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ANNO DE 1889
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conhecida dos povos navegantes; que a facilidade das
eommunicações sempre existiu entre os dous
grandes con-
tinentes, pelos ventos geraes e pelas correntezas equatoriaes,
cujo conhecimento possuíam os marinheiros
phenicios.
Salomão pedia marinheiros a Hiram para mandar seus
navios a Ophir e a Tarschich ; pois bem, Onffroy de Thoron
demonstra com bons argumentos que estes logares celebres
da bíblia, como também Parvaim, se achavam no interior
do rio Amazonas.
Segundo a chronologia que elle nos offerece, a cidade
de Sídão, appellidada cidade dos pescadores, existiu ha 4.000
annos. Adoptada a data de Herodoto, Tyro, a
que a bíblia
chama filha de Sidão, foi fundada ha 4,620 annos. O reino
de |Belo remonta a 4.000 annos. O dilúvio,
que teve War
no tempo de Phoroneo o de Inaco, rei de Argos, remonta
a 3.700. Este rei pelagico tinha vindo, segundo a historia,
atravez do atlântico até a Grécia. Ha 3.399 annos
que teve
logar a dilúvio de Deucalião, segundo os mármores de
Paros.
A data de Cecrops II e de Atlas 9.°, rei da Maurita-
nia, remonta a 3.210 annos. O reino de Merope na America
e a expedição de Hercules sobre este continente, atravez
dos mares de oeste, tem a data de 3.129 annos. Segundo
Appiano de Alexandria, ha 3.160 annos que Carthago foi
fundada. A tomada de Troya remonta a 3.079 annos se-
gundo os mármores de Paros.
Emfim, ha 2.880 annos que o templo de Salomão foi
edificado e que reinava Hiram, rei de Tyro. Pouco tempo
depois desta mesma epocha, segundo os trabalhos de Gos-
selin, o almirante carthaginez Hannão realisou sua via-
gem a redor da África.
Davicl quando morreu deixou a Salomão para a con-
strucção do templo, sete mil talentos de prata, e três mil
de ouro. O velho rei não tinha nem um navio que na-
vegasse nos mares exteriores; recebia pois, o ouro de Ophir
pelo trafico dos phenicios que, segundo a bíblia, eonhe-
ciam todos os mares. Salomão para levar a fim seus gran-
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224
des projectos, que exigiam immensos thesouros, recorreu a
Hiram; chegou mesmo a interessal-o em suas empresas
e a contratar com elle alliança solida.
« 0 receio de excitar a ciosa susceptibilidade dos
do mediterrâneo, foi sem duvida e motivo que deci-
povos
diu Salomão a mandar construir em Esion-Gaber, no mar
Vermelho, os navios que destinava ás viagens de Ophir.
« Hiram lhe mandou marinheiros experimentados e a
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emprehender a navegação do atlântico. No caso contrario,
embarcaria no mar Vermelho.
Descem-se pois, a nossos olhos deslumbrados com as ma-
gnificencias da grande descoberta, a certesa de que a três
mil annos o Valle do Amazonas derramava ouro e
pedras
preciosas aos pés de Salomão e de Hirara, concorrendo
assim para a edificação do grande templo.
Nos mappas do Padre Sobreviella estão traçados os limi-
tes do império de Inin, hoje legendário. Era o império do
crente ou da fé, pela significação hebraica das palavras,
nas derivações respectivas. Este império tinha
por limites
o rio Beni, ao Sul, e o Cayari á leste. Todas estas
pala-
vras, como muitas outras que encontramos espalhadas
pro-
fusamente na bacia do Amazonas, são radicadas, segundo
as demonstrações de Onffroy, no hebraico, o
que determina
ainda a existência de um tal povo no
grande valle.
O rio Amazonas, da foz do rio Negro aos limites do
império com o Peru, tem ainda o nome de Solimões:
não é senão o nome viciado de Salomão dado
pela frota
do grande rei que delle tomou posse: em hebraico Solima
e em árabe Soliman. Ora os chronistas da conquista do
Amazonas dizem que ao oeste da
província do Pará existia
uma grande tribu com o nome de Soliman, nome
que
tinha o no, pois as correntes d'agua traziam os nomes das
tribus que as habitavam. Dahi fizeram os
portuguezes pela
mudança do n final em o — Solimão e depois— Solimões.
Assim — ha três mil annos desdobraram-se as bandeiras
do grande rei aos ventos que lavam e
purificam o valle
do Amazonas com seu hálito de vida e de
grandeza!
Depois... largo se extende um manto de sombras sobre
o passado. Perderam-se as rotas das maravilhosas carava-
nas de carregadores de ouro e outras
preciosidades-até que
um dia...
— Cousm
partio de Dieppe no começo do anno de 1488.
Descalier que foi para elle o
que para Colombo foi o fio-
rentino Paolo Toscanelli (a) tinha lhe recommendado,
se-
gundo se diz, de não acompanhar as costas, como haviam
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se pôde dar, com certa verdade, como domiciliada em
alguns pontos da província, menos mortífera se apresenta
ali do que em outros logares do Brazil, inclusive esta
Corte.
E' tempo de trabalharmos todos, nós brasileiros, pelo
engrandecimento de nossa pátria, sem preoccupações de
norte e do sul. A verdade só e sempre a verdade.
Michel Levy nos diz, que um viajante percorrendo os
arredores des marais Ponüns, impressionado com o aspecto
mórbido dos habitantes d'aquellas zonas, perguntou-lhes
como podiam elles viver n'aquelle meio: Nous ne mvons pas,
nous mourons, foi a resposta lugubre que lhe ferio os ouvi-
dos, partida dos lábios pesados e frios d'aquelles desgra-
çados. Foderé, tratando da insensibilidade dos habitantes
das regiões pantanosas do centro e Este da França, diz que
ali, naquellas regiões, não ha risos junto ao berço dos
que nascem nem prantos sobre os túmulos dos que
morrem...
— Pois bem: no Amazonas a vida é uma realidade
papavel, permitta-se-nos a expressão. O riso inflora o berço
perfumado cios que nascem; e as lagrimas cahem abun-
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futuro, como de presente o mostra, das maiores grandesas;
o grande valle, sentia-se transformado no valle entristecido
do mar morto, rolando cadáveres sobre águas malditas, que
N matam as arvores solitárias das margens e
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que transformam
em podridões e em cinsas os fructos que pendem seccos
dos galhos desfolhados, que se alevantão para os céos como
braços de esqueletos gigantes em muda contemplação, se
não em supplica angustiosa ao grande Deus dos perdões...
Desgraçado paiz aquelle ! Rola o Cedron águas de san-
gue nas escarpas do monte bíblico do Escândalo !
— Senhores: aquelle quadro de horrores, não foi ver-
dadeiro; e a sua projecção no presente como mancha de
sangue sobre a branquidez das águas do Amazonas, é apenas
um relâmpago polyoramico fabricado por flibusteiros andaces.
E' falso, dizemol-o do alto desta tribuna!
Em breve desenvolveremos aqui as largas bases sobre
que se assenta a verdade desta afirmação, que fazemos sob
a immediata responsabilidade de nosso nome.
Não basta apresentar o morto; e necessário dizer como
e de que morreu!
Não ha de tombar de sua realeza o grande valle aos
golpes impotentes dos mineiros da desgraça—que não rolam
pygmeus, gigantes que a terra, de pequena, mal contém
nos limites de sua grandesa.
< , Si mais lhe não derem, do calor e da humidade
que
ao julgar da ignorância, servem-lhe de fontes de descrédito,
tirará elle forças para caminhar, ser grande e livre! E de
suas florestas, que são thesouros inexgotaveis, lhe ha de
vir essa prosperidade.
Daudet enfeixou no seu bellissimo Woodtown, mimoso
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conto, o seguinte, diz-nos escriptor de mérito:
Um bando de aventureiros americanos fundou á beira
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de um rio uma nova e brilhante cidade. Rapidamente se
desenvolveu a edificação, as artes, as insdustrias, a nave-
gação e o commercio. Passado o inverno, ao raiar dos
primeiros soes da primavera, começam a florir verdej antes
rebentões nas casas, nos moveis, nas ruas e nos ares.
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A orgia da vegetação principia e surge a revolta da
floresta
contra os seus ousados dominadores.
Da noite para o dia, converte-se inteira a cidade
em
virente e frondosa matta e o navio
que leva delia os ulti-
raos fugitivos, sulca as águas coberto de uma folhagem
exhuberante, que lhe vai invadindo os mastros, e
aper-
tando o poderoso costado...
Ponhamos de lado a hyperbole: o Amazonas é
grande
assim pela vegetação. As suas florestas envolvem-n'o como
uma clamyde luminosa, e hão de ser-lhe no futuro
manto puríssimo de resurreição para a
grandeza e para
a vida !
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detrás dos trapiches e por elles
parcialmente occulto via-se
o magestoso cáes de mármore de Lisboa, umas das mais
importantes obras publicas do Império, e
que, com justo
orgulho, é apontada pelos
paraenses como um dos melho-
ramentos de utillidade geral executado, a
par de outros,
pelos \ cofres provinciaes.
Desembarcando no pavilhão da
guarda-moria, fomos
agradavelmente impressionados pelo aspecto animadíssimo
da rua do Imperador, com largura de 40 metros, mais
ou
menos, apinhada de caminhantes circulando apressadamente
por entre grande numero de carroças, puxadas por bonitos,
posto que pequenos cavallos, trazendo umas enormes bolôes
«le borracha, outras levando
para os trapiches mercadorias
com destino ao baixo Amazonas e ao sertão.
Não seria tamanha a nossa surpreza se já conhecêssemos
a lista dos gêneros que das duas
províncias amazônicas
chegam ao Pará, dos quaes os principaes são : a borracha,
o canelai peruano, o cacáo, a castanha da terra e a cas-
tanha sapucaia, os couros de boi, de veado e de onça,
grude de peixe, a salsaparrilha, o óleo de cupahiba, o
guaraná, a ucuúba, a andiroba, o cumaru, a piassaba, o
pirarucu, a mexira de peixe boi, o celebre fumo, do Ama-
zonas, o urucú, a baunilha, o marfim vegetal, o assucar
•Ias ilhas, a cachaça, o cedro e as mais madeiras, o
gado,
etc, etc, vindos do baixo e alto Amazonas, do Solimões,
do Napo, do Tocantins, Xingu, do Tapojoz. do Madeira, do
Purús, do Juruá, do Javary, do Rio Negro, do Trombetas,
do Jahary e de seus afilueutes e de uma infinidade de
ilhas e lagos.
Sendo curtíssima a nossa demora, não nos foi possível
conhecer a cidade como desejávamos. A sua população
accrescida com o êxodo de emigrantes cearenses á procura
de melhor sorte é de cerca de oitenta mil almas segundo
as mais autorisadas apreciações.
Visitamos a cathedral, um dos primeiros templos do
Império, com pinturas finíssimas e um altar-mór do custo
de 100:000^000 ; fomos ver o theatro da Paz, o maior (exte-
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riormente) na America; percorremos as principaes ruas
commercio que conta seis bancos, dos quaes trez creados
capitães da ; passeiamos de bond por tunneis de
com praça
arvoredo em lindíssimas estradas bem calçadas. Notamos
alguns melhoramentos judiciosamente ensaiados e que me-
recém ser mencionados, como o bem acabado calçamento
de madeira com parallelipipedos de massaranduba e os si-
de que sem excepção guarnecem os boeirosque
phões pedra
communicam as sargetas com as galerias do subsolo. A
este importante melhoramento e ao excellente serviço da
companhia das águas Grão-Pará attribue-se com razão a
notável diminuição do beri-beri que quasi perdeu o caracter
epidêmico.
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-239-
ella já foi, sendo
provável que torne a florescer quando se
levar a effeito a construcção da
estrada de ferro de Alcobaça
certamente o maior commettimento
da actualidade no Brasil.
De Umetá para cima ainda mais interessante
receu o Tocantins, nos pa-
pelo pittoresco das margens e das ilhas
deixando ver sob copadas arvores,
nadas casas de campo dos exploradoresgraciosas e bem aca-
da borracha e do
cacao, pela deliciosa vista da villa
da Mocajuba e pela
imponência dos barrancos vizinhos
das matas de castanheiros
de Baião.
No dia 27 sahimos do baixo Tocantins,
rada de um mundo porta ainda cer-
que, quando fôr revelado, causará es-
pauto e do qual se poderá fazer uma fraca idéa sim-
pela
Ides consideração de que, superado um único e serio obsta-
culo (a pequena secção encachoeirada de
Alcobaça), será
franqueada a entrada de um immenso
systema de commu-
mcações iluviacs que das cercanias de Cuyabá,
no rio das
Mortes, se estenderá ao Atlântico
pelo Pará e pelo cabo
Norte e aos Andes
pelo Napo.
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da outra; uma (a esquerda) como uma muralha, segue
sempre uniforme ; a outra accidentada, risonha, ora é um ¦'""/¦?p
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Pouco a pouco iamos sentindo augmentar-se a rapidez
da correnteza e como que por encanto se transformou a
paisagem. :<:;
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Logo acima uma immensa serpente, em perenne oon-
vulsão, cortava o rio de lado a lado.
Era o primeiro salto do rio, meio afogado pelo cresci-
mento das águas.
Era o salto de Tijucacuára.
O pratico, nos tendo apontado para uma brecha,
para
lá aproámos.
A velocidade do rio corria parelha com a marcha do
vapor, e só palmo a palmo avançávamos.
Finalmente vencemos, e, quasi a tocar com as rodas
nas pedras, transpuzemos o salto ; depois, sacudidos
por
desencontrados redomoinlios
que nos era forçoso arrostar,
continuámos vagarosamente rio acima.
Estávamos enfeitiçados diante de tão esplendido scenario
e já avistávamos os primeiros íiletes da inseparável
queda
de Tapanhona, quando um violento abalo nos veio dis
pertar do êxtase.
Tínhamos ido de encontro a um cachopo !
O pratico aterrado, perdendo a cabeça, não mais se res-
ponsabilisava pela segurança do vapor, o a muito custo
conseguimos descer por onde tínhamos subido, mantendo,
nos sempre aproados á correnteza,
O salto de Tijucacuára, então
quasi coborío pelas águas,
tem sua analogia com rápidos de Whirlpool,
pouco abaixo
do salto Niagára ; estes, porém, são muito menos interes-
santes pela deficiência de ilhas e rochedos como
pela falta
de magestade das margens.
Pouco abaixo do salto de Tijucacuára
paramos uns
minutos e foi um escaler recolher os arcos e ílexas
que
como symbolo de ameaça os
gentios tinham atirado sobre
um rochedo á flor d'agua, original marco de fronteira
que
não devia ser transposto.
Este rochedo tem o nome de Pa>jé.
No dia seguinte, continuando a descer o rio, demo-
rámos-nos algumas horas em Souzel, villa
prospera cuja
laboriosa população ascende a mais de 500 almas.
A' noite estávamos de regresso em Porto de Móz.
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tlanticos das linhas directas de Manáos a Nova-York e a
Liverpool.
Em dous dias alcançamos novamente a entrada do canal
de Akiki.
Tendo descansado, emquanto nos preparavam lenha,
cortamos o Amazonas e fomos fundear defronte de uma
fazenda de criação, situada á foz do Pani em uma alta,
e pedregosa ilha de sua margem esquerda.
As pedras que constituem esta ilha são de um ver-
molho escuro c muito nos satisfez encontrar sobre algumas
numerosos fragmentos de pequenas esculpturas indias. Nos
disseram serem antigos ídolos ; são muito variados de fôrma
e não deixam de lembrar as figuras hieroglyphicas dos
antigos mexicanos deseriptas por Humboldt, na sua obra—
0$ monumentos da America. ¦-;á
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A cascata do Paru é um diminuitivo da do Niagara ;
sua queda d'agua tem sessenta pés de altura e é de mais
de 100 mil toneladas, por minuto. Duas pequenas ilhas,
sendo uma maior coberta de vegetação, convertem a cas-
cata em três quedas, das quaes a do centro é a menos larga.
A pedra da cascata do Paru é escura e um pouco
avermelhada; é formada de camadas horizontacs sobrepostas.
De um lado e do outro da cascata erguem-se pc-
quenas montanhas.
Não nos era possível desprender os olhos daquella
enorme massa de águas que de um só jacto se atirava e
cahia, com formidável estrondo, engendrando incessantes
turbilhões de gottas d'agua que ascendiam, formando nn-
vens por entre as quaes brincava o arco-íris, quando pare-
ceu-nos ver abrir-se um abysmo por baixo da cascata.
O baixo Paru que até então seguia sou curso natural
vinha refluindo, e suas ondas, agora voltando, da foz, cor-
riam a mistunr-se com as da catarata, juntas, parecendo
sumir-se nas entranhas da terra !
Era o Rio-Mar, como verdadeiro mar que é, crescendo
sob a acção da lua, represando seus tributários e os obri-
gando a correr rio acima.
Este facto extraordinário dava-sc em um confluente
cuja foz dista 240 milhas da embocadura do Amazonas!
Não nos demorámos quanto desejávamos em tão bonito
lugar por não ser mais possível supportar as mordeduras
de um mosquito muito abundante alli, as quaes são vene-
nosas tornando-se ás vezes morlaes. O mosquito chama-se
pium, uma espécie de borrachudo. O antídoto do veneno
que segrega de sua tromba é o limão azedo.
No Pará não ha borracha, os habitantes de suas mar-
gens vivem da pesca do pirarucu principalmente.
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Tendo sahido do rio Paru, descemos o Amazonas até
Almerim, villa bastante importante cujo porto é abrigado
por uma grande e estreita ilha que lhe fica defronte.
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Apezar de jã estarmos acostumados a ver quasi desertas
as povoações desta sccção do Amazonas, por causa da safra,
causou-nos forte impressão não vermos viva-alma em Al-
meirim.
Suas casas, algumas de sobrado, jaziam, havia mezes,
fechadas. Só a igreja estava aberta, e sobre o altar, en-
tregues á custodia das aranhas e dos morcegos, estavam
crucifixos e castiçaes de metal prateado.
Em que outro paiz do mundo deixaria alguém, assim
seus haveros á merco do primeiro vagabundo V.
Esta boa fé reciproca é uma qualidade que faz honra
ao caracter dos habitantes do baixo Amazonas.
Em Almeirim vimos, em alguns quintaes, pés de café,
sem cultivo, vergando sob o peso dos fructos.
Fomos visitar as rüinas ainda visíveis de antigo forte
que é tido como construído pelos hollandezes; junto ás
suas muralhas nos mostraram uma excavação, dizendo ser
urna mina de ouro, outr'ora explorada.
Tendo deixado Almeirim, fomos em direcção do Igarapé
de Arraiólos, no qual pouco pudemos penetrar, por ser
muito estreito.
De regresso pelo Amazonas, descemol-o até o Jaary,
em cuja foz entrámos a 8 de Março ; o resto deste dia e
o seguinte passaram-se na subida deste formoso rio, cujas
a&uas
o
verde-escuras lembram as do Oceano também.
O Jaary é mais acciclentado do que o Paru, e muito
antes de chegar-se á sua cochoeira avistam-se pequenas
montanhas na margem direita.
No dia seguinte chegamos á cachoeira, antes cascata
do Jaary. A queda do Jaary é mais estreita e tem menor
volume de águas do que o Paru ; é porém mais alta, tem
còrca de com pés de altura. Alli o rio também precipita-
se de um só jacto, como no Paru; em vez, porém, de
cahir toda como um lençol, até em baixo, é a massa de
águas fendida, rasgada, de encontro a delgadas e elegantes
columnas de pedra, que mais parecem as ruinas de um
templo Grego do que obra da natureza.
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camos em uma canoa que
gastou cerca de três horas para
alcançar a villa outr'ora florescente, de Mazagão,
edificada
no extremo do estreito de Igarapá.
Mazagão é notável, não
pelo que é, mas pelo que já
foi, como ainda o deixam ver suas minas.
Hoje conta
menos de mil almas, a
quarta parte do que já teve. Ainda
se conservam as riquíssimas
pratarias da primitiva igreja
c^ que vieram da villa
p.ortugueza de Mazagão, na Costa
dAfnca. Esta igreja hoje serve de cemitério, delia
ainda
se voem do pó um arco o algumas columnas,
o primeiro
conserva vistigios de frescos.
Tendo cm Mazagão obtido um
pratico do rio Maracá,
que tencionavamos visitar, voltámos para bordo e suspen-
dendo subimos o Amazonas até aquelle rio.
VIII
-254-
ou portuguezes, a origem desta fortificação. Moradores do
lago nos affirmaram ter visto balas de canhão achadas
junto a estas ruinas.
Deixando a primeira zona, transforma-se a natureza do
sólo das margens do lago. Ao oeste compridas plantas
mergulhadas na água, e a leste, uma e única extensa
lage, plana, pouco elevada, estendendo-se, occupando con-
sideravel área.
Esta pedra, que fôrma uma planicie, tem uma côr
escura na superfície. Compridas fendas parallelas sulcam-
n'a de leste a oeste proximamente, no fundo das fendas,
límpidos regatos arrastam seixos lisos e multicolores. A
consistência da pedra é fraca e, uma vez
quebrada, sua
côr é branca, apresentando ás vezes veias esverdeadas.
A mais interessante zona do lago de Maracá é a ter-
ceira, a que comprehende as serras, em cujas encostas
sabiamos existir os cemitérios dos antigos Índios Maracâs.
Não foi sem soffrer innumeros incommodos
que empre-
hendemos, debaixo de uma chuva torrencial, a ascensão das
serras. Felizmente fomos recompensados de nosso trabalho,
além do que almejávamos.
São imponentes os lugares escolhidos
por aquelles indios
para descanso dos mortos.
No interior de grandes cavernas, algumas alumiadas
pela luz, que penetrava atravez de claraboias naturaes si-
tuadas a meio de um immenso rochedo formando
o tecto,
jaziam, semi-enterradas na terra, muitas urnas funerárias
de barro cozido, algumas inteiras e fechadas,
outras par-
tidas, abertas, deixando entrever ossadas
já calcinadas pela
acção do tempo.
Estas urnas, cuja
primitiva arrumação fora symetrica,
tinham feitios e tamanhos diversos,
regulando de 40 centi-
metros a um metro sua altura.
Umas imitavam entes humanos agachados
na posição
particular em muitos monumentos Mexicanos e Egypcios •
outras representavam
jabotis com cabeças humanas, gênero'
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IX
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- 256 -
'
-257-
os melhores campos de criação do mundo e onde observa-
se o cumulo da prodigalidade da natureza para com o
homem, dando-lhe occasião, no tempo da muda, de tocar,
para o terreiro da fazenda, á guiza de perus, bandos de
marrecas depennadas.
Em um sitio, onde estivemos parados, nos mostraram
a mata dos fundos da casa, onde, depois de derrubar, para
lenha dos vapores, todas as arvores que não eram seringa
Oü andiroba, tinha-se plantado cm seu lugar pés cie,
caeáo.
Xesta matía, digna de figurar nos contos de mil e uma
noites, quando se concluo a safra da andiroba, começa a
1
^Mnttm
Les moMiiiieiits ie Ia «rapte.
Noticia offerecida pelo sócio Dr. Paula Freitas, em sessão de
7 de Novembro de 1889.
W9^SÊB^^TS^g^S
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i >¦
-259-
as de certos paizes da Europa, o que fez Donis dizer na
dedicatória ao papa Paulo II, o seguinte:
« O amor do estudo, e nossa solicitude para com os
leitores, suggeriram o desejo de juntar ao nosso trabalho
cartas, que farão reconhecer as mudanças operadas pelas
freqüentes vicissitudes dos tempos nas duas regiões da Hes-
panha e da Itália, cujas localidades em grande parte desde
Ptolomeu têm desapparecido da memória. Eu tratei também
destas regiões banhadas pelo oceano sarmatico, e que se
acham entre os parallelos tirados pelo circulo arctico — a
Dacia, a Scania, a Norwega, a Gothia, a Suécia, a Grone-
landia, e as regiões visinhas e ilhas próximas, terras, sobre
as quaes nem Ptolomeu nem Strabão, nem qualquer outro
cosmógrapho deixaram apontamentos ou dados. De accordo
com um excellente conselho, temos collocado as cartas
destas regiões nos seus logares naturaes, sem juntar des-
cripções, afim de não truncar a obra do grande Ptolomeu.
Nos contentamos em traçar os contornos de cada uma
destas partes da Terra. »
Além destas cartas Donis oompoz uma da Palestina
dividida em tribus.
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Jvvfey
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OTICIAKIO
- 261 -
« A Directoria, interpretando o sentimento da Sociedade
de Geographia do Rio de Janeiro, manifesta o
pezar de se
ver privada da cooperação dos seus dous consocios, Presi-
dentes honorários, Srs. D. Pedro d'Alcantara e Conde d'Eu,
que se ausentaram do paiz com as suas famílias por mo-
tivos, que todos conhecem; e tanto mais sincero é este
sentimento quanto por diferentes vezes honraram as sessões
da Sociedade de Geographia, animando-as com o mais vivo
interesse, do qual conserva a Sociedade gratas recordações.
« A Sociedade envidará todos os seus esforços,
para
que, deantp dos factos que acabam de dar-se com relação
á reorgamsaeão da nossa pátria, esta caminhe no meio da
da paz e da prosperidade para firmar cada vez mais a sua
união política e os seus créditos entre as nações civilisadas. »
tísta proposta foi unanimemente approvada.
- 262 -
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- 264 -
Sr.
- 265 -
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incansável.
Poucos serão os agradecimentos da Sociedade ao dis-
ti neto benemérito, exemplo vivo dos homens do trabalho,
modelo dos patriotas que amam a sciencia.
O culto a sciencia é o bem da Pátria e ella só toca o -:¦.'.':.
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RELAÇÃO
DOS ""??¦
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SÓCIOS EFFECTIVOS
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t'fc"^' ¦ 'vwv^>i-tiir':
268
Amaro Cavalcanti, Dr.
André Gustavo Paulo de Frontin, Br.—Fundador.
Ângelo Elo)r da Câmara, Commendador—Bemfeüor.
Antônio Alves Câmara, 1.° Tenente da Armada.
Antônio de Araújo Ferreira Jacobina, Dr,—Remido.
Antônio Augusto Fernandes Pinheiro, Engenheiro, Dr. —
Fundador.
Antônio Cândido do Amaral.
Antônio Carneiro de Campos, Desembargador.
Antônio da Cunha Barbosa, Dr.
Antônio Dias de Pinna Júnior.
Antônio Fernandes Pereira Portugal, Dr.
Antônio Ignacio de Mesquita Neves, Commendador.
Antônio Januário de Azevedo—Bemfóüort
Antônio Joaquim d'Albuquerque Paes, Dr.
Antônio Joaquim da Costa c Couto, Engenheiro, Dr.
Antônio Joaquim Gomes do Amaral, Dr. —Remido.
Antônio Joaquim Pereira da Silva—Remido.
Antônio José do Amaral, Conselheiro Dr.
Antônio José Maria Pego Júnior, Coronel—Remido. '
Antônio Lourenço Telles Pires, Capitão.
Antônio Lustosa Pereira Braga, Engenheiro.
Antônio Marques Baptista de Leão, Engenheiro, Dr.
Antônio Marques de Oliveira, Monsenhor—Fii»da(/<»\
Antônio de Paula Freitas, Engenheiro, Dr.—Remido c Fundador.
Antônio Pereira Leitão.
Antônio Plácido Peixoto d'Amarante, Engenheiro—Remido.
Antônio Quintiliano de Castro e Silva, Capitão-Tenente.
Antônio Senra.
Aprigio Xavier Moreira do Amaral.
Aristides de Souza Spinola, Dr.—Fundador.
Armênio de Figueiredo, Engenheiro-Fw/ufacfo>\ •
Arthur índio do Brasil, 1." Tenente da Armada.
Augusto César de Padua Fleury, Commendador—Remido.
D. Augusto Leopoldo, Príncipe, 2.» Tenente da Armada-
Remido.
Augusto Saturnino da Silva Diniz, Engenheiro, Dr.
¦-..•¦-
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X.
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269
Augusto Weguelin.
Augusto Ximeno Villeroy, I.« Tenente do Exercito. "-'.--*/
.,'.¦¦;':..-¦":''.,,.¦¦. ¦ ¦¦¦¦
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270
Duarte José de Mello Pitada, Dr.
Eduardo de Andrade Pinto, Conselheiro.
Eduardo Augusto Montandon, Dr.
Eduardo Ernesto Midosi, 1.° Tenente da Armada.
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«,!.-.-/
. . .'.'.¦¦¦¦
"
V
271
Frederico Augusto Borges, Dr.
Frederico Augusto de Souza Nogueira.
Frederico Corroa da Câmara, 1.» Tenente da Armada.
Frederico Guilherme de Lorena, Capitão de Fragata.
mi
Guilherme José de Noronha.
¦
.
Henrique Leuzinger.
Henry De Morgan Snell, Engenheiro.
fferoulano Velloso Ferreira Penna, Engenheiro, Dr.
Hormano Joppert, Commendador.
Hermillo Cândido da Costa Alves, Engenheiro, Dr.—Remido.
Humberto Saraiva Antunes, Engenheiro—Remido.
Ignacio Joaquim da Fonseca, Chefe de Divisão—Fundador. -
Ignacio Xavier da Silva, Conego. .
Ismael Torres de Albuquerque, Engenheiro. K-"i.
•lacintho Luiz dos Santos Garcoz, Dr.
Januário Cândido de Oliveira, Engenheiro,
João Alfredo Corrêa d'01iveira, Conselheiro—Remido.
João Baptista Sampaio Ferraz, Dr.— Remido.
João Cândido Ferreira da Costa.
João Carlos de Souza Ferreira, Commendador — Remido e
Fundador.
João Chroekatt de Sá Pereira e Castro, Engenheiro, Dr. .;„/'••;.
'Vi^,
272
João Pereira da Silva, Dr.—Fundador.
João Pires Farinha, Dr.—Remido e Fundador.
João dos Reis de Souza Dantas Filho, Dr.—Remido.
João Soares Neiva, Tenente-Coronel, Commendador.
Joaquim Abilio Borges, Dr.
Joaquim Antônio Cordovil Maurity, Capitão de Mar e Guerra.
Joaquim Antunes de Figueiredo, Dr.
Joaquim Floriano de Godoy, Dr.
Joaquim Galdino Pimentel, Engenheiro, Dr.
Joaquim Henrique da Costa Reis.
Joaquim Huet de Bacellar, Engenheiro, Dr.
Joaquim José de Campos da Costa de Medeiros e Albuquer-
que, Dr.
Joaquim José de Carvalho, Dr.
Joaquim José Gonçalves Ferreira, Commendador—Fundador.
Joaquim José de Siqueira, Dr.
Joaquim Miguel Ribeiro Lisboa, Engenheiro. Dr.
Joaquim Nicoláo.
Joaquim Saldanha Marinho, Conselheiro—Fundador.
Joaquim Saldanha Marinho Filho.
Joaquim Vieira Ferreira, Engenheiro.
José Antunes Rodrigues de Oliveira Catramby, Commenda-
dor—Fundador.
José Augusto Nascentes Pinto, Dr., Commendador.
José Carlos de Carvalho, Commendador.
José Carlos da Silva Telles, 1.° Tenente.
José da Costa Carvalho, Commendador — Fundador
José Cupertino Coelho Cintra, Engenheiro, Dr.
José Egydio Garcez Palha, 1.° Tenente da Armada.
José Feliciano de Noronha Feital, Dr.
'
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José Ferreira Cantão, Dr.
José Francisco Frougeth, Dr.
José Hermida Pazos, Commendador — Remido.
José Joaquim de Carvalho Bastos, Commendador.
José Joaquem de Menezes Vieira, Dr.
José Leão Ferreira Souto.
José Lourenço*da Costa Aguiar, Conego.
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RELAÇÃO
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-279-
Estanisláo S. Zeballos, Dr. Presidente do Instituto Geo
ara-
phico Arganíiao.
Kugenc Fantaíne, Commandante do
paquete Pampa.
Ezequiel Franco de Sá, Dr.
F. A. Berra, Dr.
Fernando Delbcrt, Cônsul da Áustria Hungria da Bolivia
na Bali ia.
F. de Gruber, Dr., Professor da Universidade de Vianna.
Firmo Josó de Mattos, Desembargador.
Francisco Augusto Pereira da Costa, Dr.
Francisco Hoaorio Ferreira Brandão, Dr.
Francisco Jufio da Vci^a, Dr.
Franrisco do Macedo Costa, Dr.
Francisco Martins dos Santos, Coronel Santos.
Francisco do Paula de Araújo Silva, Dr.
Francisco de Paula de Castro, Capitão.
Francisco de Paula Chaves Campello.
Frauck Vicente Júnior.
Fianz Ritíer vou Le Monnier.
Frederico José de SantMnna Nery. Dr.
Frederico Maurício Draenert, Dr. Professor.
Gonçaio Paes do Azevedo Faro, Dr.
Graciano A, de Azambuja.
Guilherme Sttidart, Dr.
Guilherme von den Steinen.
Gusinan Blanço Venezuela.
II. Waunennan, Coronel, Presidente da Real Sociedade de
Geographia de Antuérpia.
Herbert H. Smith, Dr.
Ignacio Baptista de Moura, Engenheiro.
J. Du Fief, Secretario geral do Atheneo de Bruxellas.
J. Gcbclin, Redacteur en chef du Boletim de Ia Société de
Geograjdiie Commerciale de Bruxellas. j
J. Geraud, Secretario geral da Real Sociedade de Geogra-
phia de Antuespia.
J. Langlois, Thesoureiro da Real Sociedade de Geographia
de Antuérpia.
1
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280
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281
Lauro Baptista Bittencourt, Dr.
Leandro Alfredo Ribeiro da Costa.
Leopoldo de Carvalho Ribeiro, Engenheiro.
Lúcio de Freitas Amaral, Engenheiro. :'. ' -e*&
. íe -
Paulo Robin.
Peter Vogel, Dr.
Possidonio Maneio da Cunha, Commendador.
Prosper de Pietra-Santz, Dr.
Quintino José de Miranda, Desembargador.
Raymundo A. Nerv.
Roberto Calheiros de Mello, Dr., Presidente do Instituto Ar-
cheologico e Geographico Alagoano.
R. Th. von Inama Sternegg, Conselheiro, Vienna.
Salvador de Mendonça. Dr., Cônsul Geral do Brasil nos *ve'el .;.:-„
Estados-Unidos.
Sylverio José Nery, Engenheiro.
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- 282
RESUMO
J. U l u 1 • • ••»•.••.,.,., ^lüJL
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HONORÁRIOS
Marquez de Paranaguá.
1.° VICE-PRESIDENTE
3.° SECRETARIO
4.° SECRETARIO
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iílogkaihia Medica: Dr. João Pires Farinha, Dr. Fernandes Pires Ferreira,
Dr. Henrique Cesidio Samico.
/
MktkoiíOLOGU lá Magnetismo Terrestre: 1.° Tenente da Armada Adolpho
Pereira Pinheiro, Dr. André Gustavo Paulo de Frontin, Dr. Col-
latino Marques de Souza Filho.
• ¦'h\A(rJí%
¦ Si
¦--.:¦.
V
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.
índice gebal
DO
DA
Pags .
Exposição de gsoohaphia sul-americana.- Noticia pelo redactor da
Revista, Dr. A. do Paula Freitas ¦>
A pesca da dalêa na província da BAiiiA.— Pelo 1.° Tenente da Ar-
mada Antônio Alves Câmara 18
Qeooíupuia médica.— Resumo do boletim da mortalidade do Rio de
Janeiro, no quarto trimestre do 1888 44
UjSTEORotoou.— Médias mensaes deduzidas das observações do Im-
perial Observatório Astronômico do Rio de Janeiro, durante o
quarto trimestre do 1S88 40
OBSERVATÓRIO ASTRONÔMICO E METEOROLÓGICO DA CIDADE DE GOYAZ .... 47
/
-v
¦.. .
-¦' iV
II ÍNDICE
Paqs,
Movimento de immigrantes no Braz.l. — Pela Redacção 111
Meteorologia.- Médias mensaes das observações no Rio de Janeiro,
durante o 1.° trimestre de 1S89 Wb.
Quadro organisado segundo os dados obtidos no Imperial Ob-
seryatorio. W°
Idem segundo os dados obtidos há Estação Central de Metéreõlogia
de Santo Antônio — 116
Noticiário pela redacção.—O Exm. Sr. Marquez de Paranaguá.—
Exposição de Geographia Sul-Americana.—Sociedades estrangeiras
e nacionaes, que permutam as suas revistas ou boletins com os
da Sociedade de Geographia do Rio de Janeiro.— O nome Brasil.
A ilha de Fernando de Noronha.— Transvias da capital do
Império.— Viação férrea do Brazil.— Rede telegraphica «Io Estado.
Engenhos centraes.—Viagem do Sr. A. Thouar titravéz de
Gran-Chaco.— A estatística da cremaçao.—Fructos oleosos do
Brazil.—Congresso Internacional de Scièncias Geographieas eui
Pariz.— Meteorito de Bendegò.— Nossa Senhora dos Anjos de
Itambacury 11 i
Os picos altos do Brazil.—Conferência feita pelo sócio Sr. Orvílle
A. Derby lí&J
Exploração do rio das Mortes em Goyaz.—Relatório do Sr. Enge-
nheiro José Feliciano Rodrigues de Moraes, em 1&3G 150
A cachoeira do Urubu\—(Extrahido do Diário de Pernambuco) 105
Explorações em Matto Grosso 170
Noticiário.-A Sociedade de Geographia do Rio de Janeiro.-Expo-
\ sição de Geographia Sul-americana.-Limites do Brazil.—Un
explorateur brésilien.- Commissão exploradora em Matto-Grosso.
Industria de papel em Itíi.— Congresso Internacional das Scien-
cias Geographieas.-Os Congressos em Pariz.-Sociedade de Le-
gislação Comparada de Pariz.—Portugal na Exposição de Paris.
-Um monumental
globo geographico.-Carta Commercial do
Brasil.- Congresso de Geographia em 1890.- Le Galilée.- Novos
planetas e cometas 174
ACTAS DO ANNO DE 1888
1S3
Amazonas.— Conferência realizada na sessão de 10 de Outubro
de 1889,
pelo sócio remido Torquato Tapajós 221
Uma excursão no valle do Amazonas.-Trabalho
oiferecido polo
sócio effectivo Capitão de Fragata Miguel Ribeiro Lisboa........
236
Les mouvements de la oEOGRAPuiE.- Noticia
oflerecida peto sócio
Dr. Antônio de Paula Freitas, em sessão de 7
de Novembro
*elm
&
.1- i. ..„_.,
"¦
¦
:'.
r ¦
índice III
Pags .
Noticiário.— A Sociedade de Geographia do Rio de Janeiro,— Obser-
vatorio Astronômico do Rio de Janeiro.—A velocidade do vento
no alto da torre EifTel.— Sociedade Astronômica Internacional... 260
Rklatorio da Sociedade de Geographia do Rio de Janeiro, organizado
pelo thesoureiro Oliveira Catramby 263
Relação dos sócios eíTectivos 267
Rfxaçào dos sócios correspondentes 277
Dirkctoria para o anno de 1890. 283
Commissoes scientificas da Sociedade de Geographia do Rio de
J anoiro 285
;¦«;¦
v.í.1.;
A '-\
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¦'¦'
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DIRECTOKIA
COMMISSÕES
Comissão bis Huda.tã,,: J)r. José Mana da Silva Coutiuho, José Carlos
de Carvalho e Dr. José Lustosa da Cunha Paranaguá.
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52,
com direcçâo ao Redactor. l
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