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A Linguagem Nordestina

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A linguagem nordestina

É bastante especiá,
É uma língua matuta,
Gostosa de se falá.
Leia com toda atenção,
O cordel que tem nas mão,
Pra pude apreciá.

A linguagem nordestina
É bonita, sem iguá.
Eita linguagem porreta!
Agora vou te falá.
Preste atenção, camarada
Pra você da gargalhada,
Do que agora vou narrá.

Valentão é arrochado.
Tapear é enganar.
Arretado é bom, legal.
Ir embora é arribar.
Bisnaga é pão comprido.
Aprumado é bem vestido,
Bonito pra se danar.

[...]

7. Após a leitura, podemos encontrar, na poesia, algumas das principais


características da literatura de cordel, que são
a) linguagem regional, poesia popular e rimas.
b) linguagem formal, texto em prosa e versos. 
c) linguagem informal, em versos formando quadra.
d) linguagem regional, texto em prosa, muitas rimas

8. A temática principal do cordel apresentado é 


a) a história de um povo.
b) a linguagem nordestina.
c) as piadas nordestinas.
d) as crenças populares.
            

        Dois pobres inválidos, bem velhinhos, esquecidos numa cela


de asilo.
        Ao lado da janela, retorcendo os aleijões e esticando a cabeça,
apenas um podia olhar lá fora.
        Junto à porta, no fundo da cama, o outro espiava a parede
úmida, o crucifixo negro, as moscas no fio de luz. Com inveja,
perguntava o que acontecia. Deslumbrado, anunciava o primeiro:
        — Um cachorro ergue a perninha no poste.
        Mais tarde:
        — Uma menina de vestido branco pulando corda.
        Ou ainda:
        — Agora é um enterro de luxo.
        Sem nada ver, o amigo remordia-se no seu canto. O mais
velho acabou morrendo, para alegria do segundo, instalado afinal
debaixo da janela.
        Não dormiu, antegozando a manhã. Bem desconfiava que o
outro não revelava tudo.
        Cochilou um instante — era dia. Sentou-se na cama, com
dores espichou o pescoço: entre os muros em ruína, ali no beco,
um monte de lixo.

Texto extraído do livro “Mistérios de Curitiba”,


Editora Record Rio de Janeiro, 1979, pág. 110.
Entendendo a crônica:
01 – (CEFET-RN) O narrador em questão pode ser classificado
como:
a) excluído.                                                 
b) onisciente.
c) personagem.                                           
d) observador.
02 – (CEFET-RN) Conforme os atributos relacionados às
personagens centrais do conto, pode-se afirmar que há uma
caracterização:
a) minuciosa.                                             
b) psicológica detalhada.
c) parcial.                                                  
d) social detalhada.

03 – Do ponto de vista dos gêneros textuais, podemos classificar o


texto como:
a) uma crônica.          
b) um artigo de opinião.               
c) um conto.               
d) uma reportagem.

04 – Enquanto um olhava para a rua, o que o outro via?


      Via uma parede úmida, o crucifixo negro, as moscas no fio de
luz.
05 – Quais foram os acontecimentos que o velho que estava na
janela relatou?
        Um cachorro ergue a perninha no poste.
        Uma menina de vestido branco pulando corda.
        Agora é um enterro de luxo.

06 – Após a morte do mais velho, o outro velhinho foi até a janela.


O que ele viu?
      Entre os muros em ruína, ali no beco, ele só viu um monte de
lixo.

07 – Quem é o autor? De onde foi extraído o texto?


      Dalton Trevisan. Do Livro “Mistérios de Curitiba”.

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