Portaria Ministério Da Saúde 183 - 14
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Portaria Ministério Da Saúde 183 - 14
da Saúde
ADVERTÊNCIA
Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial da União
Ministério da Saúde
Gabinete do Ministro
PORTARIA Nº 183, DE 30 DE JANEIRO DE 2014
Regulamenta o incentivo financeiro de custeio para
implantação e manutenção de ações e serviços
públicos estratégicos de vigilância em saúde, previsto
no art. 18, inciso I, da Portaria nº 1.378/GM/MS, de 9 de
julho de 2013, com a definição dos critérios de
financiamento, monitoramento e avaliação.
O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso das atribuições que lhe confere o inciso II do parágrafo único do
art. 87 da Constituição, e
Considerando a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, que dispõe sobre as condições para a promoção,
proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras
providências;
Considerando a Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990, que dispõe sobre a participação da comunidade na
gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na
área da saúde e dá outras providências;
Considerando a Lei Complementar nº 141, de 13 de janeiro de 2012, que regulamenta o § 3º do art. 198 da
Constituição Federal
para dispor sobre os valores mínimos a serem aplicados anualmente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios
em ações e serviços públicos de saúde; estabelece os critérios de rateio dos recursos de transferências para a saúde e
as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas 3 (três) esferas de governo;
Considerando o Decreto nº 1.232, de 30 de agosto de 1994, que dispõe sobre as condições e a forma de repasse
regular e automático de recursos do Fundo Nacional de Saúde para os fundos de saúde estaduais, municipais e do
Distrito Federal, e dá outras providências;
Considerando o Decreto nº 1.651, de 28 de setembro de 1995, que regulamenta o Sistema Nacional de Auditoria
no âmbito do SUS;
Considerando a Portaria nº 204/GM/MS, de 29 de janeiro de 2007, que regulamenta o financiamento e a
transferência dos recursos federais para as ações e serviços de saúde, na forma de blocos de financiamento, com o
respectivo monitoramento e controle;
Considerando a Portaria nº 104/GM/MS, de 25 de janeiro de 2011, que define as terminologias adotadas em
legislação nacional, conforme o disposto no Regulamento Sanitário Internacional 2005 (RSI 2005), a relação de
doenças, agravos e eventos em saúde pública de notificação compulsória em todo o território nacional e estabelece
fluxo, critérios, responsabilidades e atribuições aos profissionais e serviços de saúde;
Considerando a Portaria nº 529/GM/MS, de 1º de abril de 2013, que institui o Programa Nacional de Segurança do
Paciente (PNSP);
Considerando a Portaria nº 1.378/GM/MS, de 9 de julho de 2013, que regulamenta as responsabilidades e define
diretrizes para execução e financiamento das ações de Vigilância em Saúde pela União, Estados, Distrito Federal e
Municípios, relativos ao Sistema Nacional de Vigilância em Saúde e Sistema Nacional de Vigilância Sanitária;
Considerando a Portaria nº 2.684/GM/MS, de 8 de novembro de 2013, que redefine as regras e os critérios
referentes aos incentivos financeiros de investimento para construção de polos e de custeio no âmbito do Programa
Academia da Saúde e os critérios de similaridade entre Programas em Desenvolvimento no Distrito Federal ou no
Município e o Programa Academia da Saúde; e
Considerando a pactuação realizada na 8ª Reunião Ordinária da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), de 31 de
outubro de 2013, resolve:
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CAPITULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º Esta Portaria regulamenta o incentivo financeiro de custeio para implantação e manutenção de ações e
serviços públicos estratégicos de vigilância em saúde, previsto no art. 18, inciso I, da Portaria nº 1.378/GM/MS, de 9 de
julho de 2013, com a definição dos critérios de financiamento, monitoramento e avaliação.
Art. 2º O incentivo financeiro de que trata o art. 1º tem como objetivo financiar, no âmbito da vigilância em saúde,
a implantação e manutenção das seguintes ações e serviços públicos estratégicos:
I Vigilância Epidemiológica Hospitalar (VEH);
II Serviço de Verificação de Óbito (SVO);
III Registro de Câncer de Base Populacional (RCBP);
IV Vigilância Sentinela da Influenza;
V Projeto Vida no Trânsito;
VI Programa Academia da Saúde; e
VII Laboratórios Centrais de Saúde Pública (LACEN).
§ 1º As ações e serviços de VEH se referem ao incentivo Núcleos Hospitalares de Epidemiologia (NHE), previsto
no inciso I do art. 19 da Portaria nº 1.378/GM/MS, de 2013.
§ 2º As ações e serviços de Vigilância Sentinela da Influenza se referem ao incentivo Vigilância Epidemiológica
da Influenza, previsto no inciso VI do art. 19 da Portaria nº 1.378/GM/MS, de 2013.
§ 3º As ações e serviços do LACEN se referem ao incentivo Fator de Incentivo para os Laboratórios Centrais de
Saúde Pública (FINLACEN), previsto no inciso V do art. 19 da Portaria nº 1.378/GM/MS, de 2013.
Art. 3º Para habilitarse ao recebimento de incentivo financeiro de custeio referente às ações e serviços públicos
estratégicos de vigilância em saúde discriminados no art. 2º, o ente federativo deverá:
I assinar os termos de compromisso constantes dos anexos I e II a esta Portaria, afirmando possuir condições
para o cumprimento de todos os requisitos de habilitação e manutenção de cada serviço estratégico descrito nesta
Portaria, cujo incentivo financeiro tenha solicitado, de acordo com as normas constantes nos Capítulos II, III, IV, V, VI e
VII;
II assumir as responsabilidades específicas às ações a serem desenvolvidas e aos serviços a serem
executados; e
III indicar as ações e serviços estratégicos para os quais solicita o recebimento do incentivo financeiro, não
havendo limitação quantitativa.
§ 1º Os termos de compromisso referidos no inciso I do "caput" deverão ser aprovados em Resolução da
Comissão Intergestores Bipartite (CIB) e apresentados à Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS) contendo os
seguintes documentos:
(Alterado pela PRT nº 732/GM/MS de 05.05.2014)
§ 1º Os termos de compromisso referidos no inciso I do"caput" deverão ser aprovados em Resolução da
Comissão Intergestores Bipartite (CIB) e apresentados à Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS) acompanhados
de:
I para a VEH:
(Alterado pela PRT nº 732/GM/MS de 05.05.2014)
I para a VEH, documento contendo:
a) justificativa e estratégia de articulação com os demais setores integrantes do sistema hospitalar;
b) forma de gestão;
c) relação de hospitais que comporão a Rede de Vigilância Epidemiológica Hospitalar de Interesse Nacional
(REVEH);
d) o montante a ser repassado aos Fundos de Saúde Estadual, do Distrito Federal e Municipais;
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e) indicação do número de referência do Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES),
por meio do qual será realizado o registro no Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN) de todas as
notificações compulsórias identificadas no estabelecimento de saúde participante;
II para o SVO:
a) documento formal de criação do SVO, aprovado na CIB;
(Alterado pela PRT nº 732/GM/MS de 05.05.2014)
a) documento formal de criação do SVO;
b) declaração de disponibilidade física com instalações e tecnologias necessárias a um SVO, assinada pelo
Secretário de Saúde do Estado, do Distrito Federal ou do Município, aprovada na CIB; e
III para a Vigilância Sentinela da Influenza:
a) referente às ações de Vigilância Sentinela de Síndrome Gripal (SG):
(Alterado pela PRT nº 732/GM/MS de 05.05.2014)
a) referente às ações de Vigilância Sentinela de Síndrome Gripal (SG), documento contendo:
1. proporção de SG sobre o total de atendimentos realizados pelo serviço;
2. declaração de que as Unidades Sentinela de SG prestam atendimento preferencialmente para todas as faixas
etárias; e
3. declaração de que os serviços de saúde eleitos para serem sítios sentinelas de SG são unidades de urgência
e/ou emergência, pronto socorro, pronto atendimento ou unidade de pronto atendimento;
b) referente às ações de Vigilância Sentinela de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG):
(Alterado pela PRT nº 732/GM/MS de 05.05.2014)
b) referente às ações de Vigilância Sentinela de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), documento
contendo:" (NR)
1. número de internações pelos CID 10: do J09 ao J18, referente ao ano anterior ao da solicitação da habilitação,
no Município interessado e nas respectivas Unidades de Terapia Intensiva (UTI);
2. número de UTI públicas e privadas, vinculadas ou não ao Sistema Único de Saúde (SUS), existentes no
Município, bem como o respectivo número de leitos em cada serviço; e
3. número de UTI com número de leitos públicos e privados, vinculados ou não ao SUS, nos Municípios que
comporão a Vigilância da SRAG.
§ 2º A SVS/MS analisará toda a documentação referida no § 1º, podendo rejeitála.
§ 3º A organização das ações e dos serviços públicos estratégicos de vigilância em saúde ocorrerá, no que
couber, de forma articulada ao processo de regionalização da atenção à saúde.
§ 4º A Secretaria Técnica da CIB deverá encaminhar à SVS/MS Resolução contendo a lista dos Municípios
indicados para a implantação das ações e serviços públicos estratégicos, com seus respectivos códigos de IBGE e/ou
Secretaria Estadual de Saúde.
§ 5º No caso do Distrito Federal, a Secretaria de Saúde encaminhará ao seu Colegiado de Gestão (CGSES/DF) o
termo de compromisso devidamente assinado pelo Gestor, para conhecimento e posterior envio à SVS/MS,
acompanhado da Resolução do Colegiado.
§ 6º Para adequação aos novos critérios e valores estabelecidos nesta Portaria, o ente federativo deverá cumprir
o disposto neste artigo, no prazo de até 120 (cento e vinte) dias, a contar da data de publicação desta Portaria.
Art. 4º O valor do incentivo financeiro de custeio a ser repassado ao ente federativo será proporcional às ações e
aos serviços públicos estratégicos para os quais tiver sido habilitado.
§ 1º O montante do recurso financeiro de custeio a que o ente fará jus e os recursos atualmente disponíveis
poderão ser utilizados para financiar quaisquer das ações e serviços públicos estratégicos descritos nesta Portaria,
desde que tenha se habilitado ao serviço no qual o incentivo será empregado.
§ 2º O número de ações e serviços a serem financiados será definido mediante avaliação da SVS/MS e
disponibilidade orçamentária e financeira do Ministério da Saúde.
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CAPÍTULO II
DA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA HOSPITALAR (VEH)
Art. 5º As ações de VEH terão por objetivo detectar, de modo oportuno, as doenças transmissíveis e os agravos
de importância nacional ou internacional, bem como a alteração do padrão epidemiológico em regiões estratégicas do
país, desenvolvida em estabelecimentos de saúde hospitalares, que atuarão como unidades sentinelas para a REVEH.
§ 1º A atuação da VEH tomará por base protocolos e procedimentos padronizados, que permitam a identificação
oportuna, a notificação imediata, a investigação inicial ou complementar e o registro ou a atualização de informações no
SINAN e em outros sistemas oficiais, quando disponíveis.
§ 2º A VEH será realizada de modo articulado com o Núcleo de Segurança do Paciente (NSP), instituído pela
Portaria nº 529/GM/MS, de 1º de abril de 2013, e demais estruturas ou setores integrantes do sistema hospitalar que
visem contribuir para a qualificação do cuidado em saúde ou vigilância das doenças e agravos.
§ 3º Os valores destinados aos hospitais federais integrantes do sistema VEH não serão incorporados ao
incentivo desta Portaria, sendo financiados de forma direta pelo Ministério da Saúde, conforme procedimento que será
regulamentado em ato específico do Ministro de Estado da Saúde.
Art. 6º Para desenvolver as ações de VEH, os entes federativos devem possuir hospitais que tenham sido
habilitados como estratégicos para a composição da REVEH.
Parágrafo único. Para compor a REVEH, o estabelecimento de saúde deverá ser credenciado para a instalação,
registro e atualização das informações no SINAN junto à Secretaria de Saúde do Distrito Federal ou do Município,
devendose atender ao SUS na proporção de 1 (um) hospital com 50 (cinquenta) ou mais leitos para cada 1.000.000 (um
milhão) de habitantes, ou, no mínimo, 1 (um) hospital por Estado, independentemente do número de habitantes, e que
seja:
I hospital geral de referência nacional, regional, estadual, distrital ou municipal;
II hospital especializado em doenças transmissíveis de referência nacional, regional, estadual, distrital ou
municipal;
III hospital participante de estratégia de vigilância sentinela de doenças e agravos de interesse da SVS/MS; ou
IV hospital participante de estratégias gerenciadas por outras Secretarias do Ministério da Saúde ou pela
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Art. 7º Para a execução de ações de VEH, o estabelecimento de saúde deverá atender aos seguintes requisitos:
I designar profissional de saúde de nível superior, preferencialmente com experiência em vigilância
epidemiológica, como responsável pelas atividades de vigilância epidemiológica hospitalar;
II promover, em até 24 (vinte e quatro) horas, a notificação compulsória imediata de todos os casos e óbitos por
doenças ou agravos identificados, segundo legislação vigente;
III realizar investigação complementar dos casos e óbitos hospitalizados já notificados por outros
estabelecimentos de saúde, registrandose a informação no instrumento ou sistema de informação correspondente,
quando disponível; e
IV elaborar relatório trimestral com o perfil de morbidade e mortalidade hospitalar das doenças de notificação
compulsória, a ser encaminhado à Secretaria Municipal de Saúde em instrumento padronizado, por meio eletrônico ou
impresso.
Art. 8º Para a execução de ações de VEH, as Secretarias de Saúde do Estado deverão atender aos seguintes
requisitos:
II consolidar os relatórios encaminhados pelas Secretarias Municipais de Saúde participantes da REVEH de sua
área de abrangência, independente da gestão hospitalar, federal, estadual ou municipal, para conhecimento e análise do
perfil de morbidade e mortalidade hospitalar, das doenças de notificação compulsória do seu território; e
Art. 9º Para a execução de ações de VEH, a Secretaria de Saúde dos Municípios deverão atender aos seguintes
requisitos:
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II consolidar os relatórios encaminhados pelos estabelecimentos de saúde participantes da REVEH de sua área
de abrangência, independentemente da gestão hospitalar federal, estadual ou municipal, para conhecimento e análise do
perfil de morbidade e mortalidade hospitalar das doenças de notificação compulsória de seu território; e
III encaminhar relatório trimestral consolidado à Secretaria de Saúde Estadual, em instrumento padronizado, por
meio eletrônico ou impresso.
Art. 10. Compete à Secretaria de Saúde do Distrito Federal as mesmas atribuições das Secretarias de Saúde
Municipais descritas no art. 9º, ressalvandose o disposto no seu inciso III.
Parágrafo único. A Secretaria de Saúde do Distrito Federal deverá encaminhar semestralmente relatório
consolidado à SVS/MS em instrumento padronizado, por meio eletrônico ou impresso.
Art. 11. O valor do incentivo financeiro de custeio a ser repassado ao ente federativo para a execução das ações
de VHE será definido pela respectiva CIB, com base no montante total constante no anexo III a esta Portaria.
Art. 12. O ente federativo será desabilitado das ações de VEH, total ou parcialmente, tendo em vista o número de
seus estabelecimentos de saúde cadastrados no SCNES, quando:
(Alterado pela PRT nº 732/GM/MS de 05.05.2014)
Art. 12. O ente federativo será desabilitado das ações de VEH, total ou parcialmente, tendo em vista o número de
seus estabelecimentos de saúde habilitados como estratégicos para a composição da REVEH, cadastrados no SCNES,
quando:
I o tempo entre a notificação e a digitação dos registros de notificação compulsória imediata seja superior a 7
(sete) dias em mais de 50% (cinquenta por cento) dos casos ou óbitos identificados pelo componente da REVEH, por
três meses consecutivos; ou
II deixar de promover a notificação negativa registrada no SINAN por mais de 4 (quatro) semanas
epidemiológicas consecutivas, quando da ausência de notificação compulsória.
§ 1º A desabilitação será total quando todos os estabelecimentos de saúde do ente federativo cadastrados no
SCNES se enquadrarem no disposto no inciso I ou II do "caput".
§ 2º A desabilitação será parcial quando o enquadramento no disposto no inciso I ou II do "caput" não abranger
todos os estabelecimentos de saúde do ente federativo.
(Alterado pela PRT nº 732/GM/MS de 05.05.2014)
1º A desabilitação será total quando todos os estabelecimentos de saúde do ente federativo, habilitados como
estratégicos para a composição da REVEH e cadastrados no SCNES, enquadrarem se no disposto no inciso I ou II do
"caput".
§ 2º A desabilitação será parcial quando o enquadramento no disposto no inciso I ou II do "caput" não abranger
todos os estabelecimentos de saúde do ente federativo habilitados como estratégicos para a composição da REVEH.
Art. 13. A avaliação das ações de VEH será efetuada semestralmente pela SVS/MS por meio do SINAN, a partir
do ano seguinte ao da habilitação.
CAPÍTULO III
DO SERVIÇO DE VERIFICAÇÃO DE ÓBITO (SVO)
Art. 14. O SVO tem por atribuição promover ações que proporcionem, via autopsia, o esclarecimento da causa
mortis de todos os óbitos, com ou sem assistência médica, sem elucidação diagnóstica, e em especial aqueles sob
investigação epidemiológica.
§ 1º Os SVO estaduais e municipais compõem a Rede Nacional de Serviços de Verificação de Óbito e
Esclarecimento da Causa Mortis, que integra o Sistema Nacional de Vigilância em Saúde.
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§ 2º Os SVO serão de abrangência regional, cuja classificação será indicada no documento de criação do SVO.
(Alterado pela PRT nº 732/GM/MS de 05.05.2014)
§ 2º Os SVO serão de abrangência regional, cuja classificação será indicada em Resolução da CIB." (NR).
Art. 15. Os recursos destinados ao SVO serão repassados aos fundos de saúde dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios que tenham sido habilitados pela SVS/MS.
Parágrafo único. Os SVO gerenciados por instituições públicas ou filantrópicas receberão o incentivo por meio de
instrumento contratual estabelecido com o gestor do SUS ao qual estejam vinculados, obedecendo às normas de
contratualização das ações e serviços de saúde, de acordo com a legislação vigente.
Art. 16. Para a execução de ações de SVO, o estabelecimento de saúde atenderá aos seguintes requisitos:
I ter equipe composta por médico especialista em patologia como responsável técnico e auxiliar em patologia; e
II contar com suporte laboratorial para exames complementares.
Art. 17. Os entes federativos habilitados ao SVO receberão, a título de incentivo financeiro de custeio, os
seguintes montantes:
I para os SVO cuja região compreenda de 250.000 (duzentos e cinquenta mil) a 500.000 (quinhentos mil)
habitantes: R$ 35.000,00 (trinta e cinco mil reais) mensais;
II para os SVO cuja região compreenda de 500.001 (quinhentos mil e um) a 1.000.000 (um milhão) de
habitantes: R$ 40.000,00 (quarenta mil reais) mensais;
III para os SVO cuja região compreenda de 1.000.001 (um milhão e um) a 3.000.000 (três milhões) de
habitantes: R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais) mensais;
IV para os SVO cuja região compreenda de 3.000.001 (três milhões e um) a 5.000.000 (cinco milhões) de
habitantes: R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) mensais; e
V para SVO cuja região compreenda acima de 5.000.000 (cinco milhões) de habitantes: R$ 55.000,00 (cinquenta
e cinco mil reais) mensais.
§ 1º Para apoiar as despesas de implantação do SVO, o valor do incentivo de custeio mensal previsto nos
incisos I a V do "caput" será pago em dobro unicamente no primeiro mês de repasse.
§ 2º Os SVO de gestão estadual ou municipal já habilitados, que estejam recebendo recurso financeiro na data de
entrada em vigor desta Portaria, localizados em Municípios que não atendam aos critérios de financiamento,
encaminharão à SVS proposta de ampliação do serviço, com o objetivo de atingir um dos critérios populacionais
descritos no "caput", para fazer jus ao recebimento do benefício, a ser avaliado pela SVS/MS.
Art. 18. O ente federativo será desabilitado das ações e serviços de SVO caso deixe de promover, no Sistema de
Informações sobre Mortalidade (SIM), registro como atestante da Declaração de Óbito (DO), pelo prazo de 6 (seis)
meses consecutivos.
(Alterado pela PRT nº 732/GM/MS de 05.05.2014)
Art. 18. O ente federativo será desabilitado das ações e serviços de SVO, total ou parcialmente, caso seus SVO
habilitados deixem de notificar, no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), registro como atestante da
Declaração de Óbito (DO), pelo prazo de 6 (seis) meses consecutivos." (NR).
§ 1º A desabilitação será total quando todos os SVO habilitados não cumprirem o estabelecido no "caput".
§ 2º A desabilitação será parcial quando o descumprimento do estabelecido no "caput" não abranger todos os
SVO habilitados.
§ 3º A desabilitação parcial será realizada de forma proporcional ao número total de SVO do ente federativo
habilitado.
(§ Incluídos pela PRT nº 732/GM/MS de 05.05.2014)
Art. 19. A avaliação do SVO será efetuada semestralmente pela SVS/MS por meio do SIM, a partir do ano
seguinte ao da habilitação.
CAPITULO IV
DO REGISTRO DE CÂNCER DE BASE POPULACIONAL (RCBP)
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Art. 20. O RCBP constituise de ferramenta de vigilância e monitoramento de neoplasias destinado a estimar
incidências, taxas de mortalidade e de sobrevida, por meio da coleta, análise, interpretação e divulgação sistemática em
uma população e períodos de tempo específicos.
§ 1º O RCBP coletará informações de pessoas residentes nos Municípios onde estão localizados, as quais
constituirão subsídio para o planejamento, a implementação de programas e de ações de prevenção e de atenção à
população doente.
§ 2º O Ministério da Saúde disponibilizará no sítio eletrônico http://bvsms.saude. gov.br/bvs/
publicacoes/inca/manual_registros_ cancer_base_populacional_2ed.pdf o Manual de Rotinas e Procedimentos para
RCBP.
Art. 21. Os recursos destinados ao RCBP serão repassados aos fundos de saúde dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios que tenham sido habilitados.
Parágrafo único. Os RCBP gerenciados por instituições públicas ou filantrópicas receberão o incentivo por meio
de instrumento contratual estabelecido com o gestor do SUS com o qual estejam vinculados, obedecendo às normas de
contratualização das ações e serviços de saúde, de acordo com a legislação vigente.
Art. 22. Para a execução de ações de RCBP, o estabelecimento assumirá as seguintes responsabilidades:
I encaminhamento anual ao Instituto Nacional de Câncer (INCA) e à SVS/MS da base de dados atualizada,
consolidada e em meio digital, com defasagem máxima de 2 (dois) anos calendário, para avaliação de consistência e
divulgação das informações;
II utilização, preferencialmente, do Sistema Informatizado para RCBP, desenvolvido pelo INCA para registros
dos dados coletados; e
III fornecimento anual da base de dados, de informações e análise sobre perfil da incidência de câncer na
localidade para as respectivas Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde.
Art. 23. O valor do incentivo financeiro de custeio para as ações e serviços de RCBP será repassado aos entes
federativos habilitados de acordo com os seguintes critérios:
I Municípios cuja população seja inferior a 1.000.000 (um milhão) de habitantes: valor mensal de R$ 4.500,00
(quatro mil e quinhentos reais);
II Municípios cuja população seja de 1.000.000 (um milhão) a 2.000.000 (dois milhões) de habitantes: valor
mensal de R$ 6.000,00 (seis mil reais);
III Municípios cuja população seja de 2.000.001 (dois milhões e um) a 3.000.000 (três milhões) de habitantes:
valor mensal de 7.500,00 (sete mil e quinhentos reais); e
IV Municípios cuja população seja superior a 3.000.000 (três milhões) de habitantes: valor mensal de R$
15.000,00 (quinze mil reais).
Parágrafo único. Ficam definidas no Anexo IV as áreas de cobertura do RCBP de cada unidade federativa que
poderão habilitarse ao recebimento do incentivo financeiro destinado ao RCBP.
Art. 24. O ente federativo será desabilitado das ações de RCBP nas seguintes hipóteses:
I deixar de encaminhar anualmente, até o mês de junho, a base de dados consolidada e atualizada em meio
digital, de pelo menos um novo ano calendário para avaliação de consistência e divulgação das informações ao INCA, à
SVS/MS e às Secretarias de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
II manter base de dados não atualizadas, com defasagem superior a 2 (dois) anos calendários; ou
III deixar de comprovar a formalização do contrato do serviço de RCBP, quando este for gerenciado por
instituição pública ou filantrópica não vinculada às Secretarias de Saúde.
Art. 25. A avaliação do RCBP será efetuada anualmente pela SVS/MS, a partir do ano seguinte ao da habilitação,
por intermédio da base de dados a ela encaminhada.
CAPÍTULO V
DA VIGILÂNCIA SENTINELA DA INFLUENZA
Art. 26. A Vigilância Sentinela da Influenza tem como objetivo fortalecer a vigilância epidemiológica da influenza
através da identificação da circulação dos vírus influenza e de outros vírus respiratórios, de acordo com a
patogenicidade, a virulência em cada período sazonal, a existência de situações inusitadas ou o surgimento de novo
subtipo viral.
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Parágrafo único. A Vigilância Sentinela da Influenza também tem por finalidade o isolamento de espécimes virais
e o respectivo envio oportuno ao Centro Colaborador de Influenza (CCI) de referência para as Américas e para a
Organização Mundial da Saúde (OMS), visando à adequação da vacina da influenza sazonal.
Art. 27. A Vigilância Sentinela da Influenza possuirá 2 (dois) componentes, definidos de acordo com a população:
I Vigilância Sentinela de Síndrome Gripal (SG), com monitoramento da vigilância agregada por Semana
Epidemiológica (SE) dos atendimentos por SG; e
II Vigilância Sentinela de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em UTI, com monitoramento da vigilância
agregada por Semana Epidemiológica (SE) pelo CID 10: J09 a J18.
Art. 28. Os recursos financeiros destinados à Vigilância Sentinela da Influenza serão repassados aos fundos de
saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios que tenham sido habilitados.
§ 1º A Vigilância de SG será implantada obedecendo a seguinte relação:
I nas Capitais: 1 (uma) Unidade Sentinela de Vigilância de SG para cada 500.000 (quinhentos mil) habitantes;
II nos Municípios da Região Sul cuja população seja superior a 300.000 (trezentos mil) habitantes: 1 (uma)
Unidade Sentinela de Vigilância de SG, independente de o Município pertencer à região metropolitana; e
III nos Municípios com população superior a 300.000 (trezentos mil) habitantes, pertencentes às regiões
metropolitanas de Capitais:
1 (uma) Unidade Sentinela de Vigilância de SG.
§ 2º A Vigilância de SRAG será implantada em UTI, definida de acordo com a população, sendo que a escolha
dos serviços deve procurar abranger aproximadamente 10% (dez por cento) dos leitos de UTI existentes no Município,
que atendam preferencialmente todas as faixas etárias e, para os Municípios que não tiverem UTI privadas, vinculadas
ou não ao SUS, poderá ser incluída outra UTI pública.
§ 3º As Unidades Sentinelas de Vigilância de SG preexistentes em Municípios que não atendam aos parâmetros
populacionais estabelecidos no § 1º e que tenham recebido recursos no ano de 2013 serão mantidas, desde que
atendam às exigências para a execução das ações e responsabilidades, dispostas nos arts. 29 e 30.
Art. 29. Para a execução das ações de Vigilância Sentinela de SG, o ente federativo habilitado ao recebimento do
incentivo financeiro deverá assumir as seguintes responsabilidades:
I coletar 5 (cinco) amostras clínicas dos casos de SG por semana, de modo a atingir o mínimo de 80% (oitenta
por cento) de coleta de material da meta semanal, com oportuna digitação; e
II digitar no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEPGripe) agregado semanal por
sexo e faixa etária dos atendimentos de SG e do total de atendimentos da Unidade Sentinela em, no mínimo, 90%
(noventa por cento) das semanas epidemiológicas do ano.
Art. 30. Para a execução de ações de Vigilância Sentinela de SRAG, o ente federativo habilitado ao recebimento
do incentivo financeiro deverá assumir as seguintes responsabilidades:
I coletar amostras de no mínimo 80% (oitenta por cento) dos casos de SRAG notificados nas UTI incluídas na
Vigilância da SRAG, com o devido envio de amostra aos LACEN e incluir os casos no sistema de informação SIVEP
Gripe; e
II elaborar informe semanal do número de internações por CID 10: J09 a J18, de forma agregada, das UTI
participantes, com alimentação de sistema informatizado de planilha semanal de internações em UTI, com uma
regularidade de no mínimo 90% (noventa por cento) das semanas epidemiológicas do ano.
(Alterado pela PRT nº 732/GM/MS de 05.05.2014)
II digitar semanalmente os dados do número de internações do CID 10: J09 a J18, de forma agregada, das UTI
participantes, no SIVEPGripe, com uma regularidade de no mínimo 90% (noventa por cento) das semanas
epidemiológicas do ano." (NR).
Art. 31. Para a implantação da Vigilância da SG e da SRAG, os entes federativos observarão o parâmetro
populacional descrito no anexo V a esta Portaria.
Art. 32. Os entes federativos habilitados às ações de Vigilância Sentinela da Influenza receberão, a título de
incentivo financeiro de custeio, os seguintes valores:
I Municípios de Região Metropolitana de capital, com população superior a 300.000 (trezentos mil) habitantes
com Unidade Sentinela de Vigilância de SG: R$ 3.000,00 (três mil reais) mensais;
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2014/prt0183_30_01_2014.html 8/13
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II Municípios com Unidade Sentinela de Vigilância de SG preexistentes, prevista no § 3º do art. 28: R$ 3.000,00
(três mil reais) mensais;
III capitais do País e Municípios da Região Sul com população superior a 300.000 (trezentos mil) habitantes:
a) no caso de capitais ou Municípios com 3 (três) a 5 (cinco) serviços de vigilância sentinela da influenza, com no
mínimo 1 (uma) Sentinela de SRAG em UTI vinculada ao SUS, 1 (uma) Sentinela de SRAG em UTI não vinculada ao
SUS e 1 (uma) Sentinela de SG: R$ 10.000,00 (dez mil reais) mensais;
b) no caso de capitais ou Municípios com 6 (seis) a 8 (oito) serviços de vigilância sentinela da influenza, com no
mínimo 2 (duas) Sentinelas de SRAG em UTI vinculada ao SUS, 2 (duas) Sentinelas de SRAG em UTI não vinculada
ao SUS e 4 (quatro) Sentinelas de SG: R$ 15.000,00 (quinze mil reais) mensais;
c) no caso de capitais ou Municípios com 9 (nove) a 11 (onze) serviços de vigilância sentinela da influenza, com
no mínimo 3 (três) Sentinelas de SRAG em UTI vinculada ao SUS, 2 (duas) Sentinelas de SRAG em UTI não
vinculadas ao SUS e 5 (cinco) Sentinelas de SG: R$ 20.000,00 (vinte mil reais) mensais;
IV no caso do Município do Rio de Janeiro: R$ 60.000,00 (sessenta mil reais) mensais; e
V no caso do Município de São Paulo: R$ 100.000,00 (cem mil reais) mensais.
§ 1º Para apoiar as despesas da implantação da Unidade Sentinela da Vigilância de SG, prevista no inciso I do
"caput", será pago o valor adicional de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) unicamente no primeiro mês de repasse.
§ 2º Para apoiar as despesas com a implantação de Unidades Sentinela da Vigilância de SG e SRAG, previstas
no inciso III do "caput", será pago o valor adicional de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) unicamente no primeiro mês
de repasse.
§ 3º Para apoiar as despesas com a implantação de Unidades Sentinela da Vigilância de SG e SRAG, previstas
no inciso III do "caput", para as capitais e Municípios com população com 1.000.000 ou mais de habitantes, será pago o
valor adicional de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), por cada 1.000.000 (um milhão) de habitantes, unicamente no
primeiro mês de repasse.
§ 4º O enquadramento no § 3º deste artigo exclui o enquadramento no § 2º também deste artigo.
Art. 33. O ente federativo será desabilitado das ações de Vigilância Sentinela de SG e de SRAG na hipótese de
descumprimento das metas estabelecidas nos arts. 29 e 30, por 2 (dois) semestres consecutivos.
Art. 34. A avaliação das ações de Vigilância Sentinela de SG e de SRAG será efetuada semestralmente pela
SVS/MS, a partir do ano da habilitação, por intermédio do SIVEPGripe.
CAPÍTULO VI
DO PROJETO DE VIDA NO TRÂNSITO
Art. 35. O Projeto Vida no Trânsito tem como objetivo subsidiar gestores no fortalecimento de políticas de
prevenção de lesões e mortes no trânsito por meio do planejamento, monitoramento, acompanhamento e avaliação das
ações.
Art. 36. Para a execução das ações do Projeto Vida no Trânsito, o ente federativo habilitado ao recebimento do
incentivo financeiro assumirá as seguintes responsabilidades:
I instituir Comitê Intersetorial Estadual, do Distrito Federal ou Municipal, de execução e acompanhamento do
Projeto Vida no Trânsito ou tema similar;
II instituir Comissão ou Subcomissão de Coleta de Dados, Análise e Gestão da Informação;
III enviar anualmente à SVS/MS relatório com informações qualificadas sobre as lesões e mortes causadas no
trânsito, utilizando banco de dados da segurança pública, trânsito e saúde sobre acidentes e vítimas; e
IV promover o desenvolvimento de ações de intervenção baseadas nas evidências obtidas após análise de
dados e informações, por meio de planejamento integrado e intersetorial, com projetos de intervenção focados a partir
dos fatores de risco prioritários de ocorrência dos acidentes de trânsito, nos grupos de vítimas e nos pontos críticos de
ocorrência de acidentes nos Municípios.
Art. 37. O incentivo financeiro de custeio ao Projeto Vida no Trânsito será repassado aos fundos de saúde do
Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios que tenham sido habilitados ao recebimento do recurso.
§ 1º O incentivo referido no "caput" será destinado:
I aos Municípios cuja população seja superior a 1.000.000 (um milhão) de habitantes;
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2014/prt0183_30_01_2014.html 9/13
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II às capitais de Estado;
III aos 26 (vinte e seis) Estados da Federação;
IV ao Distrito Federal; e
V aos Municípios de tríplice fronteira cuja população seja superior a 200.000 (duzentos mil) habitantes e a taxa
de mortalidade por acidentes de transporte terrestre (ATT) seja acima da taxa nacional.
§ 2º Os entes federativos habilitados ao Projeto Vida no Trânsito receberão, a título de incentivo financeiro, os
seguintes montantes:
I Estados e Distrito Federal: R$ 21.000,00 (vinte e um mil reais) mensais;
II o valor destinado aos Municípios será definido de acordo com o seguinte critério populacional:
a) capitais de Estados cuja população seja inferior a 500.000 (quinhentos mil) habitantes: R$ 15.000,00 (quinze
mil reais) mensais;
b) capitais de Estados cuja população seja de 500.000 (quinhentos mil) a 1.000.000 (um milhão) de habitantes:
R$ 17.000,00 (dezessete mil reais) mensais;
c) capitais de Estados e Municípios cuja população seja superior a 1.000.000 (um milhão) de habitantes: R$
21.000,00 (vinte e um mil reais) mensais; e
d) Municípios de tríplice fronteira com taxa de mortalidade por ATT acima da nacional e cuja população seja
superior a 200.000 (duzentos mil) habitantes: R$ 15.000,00 (quinze mil reais) mensais.
Art. 38. O ente federativo será desabilitado do Projeto Vida no Trânsito nas seguintes hipóteses:
I ausência de institucionalização do Comitê Intersetorial de execução e acompanhamento do Projeto Vida no
Trânsito; ou
II não envio do relatório anual da Comissão ou Subcomissão de Coleta de Dados, Análise e Gestão da
Informação à SVS/MS.
Art. 39. A avaliação das ações do Projeto Vida no Trânsito será efetuada anualmente pela SVS/MS, a partir do
ano subsequente ao da habilitação, por intermédio do relatório anual referido no inciso III do "caput" do art. 36.
CAPÍTULO VII
DO PROGRAMA ACADEMIA DA SAÚDE
Art. 40. O Programa Academia da Saúde tem como objetivo contribuir para a promoção da saúde e produção do
cuidado e de modos de vida saudáveis da população a partir da implantação dos polos com infraestrutura e profissionais
qualificados, de acordo com os critérios e os requisitos da Portaria nº 2.684/GM/MS, de 8 de novembro de 2013.
Art. 41. Para a execução de ações e serviços do Programa Academia da Saúde no âmbito da SVS/MS, o ente
federativo habilitado ao recebimento do incentivo financeiro deverá atender aos seguintes requisitos:
I não possuir NASF;
II ter polo do Programa Academia da Saúde construído com recurso de investimento do Ministério da Saúde,
situado no território de abrangência de estabelecimento da Atenção Básica; e
III cadastrar o(s) profissional(ais) de saúde responsável(eis) pelo desenvolvimento das atividades no Programa
Academia da Saúde no SCNES;
Parágrafo único. Caso o Município seja titular de programa similar ao Programa Academia da Saúde, nos termos
do art. 51 da Portaria nº 2.684/GM/MS, de 2013, deverá atender aos seguintes requisitos:
I não possuir NASF;
II ter polo de programa similar ao Programa Academia da Saúde habilitado em ato específico do Ministro de
Estado da Saúde, após avaliação pelo Ministério da Saúde e reconhecimento da realização de atividades continuadas
de práticas corporais, atividades físicas, de lazer e de promoção de modos de vida saudáveis, no território de
abrangência de estabelecimento da Atenção Básica; e
III cadastrar o(s) profissional(ais) de saúde responsável(eis) pelo desenvolvimento das atividades no Programa
Academia da Saúde no SCNES.
Art. 42. Para a implementação e manutenção do Programa da Academia da Saúde, o ente federativo habilitado
receberá incentivo financeiro de custeio mensal no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais), independentemente da
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quantidade de polos habilitados.
Art. 43. O ente federativo será desabilitado do Programa Academia da Saúde nas seguintes hipóteses:
I ausência, pelo prazo de 6 (seis) meses consecutivos, de profissional cadastrado no SCNES para a execução
das ações do Programa; e
II instalação de NASF no Município, ocasião na qual o custeio do Programa da Academia da Saúde passa a ser
atribuição da Secretaria de Atenção a Saúde (SAS/MS).
Art. 44. A avaliação das ações e serviços do Programa Academia da Saúde será efetuada semestralmente pela
SVS/MS, a partir da respectiva habilitação do ente federativo, por intermédio do SCNES.
CAPÍTULO VIII
DO MONITORAMENTO
Art. 45. O Ministério da Saúde, por meio da SVS/MS, efetuará o monitoramento sistemático e regular das ações
e serviços públicos estratégicos de vigilância em saúde, para fins de manutenção do recebimento do incentivo
financeiro de custeio mensal de que trata esta Portaria.
Parágrafo único. A manutenção do repasse dos recursos do incentivo financeiro está condicionada à alimentação
regular dos sistemas de informação de base nacional, previstos no art. 33 da Portaria nº 1.378/GM/MS, de 2013,
mediante monitoramento regular e sistemático pela SVS/MS.
Art. 46. O cancelamento do repasse do recurso se dará de forma parcial ou total, a depender do número de ações
ou serviços desabilitados e dos recursos destinados ao ente.
Parágrafo único. O ente poderá pleitear nova habilitação à ação ou ao serviço para qual tenha sido desabilitado,
desde que apresente novo termo de compromisso previsto no art. 3º, inciso I, e se comprometa com as
responsabilidades relacionadas à respectiva ação ou serviço público estratégicos de vigilância em saúde, o que será
avaliado e aprovado ou não pela SVS/MS.
Art. 47. O ente federativo beneficiário estará sujeito
II ao regramento disposto na Lei Complementar nº 141, de 3 de janeiro de 2012, e no Decreto nº 7.827, de 16 de
outubro de 2012, em relação aos recursos financeiros que foram repassados pelo Fundo Nacional de Saúde para o
respectivo fundo de saúde e executados parcial ou totalmente em objeto diverso ao originalmente pactuado.
(Alterado pela PRT nº 732/GM/MS de 05.05.2014)
Art. 47. Nos casos em que for verificada a não execução integral do objeto originalmente pactuado e a existência
de recursos financeiros repassados pelo Fundo Nacional de Saúde para os fundos de saúde estaduais, distrital e
municipais não executados, seja parcial ou totalmente, o ente federativo estará sujeito à devolução dos recursos
financeiros transferidos e não executados, acrescidos da correção monetária prevista em lei, observado o regular
processo administrativo.
Art. 47A. Nos casos em que for verificado que os recursos financeiros transferidos pelo Fundo Nacional de
Saúde foram executados, total ou parcialmente, em objeto distinto do originalmente pactuado, aplicarseá o regramento
disposto na Lei Complementar nº 141, de 3 de janeiro de 2012, e no Decreto nº 7.827, de 16 de outubro de 2012." (NR).
(Incluído pela PRT nº 732/GM/MS de 05.05.2014)
Art. 48. O monitoramento de que trata esta Portaria não dispensa o ente federativo beneficiário de comprovação
da aplicação dos recursos financeiros percebidos por meio do Relatório Anual de Gestão (RAG).
CAPÍTULO IX
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Parágrafo único. A complementação dos recursos financeiros repassados pelo Ministério da Saúde é de
responsabilidade dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
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Art. 50. Até o envio das Resoluções de que trata o art. 3º, §§ 4º e 5º, ficam mantidos os valores repassados no
exercício de 2013 aos Fundos de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios constantes no Anexo VI,
referentes às ações e serviços incorporados ao incentivo financeiro para implantação e manutenção de ações e
serviços públicos estratégicos de vigilância em saúde, conforme disposto no art. 19 da Portaria nº 1.378/GM/MS, de
2013.
Parágrafo único. As Resoluções das CIB expedidas no exercício de 2013 que tenham modificado a regra de
repasse aos entes federativos já foram incorporadas no anexo VI a esta Portaria.
Art. 51. O detalhamento das ações específicas e serviços públicos estratégicos de vigilância em saúde será
inserido na Programação Anual de Saúde (PAS), observadas as diretrizes constantes nos Planos de Saúde dos entes
federativos.
Art. 52. Ficam incorporados ao incentivo financeiro de custeio para implantação e manutenção de ações e
serviços públicos estratégicos de vigilância em saúde os valores relacionados aos LACEN, repassados no exercício de
2013.
§ 1º Só farão jus aos valores de que trata o "caput" os entes federativos que os receberam no exercício de 2013.
§ 2º A SVS/MS terá o prazo de 6 (seis) meses após a publicação desta Portaria para definir, com base na
Política do Sistema Nacional de Laboratórios de Saúde Pública, os critérios de classificação dos LACEN, os valores e
os critérios de cancelamento do repasse.
Art. 53. Uma vez aprovada a proposta de habilitação de que trata o art. 3º, o Ministro de Estado da Saúde editará
ato específico com indicação do ente federativo apto ao recebimento do incentivo financeiro de custeio mensal e o
respectivo valor contemplado.
Parágrafo único. As desabilitações procedidas nos termos disciplinados nesta Portaria também serão publicadas
por ato específico do Ministro de Estado da Saúde.
Art. 54. Os recursos financeiros para a execução das atividades de que trata esta Portaria são oriundos do
orçamento do Ministério da Saúde, devendo onerar o Programa de Trabalho 10.305.2015.20AL Incentivo Financeiro
aos Estados, Distrito Federal e Municípios para a Vigilância em Saúde.
Art. 55. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 56. Ficam revogadas:
I a Portaria nº 587/GM/MS, de 20 de abril de 2005, publicada no Diário Oficial da União nº 77, Seção 1, do dia
25 seguinte, p. 44;
II a Portaria nº 2.606/GM/MS, de 28 de dezembro de 2005, publicada no DOU nº 250, Seção 1, do dia seguinte,
p. 107;
III a Portaria nº 1.405/GM/MS, de 29 de junho de 2006, publicada no DOU nº 124, Seção 1, do dia seguinte, p.
242;
IV a Portaria nº 2.474/GM/MS, de 13 de outubro de 2006, publicada no DOU nº 198, Seção 1, do dia 16 seguinte,
p. 58;
V a Portaria nº 34/GM/MS, de 4 de janeiro de 2007, publicada no DOU nº 4, Seção 1, do dia seguinte, p. 85;
VI a Portaria nº 2.254/GM/MS, de 5 de agosto de 2010, publicada no DOU nº 150, Seção 1, do dia seguinte, p.
55;
VII a Portaria nº 3.662/GM/MS, de 24 de novembro de 2010, publicada no DOU nº 225, Seção 1, do dia
seguinte, p. 33;
VIII a Portaria nº 2.693/GM/MS, de 17 de novembro de 2011, publicada no DOU nº 221, Seção 1, do dia
seguinte, p. 81;
IX a Portaria nº 79/GM/MS, de 12 de janeiro de 2012, publicada no DOU nº 10, Seção 1, do dia seguinte, p. 44;
XI o inciso IV do art. 19 da Portaria nº 1.378/GM/MS, de 9 de julho de 2013, publicada no DOU nº 130, Seção 1,
do dia seguinte, p. 48.
ALEXANDRE ROCHA SANTOS PADILHA
ANEXOS
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2014/prt0183_30_01_2014.html 12/13
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