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Requisitos para Conexão de Acessantes Produtores de Energia Elétrica Ao Sistema de Distribuição Da Cemig D - Média Tensão

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Classificação: Público

ND 5.31

Companhia Energética de Minas Gerais

Norma de Distribuição

Requisitos Para Conexão de Acessantes


Produtores de Energia Elétrica ao Sistema de
Distribuição da Cemig D – Média Tensão

Belo Horizonte – Minas Gerais – Brasil

Classificação: Público
Classificação: Público

ND 5.31

Classificação: Público
ND-5.31 1

Diretoria Cemig Distribuição

Controle de Revisão

Revisão Nível de Aprovador Data de início de


Mês/Ano
Aprovação vigência

JUL/2022 DM
Revisão d ED 05/JUL/2022
C058677

MAI/2021 ED DM
Revisão c MAI/2021
C058677

DEZ/2018 PE DGA
Revisão b DEZ/2018
C051657

MAR/2016 PA MBD
Revisão a MAR/2016
C040725

Classificação: Público
ND-5.31 2

Preparado por:
Alécio de Melo Oliveira
44869–ED/ES

Verificado por:
Carlos Alberto Monteiro Leitão
45463-ED/ES

Recomendado por:
William Alves de Souza
55547-ED/ES

Aprovado por:
Denis Mollica
58677-ED

Classificação: Público
ND-5.31 3

INDICE

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................7

2 ESCOPO ....................................................................................................................................8

3 TERMINOLOGIA ....................................................................................................................9

4 DISPOSIÇÕES GERAIS ....................................................................................................... 17

5 LEGISLAÇÃO E REGULAÇÃO ........................................................................................... 19

6 PROCEDIMENTOS PARA A CONEXÃO DE CENTRAIS GERADORAS AO SISTEMA


DE DISTRIBUIÇÃO DE MÉDIA TENSÃO DA CEMIG .......................................................... 20

6.1 Consulta e entrega de orçamento estimado ................................................................................. 21


6.1.1 Consulta do orçamento estimado ................................................................................................ 21
6.1.2 Informações constantes no orçamento estimado ........................................................................ 21

6.2 Pedido de conexão ....................................................................................................................... 22


6.2.1 Solicitação de orçamento de conexão .......................................................................................... 22

6.3 Aceite / Rejeição do pedido e entrega de protocolo .................................................................... 24

6.4 Análise Distribuidora (alternativas) – Entrega do orçamento de conexão técnico comercial ........ 24
6.4.1 Estudos ......................................................................................................................................... 25
6.4.2 Informações constantes no orçamento de conexão .................................................................... 26

6.5 Aprovação do orçamento de conexão .......................................................................................... 27


6.5.1 Perda de validade do orçamento de conexão .............................................................................. 28
6.5.2 Acordo operativo e relacionamento operacional ......................................................................... 28
6.5.3 Execução das obras de conexão e reforço do sistema elétrico pelo acessante gerador .............. 28

6.6 Assinatura de contrato e pagamento ........................................................................................... 30


6.6.1 Contrato de uso do sistema de distribuição (CUSD) ..................................................................... 31

6.7 Obras ........................................................................................................................................... 33

7 CRITÉRIOS E PADRÕES TÉCNICOS PARA A CONEXÃO .......................................... 34

7.1 Características do sistema distribuição Cemig em média tensão .................................................. 34

7.2 Forma da conexão ........................................................................................................................ 35


7.2.1 Consumidor existente que pretende se tornar autoprodutor...................................................... 35
7.2.2 Acessante novo conectado a um alimentador existente .............................................................. 36
7.2.3 Acessante novo conectado em média tensão a barra da subestação ou por meio de barramento
estendido ..................................................................................................................................................... 37

Classificação: Público
ND-5.31 4

7.2.4 Padrões técnicos do religador da conexão ................................................................................... 39


7.2.5 Padrões técnicos para o trecho de alimentador de interligação .................................................. 40
7.2.6 Determinação da forma de conexão ............................................................................................ 41
7.2.7 Capacidade máxima de geração por alimentador ........................................................................ 41
7.2.8 Reguladores de tensão entre acessante e fonte Cemig D ............................................................ 42
7.2.9 Perdas máximas com a conexão ................................................................................................... 43
7.2.10 Variação máxima de Tensão no sistema de distribuição para perda da geração nominal ........... 43

7.3 Transformadores de acoplamento ............................................................................................... 44


7.3.1 Ligação dos enrolamentos do transformador de acoplamento ................................................... 44
7.3.2 Transformador de acoplamento com enrolamento de média tensão aterrado através de reator
44
7.3.3 Transformador de acoplamento com enrolamento de média tensão em delta e um
transformador adicional exclusivo para prover o aterramento .................................................................. 45
7.3.4 Tapes dos transformadores de acoplamento ............................................................................... 46

7.4 Requisitos de proteção para a conexão ........................................................................................ 46


7.4.1 Requisitos de proteção para os produtores independentes e autoprodutores ........................... 48

7.5 Requisitos de Medição ................................................................................................................. 49


7.5.1 Sistema de medição de Faturamento (SMF) ................................................................................ 49
7.5.2 Produtor independente ................................................................................................................ 49
7.5.3 Autoprodutor ................................................................................................................................ 52
7.5.4 Subestação de Medição de Faturamento ..................................................................................... 52
7.5.5 Conservação da Subestação de Medição de Faturamento .......................................................... 53
7.5.6 Acesso à Subestação de Medição de Faturamento ...................................................................... 53

7.6 Requisitos de Automação e Telecomunicação .............................................................................. 54


7.6.1 Canais de comunicação de dados ................................................................................................. 54
7.6.2 Acessante conectado em um alimentador existente da Cemig D ................................................ 54
7.6.3 Acessante conectado em média tensão a subestação existente sem automação ....................... 54
7.6.4 Acessante conectado em média tensão a subestação existente com automação ....................... 55
7.6.5 Canais de comunicação de voz ..................................................................................................... 55
7.6.6 Comunicação da medição de faturamento .................................................................................. 55
7.6.7 Meios de Comunicação................................................................................................................. 55
7.6.8 Solução de automação ................................................................................................................. 56
7.6.9 Acessante conectado em um alimentador existente da Cemig D ................................................ 56
7.6.10 Acessante conectado em média tensão a subestação existente da Cemig D .............................. 56
7.6.11 Base de dados ............................................................................................................................... 57

7.7 Requisitos técnicos da geração..................................................................................................... 57


7.7.1 Geradores síncronos ..................................................................................................................... 57
7.7.2 Sincronização ................................................................................................................................ 58
7.7.3 Controles de tensão e fatores de potência no ponto de conexão................................................ 58
7.7.4 Controle de velocidade ................................................................................................................. 60
7.7.5 Condições para operação ilhada................................................................................................... 60
7.7.6 Geradores Assíncronos ................................................................................................................. 61
7.7.7 Geradores Fotovoltaicos e Eólicos tipo Full Converter ................................................................. 62

8 MICROGERAÇÃO E MINIGERAÇÃO ADERENTES AO REGIME DE


COMPENSAÇÃO ........................................................................................................................... 63

Classificação: Público
ND-5.31 5

8.1 Objetivo ....................................................................................................................................... 63

8.2 Escopo.......................................................................................................................................... 63

8.3 Procedimentos de acesso para acessantes aderentes ao sistema de compensação ..................... 64

8.4 Projeto Elétrico da Subestação de Entrada, projeto do painel de proteção em baixa tensão e
Coordenograma de Proteção – Microgeradores e minigeradores .............................................................. 64
8.4.1 Possibilidade de utilização de mais de um relé ............................................................................ 64
8.4.2 Exigência de catálogo e reunião técnica com o fabricante........................................................... 65
8.4.3 Informação sobre os níveis de curto-circuito ............................................................................... 65
8.4.4 Situações onde é necessário novo projeto elétrico da subestação de entrada ........................... 65
8.4.5 Situações nas quais é necessário somente novo coordenograma de proteção ........................... 66
8.4.6 Situações onde não é necessária a apresentação do projeto elétrico da subestação de entrada 66
8.4.7 Situações onde é necessário projeto elétrico de painel de proteção em baixa tensão ............... 67
8.4.8 Como submeter o projeto elétrico da subestação de entrada e do painel de proteção em baixa
tensão 67
8.4.9 Obrigatoriedade da aprovação para a realização de vistoria ....................................................... 67
8.4.10 Análise do projeto elétrico ........................................................................................................... 68
8.4.11 ART ou TRT de projeto e/ou instalação – Microgeradores e minigeradores ................................ 68
8.4.12 Modificação em Projeto Elétrico de Central Geradora – Microgeradores e minigeradores ........ 70

8.5 Vistoria e Comissionamento – Microgeradores e minigeradores .................................................. 70

8.6 Acordo operativo de Minigeradores e relacionamento operacional de Microgeradores .............. 71

8.7 Ponto de fornecimento – Microgeradores e minigeradores ......................................................... 71

8.8 Tensão de Fornecimento – Microgeradores e minigeradores ....................................................... 72

8.9 Obras para a conexão – Microgeradores e minigeradores............................................................ 72

8.10 Critérios técnicos – Microgeradores e minigeradores................................................................... 73


8.10.1 Potência Instalada ........................................................................................................................ 73
8.10.2 Transformador de acoplamento ................................................................................................... 74
8.10.3 Geração conectada por meio de inversores ................................................................................. 74
8.10.4 Geração conectada sem uso de inversores .................................................................................. 74
8.10.5 Geração própria (fonte não incentivada) ..................................................................................... 74
8.10.6 Automação e comunicações ......................................................................................................... 75
8.10.7 Qualidade de energia.................................................................................................................... 75
8.10.8 Faixa 1: Potência da geração menor ou igual a 300 kW ............................................................... 75
8.10.9 Faixa 2: Potência da geração maior que 300 kW e menor ou igual a 5000 kW ............................ 84
8.10.10 Subestações compartilhadas ........................................................................................................ 88
8.10.11 Requisitos de proteção para acessantes na modalidade de compensação de energia................ 91
8.10.12 Painel de interface ........................................................................................................................ 93
8.10.13 Medição ........................................................................................................................................ 93

9 PROCEDIMENTOS E REQUISITOS DE QUALIDADE ................................................. 93

9.1 Tensão em regime permanente ................................................................................................... 95

9.2 Fator de Potência ......................................................................................................................... 96

Classificação: Público
ND-5.31 6

9.3 Distorções Harmônicas................................................................................................................. 96

9.4 Desequilíbrios de tensão .............................................................................................................. 97

9.5 Flutuações de tensão ................................................................................................................... 98

9.6 Variações de Tensão .................................................................................................................... 98

9.7 Variações de frequência ............................................................................................................... 99

9.8 Requisitos de qualidade de serviço ............................................................................................ 100

10 BIBLIOGRAFIA..................................................................................................................102

11 REFERÊNCIAS ...................................................................................................................106

12 ANEXOS ...............................................................................................................................107

Classificação: Público
ND-5.31 7

Requisitos Para Conexão de Acessantes Produtores de Energia


Elétrica ao Sistema de Distribuição da Cemig D – Média Tensão

1 INTRODUÇÃO

Esta norma tem como propósito concentrar e sistematizar os requisitos de informações


técnicas pertinentes a novas conexões ou alteração de conexões existentes de centrais
geradoras de energia ao sistema de distribuição em média tensão da Cemig, de forma a
facilitar o fluxo de informações e simplificar o atendimento aos acessantes.

São apresentados os requisitos para a conexão, em média tensão, de acessantes


produtores de energia elétrica ao sistema de distribuição da Cemig. Incluem-se nesse
campo de interesse os produtores independentes e autoprodutores (com injeção de
potência no sistema da Cemig) conectados em média tensão e consumidores de
média tensão aderentes ao sistema de compensação de energia.

Os requisitos de acessantes que, embora possuam geração própria, não injetem potência
ativa na rede elétrica da Cemig estão considerados na norma Cemig D ND 5.3,
“Fornecimento de Energia Elétrica em Média Tensão - Rede de Distribuição Aérea ou
Subterrânea”.

Classificação: Público
ND-5.31 8

2 ESCOPO

Este documento estabelece os critérios e procedimentos técnicos exigidos pela Cemig para
a conexão de acessantes geradores nas tensões de 13,8kV a 34,5kV, em conformidade
com as recomendações regulatórias existentes para o assunto no setor elétrico nacional.

São apresentados os procedimentos de acesso, padrões e critérios técnicos e operacionais,


além dos contratos e acordos envolvidos na conexão de acessantes geradores. Nessa
categoria se incluem os acessantes autoprodutores (com injeção de potência no sistema
da Cemig) e produtores independentes e consumidores de média tensão aderentes ao
sistema de compensação de energia, seja através da instalação de minigeração ou
microgeração.

Os procedimentos específicos para os consumidores aderentes ao sistema de


compensação de energia estão tratados no capítulo 8 desta norma.

Classificação: Público
ND-5.31 9

3 TERMINOLOGIA

Segue-se uma relação de significados dos termos mais recorrentes relativos aos
procedimentos de acesso estabelecidos nos Procedimentos de Distribuição da ANEEL
(PRODIST).

Acessante

Consumidor, central geradora, distribuidora, agente importador ou exportador de energia,


cujas instalações se conectem ao sistema elétrico de distribuição, individualmente ou
associado a outros. No caso desta norma, o termo acessante se restringe a produtores
independentes, autoprodutores, e consumidores com geradores que façam a adesão ao
sistema de compensação de energia, nos termos da Resolução Normativa nº482/2012, e
que injetem potência ativa na rede elétrica da Cemig D.

Acesso

Compreende a conexão e o uso do sistema elétrico de distribuição de energia elétrica pelas


instalações dos usuários, mediante o ressarcimento dos cust

os de uso e, quando aplicável, de conexão.

Acordo operativo

Acordo, celebrado entre o usuário e a distribuidora, que descreve e define as atribuições,


responsabilidades e o relacionamento técnico-operacional no ponto de conexão e
instalações de conexão, quando for o caso, e estabelece os procedimentos necessários ao
Sistema de Medição para Faturamento -SMF

Autoconsumo remoto

Caracterizado por unidades consumidoras de titularidade de uma mesma Pessoa Jurídica,


incluídas matriz e filial, ou Pessoa Física que possua unidade consumidora com
microgeração ou minigeração distribuída em local diferente das unidades consumidoras,
dentro da mesma área de concessão ou permissão, nas quais a energia excedente será
compensada.

Autoprodutor

Pessoa física ou jurídica ou empresas reunidas em consórcio que recebam concessão ou


autorização para produzir energia elétrica destinada ao seu uso exclusivo, podendo,
mediante autorização da ANEEL, comercializar seus excedentes de energia.

Classificação: Público
ND-5.31 10

Barramento estendido de média tensão

Consiste em se instalar uma bifurcação no alimentador, no ponto mais próximo possível da


subestação de distribuição, com um religador para cada uma das derivações, uma das
quais será o ponto de conexão do autoprodutor ou produtor independente.

Commited Information Rate – CIR

Taxa de transferência de informações para um circuito virtual de telecomunicações


garantida pelo respectivo provedor de internet, normalmente dada em kilobits por segundo.

CCEE – Câmara de Comercialização de Energia Elétrica

Entidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, sob regulação e fiscalização da
ANEEL, tem a finalidade de viabilizar a comercialização de energia elétrica no sistema
interligado nacional e de administrar os contratos de compra e venda de energia elétrica,
sua contabilização e liquidação.

COD

Centro de Operações da Distribuição da Cemig.

Cogeração

Processo operado numa instalação específica para fins de produção combinada das
utilidades calor e energia mecânica, esta convertida total ou parcialmente em energia
elétrica, a partir da energia disponibilizada por uma fonte primária.

Cogeração qualificada

Atributo concedido a cogeradores que atendem os requisitos definidos em resolução


específica, segundo aspectos de racionalidade energética, para fins de participação nas
práticas de incentivo à cogeração.

Comissionamento

Procedimento realizado pela distribuidora nas obras executadas pelo interessado com o
objetivo de verificar sua adequação ao projeto aprovado e aos padrões técnicos da
distribuidora.

Condições de acesso

Condições gerais de acesso que compreendem ampliações, reforços e/ou melhorias


necessários às redes ou linhas de distribuição da acessada, bem como os requisitos

Classificação: Público
ND-5.31 11

técnicos e de projeto, procedimentos de solicitação e prazos, estabelecidos nos


Procedimentos de Distribuição para que se possa efetivar o acesso.

Condições de conexão

Requisitos que o acessante obriga-se a atender para que possa efetivar a conexão de suas
Instalações ao sistema elétrico da acessada.

Contrato de Conexão às Instalações de Distribuição (CCD)

Contrato celebrado entre o acessante e a distribuidora acessada, que estabelece termos e


condições para conexão de instalações do acessante às instalações de distribuição,
definindo, também, os direitos e obrigações das partes.

Contrato de fornecimento

Instrumento celebrado entre distribuidora e consumidor responsável por unidade


consumidora do Grupo “A”, estabelecendo as características técnicas e as condições
comerciais do fornecimento de energia elétrica.

Contrato de uso do sistema de distribuição (CUSD)

Contrato celebrado entre o acessante e a distribuidora, que estabelece os termos e


condições para o uso do sistema de distribuição e os correspondentes direitos, obrigações
e exigências operacionais das partes.

Critério de mínimo custo global

Critério utilizado para avaliação de alternativas tecnicamente equivalentes para viabilização


do acesso segundo o qual é escolhida a alternativa de menor custo global de investimentos.

O critério de mínimo custo global é caracterizado pela seleção, dentre as alternativas


viáveis, da que tenha o menor somatório dos seguintes custos:

I - instalações de conexão, transformação e redes de responsabilidade do consumidor e


demais usuários;

II - obras no sistema elétrico de distribuição e de transmissão;

III - perdas elétricas no sistema elétrico;

IV - incorporação de instalações de outros consumidores e demais usuários; e

V - remanejamento de instalações da distribuidora ou de terceiros.

Demais instalações de transmissão (DIT)

Classificação: Público
ND-5.31 12

Instalações integrantes de concessões de transmissão e não classificadas como rede


básica.

Distribuidora acessada

Distribuidora detentora das instalações às quais o usuário conecta suas instalações


próprias.

Documento de Acesso para Leilão (DAL)

Documento por meio do qual a distribuidora acessada apresenta considerações a respeito


da viabilidade da alternativa de conexão solicitada pela central geradora e demais
informações requeridas no regulamento específico do leilão e, se necessário, sugere nova
alternativa para avaliação da Central geradora candidata ao leilão.

Empreendimento com múltiplas unidades consumidoras

Conjunto de unidades consumidoras localizadas em uma mesma propriedade ou em


propriedades contíguas, sem separação por vias públicas, passagem aérea ou subterrânea
ou por propriedades de terceiros não integrantes do empreendimento, em que as
instalações para atendimento das áreas de uso comum, por meio das quais se conecta a
microgeração ou minigeração distribuída, constituam uma unidade consumidora distinta,
com a utilização da energia elétrica de forma independente, de responsabilidade do
condomínio, da administração ou do proprietário do empreendimento;

Fontes despacháveis

As hidrelétricas, incluídas aquelas a fio d'água que possuam viabilidade de controle variável
de sua geração de energia, cogeração qualificada, biomassa, biogás e fontes de geração
fotovoltaica, limitadas, nesse caso, a 3 MW (três megawatts) de potência instalada, com
baterias cujos montantes de energia despachada aos consumidores finais apresentam
capacidade de modulação de geração por meio do armazenamento de energia em baterias,
em quantidade de, pelo menos, 20% (vinte por cento) da capacidade de geração mensal
da central geradora que podem ser despachados por meio de um controlador local ou
remoto.

Geração compartilhada

Modalidade caracterizada pela reunião de consumidores, por meio de consórcio,


cooperativa, condomínio civil voluntário ou edilício ou qualquer outra forma de associação
civil, instituída para esse fim, composta por pessoas físicas ou jurídicas que possuam

Classificação: Público
ND-5.31 13

unidade consumidora com microgeração ou minigeração distribuída, com atendimento de


todas as unidades consumidoras pela mesma distribuidora;

Geração distribuída (GD)

Centrais geradoras de energia elétrica, de qualquer potência, com instalações conectadas


diretamente no sistema elétrico de distribuição ou através de instalações de consumidores,
podendo operar em paralelo ou de forma isolada e despachadas – ou não – pelo ONS.

Infraestrutura local de central geradora

Infraestrutura necessária à administração e operação da central geradora, tais como


sistemas e edificações diversos (almoxarifado, oficinas, iluminação externa, etc.), não
incluindo serviços auxiliares.

Instalações de conexão

Instalações e equipamentos com a finalidade de interligar as instalações próprias do


acessante ao sistema de distribuição, compreendendo o ponto de conexão e eventuais
instalações de interesse restrito.

Instalações de interesse restrito

Instalações de central geradora, exportador ou importador de energia, que tenham a


finalidade de interligação até o ponto de conexão, podendo ser denominadas de instalações
de uso exclusivo.

Melhoria

Instalação, substituição ou reforma de equipamentos em instalações de distribuição


existentes, ou a adequação destas instalações, visando manter a prestação de serviço
adequado de energia elétrica.

Microgeração distribuída

Central geradora de energia elétrica, com potência instalada menor ou igual a 75 kW e que
utilize fontes com base em energia hidráulica, solar, eólica, biomassa ou cogeração
qualificada, conforme regulamentação da ANEEL, conectada na rede de distribuição por
meio de instalações de unidades consumidoras.

Minigeração distribuída

Central geradora de energia elétrica renovável ou de cogeração qualificada que não se


classifica como microgeração distribuída e que possua potência instalada, em corrente

Classificação: Público
ND-5.31 14

alternada, maior que 75 kW (setenta e cinco quilowatts), menor ou igual a 5 MW (cinco


megawatts) para as fontes despacháveis e menor ou igual a 3 MW (três megawatts) para
as fontes não despacháveis, conforme regulamentação da Aneel, conectada na rede de
distribuição de energia elétrica por meio de instalações de unidades consumidoras.

MUSD - Montante de uso do sistema de distribuição

Potência ativa média calculada em intervalos de 15 (quinze) minutos, injetada ou requerida


pelo sistema elétrico de distribuição pela geração ou carga, em kW.

ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico

Entidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, sob regulação e fiscalização da
ANEEL, responsável pelas atividades de coordenação e controle da operação da geração
e da transmissão de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional (SIN).

PART

O Programa de Ampliação de Redes por Terceiros– PART – é a modalidade de execução


de obras na qual o interessado opta por executar diretamente obras sob responsabilidade
da Cemig D. Após sua conclusão, são realizados eventuais acertos financeiros e
transferências de bens seguindo a legislação pertinente.

Ponto de conexão

Conjunto de materiais e equipamentos que se destina a estabelecer a conexão entre as


instalações da distribuidora e do consumidor e demais usuários.

Potência Ativa Instalada Total de Geração (kW)

Corresponde à máxima potência ativa gerada pela planta de geração distribuída, em kW.
Este é o valor de referência considerado na Resolução ANEEL 482/2012, utilizado para
enquadramento nos limites de minigeração (>75 a 5.000 kW), realização de estudos de
conexão e celebração de contratos de geração distribuída.

Potência Aparente Instalada Total de Geração (kVA)

Corresponde à capacidade total dos geradores ou dos inversores, em kVA.

Potência Total Inversores (kW)

Potência nominal elétrica, em kW, na saída do inversor, respeitadas limitações de potência


decorrentes dos módulos, do controle de potência do inversor ou de outras restrições
técnicas.

Classificação: Público
ND-5.31 15

Produtor independente de energia (PIE)

Pessoa jurídica ou consórcio de empresas que recebe concessão ou autorização para


explorar aproveitamento hidroelétrico ou central geradora termoelétrica e respectivo
sistema de transmissão associado e para comercializar, no todo ou em parte, a energia
produzida por sua conta e risco.

Reforço

Instalação, substituição ou reforma de equipamentos em instalações de distribuição


existentes, ou a adequação destas instalações para aumento de capacidade de
distribuição, de confiabilidade do sistema de distribuição, de vida útil ou para conexão de
usuários.

Relacionamento operacional

Acordo, celebrado entre Distribuidora e o responsável pela unidade consumidora que adira
ao sistema de compensação de energia elétrica, que descreve e define as principais
condições, responsabilidades e atribuições referentes ao relacionamento operacional,
requeridas para a operação segura e ordenada das instalações elétricas das partes
contratantes.

SCDE: Sistema de coleta de dados de energia


Sistema computacional administrado pela CCEE que realiza a coleta e tratamento dos
dados de medição que serão utilizados para a contabilização, para a formação do Preço de
Liquidação de Diferenças - PLD, na gestão dos encargos de transmissão, entre outros.

SEBS

Sigla que significa “Subestação de Entrada Blindada Simplificada”. Equivale à Subestação


Nº 8 da ND 5.3.

Sistema de compensação de energia elétrica:

Sistema no qual a energia ativa gerada por unidade consumidora com microgeração
distribuída ou minigeração distribuída compense o consumo de energia elétrica ativa.

Subestação de Entrada de Energia Elétrica

É a estação com uma ou mais das funções de gerar, medir, controlar a energia elétrica ou
transformar suas características, quando fazendo parte das instalações de utilização
(instalações de propriedade do consumidor). Detalhadamente, é a instalação

Classificação: Público
ND-5.31 16

compreendendo o ramal de entrada, poste ou pontalete particular, caixas, dispositivo de


proteção, aterramento e ferragens, de responsabilidade do consumidor, preparada de forma
a permitir a ligação da unidade consumidora à rede da Cemig.

Subestações nº 1, 2, 4, 5, 8 (SEBS)

São tipos de subestações de entrada de energia elétrica de consumidores detalhados na


ND 5.3 da Cemig.

Unidade consumidora

Conjunto de instalações e equipamentos elétricos, caracterizado pelo recebimento de


energia elétrica em um só ponto de conexão, com medição individualizada e
correspondente a um único consumidor.

Classificação: Público
ND-5.31 17

4 DISPOSIÇÕES GERAIS

A Cemig Distribuição S.A., denominada Cemig D nesse documento, deverá definir o ponto de
conexão ao seu sistema elétrico, com base em análises de mínimo custo global e
considerando os requisitos definidos na Resolução Normativa 1000/2021, os critérios e
padrões técnicos desta Concessionária, em conformidade com os Procedimentos de
Distribuição – PRODIST, Procedimentos de Rede do ONS, a legislação e a regulamentação
pertinentes.

A viabilidade da conexão dependerá da localização geográfica do acesso e da topologia do


sistema de distribuição da região elétrica envolvida, bem como ao atendimento aos requisitos
técnicos da proteção, operação, controle, qualidade da tensão e confiabilidade do sistema
elétrico da Cemig D.

A conexão não poderá acarretar prejuízos ao desempenho, à flexibilidade operativa da rede


elétrica e aos níveis de qualidade dos serviços públicos de energia elétrica a qualquer
consumidor, conforme os critérios estabelecidos pelo Poder Concedente.

A conexão de acessantes geradores não será realizada em instalações de caráter provisório,


a não ser que as alterações futuras possam ser efetuadas sem a necessidade de mudanças
nas instalações de conexão.

A Cemig D poderá interromper o acesso ao seu sistema quando constatar a ocorrência de


qualquer procedimento irregular, deficiência técnica e/ou de segurança das instalações de
conexão, que ofereçam risco iminente de danos a pessoas ou bens, ou quando constatar
interferências, provocadas por equipamentos do acessante, prejudiciais ao funcionamento do
sistema elétrico da acessada ou de equipamentos de outros consumidores.

Se autorizatário, acessante deverá comprovar a obtenção de autorização oficial, nos níveis


federal, estadual e municipal, e também se responsabilizar pelas eventuais negociações e
eventuais indenizações ou aquisições de proprietários particulares necessárias para a
construção dos alimentadores de distribuição e/ou subestações de propriedade do acessante
que se fizerem necessárias para a efetuação das conexões pretendidas.

O acessante será o responsável por todas as prospecções e levantamentos técnicos


necessários ao adequado desenvolvimento do estudo de conexão, do projeto e da construção
das instalações do ponto de conexão, bem como do trecho de alimentador e/ou da subestação

Classificação: Público
ND-5.31 18

particular que integrarão as instalações de conexão, tais como coordenação do isolamento,


sistema de aterramento e compatibilidade eletromagnética.

Conforme previsto no Artigo 29 da Lei 14.300/22, para a outorga de autorização de usinas


fotovoltaicas pela Aneel destinadas ao ACL ou à autoprodução de energia elétrica, deverá ser
apresentado estudo simplificado que contenha os dados de pelo menos 1 (um) ano de
medição realizada por meio de medição satelital ou estação solarimétrica instalada no local
do empreendimento, juntamente com o sumário de certificação de medições solarimétricas e
de estimativa da produção anual de energia elétrica associada ao empreendimento, emitida
por certificador independente, com base na série de dados apresentada.

A Cemig D coloca-se à disposição para prestar as informações pertinentes ao bom andamento


da implantação da conexão, desde o projeto até sua energização, e disponibilizará para o
acessante suas normas e padrões técnicos.

Após a liberação pela Cemig D, não devem ser executadas quaisquer alterações no sistema
de interligação de gerador particular com a rede, sem que sejam aprovadas as modificações
por parte da Cemig D. Havendo alterações, o interessado deve encaminhar o novo projeto
para análise, inspeção, teste e liberação por parte desta concessionária.

Esta norma poderá sofrer alterações, no todo ou em parte, nos termos da Resolução
Nº1000/2021, motivo pelo qual os interessados deverão, periodicamente, consultar o site da
Cemig D para verificar a versão aplicável

Classificação: Público
ND-5.31 19

5 LEGISLAÇÃO E REGULAÇÃO

A seguir são relacionadas as principais referências regulatórias utilizadas nesse


documento:

 Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional –


PRODIST (ANEEL)

 Módulo 1 – Glossário de Termos Técnicos do PRODIST

 Módulo 3 – Conexão ao Sistema de Distribuição de Energia Elétrica

 Módulo 4 – Procedimentos Operativos do Sistema de Distribuição

 Módulo 5 – Sistemas de Medição e Procedimentos de Leitura

 Módulo 8 – Qualidade do Fornecimento de Energia Elétrica

 Procedimentos de Rede do Operador Nacional do Sistema - ONS

 Submódulo 2.3 - Descreve a metodologia a ser seguida na elaboração dos


seguintes estudos elétricos: (a) fluxo de potência; (b) fluxo de potência ótimo; (c)
estabilidade eletromecânica; (d) confiabilidade; (e) qualidade de energia elétrica; (f)
segurança de tensão; (g) reserva de potência operativa; e (h) controle carga-
frequência.

 Submódulo 2.9 - Requisitos mínimos de qualidade de energia elétrica para acesso


ou integração à Rede Básica - Apresenta os requisitos a serem atendidos por
instalações que contenham elementos cujas características não lineares ou
especiais possam vir a ocasionar distorções relativas à Qualidade de Energia
Elétrica (QEE) na Rede Básica.

 Submódulo 2.10 - Requisitos técnicos mínimos para a conexão às instalações de


transmissão - Estabelece os requisitos técnicos mínimos para a conexão às
instalações sob responsabilidade de agente de transmissão.

 Submódulo 2.14 - Requisitos mínimos para Sistemas de Medição para Faturamento-


Estabelece os requisitos para o Sistema de Medição para Faturamento (SMF),
inclusive para a comunicação de dados, recursos de programação, medição de
retaguarda, localização dos pontos de medição e arquitetura básica do SMF.

Classificação: Público
ND-5.31 20

 Submódulo 7.2 - Estabelece os produtos, as responsabilidades, os prazos e as


etapas de processos relativos à classificação de modalidade de operação de usinas
do Sistema Interligado Nacional (SIN).

 Submódulo 7.11 - Estabelece os produtos, responsabilidades, prazos e etapas dos


processos relativos à implantação do Sistema de Medição para Faturamento (SMF)
nos casos de conexão de qualquer agente às instalações sob responsabilidade
agente de transmissão e de conexão de usina classificada na modalidade de
operação Tipo I ou Tipo II, conforme estabelecido no Submódulo 7.2 – Classificação
da modalidade de operação das usinas, às instalações sob responsabilidade de
agente de distribuição

 Resolução Normativa No 1000, de 7 de dezembro de 2021 - Estabelece as Regras de


Prestação do Serviço Público de Distribuição de Energia Elétrica; revoga as
Resoluções Normativas ANEEL nº 414, de 9 de setembro de 2010; nº 470, de 13 de
dezembro de 2011; nº 901, de 8 de dezembro de 2020 e dá outras providências.

 Resolução Normativa Nº 482, de 17 de abril de 2012 - Estabelece as condições gerais


para o acesso de microgeração e minigeração distribuída aos sistemas de distribuição
de energia elétrica, o sistema de compensação de energia elétrica.

 Lei nº 14.300, de 6 de janeiro de 2022 - Institui o marco legal da microgeração e


minigeração distribuída, o Sistema de Compensação de Energia Elétrica (SCEE) e o
Programa de Energia Renovável Social (PERS); altera as Leis nºs 10.848, de 15 de
março de 2004, e 9.427, de 26 de dezembro de 1996; e dá outras providências.

6 PROCEDIMENTOS PARA A CONEXÃO DE CENTRAIS GERADORAS AO


SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO DE MÉDIA TENSÃO DA CEMIG

As etapas necessárias para a conexão de centrais geradoras (autoprodutores e produtores


independentes) ao sistema de distribuição de média tensão da Cemig D devem atender os
prazos e procedimentos da Resolução Normativa n° 1000, de 7 de dezembro de 2021, e
são as seguintes:

• Consulta e entrega de orçamento estimado

• Pedido de conexão

• Aceite / Rejeição do pedido e entrega de protocolo

Classificação: Público
ND-5.31 21

• Análise Distribuidora (alternativas) – Entrega do orçamento de conexão

• Aprovação do orçamento de conexão

• Assinatura de contrato e pagamento

• Obras

• Vistoria e instalação de medição

Segue-se uma descrição de cada uma das etapas.

6.1 Consulta e entrega de orçamento estimado

6.1.1 Consulta do orçamento estimado

A distribuidora deve, sempre que consultada, elaborar e fornecer gratuitamente ao


acessante gerador o orçamento estimado para conexão ao sistema de distribuição, no
prazo de 30 (trinta) dias a partir da solicitação.

A consulta sobre o orçamento estimado é opcional, exceto para central geradora em


processos de cadastramento com objetivo de habilitação técnica para participação em
leilões de energia no Ambiente de Contratação Regulada – ACR, caso em que a consulta
sobre o orçamento estimado é obrigatória e deve coincidir com o período para requerimento
de cadastramento e habilitação técnica estabelecido em cada leilão.

Central geradora em processo de habilitação técnica deve informar o leilão no qual tem
interesse em cadastramento.

O acessante gerador deve fornecer as informações para a elaboração do orçamento


estimado, dispostas nos formulários disponibilizados pela Cemig, em seu portal da internet:
www.cemig.com.br.

6.1.2 Informações constantes no orçamento estimado


O orçamento estimado deve conter, no mínimo:

I - descrição da alternativa de conexão selecionada e a apresentação das alternativas


avaliadas com as estimativas de custos e justificativas;

II - informações sobre formulários e documentos para o pedido de conexão;

Classificação: Público
ND-5.31 22

III - informação sobre o caráter estimado do orçamento e da não garantia das condições
para as etapas posteriores da conexão.

IV - no caso de cadastramento objetivo de habilitação técnica para participação em leilões


de energia no ACR:

a) indicação de que o orçamento estimado é o Documento de Acesso para Leilão –


DAL; e

b) demais informações requeridas no regulamento específico do leilão.

V – Níveis de curto-circuito no ponto de conexão

O orçamento estimado, emitido a título de Documento de Acesso para Leilão – DAL,


somente pode ser utilizado pela central geradora para cadastramento com vistas à
habilitação técnica no leilão para o qual foi elaborado.

6.2 Pedido de conexão

O pedido de conexão se dará através da solicitação de orçamento de conexão, conforme


detalhado a seguir.

6.2.1 Solicitação de orçamento de conexão


A solicitação de orçamento de conexão pelo acessante gerador de alta tensão é obrigatória
nas seguintes situações:

I - conexão nova;

II - elevação da potência injetada no sistema de distribuição;

III - alteração do ponto ou da tensão de conexão;

IV - conexão em caráter temporário, incluindo a modalidade de reserva de capacidade;

V - outras situações que exijam o orçamento de conexão da distribuidora.

A distribuidora deve elaborar e fornecer gratuitamente ao acessante gerador de alta tensão


o orçamento de conexão, com as condições, custos e prazos para a conexão ao sistema
de distribuição, em um prazo de 45 dias contados a partir da solicitação.

Situações onde não deve ser emitido orçamento de conexão

A distribuidora não deve emitir orçamento de conexão quando:

Classificação: Público
ND-5.31 23

I - não houver necessidade de obras de responsabilidade da distribuidora para a conexão


ou para o atendimento do aumento da potência demandada ou elevação da potência
injetada no sistema de distribuição, devendo ser adotadas as seguintes providências:

a) informar as próximas etapas e providências para viabilização da solicitação; e

b) encaminhar, até os prazos dispostos nos incisos do caput, caso aplicável, os


contratos e demais documentos para assinatura.

Suspensão de prazos

A distribuidora pode suspender os prazos dispostos neste item se:

a) houver necessidade de consulta a outra distribuidora, transmissora, central geradora ou


avaliação do Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS, conforme art. 76 da
REN1000/2021; ou

b) a distribuidora não obtiver as informações ou autorizações da autoridade competente,


desde que estritamente necessárias à realização do orçamento.

A distribuidora deve comunicar previamente ao consumidor e demais usuários caso


suspenda os prazos dispostos neste item.

O prazo deve voltar a ser contado imediatamente após cessado o motivo da suspensão.

O pedido de orçamento de conexão deve ser feito para a distribuidora responsável pelo
serviço na área geográfica em que se localizam as instalações do consumidor e demais
usuários, exceto se houver indicação diferente no orçamento estimado ou em orçamento
de conexão elaborado por outra distribuidora.

Informações a serem fornecidas pelo acessante gerador

O acessante gerador deve fornecer as informações para a elaboração do orçamento de


conexão, dispostas nos formulários disponibilizados pela Cemig, em seu portal da internet:
www.cemig.com.br.

Na instalação de microgeração e minigeração distribuída:

I - é dispensada a apresentação do Certificado de Registro ou documento equivalente;

II - devem ser informados os dados de segurança das barragens no caso do uso de


sistemas com fontes hídricas, conforme regulação da ANEEL; e

Classificação: Público
ND-5.31 24

III - a solicitação do orçamento de conexão deve ser realizada por meio dos formulários
padronizados pela ANEEL, disponibilizados em www.cemig.com.br, acompanhada dos
documentos e informações pertinentes a cada caso.

A distribuidora pode solicitar as informações complementares estabelecidas no Módulo 3


do PRODIST, conforme o tipo de usuário.

6.3 Aceite / Rejeição do pedido e entrega de protocolo

A distribuidora pode recusar o pedido se não forem apresentadas, no ato, as informações


de responsabilidade do acessante gerador.

A distribuidora tem o prazo de até 5 (cinco) dias úteis, contados a partir da solicitação, para
verificar a entrega das informações e documentos necessários e adotar uma das seguintes
providências:

I - comunicar ao acessante gerador o recebimento da solicitação e a próxima etapa; ou

II - indeferir a solicitação e comunicar ao acessante gerador as não conformidades.

6.4 Análise Distribuidora (alternativas) – Entrega do orçamento de conexão


técnico comercial

Para realização dos estudos, elaboração do projeto e orçamento, a distribuidora deve


observar:

I - a manutenção do serviço adequado aos consumidores e demais usuários;

II - as condições estabelecidas nos contratos assinados e nos orçamentos emitidos e ainda


dentro do prazo de validade;

III - a priorização da análise das conexões na modalidade permanente;

IV - a priorização de acordo com a ordem cronológica de protocolo junto à distribuidora;

V - a avaliação das indicações do ponto de conexão de interesse, da tensão de conexão,


do número de fases e características de qualidade desejadas;

VI - o prazo para entrada em operação da central geradora, contemplando, caso aplicável,


a etapa do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica - PROINFA;

VII - o critério de mínimo custo global; e

Classificação: Público
ND-5.31 25

VIII - os critérios de alocação de custos dispostos na REN1000/2021.

6.4.1 Estudos
A distribuidora deve, se necessário, realizar estudos para:

I - avaliação do grau de perturbação das instalações do consumidor e demais usuários em


seu sistema de distribuição;

II - avaliação dos impactos sistêmicos da conexão;

III - adequação do sistema de proteção e integração das instalações do acessante gerador;


e

IV - coordenação da proteção em sua rede de distribuição e para revisão dos ajustes


associados, incluindo o ajuste dos parâmetros dos sistemas de controle de tensão, de
frequência e dos sinais estabilizadores.

Estudos especiais – Cargas potencialmente perturbadoras

O acessante gerador deve fazer o levantamento das suas cargas/fontes geradoras com
potencial de afetar a qualidade de energia fornecida pelo sistema elétrico. O levantamento
destas cargas/fontes geradoras deverá ser feito utilizando os níveis de curto-circuito no
ponto de conexão, disponibilizados pela distribuidora no orçamento estimado ou mediante
solicitação, e os critérios apresentados no estudo ED-5.57 - Caracterização de Cargas
Potencialmente Perturbadoras (Referência [3]).

Caso se verifique a existência de cargas/fontes geradoras potencialmente perturbadoras, o


acessante gerador deverá informar os dados de suas cargas, fontes geradoras e
configuração da sua rede interna, para que a distribuidora possa realizar estudos
específicos, de forma a avaliar os impactos que poderiam ser causados no sistema elétrico
da distribuidora, bem como a proposição de formas de atenuação, conforme previsto no
documento ED 5.58 - Critérios e procedimentos para análise e correção dos impactos
devidos à conexão de cargas e equipamentos potencialmente perturbadores.

O acessante gerador deve enviar para a Cemig os dados das suas gerações/cargas e das
suas instalações no formato do programa HarmZs, do CEPEL.

Estudos especiais – Impacto da geração

Os acessantes geradores com máquinas síncronas com capacidade total de geração


superior a 6 MW no 13,8 kV e 22 kV e superior a 9 MW no 34,5 kV, devem apresentar à
Cemig D os dados dos seus equipamentos, para que a distribuidora possa realizar estudos

Classificação: Público
ND-5.31 26

de estabilidade eletromecânica, comportamento transitório e em regime permanente das


máquinas e dos impactos que poderiam ser provocados na rede elétrica da Cemig D.

6.4.2 Informações constantes no orçamento de conexão


O orçamento de conexão deve conter, no mínimo:

I - havendo necessidade de obras de responsabilidade da distribuidora para a conexão:

a) relação das obras e serviços necessários no sistema de distribuição, discriminando


o valor da mão-de-obra, dos materiais e equipamentos a serem empregados;

b) cronograma físico-financeiro para execução, com o prazo de conclusão das obras,


informando as situações que podem suspender o prazo;

c) memória de cálculo dos custos orçados;

d) prazos para a aprovação do orçamento e, nos casos de gratuidade ou de ausência


de participação financeira, a informação de que será caracterizada concordância com
o orçamento de conexão recebido se não houver manifestação contrária no prazo de
até 10 (dez) dias úteis; e

e) direito à antecipação por meio de aporte de recursos ou execução da obra;

II - as alternativas avaliadas para conexão e as estimativas de custos e justificativas;

III - informações sobre as características do sistema de distribuição e do ponto de conexão;

IV - informações relacionadas à instalação e características do sistema de medição para


faturamento, inclusive se a medição será externa, detalhando:

a) as responsabilidades do acessante gerador; e

b) no caso de opção pelo ACL (para autoprodutores), a documentação e as


informações requeridas nos Procedimentos de Comercialização da Câmara de
Comercialização de Energia Elétrica - CCEE que devem ser entregues;

V - requisitos técnicos dos sistemas de telecomunicação, proteção, comando e controle;

VI - informações dos canais para atendimento técnico e comercial e sobre o relacionamento


operacional;

VII - classificação da atividade e tarifas aplicáveis;

VIII - limites e indicadores de continuidade;

IX - relação dos contratos a serem celebrados;

Classificação: Público
ND-5.31 27

X - relação das obras e instalações de responsabilidade do acessante gerador para a


conexão e a informação se há necessidade de aprovação de projeto dessas instalações,
discriminando, quando for o caso, as instalações de interesse restrito;

XI - indicação da necessidade da instalação pelo acessante gerador de equipamentos de


correção ou implementação de ações de mitigação, decorrente de estudos de perturbação
ou de qualidade da energia elétrica realizados pela distribuidora;

XII - informações sobre equipamentos ou cargas que podem provocar distúrbios ou danos
no sistema de distribuição ou em outras instalações;

XIII - relação de licenças e autorizações de responsabilidade do acessante gerador e de


responsabilidade da distribuidora; e

XIV - informações sobre as etapas e prazos caso haja necessidade da distribuidora alterar
seus contratos ou solicitar a conexão ao Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS ou
a outra distribuidora, transmissora ou central geradora.

Caso seja possível o atendimento com restrições operativas até a conclusão das obras, a
distribuidora deve informar a viabilidade da conexão temporária, as restrições e o
procedimento, conforme Capítulo III do Título II da REN1000/2021.

Para o acessante gerador que autorizar antecipadamente, a distribuidora deve entregar ou


disponibilizar os contratos e demais documentos para assinatura junto com o orçamento de
conexão e, caso aplicável, o meio para o pagamento dos custos.

6.5 Aprovação do orçamento de conexão

O acessante gerador deve aprovar o orçamento de conexão e autorizar a execução das


obras pela distribuidora nos seguintes prazos:

I - 10 (dez) dias úteis: no caso de atendimento gratuito ou que não tenha participação
financeira; e

II - no prazo de validade do orçamento de conexão da distribuidora: nas demais situações.

A distribuidora deve estabelecer o prazo de validade do orçamento de conexão, contado de


seu recebimento pelo acessante gerador, e que deve ser de pelo menos 10 (dez) dias úteis,
exceto se prazo maior for disposto na regulação.

A validade do orçamento de conexão se prorroga pelo período estabelecido para assinatura


dos contratos.

Classificação: Público
ND-5.31 28

No caso de atendimento gratuito ou que não tenha participação financeira a não


manifestação do consumidor até o término do prazo caracteriza a concordância do
acessante gerador com o orçamento de conexão recebido.

A devolução dos contratos assinados e o pagamento da participação financeira


caracterizam a aprovação do orçamento de conexão e a autorização para execução das
obras.

A distribuidora e o acessante gerador devem cumprir o orçamento de conexão aprovado,


que somente pode ser alterado mediante acordo entre as partes.

O acessante gerador não responde por custos ou acréscimos decorrentes da contratação


de serviços de terceiros não previstos no orçamento de conexão.

6.5.1 Perda de validade do orçamento de conexão


O orçamento de conexão perderá a validade nos casos de:

I - não aprovação nos prazos estabelecidos;

II - não pagamento da participação financeira nas condições estabelecidas pela


distribuidora; ou

III - não devolução dos contratos assinados no prazo.

No prazo de até 5 (cinco) dias úteis após a aprovação do orçamento de conexão, a


distribuidora deve entregar ao acessante gerador os contratos e, caso aplicável, o
documento ou meio de pagamento.

6.5.2 Acordo operativo e relacionamento operacional


A distribuidora deve entregar ainda, conforme modelos do Módulo 3 do PRODIST:

I - acordo operativo: no caso de conexão de central geradora, de outra distribuidora, de


agente importador ou exportador e de unidade consumidora com minigeração distribuída.

6.5.3 Execução das obras de conexão e reforço do sistema elétrico pelo


acessante gerador
O acessante gerador, ao aprovar o orçamento de conexão, pode formalizar à distribuidora
sua opção pela antecipação da execução das obras de responsabilidade da distribuidora,
por meio de uma das seguintes alternativas:

I - aporte de recursos, em parte ou no todo; ou

II - execução da obra.

Classificação: Público
ND-5.31 29

A distribuidora deve informar, no prazo de até 5 (cinco) dias úteis, considerando a opção
do acessante gerador:

I - se é possível a antecipação pelo aporte de recursos e como deve ser realizado o


pagamento, justificando em caso de impossibilidade; ou

II - o procedimento para execução da obra e a metodologia de restituição.

No caso de opção pela execução da obra, a distribuidora deve adotar as seguintes


providências no prazo de até 10 (dez) dias úteis:

I - disponibilizar gratuitamente ao acessante gerador:

a) o projeto elaborado no orçamento de conexão, informando que eventual alteração


deve ser submetida à aprovação da distribuidora;

b) normas, os padrões técnicos e demais informações técnicas pertinentes; e

c) especificações técnicas de materiais e equipamentos;

II - informar os requisitos de segurança e proteção;

III - informar que as licenças, autorizações, desapropriações e instituições de servidão


administrativa serão de responsabilidade da distribuidora, conforme art. 87 da
REN1000/2021;

IV - informar que a obra deve ser fiscalizada antes do seu recebimento;

V - orientar quanto ao cumprimento de exigências estabelecidas e alertar que a não


conformidade com as normas e os padrões da distribuidora implica a recusa do recebimento
das obras e a impossibilidade da conexão; e

VI - informar a relação de documentos necessários para a incorporação da obra e


comprovação dos custos pelo consumidor e demais usuários.

§ 3º A distribuidora deve formalizar a opção do acessante gerador pela antecipação das


obras por meio de um contrato que, além das cláusulas essenciais, detalhe as condições e
valores da restituição.

No caso do acessante optar pela construção das obras de reforço de responsabilidade da


Cemig, além de atender aos padrões e critérios técnicos de projeto da Cemig D, deverão
ser atendidas as determinações contidas no manual de obras PART, conforme o
documento 02.111-ED/CE-3055 – Construção de Redes de Distribuição por Particulares,
que pode ser acessado pela internet através do link:

Classificação: Público
ND-5.31 30

https://www.cemig.com.br/wp-content/uploads/2020/07/MANUAL-PART-VOLUME-I.pdf

6.6 Assinatura de contrato e pagamento

A distribuidora deve celebrar com o acessante gerador, o seguinte contrato:

I - Contrato de Uso do Sistema de Distribuição – CUSD.

Para central geradora que integra concessão ou permissão de distribuição não há


necessidade de celebração de CUSD quando da conexão em instalações da distribuidora.

Para central geradora que faça uso do mesmo ponto de conexão para importar e injetar
energia, deve ser celebrado um CUSD único na modalidade de caráter permanente, exceto
nos casos de atendimento do sistema auxiliar e infraestrutura local e de reserva de
capacidade.

Para central geradora despachada centralizadamente pelo Operador Nacional do Sistema


Elétrico – ONS, deve ser celebrado o Contrato de Uso do Sistema de Transmissão – CUST
com o ONS, adicionalmente ao CUSD.

A celebração de CUSD para central geradora para o consumo de energia de seus serviços
auxiliares e infraestrutura local é dispensada, exceto nos casos de:

I - o atendimento aos serviços auxiliares e infraestrutura local for realizado por meio de
ponto de conexão distinto daquele da central geradora; ou

II - os sistemas que compõem os serviços auxiliares e a infraestrutura local não se


destinarem exclusivamente ao atendimento das unidades geradoras.

No caso de conexão a instalações classificadas como Demais Instalações de Transmissão


– DIT, devem ser celebrados:

I - CUSD com a distribuidora em que se localizam as instalações do ponto de conexão;

II - CUST com o ONS, caso o acessante seja distribuidora de energia ou central geradora
despachada centralizadamente pelo ONS; e

III - Contrato de Conexão às Instalações de Transmissão – CCT com a concessionária de


transmissão proprietária das instalações acessadas, estabelecendo as responsabilidades
pela implantação, operação e manutenção das instalações de conexão e os respectivos
encargos.

Classificação: Público
ND-5.31 31

No caso de conexão de central geradora, de outra distribuidora, de agente importador ou


exportador e de unidade consumidora com minigeração distribuída, deve ser celebrado o
acordo operativo disposto no Módulo 3 do PRODIST.

A distribuidora deve devolver ao acessante gerador uma via do CUSD com as assinaturas
e rubricas em até 30 (trinta) dias do seu recebimento.

Em caso de solicitação pela CCEE, a distribuidora deve fornecer cópias do CUSD do


acessante gerador, no prazo de até 5 (cinco) dias úteis contados a partir da solicitação.

Os contratos celebrados entre a distribuidora e o acessante gerador não podem conter


cláusulas de renúncia ao direito de pleitear indenizações por responsabilidade civil.

É permitida a assinatura eletrônica de contratos, em conformidade com a Lei nº 14.063, de


23 de setembro de 2020.
O acessante gerador tem o prazo de até 30 (trinta) dias, contados a partir do recebimento
dos contratos e, caso aplicável, do documento ou meio de pagamento, para:

I - devolver para a distribuidora os contratos e demais documentos assinados;

II - apresentar à distribuidora a documentação e as informações requeridas nos


Procedimentos de Comercialização da CCEE, no caso de opção pelo ACL.

6.6.1 Contrato de uso do sistema de distribuição (CUSD)


O Contrato de Uso do Sistema de Distribuição - CUSD deve conter, além das cláusulas
consideradas essenciais, outras relacionadas a:

I - data de início do faturamento e prazo de vigência;

II - condições de prorrogação e encerramento das relações contratuais;

III - modalidade tarifária e critérios de faturamento;

IV - aplicação da tarifa e dos tributos;

V - regras de aplicação dos benefícios tarifários a que o consumidor e demais usuário


tiverem

direito, incluindo, quando for o caso, os critérios de revisão do benefício;

VI - forma e periodicidade de reajuste da tarifa;

VII - critérios para a cobrança de multa, atualização monetária e juros de mora, no caso de

Classificação: Público
ND-5.31 32

atraso do pagamento da fatura;

VIII - horário dos postos tarifários;

IX - montante contratado por posto tarifário;

X - condições de acréscimo e redução do montante contratado;

XI - obrigatoriedade do consumidor e demais usuários manterem atualizados os seus dados

cadastrais junto à distribuidora;

XII - obrigatoriedade de observância das normas e padrões vigentes; e

XIII - aplicação automática da legislação, da regulação da ANEEL e de seus


aprimoramentos.

Além das cláusulas citadas, o CUSD deve conter as seguintes disposições:

I - identificação do ponto de conexão;

II - capacidade de demanda do ponto de conexão;

III - definição do local e procedimento para medição e informação de dados;

IV - propriedade das instalações;

V - valores dos encargos de conexão, caso aplicável;

VI - tensão contratada;

VII - limites e indicadores de conformidade e continuidade, e as penalidades em caso de

descumprimento;

VIII- condições de aplicação dos períodos de testes e de ajustes, caso aplicável;

IX - condições de aplicação das cobranças por ultrapassagem;

X - condições de aplicação das cobranças por reativos excedentes;

XI - condições para implementação de projeto de eficiência energética; e

XII - critérios de inclusão no subgrupo AS, quando pertinente.

As seguintes informações devem constar no CUSD, caso aplicável:

I - data de conexão e datas de entrada em operação em teste e comercial

Os contratos devem observar os seguintes prazos de vigência e condições de prorrogação:

Classificação: Público
ND-5.31 33

 12 (doze) meses para a vigência do CUSD, com prorrogação automática por igual
período, desde que o consumidor e demais usuários não se manifestem em
contrário com antecedência de pelo menos 180 (cento e oitenta) dias em relação ao
término de cada vigência.

Prazos de vigência inicial e de prorrogação diferentes dos determinados nos itens


anteriores podem ser estabelecidos, desde que haja acordo entre as partes.

6.7 Obras

A distribuidora deve obter as licenças, autorizações ou aprovações da autoridade


competente, além de adotar providências necessárias para desapropriação ou instituição
de servidão administrativa necessárias para execução das obras de sua responsabilidade.
Essas obras devem ser executadas de acordo com o cronograma da distribuidora,
observados os prazos específicos estabelecidos na regulação e na legislação.

Nos casos de pagamento parcelado de participação financeira, os prazos de conclusão das


obras devem ser cumpridos independentemente do prazo de parcelamento acordado.

Os prazos estabelecidos ou pactuados para início e conclusão das obras a cargo da


distribuidora devem ser suspensos nas seguintes situações:

I - o acessante gerador não apresentar as informações ou não tiver executado as obras, de


sua responsabilidade, desde que tais informações e obras inviabilizem a execução das
obras pela distribuidora;

II - a distribuidora não tiver obtido a licença, autorização ou aprovação de autoridade


competente, depois de cumpridas as exigências legais, conforme art. 87 da REN1000/2021;

III - a distribuidora não tiver obtido a servidão de passagem ou via de acesso necessária à
execução dos trabalhos;

IV - em caso de central geradora:

a) que não está dispensada de concessão, autorização ou permissão do poder


concedente: enquanto não for apresentado o ato de outorga e parecer do ONS
contendo a modalidade de operação da usina, conforme Procedimentos de Rede;

Classificação: Público
ND-5.31 34

b) dispensada de concessão, autorização ou permissão do poder concedente:


enquanto não for apresentado o certificado de registro ou documento equivalente
emitido pela ANEEL; e

c) em processo de alteração das características da conexão dispostas no ato de


outorga: enquanto não for apresentada a alteração realizada pela ANEEL;

V - em casos fortuitos ou de força maior.

No caso de suspensão, a distribuidora deve comprovar que adotou de forma célere todas
as providências de sua responsabilidade para obter as licenças, autorizações ou
aprovações da autoridade competente, além dos requerimentos à ANEEL quando
necessária a desapropriação ou instituição de servidão administrativa.

A distribuidora deve comunicar previamente ao acessante gerador, por escrito, sobre os


motivos da suspensão dos prazos, com as devidas justificativas, devendo a contagem do
prazo ser continuada imediatamente após resolvidas as pendências.

7 CRITÉRIOS E PADRÕES TÉCNICOS PARA A CONEXÃO

7.1 Características do sistema distribuição Cemig em média tensão

As redes de distribuição trifásicas e monofásicas de MT possuem neutro comum, contínuo,


multi e solidamente aterrado. O sistema de distribuição de média tensão é derivado do
secundário dos transformadores trifásicos das subestações, conectados em delta-estrela
aterrada. A configuração do sistema de média tensão é basicamente radial, efetuando-se
a transferência de carga sempre que possível ou requerido em função dos requisitos
regulatórios de continuidade de serviço.

Os padrões em média tensão da Cemig D são o 13,8 kV, 22 kV e 34,5 kV.

A tensão de 13,8 kV é a mais difundida em todas as áreas de concessão; a tensão de 22


kV é utilizada apenas na região de Juiz de Fora; a tensão de 34,5 kV foi inicialmente
implantada na região Noroeste, com possibilidade de expansão para outras regiões do
Estado.

Classificação: Público
ND-5.31 35

7.2 Forma da conexão

Poderão ser interligadas ao sistema elétrico de média tensão da Cemig D centrais


geradoras dos seguintes tipos:

 Consumidor de média tensão existente que pretende se tornar autoprodutor

 Acessante conectado em um alimentador existente

 Acessante conectado em média tensão a subestação existente

 Consumidor de média tensão no sistema de compensação de energia

A conexão de central geradora também pode ser realizada por meio de compartilhamento
de instalações de interesse restrito, caso essa alternativa seja indicada na análise de
mínimo custo global realizada pela distribuidora. Neste caso, devem ser atendidos todos os
critérios para este tipo de conexão que constam na Resolução Normativa ANEEL nº
1000/2021.

Os consumidores aderentes ao sistema de compensação de energia são objeto do capítulo


8 desta norma, e caso não haja critérios específicos, suas centrais geradoras devem
atender aos critérios técnicos estabelecidos para os demais acessantes.

7.2.1 Consumidor existente que pretende se tornar autoprodutor


Neste caso, o consumidor existente instala geradores em sua unidade, podendo ou não
manter o transformador de acoplamento existente. Deverão ser feitas adequações de
proteção, medição e automação, as quais serão detalhadas nos próximos itens.

Deverá ser instalado um religador em um ponto próximo às instalações do consumidor ou


em outro ponto estratégico definido pela Cemig D conforme especificação 02.118-CEMIG-
395. Este religador deverá ser transferido sem ônus para a Cemig D, que será responsável
pela manutenção deste equipamento e por sua operação, através do COD (Centro de
Operação da Distribuição).

A instalação do religador tem por objetivo possibilitar o total isolamento do sistema do


autoprodutor em relação ao alimentador da concessionária, em qualquer oportunidade que
isso se fizer necessário. A interligação deverá seguir as recomendações do item 7.2.4
“Padrões técnicos do religador da conexão”.

Esta configuração está esquematizada figura a seguir.

Classificação: Público
ND-5.31 36

Seção de 13,8 kV em Proteção


subestação da Cemig D

PONTO DE CONEXÃO
Religador a ser instalado
próximo ao acessante

Automação

Proteção

Cemig

Acessante

Medição

Proteção

Reator
Obs.: Para ligação alternativa
dos enrolamentos do
transformador, ver Item 8.3
G

Figura 3 - Consumidor que pretende se tornar autoprodutor

7.2.2 Acessante novo conectado a um alimentador existente


A solução dada para a interligação do acessante é a conexão a um alimentador da Cemig.
Neste caso, o acessante é o proprietário e o responsável pela construção e manutenção do
trecho de alimentador entre as suas instalações e o ponto de conexão.

Deverá ser instalado um religador no ponto de conexão conforme especificação 02.118-


CEMIG-395. Esse religador deverá ser transferido sem ônus para a Cemig D, que será
responsável pela manutenção deste equipamento e por sua operação, através do COD
(Centro de Operação da Distribuição). A infraestrutura de medição deverá ser instalada pelo
acessante, a uma distância inferior a 100 metros do ponto de conexão.

A interligação deverá seguir as recomendações do item 7.2.4, “Padrões técnicos do


religador da conexão”. O trecho de alimentador para interligação do acessante deverá ser

Classificação: Público
ND-5.31 37

instalado conforme as recomendações do item 7.2.5, “Padrões técnicos para o trecho de


alimentador de interligação”. Esta configuração está esquematizada na figura a seguir.

PONTO DE CONEXÃO
Seção de 13,8 kV em Proteção Religador em derivação
subestação da Cemig D em alimentador existente

Automação

Proteção
Cemig

Acessante
Subestação de medição
de faturamento Medição

Trecho de alimentador
do acessante

Proteção

Reator
Obs.: Para ligação alternativa
dos enrolamentos do
transformador, ver Item 8.3
G

Figura 4 - Ponto de conexão em alimentador existente

7.2.3 Acessante novo conectado em média tensão a barra da subestação ou


por meio de barramento estendido
O acessante será conectado diretamente na barra de média tensão de uma subestação
existente da Cemig D, ou por meio de barramento estendido de média tensão, através de
um alimentador expresso. O acessante é o responsável pela construção e manutenção do
alimentador que interliga as suas instalações à subestação da Cemig D. Deverá ser
instalada uma nova seção de média tensão na subestação, podendo ser com religador ou
disjuntor, dependendo do padrão utilizado na subestação, ou implementada a configuração
de barramento estendido.

Classificação: Público
ND-5.31 38

No caso de conexão na barra de média tensão de uma SE já existente de Distribuição da


Cemig, deverão ser seguidas as características de projeto, equipamentos e instalações da
SE na qual se der o acesso. Deverão ser consideradas as características técnicas da
interligação, a configuração da SE e do barramento de média tensão.

Os equipamentos dessa seção de média tensão deverão ser transferidos sem ônus para a
Cemig D, que será responsável pela manutenção destes equipamentos. O acessante
deverá instalar medição no ponto de conexão, em conformidade com os requisitos de
medição detalhados no item 7.5 desta norma.

Em função da distância entre a subestação da Cemig D e as instalações do acessante, bem


como do montante de geração a ser interligada, a utilização da tensão de 34,5 kV para o
trecho de alimentador de interligação poderá se mostrar a mais adequada. Nesse caso, o
acessante poderá construir um alimentador de 34,5 kV, e uma subestação de 34,5-13,8 kV
(ou 34,5-22 kV se for o caso), próxima à subestação da Cemig D. Essa subestação será
interligada à Cemig D através de um trecho de alimentador e de uma seção em 13,8 kV ou
22 kV na subestação da Cemig D ou por meio de barramento estendido de média tensão.

O trecho de alimentador de interligação deverá ser instalado conforme as recomendações


do item 7.2.5, “Padrões técnicos para o trecho de alimentador de interligação”.

O acessante deverá instalar medição no ponto de conexão conforme detalhado no item 7.5
desta norma. Os detalhes técnicos de projeto desse tipo de solução, bem como as questões
da manutenção e operação dos equipamentos da conexão instalados dentro da subestação
da Cemig D deverão ser definidos caso a caso.

A configuração de acessante novo conectado em média tensão a subestação está


esquematizada na figura a seguir.

Classificação: Público
ND-5.31 39

PONTO DE CONEXÃO Automação Proteção


Seção de 13,8 kV em
subestação da Cemig D ou
através de barramento
estendido Cemig

Acessante
A medição será instalada pelo acessante
dentro da subestação da Cemig D ou a no Medição
máximo 100m do barramento estendido

Alimentador do acessante
(Expresso)

Proteção

Reator

Obs.: Para ligação alternativa


dos enrolamentos do
G transformador, ver Item 8.3

Figura 5 - Ponto de Conexão em Subestação

7.2.4 Padrões técnicos do religador da conexão


A ligação do acessante ao alimentador de distribuição em 13,8 kV é realizada por meio de
uma saída em derivação, incluindo religador, chaves secionadoras, para-raios, proteção
contra surtos e transformador de distribuição de 5 kVA, conforme estabelecidos nos
documentos ED/CE-2087, Instalação de Religador em Rede de Distribuição Rural de 15
kV,e EG/EA-2007, Instalação de Religador de Distribuição em Redes Aéreas Urbanas Nuas
– 15 kV, que serão disponibilizados para o acessante.

Para instalações em 22 kV, deverão ser adotados os padrões estabelecidos no documento


Cemig 02111-ED/CE-2088, “Instalação de Religador em Rede de Distribuição Aérea Rural
de 24,2 kV”, de junho/2007, e para instalações em 34,5 kV, deverão ser adotados os
padrões estabelecidos no documento Cemig 02.111-EG/EA-2001, “Instalação de Religador
em Rede de Distribuição Aérea Rural de 36,2 kV”, de agosto de 2008.

O controle eletrônico do religador deve possuir entradas para a conexão de duas fontes
externas de alimentação simultaneamente, tanto do lado da Cemig quanto do lado do
Acessante. O lado fonte deve ser identificado como o lado da Cemig.

Classificação: Público
ND-5.31 40

Os religadores trifásicos devem ser providos de seis sensores internos primários de tensão
para medição de tensão e dos parâmetros da rede (potência ativa, potência aparente,
potência reativa, etc.).

Todos os documentos citados serão disponibilizados ao acessante, sempre que solicitado.


Situações não cobertas por essa documentação serão resolvidas caso a caso.

7.2.5 Padrões técnicos para o trecho de alimentador de interligação


O trecho de alimentador construído para a interligação do sistema da Cemig D às
instalações da central geradora deverá ser construído segundo as normas de distribuição
da Cemig D, correspondentes aos níveis de tensão definidos para a conexão na informação
de acesso, conforme relacionadas na tabela a seguir.

Normas para projeto de redes de distribuição em tensões de 13,8 kV a 34,5 kV

Tensões (kV) Tipo Normas aplicáveis

13,8 kV Urbanas  ND 2.7 - Instalações Básicas de Redes de Distribuição


Aéreas Isoladas
 ND 2.9 - Instalações Básicas de Redes de Distribuição
Protegidas
Rurais  ND 2.2 - Instalações Básicas de Redes de Distribuição
Aéreas Rurais
 ND 2.7 - Instalações Básicas de Redes de Distribuição
Aéreas Isoladas
 ND 2.9 - Instalações Básicas de Redes de Distribuição
Protegidas
22 kV Urbanas  ND 2.4 - Instalações Básicas de Redes de Distribuição
Aéreas Isoladas 23,1 kV
 ND 2.10 - Instalações Básicas de Redes de Distribuição
Protegidas até 35 kV
Rurais  ND 2.5 - instalações Básicas de Redes de Distribuição
Aéreas Rurais 23,1 kV
 ND 2.10 - Instalações Básicas de Redes de Distribuição
Protegidas até 35 kV
34,5 kV Urbanas  ND 2.10 - Instalações Básicas de Redes de Distribuição
Protegidas até 35 kV

Rurais  ND 2.13 - instalações Básicas de Redes de Distribuição


Aéreas Rurais 35 kV
 ND 2.10 - Instalações Básicas de Redes de Distribuição
Protegidas até 35 kV
Tabela 2 - Normas para alimentadores de Média Tensão da Cemig D

Classificação: Público
ND-5.31 41

As normas relacionadas poderão ser obtidas no site


https://www.cemig.com.br/atendimento/normas-tecnicas/ ou com seu agente de
relacionamento.

7.2.6 Determinação da forma de conexão


A escolha da alternativa de interligação da central geradora ao sistema elétrico deverá
primeiramente se basear no critério de mínimo custo global, preconizado pela ANEEL.

Nenhuma alternativa proposta para a conexão poderá acarretar redução da flexibilidade


operativa da rede da acessada. O ponto de conexão em média tensão sempre deverá ser
localizado em rede trifásica ou diretamente na subestação.

Havendo desligamento do alimentador de conexão com necessidade de remanejamento de


sua carga/geração para outro alimentador, a critério do COD Cemig o acessante poderá
injetar um percentual da potência de geração.

Visando evitar a degradação dos níveis de qualidade e a redução da flexibilidade operativa


do sistema de distribuição, além das análises técnicas para determinação das alternativas
para a interligação da geração, serão realizadas análises para a determinação dos máximos
valores esperados de variações de tensão. Para tanto, serão necessárias as análises
descritas a seguir.

7.2.7 Capacidade máxima de geração por alimentador


A soma total de potências injetadas das centrais geradoras conectadas a um único
alimentador não poderá exceder os seguintes limites:

 7 MW em 13,8 kV;

 10 MW em 22 kV;

 15 MW para conexões em 34,5 kV (no caso de alimentadores interligados a


subestações por meio de transformações 138-34,5 kV)

Em um mesmo alimentador em média tensão poderão ser conectadas no máximo 03


centrais geradoras eletromecânicas. Esse limite somente poderá ser desconsiderado caso
não sejam constatados pela Cemig D riscos de impactos prejudiciais nos perfis de tensão,
na estabilidade da tensão e frequência, bem como na qualidade da energia na rede de
distribuição, incluindo variações ou flutuações de tensão, frequência, distorções
harmônicas, desequilíbrios, a flexibilidade operativa e os padrões de continuidade e
qualidade do suprimento.

Classificação: Público
ND-5.31 42

Produtores independentes e autoprodutores, cuja potência injetada seja superior a 2,5 MW,
deverão ser conectados em alta tensão (69 ou 138 kV), ou por meio de barramento
estendido de média tensão, que consiste em se instalar uma bifurcação no alimentador, no
ponto mais próximo possível da subestação de distribuição, com um religador para cada
uma das derivações, uma das quais será o ponto de conexão do acessante, ou mesmo por
meio de uma nova seção de média tensão na Subestação. A Subestação de medição
deverá ser instalada a uma distância máxima de 100 metros da bifurcação.

O mesmo se aplica aos acessantes atendidos em comum por subestação compartilhada,


ou bloco de geradores resultantes do desmembramento de um único empreendimento de
geração, nos casos em que o somatório das potências injetadas seja superior a 2,5 MW.

7.2.8 Reguladores de tensão entre acessante e fonte Cemig D


Poderá haver no máximo um banco de reguladores de tensão entre o ponto de conexão do
acessante em média tensão e a subestação de distribuição supridora do alimentador onde
se dá a conexão. A figura a seguir mostra esquematicamente a aplicação do critério.

NA
Carga
p/ Subestação C
p/ Subestação B
Subestação A
Carga NA Carga

Regulador Regulador
de tensão 1 de tensão 2

Figura 6 - Reguladores de tensão entre acessante e fonte Cemig D

Excepcionalmente, nos casos em que a conexão do acessante não resultar em inversão do


fluxo de potência em nenhum dos reguladores de tensão instalados no alimentador, a
conexão poderá ser realizada num ponto com mais de um regulador de tensão entre a fonte
e o acessante. Entretanto, para isso é necessário que se comprove, por meio de estudos
específicos, a impossibilidade dessa conexão ocasionar problemas operativos em condição
normal ou sob contingência, considerando-se a configuração atual ou futura do sistema de
distribuição.

Classificação: Público
ND-5.31 43

7.2.9 Perdas máximas com a conexão


Para a conexão de um novo acessante gerador, deverá ser atendida pelo menos uma das
condições a seguir:

a) O nível de perdas no alimentador, em MW, com o acessante gerador conectado deverá


ser menor ou igual ao nível de perdas antes da conexão desse acessante;

b) O nível total de perdas no alimentador deverá ser menor ou igual a 10,0% do somatório
dos valores das potências, em MW, injetadas no alimentador pelo(s) acessante(s) e
pela subestação supridora, no sentido da subestação para o alimentador. Nesse caso
entende-se por injeções as potências ativas entregues ao alimentador, seja pelas
unidades de geração distribuída, seja pela subestação. Essa situação é ilustrada pela
figura a seguir:

Figura 7 – Perdas máximas com a conexão

7.2.10 Variação máxima de Tensão no sistema de distribuição para perda da


geração nominal
A amplitude da variação de tensão na rede de distribuição provocada pela perda súbita da
geração total da central geradora do acessante não deverá exceder 5% da tensão nominal.
Nesse caso será considerada nas simulações apenas a geração do acessante em análise,
e desconsideradas as demais usinas porventura conectadas ao mesmo alimentador de
distribuição. A amplitude da variação é avaliada não só no ponto de conexão, mas em todo
o sistema elétrico de distribuição afetado.

O teste realizado consiste em simular em um caso de fluxo de carga a perda da usina,


considerando bloqueados os tapes de reguladores de tensão instalados no sistema elétrico
afetado na posição anterior ao desligamento.

Classificação: Público
ND-5.31 44

7.3 Transformadores de acoplamento

Os geradores da central geradora de energia devem ser interligados ao sistema de


distribuição da Cemig D através de um ou mais transformadores de acoplamento, cuja
potência é definida em função dos requisitos do acessante para a interligação.

7.3.1 Ligação dos enrolamentos do transformador de acoplamento


O acessante com geração acima de 300 kW deverá prover uma referência de terra no lado
da Cemig D, para evitar sobretensões nas fases não faltosas, após a ocorrência de curto-
circuito fase-terra e abertura do terminal da Cemig D. Para atender a este requisito, a
ligação dos enrolamentos do transformador (ou transformadores) de acoplamento de
produtores independentes ou autoprodutores deverá ser igual a uma das ligações descritas
a seguir:

7.3.2 Transformador de acoplamento com enrolamento de média tensão


aterrado através de reator
Neste caso pode ser um transformador de dois ou três enrolamentos, sendo pelo menos
um enrolamento de baixa tensão ligado em delta, a critério do acessante.

MT
Reator

TA
(opcional)
BT
Transformador de 2
enrolamentos
(Transformador de aterramento
na BT - opcional)

Figura 8 - Transformador de acoplamento (2 enrolamentos) com enrolamento de média


tensão aterrado através de um reator

Conforme mostrado na figura 8 a instalação do transformador de aterramento no lado de


baixa tensão (BT) é opcional, dependendo da necessidade do acessante.

Classificação: Público
ND-5.31 45

MT
Reator

BT

Transformador de 3
enrolamentos

Figura 9 - Transformador de acoplamento (3 enrolamentos) com enrolamento de média


tensão aterrado através de um reator

As tabelas com o dimensionamento do reator de aterramento são mostradas no Anexo 4.

7.3.3 Transformador de acoplamento com enrolamento de média tensão em


delta e um transformador adicional exclusivo para prover o aterramento
Esse transformador adicional pode ser um transformador de aterramento (ligação zig-zag)
ou um transformador de dois enrolamentos, sendo o enrolamento de média tensão
solidamente aterrado e o enrolamento de baixa tensão ligado em delta, que será
denominado transformador para aterramento. O transformador de/para aterramento deverá
ser conectado aos terminais de média tensão do transformador de acoplamento (lado da
Cemig D), sem equipamento de isolamento, e deverá ficar na mesma zona de proteção
deste.

MT
TA

BT
Transformador de 2
enrolamentos +
Transformador de
aterramento na MT

Figura 10 - Transformador de acoplamento com enrolamento de média tensão em delta e


Transformador de aterramento na média tensão

As tabelas com o dimensionamento do transformador de aterramento são apresentadas no


Anexo 4.

Classificação: Público
ND-5.31 46

Alternativamente à instalação de um transformador de aterramento, o acessante poderá


optar por instalar um transformador com dois enrolamentos, para aterramento. Esse
transformador deverá ter o enrolamento de média tensão solidamente aterrado e o
enrolamento de baixa tensão em delta.

MT TA

BT
Transformador de 2
enrolamentos +
Transformador para
aterramento na MT

Figura 11 - Transformador de acoplamento com enrolamento de média tensão em delta e


Transformador para aterramento na média tensão

As tabelas com o dimensionamento do transformador para aterramento são apresentadas


no Anexo 4.

7.3.4 Tapes dos transformadores de acoplamento


O transformador de acoplamento ou os transformadores de acoplamento deverão sempre
possuir tapes fixos do lado da Cemig D, com faixa mínima de 2 x 2,5% acima e abaixo da
tensão nominal. Os recursos de tape fixo são necessários para a obtenção de um melhor
acoplamento entre os níveis de tensão nos terminais dos geradores e os limites admitidos
no sistema de distribuição.

7.4 Requisitos de proteção para a conexão

A seguir são apresentados os princípios gerais, requisitos mínimos, funções de proteção e


recomendações técnicas para o esquema de proteção.

 É de total responsabilidade do acessante:

 Prover as proteções para os equipamentos de sua propriedade;

 Definir e implementar um esquema de proteção adequado entre o seu disjuntor de


interligação com o sistema da Cemig D e suas unidades geradoras e cargas.

Classificação: Público
ND-5.31 47

 O esquema de proteção instalado pelo acessante deverá garantir a eliminação da


contribuição de sua planta para todos os tipos de faltas na rede de interligação com o
Sistema da Cemig D, assim como a eliminação da contribuição do Sistema CEMIG para
faltas em sua planta.

 Todas as funções de proteção instaladas para viabilizar a ligação do Acessante deverão


ser aprovadas pela Cemig D.

 O Acessante deverá prever um esquema de proteção que desconecte o seu sistema de


geração no caso de perda do sistema Cemig D, de modo a permitir o religamento
automático deste último. O tempo de religamento é definido no acordo operativo.

 O religamento do acessante só poderá ser realizado com supervisão de sincronismo,


após a recomposição da rede elétrica da Cemig D, e não poderá comprometer a
possibilidade do religamento e as normas de segurança da operação do sistema de
distribuição da Cemig D.

 Os ajustes dos relés que atuam sobre o disjuntor responsável pelo paralelismo, bem
como as relações dos transformadores de corrente que os suprem, devem ser definidos
pelo acessante e aprovados pela acessada, observando-se os estudos de coordenação
de proteção.

 O paralelismo pode ser estabelecido por um ou mais disjuntores, que devem ser
supervisionados por relé de verificação de sincronismo.

 Os disjuntores sem supervisão do relé de check de sincronismo deverão possuir


intertravamento que evitem o fechamento do paralelismo por estes disjuntores.

 Não devem ser utilizados fusíveis ou seccionadores monopolares entre o disjuntor de


entrada e os geradores.

 Deverá ser instalada proteção de retaguarda, composta de relés para detecção de faltas
entre fases e entre fases e terra, atuando na abertura do paralelismo.

 Não podem ser instalados fusíveis entre a saída do circuito da subestação da acessada
e o ponto de conexão com a central geradora de energia.

As funções de proteção a serem implementadas nas instalações do Acessante estão


listadas no item 7.4.1. Essas funções poderão ser implementadas em um ou mais relés, a
critério do acessante.

Classificação: Público
ND-5.31 48

Nos Anexos 1 e 2 são apresentados diagramas com as funções de proteção a serem


implementadas nas instalações do Acessante, respectivamente para Novo produtor
independente ou autoprodutor com geração com inversor e com geração sem inversor.

Os ajustes das funções de proteção deverão ser enviados conforme indicado no Relatório
de Proteção, enviado em anexo ao orçamento de conexão.

O acessante pode instalar, no Ponto de Conexão, funções de proteção adicionais, além das
exigidas pela Cemig D, desde que sua aplicação seja justificada tecnicamente, e que a
habilitação das funções adicionais não interfira na operação normal do sistema da Cemig
D.

Todas as funções de proteção instaladas na subestação do acessante, para viabilizar sua


ligação ao sistema Cemig D, deverão ser aprovadas pela Cemig D e deverão atuar sempre
no disjuntor de entrada da subestação principal do acessante.

7.4.1 Requisitos de proteção para os produtores independentes e


autoprodutores
Os requisitos de proteção exigidos para os produtores independentes e autoprodutores a
serem conectados à rede de média tensão seguem as determinações contidas na Seção
3.3 do módulo 3 do PRODIST.

Os ajustes recomendados para a proteção dos produtores independentes e autoprodutores


devem seguir os mesmos critérios da proteção dos acessantes na modalidade de
compensação de energia, conforme detalhado no item 6.11.11 e no Anexo 6.

Ressalta-se que as funções de proteção mínimas correspondentes a cada tipo de geração


são detalhadas nas Figuras dos Anexos 1 e 2. As funções de proteção requeridas poderão
ser implementadas em um ou mais relés, a critério do acessante.

A Cemig D poderá definir ajustes distintos dos recomendados nessa ND, em função da
necessidade de coordenação da proteção das instalações do consumidor com as proteções
da rede de distribuição.

O sistema de proteção deverá ser alimentado por nobreak exclusivo a ser instalado
internamente no painel de interface.

No caso de centrais geradoras com geradores eletromecânicos capazes de operar de forma


ilhada, o modo de controle de velocidade só poderá ser alterado para modo frequência com

Classificação: Público
ND-5.31 49

o disjuntor de entrada desconectado, de forma a assegurar maior sensibilidade das


proteções de frequência.

Os ajustes das proteções de entrada do acessante deverão constar do relatório de


comissionamento entregue à Cemig.

7.5 Requisitos de Medição

A seguir são apresentados os principais requisitos da medição para produtores


independentes e autoprodutores de energia, interligados ao sistema de distribuição em
média tensão da Cemig D. Os requisitos de medição para consumidores aderentes ao
sistema de compensação de energia estão no capítulo 8.

7.5.1 Sistema de medição de Faturamento (SMF)


No tocante à medição de faturamento, consideram-se duas situações básicas. A primeira
se refere ao produtor independente, detentor de concessão ou autorização para atuar como
agente gerador e a segunda ao autoprodutor, que pode consumir e fornecer energia ao
sistema elétrico. Em ambos os casos o padrão da subestação de medição deverá ser
construído conforme determinado no Anexo 5. Os dados de medição de faturamento
deverão ser disponibilizados para o centro de operações da Cemig D.

Os medidores de faturamento poderão ser capazes de registrar indicadores de qualidade


do produto, conforme descrito no item 9 deste documento. Nesse caso os dados relativos
à qualidade de energia devem ser disponibilizados em formato compatível com os softwares
de análise de dados em uso pela Cemig D.

As situações básicas para os produtores independentes e os autoprodutores são


detalhadas a seguir.

7.5.2 Produtor independente


A medição de faturamento é de responsabilidade técnica e econômica do acessante, e deve
ser especificada, projetada, instalada, comissionada, interligada, operada e mantida
conforme estabelecido no Módulo 5 do Prodist para usinas classificadas na modalidade de
operação Tipo III, Submódulo 2.14 dos Procedimentos de Rede do ONS para Usinas
classificadas como Tipo I e II nas modalidades de operação e critérios definidos pela Cemig
D. Adicionalmente aos requisitos estabelecidos como obrigatórios nesse documento, os
medidores de faturamento a serem adquiridos e instalados pelo acessante, devem atender

Classificação: Público
ND-5.31 50

os requisitos em conformidade com Módulo 5 do Prodist de forma a permitir que a


Distribuidora tenha acesso direto aos medidores. Os medidores devem:

a) Possuir Portaria de Aprovação de Modelo no Inmetro para a classe D (0,2%),


conforme Regulamento Técnico Metrológico (RTM) a que se refere a Portaria Inmetro
431/2007, ou sua sucessora;

b) Efetuar a medição de energia em 4 quadrantes, armazenando os registros de energia


ativa de fluxo direto, energia reativa indutiva de fluxo direto, energia reativa capacitiva
de fluxo direto, energia ativa de fluxo reverso, energia reativa indutiva de fluxo reverso
e energia reativa capacitiva de fluxo reverso em 6 registradores distintos;

c) Permitir registros de fenômenos de qualidade de energia conforme estabelecido no


item 9 desta Norma.

Nos casos em que puder haver consumo de energia fornecida por meio de rede da Cemig
D, os TCs de medição deverão ser dimensionados e especificados para as condições de
fluxo direto (consumo, mesmo sendo carga própria) e inverso (geração). O acessante
deverá atender à especificação do TC de forma a garantir exatidão da medição de energia
tanto para os valores de geração como de consumo. A Cemig D deve validar o equipamento
especificado pelo acessante antes do processo de aquisição do TC, de forma a garantir a
medição dentro dos padrões técnicos e regulatórios.

Caso o fabricante não tenha condições de atender o especificado, o acessante deve


repassar a Cemig esta condição, para que, conjuntamente, seja definido o TC que melhor
atenda a condição de exatidão para o consumo e geração.

O acessante solicitará à CCEE a emissão do Parecer de Localização da Medição. A Cemig


D deverá fornecer informações específicas sobre suas instalações para o desenvolvimento
e a aprovação do projeto do SMF.

As atividades a cargo do acessante, Cemig D e ONS deverão atender aos seguintes prazos,
conforme estabelecido no Submódulo 7.11 dos procedimentos de Rede do ONS para as
usinas classificadas como tipo I e II.

Classificação: Público
ND-5.31 51

Tabela 3 - Medição de Faturamento - Atividades a cargo do acessante, Cemig D e ONS

As atividades a cargo Cemig D deverão atender aos seguintes prazos, conforme


estabelecido no módulo 5 do Prodist para as usinas classificadas como tipo III.

Classificação: Público
ND-5.31 52

Instalação da Medição para Faturamento

Atividades a cargo da Cemig D e Prazos correspondentes

Fase Ação Prazo

Fornecer informações adicionais para 10 dias úteis após a


elaboração do projeto de SMF solicitação
Projeto da instalação de Analisar, aprovar e, se necessário, 10 dias úteis após a
medição para solicitar alterações no projeto entrega do projeto
faturamento Reanalisar e aprovar o projeto 7 dias úteis após o
recebimento das
alterações
Tabela 4 - medição de Faturamento - Atividades a cargo da Cemig D para usinas
classificadas como tipo III

7.5.3 Autoprodutor
No caso de novos acessantes, aplicam-se os mesmos termos da norma relativos a
produtores independentes, conforme item anterior, e conforme o Anexo 5.

No caso de consumidores já ligados que solicitem paralelismo de geradores com injeção


de potência na rede, deverão ser aplicados critérios detalhados no documento Cemig
“Manual Técnico e Comercial para instalação de SMF em Consumidores Livres” que pode
ser acessado no seguinte endereço:

https://www.cemig.com.br/atendimento/normas-tecnicas/

Adicionalmente, os medidores também poderão atender aos requisitos para medição de


parâmetros de qualidade do produto, conforme item 9 dessa norma.

7.5.4 Subestação de Medição de Faturamento


A instalação dos materiais e equipamentos que compõem a subestação de medição, bem
como as obras civis necessárias à sua construção, deve ser executada pelo acessante de
acordo com os requisitos estabelecidos a seguir:

 A subestação deverá ser construída a no máximo 100 (cem) metros do ponto de


conexão.

 A subestação de medição de produtores independentes e novos autoprodutores deverá


ser construída conforme os desenhos do Anexo 5

 A subestação deverá ser provida de iluminação de segurança, com autonomia mínima


de 2 horas.

Classificação: Público
ND-5.31 53

 Não poderão passar pela subestação tubulações de água, esgoto, gás, vapor, etc.

 A medição deve ser feita a 3 elementos, utilizando 3 TPs e 3 TCs;

 Os transformadores para instrumentos (TCs e TPs) para medição de faturamento


devem ser projetados e construídos especificamente para esse fim, não se admitindo
o compartilhamento desses transformadores para outras aplicações (proteção, por
exemplo). Os TCs e TPs devem ter classe de exatidão 0,3% e devem ser de modelos
homologados pela Cemig. Caso venha a ser requerido pela legislação metrológica, os
Transformadores de Corrente (TCs) e os Transformadores de Potencial (TPs) a serem
utilizados na Subestação de Medição de Faturamento deverão ter modelo previamente
aprovado pelo Inmetro.

7.5.5 Conservação da Subestação de Medição de Faturamento


a) Os acessantes ficam obrigados a manter em bom estado de conservação os
componentes de sua subestação. Caso contrário, a Cemig D pode vir a exigir os
reparos necessários ou até mesmo a substituição dos materiais inadequados ou
danificados.

b) Os acessantes são responsáveis pelos equipamentos de medição instalados na


subestação e responderão pelos eventuais danos a eles causados por sua ação ou
omissão.

c) O local da subestação bem como o acesso a mesma, devem ser mantidos limpos e
desimpedidos pelos acessantes, de modo a facilitar o acesso à subestação pela
Cemig D.

7.5.6 Acesso à Subestação de Medição de Faturamento


a) Os acessantes devem permitir, a qualquer tempo, o acesso livre e imediato dos
funcionários da Cemig D, devidamente identificados e credenciados, à subestação e
fornecer-lhes os dados e informações relativos ao funcionamento dos equipamentos,
transformadores para instrumentos, medidores, dispositivos de comunicação,
dispositivos auxiliares e quaisquer outros que estejam no âmbito dessa subestação.

b) Aos acessantes somente é permitido o acesso aos compartimentos da subestação e


equipamentos que não são selados pela Cemig D.

Classificação: Público
ND-5.31 54

7.6 Requisitos de Automação e Telecomunicação

A seguir são apresentados os aspectos que devem ser observados para viabilizar a
supervisão e controle do disjuntor ou religador a ser instalado no Ponto de Conexão, para
acessantes de Média Tensão.

7.6.1 Canais de comunicação de dados


7.6.2 Acessante conectado em um alimentador existente da Cemig D
Deverá ser disponibilizado um canal de comunicação de natureza pública ou não, dedicado
ou compartilhado, interligando o Ponto de Conexão ao COD, com as seguintes
características básicas:

 Disponibilidade: patamar mínimo de 85%;

 Taxa de transmissão mínima: 64 kbps..

 Obs: Se for usado canal via satélite, o CIR mínimo deverá ser de 32kbps.

Todos os recursos necessários para a comunicação, incluindo infraestrutura,


equipamentos, materiais e serviços de instalação são de responsabilidade do acessante
gerador. Isso inclui o custeio, a aquisição e a instalação dos equipamentos de comunicação
de dados nos dois extremos (Ponto de Conexão e COD).

Os equipamentos de comunicação devem possuir, no lado do COD, as interfaces e


conectores adequados ao sistema de supervisão e controle do COD. Esta infraestrutura
deverá prover acesso ao religador pertencente às instalações do acessante e viabilizar
telecomandos emitidos do Centro de Operação da Cemig D(COD).

A solução de comunicação proposta pelo acessante deverá ser avaliada e aprovada pela
Cemig D.

7.6.3 Acessante conectado em média tensão a subestação existente sem


automação
Caso não haja disponibilidade de recursos de telecomunicação na subestação, deverá ser
disponibilizado um canal de comunicação de natureza pública ou não, dedicado ou
compartilhado, interligando o Ponto de Conexão ao COD, com as seguintes características,
que representam os requisitos mínimos de desempenho do sistema de telecomunicações
do sistema do acessante:

Disponibilidade: patamar mínimo de 85%;

 Taxa de transmissão mínima: 64 kbps.

Classificação: Público
ND-5.31 55

7.6.4 Acessante conectado em média tensão a subestação existente com


automação
Caso seja uma subestação automatizada com recursos de telecomunicação já implantados,
os padrões de desempenho do sistema de telecomunicações do acessante deverão se ater
aos padrões requeridos pelo sistema existente na Subestação de Distribuição acessada,
ou seja:

 Disponibilidade: a mesma existente na SE;

 Taxa de transmissão mínima: a mesma na SE.

Quando o acessante fizer uso dos recursos de telecomunicação disponíveis na subestação


deverá prover todas as ações pertinentes à integração, tais como implantação da
infraestrutura, aquisição e instalação de equipamentos, materiais e serviços de instalação.

A solução de comunicação proposta pelo acessante deverá ser avaliada e aprovada pela
Cemig D.

Os recursos financeiros necessários para a aquisição e implantação do sistema de


comunicação, incluindo infraestrutura, equipamentos, materiais e serviços de instalação
são de total responsabilidade do acessante.

Para funções de telecontrole não serão aceitas soluções de dados oriundas de sistemas
públicos de telefonia celular, tais como GPRS/EDGE, 3G e semelhantes.

7.6.5 Canais de comunicação de voz


Deve ser disponibilizado um meio de comunicação de voz confiável e inteligível entre as
equipes de operação do acessante e o COD.

7.6.6 Comunicação da medição de faturamento


O acessante deverá disponibilizar para a Cemig Distribuição um acesso remoto aos dados
da medição de faturamento. Este acesso deverá ser disponibilizado de forma automatizada
através de acesso direto aos medidores.

7.6.7 Meios de Comunicação


Os meios de comunicação, os equipamentos envolvidos e a respectiva manutenção são de
responsabilidade do acessante. Caso ocorra a transferência de ativos para a CEMIG D,
esta deverá ocorrer sem ônus para a Acessada, que deverá assumir apenas os encargos
de operação e manutenção dessas instalações e equipamentos. O pagamento pelo aluguel
do canal de comunicação será encargo do acessante.

Classificação: Público
ND-5.31 56

Caso a Cemig seja a provedora da solução de telecomunicação para o telecontrole do ativo


do acessante, ela deverá ser ressarcida dos custos correspondentes.

7.6.8 Solução de automação


7.6.9 Acessante conectado em um alimentador existente da Cemig D
Os requisitos de automação dos religadores devem atender às especificações técnicas
02.111-Cemig-395 e 02.111-PA/AD-134 – Requisitos de Automação para Religadores
Automáticos, Reguladores de tensão e Bancos de Capacitores para Redes de Distribuição
Aéreas.

A comunicação entre os religadores e o COD deve ser feita através de protocolo padrão
DNP 3.0, devendo ser fornecidos equipamentos homologados pela Cemig.

7.6.10 Acessante conectado em média tensão a subestação existente da


Cemig D
É da responsabilidade do acessante garantir a integração do religador ou disjuntor a ser
instalado no ponto de conexão ao sistema de automação existente na subestação. A
solução dependerá do sistema de automação existente, podendo consistir, dentre outras,
de uma das seguintes soluções:

 Integração do novo bay à unidade terminal existente, com o fornecimento de cartões


(entradas analógicas e digitais, saídas digitais, comunicação, CPU, etc.);

 Integração do novo bay ao sistema digital existente;

 Substituição da remota existente (caso seja constatada obsolescência e impossibilidade


de ampliação).

Caso a subestação não seja automatizada, deverá ser fornecida solução para automação
do vão do acessante, devendo seguir os requisitos do item 7.6.

Os requisitos de automação dos religadores devem atender à especificação técnica 02.111-


Cemig – 395 e 02.111-AD/ES-ET-028 – Requisitos de Automação para Religadores
Automáticos de Redes de Distribuição Aérea.

A comunicação entre os religadores e o COD deve ser feita através de protocolo padrão
DNP 3.0, devendo ser fornecidos equipamentos homologados pela Cemig D.

Independente da solução adotada, todos os materiais, equipamentos e serviços


necessários à integração são de responsabilidade do acessante.

Classificação: Público
ND-5.31 57

A solução de automação proposta pelo acessante deverá ser avaliada e aprovada pela
Cemig D, seguindo os padrões por ela praticados.

7.6.11 Base de dados


O acessante deverá arcar com as despesas de configuração das bases de dados do
sistema supervisório do COD.

As informações do ponto de conexão a serem disponibilizadas devem seguir a base de


dados (relação de pontos) padrão para religadores ou subestações, conforme ponto de
conexão.

7.7 Requisitos técnicos da geração

Na operação interligada, a geração não pode degradar os níveis da qualidade do produto


e do serviço oferecido aos demais consumidores. Não poderão ocorrer impactos no perfil e
controle da tensão, e nem na qualidade da tensão e na estabilidade dos sistemas de
controle de tensão e potência.

Para evitar que seja afetada a qualidade do atendimento aos demais consumidores
atendidos pelo sistema de distribuição, foram estabelecidos requisitos para geradores de
corrente alternada, conectados ao sistema elétrico na frequência de 60 Hz do sistema
Cemig D, incluindo, portanto, a conexão de centrais utilizando máquinas síncronas e
assíncronas ao sistema de distribuição, na condição de regime permanente e dinâmico.

7.7.1 Geradores síncronos


Cada gerador eletromecânico da central geradora deverá possuir placa de identificação
com no mínimo as seguintes características técnicas, que serão verificadas no momento
da vistoria:

 Potência Nominal em kVA


 Fator de potência
 Tensão nominal em Volts
 Corrente Nominal em Ampères
 Frequência nominal em Hz
 Nº de fases
 Nº de polos
 Rotação mecânica nominal em rpm
 Modelo

Classificação: Público
ND-5.31 58

 Número de série
 Fabricante

Caso a placa de identificação de cada gerador não seja encontrada, deverá ser
apresentada a documentação do fabricante com as características e dados técnicos
requeridos nesse item.

Devido às características construtivas dos geradores, a interligação de máquinas síncronas


requer cuidados especiais, relativos às condições de sincronização, impactos no controle e
perfil de tensão, proteção e estabilidade. Além disso, a especificação das máquinas deve
levar em consideração os níveis de qualidade de energia do sistema de distribuição da
Cemig D previstos no ponto de conexão.

7.7.2 Sincronização
A sincronização das máquinas é responsabilidade do acessante. O sincronismo poderá se
dar automaticamente, nos casos em que a planta não for operada localmente. Deverá ser
instalado relé de cheque de sincronismo (função ANSI 25). Com objetivo de se reduzir os
impactos eletromecânicos nas máquinas e as oscilações de tensão e potência na rede,
recomendam-se como condições mínimas para a sincronização:

 Diferença de frequência: 0,3 Hz

 Diferença de Tensão: 10%

 Diferença do ângulo de fase:10º

7.7.3 Controles de tensão e fatores de potência no ponto de conexão


O sistema de controle de tensão das máquinas síncronas (hidráulicas ou térmicas) deverá
permitir o controle da tensão ajustada constante. Em condição normal o fator de potência
na conexão poderá variar na faixa de 0,95 (máquina sobreexcitada) e 0,95 (máquina
subexcitada). Os sistemas de excitação e controle de tensão das máquinas deverão ser
especificados considerando-se uma faixa de operação em condição normal de 95% a 105%
para a tensão nominal. Como referência sugere-se um ajuste da tensão entre 103% a
105%. O regulador de tensão deverá ser especificado de forma a admitir até 110% da
tensão nominal.

Recomenda-se que o dimensionamento de geradores, cabos e transformadores, considere


uma potência aparente no mínimo 5% superior à potência ativa da geração. Com isto, evita-

Classificação: Público
ND-5.31 59

se que a absorção de potência reativa necessária para a implementação do controle de


tensão resulte em restrição da injeção de potência ativa.

O sistema de excitação, que inclui o transformador de excitação, a excitatriz/ponte de


tiristores, regulador automático de tensão e limitadores de excitação e de potência reativa,
deverá possuir limitadores de sobrexcitação e subexcitação. Usinas com potências
nominais iguais ou maiores que 500 kW deverão possuir estabilizador de tensão (PSS)
dotado de lógica liga-desliga. O regulador de tensão deverá admitir modo de controle pela
tensão terminal da máquina e pela corrente de campo, este atuando como back-up. O
sistema de excitação deverá ser dotado de uma malha de compensação da corrente
reativa.

Os ajustes do sistema de excitação serão realizados pelo acessante, considerando a


rapidez de resposta e amortecimento adequado para pequenas oscilações. O “overshoot”
da tensão terminal deverá ser limitado a 10%. O tempo de resposta da tensão de campo
deverá ser no máximo de 0,1 s e o tempo de estabilização deverá ser no máximo 2 s.
Deverá ser avaliada a existência de amortecimento adequado na faixa de 0,2 a 3 Hz. Se a
interligação de uma central geradora em um alimentador ocorrer onde já exista máquina
interligada, recomenda-se que os ajustes dos parâmetros da malha de controle de tensão
e PSS dos geradores existentes sejam reavaliados pelo novo acessante, de forma a manter
um amortecimento adequado para as oscilações da rede.

Os limitadores deverão estar ajustados de forma a permitir uma excursão da tensão da


geração na faixa de 90% a 105% da nominal. O objetivo é evitar desligamentos indevidos
causados por variações momentâneas de tensão na rede, distantes do ponto de conexão.

Alguns eventos, comuns em sistemas de potência, tais como faltas e saídas forçadas de
equipamentos, podem submeter as máquinas a variações de tensão e frequência. Para
oscilações estáveis e amortecidas, é desejável que os geradores conectados permaneçam
em operação. Para isso, deverão ser efetuados ajustes tais nas proteções de subtensão e
subfrequência, que se evitem desligamentos desnecessários.

Na realização do comissionamento das instalações de conexão, antes da conexão das


máquinas, deverão ser realizados ensaios de desempenho dos sistemas que compõem o
controle de tensão e potência reativa das máquinas, sendo os resultados fornecidos à
Cemig D.

Classificação: Público
ND-5.31 60

7.7.4 Controle de velocidade


Conforme estabelecido pelo PRODIST, toda central geradora com potência nominal
superior a 300 kW deverá possuir controle de frequência.

Considerando-se a usina operando interligada ao sistema elétrico, a função do regulador


de velocidade é manter a potência gerada em conformidade com os valores ajustados de
potência, uma vez que a frequência é imposta pelo sistema interligado.

Oscilações de potência das centrais geradoras poderão se refletir em variações da potência


injetada e da tensão na rede de distribuição. Por isso, a malha de controle de velocidade
das máquinas deverá ser dotada de amortecimento de forma a evitar variações de tensão
prejudiciais ao funcionamento de outros consumidores conectados à rede.

7.7.5 Condições para operação ilhada


Nos casos de operação isolada, quando desejáveis e factíveis, a função do regulador de
velocidade será manter a frequência dentro de valores aceitáveis para a operação das
máquinas e adequados para o funcionamento dos equipamentos dos consumidores
atendidos de forma isolada. Nesse caso, as oscilações podem ocorrer na frequência e na
potência fornecida pelas máquinas.

Para produtores independentes em geral se requer a operação apenas de forma interligada.


A operação ilhada só é desejável em situações de emergência, evitando interrupções de
longa duração no fornecimento de energia. Nos demais casos a operação se daria de forma
interligada, e caso houvesse ilhamento da rede, as máquinas seriam desligadas como
precondição para o religamento.

A possibilidade de operação ilhada não é solicitada de pequenas centrais térmicas


conectadas ao sistema de distribuição em média tensão.

As pequenas centrais hidrelétricas com potência nominal igual ou maior a 1 MW deverão


ser tecnicamente capazes de operar de forma isolada do sistema de distribuição, e para
isso deverão possuir dispositivos para partida direta, independentemente da rede elétrica
de distribuição (Black Start).

Os controles de tensão e velocidade das máquinas hidrelétricas deverão ser capazes de


funcionar adequadamente tanto em condição interligada quanto na condição isolada. Os
reguladores de velocidade deverão permitir os modos de controle por potência e por
frequência. Deverão ser ajustados conjuntos de parâmetros para operação interligada e

Classificação: Público
ND-5.31 61

ilhada das máquinas, com a possibilidade de reversão automática entre o conjunto de


parâmetros de controle para as duas condições.

No caso de centrais geradoras com geradores eletromecânicos capazes de operar de forma


ilhada, por questões de segurança, o controle de velocidade só poderá ser alterado para
modo frequência com o disjuntor de entrada desconectado, de forma a assegurar maior
sensibilidade das proteções de frequência.

Durante o comissionamento das instalações de conexão deverão ser realizados ensaios de


desempenho dos sistemas que compõem o controle de velocidade das máquinas para a
condição interligada e ilhada, quando for o caso, bem como todas as funções de proteções
do consumidor afetas ao sistema de distribuição da Cemig D, sendo os resultados enviados
à Cemig, acompanhados de anotação de responsabilidade técnica.

7.7.6 Geradores Assíncronos


Os Geradores assíncronos possuem características construtivas extremamente robustas,
não necessitando de controle de excitação ou potência, não sendo afetados por oscilações
de tensão ou da carga. Entretanto, sua conexão requer cuidados específicos, devido à
impossibilidade de gerar a corrente de excitação no campo, e por impor variações de tensão
durante a partida.

A potência máxima dos geradores assíncronos, de centrais geradoras hidrelétricas ou


térmicas, a serem interligados ao sistema de média tensão da Cemig D é de 500 kW. A
variação de tensão admitida na ligação é de no máximo 5% da tensão no ponto de conexão.
A interligação poderá ocorrer com o rotor da máquina girando no mínimo a 95% da
velocidade síncrona, após ser acelerado mecanicamente pelas turbinas.

O fator de potência mínimo das máquinas assíncronas (hidráulicas e térmicas) verificado


no ponto de conexão deverá ser de 0,95 (indutivo). O acessante deverá instalar o montante
de bancos de capacitores necessário para o fornecimento de potência reativa com o fator
de potência solicitado.

Por razões de segurança, os bancos de capacitores só poderão ser ligados apenas 1 minuto
após a entrada em funcionamento do gerador assíncrono. No caso de falta de tensão na
rede da Cemig D, os bancos de capacitores deverão ser automaticamente desligados, para
evitar a ocorrência de autoexcitação dos geradores.

O regime de neutro da armadura dos geradores deverá ser idêntico ao da rede de média
tensão da Cemig D (estrela aterrado). O gerador não poderá funcionar como motor de

Classificação: Público
ND-5.31 62

indução. Por isso deverá ser instalado o relé de potência inversa (função 32) cujo valor de
ajuste deverá ser validado pela Cemig D.

As máquinas assíncronas deverão ser projetadas para suportarem os limites de distorção


harmônica, flutuações e desequilíbrio de tensão globais admitidos no sistema de
distribuição da Cemig D, conforme critérios do item 9.

Ocorrendo a saturação do circuito magnético das máquinas assíncronas, a corrente do


gerador poderá conter uma forte componente de terceira harmônica. Para evitar esse
problema, os geradores de indução conectados à rede de 60 Hz deverão suportar tensões
de até 105% da nominal na barra de conexão, sem que ocorra saturação.

7.7.7 Geradores Fotovoltaicos e Eólicos tipo Full Converter


Os inversores utilizados em sistemas fotovoltaicos e eólicos (tipo Full Converter) deverão
atender aos requisitos estabelecidos na ABNT NBR 16149: Sistemas fotovoltaicos (FV) –
Características da interface de conexão com a rede elétrica de distribuição. Além disso,
deverão atender aos requisitos estabelecidos pelo Inmetro, quando aplicável. Casos
excepcionais, não enquadrados acima, deverão ser submetidos à análise por parte da
Cemig D.

O sistema de geração distribuída deve cessar o fornecimento de energia à rede, por meio
da abertura do elemento de desconexão, em até 2 segundos após a perda da rede
(ilhamento). O sistema de proteção antilhamento deve atender ao estabelecido na ABNT
NBR IEC 62116 – Procedimento de ensaio de antilhamento para inversores de sistemas
fotovoltaicos conectados à rede elétrica.

Em nenhuma hipótese poderá ocorrer a operação ilhada de parte da rede de distribuição


Cemig alimentada por fontes interligadas por meio de inversores.

Os inversores deverão ser instalados em local apropriado e de fácil acesso, de forma que
o equipamento possa ser vistoriado pela equipe técnica da Cemig D, no momento da
realização da vistoria.

Caso o acesso da equipe da Cemig D ao sistema de microgeração ou minigeração,


incluindo inversores, geradores e painéis fotovoltaicos, seja inviável, o acessante deverá
disponibilizar fotografias georreferenciadas das instalações e equipamentos para
verificação e comparação com a documentação fornecida pelo acessante.

Classificação: Público
ND-5.31 63

8 MICROGERAÇÃO E MINIGERAÇÃO ADERENTES AO REGIME DE


COMPENSAÇÃO

8.1 Objetivo

Apresentar regras e critérios para a interligação em média tensão de minigeradores e,


eventualmente, microgeradores aderentes ao regime de compensação de energia.
Complementar os requisitos, padrões e critérios técnicos estabelecidos nesta norma, em
conformidade com as Resoluções Normativas 482/2012 e 1000/2021 da ANEEL
(referências 1 e 6) e com as normas técnicas da Cemig D, ND 5.30 “Requisitos para a
conexão de Acessantes ao Sistema de Distribuição Cemig D – Conexão em Baixa Tensão”
(referência 2) e ND 5.3 “Fornecimento de Energia Elétrica em Média Tensão - Rede de
Distribuição Aérea ou Subterrânea” (referência 3).

8.2 Escopo

Aplica-se aos consumidores cativos de média tensão que solicitem a interligação de


centrais geradoras de fontes renováveis ou cogeração qualificada de até 5 MW, com o
objetivo declarado de aderir ao sistema de compensação de energia, conforme definido na
Resolução Normativa 482/2012 da ANEEL.

Podem aderir ao sistema de compensação de energia elétrica os consumidores


responsáveis por unidade consumidora:

 Com micro ou minigeração distribuída;


 Integrante de empreendimento de múltiplas unidades consumidoras;
 Caracterizada como geração compartilhada;
 Caracterizada como autoconsumo remoto.

A adesão ao sistema de compensação de energia elétrica não se aplica aos consumidores


livres ou especiais.

As faixas de potência citadas no escopo abrangem minigeradores e microgeradores.


Ressalta-se que os microgeradores abordados neste documento são aqueles interligados
em instalações de consumidores de média tensão.

A conexão de microgeradores interligados em instalações de consumidores de baixa tensão


é objeto da ND 5.30 “Requisitos para a conexão de Acessantes ao Sistema de Distribuição
Cemig D – Conexão em Baixa Tensão” (referência 2).

Classificação: Público
ND-5.31 64

8.3 Procedimentos de acesso para acessantes aderentes ao sistema de


compensação

Podem aderir ao sistema de compensação de energia elétrica os consumidores de energia,


pessoas físicas ou jurídicas, e suas respectivas unidades consumidoras:

 Com microgeração ou minigeração distribuída, com geração local ou remota;

 Integrante de empreendimento de múltiplas unidades consumidoras (EMUC);

 Com geração compartilhada ou integrante de geração compartilhada;

 Participante da modalidade de autoconsumo remoto.

Para adesão ao sistema de compensação de energia elétrica o cliente deverá,


necessariamente, se enquadrar em uma das modalidades acima.

A utilização da microgeração ou minigeração está condicionada à análise de projeto,


inspeção, teste e liberação para funcionamento por parte da Cemig D.

As informações relacionadas ao procedimento de acesso, necessárias para o


estabelecimento da conexão, poderão ser obtidas no site https://www.cemig.com.br.

8.4 Projeto Elétrico da Subestação de Entrada, projeto do painel de proteção


em baixa tensão e Coordenograma de Proteção – Microgeradores e
minigeradores

Em algumas situações, seja para conexão de microgeradores ou minigeradores, o projeto


elétrico da subestação de entrada e/ou do painel de proteção em baixa tensão deverá(ão)
ser elaborado(s) e apresentado(s) em conformidade com as especificações desta norma e
da ND Cemig D 5.3. Juntamente com o projeto elétrico da subestação de entrada deverá
ser encaminhado o Coordenograma de Proteção do transformador de acoplamento,
considerando a corrente de inrush do transformador. Juntamente com o projeto do painel
de proteção em baixa tensão deverão ser encaminhados os ajustes previstos para a
proteção instalada nesse painel.

8.4.1 Possibilidade de utilização de mais de um relé


Ressalta-se que as funções de proteção requeridas, tanto na subestação de entrada quanto
no painel de proteção de baixa tensão, poderão ser implementadas em um ou mais relés,
a critério do acessante.

Classificação: Público
ND-5.31 65

8.4.2 Exigência de catálogo e reunião técnica com o fabricante


Ficará a cargo da Cemig exigir ou não uma cópia completa do catálogo do(s) relé(s) a
ser(em) utilizado(s) para acionar o disjuntor geral da subestação, bem como a realização
de uma reunião técnica entre Cemig e o fabricante do(s) relé(s), com o objetivo de avaliar
a capacidade do(s) relés em atender os requisitos apresentados nesta norma.

Devem ser informados no memorial para ajuste do(s) relé(s) todos os parâmetros
programáveis do relé com seus respectivos valores para serem programados.

Toda a documentação especificada deverá ser entregue exclusivamente em meio digital,


no formato “pdf”.

8.4.3 Informação sobre os níveis de curto-circuito


Para calcular os ajustes das proteções, o minigerador deverá receber, no orçamento de
conexão, as informações básicas para o cálculo dos níveis de curto-circuito no ponto de
entrega. Para microgeração ligada sem inversor, as informações de curto-circuito deverão
ser solicitadas ao agente de relacionamento da unidade consumidora.

8.4.4 Situações onde é necessário novo projeto elétrico da subestação de


entrada
As situações onde será necessária a apresentação de novo projeto elétrico da subestação
de entrada, seja para conexões de microgeradores ou minigeradores, são detalhadas a
seguir:

 Unidades consumidoras novas.

 Unidades consumidoras existentes, onde seja necessária qualquer das


adequações, para as quais é indicada a necessidade de apresentação de projeto
elétrico da subestação de entrada, conforme Anexo D, da ND-5.3.

 Aumento de capacidade de transformação, para os casos de transformador interno


à subestação de entrada.

 Alteração do relé da subestação de entrada. A implementação de um ou mais relés


com várias funções de proteção, além da função de sobrecorrente, é necessária nos
seguintes casos:

- Microgeração ou minigeração interligada sem utilização de inversores (fonte


hidráulica, térmica ou eólica tipo DFIG) em subestações nº 2 ou 4.

Classificação: Público
ND-5.31 66

- Minigeração interligada por meio de inversores (fonte fotovoltaica ou Eólica tipo


Full Converter) acima de 300 kW.

 Casos em que seja necessária a implantação de um painel de proteção de baixa


tensão, conforme item 8.4.7. Nestes casos deverá ser apresentado novo projeto
elétrico da subestação de entrada, com detalhes da implementação do painel de
proteção de baixa tensão incluindo os ajustes propostos.

8.4.5 Situações nas quais é necessário somente novo coordenograma de


proteção
 Aumento de capacidade de transformação, para os casos de transformador(es)
instalados externamente à subestação de entrada. Para transformadores instalados
externamente à subestação de entrada, é necessária apenas a atualização do
coordenograma e diagrama unifilar da instalação.

 Alteração dos ajustes do relé da subestação de entrada sem outras modificações


nessa subestação. Essas alterações podem ser necessárias por exemplo, no caso
de aumento da capacidade de geração e/ou aumento de demanda contratada.

8.4.6 Situações onde não é necessária a apresentação do projeto elétrico da


subestação de entrada
Para instalação, em unidades consumidoras já conectadas, de Microgeração ou
Minigeração até 300 kW através de inversores (fotovoltaica ou Eólica tipo Full Converter) e
caso não seja necessária nenhuma das adequações que exigem projeto elétrico, indicadas
no Anexo D da ND-5.3, não se exigirá a apresentação de novo projeto de subestação de
entrada.

Ressalta-se que, para evitar eventuais reprovas durante a inspeção, o acessante deve
verificar se será necessária a modificação da proteção da subestação de entrada ou se a
subestação de entrada se enquadra em alguma das adequações detalhadas no Anexo D,
da ND-5.3, com exigência de projeto elétrico. Caso positivo, deverá ser apresentado projeto
da subestação de entrada com as adequações necessárias.

O acessante deve observar também que, se for necessária alteração em algum dos ajustes
do relé da subestação de entrada, deverá ser enviado novo coordenograma com os ajustes
atualizados.

Classificação: Público
ND-5.31 67

8.4.7 Situações onde é necessário projeto elétrico de painel de proteção em


baixa tensão
As situações onde será necessária a implementação de funções de proteção em um painel
de proteção a ser instalado no lado de baixa tensão do acessante estão detalhadas nos
diagramas unifilares para cada tipo de fonte e faixa de potência, neste capítulo. São elas:

• Conexão de uma fonte não incentivada, como geradores diesel ou gás natural, operando
em regime de paralelismo permanente. Neste caso, independentemente do tipo de
subestação de entrada, deve-se instalar este painel para evitar a injeção de energia da
fonte não renovável no sistema da Cemig, além de outras funções de proteção caso
necessário (ver diagramas unifilares).

• Conexão de geradores hidráulicos, térmicos (de fontes incentivadas, como biodiesel) ou


eólicos do tipo DFIG operando em regime de paralelismo permanente, caso a subestação
de entrada seja do tipo 1, 5 ou 8. Nestes casos, deve-se instalar painel com as funções de
proteção indicadas nos diagramas unifilares.

8.4.8 Como submeter o projeto elétrico da subestação de entrada e do painel


de proteção em baixa tensão
O Projeto elétrico da Subestação de Entrada (Cabine) e do painel de proteção em baixa
tensão (caso aplicável), contendo as condições de atendimento e a definição dos ajustes
de proteção estabelecidos para o acessante deverá(ão) ser encaminhado(s) por meio de
solicitação na Agência Virtual – AGV, juntamente com a respectiva Anotação de
Responsabilidade Técnica – ART ou Termo de Responsabilidade Técnica - TRT, para
Projeto e Construção – já paga ou pago, logo após a emissão do orçamento de conexão
pela Cemig D e assinatura dos contratos CUSD e CCER.

Recomenda-se que o acessante não deixe para o período final a aprovação e cuide em
iniciá-la o quanto antes, após a celebração dos contratos, considerando que o prazo
regulatório para análise do projeto é de até 30 dias.

8.4.9 Obrigatoriedade da aprovação para a realização de vistoria


Caso a conexão de microgeração ou minigeração se enquadre nos casos onde são
necessários os projetos, a não apresentação desses projetos após a celebração do CUSD
e CCER pode gerar atrasos na conexão ou até mesmo a suspensão da obra, em função da
necessidade dos ajustes de proteção oriundos do projeto elétrico essenciais para a
coordenação da proteção da subestação do consumidor com a rede de distribuição da
Cemig.

Classificação: Público
ND-5.31 68

Vale destacar que não será autorizada a vistoria e o comissionamento da usina, para os
casos em que o projeto elétrico e o coordenograma sejam necessários, sem que esses
documentos estejam aprovados.

Ressalta-se que no caso de microinversores cuja instalação seja em local de difícil acesso,
o acessante deverá disponibilizar para a Cemig fotografias georreferenciadas destes
equipamentos para verificação e comparação com a documentação fornecida pelo
acessante.

8.4.10 Análise do projeto elétrico


A análise do Projeto Elétrico de Cabine (Subestação de Entrada) e do projeto do painel de
proteção de baixa tensão (caso aplicável) será feita em até 30 dias, caso não existam
problemas no projeto que impeçam sua aprovação. Eventuais reanálises, caso necessário,
também deverão ser solicitadas por meio da AGV. O resultado da análise, de aprovação ou
reprovação do Projeto Elétrico, será comunicado por intermédio de correspondência formal,
encaminhada ao Responsável Técnico designado na ART ou TRT. No caso de reprovação
deverão ser enumerados os motivos.

8.4.11 ART ou TRT de projeto e/ou instalação – Microgeradores e


minigeradores
O documento que define a responsabilidade técnica dos projetos e instalações de geração
poderá ser a ART (para todos os casos) ou TRT (para instalações com demanda até 800
kVA).

A ART relativa ao projeto e instalação de minigeração ou microgeração distribuída de


energia elétrica deverá ser emitida por Engenheiro Eletricista, Engenheiro de Energia ou
outro, desde que tenha anotado em suas atribuições o art. 8 da Resolução 218/73 do
CONFEA ou o art. 2 da Resolução 1076/16, conforme decisão da Câmara Especializada
de Engenharia Elétrica / CREA-MG – CEEE/MG nº290/2017.

Para o preenchimento da Atividade Profissional é obrigatória a seleção dos seguintes


códigos:

Para projeto:

 Nível de atividade: 2016 - EXECUÇÃO;

 Atividade Profissional: 80 - PROJETO;

Classificação: Público
ND-5.31 69

 Atividade: 11.9.4 - TOS CONFEA > Eletrotécnica > Sistemas de Energia Elétrica > de
microgeração distribuída ou 11.9.5 - TOS CONFEA > Eletrotécnica > Sistemas de
Energia Elétrica > de minigeração distribuída;

 Unidade de medida:kW – Quilowatt

Para instalação:

 Nível de Atividade: 2016 - EXECUÇÃO;

 Atividade Profissional: 46 ou 48 – EXECUÇÃO DE INSTALAÇÃO OU EXECUÇÃO DE


MONTAGEM;

 Atividade: 11.9.4 - TOS CONFEA > Eletrotécnica > Sistemas de Energia Elétrica > de
microgeração distribuída ou 11.9.5 - TOS CONFEA > Eletrotécnica > Sistemas de
Energia Elétrica > de minigeração distribuída

 Unidade de medida:kW – Quilowatt

O TRT relativo ao projeto e instalação de microgeração ou minigeração (em instalações


com demanda até 800 kVA) deverá ser emitido por Técnico em Eletrotécnica, conforme
decisão do Conselho Federal dos Técnicos Industriais – CFT. Desta forma, para o
preenchimento da Atividade Profissional é obrigatória a seleção dos seguintes códigos:

Para projeto:

- Nível de atividade: 13 - PROJETO;

- Atividade Profissional: 05 – PROJETO;

- Atividade: De acordo com a fonte utilizada. Exemplo: 1789 – SOLAR FOTOVOLTAICA

Para instalação:

- Nível de atividade: 2 - EXECUÇÃO;

- Atividade Profissional: 39 ou 40 – INSTALAÇÃO OU MONTAGEM;

- Área de Atuação: De acordo com a fonte utilizada. Exemplo: 1789 – SOLAR


FOTOVOLTAICA

Para os campos relativos ao Detalhamento da Obra/Serviço não há exigência de item


específico. Pode ser utilizada a opção que melhor se adequar às características específicas
do projeto.

Classificação: Público
ND-5.31 70

No campo de Observações, especificar a especialidade do projeto elétrico. Recomenda-se


a utilização do seguinte detalhamento: “Projeto Elétrico para Geração Distribuída conectada
à rede de distribuição em MT”.

Caso o responsável técnico pela elaboração do projeto seja diferente do responsável


técnico pela execução da instalação, cada profissional deverá emitir ART ou TRT específica
para sua atividade. Neste caso, a ART ou TRT relativa à execução da instalação poderá
ser apresentada até a data da vistoria da instalação.

Caso a documentação submetida pelo cliente esteja incompleta ou incorreta, a Cemig D


recusará o pedido de acesso e notificará o acessante sobre todas as informações
pendentes, devendo o acessante realizar uma nova solicitação de acesso após a
regularização das pendências identificadas.

8.4.12 Modificação em Projeto Elétrico de Central Geradora – Microgeradores


e minigeradores
O processo de análise da conexão de GD na Cemig contempla procedimentos relativos à
modificação de projeto elétrico de central geradora, minigeração ou microgeração, ou
outros equipamentos de sua planta. É aplicável para empreendimentos de minigeração ou
microgeração com CUSD assinado, ainda não conectados e que possuem pareceres de
acesso válidos.

Ressalta-se que não será permitida alteração de potência instalada de geração


originalmente informada no formulário de acesso de Microgeração ou Minigeração. Caso
seja interesse do consumidor alterar (reduzir ou aumentar) a potência da central geradora
em relação ao pedido inicial, deverá ser feito novo pedido de solicitação de acesso.

Os critérios e tipos de itens que poderão sofrer modificação são detalhados nas Cartilhas
de MicroGeração Distribuída e de Minigeração Distribuída, disponíveis no site da Cemig,
na área sobre Geração Distribuída.

8.5 Vistoria e Comissionamento – Microgeradores e minigeradores

A etapa de comissionamento e vistoria da instalação autoriza a conexão da unidade


geradora, desde que as obras de melhorias do sistema elétrico local e do padrão de entrada
tenham sido devidamente executadas.

Classificação: Público
ND-5.31 71

A vistoria será realizada pela Cemig D e deverá avaliar a adequação das instalações do
acessante aos requisitos técnicos relativos a centrais geradoras na modalidade
compensação de energia constantes desta norma e da regulamentação da ANEEL.

Nessa oportunidade também caberá à Cemig D realizar os testes de funcionamento da


proteção anti-ilhamento, dos esquemas de intertravamento e supervisão de barra e linha
morta existentes na conexão.

Os prazos e etapas para a realização da vistoria são definidos na Resolução Normativa


ANEEL 1000/2021 (referência 6) e estão disponíveis para consulta no site da Cemig.

O acessante é o responsável pela realização do comissionamento das suas instalações.

A seu critério, a Concessionária poderá acompanhar a realização das atividades de


comissionamento que considerar relevantes para o estabelecimento da conexão.

Se forem detectadas pendências nas instalações do interessado que impeçam sua conexão
à rede, a Cemig D encaminhará a ele um relatório de vistoria com os motivos da reprovação
e a relação de todas as providências corretivas necessárias.

Sanadas as pendências, o acessante deve formalizar nova solicitação de vistoria. Após a


implantação das centrais geradoras a Cemig deverá reunir e enviar à ANEEL as
informações para o registro da microgeração ou minigeração distribuída.

8.6 Acordo operativo de Minigeradores e relacionamento operacional de


Microgeradores

Nos termos da Resolução 482/2012 (referência 1) da ANEEL, os minigeradores deverão


celebrar com a Cemig D o Acordo Operativo, conforme formato estabelecido por esta
Concessionária.

No caso de microgeração é necessária a celebração do Relacionamento Operacional, que


deverá ser escrito conforme modelo estabelecido no Módulo 3 do PRODIST.

8.7 Ponto de fornecimento – Microgeradores e minigeradores

No caso de consumidor já existente que pretenda instalar unidades de minigeração


distribuída em sua planta, o ponto de fornecimento já está automaticamente definido. Resta
reforçar a rede de distribuição se necessário, de forma a atender aos critérios técnicos
estabelecidos para a alocação dos pontos de conexão.

Classificação: Público
ND-5.31 72

No caso de nova planta de minigeração deverão ser utilizados os mesmos critérios elétricos
estabelecidos no item 7.2.6 desta norma. O acessante deverá informar o montante de carga
a ser atendida juntamente com o montante de geração instalada.

Caso ocorram aumentos no montante de carga, o acessante deverá informá-los à Cemig


D, para que a rede seja redimensionada para atender tanto o montante de carga quanto ao
montante de geração, ambos informados pelo acessante.

8.8 Tensão de Fornecimento – Microgeradores e minigeradores

A tensão de fornecimento dos consumidores aderentes ao sistema de compensação de


energia é definida em conformidade com o artigo 23 da Resolução Normativa ANEEL
1000/2021.

O fornecimento de energia para unidades consumidoras atendidas por rede de distribuição


aérea, com geração instalada superior a 75 kW, deverá ocorrer em média tensão. Assim
sendo, deverá haver uma subestação de entrada da unidade consumidora para a conexão
no sistema elétrico da Cemig, conforme os modelos indicados na ND 5.3.

A tensão de fornecimento de consumidores com minigeração distribuída atendidos por rede


subterrânea será definida para cada caso específico, em função do ponto de instalação,
dos limites, critérios e padrões técnicos da Cemig D e da regulação vigente.

8.9 Obras para a conexão – Microgeradores e minigeradores

Os custos de eventuais melhorias ou reforços no sistema de distribuição em função


exclusivamente da conexão de minigeração distribuída devem fazer parte do cálculo da
participação financeira do consumidor, calculada conforme estabelecida no artigo 108 da
Resolução Normativa ANEEL 1000/2021 (referência 6).

As eventuais melhorias ou reforços são definidos considerando-se os valores de potência


disponibilizada (kW) em função da geração e os requisitos de demanda informados pelo
consumidor.

No caso da conexão de microgeração, os custos de eventuais melhorias ou reforços no


sistema de distribuição em função exclusivamente da conexão da microgeração distribuída
não devem fazer parte do cálculo da participação financeira do consumidor, sendo
responsabilidade da Cemig D.

Classificação: Público
ND-5.31 73

8.10 Critérios técnicos – Microgeradores e minigeradores

A central geradora poderá ser conectada por meio de inversores, tal como ocorre nos casos
de geração fotovoltaica, eólica (tipo Full Converter) ou microturbinas, ou diretamente em
corrente alternada, como ocorre nos casos de geração hidrelétrica, térmica e eólica (tipo
DFIG), com requisitos técnicos diferenciados por faixa de potência da geração instalada.

8.10.1 Potência Instalada


A Potência Ativa Instalada Total de Geração da microgeração e da minigeração distribuída
fica limitada à potência disponibilizada para a unidade consumidora onde a central geradora
será conectada, conforme reproduzido a seguir:

“XL - potência disponibilizada: potência que o sistema elétrico da distribuidora deve dispor
para atender aos equipamentos elétricos e instalações do consumidor e demais usuários;”
Para unidade consumidora do grupo A, a potência disponibilizada é a demanda contratada,
expressa em quilowatts (kW).

Para unidade consumidora do grupo B a potência disponibilizada é a resultante da


multiplicação da capacidade nominal de condução de corrente elétrica do dispositivo de
proteção geral da unidade consumidora pela tensão nominal, observado o fator específico
referente ao número de fases, expressa em quilovolt-ampère (kVA).

Caso o consumidor deseje instalar central geradora com potência superior a este limite
deve solicitar o aumento da potência disponibilizada, nos termos do art. 31 da Resolução
Normativa nº 1000/2021, sendo dispensado o aumento da carga instalada.

Ressalta-se que, para as Centrais Geradoras Fotovoltaicas, conforme Resolução


Normativa nº 876/2020, a Potência Instalada da Unidade Geradora é a “potência nominal
elétrica, em kW, na saída do inversor, respeitadas limitações de potência decorrentes dos
módulos, do controle de potência do inversor ou de outras restrições técnicas”.

Caso a somatória da capacidade dos inversores seja superior à Potência Ativa Instalada
Total de Geração (em kW), é de responsabilidade do acessante implementar
adequadamente o controle de potência dos inversores, evitando o desligamento do relé da
subestação de entrada em função de sobrecarga (função 32).

Classificação: Público
ND-5.31 74

8.10.2 Transformador de acoplamento


O transformador de acoplamento deverá ser o primeiro transformador instalado entre a rede
e as instalações do consumidor suprido em média tensão.

Para geradores até 300 kW de potência instalada, o transformador de acoplamento poderá


ser o mesmo transformador de atendimento à unidade consumidora, ou seja, primário (lado
de média tensão) com enrolamentos ligados em delta e secundário (lado de baixa tensão)
com enrolamentos ligados em estrela aterrado, não se exigindo aterramento no lado da
concessionária.

Para geradores com potências acima de 300 kW, o acessante deverá prover uma referência
de terra no lado da Cemig D, para evitar sobretensões nas fases não faltosas, após a
ocorrência de curto-circuito fase-terra e abertura do terminal da Cemig D. Para atender a
este requisito, o tipo de ligação dos enrolamentos do transformador ou transformadores de
acoplamento deverá atender as especificações do item 7.3 desta norma.

8.10.3 Geração conectada por meio de inversores


Refere-se à microgeração e à minigeração conectada à rede elétrica de distribuição por
intermédio de inversores (geração fotovoltaica, eólica tipo Full Converter e por meio de
microturbinas).

As centrais geradoras conectadas à rede elétrica por inversores deverão atender os


requisitos estabelecidos no item 7.7.7 (Geradores Fotovoltaicos e Eólicos tipo Full
Converter).

8.10.4 Geração conectada sem uso de inversores


Refere-se à microgeração e à minigeração conectada à rede elétrica de distribuição sem o
uso de inversores (eólica tipo DFIG, hidrelétrica, térmica, com geradores síncronos ou de
indução). A potência nominal total instalada dos geradores de indução de centrais
hidrelétricas e térmicas é limitada a 500 kW.

A geração conectada sem uso de inversores deve atender os requisitos apresentados no


item 7.7.1 (Geradores Síncronos) ou item 7.7.6 (Geradores Assíncronos) desta norma.

8.10.5 Geração própria (fonte não incentivada)


Refere-se aos geradores de fontes não incentivadas, tais como grupos motores-geradores
movidos à diesel ou gás. A energia gerada por estas fontes não poderá fazer parte do
sistema de compensação de energia, ou seja, não poderá ser injetada no sistema da

Classificação: Público
ND-5.31 75

distribuidora. Portanto deverá ser instalado um relé de potência inversa (função 32) de
forma a garantir que não seja injetada no sistema energia de fonte não incentivada.

8.10.6 Automação e comunicações


Na faixa de potência de geração acima de 300 kW e menor ou igual a 5000 kW, dotadas
de religadores no ponto de conexão, recomenda-se:

 Caso já existente o sistema de telecomando no religador da conexão, a Cemig poderá


aproveitá-lo para a manobra a distância dos religadores;

 Caso não existente, poderá ser instalada pela Cemig conforme análise técnica e
econômica caso a caso.

 O custeio dos serviços de telecomunicação, quando existentes, será de


responsabilidade da Cemig.

8.10.7 Qualidade de energia


Os equipamentos de geração pertencentes a consumidores, integrantes do sistema de
compensação de energia deverão atender aos critérios e recomendações de qualidade do
produto, estabelecidos no capítulo 9 desta norma.

Minigeradores conectados à rede elétrica por inversores deverão apresentar certificados de


que tais equipamentos foram ensaiados e aprovados conforme normas técnicas brasileiras
ou internacionais equivalentes, ou o número de registro da concessão do Inmetro para o
modelo e a tensão nominal de conexão constantes na solicitação de acesso, de forma a
atender aos requisitos de qualidade constantes do Módulo 8 do PRODIST.

8.10.8 Faixa 1: Potência da geração menor ou igual a 300 kW


O modelo de Subestação (SE) nº 1 da ND 5.3 foi descontinuado. Entretanto, a utilização
desse modelo de SE poderá ser mantida em unidades consumidoras já atendidas por ele,
podendo a capacidade de transformação da SE ser ampliada para permitir a conexão de
centrais de minigeração com potência nominal de até 300 kW.

Em função dos requisitos para coordenação da proteção das redes de média tensão e das
instalações consumidor, poderá ser necessária a instalação de religador na entrada da
unidade consumidora, caso essa necessidade seja comprovada por estudos de
coordenação da proteção.

Classificação: Público
ND-5.31 76

8.10.8.1 Unidades consumidoras atendidas por meio da Subestação nº 1


A figura seguinte apresenta a configuração para a conexão de unidades consumidoras
existentes, atendidas pela subestação de entrada nº 1, com geradores de potência menor
ou igual a 300 kW interligados por meio de inversores.

GD até 300 kW – Ligada através de inversor


Consumidor interligado através da SE nº 1

Cemig

Acessante

Subestação nº 1
o
Disjuntor o

Medição

Dispositivo de seccionamento
visível (DSV) – Obrigatório se
houver geração a diesel Obs.: Na baixa tensão
os TPs são opcionais

Todos os disjuntores onde se Disjuntor


fechará o paralelo deverão ser
supervisionados por relé de
sincronismo .
Os disjuntores sem supervisão do
relé de check de sincronismo
Inversor 25 51V 32

deverão possuir intertravamento CA


que evite o fechamento do CC 27
paralelismo por estes disjuntores. G
59
G Gerador Cargas
81/O
(Diesel / Gás)
Gerador
(Solar ou Eólico Painel de
81/ U proteção
tipo Full Converter)

Figura 14 – Central geradora interligada por meio de inversor – menor ou igual a 300 kW (SE nº 1)

Caso esteja interligada ao sistema da unidade consumidora uma modalidade de geração


não habilitada para o sistema de compensação de energia, tal como geração a diesel,
operando em regime de paralelismo com o sistema Cemig, esta deverá contar com disjuntor
independente, com no mínimo as funções de proteção ANSI 32, 51V, 25, 27, 59, 81/O e
81/U. A montagem do disjuntor e relé deverá ser conforme desenho do Anexo 3. Ressalta-
se que essas funções de proteção não são necessárias caso exista uma chave comutadora

Classificação: Público
ND-5.31 77

que impeça a alimentação simultânea das cargas pelo sistema de fornecimento da CEMIG
e pelo sistema de geração própria (diesel /gás).

A próxima figura apresenta a configuração para a conexão de unidade consumidora


existente, atendida por meio de subestação de entrada de energia de número 1, com
geradores de potência menor ou igual a 300 kW interligados sem a utilização de inversores.

GD até 300 kW – Ligada sem inversor


Consumidor interligado através da SE nº 1

Cemig

Acessante

Subestação nº 1
o
Disjuntor o

Medição

Dispositivo de seccionamento
visível (DSV)

27 59 81/ 81/
O U

Disjuntor
25 (*) Obs.: Na baixa tensão
os TPs são opcionais

67
32
51V
Painel de
(1e2)
proteção

Todos os disjuntores pelos quais se Disjuntor


fechará o paralelo deverão ser
supervisionados por relé de
Disjuntor
(*) sincronismo. 32
Os disjuntores sem supervisão do 25
relé de check de sincronismo Painel de proteção
deverão possuir intertravamento que
evite o fechamento do paralelismo G
por estes disjuntores.
G Gerador Cargas
Gerador (Diesel / Gás)
(Hidráulico, Térmico ou Eólico tipo DFIG)
Figura 15 – Central geradora interligada sem utilização de inversores – menor ou igual a 300 kW
(SE nº 1)

Classificação: Público
ND-5.31 78

Deverão ser instaladas duas funções de proteção ANSI 32 para limitar, respectivamente, a
demanda solicitada pelo consumidor e a potência injetada na rede. Caso esteja interligada
outra modalidade de geração não habilitada para o sistema de compensação de energia,
tal como geração a diesel, operando em regime de paralelismo com o sistema Cemig, esta
deverá contar com disjuntor independente, com no mínimo a função de proteção ANSI 32.
A montagem do disjuntor e relé deverá ser conforme desenho do Anexo 3. Ressalta-se que
essa função de proteção não é necessária caso exista uma chave comutadora que impeça
a alimentação simultânea das cargas pelo sistema de fornecimento da CEMIG e pelo
sistema de geração própria (diesel /gás).

8.10.8.2 Unidades consumidoras atendidas por meio da Subestação nº 5 ou 8


(SEBS)
Para o atendimento de novas unidades consumidoras com central geradora interligada por
meio de inversores, com potências até 300 kW, não será mais utilizado o padrão de SE nº
1, podendo ser utilizados modelos de subestação números 2, 4, 5 ou 8 (SEBS) da ND 5.3.
Essas soluções são aplicáveis também para os casos de migração para média tensão, em
unidades consumidoras existentes de baixa tensão, em função da instalação de
minigeração.
A seguir é apresentada a forma de conexão através das subestações modelo nº 5 ou nº 8.

Classificação: Público
ND-5.31 79

GD até 300 kW – Ligada com inversor


Consumidor interligado através da SE nº 5 ou nº 8

Cemig

Acessante

Medição

Subestação nº 5
ou nº 8

o
Disjuntor o

Obs.: Na baixa tensão


os TPs são opcionais
Disjuntor

Todos os disjuntores onde se


fechará o paralelo deverão ser
supervisionados por relé de Inversor 32
25 51V
sincronismo
CA
Os disjuntores sem supervisão do
CC 27
relé de check de sincronismo
G
deverão possuir intertravamento
que evite o fechamento do 59
G Gerador Cargas
paralelismo por estes disjuntores
81/O
(Diesel / Gás)
Gerador
Painel de
(Solar ou Eólico tipo 81/ U proteção
Full Converter)

Figura 16 – Central geradora interligada com utilização de inversores – até 300 kW (SE nº 5 ou 8)

Caso esteja interligada outra modalidade de geração não habilitada para o sistema de
compensação de energia, tal como geração a diesel, operando em regime de paralelismo
com o sistema Cemig, ela deverá contar com disjuntor independente, com as funções de
proteção ANSI 32, 51V,25, 27, 59, 81/O e 81/U. A montagem do disjuntor e relé deverá ser
conforme desenho do Anexo 3. Ressalta-se que essas funções de proteção não são
necessárias caso exista uma chave comutadora que impeça a alimentação simultânea das
cargas pelo sistema de fornecimento da CEMIG e pelo sistema de geração própria (diesel
/gás).

Classificação: Público
ND-5.31 80

A próxima figura apresenta a configuração para o atendimento de novas unidades


consumidoras com central geradora interligada sem a utilização de inversores, com
potências até 300 kW. Nesses casos não será utilizado o padrão de SE nº 1, podendo ser
utilizados modelos de subestação números 2, 4, 5 ou 8 (SEBS) da ND 5.3. Essas soluções
são aplicáveis também para os casos de migração para média tensão, em unidades
consumidoras existentes de baixa tensão, em função da instalação de minigeração. A
seguir é apresentada a forma de conexão através das subestações modelo nº 5 ou nº8.

GD até 300 kW – Ligada sem inversor


Consumidor interligado através da SE nº 5 ou nº 8

Cemig

Acessante

Medição

Subestação nº 5
ou nº 8

o
Disjuntor o

27 59 81/ 81/
O U

Disjuntor Obs.: Na baixa tensão


25 (*) os TPs são opcionais

67
32
51V Painel de
(1e2)
proteção

Todos os disjuntores onde se Disjuntor


fechará o paralelo deverão ser
supervisionados por relé de
Disjuntor
sincronismo. 32
(*) Os disjuntores sem supervisão do 25
relé de check de sincronismo
Painel de proteção
deverão possuir intertravamento
que evite o fechamento do G
paralelismo por estes disjuntores.
G
Gerador Cargas
Gerador (Diesel / Gás)
(Hidráulico, Térmico ou Eólico tipo DFIG)
Figura 17 – Central geradora interligada sem utilização de inversores – menor ou igual a 300 kW
(SE nº 5 ou 8)

Classificação: Público
ND-5.31 81

Deverão ser instaladas duas funções de proteção ANSI 32 para limitar, respectivamente, a
demanda solicitada pelo consumidor e a potência injetada na rede.

Caso esteja interligada outra modalidade de geração não habilitada para o sistema de
compensação de energia, tal como geração a diesel, operando em regime de paralelismo
com o sistema Cemig, ela deverá contar com disjuntor independente, com no mínimo a
função de proteção ANSI 32. A montagem do disjuntor e relé deverá ser conforme desenho
do Anexo 3. Ressalta-se que essa função de proteção não é necessária caso exista uma
chave comutadora que impeça a alimentação simultânea das cargas pelo sistema de
fornecimento da CEMIG e pelo sistema de geração própria (diesel /gás).

8.10.8.3 Unidade consumidora interligada por Subestação nº 2 ou 4


A figura a seguir apresenta a configuração para a conexão de geradores com potência
instalada menor ou igual a 300 kW instalados em unidades consumidoras atendidas por
meio de subestação de entrada de energia modelos 2 ou 4 da ND 5.3, sem a utilização de
inversores.

Classificação: Público
ND-5.31 82

GD até 300 kW – Ligada sem inversor


Consumidor interligado através da SE nº 2 ou SE nº 4

Cemig

Acessante

Medição

32
(1e2)
67
(1e2)
51V Subestação
nº 4
Subestação nº 2 67N
(1e2)

Disjuntor 25 81/ 81/


Se for implementado 27 59
O U
intertravamento, esses TPs (*)
e a função 25 tornam-se
opcionais

Obs.: Opcionalmente o
transformador pode ser
instalado fora da SE nº 2

Disjuntor

Todos os disjuntores onde se fechará


o paralelo deverão ser
supervisionados por relé de 32
(*) sincronismo. Disjuntor 25
Os disjuntores sem supervisão do Painel de proteção
relé de check de sincronismo
deverão possuir intertravamento que
G
evite o fechamento do paralelismo
por estes disjuntores. G Gerador Cargas
(Diesel / Gás)
Gerador
(Hidráulico, Térmico ou Eólico tipo DFIG)

Figura 18 – Central geradora interligada sem inversor – menor ou igual a 300 kW (SE nº 2 ou 4)

Deverão ser instaladas duas funções de proteção ANSI 32 para limitar, respectivamente, a
demanda solicitada pelo consumidor e a potência injetada na rede. Caso esteja interligada
outra modalidade de geração não habilitada para o sistema de compensação de energia,
tal como geração a diesel, operando em regime de paralelismo com o sistema Cemig, ela
deverá contar com disjuntor independente, com no mínimo a função de proteção ANSI 32.
A montagem do disjuntor e relé deverá ser conforme desenho do Anexo 3. Ressalta-se que
essa função de proteção não é necessária caso exista uma chave comutadora que impeça

Classificação: Público
ND-5.31 83

a alimentação simultânea das cargas pelo sistema de fornecimento da CEMIG e pelo


sistema de geração própria (diesel /gás).

A figura a seguir apresenta a configuração para a conexão de geradores com potência


menor ou igual a 300 kW, instalados em consumidores atendidos através de subestação
de entrada de energia de número 2 ou 4, com a utilização de inversores.

GD até 300 kW – Ligada com inversor


Consumidor interligado através da SE nº 2 ou SE nº 4

Cemig

Acessante

Medição

Subestação
nº 4
Subestação nº 2
50/ 50/
51 51N
Disjuntor

Obs.: Opcionalmente o
transformador pode ser
instalado fora da SE nº 2 Obs.: Na baixa tensão
os TPs são opcionais
Disjuntor

25 51V 32
CA
Inversor
CC
27
G
59
G Gerador Cargas
81/O
(Diesel / Gás)
Gerador
(Solar ou Eólico tipo Painel de
Full Converter) 81/ U proteção

Figura 19 – Central geradora interligada com a utilização de inversores – menor ou igual a 300 kW
(SE nº 2 ou 4)
Caso esteja interligada outra modalidade de geração não habilitada para o sistema de
compensação de energia, tal como geração a diesel, operando em regime de paralelismo
com o sistema Cemig, ela deverá contar com disjuntor independente, com as funções de

Classificação: Público
ND-5.31 84

proteção ANSI 32, 51V,25, 27, 59, 81/O e 81/U. A montagem do disjuntor e relé deverá ser
conforme desenho do Anexo 3. Ressalta-se que essas funções de proteção não são
necessárias caso exista uma chave comutadora que impeça a alimentação simultânea das
cargas pelo sistema de fornecimento da CEMIG e pelo sistema de geração própria (diesel
/gás).

8.10.9 Faixa 2: Potência da geração maior que 300 kW e menor ou igual a 5000
kW
Para essa faixa de potência, para os minigeradores conectados sem a utilização de
inversores, deverá ser instalado um religador na rede da Cemig D, em um ponto o mais
próximo possível das instalações do acessante, conforme especificação 02.118-CEMIG-
395 (item 5.4.5 Características de operação e controle dos religadores trifásicos específicos
para instalação em ponto de conexão de acessante de geração).

Este religador poderá ser instalado pela Cemig ou pelo consumidor, através de obra
modalidade de obra PART, sendo que o custo de aquisição e instalação deste equipamento
fará parte do cálculo da participação financeira do consumidor.

Para os minigeradores interligados através de inversores nessa faixa de potência (> 300
kW e < 5.000 kW) poderá ser necessária a instalação de religador na entrada da unidade
consumidora. Essa necessidade será avaliada caso a caso pela Cemig, em função dos
requisitos para coordenação da proteção das redes de média tensão e das instalações
consumidor.

A conexão do transformador, ou dos transformadores de acoplamento, deverá atender as


especificações do item 7.3 desta norma, garantindo uma referência de terra no lado da
Cemig D.

O(s) relé(s) de proteção ligado(s) ao disjuntor de proteção do consumidor deverá(ão) ser


instalado(s) na SE de entrada, ser(em) selado(s) com lacre, para evitar alterações nos
ajustes de proteção recomendados pela Cemig D. Além disso deverão ser bloqueados
quaisquer modalidades de acessos remotos aos parâmetros de proteção ajustados
conforme instruções da Cemig.

A próxima figura apresenta a configuração para a conexão de minigeradores com potência


maior que 300 kW e menor ou igual a 5000 kW, instalados em unidades consumidoras
atendidas por meio de subestação de entrada de energia de número 2 ou 4, com a utilização
de inversores.

Classificação: Público
ND-5.31 85

GD acima de 300 kW – Ligada com inversor


Consumidor interligado através da SE nº 2 ou SE nº 4

Controle do religador

27 59 81/ 81/
Instalação do O U

religador a ser
avaliada caso a 67N
(1e2)
caso
67
(1e2)

Cemig

Acessante

Medição

Subestação
67N nº 4
(1e2)

Subestação 32
(1e2)
67
(1e2)
51V
nº 2
Disjuntor

TA Obs.: Para ligação


Obs.: alternativa dos
Opcionalmente o
enrolamentos do
transformador pode
ser instalado fora
transformador, ver
da SE nº 2 Item 8.3

Obs.: Na baixa tensão


os TPs são opcionais
Disjuntor

CA
Inversor
CC
25 51V 32

G 27
G
Gerador
59
(Solar ou Eólico tipo Gerador Cargas
Full Converter) (Diesel / Gás)
81/O
Painel de
81/ U proteção

Figura 20 – Central geradora interligada com a utilização de inversores – maior que 300 kW e
menor ou igual a 5000 kW
O sistema de proteção do disjuntor de entrada deverá contar com duas funções de proteção
ANSI 32 para limitar, respectivamente, a potência injetada na rede e a demanda solicitada
pelo consumidor, bem como as funções 67 (1 e 2) e 67N (1 e 2). Ressalta-se que as funções
de proteção requeridas poderão ser implementadas em um ou mais relés, a critério do

Classificação: Público
ND-5.31 86

acessante. Caso esteja interligada outra modalidade de geração não habilitada para o
sistema de compensação de energia, tal como geração a diesel, operando em regime de
paralelismo com o sistema Cemig, esta deverá contar com disjuntor independente, com as
funções de proteção ANSI 32, 51V, 25, 27, 59, 81/O e 81/U. A montagem do disjuntor e relé
deverá ser conforme desenho do Anexo 3. Ressalta-se que essas funções de proteção não
são necessárias caso exista uma chave comutadora que impeça a alimentação simultânea
das cargas pelo sistema de fornecimento da CEMIG e pelo sistema de geração própria
(diesel /gás).

A figura a seguir apresenta a configuração para a conexão de minigeradores com potência


maior que 300 kW e menor ou igual a 5000 kW, instalados em unidades consumidoras
atendidos por meio de subestação de entrada número 2 ou 4, sem a utilização de
inversores.

Classificação: Público
ND-5.31 87

GD acima de 300 kW – Ligada sem inversor


Consumidor interligado através da SE nº 2 ou SE nº 4

Controle do religador

27 59 81/ 81/
Religador a ser O U
instalado
67N
(1e2)

67
(1e2)

Cemig

Acessante

Medição

32 67
(*)
Subestação
(*) Nota. As proteções 46 e 46 51V
47 são obrigatórias para
(1e2) (1e2)
nº 4
fontes geradoras acima de 67N
(1e2)
500 kW, conforme o
Subestação PRODIST
(*)
nº 2 Disjuntor 25 27 59 81/ 81/ 47
Se for implementado O U
intertravamento, esses TPs e a (**)
função 25 tornam-se opcionais

TA
Obs.: Obs.: Para ligação
Opcionalmente o alternativa dos
transformador pode enrolamentos do
ser instalado fora
transformador, ver
da SE nº 2
Item 8.3

Disjuntor

Todos os disjuntores onde se fechará o


paralelo deverão ser supervisionados por
relé de sincronismo 32
Disjuntor 25
(**) Os disjuntores sem supervisão do relé de
check de sincronismo deverão possuir Painel de proteção
intertravamento que evite o fechamento do
paralelismo por estes disjuntores G

G Gerador Cargas
Gerador (Diesel / Gás)
(Hidráulico, Térmico ou Eólico tipo DFIG)

Figura 21 – Central minigeradora interligada sem a utilização de inversores – maior que 300 kW e
menor ou igual a 5000 kW

Nesse caso, além das funções de proteção duplicadas 32, 67 e 67N, será necessária a
instalação das proteções 25, 27, 46, 47, 51V, 59 e 81/O e 81/U.

Classificação: Público
ND-5.31 88

Caso esteja interligada outra modalidade de geração não habilitada para o sistema de
compensação de energia, tal como geração a diesel, operando em paralelismo com o
sistema Cemig, ela deverá contar com disjuntor independente, com no mínimo a função de
proteção ANSI 32. A montagem do disjuntor e relé deverá ser conforme desenho do Anexo
3. Ressalta-se que essa função de proteção não é necessária caso exista uma chave
comutadora que impeça a alimentação simultânea das cargas pelo sistema de fornecimento
da CEMIG e pelo sistema de geração própria (diesel /gás).

8.10.10 Subestações compartilhadas


O fornecimento de energia elétrica a mais de uma unidade consumidora do grupo A pode
ser efetuado por meio de subestação compartilhada, nos termos da Resolução Normativa
1000/2021, artigo 45, atendidos os requisitos técnicos da Cemig D na ND 5.3, desde que
atendendo a unidades consumidoras distintas.

A subestação compartilhada poderá ser constituída em conformidade com o estabelecido


na ND 5.3, utilizando os padrões das nº 2 e nº 4 dessa mesma norma.

Alternativamente à configuração apresentada nesse desenho, com loadbreak, podem ser


utilizadas chaves seccionadoras de abertura tripolar sob carga, isoladas em SF6 ou a
vácuo, para individualizar a alimentação para cada unidade consumidora. Todas as chaves
devem estar na baia de individualização, que deve ser lacrada. A chave seccionadora não
deve poder ser operada sem o rompimento de lacre da CEMIG e o dispositivo para operá-
la deve ser fixado à chave, de modo que não possa ser removido do interior da baia de
individualização.

Cada unidade consumidora é atendida por um setor equivalente a um padrão de


subestação independente nº 2 ou 4 da ND 5.3. Ressalta-se que a subestação poderá ser
compartilhada por mais de 2 consumidores. A figura 22 a seguir apresenta a configuração
para a subestação compartilhada, utilizando configuração com loadbreak, por duas
unidades consumidoras com minigeradores interligados por meio de inversores.

Classificação: Público
ND-5.31 89

Subestação Compartilhada - GD ligada com inversor


Consumidor interligado através da SE nº 2 ou SE nº 4

Controle do religador

27 59 81/ 81/
Instalação do O U

religador a ser
avaliada caso a 67N1 67N2
caso
67 67
(1) (2)

Cemig

Acessantes
BTX – L ou BQX – L

Medição Medição

67N 67N
(1e2) (1e2)

32 67 51V 32 67 51V
(1e2) (1e2) (1e2) (1e2)

Disjuntor
Disjuntor

TA TA

CA CA
Inversor Inversor
CC CC

G G
Gerador Gerador
(Solar ou Eólico tipo Full Converter) (Solar ou Eólico tipo Full Converter)
Cliente nº 1 Cliente nº 2

Figura 22 – Subestação de média tensão compartilhada por duas unidades consumidoras com
centrais minigeradoras interligadas com a utilização de inversores

Classificação: Público
ND-5.31 90

A próxima figura apresenta a configuração para a subestação compartilhada por duas


unidades consumidoras possuidoras de geradores eletromecânicos interligados sem a
utilização de inversores.

Subestação Compartilhada - GD ligada sem inversor


Consumidor interligado através da SE nº 2 ou SE nº 4

Controle do religador

27 59 81/ 81/
O U
Religador
a ser
instalado 67N1 67N2

67 67
(1) (2)

Cemig

Acessantes
BTX – L ou BQX – L

Medição
Medição

32 67 32 67
(1e2) (1e2)
46 51V (1e2) (1e2)
46 51V

67N 67N
(1e2) (1e2)

25 27 59 81/ 81/ 47 25 27 59 81/ 81/ 47


Disjuntor O U O U
Disjuntor

TA TA

Disjuntor 25 25
Disjuntor

G G

Gerador Gerador
(Hidráulico, Térmico ou Eólico tipo DFIG) (Hidráulico, Térmico ou Eólico tipo DFIG)

Cliente nº 1 Cliente nº 2

Figura 23 – Subestação de média tensão compartilhada por duas unidades consumidoras com
centrais minigeradoras interligadas sem inversores

Classificação: Público
ND-5.31 91

Ressalta-se que o compartilhamento poderá ocorrer entre unidades consumidoras A4 com


minigeração e sem minigeração, ou com minigeração com e sem inversores, desde que
atendidos os requisitos e padrões técnicos estabelecidos nas ND 5.3 e 5.31, bem como as
determinações das Resoluções Normativas ANEEL 482/2012 e 1000/2021.

8.10.11 Requisitos de proteção para acessantes na modalidade de


compensação de energia
Os requisitos de proteção exigidos para as unidades consumidoras aderentes ao sistema
de compensação a serem conectadas à rede de média tensão seguem as determinações
contidas na Seção 3.7 do módulo 3 do PRODIST (referência 4). A tabela a seguir apresenta
os ajustes recomendados para as funções de proteção.

Ajustes recomendados para as proteções


Código Tempo máximo
ANSI Descrição das funções Ajustes de atuação (ref)
Verificação de sincronismo ou sincronização. Defasamento 10º
Além disso deverá ser implementada lógica de Diferença de tensão 10%
25 N/A
Linha viva (lado Cemig) – Barra morta (lado do Diferença de frequência 0,3 Hz
acessante)

0,8 p.u. 5 seg.


27 Relé de Subtensão 0,7 p.u. 1,5 seg.
1,10 p.u. 5 seg.
59 Relé de sobretensão 1,20 p.u. 0,5 seg.
58,5 Hz 0,2 seg
81U Relé de Subfrequência 59,0 Hz 2,0 seg
60,5 Hz 2,0 seg
81O Relé de Sobrefrequência 61,0 Hz 0,2 seg
105% da potência da carga 15 seg.
105% da potência da geração 15 seg.
32 Relé de potência reversa (fonte incentivada)
5% da potência da geração 15 seg.
(fonte não incentivada)
A ser definido caso a caso A ser definido
46 Relé de Desequilíbrio de corrente caso a caso
A ser definido caso a caso A ser definido
47 Relé de Desequilíbrio de tensão caso a caso
67 Relé de Direcional de Sobrecorrente de fase Conforme
Conforme Anexo 6
(1 e2) instantâneo Anexo 6

67N Conforme
Relé de Sobrecorrente de terra instantâneo Conforme Anexo 6
(1 e2) Anexo 6

Relé de Sobrecorrente com restrição por A ser definido caso a caso A ser definido
51V tensão caso a caso

Classificação: Público
ND-5.31 92

Relé de Distância de Fase e Neutro A ser definido caso a caso A ser definido
21/21N caso a caso
Obs.: Esta função é opcional à função 51V

Tabela 5 – Funções de proteção e ajustes recomendados

Ajustes diversos dos sugeridos acima deverão ser avaliados para aprovação pela Cemig
D, desde que tecnicamente justificados. Ressalta-se que as funções de proteção mínimas
correspondentes a cada faixa de geração são detalhadas nas Figuras de nº 14 a 23. As
funções de proteção requeridas poderão ser implementadas em um ou mais relés, a critério
do acessante.

As lógicas de trip das funções 27 e 59 devem ser preferencialmente trifásicas para o ajuste
de 80% de Vn (subtensão), 110% e 120% de Vn, ou seja, o trip deverá ocorrer somente
para eventos dinâmicos e sistêmicos de subtensão ou sobretensão que envolvam as três
fases simultaneamente. Para o ajuste de 70% de Vn, as lógicas de trip deverão ser
preferencialmente por fase.

A Cemig D poderá definir ajustes distintos dos recomendados na tabela anterior, em função
da necessidade de coordenação da proteção das instalações do consumidor com as
proteções da rede de distribuição.

O(s) relé(s) de proteção bem como o relé de potência inversa (função 32) a ser instalado
junto ao gerador diesel/gás, no caso da existência de geração própria, deverá(ão) possuir
dispositivo(s) para lacre para garantir a manutenção dos ajustes após vistoria da Cemig D.

O sistema de proteção deverá ser alimentado por nobreak exclusivo a ser instalado
internamente no painel de interface.

No caso de centrais geradoras com geradores eletromecânicos capazes de operar de forma


ilhada, o modo de controle de velocidade só poderá ser alterado para modo frequência com
o disjuntor de entrada desconectado, de forma a assegurar maior sensibilidade das
proteções de frequência.

Os ajustes das proteções de entrada do acessante deverão constar do relatório de


comissionamento entregue à Cemig. Os relés de proteção de entrada do acessante
aderente ao sistema de compensação deverão ser selados, sendo desativados os modos
remotos de configuração do relé de proteção. Maiores detalhes sobre os ajustes no Anexo
6.

Classificação: Público
ND-5.31 93

8.10.12 Painel de interface


O painel de proteção deverá ser provido de dispositivo para a instalação de lacre pela
Cemig D. O disjuntor de interface, bem como o(s) relé(s) de proteção e o nobreak deverão
ser instalados neste painel.

8.10.13 Medição
O acessante na modalidade de compensação de energia receberá sistema de medição
indireta em 4 quadrantes com medição distinta da energia ativa e reativa consumida e/ou
injetada na rede. Os equipamentos de medição tais como transformadores de corrente e
potencial, medidores de energia, chaves de aferição e registradores eletrônicos são de
fornecimento exclusivo da CEMIG e serão por ela instalados, sendo vetado ao acessante
na modalidade de compensação de energia o acesso a quaisquer um deles.

O quadro de medição deverá ser instalado pelo acessante em conformidade com a Norma
ND 5.3 – “Fornecimento de Energia Elétrica em Média Tensão – Rede de Distribuição Aérea
ou Subterrânea”, observando-se o respectivo tipo de subestação utilizado (Nº 1 pré-
existente, Nº 5, Nº 8, Nº 2 ou Nº4).

9 PROCEDIMENTOS E REQUISITOS DE QUALIDADE

O acessante deverá informar à Cemig D as cargas e equipamentos de suas instalações


potencialmente causadores de impactos à rede elétrica (existentes ou previstos). Caso
contrário poderá ser responsabilizado pelos eventuais danos devidos aos impactos de
cargas e equipamentos de sua propriedade não identificados previamente.

A avaliação do potencial de perturbação dessas cargas e equipamentos deverá ser


efetuada com base no Estudo de Distribuição Cemig D, ED 5.57, “Caracterização de cargas
potencialmente perturbadoras” (Ref. 7).

Caracterizada a carga ou geração como potencialmente perturbadora, deverão ser


realizados estudos específicos, para definir ações, obras e equipamentos para a atenuação
dos possíveis impactos.

No caso de autoprodutores ou produtores independentes, os estudos específicos serão


realizados pelo acessante, em conformidade com os critérios do PRODIST e com o item 5
do Estudo de Distribuição da Cemig D ED – 5.58 (Ref. 8), sendo submetido o Relatório de
Impactos no Sistema de Distribuição - RISD à aprovação da Cemig D.

Classificação: Público
ND-5.31 94

No caso de consumidores aderentes ao sistema de compensação de energia, a Cemig D


definirá a solução técnica para atenuação das perturbações, levando em consideração o
inciso I, artigo 23 da Resolução Normativa ANEEL 1000/2021, e estabelecido no Estudo de
Distribuição da Cemig D, ED - 5.58 (Ref. 8).

Na hipótese do consumidor não concordar com a solução recomendada, poderá realizar


estudos específicos, em conformidade com os critérios e recomendações do PRODIST e
com o item 6 do Estudo de Distribuição da Cemig D Nº – 5.58, “Critérios e procedimentos
para análise e correção dos impactos devidos à conexão de cargas e equipamentos
potencialmente perturbadores” (Ref. 8), elaborar o Relatório de Impactos no Sistema de
Distribuição – RISD e submetê-lo à Cemig para aprovação.

Uma vez aprovado o RISD pela Cemig D, as conclusões e recomendações de ações, obras
e equipamentos de atenuação das perturbações serão incluídas no orçamento de conexão
ou documento equivalente. Caso sejam necessárias alterações nos estudos contidos no
RISD, o cliente deverá operar os ajustes solicitados e reapresentar RISD para análise da
Cemig.

A critério da Cemig D, o prazo para a emissão do orçamento de conexão ou documento


equivalente poderá ser suspenso, até que o RISD com as alterações nos estudos
solicitadas sejam reapresentadas à Cemig D para aprovação.

Conforme determinação da ANEEL, por meio do Módulo 8 do PRODIST, é do cliente a


responsabilidade pelas ações, obras e equipamentos necessários para a atenuação das
perturbações que possam ser provocadas por equipamentos de sua planta.

Deverão ser realizadas medições das perturbações correspondentes às identificadas


conforme o Estudo de Distribuição ED 5.57.

A medição dos indicadores de tensão em regime permanente, variações de tensão de curta


duração (VTCD) e fator de potência poderá ser efetuada pelos medidores de faturamento
de energia. Para tanto, esses medidores deverão ser especificados em conformidade com
os procedimentos detalhados no Módulo 8 do PRODIST e com o Submódulo 2.9 do
Procedimento de Rede do ONS, respeitados os critérios, padrões e procedimentos da
Cemig D.

Para avaliação das distorções harmônicas, desequilíbrios de tensão e flutuações de tensão


deverão ser efetuadas campanhas de medição, em conformidade com os procedimentos
recomendados no PRODIST e nos Procedimentos de Rede. Opcionalmente, poderão ser

Classificação: Público
ND-5.31 95

utilizados os registros do próprio medidor de energia, caso este permita a medição e o


armazenamento apropriado dessas informações.

Conforme o Módulo 8 PRODIST, os itens de qualidade do produto são:

 Tensão em regime permanente


 Fator de potência
 Harmônicos
 Desequilíbrio de tensão
 Flutuação de tensão
 Variações de Tensão de Curta Duração - VTCD
 Variações de frequência

No Módulo 8 do PRODIST foram estabelecidos limites para os itens de qualidade do


produto, com exceção das VTCD, para as quais se estabeleceu um valor de referência para
o Fator de Impacto. Cabe à concessionária manter os níveis dos itens de qualidade em
valores inferiores a esses limites.

Cabe ao acessante observar limites individuais, estabelecidos pela Cemig D, de forma a


preservar os limites de qualidade estabelecidos para a rede de distribuição.

A seguir são discutidos os itens de qualidade determinados pelo PRODIST, com os limites
individuais por acessante.

9.1 Tensão em regime permanente

A tensão na conexão deverá situar-se entre 95% e 105% da tensão nominal de operação
do sistema no ponto de conexão. As condições de conexão deverão ser definidas de forma
a não degradar os níveis de tensão no ponto de conexão.

A operação das centrais geradoras pode acarretar elevações excessivas dos níveis de
tensão da rede. Para atenuar esses impactos, o acessante deverá operar na faixa
adequada de tensão (0,95TR < TL < 1,05TR).

Centrais geradoras com máquinas síncronas (hidráulicas e térmicas) interligadas à rede,


com potência instalada superior a 300 kW deverão apresentar controle de tensão, e
deverão ser dimensionados para absorver ou gerar os montantes de reativos que se fizerem
necessários, dentro da faixa de fator de potência 0,95 subexcitado, a 0,95 sobrexcitado.

Classificação: Público
ND-5.31 96

Caso os impactos da geração sobre os níveis de tensão superem os limites considerados


no ED 5.57, deverão ser realizados estudos específicos para a avaliação e correção desses
impactos. Nas análises deverá ser considerada a influência da carga de emergência
mantida na planta dos autoprodutores, nos casos de perda de geração.

Para centrais geradoras com potência nominal maior que 5 MW deverão ser realizados
previamente estudos de comportamento dinâmico, conforme recomendações da Cemig D.

9.2 Fator de Potência

Com base nos limites estabelecidos nos Procedimentos de Rede do ONS, o fator de
potência no ponto de conexão os limites mínimos de 0,95 para centrais geradoras
fornecendo energia reativa (sobrexcitados) e 0,95 para centrais geradoras absorvendo
energia reativa (subexcitado).

9.3 Distorções Harmônicas

As distorções harmônicas podem ser causadas pelos inversores de interligação de


centrais elétricas, por equipamentos auxiliares ou por cargas industriais das plantas
industriais com centrais geradoras instaladas.

Os níveis de distorções harmônicas no sistema elétrico de distribuição devem ser mantidos


pela concessionária em valores inferiores aos limites estabelecidos no Módulo 8 do
PRODIST. Esses limites se aplicam ao sistema de distribuição como um todo, e podem ser
entendidos como níveis de compatibilidade da rede.

Para a preservação dos limites de distorção estabelecidos no PRODIST, a Cemig D


estabeleceu limites de distorção harmônica, aplicáveis a cada acessante individualmente,
baseados na Norma internacional 519 da IEEE.

Os limites para as correntes harmônicas são calculados tomando por base a relação k entre
a corrente de curto circuito do sistema de distribuição e as correntes máximas das cargas
não lineares. Nesse caso a corrente de curto circuito deverá ser calculada sem a
contribuição dos geradores do acessante. Para cada faixa de ordem harmônica, os limites
são definidos em valores percentuais da fundamental. Os limites por acessante devem ser
aplicados na fase dos estudos de planejamento.

A tabela seguinte mostra os limites de corrente harmônica por acessante para os


acessantes interligados ao sistema de distribuição em média tensão da Cemig D. Nesta

Classificação: Público
ND-5.31 97

norma, a grandeza TDD (Total Demand Distortion) é definida como a distorção harmônica
total da corrente, em % da demanda máxima da carga.

Limites percentuais por consumidor para distorção harmônica de Corrente


V < 34,5 kV (Baseados na Norma IEEE - 519)
Valores percentuais das correntes harmônicas TDD
k = Isc/Icarga
h < 11 11 < h < 17 17 < h < 23 23 < h < 35 h > 35 (%)
k<20 4 2 1,5 0,6 0,3 5
20<k<50 7 3,5 2,5 1 0,5 8
50<k<100 10 4,5 4 1,5 0,7 12
100<k<1000 12 5,5 5 2 1 15
k>1000 15 7 6 2,5 1,4 20
Tabela 6 - Limites de corrente Harmônica por Consumidor (conforme norma IEEE 519)

Na maior parte das situações o atendimento, por cada acessante de média tensão, aos
limites individuais de distorção da corrente conduz ao atendimento aos limites estabelecidos
no Módulo 8 do PRODIST para as concessionárias de distribuição.

No caso de acessantes possuidores de cargas potencialmente causadoras de distorções


harmônicas, conforme os critérios do ED 5.57, deverão ser realizadas campanhas de
medição antes e após a entrada em operação das centrais geradoras, sendo as campanhas
realizadas em conformidade com o PRODIST. Os equipamentos de atenuação instalados
devem ser deligados para a medição antes da ligação da carga, e ligados após a conexão
do acessante.

Caso o medidor de faturamento tenha condições técnicas apropriadas de medição e


armazenamento de informações relativas à distorção harmônica, poderão ser utilizadas as
informações obtidas através desse medidor.

9.4 Desequilíbrios de tensão

O percentual de desequilíbrio na rede de distribuição pode ser calculado pela expressão,


contida no Módulo 8 do PRODIST, onde FD é o fator de desequilíbrio:

𝑽
𝑭𝑫 = 𝒙𝟏𝟎𝟎(%)
𝑽
O valor de referência nos barramentos de média tensão deve ser igual ou inferior a 2%,
conforme recomendado no Módulo 8 do PRODIST. Esse valor representa o nível de
compatibilidade da rede elétrica, e deve ser considerado na especificação dos
equipamentos, e nos ajustes da proteção contra desequilíbrios de tensão.

Classificação: Público
ND-5.31 98

O valor máximo de desequilíbrio que poderá ser provocado pelo acessante na rede elétrica
é fixado pela Cemig D em 1,5%. Esse valor é menor que o valor global, para se preservar
os níveis de compatibilidade da rede de distribuição.

9.5 Flutuações de tensão

São variações aleatórias, repetitivas ou esporádicas do valor eficaz da tensão. Quando


ocorrem eventualmente, como no caso de partidas de motores ou de manobras de carga,
as flutuações são consideradas esporádicas. Flutuações que ocorrem segundo um padrão
repetitivo, tal como na operação de laminadores, são consideradas repetitivas. Quando
apresentam um padrão aleatório e continuado no tempo, são consideradas aleatórias.

As flutuações de tensão podem provocar oscilações de potência e torque das máquinas


elétricas, queda de rendimento dos equipamentos elétricos, interferência nos sistemas de
proteção, e cintilação luminosa (“efeito flicker"). Tornaram-se relevantes principalmente
devido ao incômodo visual que podem causar.

O parâmetro estabelecido no PRODIST para avaliação do impacto das flutuações de tensão


é o Pst. Os níveis de Pst para 95% das medições em cada dia de medição diária deverão
ser limitados a 0,8.

No caso de acessantes com cargas ou equipamentos potencialmente causadores de


flutuações de tensão, conforme os critérios do ED 5.57, serão ser efetuadas campanhas de
medição antes e após a entrada em operação, em conformidade com os procedimentos de
medição definidos no PRODIST. Caso sejam instalados equipamentos de atenuação, estes
deverão ser deligados para a medição antes da ligação do acessante, e ligados após a
conexão do acessante.

Caso o medidor de faturamento tenha condições técnicas apropriadas de medição e


armazenamento, poderão ser utilizadas os registros de flutuações de tensão armazenados
nesse medidor.

9.6 Variações de Tensão

Conforme definido no PRODIST, as Variações de Tensão de Curta Duração são desvios


no valor eficaz da tensão, com duração de 1 ciclo a 3 minutos, incluindo quedas de tensão
de 10 % a 100 % da tensão, ou elevações superiores a 10% da tensão nominal de
atendimento.

Classificação: Público
ND-5.31 99

Dentre os fenômenos relativos à qualidade do produto, as VTCD estão entre os mais


significativos, devido à sensibilidade de grande número de equipamentos e instalações às
variações rápidas do valor eficaz da tensão. Envolvem um grande número de perturbações,
classificadas em função da amplitude e duração dos fenômenos.

Recomenda-se que as tensões de pick-up e os tempos de atuação das proteções de


subtensão e sobretensão sejam ajustados de forma a evitar desligamentos desnecessários
de equipamentos e instalações devido à ocorrência de VTCD na rede de distribuição.

Da mesma forma, os ajustes estabelecidos para a proteção deverão ser considerados nos
estudos dinâmicos para definição dos parâmetros da malha de controle de tensão e
velocidade das máquinas.

Os ajustes dos parâmetros da malha de controle de tensão e velocidade dos geradores


deverão ser definidos de forma a possibilitar resposta rápida e amortecimento adequado
das oscilações decorrentes de afundamentos de tensão ocorridos em componentes
remotos da rede.

O acessante não poderá, com a operação de seus processos industriais ou de produção


de energia, causar a degradação dos níveis de qualidade do sistema de distribuição ao qual
estiver conectado, provocando VTCD de qualquer tipo na rede elétrica de distribuição.

As variações esporádicas de tensão deverão ser limitadas a 5% da tensão nominal na barra


de ligação do consumidor ou acessante. Esse limite é adotado devido ao fato de que
perturbações devidas a variações de carga são muito mais frequentes que variações de
tensão na rede.

No caso de clientes potencialmente causadoras de VTCD, conforme os critérios do ED 5.57,


deverão ser realizados estudos dinâmicos e estáticos do comportamento das máquinas,
para se avaliar o impacto sobre o nível de tensão no ponto de conexão da rejeição da carga
e saída de geradores.

9.7 Variações de frequência

Conforme estabelecido no PRODIST, em condição normal de operação o sistema de


distribuição e as instalações de geração a ele conectadas devem operar dentro dos limites
de frequência situados entre 59,9 Hz e 60,1 Hz.

Classificação: Público
ND-5.31 100

No caso da ocorrência de distúrbios no sistema de distribuição que provoquem alterações


no equilíbrio carga geração, a frequência da rede deverá retornar para a faixa de 59,5 Hz a
60,5 Hz, no prazo de 30 (trinta) segundos após sair dessa faixa.

Havendo necessidade de corte de geração ou de carga para permitir a recuperação do


equilíbrio carga-geração, durante os distúrbios no sistema de distribuição ou nos casos de
operação ilhada intencional (ilhamento programado), a frequência deverá se ater aos
seguintes limites:

 Não exceder 66 Hz ou ser inferior a 56,5 Hz, mesmo sob condições de emergência no
sistema elétrico;

 Pode permanecer acima de 63,5 Hz por no máximo 10 segundos;

 Pode permanecer acima de 62 Hz por no máximo 30 segundos;

 Pode permanecer abaixo de 58,5 Hz por no máximo 10 (dez) segundos;

 Pode permanecer abaixo de 57,5 Hz por no máximo 5 (dez) segundos.

9.8 Requisitos de qualidade de serviço

Todas as unidades consumidoras e centrais geradoras conectadas à média tensão deverão


ser classificadas no mesmo conjunto de unidades consumidoras da subestação que as
atendam, conforme a relação de conjuntos emitida por resolução da ANEEL.

As unidades consumidoras e centrais geradoras ligadas após a aprovação dos conjuntos


de unidades consumidoras deverão ser classificadas de acordo com a área geográfica de
abrangência dos conjuntos vigentes.

A concessionária deverá garantir ao acessante os padrões de qualidade de fornecimento


estabelecidos pela ANEEL para o conjunto de consumidores atendidos pela SE à qual o
acessante deva se conectar.

A qualidade de serviço fornecido aos acessantes será avaliada pelos indicadores de


continuidade individuais, DIC e FIC e DMIC, definidos conforme o Módulo 8 do PRODIST.

Os limites anuais dos indicadores de continuidade dos conjuntos de unidades consumidoras


são estabelecidos no PRODIST para acessantes conectados a redes urbanas e para os
conectados a redes rurais, em função dos valores de referência de DEF e FEC
estabelecidos em resolução específica da ANEEL na revisão tarifária periódica da

Classificação: Público
ND-5.31 101

Distribuidora. No caso de ocorrência de violação dos critérios, deverão ser apurados valores
de compensação aos acessantes, conforme estabelecido no PRODIST.

Classificação: Público
ND-5.31 102

10 BIBLIOGRAFIA

1. Cemig D, “Fornecimento de Energia Elétrica em Média Tensão – Rede de Distribuição Aérea


ou Subterrânea”, Norma Técnica ND 5.3, dezembro de 2009.

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3. Cemig D, “Cartilha do Acessante aos Sistemas de Subtransmissão e de Média tensão da


distribuição – Cemig” – Estudo No 02.111-EM/OM/062 – belo Horizonte – junho de 2002.

4. Coelba, “Acesso, Conexão e Uso de Sistema de distribuição por Acessantes geradores de


energia elétrica” – Norma Coelba – PCI.00.03 - 1ª edição – dezembro de 2001.

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Outubro 2009.

Classificação: Público
ND-5.31 103

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do Sistema Elétrico”, Dissertação de Mestrado – UFMG – Belo horizonte – outubro de 2007.

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Assíncronos na Rede de Distribuição de Média Tensão”, XVII SENDI -Belo Horizonte - Agosto
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21. Bozzetto, José Luiz, Bianchi, Flávio C. – Sistema integrado para o controle de PCH’s – VIII
SIMPASE - Simpósio de Automação de Sistemas Elétricos, Rio de Janeiro – 2009.

22. Dromey Design, “Synchronous Generation in Distribution Systems” www.dromeydesign.com.

23. Thong, Vu Van and Driesen, Johan - “Distributed Generation and Power Quality – Case
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24. Azmy, Ahmed M. and Erlich, István, Member, IEEE – “Impact of Distributed Generation on the
Stability of Electrical Power Systems” – Power Engineering Society General Meeting, 2005. Vl
2 - IEEE – August 2005

25. Khan, Umar Naseem – “Distributed Generation and Power Quality” – Faculty of Electrical
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umar.naseem@gmail.com).

26. Walling, R. A. Senior Member, IEEE, and Miller, N. W. Fellow, IEEE, “Distributed Generation
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Summer Meeting, 2002 IEEE, vol.1, July 2002, Chicago, IL, USA.

Classificação: Público
ND-5.31 104

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Researchers Symposium, February, 7-8 2008 Eindhoven, the Netherlands.

28. Bousseau, Pierre, Monnot, Etienne, Malarange, Gilles, Gonbeau, Olivier, “Distributed
Generation Contribution to Voltage Control”, C I R E D 19th International Conference on
Electricity Distribution, Vienna, May 2007.

29. Thong, Vu Van, Driesen, Johan, Belmans, Ronnie, “DG Interconnectiobns Standards and
Technical Requirements: Comparisions and Gaps”, C I R E D 19th International Conference
on Electricity Distribution, Vienna, May 2007.

30. Alarcon-Rodrigues, Arturo, Ault, Graham, Macdonald, James, “Planning the Developmentof
highly distribuded Power Systems”, C I R E D 19th International Conference on Electricity
Distribution, Vienna, May 2007.

31. Hiscook, Jonathan, Hiscook, Nick, Kennedy, Alan, “Advanced Voltage Control for Networks
With Distributed Generation”, C I R E D 19th International Conference on Electricity
Distribution, Vienna, May 2007.

32. Kuiava, R., Ramos, R. A., Oliveira, R. V.,† Bretas, N. G. “Uma Análise dos Possíveis Impactos
das Oscilações Eletromecânicas na Estabilidade e Qualidade de Tensão em Sistemas de
Geração Distribuída”, SEPOPE - XI Simpósio de especialistas em Planejamento e Operação
e expansão Elétrica - Belém, 2009.

33. Dorça, Daniel A., Camacho, José R.(PHD), “Análise de estabilidade a Pequenos Sinais
Aplicada em um Sistema de Distribuição Radial com Unidades de Geração Distribuída”.
http\\www.nipeunicamp.org.br/agrener/anais/2008/Artigos/77.pdf

34. Kim, Yun-Su, Kim, Gyeong-Hun, Lee, Jae-Duck and Cho, Changhee. “New Requirements of
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35. Ghiani, Emílio, Pilo, Fabricio. “Smart inverter operation in distribution networks with high
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– Springer.com, 2015.

36. Saravanan, K. K., Stalim, Dr. N., Raja, Dr. T. SreeRenga. “Design and Investigation of grid
connected current source inverter for photovoltaic system”. International journal of Advanced
engineering Technology – 2016.

Classificação: Público
ND-5.31 105

37. Eltawil, Mohamed A., Zhao, Zhengming. “Grid-connected photovoltaic power systems:
Technical and potential problems- A reviw ”. Renewable and Sustainable energy Reviews–
Elsevier. www.elsevier.com/locate/rser. 2009.

38. Smith, J.W., Member, IEEE, Sunderman, W., Member,IEEE, Dugan, R., Fellow, IEEE, Seal,
Brian, Member, IEEE. “Smart inverter Volt/Var control functions for high penetration of PV on
Distribution Systems”. 978-1-61284-788-7/11 – IEEE, 2011.

39. Kashyap, Saurabh Sing, Student Member, IEEE, Verma, Dr. K.S. “Fault analysis of connected
current source inverter based PV system”. International Journal of engineering Research and
General Science Volume 3, Issue 2, March-April, 2015.

40. WEG - Inversor Solar Fotovoltaico SIW700–Manual do Usuário.


http://ecatalog.weg.net/files/wegnet/WEG-inversor-solar-fotovoltaico-siw700-manual-do-
usuario-10002127700-1.5x-manual-portugues-br.pdf

41. MOSO – B&B Power – Three phase on-grid solar inverter – (catálogo de fabricante)

42. Arrit, R. F., Member, IEEE, Dugan, R. C., Fellow, IEEE. “Distributed generation interconnection
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43. YASKAWA – SOLECTRIA SOLAR. “A grounding bank design guideline to meet the effective
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2015.

Classificação: Público
ND-5.31 106

11 REFERÊNCIAS

1. Resolução 482/2012 da ANNEL

2. Norma da Cemig D ND 5.30 “Requisitos para a conexão de Acessantes ao Sistema de


Distribuição Cemig – Conexão em Baixa Tensão”
3. Cemig D ND 5.3 “Fornecimento de Energia Elétrica em Média Tensão - Rede de
Distribuição Aérea ou Subterrânea”

4. PRODIST - Módulo 3

5. Resolução 687/2015 da ANNEL

6. Resolução 1000/2021 da ANNEL

7. Estudo de Distribuição ED 5.57 - “Caracterização de cargas potencialmente


perturbadoras”

8. Estudo de Distribuição ED 5.58 – “Critérios e procedimentos para análise e correção


dos impactos devidos à conexão de cargas e equipamentos potencialmente
perturbadores”.

Classificação: Público
ND-5.31 107

12 ANEXOS

1. Novo produtor independente ou autoprodutor (Geração com inversor)

2. Novo produtor independente ou autoprodutor (Geração sem inversor)

3. Proteção de gerador diesel com paralelismo com o sistema Cemig – Detalhe de


montagem das caixas

4. Dimensionamento de equipamentos para aterramento

5. Subestação de medição de faturamento para produtores independentes e


autoprodutores

6. Metodologia para ajustes das proteções do acessante

7. Controle de Revisões

Classificação: Público
ND-5.31 108

ANEXO 1
Novo produtor independente ou autoprodutor
(Geração com inversor)

Ponto de conexão em subestação


As funções de proteção devem seguir o Controle do religador
padrão da subestação

27 59 81/ 81/
Ponto de conexão em derivação de O U
alimentador existente
Funções de proteção implementadas no
controle do religador 67N
Neste caso a Cemig avaliará a necessidade (1e2)

de adequação das proteções da seção de 67


13,8 kV da subestação onde está ligado (1e2)
esse alimentador
Cemig

Acessante
Medição
Subestação de medição
de faturamento
Obs.: No caso de conexão direta
em subestação da Cemig D, a
medição será instalada dentro
da subestação da Cemig D
Trecho de alimentador
do acessante

67N
(1e2)

32 67 51V
(1e2) (1e2)

Disjuntor
TA Obs.: Para ligação
alternativa dos
enrolamentos do
transformador, ver
Item 8.3
CA
Inversor
CC

G
Gerador
(Solar ou Eólico tipo
Full Converter)

Classificação: Público
ND-5.31 109

ANEXO 2

Novo produtor independente ou autoprodutor

(Geração sem inversor)

Ponto de conexão em subestação


As funções de proteção devem seguir o Controle do religador
padrão da subestação
27 59 81/ 81/
Ponto de conexão em derivação de O U
alimentador existente
Funções de proteção implementadas no
67N
controle do religador (1e2)
Neste caso a Cemig avaliará a necessidade
de adequação das proteções da seção de 67
(1e2)
13,8 kV da subestação onde está ligado
esse alimentador
Cemig

Subestação de medição Medição Acessante


de faturamento
Obs.: No caso de conexão direta
em subestação da Cemig D, a
medição será instalada dentro
da subestação da Cemig D

Trecho de alimentador
do acessante

(*)
32 67
(*) Nota. As proteções 46 e (1e2) (1e2)
46 51V
47 são obrigatórias para
fontes geradoras acima de 67N
(1e2)
500 kW, conforme o
PRODIST
(*)
Disjuntor 25 81/ 81/
Se for implementado 27 59 47
O U
intertravamento, esses TPs e a (**)
função 25 tornam-se opcionais

TA
Obs.: Para ligação
alternativa dos
enrolamentos do
transformador, ver
Item 8.3
Todos os disjuntores onde se fechará o
paralelo deverão ser supervisionados por
Disjuntor 25
relé de sincronismo
(**) Os disjuntores sem supervisão do relé de
check de sincronismo deverão possuir
intertravamento que evite o fechamento do
paralelismo por estes disjuntores G
Gerador
(Hidráulico, Térmico ou Eólico tipo DFIG)

Classificação: Público
ND-5.31 110

ANEXO 3

Proteção de gerador diesel com paralelismo com o sistema Cemig


– Detalhe de montagem das caixas

Classificação: Público
ND-5.31 111

1. Deve-se utilizar caixa CM-9 ou CM-18 para disjuntor de até 1000 A, ou CM-12 para
disjuntor acima de 1000 A, Devem ser usados 3 (três) TC para proteção, instalados
conforme desenho.
2. O disjuntor de baixa tensão deve ser com bobina de trip interna e ser de um dos
fabricantes relacionados no Manual do Consumidor nº 11 (PEC 11).
3. Os barramentos da caixa de inspeção poderão ter comprimento diferente em função
da instalação dos eletrodutos de saída para a unidade consumidora.
4. Entre as caixas de passagem deverá ser instalada placa de baquelite com espessura
mínima de 10 mm.

Classificação: Público
ND-5.31 112

ANEXO 4

DIMENSIONAMENTO DE EQUIPAMENTOS PARA ATERRAMENTO

O dimensionamento de equipamentos para aterramento é detalhado nos itens a seguir. Ressalta-se


que as faixas das tabelas de dimensionamento desses equipamentos consideraram o maior valor
entre a potência do transformador de acoplamento ou da geração, uma vez que esses valores podem
ser diferentes. Em autoprodutores a capacidade da geração pode até exceder a capacidade do
transformador de acoplamento, desde que a potência injetada não exceda este valor. No caso de
consumidores aderentes ao sistema de compensação, a capacidade da geração pode ser igual ou
inferior à capacidade do transformador de acoplamento.

4.1 - Dimensionamento de equipamentos para aterramento - Acessantes interligados


à rede de 13,8 kV

Dimensionamento do reator de aterramento (Rede de 13,8 kV)

A tabela a seguir apresenta as principais características recomendadas para o reator de


aterramento, para o caso de acessantes interligados à rede de 13,8 kV. Caso o acessante
queira utilizar um reator com outro dimensionamento, deverá encaminhar uma memória de
cálculo detalhada para análise da Cemig.

Dados do reator de aterramento


(ligado no neutro do transformador de
acoplamento)
Potência do trafo de
Ineutro (A) Ineutro (A)
acoplamento ou da Xreator
Regime Curta duração
geração (kVA) (ohms)
Permanente (10s)
(o que for maior)
<= 500 50,8 6,3 126
501 - 1000 25,4 12,6 251
1001 - 2000 12,7 25,1 502
2001 - 3000 8,5 37,7 753
3001 - 4000 7,1 50,2 1004
4001 - 5000 5,7 62,8 1255

Tabela A4.1.1 – Dimensionamento do reator de aterramento (Rede de 13,8 kV)

Dimensionamento do transformador de aterramento (Rede de 13,8 kV)

Classificação: Público
ND-5.31 113

A tabela a seguir apresenta as principais características recomendadas para o transformador


de aterramento (com ligação zig-zag), para o caso de acessantes interligados à rede de 13,8
kV. Caso o acessante queira utilizar um transformador de aterramento com outro
dimensionamento, deverá encaminhar uma memória de cálculo detalhada para análise da
Cemig.

Dados do transformador de aterramento (ligado à rede de 13,8 kV)


Potência do trafo de
Xtrafo de Ifase (A) Ineutro (A) Ifase (A) Ineutro (A)
acoplamento ou da
aterrament Regime Regime Curta duração Curta duração
geração (kVA)
o (ohms) Permanente Permanente (10s) (10s)
(o que for maior)
<= 500 171,4 2,1 6,3 42 126
501 - 1000 85,7 4,2 12,6 84 251
1001 - 2000 42,8 8,4 25,1 167 502
2001 - 3000 28,6 12,6 37,7 251 753
3001 - 4000 23,8 16,7 50,2 335 1004
4001 - 5000 19,0 20,9 62,8 418 1255

Tabela A4.1.2 - Dimensionamento do transformador de aterramento (Rede de 13,8 kV)

Dimensionamento do transformador para aterramento (Rede de 13,8 kV)

A tabela seguinte apresenta as principais características recomendadas para o


transformador para aterramento (com ligação estrela aterrada – delta), para o caso de
acessantes interligados à rede de 13,8 kV. Caso o acessante queira utilizar um
transformador para aterramento com outro dimensionamento, deverá encaminhar uma
memória de cálculo detalhada para análise da Cemig.

Classificação: Público
ND-5.31 114

Dados do transformador estrela aterrada (13,8 kV) - delta (BT) para aterramento
Potência do trafo de Potência do
Xtrafo Ifase (A) Ineutro (A) Ifase (A) Ineutro (A)
acoplamento ou da trafo para
(% na base Regime Regime Curta duração Curta
geração (kVA) aterrament
do trafo) Permanente Permanente (2s) duração (2s)
(o que for maior) o (kVA)
<= 500 50 4,5 2,1 6,3 52 157
501 - 1000 100 4,5 4,2 12,6 105 314
1001 - 2000 200 4,5 8,4 25,1 209 628
2001 - 3000 300 4,5 12,6 37,7 314 941
3001 - 4000 400 5,0 16,7 50,2 418 1255
4001 - 5000 500 5,0 20,9 62,8 523 1569
*Obs:
1) A bucha de neutro deve possuir uma capacidade de corrente igual a três vezes a capacidade da bucha de fase, tanto em
condições de regime permanente quanto em curta duração. As conexões internas do transformador, para fechamento do
neutro, também devem ser dimensionadas segundo este critério
2) O transformador para aterramento deve ser projetado com suportabilidade de curto-circuito igual a 25 vezes a corrente
nominal

Tabela A4.1.3 – Dimensionamento do transformador para aterramento (Rede de 13,8 kV)

Classificação: Público
ND-5.31 115

4.2 - Dimensionamento de equipamentos para aterramento – Acessantes interligados


à rede de 22 kV

Dimensionamento do reator de aterramento (Rede de 22 kV)

A tabela a seguir apresenta as principais características recomendadas para o reator de


aterramento, para o caso de acessantes interligados à rede de 22 kV. Caso o acessante
queira utilizar um reator com outro dimensionamento, deverá encaminhar uma memória de
cálculo detalhada para análise da Cemig.

Dados do reator de aterramento


(ligado no neutro do transformador de
acoplamento - 22 kV)
Potência do trafo de
Ineutro (A) Ineutro (A)
acoplamento ou da Xreator
Regime Curta duração
geração (kVA) (ohms)
Permanente (10s)
(o que for maior)
<= 500 129,1 3,9 79
501 - 1000 64,5 7,9 157
1001 - 2000 32,3 15,7 315
2001 - 3000 21,5 23,6 472
3001 - 4000 18,2 31,5 630
4001 - 5000 14,5 39,4 787

Tabela A4.2.1 – Dimensionamento do reator de aterramento (Rede de 22 kV)

Dimensionamento do transformador de aterramento (Rede de 22 kV)

A tabela a seguir apresenta as principais características recomendadas para o transformador


de aterramento (com ligação zig-zag), para o caso de acessantes interligados à rede de 22
kV. Caso o acessante queira utilizar um transformador de aterramento com outro
dimensionamento, deverá encaminhar uma memória de cálculo detalhada para análise da
Cemig.

Classificação: Público
ND-5.31 116

Dados do transformador de aterramento (ligado à rede de 22 kV)


Potência do trafo de
Xtrafo de Ifase (A) Ineutro (A) Ifase (A) Ineutro (A)
acoplamento ou da
aterramento Regime Regime Curta duração Curta duração
geração (kVA)
(ohms) Permanente Permanente (10s) (10s)
(o que for maior)
<= 500 435,6 1,3 3,9 26 79
501 - 1000 217,8 2,6 7,9 52 157
1001 - 2000 108,9 5,2 15,7 105 315
2001 - 3000 72,6 7,9 23,6 157 472
3001 - 4000 60,5 10,5 31,5 210 630
4001 - 5000 48,4 13,1 39,4 262 787

Tabela A4.2.2 - Dimensionamento do transformador de aterramento (Rede de 22 kV)

Dimensionamento do transformador para aterramento (Rede de 22 kV)

A tabela seguinte apresenta as principais características recomendadas para o


transformador para aterramento (com ligação estrela aterrada – delta), para o caso de
acessantes interligados à rede de 22 kV. Caso o acessante queira utilizar um transformador
para aterramento com outro dimensionamento, deverá encaminhar uma memória de cálculo
detalhada para análise da Cemig.

Dados do transformador estrela aterrada (22 kV) - delta (BT) para aterramento
Potência do trafo de Potência do
Xtrafo Ifase (A) Ineutro (A) Ifase (A) Ineutro (A)
acoplamento ou da trafo para
(% na base Regime Regime Curta duração Curta
geração (kVA) aterramento
do trafo) Permanente Permanente (2s) duração (2s)
(o que for maior) (kVA)
<= 500 50 4,5 1,3 3,9 33 98
501 - 1000 100 4,5 2,6 7,9 66 197
1001 - 2000 200 4,5 5,2 15,7 131 394
2001 - 3000 300 4,5 7,9 23,6 197 590
3001 - 4000 400 5,0 10,5 31,5 262 787
4001 - 5000 500 5,0 13,1 39,4 328 984
*Obs:
1) A bucha de neutro deve possuir uma capacidade de corrente igual a três vezes a capacidade da bucha de fase, tanto em
condições de regime permanente quanto em curta duração. As conexões internas do transformador, para fechamento do
neutro, também devem ser dimensionadas segundo este critério
2) O transformador para aterramento deve ser projetado com suportabilidade de curto-circuito igual a 25 vezes a corrente
nominal

Tabela A4.2.3 – Dimensionamento do transformador para aterramento (Rede de 22 kV)

Classificação: Público
ND-5.31 117

4.3 - Dimensionamento de equipamentos para aterramento – Acessantes interligados


à rede de 34,5 kV

Dimensionamento do reator de aterramento (Rede de 34,5 kV)

A tabela a seguir apresenta as principais características recomendadas para o reator de


aterramento, para o caso de acessantes interligados à rede de 34,5 kV. Caso o acessante
queira utilizar um reator com outro dimensionamento, deverá encaminhar uma memória de
cálculo detalhada para análise da Cemig.

Dados do reator de aterramento


(ligado no neutro do transformador de
acoplamento - 34,5 kV)
Potência do trafo de
Ineutro (A) Ineutro (A)
acoplamento ou da Xreator
Regime Curta duração
geração (kVA) (ohms)
Permanente (10s)
(o que for maior)
<= 500 317,4 2,5 50
501 - 1000 158,7 5,0 100
1001 - 2000 79,4 10,0 201
2001 - 3000 52,9 15,1 301
3001 - 4000 44,6 20,1 402
4001 - 5000 35,7 25,1 502

Tabela A4.3.1 – Dimensionamento do reator de aterramento (Rede de 34,5 kV)

Dimensionamento do transformador de aterramento (Rede de 34,5 kV)

A tabela a seguir apresenta as principais características recomendadas para o transformador


de aterramento (com ligação zig-zag), para o caso de acessantes interligados à rede de 34,5
kV. Caso o acessante queira utilizar um transformador de aterramento com outro
dimensionamento, deverá encaminhar uma memória de cálculo detalhada para análise da
Cemig.

Classificação: Público
ND-5.31 118

Dados do transformador de aterramento (ligado à rede de 34,5 kV)


Potência do trafo de
Xtrafo de Ifase (A) Ineutro (A) Ifase (A) Ineutro (A)
acoplamento ou da
aterramento Regime Regime Curta duração Curta duração
geração (kVA)
(ohms) Permanente Permanente (10s) (10s)
(o que for maior)
<= 500 1071,2 0,8 2,5 17 50
501 - 1000 535,6 1,7 5,0 33 100
1001 - 2000 267,8 3,3 10,0 67 201
2001 - 3000 178,5 5,0 15,1 100 301
3001 - 4000 148,8 6,7 20,1 134 402
4001 - 5000 119,0 8,4 25,1 167 502

Tabela A4.3.2 - Dimensionamento do transformador de aterramento (Rede de 34,5 kV)

Dimensionamento do transformador para aterramento (Rede de 34,5 kV)

A tabela seguinte apresenta as principais características recomendadas para o


transformador para aterramento (com ligação estrela aterrada – delta), para o caso de
acessantes interligados à rede de 34,5 kV. Caso o acessante queira utilizar um
transformador para aterramento com outro dimensionamento, deverá encaminhar uma
memória de cálculo detalhada para análise da Cemig.

Dados do transformador estrela aterrada (34,5 kV) - delta (BT) para aterramento
Potência do trafo de Potência do
Xtrafo Ifase (A) Ineutro (A) Ifase (A) Ineutro (A)
acoplamento ou da trafo para
(% na base Regime Regime Curta duração Curta
geração (kVA) aterramento
do trafo) Permanente Permanente (2s) duração (2s)
(o que for maior) (kVA)
<= 500 50 4,5 0,8 2,5 21 63
501 - 1000 100 4,5 1,7 5,0 42 126
1001 - 2000 200 4,5 3,3 10,0 84 251
2001 - 3000 300 4,5 5,0 15,1 126 377
3001 - 4000 400 5,0 6,7 20,1 167 502
4001 - 5000 500 5,0 8,4 25,1 209 628
*Obs:
1) A bucha de neutro deve possuir uma capacidade de corrente igual a três vezes a capacidade da bucha de fase, tanto em
condições de regime permanente quanto em curta duração. As conexões internas do transformador, para fechamento do
neutro, também devem ser dimensionadas segundo este critério
2) O transformador para aterramento deve ser projetado com suportabilidade de curto-circuito igual a 25 vezes a corrente
nominal

Tabela A4.3.3 – Dimensionamento do transformador para aterramento (Rede de 34,5 kV)

Classificação: Público
ND-5.31 119

ANEXO 5

Subestação de medição de faturamento para produtores


independentes e autoprodutores

RELAÇÃO DE DESENHOS

5.1. Subestação de Medição 15 kV – 25 kV – Planta

5.2. Subestação de Medição 15 kV – 25 kV – Seção A-A

5.3. Subestação de Medição 15 kV – 25 kV – Seções B-B e C-C

5.4. Subestação de Medição 15 kV – 25 kV – Seções D-D e E-E

5.5. Subestação de Medição 15 kV – 25 kV – Seções F- F

5.6. Subestação de Medição 15 kV – 25 kV – Seção G

5.7. Subestação de Medição 15 kV – 25 kV – Seção H

5.8. Subestação de Medição 15 kV – 25 kV – Detalhes 1 e 2

5.9. Subestação de Medição 15 kV – 25 kV – Legenda

5.10. Subestação de Medição 15 kV – 25 kV – Notas

5.11. Subestação de Medição 36,2 kV– Planta

5.12. Subestação de Medição 36,2 kV– Seção A-A

5.13. Subestação de Medição 36,2 kV– Seções B-B e C-C

5.14. Subestação de Medição 36,2 kV– Seções D-D e E-E

5.15. Subestação de Medição 36,2 kV– Seção F-F

5.16. Subestação de Medição 36,2 kV– Seção G

5.17. Subestação de Medição 34,5 kV– Seção H

5.18. Subestação de Medição 36,2 kV– Detalhes

5.19. Subestação de Medição 36,2 kV– Legendas

5.20. Subestação de Medição 36,2 kV– Notas

Classificação: Público
ND-5.31 120

5.21. Subestação de Medição – Características técnicas da malha de


aterramento

5.22. Subestação de Medição – Características técnicas dos


barramentos

Classificação: Público
ND-5.31 121

5.1 - Subestação de Medição 15 kV – 25 kV – Planta

Classificação: Público
ND-5.31 122

5.2 - Subestação de Medição 15 kV – 25 kV – Seção A-A

Classificação: Público
ND-5.31 123

5.3 - Subestação de Medição 15 kV – 25 kV – Seções B-B e C-C

Classificação: Público
ND-5.31 124

5.4 - Subestação de Medição 15 kV – 25 kV – Seções D-D e E-E

Classificação: Público
ND-5.31 125

5.5 - Subestação de Medição 15 kV – 25 kV – Seções F-F

Classificação: Público
ND-5.31 126

5.6 - Subestação de Medição 15 kV – 25 kV – Seção G

Classificação: Público
ND-5.31 127

5.7 - Subestação de Medição 15 kV – 25 kV – Seção H

Classificação: Público
ND-5.31 128

5.8 - Subestação de Medição 15 kV – 25 kV – Detalhes 1 e 2

Classificação: Público
ND-5.31 129

5.9 - Subestação de Medição 15 kV – 25 kV – Legenda

Classificação: Público
ND-5.31 130

5.10 - Subestação de Medição 15 kV – 25 kV – Notas

Classificação: Público
ND-5.31 131

5.11 - Subestação de Medição 36,2 kV– Planta

Classificação: Público
ND-5.31 132

5.12 - Subestação de Medição 36,2 kV – Seção A-A

Classificação: Público
ND-5.31 133

5.13 - Subestação de Medição 36,2 kV – Seções B-B e C-C

Classificação: Público
ND-5.31 134

5.14 - Subestação de Medição 36,2 kV – Seções D-D e E-E

Classificação: Público
ND-5.31 135

5.15 - Subestação de Medição 36,2 kV – Seção F-F

Classificação: Público
ND-5.31 136

5.16 - Subestação de Medição 36,2 kV – Seção G

Classificação: Público
ND-5.31 137

5.17 - Subestação de Medição 36,2 kV – Seção H

Classificação: Público
ND-5.31 138

5.18 - Subestação de Medição 36,2 kV – Detalhes

Classificação: Público
ND-5.31 139

5.19 - Subestação de Medição 36,2 kV – Legendas

Classificação: Público
ND-5.31 140

5.20 - Subestação de Medição 36,2 kV – Notas

Classificação: Público
ND-5.31 141

5.21 - Subestação de Medição – Características técnicas da malha


de aterramento

1. O acessante é responsável pelo projeto da malha de aterramento;

2. O projeto da malha de aterramento deve ser apresentado à CEMIG acompanhado da


respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) do responsável pelos
cálculos de segurança e funcionalidade, seguindo as seguintes diretrizes:

2.1. Resistência ôhmica da malha de aterramento não deverá exceder 80 Ω para


garantia da referência do neutro para os equipamentos;

2.2. Níveis das tensões de passo e toque que garantam a segurança dos empregados
que adentrarem na área cercada da subestação de medição;

2.3. Níveis das tensões de passo e tensões de toque seguros referentes à cerca;

2.4. A CEMIG fornecerá a corrente de curto circuito para o local do projeto.

3. Durante todo o período de operação da subestação de medição, o conjunto malha e


eletrodos de aterramento deve atender aos critérios das nota 2, confirmado através de
medições periódicas realizadas pelo acessante, com possibilidade de
acompanhamento CEMIG;

4. Usar prioritariamente as hastes de aterramento e cabos indicados no Manual do


Consumidor nº 11. Em casos excepcionais, aceita-se o uso de hastes copperweld para
que se alcance os critérios das nota 2;

5. Os eletrodos devem ser interligados por condutor de cobre nu, rígido, seção mínima
de 50 mm², a conexão desse condutor às hastes pode ser feita através dos conectores
existentes no corpo das hastes ou, alternativamente, por solda exotérmica;

6. As partes metálicas da subestação de medição, tais como portas, janelas, painel de


tela zincado, suportes metálicos, terminais secundários ou de aterramento de
equipamentos instalados e para-raios, devem ser ligados diretamente à malha de
aterramento através de condutores de cobre nu, rígido, com bitola mínima de 25 mm².

Classificação: Público
ND-5.31 142

5.22 - Subestação de Medição – Características técnicas dos


barramentos

AFASTAMENTO DOS BARRAMENTOS DE MÉDIA TENSÃO

ÁREA
TENSÃO
NOMINAL ABRIGADA AO TEMPO
(kV)
FASE – FASE FASE–NEUTRO FASE – FASE FASE–NEUTRO
(mm) (mm) (mm) (mm)
RECOMEN- RECOMEN- RECOMEN- RECOMEN-
MÍNIMO MÍNIMO MÍNIMO MÍNIMO
DADO DADO DADO DADO
13,8 150 200 115 150 170 300 130 200
22 270 350 190 250 380 500 260 350
34,5 390 500 265 350 590 700 390 500

DIMENSIONAMENTO DE BARRAMENTO DE MÉDIA TENSÃO

CORRENTE DIÂMETRO MÍNIMO –


SEÇÃO MÍNIMA - COBRE NU
BARRAMENTO EM FORMA DE
I (A) VERGALHÃO - COBRE NU
S (mm²)
Polegada
ATÉ 21 20 1/4
DE 21 A 100 50 3/8
ACIMA DE 100 S (NOTA 1)

NOTA:

a) S deve ser tal que I  2.


S

Classificação: Público
ND-5.31 143

ANEXO 6

METODOLOGIA PARA AJUSTES DAS PROTEÇÕES DO ACESSANTE

A figura a seguir apresenta um resumo dos ajustes recomendados ou exigidos para as


funções de proteção a serem implementadas na instalação do acessante (válidos tanto para
produtores independentes e autoprodutores, quanto para acessantes do sistema de
compensação - GD). É apresentada a configuração mais completa, no entanto, ressalta-se
que os ajustes também são válidos no caso de configurações onde se exige um número
menor de funções de proteção, por exemplo no caso de geradores fotovoltaicos.

Sobrecorrente direcional de fase


1) Icc no sentido da rede Cemig
Conforme ajustes detalhados neste Anexo
2) Icc no sentido do acessante
Conforme ajustes detalhados neste Anexo
Direcional de Potência
(*) Funções 46, 47 e 51V
1) Limitação de injeção
Ajustes a serem definidos caso a caso.
105% da potência da
Opcionalmente à função 51V poderá
Geração -> 15 seg.
(*) (*) ser instalada a função 21/21N
2) Limitação de carga
32 67
105% da potência da (1e2) (1e2)
46 51V
Carga -> 15 seg. Sobrecorrente direcional de
67N neutro
Sincronismo (1e2)
1) Icc no sentido da rede Cemig
Defasamento: 10º Conforme ajustes detalhados
Diferença de tensão: 10%; 25 27 59 81/ 81/ 47 neste Anexo
O U
Diferença de frequência: 0,3 (*) 2) Icc no sentido do acessante
Hz Conforme ajustes detalhados
neste Anexo
Subtensão TA Subfrequência
0,8 p.u. -> 5 seg. 58,5 Hz ->0,2 seg
0,7 p.u. -> 1,5 seg. 59,0 Hz -> 2,0 seg

Sobretensão Sobrefrequência
1,10 p.u -> 5 seg. 60,5 Hz -> 2,0 seg
Disjuntor
1,20 p.u. -> 0,5 seg. 61,0 Hz -> 0,2 seg

Sincronismo 32
25 Direcional de Potência
Defasamento: 10º
Limitação de injeção de
Diferença de tensão: 10%; G
fontes não incentivadas
Diferença de frequência: 0,3 (diesel/gás)
Hz G Gerador Cargas 5% da potência da
(Diesel / Gás) Geração Diesel/Gás -> 15
Gerador
seg.
Fontes incentivadas

Ressalta-se que as funções de proteção requeridas poderão ser implementadas em um ou


mais relés, a critério do acessante.

Classificação: Público
ND-5.31 144

Ficará a cargo da Cemig exigir ou não uma cópia completa do catálogo do(s) relé(s) a
ser(em) utilizado(s) para acionar o disjuntor geral da subestação, bem como a realização de
uma reunião técnica entre Cemig e o fabricante do(s) relé(s) com o objetivo de avaliar a
capacidade do(s) relés em atender os requisitos apresentados nesta norma. Devem ser
informados no memorial para ajuste do(s) relé(s) todos os parâmetros programáveis do relé
com seus respectivos valores para serem programados.

A seguir são apresentados os ajustes recomendados / exigidos para as funções de proteção


na instalação do acessante.

AJUSTES DA FUNÇÃO 21/21N – DISTÂNCIA

A função de proteção de distância (21/21N) é opcional à função 51V e seus ajustes serão
definidos caso a caso.

AJUSTES DA FUNÇÃO 25 - SINCRONISMO

O ajuste recomendado para a função relé de sincronismo é mostrado a seguir:


 Defasamento angular <= 10°
 Diferença de tensão <= 10%
 Diferença de frequência <= 0,3 Hz

A função de sincronismo deverá permitir o fechamento do disjuntor caso os requisitos acima


sejam atendidos para a condição de Linha viva – Barra viva, ou caso verifique tensão no
lado da Cemig e não tenha tensão no lado do acessante (Lógica linha viva – Barra morta).
O fechamento do disjuntor deverá ser bloqueado pelo relé no caso de Linha morta – Barra
morta ou Linha morta – Barra viva, garantindo que o acessante não energize a rede da
Cemig em nenhuma condição.

AJUSTES DA FUNÇÃO 27 - SUBTENSÃO

Os ajustes recomendados para a função de subtensão são mostrados a seguir:


 V <= 0,8 pu -> Tempo de atuação = 5 segundos
 V <= 0,7 pu -> Tempo de atuação = 1,5 segundos

Classificação: Público
ND-5.31 145

As lógicas de trip das funções 27 devem ser preferencialmente trifásicas para o ajuste de
80% de Vn (subtensão) e por fase para o ajuste de 70% de Vn.

AJUSTES DA FUNÇÃO 32 – DIRECIONAL DE POTÊNCIA

Deverão ser ajustadas duas unidades de potência, sendo uma para limitar a potência
máxima consumida e outra para limitar a potência máxima injetada.

Potência máxima consumida

A potência máxima consumida deve ser limitada a 105% da Carga Demandada, informada
pelo acessante no Formulário de Informações Básicas de Geração Distribuída
(Minigeração). Neste caso a direcionalidade a ser ajustada é no sentido da potência que flui
da rede Cemig para a instalação do acessante.

 Pmax consumida (kW) = Carga Demandada * 1,05 -> Tempo de atuação = 15


segundos

Caso a potência consumida seja muito pequena, o valor a ser ajustado deve corresponder
a 10% da potência injetada, para assegurar uma melhor exatidão.

Potência máxima injetada

A potência injetada deve ser limitada a 105% da Potência Ativa Instalada Total de Geração,
informada pelo acessante no Formulário de Informações Básicas de Geração Distribuída
(Minigeração). Neste caso a direcionalidade a ser ajustada é no sentido da potência que flui
da instalação do acessante para a rede da Cemig.
 Pmax injetada (kW) = Potência Ativa Instalada Total de Geração * 1,05 -> Tempo de
atuação = 15 segundos

Caso a potência injetada seja muito pequena, o valor a ser ajustado deve corresponder a
10% da potência consumida, para assegurar uma melhor exatidão.

Classificação: Público
ND-5.31 146

No caso de instalações com geradores de fontes não incentivadas (diesel, gás, etc), deverá
ser instalado um relé 32 com o objetivo de evitar que a energia proveniente deste tipo de
fonte seja injetada no sistema elétrico. O motivo desta limitação é de que este tipo de energia
não é contemplado na Resolução 482, que trata do sistema de compensação de energia.
Neste caso, portanto, o ajuste do relé 32 deve considerar uma margem de 5% da potência
do gerador, conforme definido a seguir:

 Pmax injetada de fontes a Diesel ou Gás (kW) = Capacidade total de geração (Diesel
ou Gás) * 0,05 -> Tempo de atuação = 15 segundos

AJUSTES DA FUNÇÃO 46 – DESEQUILIBRIO DE CORRENTE

Ajustes a serem definidos caso a caso.

AJUSTES DA FUNÇÃO 47 – DESEQUILIBRIO DE TENSÃO

Ajustes a serem definidos caso a caso.

AJUSTES DA FUNÇÃO 51V – SOBRECORRENTE COM RESTRIÇÃO POR TENSÃO

Ajustes a serem definidos caso a caso.

AJUSTES DA FUNÇÃO 59 - SOBRETENSÃO

Os ajustes recomendados para a função de sobretensão são mostrados a seguir:


 V >= 1,10 pu -> Tempo de atuação = 5 segundos
 V >= 1,20 pu -> Tempo de atuação = 0,5 segundos

As lógicas de trip das funções 59 devem ser preferencialmente trifásicas.

AJUSTES DA FUNÇÃO 67 – SOBRECORRENTE DIRECIONAL


As funções de sobrecorrente direcional de fase e de neutro deverão ser ajustadas tanto para
curtos-circuitos na instalação do acessante quanto para curtos-circuitos na rede da Cemig.

Classificação: Público
ND-5.31 147

Para o caso de curto-circuito nas instalações do acessante, a metodologia para a definição


dos ajustes do relé de sobrecorrente é similar à utilizada em um consumidor convencional,
conforme definido na ND-5.3 e replicado neste anexo.
Para o caso de curto-circuito na rede Cemig, são propostas algumas modificações em
relação aos ajustes previstos na ND-5.3, de forma a evitar desligamentos desnecessários
em função de descoordenação com outros equipamentos de proteção instalados na rede de
média tensão.

Ajustes da função 67 para Curtos-Circuitos na Instalação do Acessante

Deverá ser ajustada a direcionalidade do relé para correntes de curto-circuito no sentido da


instalação do acessante.

A corrente nominal (In) deve ser calculada a partir da Carga Demandada, informada pelo
acessante no Formulário de Informações Básicas de Geração Distribuída (Minigeração),
considerando-se, no mínimo, o fator de potência de referência 0,92:

 In= Carga Demandada (kW) / (1,73 x V x 0,92) onde:

V é a tensão nominal entre fases em kV

A corrente de partida de fase (Ip fase) deve ser 1,05 x In, considerando que pode haver
ultrapassagem de 5% da Carga Demandada.

Ajuste da função de sobrecorrente direcional de fase instantânea quanto ao valor de


atuação: deverá ser escolhido o menor valor possível que não provoque a atuação indevida
do relé na energização do(s) transformador(es); assim, este ajuste deverá ser superior a ,
no máximo, 5% do valor da corrente de magnetização dos transformadores. No diagrama de
coordenação e seletividade deve ser verificado que o ajuste instantâneo não seja superior
ao menor valor de curto-circuito e ao ponto ANSI do menor transformador.

A utilização da função de sobrecorrente direcional de fase instantânea poderá resultar no


aumento da incidência de desligamentos desnecessários. O acessante, neste caso, tem a
opção de não habilitar esta função.

Classificação: Público
ND-5.31 148

A curva a ser utilizada para o ajuste da função temporizada de sobrecorrente direcional de


fase deverá ser a IEC extremamente inversa ou IEC muito inversa.

Os ajustes de dial de tempo e de corrente de partida do relé devem ser os mínimos possíveis,
de forma a atender adequadamente às necessidades da instalação do acessante e, ao
mesmo tempo, prover uma proteção eficaz e eficiente quando da ocorrência de distúrbios
de correntes de curto circuito e sobrecarga.

A corrente de partida de neutro (Ip neutro) deve ser de até 1/3 da Ip fase, limitada em 40 A.

Para a função de sobrecorrente direcional de neutro deverá ser utilizado Tempo Definido
(TD), com temporização na faixa de 1 a 3 segundos.

Caso a Carga Demandada seja nula ou muito pequena, deverá ser feito um ajuste
considerando o valor mínimo possível de corrente, considerando a resolução do relé. Deverá
ser considerada também a corrente de partida para cálculo dos TC de proteção. A corrente
de partida deverá ser superior a 10% da corrente primária dos TC de proteção para
assegurar uma melhor exatidão.

A Cemig fornecerá, após formalização de pedido de atendimento pelo cliente ou seu


preposto, os valores dos níveis de curto circuito e as características técnicas e operacionais
do dispositivo de proteção a ser instalado no ramal de derivação para a alimentação da
unidade consumidora.

O ajuste da função temporizada do relé de sobrecorrente deve preservar a coordenação


e/ou seletividade com o dispositivo de proteção instalado no ramal de derivação para a
alimentação consumidora.

Ajustes da função 67 para Curtos-Circuitos na Rede da Cemig

Deverá ser ajustada a direcionalidade do relé para correntes de curto-circuito no sentido da


rede da Cemig.

Classificação: Público
ND-5.31 149

A corrente nominal (In) deve ser calculada a partir da Potência Instalada dos Geradores,
informada pelo acessante no Formulário de Informações Básicas de Geração Distribuída
(Minigeração), considerando-se, no mínimo, o fator de potência de referência 0,92:

 In= Potência Instalada dos Geradores (kW) / (1,73 x V x 0,92) onde:

V é a tensão nominal entre fases em kV

A corrente de partida do relé (Ip) deve ser 1,05 x In, considerando que pode haver
ultrapassagem de 5% da potência instalada dos geradores.

A curva a ser utilizada para o ajuste da função temporizada de sobrecorrente direcional de


fase deverá ser a IEC extremamente inversa ou IEC muito inversa.

Os ajustes de dial de tempo e de corrente de partida do relé devem ser os mínimos possíveis,
de forma a atender adequadamente à coordenação com equipamentos de rede e, ao mesmo
tempo, prover uma proteção eficaz e eficiente quando da ocorrência de distúrbios de
correntes de curto circuito e sobrecarga.

A corrente de partida de neutro (Ip neutro) deve ser de até 1/3 da Ip fase, limitada em 40 A.

Para a função de sobrecorrente direcional de neutro deverá ser utilizado Tempo Definido
(TD), com temporização na faixa de 5 a 9 segundos.

Recomenda-se que as unidades de sobrecorrente instantâneas de fase e neutro sejam


desativadas, evitando atuações indevidas em função de descoordenação da proteção do
acessante com outras proteções existentes na rede da Cemig, principalmente para o caso
de curtos-circuitos em derivações da rede de média tensão.

Caso a potência instalada dos geradores seja muito pequena, deverá ser feito um ajuste
considerando o valor mínimo possível de corrente, considerando a resolução do relé. Deverá
ser considerada também a corrente de partida para cálculo dos TC de proteção. A corrente
de partida de fase deverá ser superior a 10% da corrente primária dos TC de proteção para
assegurar uma melhor exatidão.

Classificação: Público
ND-5.31 150

Ressalta-se que a Cemig D poderá recomendar ajustes diferentes dos apresentados deste
item, após a análise da atuação da proteção considerando as condições específicas da rede
onde o acessante será conectado.

AJUSTES DA FUNÇÃO 81U – SUBFREQUÊNCIA

Os ajustes recomendados para o relé de subfrequência são mostrados a seguir:

 F <= 58,5 Hz pu -> Tempo de atuação = 0,2 segundos


 F <= 59,0 Hz pu -> Tempo de atuação = 2,0 segundos

AJUSTES DA FUNÇÃO 81O – SOBREFREQUÊNCIA


Os ajustes recomendados para o relé de sobrefrequência são mostrados a seguir:

 F >= 60,5 Hz pu -> Tempo de atuação = 2,0 segundos


 F >= 61,0 Hz pu -> Tempo de atuação = 0,2 segundos

CÁLCULO DA CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO DO(S) TRANSFORMADOR (ES)

A corrente de magnetização (Inrush) - Im - para transformadores à óleo e para


transformadores com isolamento e encapsulamento em epóxi de até 2000 kVA pode ser
considerada igual a 8 x In com tempo de duração da ordem de 0,1s. Para transformadores
de potência superior a 2000 kVA o valor de Im e o tempo de duração deverão ser informados
pelo fabricante do transformador.

Opcionalmente, para os transformadores com isolamento e encapsulamento em epóxi a


corrente de magnetização e o tempo de duração dessa corrente poderão ser aqueles
informados pelo fabricante do transformador.

Este valor é muito importante pois a proteção não deve atuar na energização da subestação.
Caso haja mais de um transformador, deverá ser considerada a corrente de magnetização
do maior transformador acrescida das correntes nominais dos demais.

Classificação: Público
ND-5.31 151

CÁLCULO DO PONTO ANSI DOS TRANSFORMADORES

O ponto ANSI é o máximo valor de corrente que um transformador pode suportar durante
um período definido de tempo sem se danificar. No caso de falta fase-terra, este valor, para
transformador triângulo-estrela com neutro solidamente aterrado (válido para os
transformadores de unidades consumidoras da Cemig), é 0,58 vezes o ponto ANSI. Optou-
se por utilizar este valor também para os transformadores de acessantes geradores por ser
um valor mais conservador e que contempla instalações que eventualmente possuam
transformadores separados para geração e carga.

Assim, os valores de corrente serão:

Iansi = (100 / Z%) x In


Inansi = 0,58 x (100 / Z%) x In, onde Z% é a impedância percentual de cada transformador,
na base de potência do transformador

Sempre que possível a curva de atuação do relé deverá ficar “abaixo” do ponto ANSI do
transformador de menor potência, tanto para a função de proteção de fase como a de neutro
(ou terra).

De maneira geral e objetivando lançar estes pontos no diagrama de


coordenação/seletividade, pode ser utilizada a seguinte tabela:

Z%
TEMPO MÁX. DE
(Na base de potência do PONTO ANSI (A)
DURAÇÃO (s)
transformador)
Até 4 25 x In 2
Até 5 20 x In 3
Até 6 16,6 x In 4
Até 7 14,3 x In 5

CORRENTES DE CURTO-CIRCUITO NO PONTO DE DERIVAÇÃO DO RAMAL DE


LIGAÇÃO

Classificação: Público
ND-5.31 152

A CEMIG deverá informar ao projetista os valores de corrente de curto-circuito (CC) para


que possam ser dimensionados os TC de proteção. Os TC de proteção devem apresentar
uma corrente primária nominal tal que o maior valor de CC não exceda essa corrente em 50
vezes.

Deverá ser considerado também a corrente de partida para cálculo dos TC de proteção. A
corrente de partida deverá ser superior a 10% da corrente primária nominal dos TC de
proteção para assegurar uma melhor exatidão.

Os TC de proteção devem apresentar uma corrente primária nominal tal que o valor de
atuação atribuído à proteção de sobrecorrente instantânea não exceda essa corrente em 20
vezes.

Os ajustes solicitados para os relés devem ser justificados no coordenograma da proteção


identificando as cargas e situações operacionais previstas que os requerem.

A Cemig fornecerá, após formalização de pedido de atendimento pelo cliente ou seu


preposto, os valores dos níveis de curto circuito e as características técnicas e operacionais
do dispositivo de proteção a ser instalado no ramal de derivação para a alimentação da
unidade consumidora.

O ajuste da função temporizada do relé de sobrecorrente deve preservar a coordenação


e/ou seletividade com o dispositivo de proteção instalado no ramal de derivação para a
alimentação consumidora.

O regime de funcionamento das cargas da unidade consumidora deve ser racionalizado e


otimizado para a melhor performance da respectiva instalação. Esse regime deve ser
considerado nos ajustes do relé de proteção.

Devem ser informados no memorial para ajuste do(s) relé(s) todos os parâmetros
programáveis do relé com seus respectivos valores para serem programados.

No coordenograma/projeto deverá ser apresentado o diagrama unifilar completo de ligação


do relé para análise. Tal diagrama se encontra no manual do mesmo.

Classificação: Público
ND-5.31 153

As condições operacionais dos equipamentos elétricos instalados na unidade consumidora


devem ser do conhecimento do projetista, principalmente aquelas relacionadas ao regime
de funcionamento das cargas declaradas pelo consumidor, de forma que as solicitações de
partidas de motores, simultâneas ou não, como de outras cargas acima de 25kW, possam
ser controladas e plotadas no coordenograma da proteção geral.

Após o período experimental, conforme o artigo 311 da Resolução ANEEL nº 1000/2021


caso ocorram atuações não previstas e indesejáveis da proteção e afastada a hipótese de
defeito de equipamentos, o projetista poderá solicitar, mediante correspondência a Cemig,
um ajuste mais elástico da proteção durante um período de 90 (noventa) dias para estudo
mais detalhado das instalações internas da unidade consumidora. Neste período o
faturamento da demanda será normal e não mais se regerá conforme o artigo 311 acima
citado. Após este período, caso necessário, deverão ser apresentadas a revisão do
coordenograma e tabela de ajustes da proteção de sobrecorrente para a nova situação
proposta.

Classificação: Público
ND-5.31 154

INSTALAÇÃO FÍSICA DO RELÉ

O(s) relé(s) de proteção secundária deverá(ão) ser instalado(s) na tampa basculante de uma
caixa metálica localizada na parede oposta a célula do disjuntor principal; esta caixa deverá
possuir dispositivo para instalação de selo Cemig. Assim, tanto a caixa como a parte frontal
do(s) relé(s) (por onde é feita a parametrização do mesmo) serão seladas e o Consumidor
terá acesso apenas ao botão de rearme (“reset”) do(s) relé(s).

A fiação da célula do disjuntor (onde também estão instalados os TC/TP da proteção) até a
caixa deverá ser instalada em eletroduto de aço, aparente, com diâmetro nominal de 50,8
mm (equivalente a 2 polegadas).

O encaminhamento ideal para este eletroduto é através da parede da célula do disjuntor,


teto da subestação e parede onde está instalada a caixa com o relé. A caixa deverá ter dois
furos de 2”, um com uma tampa fixa, incolor, para visualizar o led de ligado do nobreak e um
outro com tela soldada na caixa para ventilação.

Nesta caixa deverá ser instalado também o sistema nobreak para alimentação do relé e do
sistema de trip (bobina de abertura do disjuntor).
Segue abaixo desenho orientativo para instalação do(s) relé(s):

Classificação: Público
ND-5.31 155

COORDENOGRAMA

Para permitir a perfeita visualização da atuação da proteção é necessário que se faça, em


papel formatado bi-log ou em Excel, um gráfico Tempo x Corrente, onde se pode verificar a
coordenação e seletividade para qualquer valor de corrente. Neste gráfico devem ser
plotados os seguintes pontos e curvas:

Valores de curto-circuito no ponto de derivação (fornecidos pela Cemig);

Corrente nominal (In);


Corrente de partida do relé (Ip) de fase e neutro;
Curva IEC extremamente inversa do relé com os ajustes definidos no projeto (catálogo ou
manual do relé) para fase e terra;
Ajuste de atuação instantânea para fase e terra (reta perpendicular ao eixo das correntes);
Ponto ANSI do(s) transformador(es) de fase e neutro;
Im do(s) transformador(es).

O projetista pode usar o gráfico para estudar condições de partida de motores e outras
cargas. Desta análise pode resultar a melhor sequência para energização das cargas da
unidade consumidora.

Quando da elaboração do projeto, o projetista pode analisar o gráfico para verificar os


ajustes previstos. Esta análise pode evidenciar que um ou outro parâmetro deva ser alterado.
Ou seja, durante a fase de elaboração do projeto, é provável que os ajustes e o próprio
gráfico sejam refeitos para otimização da atuação dos vários níveis de proteção.

Na elaboração do coordenograma, todos os pontos e curvas devem ser identificados


claramente através de legenda. As correntes, preferencialmente, devem ser referidas à
tensão primária.

Classificação: Público
ND-5.31 156

ANEXO 8

Controle de Revisões

Controle de Revisões

Revisão Data Item/ Descrição das alterações


Página

a 01/03/2016 Capítulo 9 Normativa nº 687, de 24 de novembro de 2015.


 Os custos de eventuais ampliações ou reforços no
sistema de distribuição em função exclusivamente da
conexão ao Regime de Compensação, em Revisão do
Capítulo 9 – Microgeração e Minigeração Aderentes
função da Resolução de minigeração distribuída
participante do sistema de compensação de energia
elétrica passam a fazer parte do cálculo da participação
financeira do consumidor.
 Retirada a exigência de DSV (Dispositivo de
Secionamento Visível) no caso de interligação através de
inversores.
 Alterada a potência máxima para acessantes do Regime
de Compensação de 1 MW para 3 MW (Fontes
Hidráulicas) e 5 MW (demais fontes incentivadas)
 Alteradas as faixas de potência e requisitos de proteção
conforme RN 687.
 Detalhados os casos de interligação de fontes
incentivadas em consumidores que possuem geração
própria (fontes não incentivadas).
 Detalhados os casos de interligação de microgeradores
em consumidores de média tensão.

Classificação: Público
ND-5.31 157

b 12/2018 Capítulos: 7, Revisão geral da norma em função das Resoluções


8, 9 e 10. Normativas ANEEL 724/2016 e 728/2016, 767/2017 e
786/2017; melhorias nos critérios técnicos. Principais
alterações:
 Reatores de aterramento no neutro dos
transformadores de acoplamento e tabelas para cálculo
de reatores de aterramento e transformadores de
aterramento.
 Adequação da norma ND 5.31 aos novos padrões da
ND 5.3 para subestações de média tensão.
 Entrega do projeto elétrico do consumidor para
aprovação pela Cemig após a emissão do parecer de
Acesso.
 Exigência de coordenogramas de proteção
considerando o inrush de transformadores.
 Possibilidade de instalação de religadores na faixa com
GD maior que 150 kW a GD menor 300 kW de GD.
 Explicitação da tensão de atendimento das centrais
geradoras com potência instalada superior a 75 kW,
necessariamente em média ou alta tensão.
 Critérios para manutenção da flexibilidade operativa.
 Atendimento de autoprodutores a partir da SE de
distribuição.
 Adequação das proteções de geração distribuída e
autoprodutores.
 Padrões para SE compartilhada no modo compensação
de energia.
 Controle do fator de potência de usinas fotovoltaicas.
 Novos limites para compensação reativa de centrais
elétricas conectadas em média tensão.
 Adequação dos procedimentos de acesso à Resolução
Normativa ANEEL 724/2016.
 Adequação dos critérios e processos de qualidade de
tensão aos critérios inseridos por meio da Revisão
Normativa ANEEL Nº 728/2016.
 Comissionamento de autoprodutores

Classificação: Público
ND-5.31 158

 Comissionamento de minigeração distribuída


 Alteração do procedimento para aprovação de SMF de
autoprodutores. A Cemig deverá se responsabilizar
pela aprovação dos equipamentos e instalações de
medição.
 Atualização dos endereços de internet para consulta de
acesso e solicitação de acesso para produtores
independentes, autoprodutores e consumidores
optantes pela compensação de energia.
c 05/2021  Padronização do texto sobre as proteções dos
produtores independentes e autoprodutores com as
proteções de acessantes aderentes ao regime de
compensação (GD).
 Inclusão de diagramas elétricos dos produtores
independentes e autoprodutores conforme tipo de
fonte.
 Especificação de requisitos diferenciados por tipo de
central eólica: Full Converter x DFIG.
 Alterado o critério de perdas de energia (MWh) para
perdas de demanda (MW) para permitir simplificação da
modelagem.
 Retirado o critério do item 8.2.6.5. Tensão após o
religamento do alimentador. Observou-se que os outros
critérios já são suficientes para o adequado
dimensionamento das obras de conexão.
 Inclusão de tabelas com o dimensionamento de
reatores de aterramento e transformadores de/para
aterramento para acessantes interligados em redes de
22 kV e 34,5 kV, além de 13,8 kV.
 As faixas das tabelas de dimensionamento dos
equipamentos para aterramento passam a considerar o
maior valor entre a potência do trafo de acoplamento ou
da geração. Obs.: A capacidade de geração pode ser
diferente da capacidade do trafo de acoplamento. Em
autoprodutores a capacidade da geração pode até

Classificação: Público
ND-5.31 159

exceder a capacidade do trafo de acoplamento, desde


que a potência injetada não exceda este valor.
 Inclusão de desenho com detalhes de montagem das
caixas para proteção de gerador diesel com paralelismo
com o sistema Cemig
 TPs no lado do acessante e função 25 tornam-se
opcionais se for implementado intertravamento que só
permita o fechamento do disjuntor com o lado da Cemig
energizado (no caso de geradores hidráulicos, térmicos
ou eólico tipo DFIG),
 Atualização dos critérios de dimensionamento de TCs,
conforme definidos na ND-5.3
 Inclusão de texto sobre a necessidade de apresentação
de catálogo do(s) relé(s) a ser(em) utilizado(s) para
acionar o disjuntor geral da subestação, bem como a
realização de uma reunião técnica entre Cemig e o
fabricante do(s) relé(s), com o objetivo de avaliar a
capacidade do(s) relés em atender os requisitos
apresentados nesta norma.
 Alteração do critério de ajuste mínimo da função 32.
 Modificação na recomendação do Dial a ser utilizado.
 Inclusão da opção de utilização de curva IEC muito
inversa para o ajuste das funções 67 (sentido Cemig e
sentido acessante).
 Inclusão da Subestação de Entrada Blindada
Simplificada (SE nº 8), conforme ND-5.3.
 Atualização sobre as características do religador
(alimentação e sensores de tensão nos dois lados)
 Atualização da identificação dos Submódulos do ONS.
 Foram atualizados os seguintes quadros:
- Dados para consulta de acesso
- Informações básicas para a solicitação de acesso
- Informações Constantes do Parecer de Acesso
 Contemplados projetos relativos à microgeração ou
minigeração (em instalações com demanda até 800

Classificação: Público
ND-5.31 160

kVA) elaborados por Técnicos em Eletrotécnica,


através do Termo de Responsabilidade Técnica.
 Alterações no preenchimento das ART.
 Inclusão de texto sobre modificações simples ou
complexas do projeto elétrico da subestação de entrada
e de outros equipamentos
 Inclusão de texto sobre a possibilidade de suspensão
da obra em caso de não aprovação pela Cemig do
projeto de entrada de energia.
 Outras modificações no texto
d 05/07/2022  Retirada a exigência das funções de proteção 32, 67 e
67N para GD fotovoltaica até 300 kW em unidades
consumidoras atendidas por subestações nº 2 ou 4.
 Atualização dos textos sobre projeto elétrico da
subestação de entrada e do painel de proteção em
baixa tensão.
 Alteração do texto sobre modificações simples ou
complexas, inserindo a citação das Cartilhas de
Microgeração e de Minigeração para evitar redundância
de fontes.
 Esclarecimento sobre as situações onde é necessária
implementação de funções de proteção para integração
de geração diesel/gás e onde não é necessária (caso
exista uma chave comutadora que impeça a
alimentação simultânea das cargas pelo sistema de
fornecimento da CEMIG e pelo sistema de geração
própria (diesel /gás)).
 A instalação de religador junto à unidade consumidora
com GD interligada através de inversores, na faixa de
potência > 300 kW e < 5.000 kW deixa de ser obrigatória
e passa a ser avaliada caso a caso.
 Revisões no texto em função da REN1000/2021 e Lei
14.300/2022

Classificação: Público

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