Língua Portuguesa

Prof.ª Mansuária Moraes

20-05-2022
 Sintaxe - introdução

Sintaxe é a parte da gramática que estuda a organização das

palavras na frase e a das frases no discurso, bem como a relação
lógica das frases entre si. Para isso, as palavras são relacionadas e
combinadas entre si.
Diferentemente da MORFOLOGIA, a classificação não é feita por
PALAVRA, mas por TERMO.
 Conceitos básicos
Frase é todo enunciado de sentido completo, podendo ser formada por
uma só palavra ou por várias, podendo ter verbos ou não.
As frases que não possuem verbos são chamadas de FRASES
NOMINAIS.
Exemplos: Oi! Bom dia!
As frases que possuem verbo são chamadas de FRASES VERBAIS ou
ORAÇÕES.
Exemplos: Não escutei.
Mariana mora ali.
Período é a frase constituída de uma ou mais orações, formando um
todo, com sentido completo. O período pode ser simples ou composto.
Período Simples: aquele constituído por apenas uma oração, que
recebe o nome de oração absoluta.
Exemplos: O amor é eterno.
As plantas necessitam de cuidados especiais.
Período Composto: constituído por duas ou mais orações.
Exemplos: Quando você partiu minha vida ficou sem alegrias.
Quero aquelas flores para presentear minha mãe.
Segundo a Nomenclatura Gramatical Brasileira, os termos da oração
podem ser:
1) Essenciais
Também conhecidos como termos "fundamentais", são representados
pelo sujeito e predicado nas orações.
2) Integrantes
Completam o sentido dos verbos e dos nomes, são representados por:
complemento verbal - objeto direto e indireto;
complemento nominal;
agente da passiva.
3) Acessórios
Desempenham função secundária (especificam o substantivo ou
expressam circunstância). São representados por:
adjunto adnominal;
adjunto adverbial;
aposto.
Obs.: O vocativo, em análise sintática, é um termo à parte: não
pertence à estrutura da oração.
 O que é o SUJEITO?

O sujeito é uma função sintática que indica a

pessoa ou objeto sobre quem se declara algo. Além
disso, pode ser determinado ou indeterminado.
Exemplos:
Mariana é estudiosa.
A vizinha faxinou a casa.
 Núcleo do Sujeito

O "Núcleo do Sujeito" (isto é, a palavra base) é um

substantivo ou pronome. Em torno do núcleo
podem aparecer palavras secundárias (artigos,
adjetivos, locuções adjetivas, etc.).
Ex.: Aquela casa é assombrada.
Núcleo do sujeito: CASA
Os nossos carros foram roubados.
Núcleo do sujeito: CARROS
 Sujeito Simples

O sujeito simples é formado por um núcleo, ou seja,

um termo principal, por exemplo:
O empregado da casa vendeu seu carro.
(núcleo: empregado)
Eles estão sempre omitindo a verdade.
(núcleo: Eles)
A folha caiu.
(núcleo: folha)
 Sujeito Composto

O sujeito composto é aquele formado

por dois ou mais núcleos, por exemplo:
Ana Maria e Joaquim terminaram o namoro.
(núcleos: Ana Maria, Joaquim)
Eu, você e o nosso cão estamos perdidos mais uma
vez. (núcleos: Eu, você, cão)
Livros e cinema são o meu passatempo preferido.
(núcleos: Livros, cinema)
 Sujeito Desinencial
O sujeito desinencial, também chamado de
elíptico, oculto ou implícito, é aquele que não
está declarado na oração, mas pode ser
identificado pelo contexto verbal.
Exemplos:
No trajeto para casa, passei pelo parque da
cidade. (Note que pela conjugação verbal
“passei” podemos identificar a primeira pessoa
do singular “eu”. Logo, “No trajeto para casa,
(eu) passei pelo parque da cidade.”)
Gostamos de pular Carnaval. (pela conjugação
verbal, identificamos o sujeito oculto da oração:
“(Nós) Gostamos de pular Carnaval.”)

Armando saiu da escola muito cedo. À tarde

levou tudo para casa. (Aqui temos o sujeito
“Armando” na primeira oração e na segunda, o
sujeito da ação que já foi mencionado
anteriormente é “ele”: À tarde (ele) levou tudo
para a casa.)
 Sujeito Indeterminado
O sujeito indeterminado é aquele que não podemos
identificar o agente da ação, nem pelo contexto,
nem pela terminação verbal do enunciado.
Há três maneiras de classificá-lo:
1) com verbo na 3.ª pessoa do plural que não se
refere a nenhum substantivo citado anteriormente
na oração, por exemplo:
Disseram que ele foi eleito.
Capturaram o fugitivo.
Falavam mal o tempo todo.
2) com pronome "se" e verbo intransitivo, transitivo
indireto ou de ligação na 3.ª pessoa do singular (de
modo que não se consegue identificar quem pratica
a ação), por exemplo:
Acorda-se feliz (VI).
Necessita-se de pessoas jovens (VTI).
Nem sempre se é justo nesse mundo (VL).

3) com verbo no infinitivo pessoal, por exemplo:

É difícil agradar a todos.
Seria bom pesquisar mais sobre o assunto.
Era bom viajar pelo mundo!
 Sujeito Inexistente/Oração sem sujeito
As orações sem sujeito são constituídas por verbos
impessoais, ou seja, que não admitem agentes da
ação, como é o caso de:
os verbos que indicam fenômenos da natureza:
amanheceu, anoiteceu, choveu, nevou, ventou,
trovejou, etc.
o verbo haver quando empregado com sentido de
existir, acontecer e indicando tempo passado.
os verbos ser, fazer, haver, estar, ir e passar
indicando tempo ou distância.
Exemplos:
Trovejou durante a noite.
Há boas palestras no congresso.
Está na hora do intervalo.
 Verbos de Ação x Verbos de Ligação

Verbos de ligação são verbos que indicam um

estado, ligando uma característica ao sujeito. Não
indicam uma ação. São também chamados de
verbos não nocionais ou verbos copulativos.

Exemplos: Ana está feliz.

Paulo é muito inteligente.
Verbos de ação, também chamados de nocionais,
indicam a ocorrência de um fato. Podem ser
transitivos ou intransitivos.
Exemplos: O gato morreu. (verbo intransitivo)
Maria gosta de você. (verbo transitivo)
Os meninos comeram a galinhada. (verbo
transitivo)
 Verbos Intransitivos

Verbos Intransitivos são aqueles que não

necessitam de complemento porque têm sentido
completo. Por esse motivo, eles conseguem formar
o predicado sozinhos.

Exemplos:
Carmem morreu.
Jordana chegou.
 Verbo Transitivo

O verbo transitivo não tem sentido completo, o que

significa que ele tem que transitar para um
elemento que o complete. Ele pode ser direto,
indireto ou direto e indireto.
Exemplos:
Entregaram o bolo.
Vendo bolsas.
 Verbo Transitivo Direto

Verbo que não tem sentido completo e precisa de

um complemento, geralmente introduzido sem
preposição . Esse complemento é chamado de
objeto direto.
Exemplos:
A mesa 3 pediu a carne bem passada. (Pediu o quê?
A carne – OBJETO DIRETO)
Terminei a análise. (Terminei o quê? A análise –
OBJETO DIRETO)
 Verbos Transitivo Indireto
Verbo que não tem sentido completo e precisa de
um complemento acompanhado de preposição
obrigatória, o complemento desse tipo de verbo é
chamado de objeto indireto.
Exemplos:
Não acredito no que ele diz. (Não acredito em quê?
No(EM+O) que ele diz – OBJETO INDIRETO)
Podemos ir com você? (Ir com quem? Com você –
OBJETO INDIRETO)
 Verbos Transitivo Direto e Indireto
Também chamado de bitransitivo, é o verbo que
não tem sentido completo e que precisa de objeto
direto e indireto.
O objeto direto e indireto completa o verbo com a
informação sobre o quê a quem.
Exemplos:
Enviei os postais aos clientes. (Enviei o quê a quem?
Os postais aos(A+OS) clientes)
Expus minhas dificuldades ao professor. (Expus o
quê a quem? Minhas dificuldades ao professor)
 O que é um PREDICATIVO?

Segundo o dicionário AURÉLIO: que predica; que

serve para predicar.

Predicativo é o termo que dá característica a algum

outro termo. Em Língua Portuguesa estudamos o
PREDICATIVO DO SUJEITO e o PREDICATIVO DO
OBEJTO.
 Predicativo do Sujeito

Predicativo do sujeito é o termo do predicado que

tem a função de atribuir uma qualidade ao sujeito.

Essa função é feita por meio de um verbo que pode

ou não ser de ligação. Nesse caso, a função do verbo
é informar algo relacionado ao sujeito.
O papel do predicativo do sujeito numa sentença
pode ser desempenhado por um adjetivo,
substantivo, numeral, advérbio ou pronome.
 Predicativo do Sujeito - Exemplos
1) A moça é desastrada.
Sujeito = A moça
Verbo de Ligação = é
Predicativo = desastrada

2) O chão está sujo.

Sujeito = o chão
Verbo de Ligação = está
Predicativo = sujo
 Predicativo do Objeto
Diferente do predicativo do sujeito, o predicativo do
objeto é um termo que atribui uma característica
ao objeto.

As professoras deixaram as crianças satisfeitas.

Objeto direto = as crianças

Predicativo do objeto = satisfeitas
 Classificação do Predicado

A classificação do predicado dependerá da análise

do núcleo do predicado da oração. São três os tipos:
predicado verbal, predicado nominal e predicado
verbo-nominal.
 Predicado Verbal
Aquele que tem como núcleo um verbo DE AÇÃO
(transitivo ou intransitivo)
Ex.: Os estudantes protestaram contra a corrupção.
Sujeito: Os estudantes.
Predicado: protestaram contra a corrupção.
Verbo: protestaram (conjugado na 3ª pessoa do
plural do pretérito perfeito)
A palavra mais importante do predicado:
protestaram.
Núcleo do predicado: protestaram.
 Predicado Nominal
Aquele que tem como núcleo um nome (substantivo
ou adjetivo)
Ex.: Os estudantes estavam nervosos.
Sujeito: os estudantes.
Predicado: estavam nervosos.
Verbo: estavam (verbo de ligação)
A palavra mais importante do predicado: nervosos.
Núcleo do predicado: nervosos (adjetivo →
predicativo do sujeito).
 Predicado Verbo-nominal

Apresenta como núcleos um verbo de ação e um

nome (predicativo). É a fusão de dois predicados.

Ex.: Os professores protestaram nervosos contra a

corrupção.
Protestaram – núcleo verbal
Nervosos – núcleo nominal
Até a próxima!!!!
Mansu