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Sinais em Transmissão de Dados

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Sinais em transmissão de dados

Sinal analógico e o digital


O sinal digital chegou ao Brasil às 20h48min do dia 2 de dezembro de 2007 e teve até com pronunciamento do Presidente
da República. Até então o sinal analógico era o que reinava em qualquer tipo de transmissão de dados. A partir daí, tivemos
muitos avanços nos meios de transmissão, que até aquele momento eram apenas cabos por onde trafegavam o sinal
elétrico por onde os dados eram levados de um ponto ao outro. Vamos então buscar entender como se dá a transmissão
de dados por estes diferentes tipos de sinal.

O sinal analógico
O antigo formato analógico é composto por um sinal contínuo, que varia em função do tempo. É possível representá-
lo com uma curva, que apresenta intervalos com valores que variam entre 0 e 10. Uma das principais características deste
tipo de sinal é que ele passa por todos os valores intermediários possíveis (0.01 , 0.566 , 4.565 , 8.55…), o que resulta em
uma faixa de frequência bem maior e por isso não tão confiável e com qualidade inferior, devido à oscilação.
É muito comum representar este tipo de onda como uma série de parábolas que se alternam sobre um centro. Resumindo,
ele é um sinal que é caracterizado pela variação contínua de suas grandezas em um determinado espaço de tempo.

O sinal analógico representado em curvas


(Fonte: Reprodução/Wikipedia)
Exemplos de sinais analógicos podem ser encontrados por toda natureza. Até mesmo o som de nossa própria voz pode ser
representada como algo análogo a esse formato. Dentro das coisas que utilizamos no nosso dia a dia, podemos destacar as
correntes elétricas. Outro exemplo marcante é a nossa representação dos sons, captados através de um microfone ou
transmitidos para um amplificador, sempre compreendidos como ondas contínuas e assimétricas.
Pode-se dizer que até poucos anos atrás todos os sinais utilizados pelo homem eram analógicos. A telefonia, por exemplo,
era enviada em ondas que eram do mesmo formato em que as palavras foram faladas por um usuário. O que significa que
a conversação era muito mais suscetível a ruídos e interferências, facilitando práticas como a escuta clandestina.
Então podemos alterar esse sinal para que ele transporte informações em sua amplitude, fase ou frequência.
Amplitude fase
A Transmissão de dados através de um sinal digital acontece então por uma modificação feita neste sinal e essa
modificação é “interpretada” pelos receptores da transmissão. A esta modificação damos o nome de modulação que é o
processo que possibilita alteração de característica(s) de um sinal analógico de acordo com a informação a ser transmitida.
De forma geral, tais características são: amplitude, ou seja, a altura da onde analógica, a fase que podemos entender como
o sentido da onde, ou seja, está subindo ou está descendo e frequência, que entendemos como a quantidade de ondas em
um período de tempo. Estas técnicas de modulação são as seguintes: ASK (amplitude), FSK (freqüência) e PSK (fase) que
não há necessidade de explanarmos a fundo aqui pois este não é um curso de engenharia da computação (riso!).
Só por curiosidade veja a transmissão diagramada abaixo.

Modulação em Amplitude (ASK)


Então observe e engenhosidade dos seres humanos brilhantes que descobriram e dominaram essa técnica de transmissão
de dados. Há um sinal a ser transmitido, nesta situação específica será utilizada a técnica chamada ASK, ou seja, modulação
por amplitude, aquele que altera a altura das ondas na portadora. Essa onda portadora pode ser um sinal de eletricidade,
som, luz entre outros. Então transforma-se ou altera-se a onda portadora para que esta “leve” os dados até o outro ponto,
ou seja, até onde a transmissão é destino. Espera-se que ao chegar ao destino estas alterações sejam interpretadas na
recepção de forma que os dados contidos nesta transmissão sejam entendidos pelos equipamentos de recepção. Isto sob
qualquer distância a ser percorrida. Somos seres supremos ou não?
Por curiosidade o sinal de rádio que chamamos de FM ou AM, são justamente a modulação por fase, no caso da Fm o de
amplitude no casa da Am.

Caso haja maior interesse pelo assunto, você pode acessar:


<http://www3.dsi.uminho.pt/adriano/Teaching/Comum/TecModul.html>
para aprofundamentos e sanar suas curiosidades sobre técnicas de modulação.
O sinal Digital
O sinal digital é uma sequência discreta (descontínua) no tempo e em amplitude. Isso significa que um sinal digital só
é definido para determinados instantes de tempo, e que o conjunto de valores que pode assumir é finito (0 ou 1).
O processo de digitalização converte o sinal analógico, por exemplo a voz de um locutor, em uma série de uns e
zeros. Essa tecnologia degrada um pouco o sinal, porque uns e zeros não são uma representação fiel do sinal
analógico. No entanto, o sinal digital é robusto, ou seja, ele é capaz de atender as necessidades de transmissão de
dados com vantagens sobre o sinal analógico como por exemplo, ele pode ser corrigido utilizando-se rotinas de
correção de erros se houver interferências. Além disso, os sinais digitais podem ser compactados, tornando os
sistemas digitais muito mais eficientes do que os analógicos.
Diferente do sinal analógico que pode assumir todos os valores entre sua amplitude, o sinal digital binário só assume
dois valores: 0 ou 1, saltando de um valor para o outro instantaneamente no formato de uma onda quadrada na qual
permite a codificação de letras e números de forma mais prática do que o sinal analógico.

Diferentemente dos sinais analógicos que são modulados, os sinais digitais são codificados e estes podem sofrer as
seguintes técnicas de codificações para transmitirem dados:

 Não Retorno a o Zero (NRZ - Non-Return to Zero)


Esta é o tipo de codificação mais simples. Por meio dela, nós apenas representamos um 1 por meio de um sinal alto
e um 0 por meio de um sinal baixo:

 Não Retorno a o Zero Invertido (NRZI - Non-Return to Zero Inverted)


Nesta codificação, para transmitir um "0", nós mantemos o sinal como está e para transmitir um "1", nós invertemos
o sinal. É comum que na prática a cada 4 bits transmitidos por meio do NRZI, seja enviado um bit lógico "1" para que
não ocorra uma perda de sincronia caso estejamos transmitindo muitos zeros.
Abaixo, vemos um exemplo de transmissão NRZI:

 Codificação de Manchester
Segundo Tanenbaum, em seu livro Redes de Computadores Quarta Edição, neste tipo de codificação, representamos
um "1" por um sinal alto que desce e "0" por um sinal baixo que sobe. Esta codificação é usada em redes
Ethernet/802.3. A sua principal vantagem é a facilidade de se recuperar erros. Mesmo que parte da transmissão se
perca, ainda assim é fácil detectar qual foi o sinal enviado.
Abaixo, você vê um exemplo de dados sendo enviado pela Codificação de Manchester:
 Codificação de Manchester Diferencial
Ao contrário da Codificação de Manchester que nos permite saber qual é o sinal enviado simplesmente
acompanhando uma transição, a Codificação de Manchester Diferencial é um pouco mais complexa. Para
descobrirmos no Manchester Diferencial qual é o sinal transmitido, precisamos saber também qual era o estado
anterior do sinal.
Um "1" é representado fazendo a primeira metade do sinal igual à última metade do sinal anterior e um "0" é
representado fazendo a primeira metade do sinal ser diferente da segunda metade do sinal anterior. Ou, em outras
palavras, se no começo do sinal houve mudança de sinal, é 0 e se não houve, é 1.
Perceba que mesmo que o sinal seja invertido, por meio desta codificação, os nós poderão se comunicar sem
problemas. Afinal, o que importa é a transição, não a polaridade.
Abaixo vemos um exemplo de transmissão via Manchester Diferencial:

 Inversão de Sinal Alternada (AMI - Alternated Mark Inversion)


Por meio desta codificação, representamos um 0 como um sinal de 0 volts e um 1 ora com uma voltagem positiva e
ora com voltagem negativa.
Abaixo vemos uma transmissão AMI:

Podemos dizer que há prós e contras nos dois tipos de sinal, porém o sinal digital nos oferece maior vantagem.
Um dos grandes problemas no sinal analógico a oscilação do sinal o que ocasiona perda de qualidade. Neste
formato, o sinal trafega por uma faixa de frequência muito grande, o que resulta em um grande número de
oscilações e, consequentemente, em queda de qualidade. Além disso, ele ocupa mais espaço e oferece menos
conteúdo, dificultando a otimização dos recursos nas comunicações.
Diferente do analógico, o formato digital é menos complexo porque apresenta apenas valores discretos no tempo e
na amplitude. Assim como mais precisão, menos custos e menos tempo de processamento.
E aí está a principal vantagem do sinal digital. Por ser mais preciso, sua qualidade não oscila e os custos para
armazenamento e o tempo para processamento dos dados são também muito inferiores.
Algumas características da comunicação de dados
• A conectividade ou a conexão pode se dar no formato:
1. Ponto-a-ponto (Peer-to-peer) – ligação entre dois dispositivos

2. Multiponto – meio partilhado por mais de dois dispositivos – Um emissor e múltiplos receptores, múltiplos
emissores e um receptor ou múltiplos emissores e receptores.
• Modo de comunicação (direccionalidade)
1. Simplex – comunicação unidirecional
É o modo de transmissão em sentido único ou uniderecional, caracteriza-se em uma ligação na qual os dados
circulam num só um sentido, ou seja, do emissor para o receptor.
Exemplo: Rádio, TV.

2. Half-duplex – comunicação bidireccional alternada


É o modo de transmissão em sentido duplo em função do tempo, não simultâneo. Assim, com este tipo de ligação,
cada extremidade da ligação emite por sua vez.
Exemplo: Rádio tipo walk talk.

3. Full-Duplex – comunicação bidireccional simultânea.


É o modo de transmissão em sentido duplo ou bidirecional simultâneo. Assim, cada extremidade da linha pode
emitir e receber ao mesmo tempo, o que significa que a banda concorrida está dividida por dois para cada sentido
de emissão dos dados.
Exemplo: Celular.

Ruídos ou interferências
Seu Wi-Fi está mais fraco? A culpa pode ser da decoração de Natal

(Reprodução/Devianart/SSandiiee)
Seu Wi-Fi está parecendo um pouco lento? Se for no mês de dezembro pode ser que haja uma explicação bastante
inesperada para este desagradável acontecimento, principalmente se você já montou a sua árvore de Natal e
espalhou por toda a casa as famosas luzes 'pisca-pisca' que todo mundo adora nesta época do ano.
Se você ainda não arrumou a casa para a data, talvez seja hora de pensar duas vezes antes de usar este item.
Britânicos da Ofcom alertaram que a interferência elétrica das luzinhas piscantes podem interferir no sinal do Wi Fi,
diminuindo em até metade a qualidade do sinal de conexão. Em famílias que usam vários dispositivos ligados a um
só roteador, a situação pode ser ainda pior.
De acordo com as informações dadas pela empresa, isso acontece por que o aparelho responsável por distribuir a
rede recebe dados via linha telefônica antes de convertê-la em sinais de rádio. Estes sinais viajam por meio de linhas
retas, o que significa que pode haver interferência caso eles se "esbarrem" em outros dispositivos que emitem estas
mesmas ondas. Isto inclui lâmpadas elétricas, babás eletrônicas, refrigeradores, telefones sem fio, controles de
garagem e finalmente, luzes de Natal.
A recomendação para evitar que haja este tipo de problema é afastar ao máximo o roteador da árvore de Natal ou
qualquer uma destas fontes de luz decorativas, em pelo menos três metros de distância.
Outro ponto bastante importante que interfere na qualidade da conexão é muitas vezes a proteção dada a ela.
Alguns cuidados básicos de segurança são bastante recomendados para evitar que a rede seja invadida, entre eles
estão evitar as configurações padrão do roteador; sempre aplicar senha e deixar um 'firewall' ativado; desligar o
aparelho em ausências prolongadas; controlar quais computadores acessam sua rede doméstica e, por fim, usar um
hardware para proteger a rede.

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