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Prática 3 - ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE ÁGUA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS

CURSO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS


CAMPUS DE PALMAS

GUILHERME SOARES LOPES


NAYANE TEIXEIRA PEREIRA

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA Nº 03:


ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE ÁGUA

PALMAS - TO
2022

Profª. Dra. Claudia Cristina Auler do Amaral Santos


1. INTRODUÇÃO
A água é um recurso natural abundante e essencial para a existência de vida na Terra.
Grande parte da porção terrestre é constituído por uma extensa massa de água,
correspondendo ao que se conhece como hidrosfera. Essa substância é utilizada em atividades
essenciais para o ser humano, animais, plantas, produção agrícola, e como solvente universal.
Sendo composta por um átomo de oxigênio e dois átomos de hidrogênio (H 2O) que se ligam
por meio de ligações covalentes. Como também, é uma molécula polar em virtude da
presença de um ângulo de 104,5° entre as ligações O-H (SANTOS, 2022).
É uma substância que possui capacidade de dissolver outros compostos químicos. Além
disso, a água ocupa 70% da superfície do planeta, cerca de 1,4 bilhão de km3. Desse total,
cerca de 97,5% correspondem à água salgada, que não é utilizada para consumo. Do total de
água doce, 68,9% estão em geleiras e calotas polares no estado sólido. Com isso, isso a
porção de água doce que pode ser aproveitada e consumida pela população fica em torno de
0,77% do total (SANTOS, 2022).
Apesar da existência de água potável em fontes naturais, ou seja, disponível na natureza,
não é recomendada a ingestão sem realização de algum tipo de análise. Alguns fatores como
os microrganismos e substâncias imperceptíveis a olho nu que são nocivas à saúde. As
características físicas, químicas, biológicas e radioativas da água indicam os seus parâmetros
de potabilidade.  As qualidades físicas são facilmente percebidas pelos órgãos dos sentidos e,
muitas vezes, é por causa destes, as pessoas evitam o consumo da água. Dentre as
características físicas da água, poderíamos citar a cor, o odor, o sabor e a turbidez (FUSATI,
2018). Dessa forma, para ingestão é indicado ainda que se tenha certeza de sua potabilidade e
para isso existe a análise ambiental que atesta por meio de laudo técnico acreditado a
qualidade da água estabelecido em norma pelo Ministério da Saúde (MERIEUX, 2021).
As resoluções de nº 357, 396, 430 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA)
apresentam resoluções que tratam da classificação e dos critérios ambientais para o
enquadramento dos corpos de água superficiais, além de estabelecer condições e padrões de
lançamento de efluentes. Associa e estabelece diretrizes ambientais para o enquadramento das
águas subterrâneas. Determinando condições e padrões de lançamento de efluentes sem
comprometer a saúde e o bem-estar das pessoas e o equilíbrio ecológico aquático (BRK,
2022).
Para a conformidade do padrão microbiológico de potabilidade é obrigatório a ausência de
coliformes totais em 100 mL de amostra na saída do tratamento. No entanto, conforme anexo
1
I da Portaria MS nº 2.914/2011, admite-se a presença de coliformes totais em apenas 1
amostra mensal para sistemas ou soluções coletivas que abastecem menos de 20.000
habitantes e em 5% das amostras mensais em sistemas ou soluções coletivas que abastecem
mais de 20.000 habitantes. Ressalta-se que em ambas as situações não é permitida a presença
de Escherichia coli na água para consumo humano (BRASIL,2013).

2. OBJETIVOS
Esse relatório da aula prática teve como objetivo apresentar a metodologia para análise
microbiológica de água coletada do sistema de distribuição, buscando a detecção e
quantificação de coliformes totais e Escherichia coli.

3. MATERIAS E MÉTODOS
3.2 Coleta da água
A coleta da amostra de água foi realizada no dia 26 de abril às 14:47 horas no bebedouro
da Universidade da Maturidade (UMA), localizada na Universidade Federal do Tocantins
(UFT).
Para a coleta, realizou-se a assepsia do local com álcool 70 %. Logo, abriu-se a torneira
por 2 minutos. Em seguida, flambou-se a torneira com a lamparina, e deixou a água escorrer
por mais 1 minuto em um frasco estéril com 75% da amostra de água. Após, flambou-se
novamente a tampa do frasco e o vedou. Para finalizar, fez-se a identificação do frasco e
levou para o laboratório afim da realização das análises.
3.2 Preparo da Amostra
Para determinar a quantidade de soluto (tiossulfato de sódio) na amostra realizou a
seguinte equação:
0,1 ----- 10 ml
X ------ 220 ml
10x= 22
X= 22 / 10 = 2,2 ml para cada tubo contendo 10 ml.
Adicionou-se 2,2 ml de tiossulfato de sódio para 220 ml da amostra, após realizou a
homogeneização deste por 60 vezes.
Após higienização da bancada álcool 70%, acendeu a lamparina para a manipulação.
Realizou a técnica de diluição única, utilizando uma pipeta graduada e estéril. Fez-se a
diluição de 10 ml da amostra em 10 tubos de Durhan, contendo Caldo Lauril Sulfato Triptose.
2
A cada preenchimento do tubo, fez a homogeneização com leve toques no fundo do frasco.
Por fim, os tubos foram incubados por 35 °C em um período de 24 horas para os resultados de
coliformes totais – termotolerantes e E. coli.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Detecção e quantificação de coliformes e E. coli
Verificou a produção de gás, somente dentro de um tubo de Durhan. Com isso,
concluiu-se que as análises de coliformes totais foram negativas (figura 1), pois apresentou
uma quantidade estabelecida nos padrões da portaria MS nº 2.914/2013.
Figura 1. Tubos contendo caldo e amostra

Fonte: (Teixeira e Lopes, 2022)


De acordo DALZOTO (2018), coliformes totais são bacilos gram-negativos, aeróbios
ou anaeróbios facultativos, não formadores de esporos e oxidase-negativos, capazes de se
desenvolver na presença de sais biliares, gás e aldeído a 35,0 ± 0,5°C. A presença desses
coliformes demonstra condições de tratamento inadequado, contaminação posterior ao
tratamento onde o transporte ocorreu sem cuidados (possivelmente no sistema de distribuição
de água) ou quantidade excessiva de nutrientes, fazendo com que os coliformes se tornem
mais presentes (VON SPERLING, 2011).
Os coliformes termotolerantes, correspondem aos coliformes totais que continuam a
produção de gás quando incubados a temperaturas de 44 a 45,5°C, como indicador de
poluição em águas e visto como secundário, principalmente em países tropicais e subtropicais.
Onde, pode-se encontrá-los nas vegetações próximas aos cursos d’água, podendo então não
ter relação direta com contaminação fecal (PAZ e BERNARDO, 2013).
No entanto, observou-se uma biomassa estranha, sendo de caractere não identificado
como demonstrado na figura 2.
3
Imagem 2. Tubos contendo biomassa desconhecida da amostra

Fonte: (Teixeira e Lopes, 2022)


A água potável e tratada não deve conter microrganismos patogênicos. Na prática
realizada, não foi possível detectar a presença de qualquer coliforme em qualquer amostra de
100 ml.
Segundo a KASVI (2018), testes regulares da água são indispensáveis para monitorar
quaisquer mudanças na qualidade. Se isso ocorrer, é essencial que o monitoramento aconteça
em intervalos fixos a partir do mesmo ponto. No entanto, também pode ser uma boa ideia
realizar testes de água em resposta a um evento inesperado, como um vazamento químico.

5. CONCLUSÃO
Conclui-se que, para as análises de coliformes totais e termotolerantes da água do
bebedouro da Universidade da Maturidade (UMA) localizado na UFT, encontram-se nos
padrões exigidos pela portaria nº 2.914/2011. Entretanto, deve-se realizar uma análise
posterior para confirmação dos resultados obtidos e ou de outros microrganismo presentes na
água.

4
5. REFERÊNCIAS
BRASIL. Fundação Nacional de Saúde. Manual prático de análise de água / Fundação
Nacional de Saúde – 4. ed. – Brasília : Funasa, 2013. 150 p
BRK. Saneamento em pauta. Disponível em:< https://blog.brkambiental. com.br/qualidade-
da-agua/>. Acesso em 2022.
 PAZ, L. P; BERNARDO, L.. Seleção de Tecnologias de Tratamento de Água. São Paulo:
Editora Cubo, 2013.
DALZOTO, P. Microbiologia da água. Disponível em:< https://docs.ufpr.br/~pdalzoto/
2018Bio009MicroAGUA.pdf>. Acesso em 16 de outubro de 2022.
FUSATI. “Água Potável e seu Tratamento”. Disponível
em: https://www.fusati.com.br/agua-potavel-e-seu-tratamento/#:~:text=%C3%81gua%2 0pot
%C3%A1vel%20%C3%A9%20a%20%C3%A1gua,e%20%C3%A9%20agrad%C3%A1vel
%20aos%20sentidos. Acesso em 16 de novembro de 2018.
MÉRIEUX. NutriSciences. “Potabilidade da Água: Quais os critérios para um consumo
seguro”. Disponívelem: http://blog-br.mxns.com/potabilidade-da-agua/#:~:text=A%20potabil
idade%20da%20%C3%A1gua%20%C3%A9%20basicamente%20a%20%C3%A1gua
%20livre%20de,por%20algum%20tipo%20de%20tratamento. Acesso em 2021.
SANTOS, V. S. Mundo educação. Água. Disponível em:< https://mundoeduca
cao.uol.com.br/biologia/agua.htm>. Acesso em 2022.
SANTOS, Vanessa Sardinha dos. “Mundo da Educação”. Disponível
em: https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/agua.htm. Acesso em 2022.
TÍLIAS, T.. Quais são as bactérias mais comuns que podem ser encontradas na água.
Santa Catarina: Treze Tílias, 2018. Disponível em: https://aguamineraltrezetilias.com.br/vida-
saudavel/quais-sao-as-bacterias-mais-comuns-que-podem-ser-encontradas-na-agua/. Acesso
em 05 maio 2022.
VON SPERLING, M. Princípios do tratamento biológico de águas residuárias. 3. ed. v. 1
Introdução a qualidade das águas e ao tratamento de esgotos. Belo Horizonte: DESA
(Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental) UFMG, 2011

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