filogênese dos Seres Vivos

Quais foram os ancestrais dos répteis (lagartos, cobras) que vivem na Terra atual?

Essas e outras perguntas relativas à origem dos grandes grupos de seres vivos eram
difíceis de serem respondidas até surgir, em 1859, a Teoria da evolução Biológica por
Seleção Natural, proposta por Charles Darwin e Alfred Russel Wallace. Com a
compreensão de "como" a evolução biológica ocorre, os biólogos passaram a sugerir
hipóteses para explicar a possível relação de parentesco entre os diversos grupos de seres
vivos.

Diagramas em forma de árvore - elaborados com dados de anatomia e embriologia


comparadas, além de informações derivadas do estudo de fósseis - mostraram a hipotética
origem de grupos a partir de supostos ancestrais. Essas supostas "árvores genealógicas"
ou "filogenéticas" (do grego, phylon = raça, tribo + génesis = fonte, origem, início)
simbolizavam a história evolutiva dos grupos que eram comparados, além de sugerir uma
provável época de origem para cada um deles. Como exemplo veja a figura abaixo.

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O esquema representa uma provável "história evolutiva" dos vertebrados. Note
que estão representados os grupos atuais - no topo do esquema - bem como os prováveis
ancestrais. Perceba que o grupo das lampreias (considerados "peixes" sem mandíbula) é
bem antigo (mais de 500 milhões de anos). Já cerca de 150 milhões de anos,
provavelmente a partir de um grupo de dinossauros ancestrais. Note, ainda, que o
parentesco existe entre aves e répteis é maior do que existe entre mamífero e répteis, e
que os três grupos foram originados de um ancestral comum.

Atualmente com um maior número de informações sobre os grupos taxonômicos


passaram-se a utilizar computadores para se gerar as árvores filogenéticas e
os cladogramas para estabelecer as inúmeras relações entre os seres vivos.

Estabelecendo Filogenias com os Cladogramas

Ao dispor de um grande número de características comparativas, mais confiáveis


- anatômicas, embriológicas, funcionais, genéticas, comportamentais etc. - os biólogos
interessados na classificação dos seres vivos puderam elaborar hipóteses mais
consistentes a respeito da evolução dos grandes grupos.

Influenciados pelo trabalho de Wili Hennig - um cientista alemão, especialista em


insetos - passaram a apresentar as características em cladogramas.

Neste tipo de diagrama, utiliza-se uma linha, cujo ponto de origem - a raiz-
simboliza um provável grupo (ou espécie) ancestral. De cada nó surge um ramo, que
conduz a um ou a vários grupos terminais. Com os cladogramas pode-se estabelecer uma

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comparação entre as características primitivas - que existiam em grupos ancestrais - e as
derivadas - compartilhadas por grupos que os sucederam.

Referência Bibliográfica: "Filogenias com os Cladogramas" em Só Biologia. Virtuous


Tecnologia da Informação, 2008-2022. Consultado em 11/04/2022 às 01:44. Disponível
na Internet
em https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Seresvivos/Ciencias/bioclassifidosseresvi
vos3.php

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