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O PACIENTE E A ESCOLHA DA TERAPIA

Jhennifer Chaves de Souza, jhenniferchaves11@gmail.com1

Resumo – Este estudo objetivou analisar o campo da escolha da psicoterapia do


paciente, bem como analisar aspectos da importância da avaliação psicológica neste
contexto, juntamente com suas ferramentas, utilizando como método pesquisa
bibliografica.As psicoterapias são definidas como métodos de tratamento,
embasados em diversos conceitos teóricos e técnicos, que visam influenciar o
paciente e auxiliá-lo na modificação de problemas de ordem emocional, cognitiva e
comportamental. A psicoterapia vai muito além de tratar as doenças mentais, ela
também existe para que possamos prevenir futuras doenças e transtornos que
afetam a saúde mental dos indivíduos, para isso, escolher a que melhor se encaixe
nas condições pessoais de cada paciente e que tragam resultados positivos na vida
dos mesmos, é uma tarefa árdua que exige muita habilidade em estabelecer uma
relação caracterizada em técnica, empatia e compaixão. .

Palavras-chave: Avaliação psicológica, Testes psicológicos, Psicoterapia .

INTRODUÇÃO
As psicoterapias podem ser caracterizadas como métodos de tratamento
realizado por profissionais capacitados e treinados, com o objetivo de diminuir ou
remover totalmente um problema, um lamento, ou um transtorno de um determinado
paciente , utilizando, para isso, meios psicológicos. As mesmas são realizadas em
um contexto primariamente interpessoal, a relação terapêutica, e utilizam uma
comunicação verbal como principal recurso para alcançar resultados .
Caracterizam-se, ainda, por ser uma atividade eminentemente colaborativa entre
paciente e o seu terapeuta, é importante ressaltar que a primeira questão a ser
levantada e esclarecida é o motivo da consulta, também torna-se indispensável que
exista confiança no profissional em ser ouvido com atenção, interesse genuíno, e
seja livre de julgamentos pessoais e profissionais.
As psicoterapias constituem-se em importante recurso para o tratamento dos
transtornos mentais e dos problemas de natureza emocional, sendo, em algumas
situações, o método mais efetivo de que se dispõe e um importante coadjuvante de
outros métodos de tratamento, como os psicofármacos. Para que ela seja efetiva, é
necessário, em primeiro momento, uma avaliação do paciente, a qual podemos
chamar de ''Avaliação psicológica'', e que pode ser definida como um processo
geralmente extremamente complexo, que tem por objetivo produzir hipóteses, ou
diagnósticos, sobre uma determinada pessoa ou grupo.Apesar da grande
diversidade de modelos e concepções em psicoterapia, pode-se dizer que as
mesmas apresentam alguns importantes elementos comuns.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1
Acadêmico do curso de Psicologia da Universidade Alto Vale do Rio do Peixe (UNIARP).
Definir o termo Psicoterapia não se constitui tarefa simples. As bibliografias
encontradas definem o termo de acordo com alguma abordagem teórica a que se
afiliam. De forma geral, Psicoterapia refere-se a um método de tratamento
psicológico exercido por um profissional treinado para tal, que tem por objetivo
auxiliar as pessoas a lidarem de forma mais saudável com suas dificuldades e
sofrimentos (Roudinesco & Plon, 1998), os quais podem ser vivenciados e
manifestados de diferentes formas, tanto física quanto emocional (KAPLAN, 1998).
As psicoterapias constituem, assim como os psicofármacos, um dos principais
recursos dos quais dispõem os profissionais da saúde para o tratamento de
transtornos mentais e problemas emocionais. Em algumas situações, a terapia é o
método mais efetivo e de escolha preferencial; em outras, é um importante
coadjuvante de outros tratamentos, como os medicamentos (CORDIOLI; TECHE;
GOMES, 2019)
Para aumentar as chances de sucesso do tratamento, é necessária uma
avaliação cuidadosa do paciente e dos problemas ou condições que o perturbam.
Para isso, os profissionais fazem o uso da Avaliação Psicológica, que pode-se definir
a como um processo técnico e científico de coleta de dados e interpretações, com
pessoas ou grupos de pessoas, por meio de informações obtidas em questionários,
métodos, instrumentos psicológicos, entrevistas entre outros (Noronha & Alchieri,
2002; Primi, Flores Mendoza & Castilho, 1998; Wechsler, 1999).
Pode-se definir a Avaliação Psicológica como um processo técnico e
científico de coleta de dados e interpretações, com pessoas ou grupos de pessoas,
por meio de informações obtidas em questionários, métodos, instrumentos
psicológicos, entrevistas entre outros (Noronha & Alchieri, 2002; Primi, Flores-
Mendoza & Castilho, 1998; Wechsler, 1999).
Pasquali & Alchieri (2001) definem testes psicológicos como um procedimento
sistemático para observar um comportamento e descrevê-lo com a ajuda de escalas
numéricas. Tradicionalmente são encontrados testes com o objetivo de mensurar
áreas tais como inteligência, cognição, psicomotricidade, atenção, memória,
percepção, emoção, afeto, motivação, personalidade, dentre outras, nas suas mais
diversas formas.
Na avaliação do paciente, tendo em vista a perspectiva de indicar alguma
modalidade de terapia, algumas questões precisam ser esclarecidas, pois elas
influenciam a escolha, são elas:Quais são os motivos da procura do tratamento? Os
sintomas ou os problemas que o paciente apresenta produzem sofrimento psíquico?
Interferem em seu trabalho, no desempenho acadêmico, na vida familiar ou nas
relações interpessoais? Qual o diagnóstico do paciente? Apresenta comorbidades?
Levando-se em conta apenas o(s) diagnóstico(s), qual técnica psicoterapêutica seria
a preferencial? (CORDIOLI; TECHE; GOMES, 2019)
Muitos pacientes que buscam tratamento não apresentam apenas um único
transtorno psiquiátrico ou problema emocional. É comum, e praticamente a regra,
que o paciente manifeste dois ou mais transtornos psiquiátricos simultaneamente (p.
ex., transtorno de ansiedade e depressão; dependência de substâncias e depressão;
ansiedade social e alcoolismo; transtorno de ansiedade generalizada [TAG] e
depressão; problemas sexuais e conflitos conjugais) (CORDIOLI; TECHE; GOMES,
2019)
A escolha de uma das diferentes modalidades de psicoterapia deve levar em
conta, antes de quaisquer outros fatores, as evidências de eficácia em relação ao
diagnóstico do transtorno que o paciente apresenta. Existem inúmeros ensaios
clínicos e metanálises que demonstram a eficácia das psicoterapias em diversos
transtornos. Eventualmente, a escolha de uma abordagem não exclui as demais.
Além do diagnóstico clínico/nosográfico, devem ser consideradas as comorbidades e
as condições psicológicas e de realidade do paciente. (CORDIOLI; TECHE;
GOMES, 2019)
Por fim, o terapeuta deve levar em conta as condições de realidade do
paciente, como disponibilidade de tempo, dinheiro, acesso físico e existência de
problemas externos insolúveis, para chegar à decisão final de qual terapia é a mais
apropriada para o paciente naquele momento e naquelas circunstâncias.
(CORDIOLI; TECHE; GOMES, 2019)

METODOLOGIA

A presente pesquisa possui como objetivo central o estudo do paciente e


a escolha da terapia adequada. Para a elaboração deste trabalho aqui apresentado
foram realizadas pesquisas com base no tema geral, as informações aqui expostas
terão como fonte de pesquisa principal o livro denominado ''Psicoterapias
abordagens atuais'' dos autores Aristides V e Eugênio H.
Também foram empregues artigos científicos disponíveis na plataforma
SciELO, Google Acadêmico e a CAPES, e demais recursos que estavam a dispor na
WEB, e que de alguma forma vieram a contribuir para a elaboração desta
pesquisa, a finalidade foi buscar informações abrangentes sobre o assunto
provenientes de fontes confiáveis, que pudessem contribuir com o tema proposto
bem como como a construção desta pesquisa.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O estudo possibilitou identificar que a psicoterapia tem se estabelecido como


um recurso indispensável com o qual contam os profissionais da saúde mental,
fazendo parte das abordagens da grande maioria dos transtornos mentais.
Escolher a categoria de abordagem mais adequada e certeira para cada
paciente não é uma tarefa simples, levando em consideração que na atualidade
existam uma variedade de métodos disponíveis, é necessário que o terapeuta
conheça seus limites e alcances, tal como as condições do paciente.
Também vale ressaltar que o êxito do processo de terapia não depende
únicamente de um fator, é preciso que exista competência profissional do terapeuta
no uso das técnicas, bem como, qualidades humanas, entre as quais podemos citar
a habilidade de construir uma relação pautada em compaixão, calor humano,
empatia e autenticidade.
A evolução dos critérios diagnósticos permitiram a realização de pesquisas
com amostras mais homogêneas e a realização de ensaios clínicos de eficácia com
diferentes métodos de tratamento. Os resultados foram incríveis, um aumento da
pesquisa em psicoterapia e a proposição de novas intervenções terapêuticas. Como
consequência, na atualidade, existe um amplo leque de opções de técnicas
psicoterapêuticas.
É normal que ainda existam muitos tabus acerca da psicoterapia, contudo, os
benefícios proporcionados pela terapia trazem mudanças significativas para a vida
dos indivíduos. Podemos elencar várias vantagens da terapia psicológica, porque
cada terapia é diferente. No sentido de que cada ser humano é um ser único, que
está trazendo toda a sua bagagem, histórico e questões pessoais para tratar e
melhorar no ambiente terapêutico, porém pode-se citar algumas universais, tais
como a possibilidade de conhecer-se e compreender-se melhor, aprender
determinadas habilidades, ter uma mudança positiva na percepção da realidade e
uma significativa melhoria do bem estar contínuo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
De forma geral o estudo possibilitou identificar a importância da escolha da
psicoterapia do paciente, para que exista sucesso no tratamento, vale ressaltar que
sempre deve-se ter especial atenção com o primeiro contato com o paciente, pois, é
o momento mais delicado e decisivo na vida do indivíduo, para que possamos atingir
os objetivos, o terapeuta deve seguir certas regras na forma de conduzir a
entrevista de avaliação do paciente, do que podemos concluir, que para o analista, o
saber do terapeuta se resume a um saber analisar, isto é, à capacidade de levar um
sujeito à decifração do seu texto inconsciente. Para o paciente é necessário
entender o tratamento psicoterápico como um meio de conhecer seus sentimentos,
suas necessidades e seus desejos; proporcionando com isto, o conhecimento dos
padrões de comportamento, dos sentimentos e pensamentos, para que seja traçado
um caminho com resultados positivos.
É possível notar que no passado a eficácia da psicoterapia foi muito
questionada, porém na sociedade contemporânea está bem sustentada para
diversas modalidades, e na medida em que os estigmas e tabus são quebrados, ela
é mais utilizada, pois é notório seus benefícios para a vida das pessoas.
É importante ressaltar que para a indicação de psicoterapia, é indispensável que o
paciente apresente sofrimento psíquico, ou que os sintomas, sujo descrevidos pelo
paciente, estejam causando prejuízo no trabalho, no desempenho acadêmico, na
vida familiar ou em suas relações interpessoais, ou que até mesmo demasiado
tempo de seu dia. Se não há sofrimento psíquico, em tese, não há indicação para
psicoterapia. Também é de extrema importância salientar que o estudo do processo
psicoterápico mostra-se bastante complexo devido, principalmente, à subjetividade
dos dados em questão e às inúmeras variáveis envolvidas (Knobel, 1984).
INSTITUIÇÕES FINANCIADORAS E APOIADORAS / AGRADECIMENTOS
Agradeço a UNIARP- Universidade do Alto Vale do Rio do Peixe, instituição
proponente e financiadora do SEDEPEX. Em especial, meu agradecimento para a
professora e orientadora Patricia Favarin, por todo o apoio e pela ajuda, que muito
contribuíram para a realização deste trabalho.

REFERÊNCIAS

COHEN, Ronald; SWERDLIK, Mark; STURMAN, Edward. Testagem e avaliação


psicológica: Introdução a testes e medidas. 8ª Ed: Porto Alegre, AMGH, 2014.

CORDIOLI, Aristides; Grevet, Eugenio. Psicoterapias: Abordagens Atuais.


4ª Ed.Porto Alegre: Artmed, 2019.

OLIVEIRA, Irismar; SCHARTZ, Thomas; STAHL, Stepen. Integrando psicoterapia


e psicofarmacologia. Porto Alegre: Armed, 2015.

PRIMI, Ricardo. Avaliação Psicológica no Século XXI: de Onde Viemos e para


Onde Vamos. Novembro, 2018.

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