Apostilatecnologia
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Curso – Mecânica Básica Industrial – Matemática Básica – Apostila 1
Formação em
Tecnologia
Mecânica
Industrial
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Curso – Mecânica Básica Industrial – Matemática Básica – Apostila 1
Nossa
História
A ASM Treinamentos é uma Escola Profissionalizante Especializada em Mercado Industrial, Logístico, de Segurança do Trabalho e de
Prestação de Serviços que foi fundada no ano 2000 e hoje tem mais de 15.000 alunos Formados em mais de 200 Clientes Empresas
(In Company) e também Particulares.
A Sigla ASM faz referência ao nome de nosso Fundador, o Professor e Engenheiro Adair Silveira Moraes, que há 13 anos atrás
resolveu atender a uma forte demanda do Mercado que necessitava e ainda precisa de Profissionais Qualificados de Verdade, não
apenas para atender normas e burocracias frias, mas formando profissionais atualizados, com objetivos, metas e resultados reais a
seguir.
Nascemos de uma Parceria que vigora até hoje com a SME (Secretaria Municipal de Educação) onde lecionamos nas Escolas
Municipais como Instrutores Autônomos, focados somente em atender à Comunidade com Cursos Profissionalizantes de Custos
Acessíveis, mas em função do crescimento da demanda e da difusão do nome ASM Treinamentos, fomos forçados em 2008 a abrir a
nossa própria estrutura para poder atender com maior número de Cursos tanto à Comunidade mas também como às Empresas que já
solicitavam nossos serviços desde então.
Nossa Escola entende que o principal objetivo da Formação Profissionalizante é garantir Segurança ao Colaborador e Resultados à
Empresa onde o mesmo atua. Seguindo estes dois caminhos é que traçamos nossos Planos de Formação Profissionalizante, sempre
olhando para as Necessidades de Nossos Clientes e não para o que já é oferecido há décadas pelas outras Escolas. Fazer diferente,
fazer melhor e fazer mais, estas são as nossas Bandeiras, é nisso que acreditamos e é isso que nos impulsiona.
Hoje a ASM conta com mais de 90 Cursos Profissionalizantes Industriais, além do Registro no CREA – Entidade Profissionalizante
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Curso – Mecânica Básica Industrial – Matemática Básica – Apostila 1
Formação em
Tecnologia
Mecânica
Industrial
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Curso – Mecânica Básica Industrial – Tecnologia Mecânica
UNIDADE 1
1 - MATERIAIS
1. - INTRODUÇÃO
Desde o início dos tempos o homem construía seus equipamentos e suas máquinas, utilizando-se de
pedra, madeira e fibras, passando posteriormente pelo bronze, ferro e outros metais. Mais
recentemente, deu-se início ao uso da borracha, dos polímeros, dos compostos cerâmicos e de novas
ligas de metais.
Dentre todos os materiais à disposição, o ferro fundido e o aço são os mais utilizados. Iniciaremos
estudando o processo de obtenção destes materiais, suas ligas e propriedades específicas.
Posteriormente serão tratadas outras ligas não ferrosas, como o bronze, latão e alumínio. A
borracha, o plástico e a cerâmica também fazem parte do nosso grupo de estudo. São materiais cujo
uso é cada vez maior, pois vêm substituindo outros materiais com vantagens nos processos de
produção e acabamento, sem contar a elevada resistência, o baixo custo, a possibilidade de
reciclagem e a longa vida útil dos produtos.
A busca do material correta para uma aplicação específica pode, muitas vezes, trazer como
resultados uma vasta lista de possibilidades, ou ainda opções de escolha nas quais a seleção é
realizada tendo em vista o menor prejuízo. A regra para estes casos é o estudo do contexto no qual
será inserido o material, visando redução de custo, aumento da vida útil, facilidade de obtenção e
manipulação, entre outros.
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Curso – Mecânica Básica Industrial – Tecnologia Mecânica
A escolha de um material deve-se às propriedades que este possui. Por exemplo: os aços carbono
possuem baixo custo e elevada resistência mecânica, embora sejam vulneráveis à corrosão. Já os
plásticos, devidamente selecionados, possuem elevada resistência química a determinadas
substâncias, mas sua resistência mecânica é inferior ao aço carbono.
E ainda podemos listar diversas outras propriedades qualitativas e quantitativas, pelas quais podemos
realizar um estudo para selecionarmos corretamente um ou mais materiais a utilizar. Veja a Tabela 1:
Em conjunto com as propriedades acima descritas, na escolha do material devem ser considerados
ainda os fatores custo, disponibilidade no mercado, facilidade de fabricação e manutenção, entre
outros.
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Curso – Mecânica Básica Industrial – Tecnologia Mecânica
1.3 - SIDERURGIA
A indústria siderúrgica abrange todas as etapas necessárias para, a partir das matérias -primas,
produzir-se ferro e aço.
Estes dois materiais, de largo emprego em nosso planeta, não são encontrados sob a forma de metais
no ambiente. A matéria-prima a ser transformada é o minério de ferro. O processo clássico e mais
usado para a redução do minério de ferro é o do alto-forno, cujo produto consiste numa liga ferro-
carbono de alto teor de carbono, denominado ferro gusa, o qual, ainda no estado líquido, é
encaminhado à aciaria, onde, em fornos adequados, é transformado em aço. Este é vazado na forma
de lingotes, os quais, por sua vez, são submetidos à transformação mecânica, por intermédio de
laminadores, resultando blocos, tarugos e placas. Estes, finalmente, ainda por intermédio de
laminadores, são transformados em perfis, trilhos, tarugos, chapas, barras, etc.
Como sub produtos do alto forno podemos citar também a escória e os gases de alto forno. O
primeiro, depois de solidificado, pode ser utilizado como lastro de ferrovias, material isolante, ou
ainda na fabricação do cimento metalúrgico. O segundo, devido ao seu alto poder calorífico, é
utilizado nas próprias siderúrgicas, nos regeneradores, fornos diversos de aquecimento, caldeiras,
etc.
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Curso – Mecânica Básica Industrial – Tecnologia Mecânica
O ferro gusa no estado líquido é utilizado na aciaria para obtenção do aço. Ainda é utilizado no
estado sólido como principal matéria-prima das fundições de ferro fundido.
A composição do ferro gusa, de um modo geral, está compreendida na seguinte faixa:
carbono 3 a 4,5%
silício 0,5 a 4%
manganês 0,5 a 2,5%
fósforo 0,05 a 2%
enxofre 0,20% máx.
O ferro gusa é uma liga ferro-carbono em que o teor de carbono e as impurezas normais (Si, Mn, P e
S) se encontram em valores elevados, e a sua transformação em aço, que é uma liga de baixos teores
de C, Si, Mn, P e S, corresponde a um processo de oxidação, por intermédio do qual a porcentagem
daqueles elementos é reduzida até os valores desejados. Os equipamentos responsáveis por este
processo são denominados conversores.
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Curso – Mecânica Básica Industrial – Tecnologia Mecânica
1. - Propriedades microestruturais
Os materiais compostos de uma mesma substância podem possuir propriedades diferentes entre si.
Este efeito é devido à microestrutura do material, à forma na qual suas moléculas estão dispostas.
1. - Estrutura cristalina
Todos os elementos são formados por moléculas que por sua vez são formadas por átomos. Na
maioria dos materiais sólidos, as partículas se organizam sob a forma de uma rede em três
dimensões, chamada estrutura cristalina. Na tabela 3 encontram-se exemplos de metais com suas
respectivas estruturas.
Tabela 3 - Estrutura cristalina dos metais
Quando os metais são deformados por processos mecânicos, como a laminação, as camadas de átomos
deslizam umas sobre as outras ao longo dos planos de átomos que se formam nas estruturas
cristalinas. Esses planos são chamados de planos cristalinos.
As estruturas cristalinas cúbicas possuem mais planos de átomos do que as estruturas hexagonais.
Por isso é mais fácil deformar um material que possui estrutura cúbica, como o alumínio, o cobre e o
ferro, do que um metal de estrutura hexagonal, como o magnésio e o cádmio.
Outra definição importante é a do contorno de grão, que surgem durante o processo de solidificação
do material. Com o resfriamento do material líquido inicia-se a formação dos cristais em diversos
pontos ao mesmo tempo. Nos locais onde esses cristais se encontram, forma-se uma área de
transição com átomos que não pertencem a nenhum dos cristais. Na região dos contornos de grãos a
deformação é mais difícil, pois os planos cristalinos são interrompidos, dificultando o deslizamento.
Por isso a ruptura de um metal, na maioria dos casos, acontece no contorno de grão.
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1.5 - AÇOS
Dentre os elementos utilizados na construção mecânica podemos citar as ligas ferrosas como o
conjunto de maior importância e de mais ampla utilização. Os aços e ferros fundidos, com suas
diversidades de ligas, fornecem uma gama de possibilidades no âmbito da fabricação mecânica. Tanto
os aços quanto os ferros fundidos são ligas nas quais os principais elementos são o ferro e o carbono.
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Além dos aços e ferros fundidos outros metais não ferrosos são muito importantes na construção
mecânica, como o alumínio, o cobre, o bronze e o titânio entre outros.
Dada a grande variedade de tipos de aços, foram criados sistemas para sua classificação. Uma das
classificações mais generalizadas - e que, inclusive, serviu de base para o sistema adotado no Brasil -
é a que considera a composição química do aço e, dentre os sistemas conhecidos, são muito usados os
da "American Iron and Steel Institute - AISI" e da "Society of Automotive Engineers - SAE".
A tabela 7 mostra a designação adotada pela AISI e SAE. As letras XX correspondem às cifras
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indicadoras dos teores de carbono. Assim, por exemplo, a classe 1023 significa aço carbono com
0,23% de carbono em média.
1.5.1 - Inclusões
Essas impurezas normais são o fósforo, o enxofre, o manganês, o silício e o alumínio. A maior parte
delas reage entre si ou com outros elementos não metálicos com o oxigênio e, eventualmente, o
nitrogênio, formando as chamadas "inclusões não-metálicas".
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A formação dessas inclusões se dá, em grande parte, na fase final de desoxidação dos aços. Em
resumo, o efeito dessas impurezas ou inclusões é o seguinte:
2. - Elementos de liga
A introdução de elementos de liga, que não o carbono, nos aços é feita quando se deseja um ou mais
dos seguintes efeitos:
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Os aços podem ser classificados de três modos diferentes: de acordo com sua composição química,
de acordo com sua estrutura e de acordo com sua aplicação.
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seguintes subgrupos:
Aços carbono, ou seja, aqueles em que estão presentes o carbono e os elementos residuais,
manganês, silício, fósforo, enxofre e outros, nos teores considerados normais;
Aços liga, de baixo teor em liga, ou seja, aqueles em que os elementos residuais estão presentes
acima dos teores normais, ou onde ocorre a presença de novos elementos de liga, cujo teor total
não ultrapassa um valor determinado (normalmente até 5,0%). Nestes aços, a quantidade total de
elementos de liga não é suficiente para alterar profundamente as estruturas dos aços
resultantes, assim como a natureza dos tratamentos térmicos a que devam ser submetidos;
Aços liga, de alto teor em liga, em que o teor total dos elementos de liga é, no mínimo, de 10
a 12%. Nessas condições, não só a estrutura dos aços correspondentes pode ser
profundamente alterada, como igualmente os tratamentos térmicos comerciais sofrem
modificações, exigindo
ainda técnica e cuidados especiais e, freqüentemente, operações múltiplas;
Aços liga, de médio teor em liga, que poderiam ser considerados como constituindo um grupo
intermediário entre os dois anteriores.
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Aços resistentes à corrosão (também chamados "inoxidáveis"), com elevados teores de cromo
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ou cromo-níquel;
Aços resistentes ao calor (também chamados "refratários"), caracterizados por apresentarem
elevados teores de cromo e níquel e por possuírem elevada resistência à oxidação pelo calor e por
manterem as propriedades mecânicas a temperaturas acima da ambiente, às vezes, relativamente
elevadas;
Aços para fins elétricos, empregados na fabricação de motores, transformadores e outros tipos
de máquinas e aparelhos elétricos, caracterizados por apresentarem silício em teores acima dos
normais (até 4,75%), ou teores de cobalto (até 50%) ou altos teores de níquel;
Aços para fins magnéticos, com alto teor. de carbono, cromo médio, eventualmente tungstênio
relativamente elevado, eventualmente molibdênio e (os melhores tipos) elevada quantidade de
cobalto (até cerca de 40%); esses aços, quando temperados, apresentam o característico de
imantação permanente;
Aços ultra-resistentes, desenvolvidos principalmente pela necessidade das aplicações da
indústria aeronáutica, mas cuja utilização está se estendendo a outros setores da engenharia;
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Aço inox é o termo empregado para identificar uma família de aços contendo, no mínimo, 11 % de
cromo, que lhes garante elevada resistência à oxidação. O cromo, disperso em todo o material de
forma homogênea, em contato com o oxigênio do ar, forma uma fina camada de óxido na superfície do
aço, contínua e muito resistente, protegendo-o contra ataques corrosivos do meio ambiente.
Este filme protege toda a superfície do aço inox e, de maneira geral, esta resistência aumenta à
medida que mais cromo é adicionado à mistura. Apesar de invisível, estável e com espessura finíssima,
esta película é altamente aderente ao aço inox, defendendo o material contra a ação dos meios
agressivos. Mesmo quando o aço inox sofre algum tipo de dano, sejam arranhões, amassamentos ou
cortes, imediatamente o oxigênio do ar combina-se com o cromo, formando novamente o filme
protetor, recompondo a resistência à corrosão. Esta qualidade é inerente ao aço inox, já que o cromo
faz parte de sua composição química.
Além do cromo, outros elementos são adicionados ao aço inox elevando a sua resistência à corrosão,
tais como o níquel, o molibdênio, o vanádio, o tungstênio e outros. Estes elementos tornam
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o aço inox adequado à múltiplas aplicações, cada uma delas contendo porcentagens específicas destas
substâncias químicas.
A seleção correta do tipo de aço inox e de seu acabamento de superfície é muito importante para
garantir uma longa vida útil. Assim, quanto maior for a agressividade do meio, mais específica deve
ser a dosagem dos elementos químicos e o balanceamento da mistura.
O acabamento superficial e a limpeza do aço são fatores relevantes na sua resistência à corrosão,
pois, quanto mais polido e limpo for o material, menor será a aderência de produtos indesejáveis na
sua estrutura.
Existem diferenças entre as aplicações dos aços inox, e a classificação mais simples e mais usada dos
aços inoxidáveis é baseada na microestrutura que apresentam à temperatura ambiente. Nessas
condições, são considerados os três grupos martensíticos, ferríticos e austeníticos.
2- Depósitos que aderem à sua superfície devem ser removidos, especialmente nas fendas e cantos.
Quando forem usados abrasivos na limpeza, friccionar sempre na direção das linhas de polimento ou
"grão" do aço inoxidável para evitar arranhões. Nunca use palha ou esponja de aço comum no aço
inoxidável. Partículas de ferro da palha ou esponjas de aço feitas de aço carbono podem aderir à
superfície, causando corrosão. Use esponja de aço inoxidável ou escova macia de fibras vegetais.
3- Contatos com metais diferentes devem ser evitados sempre que possível. Isto ajudará a prevenir
corrosão galvânica, quando estão presentes soluções ácidas ou salinas.
5- Deve ser feita uma avaliação de todos os materiais e produtos químicos que estarão em contato
com o aço inoxidável como também uma comparação das propriedades mecânicas e químicas, antes
que a seleção de materiais seja feita.
6 - Não se deve permitir que soluções salinas ou ácidas evaporem e sequem sobre a superfície do aço
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inoxidável. Elas podem causar corrosão. Os vestígios destas soluções devem ser eliminados com
lavagens vigorosas.
7- Corrosão por fadiga deve ser evitada. Esse é o resultado de uma combinação de tensões repetidas
com correntes suaves ou fortes. Usualmente a solução é fazer o equipamento suficientemente forte
para reduzir tensões cíclicas.
8- O contato direto e permanente com certos materiais deve ser evitado, tais como madeira ou aço
carbono. Por exemplo, no revestimento de tanques de madeira com aço inoxidável, a interface entre
os dois materiais deve ser revestida com asfalto ou cromato de zinco para proteção contra corrosão.
9- O equipamento de aço inoxidável não deve ficar em contato com desinfetante ou soluções
esterilizantes por muito tempo. Muitas vezes estas soluções contêm cloretos que podem causar
corrosão por pite. O aço inoxidável deve ser limpo e lavado completamente, após o uso. Algumas
soluções esterilizantes comerciais contém inibidores, diminuindo a ação corrosiva destas soluções.
10- O aparecimento de "ferrugem" nos aços inoxidáveis muitas vezes nos leva a acreditar que os
mesmos estão enferrujando. A fonte pode ser alguma parte de ferro ou aço não inoxidável, tal como
um prego ou parafuso. Uma alternativa é pintar todas as partes de aço carbono com uma camada
grossa de proteção, se as precauções ditas no item 3, não puderem ser totalmente seguidas.
Sabe-se que o ferro fundido é uma liga Fe-C com teor de carbono superior a 2%. Face a influência do
silício nessa liga, sobretudo sob o ponto de vista de sua constituição estrutural, o ferro fundido é
normalmente considerado uma liga ternária Fe-C-Si, pois o silício está freqüentemente presente em
teores superiores aos do próprio carbono. Por outro lado, em função de sua constituição estrutural, o
carbono está geralmente presente, em grande parcela, na forma "livre", ou seja, sob a forma de veios
ou lamelas de grafita, sem formar o composto carboneto de ferro (Fe3C).
Na denominação geral de "ferro fundido", podem ser distinguidos os seguintes tipos de ligas:
Ferro fundido cinzento, cuja fratura mostra uma coloração escura (donde a sua denominação),
caracterizada por apresentar como elementos de liga fundamentais o carbono e o silício e
estrutura em que uma parcela relativamente grande do carbono está no estado livre (grafita
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Esta é, dentre os ferros fundidos, a liga mais usada, devido aos seus característicos de:
Como em todas as ligas metálicas, existe uma correlação íntima entre as propriedades do ferro
fundido e a sua estrutura, correlação essa quem no caso particular do ferro fundido cinzento, é mais
estreita e mais complexa, tendo em vista a presença de carbono livre na forma de grafita, e a forma,
distribuição e dimensões que os veios de grafita apresentam e mais a influência que, nesse sentido, a
espessura da peça exerce.
Os ferros fundidos cinzentos, segundo a ABNT, são designados pelas letras FC, indicativas de ferro
fundido cinzento, seguindo-se dois algarismos representativos do limite mínimo de resistência à
tração, em kgf/mm2.
Dentre as propriedades dos ferros fundidos cinzentos, duas delas destacam-se: a capacidade de
amortecimento e a resistência ao desgaste.
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diminuir o atrito entre partes e diminuir a ação de desgaste. O fator principal, entretanto, está
relacionado com a presença de grafita livre, que tende a adicionar ao material característicos
lubrificantes, contribuindo igualmente para diminuir o atrito entre as partes em contato e evitar o
fenômeno de engripamento, o qual, por sua vez, pode levar à possibilidade de, pelo calor desenvolvido,
ocorrer uma soldagem localizada, com conseqüente arrancamento de partículas, tornando novamente
a superfície áspera.
O ferro fundido é um material que, como se viu, apresenta pouca ou nenhuma ductilidade. Embora de
razoável emprego industrial, as suas características de fragilidade limitam sua utilização em peças
para vários setores importantes da indústria.
Como material alternativo, desenvolveu-se um tipo de ferro fundido branco, o qual, submetido a um
tratamento térmico especial - chamado maleabilização - adquire maleabilidade, ou seja, a liga adquire
ductilidade e torna-se mais tenaz, características que, aliadas à boas propriedades de resistência à
tração, dureza, resistência à fadiga, resistência ao desgaste e usinabilidade, permitiram abranger
outras importantes aplicações industriais.
Por outro lado, em relação ao ferro nodular, ele possui maior capacidade de amortecimento,
condutibilidade térmica mais elevada e melhor usinabilidade.
Em algumas aplicações, como rotores de freios de discos e cabeçotes de motores diesel, ele é
superior tanto ao ferro fundido cinzento quanto ao ferro nodular.
O ferro fundido cinzento é obtido mediante a adição cuidadosamente controlada de magnésio, o qual
atua como inoculante, em técnica semelhante à empregada na produção de ferro nodular. A
quantidade de magnésio deve ser tal a resultar um teor residual desse elemento de 50 a 600 ppm, na
presença de 0,15 a 0,50% de titânio e 10 a 150 ppm de terras raras, como o cério.
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O ferro fundido dúctil ou nodular caracteriza-se pela ductilidade, tenacidade e resistência mecânica.
A característica mais importante, entretanto, relacionada com a resistência mecânica, é o limite de
escoamento que é mais elevado no ferro fundido nodular do que no ferro cinzento, ferro maleável e
mesmo nos aços carbono comuns (sem elementos de liga).
A composição química do ferro fundido nodular é semelhante à dos ferros fundidos cinzentos.
Algumas aplicações para o ferro fundido nodular podem ser citadas: buchas de hastes de válvulas;
válvulas e corpos de bombas, em serviço de petróleo, água salgada e ambiente cáustico; tubos de
escapamento; carcaças de turbo-alimentadores; componentes de compressores de ar; anéis de
mancais para serviços a altas temperaturas, exigindo resistência ao escoriamento.
7. ALUMÍNIO
1. A produção do alumínio
Da mina, a bauxita é enviada à refinaria, onde isola-se o óxido de alumínio, através da retirada dos
outros componentes (óxidos de ferro e de silício). Na refinaria, o minério é misturado com uma
solução de soda cáustica, formando o aluminato de sódio. Depois que o óxido de ferro e outras
impurezas são precipitadas, acrescenta-se cristais de alumínio hidratado. Formam-se cristais
pesados que são posteriormente triturados para expelir a água remanescente, deixando um pó branco
fino chamado alumina, que é encaminhado para a redução. De 4 a 6 toneladas de minério de bauxita
são produzidas 2 toneladas de alumina.
A bauxita é extraída por vários processos, e uma vez extraída ela é aglomerada em partículas muito
pequenas antes do refinamento para recuperar a alumina da qual o alumínio é feito.
A alumina é misturada com criólitos (minerais não metalíferos) em fornos onde são introduzidas
grandes quantidades de eletricidade para transformar a alumina em alumínio e oxigênio. O processo é
contínuo e o metal fundido é extraído dos cadinhos em intervalos regulares.
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As principais características do alumínio são: peso leve aliado a alta resistência, resistência à
corrosão atmosférica e a alguns compostos químicos, excelente condutividade térmica e elétrica,
habilidade de refletir luz e irradiar calor, boa trabalhabilidade e facilidade de soldagem, proteção
atóxica contra umidade e vapor e um bom visual segundo acabamento aplicado.
A combinação destes fatores faz com que o alumínio seja um material muito versátil. Algumas das
milhares de aplicações do alumínio incluem: perfis extrudados para a construção civil, dissipadores de
calor, utensílios domésticos, refrigeradores, motores elétricos e à combustão, baús de caminhões,
tanques, recipientes para alimentos, fios e cabos elétricos, etc.
O alumínio é encontrado numa vasta quantidade de ligas, e pode ser fornecido sob a forma de
lingotes, perfis extrudados, vergalhões, tubos, barras, chapas, placas e folhas finas.
cobre. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 2xxx
manganês . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 3xxx
silício. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 4xxx
magnésio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5xxx
magnésio e silício. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 6xxx
zinco. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..7xxx
outros elementos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . .. 8xxx
série não utilizada. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ., 9xxx
O segundo dígito (xXxx) indica modificações da liga original ou dos limites de impurezas.
Os dois últimos dígitos (xxXX) identificam a liga de alumínio ou indicam a pureza do alumínio. A
tabela 15 apresenta as ligas mais encontradas com suas características e aplicações típicas do
alumínio.
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2014 Elevada resistência mecânica e alta ductibilidade, média Indústria aeronáutica, transporte, máquinas e
resistência à corrosão. Boa usinabilidade. equipamentos.
2017 Boa usinabilidade, alta resistência mecânica e elevada Peças usinadas, indústria aeronáutica, transporte,
ductibilidade. Média resistência à corrosão, boa máquinas e equipamentos.
conformabilidade.
2024 Muito boa resistência mecânica, média resistência à corrosão, Peças usinadas e forjadas, indústria aeronáutica,
boa usinabilidade. transporte, máquinas e equipamentos.
3003 Média resistência mecânica, alta resistência à corrosão, boa Tubos para trocadores de calor (radiadores
conformabilidade, boa soldabilidade. automotivos). Antenas.
4043 Ligas de silício utilizadas em varetas de solda. Soldagem dos grupos de liga 1000, 3000 e 6000.
4047
5052 Boa resistência mecânica, muito boa resistência à corrosão, Estruturas, rebites, carrocerias, equipamentos
boa conformabilidade. industriais.
5336 Resistência mecânica superior ao 5052, alta resistência à Rebites, solda, especialmente 5052 entre si e com
corrosão, boa conformabilidade. ligas dos grupos 1000, 3000 e 6000.
6060 Média resistência mecânica, muito boa resistência à Janelas, portas, aros para bicicletas, móveis,
corrosão, boa conformabilidade, excelente resposta à divisórias, tubos para irrigação, dissipadores de calor.
anodização fosca, natural e colorida.
6061 Boa resistência mecânica, boa resistência à corrosão, Estruturas, construção naval, veículos e rebites.
6063 boa conformabilidade. Média usinabilidade. Média resistência Indústria moveleira. Janelas, portas, fachadas e
mecânica, muito boa resistência à corrosão, boa outros materiais para construção civil, aros para
conformabilidade, excelente resposta à bicicletas, móveis, divisórias, tubos para irrigação.
anodização fosca, natural e colorida.
6082 Alta resistência mecânica, boa resistência à corrosão, Estruturas, carrocerias, embarcações.
6101 boa conformabilidade, boa condutibilidade elétrica, boa Liga especial para fins elétricos e barramentos.
resistência mecânica, boa resistência à corrosão, boa
conformabilidade.
6261 Alta resistência mecânica, boa resistência à corrosão, boa Estruturas, carrocerias, embarcações.
conformabilidade.
6262 Alta resistência mecânica, boa resistência à corrosão, boa Peças usinadas em tornos automáticos, êmbolos
conformabilidade, ótima usinabilidade, apropriada para para freios automotivos.
anodização decorativa.
6351 Boa resistência mecânica, alta resistência à corrosão, Engenharia estrutural, construção de navios, veículos
boa conformabilidade, média usinabilidade. e equipamentos. Peças usinadas em tornos não
automáticos. Forjamento a frio.
6463 Média resistência mecânica, muito boa resistência à Painéis e frisos para eletrodomésticos e automóveis.
corrosão, boa conformabilidade, excelente resposta à
anodização brilhante.
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O alumínio é um metal que apresenta baixa densidade (2.710 kg/m3), aproximadamente 1/3 do aço ou
ferro (7.860 kg/m3). Esta característica é particularmente importante na indústria do transporte:
por exemplo, aviões, automóveis, trens e barcos. Contribui para a economia de energia no transporte,
aumentando a capacidade e a velocidade.
Possui uma excelente resistência à corrosão. Quando exposto ao ar, um fino filme de óxido forma-se
em sua superfície, protegendo-o da corrosão. A anodização pode tornar a resistência à corrosão
ainda mais efetiva. Esta característica é muito utilizada em perfis extrudados, construção civil e
utensílios domésticos.
Devido a sua boa trabalhabilidade é encontrado sob diversas formas, como, por exemplo, folhas
finas, chapas, placas, vergalhões, tubos e cabos. Ainda apresenta excelente usinabilidade e
plasticidade. É considerado o melhor material para extrusão de perfis complexos.
Por si só o alumínio é atóxico e inodoro. Sua superfície é lisa, fácil de ser lavada, além de ser
higiênica, pois, germes não se desenvolvem nela. Por isso, é utilizado em latas de bebida, pacotes .de
alimento, utensílios de cozinha, e na indústria leiteira e de pesca.
Embora o aço torne-se frágil a baixas temperaturas, o alumínio aumenta sua resistência mecânica e
mantém excelente qualidade.
As superfícies das peças em alumínio podem ser facilmente tratadas química ou eletroquimicamente
ou ainda pintadas. Sobretudo, o tratamento de anodização aumenta consideravelmente a resistência
à corrosão, além de possibilitar uma vasta gama de cores no acabamento.
A condutividade térmica do alumínio é aproximadamente três vezes a do aço, sendo muito utilizado
em utensílios de cozinha, ar-condicionados, trocadores de calor industriais e peças de motores de
automóveis. Tem sido utilizado também em equipamentos para economia de energia como coletores
de luz solar.
É economicamente reciclável, pois necessita apenas de 1/28 da energia necessária para transformar
o minério em alumínio.
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Educação Profissional
1.7.4. Anodização
A capacidade do alumínio ser submetido à anodização torna-o um metal muito importante. O fato dele
poder tornar-se atrativo e durável, com um acabamento resistente, faz possível explorar sua
resistência e leveza num grande número de aplicações, particularmente na construção civil.
A menos que seja severamente deformado ou seja submetido a tensões devido a excessivas variações
de temperatura, a película anódica não irá lascar-se, descascar-se ou quebrar-se. Com a anodização
convencional de ácido sulfúrico, a liga anodizada geralmente produz uma película clara, dura e
extremamente resistente à corrosão capaz de ser colorida.
Importante salientar que anodização, nada mais é que oxidar o alumínio aceleradamente, daí a
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importância da liga do material, todos os metais que fazem parte da liga também sofrerão oxidação,
que é benéfica apenas para o alumínio. A selagem é a etapa final do processo, e de extrema
importância quando se provoca o fechamento da porosidade da camada, tornando-a mais resistente e
protegida contra corrosão.
Quando a superfície anodizada é deteriorada, ainda é possível restaurar os efeitos através do uso de
solventes como querosene ou aguarrás em conjunto com uma esponja doméstica macia. O uso de
abrasivos fortes danificarão o filme ao invés de repará-los.
O alumínio possui beleza e brilho naturais. Sua superfície pode ser tratada de várias formas,
produzindo diferentes efeitos, e, nas mãos de arquitetos habilidosos, pode criar excelentes efeitos
e contrastes com outros materiais.
O acabamento superficial do alumínio pode ser danificado por cuidados impróprios, e a proposta
desta seção é resumir os métodos de manutenção dos elementos de alumínio após sua montagem.
Deve-se sempre procurar os métodos mais brandos de limpeza, particularmente para superfícies
anodizadas.
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Água pura;
Sabão ou detergente neutro;
Solventes de limpeza, como querosene, aguarrás ou álcool;
Limpadores químicos não corrosivos;
Cera polidora;
.Cera abrasiva;
Limpador abrasivo.
Depois de realizada a limpeza, deve-se lavar a superfície com água em abundância e secá-la com uma
flanela, prevenindo o surgimento de estrias.
No uso de abrasivos a aparência do acabamento superficial irá mudar.
Com limpezas regulares das superfícies, através dos processos corretos, obter-se-á uma
elevada durabilidade do produto.
A história do cobre remonta ao 10° milênio a.C. Por mais de 5 mil anos ele foi o único metal conhecido
pelo homem. Vestígios em escavações arqueológicas demonstram a sua utilização sob diversas formas
desde essa época.
O cobre bruto, o metal puro encontrado em seu estado metálico, foi utilizado pela primeira vez no
período de transição entre a Idade da Pedra e a Idade do Metal, no chamado período neolítico.
Primeiramente, como substituto da pedra como ferramenta de trabalho e arma, o cobre tornou-se -
pela sua resistência - uma descoberta fundamental na evolução humana.
Romanos, babilônios, egípcios, incas, índios, persas e outros povos da antigüidade utilizaram-no
intensamente na forma de instrumentos de trabalho, adornos pessoais e artigos domésticos.
Apesar de sua ancestralidade, o cobre manteve - aliado aos metais mais novos - um papel
predominante na evolução da humanidade, sobrevivendo em suas principais características em todas
as fases das revoluções tecnológicas pelas quais o ser humano já passou. Mais recentemente, o cobre
tornou-se o metal da Era Elétrica, em função de suas características físicas e mecânicas.
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O cobre é um recurso abundante e uma das mais reutilizáveis matérias-primas que se conhecem.
Entre os vários metais disponíveis para realizar as instalações hidráulicas, o cobre foi um dos
primeiros. Em escavações arqueológicas, foram encontradas tubulações de cobre que datam da Idade
do Bronze. Embora produzidas com os meios rudimentares desse período, depois de 4 mil anos ainda
se encontram surpreendentemente em boas condições.
O cobre é necessário para a vida humana, sendo absorvido pelo homem através dos alimentos, onde é
encontrado em proporções variáveis. A quantidade média de cobre ingerida na alimentação diária
humana é de 4,5 mg/kg.
Além do cobre, suas ligas como o latão e o bronze são de grande importância na mecânica.
1.8.1. Cobre
O cobre é um metal vermelho - marrom, que apresenta ponto de fusão correspondente a 1.083 °C e
densidade correspondente a 8,96 g/cm3 (a 20°C), sendo, após a prata, o melhor condutor de calor e
de eletricidade. Devido a sua baixa resistividade elétrica, uma de suas principais utilizações é na
indústria elétrica.
O cobre apresenta também excelente deformabilidade.
Possui boa resistência à corrosão atmosférica: exposto à ação do ar, ele fica, com o tempo,
recoberto por um depósito esverdeado.
A oxidação, sob a ação do ar, começa em torno de 500°C. Não é atacado pela água pura.
Por outro lado, ácidos, mesmo fracos, atacam o cobre na presença do ar.
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Cobre refinado a Fundido a partir do Embora contendo maior teor de impurezas, as aplicações
fogo tenaz tipo anterior, são mais ou menos semelhantes às anteriores no campo
(Cu FRTP) contendo de 99,80% mecânico, químico e construção civil; na indústria elétrica,
a 99,85% no mínimo esse tipo de cobre pode ser aplicado somente quando a
de cobre (incluída a prata). condutibilidade elétrica exigida não for muito elevada.
Cobre desoxidado Obtido por vazamento em É utilizado principalmente na forma de tubos e chapas, em
com fósforo, de molde, isento de equipamento que conduz fluidos, tais como evaporadores e
baixo teor de óxido cuproso por trocadores de calor, tubulações de vapor, ar, água fria ou
fósforo desoxidação com quente e óleo; em tanques e radiadores de automóveis; em
(Cu DLP) fósforo, com um teor destiladores, caldeiras, autoclaves, onde se requer
mínimo de 99,90% de cobre soldagem, em aparelhos de ar condicionado.
(e prata) e teores residuais
de fósforo (entre 0,004 e
0,012%)
Cobre desoxidado Obtido como o Aplicações praticamente semelhantes às do tipo anterior.
com fósforo, de alto anterior, com teor
teor de fósforo mínimo de cobre (e
(Cu DHP) prata) de 99,80% ou
99,90% e teores
residuais de fósforo
(entre 0,015 e
0,040%).
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1.8.1.1. Latões
Os latões comuns são ligas de cobre-zinco, podendo conter zinco em teores que variam de 5 a 50%, o
que significa que existem inúmeros tipos de latões. As ligas são denominadas, por exemplo, cobre-
zinco 90-10, o que significa 90% de cobre e 10% de zinco.
À medida que o teor de zinco aumenta, ocorre também uma diminuição da resistência à corrosão em
certos meios agressivos, levando à "dezinficação", ou seja, corrosão preferencial do zinco.
No estado recozido, a presença do zinco até cerca de 30% provoca um ligeiro aumento da resistência
à tração, porém a ductilidade aumenta consideravelmente.
A tabela 18 apresenta suas principais aplicações.
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Também chamado de metal Muntz - esta liga de duas fases presta-se muito bem a
deformações mecânicas a quente. É geralmente utilizada na forma de placas, barras e
Cobre-zinco 60-40 perfis diversos ou componentes forjados para a indústria mecânica; na indústria
química e naval, emprega-se na fabricação de tubos de condensadores e trocadores
de calor.
1.8.1.2. Bronzes
Nos bronzes comerciais o teor de estanho varia de 2 a 10%, podendo chegar a 11 % nas ligas para
fundição.
À medida que aumenta o teor de estanho, aumentam a dureza e as propriedades relacionadas com a
resistência mecânica, sem queda da ductilidade. Essas ligas podem, geralmente, ser trabalhadas a
frio, o que melhora a dureza e os limites de resistência à tração e escoamento.
As propriedades são ainda melhoradas pela adição de até 0,40% de fósforo, que atua como
desoxidante; nessas condições, os bronzes são chamados fosforosos.
Nos teores de utilização usuais, dependendo das condições de resfriamento, a estrutura apresenta
uma única fase, que corresponde a uma solução sólida de estanho em cobre. Os bronzes possuem
elevada resistência à corrosão, o que amplia o campo de seu emprego.
Devido a sua boa condutibilidade elétrica e melhor resistência mecânica que o cobre, é
empregado em contatos, componentes de aparelhos de telecomunicação, molas condutoras,
CuSn 98-2
etc.; em construção mecânica, como parafusos com cabeça recalcada a frio, tubos flexíveis,
rebites, varetas de soldagem, etc.
Utilizado em arquitetura; em construção elétrica, como molas e componentes de
CuSn 96-4 interruptores, chaves, contatos e tomadas; na construção mecânica, como molas, diafragmas,
parafusos com cabeça recalcada a frio, rebites, porcas, etc.
Em tubos para águas ácidas de mineração, componentes para as indústrias têxteis, químicas e
CuSn 95-5
de papel; molas, diafragmas, parafusos, porcas, rebites, varetas e eletrodos de soldagem, etc.
Mesmas aplicações anteriores em condições mais críticas, devido a sua maior resistência à
CuSn 94-6
fadiga e ao desgaste.
Melhor resistência à fadiga e ao desgaste. Além das aplicações da liga anterior, emprega-se
CuSn 92-8
em discos antifricção, devido a suas características.
É a liga, entre os bronzes, que apresenta as melhores propriedades mecânicas, sendo por isso
CuSn 90-10
a mais empregada. Entre algumas aplicações típicas incluem-se molas para serviços pesados.
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Algumas delas apresentam uma outra característica importante que é a resistividade elétrica
praticamente independente da temperatura, donde suas aplicações em resistências elétricas.
O teor de níquel varia, em média, de 5 a 45%; o manganês pode estar presente até cerca de 2,0%,
assim como o ferro até 2,0%.
À medida que aumenta o teor de níquel, elevam-se as propriedades relacionadas com a resistência
mecânica, como limite de escoamento e limite de resistência à tração, assim como a dureza e o limite
de fadiga. A ductilidade é pouco afetada.
A tabela 22 apresenta as principais aplicações das ligas cupro-níquel.
Tabela 22 - Principais aplicações das ligas cupro-níquel.
São muito resistentes à corrosão e caracterizam-se pela cor esbranquiçada, tornando-se mais
brilhantes e decorativas com os maiores teores de níquel, de modo que entre suas aplicações típicas
incluem-se objetos de cutelaria e decorativos, molas de contato de equipamentos elétricos e
telefônicos.
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5. Ligas cobre-alumínio
Contém alumínio de 5 a 10% em média, podendo ainda apresentar níquel até 7%, manganês até 3,0%,
ferro até 6% e, eventualmente, arsênio até 0,4%.
Todas as ligas cobre-alumínio possuem geralmente boa resistência à corrosão.
6. Ligas cobre-berílio
São ligas que podem ser tratadas termicamente através de endurecimento por precipitação. O teor
de berílio varia de 1,6 a 2,7%, podendo conter pequenas quantidades de cobalto, níquel e ferro.
Depois de solubilizadas podem ser conformadas a frio.
7. Ligas cobre-silício
O teor de silício é no máximo de 3,0% para as ligas a serem conformadas, podendo, contudo, chegar a
5% nas ligas fundidas. Essas ligas podem ainda conter pequenos teores de zinco, ferro e manganês.
Sua resistência mecânica é superior à do cobre.
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9. OUTROS MATERIAIS
1. Chumbo
O chumbo, um dos metais mais antigos conhecidos pelo homem, possui uma densidade de 11.340
kg/m3 a 20 °C e um ponto de fusão equivalente a 327ºC.
Apresenta baixa resistência mecânica, é muito mole, muito maleável e deformável e resistente à
corrosão. Sua cor é cinza-azulada, devido a uma repentina formação de uma película superficial de
óxido e carbonato. Sua resistência à corrosão é elevada, inclusive sob a ação de certos ácidos, como
o sulfúrico.
Devido a essas propriedades, o chumbo e suas ligas são utilizados em aplicações tais como:
revestimento de cabos elétricos, de modo a evitar que a umidade do meio ambiente atinja o núcleo
isolante do cabo; como solda; em tubos de água; em placas de acumuladores ou baterias; em ligas para
mancais; em placas protetoras contra a ação de raios X e raios gama; como revestimento protetor e
impermeabilizante em relação às intempéries; em aplicações químicas como aditivo de petróleo,
pigmentos de tintas, em vidraria, aplicações de inseticidas, etc.
Uma outra aplicação importante do chumbo é como metal-base para mancais. As ligas de chumbo para
mancais são conhecidas comercialmente com o nome de "metais babbitt".
1.9.2. Estanho
O ponto de fusão do estanho é 232 °C; seu peso específico é 7.300 kg/m3. Apresenta coloração
branca prateada com tintura levemente amarelada.
É mole, dúctil e maleável; possui baixa resistência mecânica e elevada resistência à corrosão.
É empregado na forma de folhas, chapas e fios estanhados e como elemento básico de certas ligas,
como algumas para mancais e soldas, ou como elemento secundário de ligas importantes, como os
bronzes.
elevada resistência à corrosão, de modo que seu uso em latas ou recipientes para embalagens de
produtos alimentícios é generalizado.
O estanho possui ainda grande ductilidade e boa soldabilidade.
Outra aplicação do estanho é feita, devido a seu baixo ponto de fusão, em dispositivos de segurança
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3. Zinco
Possui alta resistência à corrosão, porque a umidade do ar produz espontaneamente uma película
protetora de hidrocarbonato; é muito maleável entre 100 e 150°C e pode ser laminado em chapas e
estirado em fios. Possui boa usinabilidade e coloração branca azulada.
É atacado pelos ácidos usuais e por soda.
Uma aplicação muito importante corresponde às ligas para fundição sob pressão, conhecidas com o
nome de "Zamac". Os elementos de liga usuais são alumínio, cobre e magnésio. As ligas Zamac
apresentam baixo ponto de fusão (cerca de 385°C), boa fluidez, boas propriedades mecânicas, boa
usinabilidade, além de poderem ser facilmente revestidas por eletrodeposição (cobreação, niquelação
e cromação) ou por tintas e vernizes.
4. Níquel
Seu ponto de fusão é 1.455 °C e o peso específico 8.880 kg/m3. Apresenta coloração branca com
tintura acinzentada. Possui excelente resistência à corrosão, é maleável, podendo ser facilmente
trabalhado, inclusive por deformação a frio, o que melhora sua resistência. Muito tenaz; não é
tratável termicamente. Possui razoável usinabilidade. Sob muitos aspectos, assemelha-se ao aço meio
duro.
Suas principais aplicações são feitas como revestimento protetor do aço (niquelação) e como
elemento de liga nos produtos siderúrgicos.
Entre as ligas à base de níquel, destaca-se a denominada metal Monel, contendo 60 a 70% de níquel,
29% de cobre e traços de ferro, silício, enxofre, carbono e manganês.
O metal Monel é tenaz, possui resistência mecânica superior à do aço de médio carbono e excelente
resistência à corrosão. Por esses motivos é empregado em equipamento hospitalar, equipamento para
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a indústria química, farmacêutica, têxtil, elétrica, marítima, papel, para manuseio de alimentos,
válvulas para vapor e aplicações semelhantes.
Existe um tipo de metal Monel, indicado pela letra "K" contendo 66% de níquel, 29% de cobre e 3%
de alumínio, utilizado em aplicações industriais onde se deseja alta resistência mecânica e à corrosão,
sobretudo em grandes seções e em componentes não magnéticos para aviões, em varetas para
bombas, molas, eixos, etc.
Outras ligas importantes de níquel, como Inconel, Hastelloy, Ni-Cr, etc., são empregadas na
confecção de partes sujeitas a temperaturas elevadas.
5. Magnésio
Pertence ao grupo dos chamados metais leves, pois seu peso específico é 1.740 kg/m3. Seu ponto de
fusão é de 650°C e sua cor é branco prateado. É um metal relativamente mole e maleável, porém sua
ductilidade é baixa, assim como sua resistência mecânica e sua tenacidade. Resiste à ação dos álcalis.
Pode ser forjado, extrudado, laminado, fundido em areia, em molde permanente e sob pressão.
Apresenta boa usinabilidade.
6. Titânio
Esse metal, já chamado de metal do futuro, possui densidade de 4.500 kg/m3 e ponto de fusão de
1.668 oCo Caracteriza-se por excelente resistência à corrosão, sendo o único metal realmente imune
à ação corrosiva da água do mar, o que o torna indicado em aplicações da indústria naval e em
condições de resistência à ação de soluções cloradas e de cloretos químicos, donde suas
possibilidades de emprego na indústria petroquímica.
Do mesmo modo resiste bem à ação dos ácidos nítrico, crômico e sulfúrico, a frio e a quente, mesmo
em altas concentrações.
Devido a seu alto ponto de fusão, embora menos que o dos metais chamados "refratários", o titânio
apresenta boa estabilidade a temperaturas relativamente elevadas, não se modificando praticamente
a estabilidade da estrutura cristalina, a essas temperaturas, sobretudo se certos elementos de liga
forem introduzidos.
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Assim, certas ligas de titânio mantêm satisfatória resistência mecânica e boa resistência à oxidação
a 530°C, por períodos longos e a 760°C, por períodos curtos, como pode ocorrer no caso de mísseis.
Também a baixas temperaturas, o titânio é muito estável, o que o torna recomendável na fabricação
de recipiente para produtos químicos a temperaturas abaixo de zero.
Suas principais aplicações são em estruturas e chapas para fuselagens de aviões e aplicações
análogas, caixas de compressores de turbinas à gás e caixas de palhetas diretrizes de turbinas.
O titânio, metal relativamente abundante na crosta terrestre, embora ainda de custo elevado devido
às técnicas empregadas na sua produção, possui de fato, sobretudo quando ligado, qualidades
excepcionais de resistência mecânica, resistência à corrosão e peso específico (relativamente baixo)
que o indicam como um material cuja aplicação crescerá continuamente, sobretudo na indústria
aeronáutica e de mísseis, onde aqueles requisitos são fundamentais.
1.10. PLÁSTICOS
Os materiais plásticos são hoje utilizados para a produção de uma gama variada de artigos de forma
geométrica variada, suprindo os mais diversos requisitos funcionais de uma maneira eficaz e
econômica. Nessas condições, eles têm deslocado materiais mais "clássicos", como metais, vidro e
madeira, tornando-se o material de nossos dias.
A palavra "plástico" é um termo geral que significa "capaz de ser moldado". Os materiais comumente
designados como plásticos não têm necessariamente essa propriedade, mas a exibiram em algum
momento de sua fabricação, quando, então, foram moldados. Outros materiais, como o aço ou o vidro,
contudo, também apresentam essa característica, e não são considerados como "materiais plásticos".
Existe, portanto, uma certa arbitrariedade na conceituação desse tipo de material e, via de regra,
adota-se a seguinte definição:
"Materiais plásticos são materiais artificiais, geralmente de origem orgânica sintética, que, em algum
estágio de sua fabricação, adquiriram condição plástica, durante a qual foram moldados, geralmente
com a ajuda de calor e pressão e, muitas vezes, com o emprego de moldes."
Materiais artificiais são provenientes de misturas e reações, sendo distintos dos materiais de
ocorrência natural (madeira, areia, minérios). Materiais de origem orgânica sintética resultam de
processos químicos e sínteses à partir de matérias primas orgânicas simples.
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O componente básico dos plásticos é uma resina, um material que pode amolecer e escoar, que
adquire moldabilidade, e que é elaborada por processos de síntese química, conhecidos como reações
de polimerização.
1. Resinas Termoplásticas
São aquelas que não sofrem deformação permanente com o aquecimento. Elas amolecem e,
eventualmente, fundem, podendo ser conformadas numa configuração que é retida ao se resfriar a
resina. Um objeto feito com resina termoplástica pode ser remoldado em outro. O método clássico
de conformação dessas resinas é a moldagem por injeção, em que o material fundido é forçado ao
interior de um molde frio, onde então endurece, semelhante ao que ocorre na fundição sob pressão
de metais.
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complexos irreversíveis. Após a cura o material não pode mais ser reconformado ou moldado.
2. Polímeros e polimerização
Por reações de polimerização entendem-se aquelas em que produtos simples (monômeros) reagem
entre si, combinando suas moléculas e formando moléculas maiores, caracterizadas pela repetição de
uma unidade básica ("mero"). Por essa razão, os produtos desse tipo de reação são também
conhecidos como polímeros. O número de vezes que se repete a unidade básica na molécula do
polímero representa o grau de polimerização. Via de regra, maiores graus de polimerização
asseguram melhores propriedades físicas do produto e, por isso, o objetivo da produção de polímeros
para materiais plásticos será, em geral, o de obter os chamados altos polímeros.
Por essas razões as resinas termoplásticas são também conhecidas como polímeros lineares, e as
termoestáveis como polímeros em cadeia.
3. Resinas vinílicas
1. Polietileno (PE)
O polietileno é um termoplástico tenaz e coriáceo, com aparência untuosa, usado na confecção de
brinquedos, filmes para embalagens, isolantes flexíveis para cabos elétricos e recipientes produzidos
por extrusão, injeção ou sopro. É conhecido por suas designações comerciais: Alathon (Dow
Chemical), Alkathene (ICI), Polythene (Estados Unidos). Pode ser produzido numa gama de
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qualidades, com alta resistência elétrica, elevada maciez ou outra propriedade especial.
É obtido pela polimerização do etileno. Através de seu processo de produção, podem ser obtidas
diferentes densidade para o polietileno. O polietileno de baixa densidade é mais flexível e tenaz,
além de menor resistência mecânica que um polietileno de alta densidade.
2. Polipropileno (PP)
Desenvolvimento mais recente da família do polietileno, apresenta propriedades similares ao mesmo,
mas com menor densidade e maior resistência ao calor. É obtido pela polimerização do propileno. Sua
temperatura de amolecimento é da ordem de 160°C, mais elevada que a dos polietilenos. Sua alta
cristalinidade lhe confere elevada resistência mecânica, rigidez e dureza, que se mantém a
temperaturas relativamente elevadas. Por isso, e dado seu menor custo, vem substituindo o
polietileno em várias aplicações.
Como o polietileno, o PVC é quase que completamente resistente à água e praticamente imune às
soluções aquosas e às soluções corrosivas para decapagem. Como outros produtos orgânicos, porém, o
PVC é susceptível ao ataque de solventes orgânicos de natureza similar, como os hidrocarbonetos
clorados. O ataque se dá pela penetração do solvente e conseqüente inchamento do plástico.
Apresenta relativa resistência à combustão (queima sob incidência de chama, mas não sustém a
combustão por si só). É mais duro e menos cristalino que o polietileno.
A resina pura de PVC tende a decompor-se lentamente ante prolongada exposição à luz e ao calor
moderado, especialmente em presença de traços de ferro ou zinco, que atuam como catalisadores. A
decomposição é acompanhada pela formação de HCI, que também catalisa a reação. A presença de
materiais alcalinos atua como estabilizador, inibindo essa decomposição. A adição de óleo mineral (1 a
2%) atua como lubrificante, impedindo a colagem da resina sobre as superfícies metálicas quando em
processamento. Mesmo assim o PVC é bastante difícil de trabalhar e é normalmente empregado com
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a adição de plastificantes.
O PVC sem plastificantes é usado como revestimento em instalações químicas, em substituição ao aço
inoxidável, com economia de custo e melhor adaptabilidade a formas complexas. Pode, também, ser
obtido em forma de chapas, tubos e barras, que podem ser usinadas em condições similares aos
metais leves, mas com eficiente refrigeração, já que o material, quando superaquecido, libera HCI,
prejudicando a ferramenta.
Não é atacado pela água nem por soluções aquosas de ácidos. Estranhamente, porém, é permeável ao
vapor d'água e a outros gases; é atacado por óleos e solventes orgânicos.
Pode ser moldado por injeção ou por extrusão. É também usado na forma de espuma rígida, em que
bolhas diminutas de gás reduzem a densidade a apenas 2 a 3% do valor original; é um isolante térmico
para baixas temperaturas, imune ao apodrecimento, à decomposição ou aos efeitos da umidade.
4. Resinas acrílicas
2. ABS
É um copolímero do acrilonitrilo, do butadieno e do estireno, desenvolvido pela Bayer na Alemanha.
Sua temperatura de amolecimento está na faixa dos 80 a 105°C. Tem elevada estabilidade às
intempéries e aos produtos químicos, e amplas possibilidades de conformação, associadas a elevada
resistência mecânica.
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1. Celulose Regenerada
Extrudada através de uma fenda fornece o material conhecido como celofane, utilizado em
embalagens de produtos alimentícios.
As fibras da celulose regenerada constituem o raion que é, possivelmente, a mais importante de
todas as fibras sintéticas.
2. Nitrato de Celulose
É o mais antigo dos plásticos que se conhece, sendo obtido pelo tratamento da celulose por ácido
nítrico, sob condições controladas. O grau de nitratação pode ser variado, obtendo-se explosivos ou
um material plástico instável de difícil conformação, dada a facilidade da ignição do material; não
pode, por isso, ser moldado por injeção ou compressão.
É utilizado na moldagem por sopro de brinquedos, chocalhos e bolas de pingue-pongue. As peças assim
produzidas são tenazes e resistentes, mas susceptíveis a amolecer com o tempo e a empenar.
Esse polímero serve para a produção de uma fibra, conhecida simplesmente como "acetato", que é
levemente menos tenaz que o raion, mas que absorve menos água e mantém melhor a resistência
quando molhada.
6. Resinas fluorocarbonadas
Importante família de termoplásticos cujo elemento mais ativo é o flúor, ao invés do carbono,
apresentando, por isso, maior estabilidade química.
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A temperatura limite de serviço do PTFE excede à de qualquer plástico carbonado. Pode suportar
temperaturas continuadas de até 200°C e em curtos intervalos de até 330 oCo A falha térmica pode
ocorrer por deformação excessiva, degradaçã.o da resina ou despolimerização, que libera
tetrafluoreto de carbono, CF 4, e gás carbônico, ambos gases venenosos.
Mantém sua flexibilidade a temperaturas sub-zero e é inerte à ação de reagentes químicos (exceto o
flúor e poucos outros), razão porque é usado para assentos de válvulas, diafragmas e elementos de
bombas que processam produtos químicos.
7. Poliamidas
1. Náilon (Polihexametilenoadipamida)
É obtido através da reação do ácido adípico e da hexametilenodiamina. É uma resina dura e
translúcida. É utilizado na produção de engrenagens, mancais e peças obtidas por moldagem direta ou
usinagem, apresentando características autolubrificantes e baixo nível de ruído.
8. Poliuretanos
Espumas rígidas de poliuretano são empregadas como isolantes térmicos. Espumas ou esponjas
flexíveis são usadas em embalagens e estofamentos.
São os mais antigos dos plásticos sintéticos, sendo conhecidos popularmente como baquelite. São
também os mais baratos, daí seu uso difundido para artigos de consumo, como manípulos de
ferramentas e utensílios, chaves e interruptores elétricos, ligantes para rebolos, moldes de fundição
e como espumas para embalagens.
10. Silicones
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Os plásticos possuem limitações de temperatura que Ihes são inerentes. Uma alternativa nesse
sentido está na substituição do carbono pelo silício na estrutura molecular dos polímeros.
Podem ser obtidos na forma de resinas, líquidos, vernizes e borrachas, todos caracterizados pela
maior resistência térmica relativamente aos plásticos orgânicos. São, porém, mais caros, só sendo
usados quando se desejam características não obteníveis por outros meios.
Os cerâmicos constituem um grupo muito extenso de materiais para fins de construção e industriais.
De um modo geral, as principais características dos materiais cerâmicos são as seguintes:
São de natureza cristalina; contudo, como o número de elétrons livres é pequeno sua
condutibilidade elétrica é nula ou muito pequena;
Seu ponto de fusão é elevado, o que os torna refratários, ou seja, apresentam estabilidade a
temperaturas elevadas;
Possuem grande resistência ao ataque químico;
São muito duros, os mais duros entre os materiais industriais; são igualmente frágeis.
Os componentes dos materiais cerâmicos são elementos metálicos, como o alumínio, silício. magnésio,
berílio, titânio e boro e não metálicos como oxigênio. carbono e nitrogênio.
Por outro lado, os cerâmicos podem ser constituídos de uma única fase.
1.11.1. Propriedades
Os materiais cerâmicos são frágeis e sua resistência à tração é baixa, raramente ultrapassando 17
kgf/mm2. Sua resistência à compressão é. contudo, muito mais elevada, cinco a dez vezes maior que a
resistência à tração.
Devido a sua fragilidade, não apresentam ductilidade e, por isso mesmo, suas resistência ao choque é
baixa. São extremamente rígidos.
Como são muito duros, são muito úteis para peças resistentes ao desgaste, para abrasivos, e
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ferramentas de corte,
Seu ponto de fusão é muito elevado: a alumina. por exemplo. funde a temperaturas acima de 1.900ºC.
A condutibilidade térmica varia muito entre os vários grupos, dependendo da composição, estrutura
cristalina e textura. As estruturas cristalinas simples apresentam geralmente maior condutibilidade
térmica.
A dilatação térmica varia igualmente conforme os tipos, mas é baixa quando comparada com metais e
materiais plásticos.
Todos os materiais cerâmicos possuem excelente resistência à ação de agentes químicos. Assim, são
relativamente inertes a todas as substâncias químicas, exceto ácido hidrofluorídrico e algumas
soluções cáusticas quentes. Não são afetados por solventes orgânicos.
Não são condutores de eletricidade.
A densidade é comparável à dos grupos de metais leves, variando de 2 a 3 g/cm3.
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UNIDADE 2
2 - CONTROLE DIMENSIONAL
1ª TRANSFORMAÇÃO
Quando o número for fracionário, multiplica-se 25,4 mm pelo numerador da fração e divide-se o
resultado pelo denominador.
Ex.: Transformar 5/8” em milímetro. 25,4
x 5
25,4 x 5 = 15,875 mm
127,0 8
8
47 15,875
70
60
40
0
1 3” = 1x4+3 = 7 -
4 4 4
7 = 25,4 x 7 = 44,45 mm
4 4
__ _ _ _ 47
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2ª TRANSFORMAÇÃO
3ª TRANSFORMAÇÃO
4ª TRANSFORMAÇÃO
__ _ _ _ 48
Educação Profissional
Para se transformar sistema inglês decimal em ordinário, multiplica-se valor em decimal por uma das
divisões da polegada, dando-se para denominador a mesma divisão tomada, simplificando-se a fração,
quando necessário.
0,3125” x 128 = 40 -
128 128
0,3125
x 128
–
25000
6250
3125
40,0000 -
Com os dois tipos de transformação de medidas apresentados nesta folha, completamos o total dos
seis mais freqüentemente utilizados pelo Inspetor de Medição.
5ª TRANSFORMAÇÃO
6ª TRANSFORMAÇÃO
__ _ _ _ 49
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1 mm = 0,03937
__ _ _ _ 50
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__ _ _ _ 51
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2.2 - ESCALA
O mais elementar instrumento de medição utilizado nas oficinas é a régua graduada (escala). É usada
para tomar medidas lineares, quando não há exigência de grande precisão. Para que seja completa e
tenha caráter universal, deverá ter graduações do sistema métrico e do sistema inglês (fig. 1).
1. - Sistema métrico
2. - Sistema inglês
Figura 1
__ _ _ _ 52
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__ _ _ _ 53
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__ _ _ _ 54
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5. - Conservação
3. - GRADUAÇÃO DA ESCALA
__ _ _ _ 55
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Observação: Operando com frações ordinárias, sempre que o resultado é numerador par, devemos
simplificar a fração.
Exemplo: 1 + 1 = 2 - Simplificando, teremos: = 2 (2) = 1 -
4 4 4 4 (2) 2
1 + 1 = 2 (2) = 1 ; 1 + 1 + 1 = 3
-
8 8 8 (2) 4 8 8 8 8
1 + 1 + 1 + 1 = 4 (2) = 2 (2) = 1
-
8 8 8 8 8 (2) 4 (2) 2
__ _ _ _ 56
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1 METRO = 10 DECÍMETROS
1m = 10dm
1 DECÍMETRO = 10 CENTÍMETROS
1 dm = 10cm
1 CENTÍMETRO = 10 MILÍMETROS
1 cm = 10 mm
Figura 22
1cm : 10 = 1mm
A distância entre traços = 1mm
Figura 23
Figura 24
__ _ _ _ 57
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2.4 - PAQUÍMETRO
Utilizado para a medição de peças, quando a quantidade não justifica um instrumental específico e a
resolução requerida não desce a menos de 0,02mm, 1” e 0,001”(fig.1).
128
Figura 1
É um instrumento finamente acabado, com as superfícies planas e polidas. O cursor é ajustado à
régua, de modo que permita a sua livre movimentação com um mínimo de folga. Geralmente é
construído de aço inoxidável, e suas graduações referem-se a 20°C. A escala é graduada em
milímetros e polegadas, podendo a polegada ser fracionária ou milesimal. O cursor é provido de uma
escala, chamada nônio ou vernier, que se desloca em frente às escalas da régua e indica o valor da
dimensão tomada.
__ _ _ _ 58
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___________________________________________________ 59
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__ ________________________________________ _ _ 60
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Figura 2
Tomando o comprimento total do nônio, que é igual a 9mm (fig. 2), e dividindo pelo nº de divisões do
mesmo (10 divisões), concluímos que cada intervalo da divisão do nônio mede 0,9mm (fig. 3).
NÔNIO
9mm : 10 = 0,9mm
Figura 3
Observando a diferença entre uma divisão da escala fixa e uma divisão de nônio (fig. 4), concluímos
que cada divisão do nônio é menor 0,1mm do que cada divisão da escala fixa. Essa diferença é também
a resolução máxima fornecida pelo instrumento.
ESCALA
NÔNIO 1mm - 0,9mm = 0,1mm
Figura 4
Assim sendo, se fizermos coincidir o 1º traço do nônio com o da escala fixa, o paquímetro estará
aberto em 0,1mm (fig. 5). Coincidindo o 2º traço com o 0,2mm (fig. 6). O 3º traço com 0,3mm (fig. 7)
e assim sucessivamente.
__ _ _ _ 61
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Figura 5 Figura 6
Figura 7
a = resolução
e = menor valor da escala principal (fixa)
Exemplo (fig. 8)
e = 1mm
n = 20 divisões
a = 1mm = 0,05mm
20
Figura 8
Observação: O cálculo da resolução obtido pela divisão do menor valor da escala principal pelo
__ _ _ _ 62
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número de divisões de nônio, é aplicado a todo e qualquer instrumento de medição possuidor de nônio,
tais como: paquímetros, micrômetros, goniômetro, etc.
a) paralaxe;
b) pressão de medição
2.4.3.1 – Paralaxe
O cursor onde é gravado o nônio, por razões técnicas, tem uma espessura mínima a. Assim, os traços
de nônio TN são mais elevados que os traços da régua TM (fig. 9).
Figura 9
Figura 10
A maioria das pessoas possuem maior acuidade visual em um dos olhos, o que provoca erro de leitura.
Recomenda-se a leitura feita com um só olho, apesar das dificuldades em encontrar-se a posição
certa.
__ _ _ _ 63
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Figura 11 Figura 12
Dos diversos tipos de paquímetros existentes, mostramos alguns exemplos (figs. 13 a 23).
__ _ _ _ 64
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__ _ _ _ 65
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Figura 21
__ _ _ _ 66
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Figura 22 Figura 23
Para efetuarmos leitura de medida em um paquímetro do sistema inglês ordinário, faz-se necessário
conhecermos bem todos os valores dos traços da escala (fig. 24).
NÔNIO
__ _ _ _ 67
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a=e–
n
n = 8 divisores a = 1/128”
Sabendo que o nônio possui 8 divisores, sendo a resolução do paquímetro 1/128, podemos conhecer o
valor dos demais traços (fig. 28).
Figura 28
Observando a diferença entre uma divisão da escala fixa e uma divisão do nônio (fig. 29), concluímos
que cada divisão do nônio é menor 1/128 do que cada divisão da escala fixa.
Figura 29
Assim sendo, se deslocarmos o cursor do paquímetro até que o primeiro traço do nônio coincida com o
da escala fixa, a leitura da medida será 1/128” (fig. 30), o segundo traço 1/64” (fig. 31), o terceiro
traço 3/128” (fig. 32) , o quarto traço 1/32”, e assim sucessivamente.
__ _ _ _ 68
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33 33 8
:
12 8 1 4
O quociente encontrado na divisão será o número de traços por deslocar na escala fixa pelo zero do
nônio (4 traços). O resto encontrado na divisão será a concordância do nônio, utilizando-se o
denominador da fração pedida (128) (fig. 33).
Figura 33
Figura 34
45 45 4
: Número de traços a
64 05 11
deslocar pelo zero do
1
nônio na escala fixa
Concordância do nônio
utilizando o denominador
da fração pedida.
__ _ _ _ 69
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Figura 35
Multiplica-se o número de traços da escala fixa ultrapassados pelo zero do nônio, pelo último
algarismo do denominador da concordância do nônio. O resultado da multiplicação soma-se com o
numerador, repetindo-se o denominador da concordância.
+
6 1 = 49”
x 12 8 128
Figura 36
+
9 1 = 37”
x 64 64
Leitura da
Número de traços da Concordância
medida.
escala fixa ultrapassados do nônio
pelo zero do nônio.
Figura 37
__ _ _ _ 70
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+
6 1 = 13”
x 32 32
Leitura da
Número de traços da Concordância
medida.
escala fixa ultrapassados do nônio
pelo zero do nônio.
Figura 38
Observação: Em medidas como as do exemplo da figura 38, abandonamos a parte inteira e fazemos a
contagem dos traços, como se iniciássemos a operação. Ao final da aplicação do processo, incluímos a
parte inteira antes da fração encontrada.
+
4 7 = 39” 1 39”
x 12 8 128 128
__ _ _ _ 71
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1 1 1 1
2 2 2 2
3 3 3 3
4 4 4 4
5 5 5 5
6 6 6 6
7 7 7 7
1 1 1
2 2 2
3 3 3
4 4 4
5 5 5
6 6 6
7 7 7
Medir diâmetro externo é uma operação freqüentemente realizada pelo Inspetor de Medição, a qual
deve ser feita corretamente, a fim de se obter uma medida precisa e sem se danificar o instrumento
de medição.
__ _ _ _ 72
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Figura 39 Figura 40
Figura 41
b. Encoste o centro do encosto fixo em uma das extremidades do diâmetro por medir (fig. 42).
__ _ _ _ 73
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Figura 42
c- Feche o paquímetro suavemente, até que o encosto móvel toque a outra extremidade do
diâmetro. d- Exerça uma pressão suficiente para manter a peça ligeiramente presa entre os
encostos.
medição. f- Utilize a mão esquerda, para melhor sentir o plano de medição (fig.43).
Figura 43
a- Desloque o cursor do paquímetro até obter uma abertura menor que a medida desejada.
__ _ _ _ 74
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Figura 44
Observação: Utilize a mão esquerda para melhor sentir o plano de medição (fig. 45).
Figura 45
Figura 46
__ _ _ _ 75
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b- Desloque o cursor do paquímetro até que o topo da haste de profundidade toque o fundo do
rebaixo (fig. 47).
Figura 47
Figura 48
__ _ _ _ 76
Educação Profissional
Figura 53
a = e–
n
a = 1 mm - e = 1 mm
50 n = 50 divisões
a = 0,02mm
Figura 54
Cada divisão do nônio é menor 0,02mm do que cada divisão da escala (fig. 54).
Se deslocarmos o cursor do paquímetro até que o primeiro traço do nônio coincida com o da escala, a
medida será 0,02mm (fig. 55), o segundo traço 0,04mm (fig. 56), o terceiro traço 0,06mm (fig. 57), o
décimo sexto 0,32mm (fig. 58).
Figura 58
__ _ _ _ 77
Educação Profissional
Figura 59
1 1 1 1
2 2 2 2
3 3 3 3
4 4 4 4
5 5 5 5
6 6 6 6
7 7 7 7
__ _ _ _ 78
Educação Profissional
PADRÃO – Nº 5 PADRÃO Nº 6
MEDIDAS MEDIDAS
ORD. LEITURA INID. ORD. LEITURA INID.
1 1
2 2
3 3
4 4
5 5
6 6
7 7
__ _ _ _ 79
Educação Profissional
Por sua elevada precisão e versatilidade, o relógio pode ser usado medindo ou comparando diversas
formas de peças.
40 + 0,16 = 40,16
Figura 2
Apalpador
Figura 1
Os comparadores das figs. 4 e 5 têm mais proteção no seu mecanismo por serem de amplitude
superior a 1mm. Já o da fig. 6 deve ser usado com cuidado, pois, se a diferença exceder de 1mm, o
mecanismo estará sujeito a estrago, porque pode ser “forçado”, se a pressão for além do máximo
permitido.
__ _ _ _ 80
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__ _ _ _ 81
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Figura 13
Os mostradores dos relógios são giratórios. Esse movimento permite a colocação em zero, a uma
posição inicial qualquer.
Figura 14
__ _ _ _ 82
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Figura 15
5. – Recomendações
2.5.6.1 - Comparador
É um instrumento de grande precisão e sensibilidade. Tem geralmente, o aspecto de um relógio. Pelo
movimento de um ponteiro, num mostrador dividido em 100 partes iguais, o comparador acusa desvios
ou diferenças de medidas da ordem de centésimos e milímetros. Qualquer pressão, por mínima que
seja, na ponta ou no apalpador, faz com que este se desloque e o ponteiro, girando no mostrador
indica o deslocamento em centésimos de milímetro (figs. 16 e 17).
__ _ _ _ 83
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Figura 16 Figura 17
1º) Verificação do paralelismo das faces planas de uma peça (fig. 18)
O contrato do apalpador, em diferentes pontos da face superior da peça, faz com que o ponteiro se
desloque e dê os valores das diferenças das alturas.
Figura 18
Figura 19
__ _ _ _ 84
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Figura 20 Figura 21
Coloca-se a medida padrão sobre uma mesa de medição, por exemplo, blocos de aço de medidas
precisas, denominadas blocos-padrão, dando o total 50mm + 3,5mm + 1,4mm = 54,9mm.
Com ligeira pressão, põe-se o apalpador em contato com a face superior da medida padrão (fig.23). O
ponteiro se desloca de alguns centésimos na direção da seta. Como o mostrador do comparador é
girante, faz-se o “traço zero” coincidir com ponteiro.
Figura 23 Figura 24
__ _ _ _ 85
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Retiram-se da mesa dos blocos da medição-padrão. Em seguida, coloca-se a peça cuja medida se quer
verificar, sobre a mesa e em contato com a apalpador (fig.24). Se o ponteiro se deslocou, por
exemplo, de 5 centésimos, na direção da seta, isto significa que a medida da peça é 54,9mm +
0,05mm = 54,95mm, ou seja, 5 centésimos de milímetro mais que a medição-padrão.
Se o deslocamento do ponteiro fosse no sentido contrário ao da seta de, por exemplo, 3 centésimos,
a peça teria medida menor que o padrão: 54,9mm – 0,03mm = 54,87mm.
__ _ _ _ 86
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UNIDADE 3
3 - ELEMENTOS DE MÁQUINAS
3.1- ACOPLAMENTOS
3.1.1– Definição
São elementos de máquinas destinados a unir dois eixos e transmitir torque e rotação.
Empregam-se os acoplamentos quando se deseja transmitir um momento de rotação (movimento de
rotação e forças) de um eixo motor a outro elemento de máquina movido situado coaxialmente a ele
(Figura 126).
Acoplamento
Motor Máquina
NOTA: Os acoplamentos que operam por atrito são chamados de embreagem (fricção) ou freios.
- Unir dois eixos: Pode significar a união entre motor e máquina movida ou a união de eixos
de grande comprimento.
- Atuar como fusível da transmissão: Em casos de problemas operacionais que gerem cargas
adicionais sobre a transmissão, os acoplamentos podem romper-se, causando a parada da
máquina, antes de uma ruptura de um componente de maior valor agregado.
__ _ _ _ 87
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Comandáveis
Comandados
Comandados
hidráulica ou
mecanicamente pneumaticamente
9.2.2 - Acoplamentos
__ _ _ _ 88
Educação Profissional
Nestes acoplamentos a transmissão (de momento de torção e rotação) entre a máquina acionadora e
acionada é permanente. Subdividem-se em:
Não-comandáveis
Rígidos Flexíveis
Torcionalmente Torcionalmente
Rígidos Elásticos
De engrenagem De lamelas
Os eixos dos acoplamentos rígidos devem ser alinhados precisamente, pois estes elementos não
conseguem compensar eventuais desalinhamentos ou flutuações.
O ajuste dos alojamentos dos parafusos deve ser feito com as partes montadas para obter o melhor
alinhamento possível.
__ _ _ _ 89
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Os elementos transmissores são pinos de aço com mangas de borracha (Figura 129).
__ _ _ _ 90
Educação Profissional
Apesar de este acoplamento ser flexível, as árvores devem ser bem alinhadas no ato de sua
instalação para que não provoquem vibrações excessivas em serviços.
__ _ _ _ 91
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__ _ _ _ 92
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4. - EMBREAGENS
1. - Embreagem de disco
Consiste em anéis planos apertados contra um disco feito de material com alto coeficiente de atrito,
para evitar o escorregamento quando a potência é transmitida.
Figura 136
Normalmente a força é fornecida por uma ou mais molas e a embreagem é desengatada por uma
alavanca.
Figura 137
A capacidade de torque de uma embreagem cônica é maior que a de uma embreagem de disco de
mesmo diâmetro.
Sua capacidade de torque aumenta com o decréscimo do ângulo entre o cone e o eixo. Esse ângulo não
deve ser inferior a 8º para evitar o emperramento.
É utilizada quando o engate de uma árvore motora deve ocorrer progressivamente e a uma rotação
predeterminada.
__ _ _ _ 93
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Figura 138
Os pesos, por ação da força centrífuga, empurram as sapatas que, por sua vez, completam a
transmissão do torque.
Figura 139
O disco de atrito é comprimido axialmente através do disco de compressão por meio das molas sobre
o volante.
Com o deslocamento do anel de grafite para a esquerda, o acoplamento é aliviado e a alavanca, que se
apoia sobre a cantoneira, descomprime o disco através dos pinos. A ponta de árvore é centrada por
uma bucha de deslizamento.
__ _ _ _ 94
Educação Profissional
A cobertura e o cubo têm rasgos para a adaptação das lamelas de aço temperadas.
Figura 140
A separação das lamelas é feita com o recuo da guia de engate por meio do molejo próprio das
lamelas opostas e onduladas.
O ajuste posterior da força de atrito é feito através da regulagem do cubo posterior de apoio.
Cada rolete está localizado em um espaço em forma de cunha, entre as árvores interna e externa.
__ _ _ _ 95
Educação Profissional
Figura 142
Figura 143
Uma armadura, em forma de disco, é impulsionada pela árvore motora e pode mover-se axialmente
contra molas.
Uma bobina de campo, fixa ou livre para girar com a árvore conduzida, é energizada produzindo um
campo magnético que aciona a embreagem.
__ _ _ _ 96
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5. - FREIOS
São mecanismos que, para interromper um movimento, transformam energia cinética em calor. Podem
ter acionamento manual, hidráulico, pneumático, eletromagnético ou automático.
Para liberar o tambor, aciona-se a alavanca de comando, que pode ser operada manualmente, por um
solenóide ou por um cilindro pneumático. Esse tipo de freio é utilizado em elevadores.
Figura 145
Figura 146
Em automóveis, os blocos segmentares (ou pastilhas) são operados por pistões hidráulicos.
__ _ _ _ 97
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Os freios a disco são menos propensos à fadiga (queda de eficiência operacional em função do tempo
de utilização) que os freios a tambor.
Figura 147
Figura 148
As sapatas são revestidas com material de atrito, conhecido como lona de freio, rebitado ou colado
em sua superfície externa.
__ _ _ _ 98
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Figura 149
Os discos de aço giram em um eixo entalhado e os discos de atrito são fixados por pinos. O freio
atua por compressão axial dos discos.
Figura 150
__ _ _ _ 99
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Na prática os equipamentos para frenagem dinâmica são conhecidos com as seguintes denominações:
- Magnetorque ou Freio de Foucault;
- Conversores de Freqüência.
Considerando a influência de cada tipo de frenagem têm sobre o desempenho dos freios mecânicos,
precisamos conhecer como funciona cada tipo e como a segurança pode ser afetada.
Como foi visto no funcionamento, o Magnetorque não produz torque de frenagem quando a velocidade
é baixa, ou seja não freia completamente a carga. Em Pontes Rolantes que tem frenagem dinâmica
com Magnetorque, o freio mecânico é aplicado quando a velocidade do tambor ainda está em
aproximadamente 100 rpm, com esta velocidade o freio tem que dissipar a parcela restante de
energia, gerando grande aquecimento do tambor e desgaste generalizado da lona. Operando nestas
condições, é necessário um grande numero de intervenções da manutenção para ajuste de torque e
troca de lona (Figura 6.1).
Magnetorqu
__ _ _ _ 100
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a zero, não havendo portanto dissipação de energia por parte do freio e conseqüentemente não
gerando calor e nem desgastes no tambor e lona (Figura 6.2).
Redutor
Motor
Tambor
Freio
Conversor de freqüência
instalado no painel.
Controle de velocidade e
Figura 6.2 -Acionamento de guincho de frenagem.
ponte rolante com conversor de freqüência
6. - POLIAS E CORREIAS
Para transmitir potência de uma árvore à outra, alguns dos elementos mais antigos e mais usados são
as correias e as polias.
__ _ _ _ 101
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Figura 151
Onde:
D1 = da polia menor
Logo:
3.6.1 - Polias
Polias são elementos mecânicos circulares, com ou sem canais periféricos, acoplados a eixos motores
e movidos por máquinas e equipamentos. As polias, para funcionar, necessitam da presença de
vínculos chamados correias. Quando em funcionamento, as polias e correias podem transferir e/ou
transformar movimentos de um ponto para outro da máquina. Sempre haverá transferência de força.
As polias são classificadas em dois grupos: planas e trapezoidais. As polias trapezoidais são
conhecidas pelo nome de polias em “V” e são as mais utilizadas em máquinas.
__ _ _ _ 102
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Figura 152
A velocidade periférica da polia movida é, na prática, sempre menor que a da polia motora. O
deslizamento depende da carga, da velocidade periférica, do tamanho da superfície de atrito e do
material da correia e das polias.
Figura 153
__ _ _ _ 103
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Figura 154
O acabamento superficial deve ficar entre quatro e dez milésimos de milímetro (4□10□m).
Quando a velocidade da correia supera 25m/s é necessário equilibrar estática e dinamicamente as
polias (balanceamento).
Figura 155
Figura 156
__ _ _ _ 104
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Figura 157
A tensão da correia pode ser controlada também pelo deslocamento do motor sobre guias ou por
sistema basculante.
Couro de boi
__ _ _ _ 105
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Figura 160
A pressão nos flancos, em consequência do efeito de cunha, triplica em relação à correia plana.
__ _ _ _ 106
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Figura 161
Para especificação de correias, pode-se encontrar, por aproximação, o número que vai ao lado da
letra, medindo o comprimento externo da correia, diminuindo um dos valores abaixo e transformando
o resultado em polegadas.
Figura 162
__ _ _ _ 107
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O perfil dos canais das polias em V deve ter as medidas corretas para que haja um alojamento
adequado da correia no canal.
A correia não deve ultrapassar a linha do diâmetro externo da polia e nem tocar no fundo do canal, o
que anularia o efeito de cunha.
Figura 163
Para as correias em V, deve-se tomar o diâmetro nominal médio da polia (Dm) para os cálculos. O
diâmetro nominal calcula-se pela fórmula:
__ _ _ _ 108
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Figura 164
Observe as ilustrações seguintes. À esquerda, temos uma correia corretamente assentada no canal
da polia. Note que a correia não ultrapassa a linha do diâmetro externo da polia nem toca no fundo do
canal. À direita, por causa do desgaste sofrido pelo canal, a correia assenta-se no fundo. Nesse
último caso, a polia deverá ser substituída para que a correia não venha a sofrer desgastes
prematuros.
Figura 166
A verificação do dimensionamento dos canais das polias deve ser feita com o auxílio de um gabarito
contendo o ângulo dos canais.
__ _ _ _ 109
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Figura 167
É recomendável, para fazer um bom alinhamento, usar uma régua paralela fazendo-a tocar toda a
superfície lateral das polias, conforme mostra a figura.
Figura 168
As polias devem ter uma construção rigorosa quanto à concentricidade dos diâmetros externos e do
furo, quanto à perpendicularidade entre as faces de apoio e os eixos dos flancos, e quanto ao
balanceamento, para que não provoquem danos nos mancais e eixos.
A primeira recomendação para a manutenção das correias em “V” é mantê-las sempre limpas. Além
disso, devem ser observados os seguintes requisitos:
__ _ _ _ 110
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Nas revisões de 100 horas, verificar a tensão, o desgaste que elas sofreram e o desgaste das
polias.
Se uma correia do jogo romper, é preferível trabalhar com uma correia a menos do que trocá-
la por outra, até que se possa trocar todo o jogo. Não é aconselhável usar correias novas junto
às velhas. As velhas, por estarem lasseadas, sobrecarregam as novas.
Jogos de correias deverão ser montados com correias de uma mesma marca. Esse cuidado é
necessário porque correias de marcas diferentes apresentam desempenhos diferentes, variando
de fabricante para fabricante.
Tomar cuidado para que o protetor das correias nunca seja removido enquanto a máquina
estiver em operação.
Não se recomenda colocar correias forçando-as contra a lateral da polia ou usar qualquer tipo de
ferramenta para forçá-la a entrar nos canais da polia. Esses procedimentos podem causar o
rompimento das lonas e cordonéis das correias.
Após montar as correias nos respectivos canais das polias e, antes de tensioná-las, deve-se girá-las
manualmente para que seus lados frouxos fiquem sempre para cima ou para baixo, pois se estiverem
em lados opostos o tensionamento posterior não será uniforme.
3. - Tensionamento de correias
__ _ _ _ 111
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Tensão alta: reduz a vida útil das correias e dos rolamentos dos eixos das polias.
Na prática, para verificar se uma correia está corretamente tensionada, bastará empurrá-la com o
polegar, de modo tal que ela se flexione aproximadamente entre 10 mm e 20 mm conforme ilustrado
a seguir.
Figura 171
Figura 172
3.7 - EIXOS
Eixos são elementos mecânicos utilizados para articular um ou mais elementos de máquinas. Quando
móveis, os eixos transmitem potência por meio movimento de rotação.
__ _ _ _ 112
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1. - Eixos maciços
Apresentam a seção transversal circular e maciça, com degraus ou apoios para ajuste das peças
montadas sobre eles. Suas extremidades são chanfradas para evitar o rebarbamento e suas arestas
internas são arredondadas para evitar a concentração de esforços localizados.
Figura 191
Figura 192
__ _ _ _ 113
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Devem ser ajustados num componente que possua furo de encaixe cônico.
A parte ajustável tem formato cônico e é firmemente fixada por meio de uma porca. Uma chaveta é
utilizada para evitar a rotação relativa.
Figura 193
Figura 194
__ _ _ _ 114
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Figura 195
8. -TRAVAS
As uniões roscadas são submetidas a vibrações e podem soltar-se por essa razão. Para evitar isso,
colocam-se travas e arruelas nas porcas ou parafusos.
Figura 198
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Figura 199
Figura 200
Trava por fechamento de forças - esta trava estabelece uma força de compressão entre as
peças, o que aumenta o atrito e dificulta o afrouxamento da união, mas não impede totalmente a
soltura.
__ _ _ _ 116
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3.8.1 - Chavetas
Chaveta é um corpo prismático que pode ter faces paralelas ou inclinadas, em função da grandeza do
esforço e tipo de movimento que deve transmitir. É construída normalmente de aço.
A união por chaveta é um tipo de união desmontável, que permite às árvores transmitirem seus
movimentos a outros órgãos, tais como engrenagens e polias.
Figura 206
__ _ _ _ 117
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Figura 207
O princípio da transmissão é pela força de atrito entre as faces da chaveta e o fundo do rasgo dos
elementos, devendo haver uma pequena folga nas laterais.
Figura 208
Havendo folga entre os diâmetros da árvore e do elemento movido, a inclinação da chaveta provocará
na montagem uma determinada excentricidade, não sendo, portanto aconselhado o seu emprego em
montagens precisas ou de alta rotação.
Figura 209
__ _ _ _ 118
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Figura 210
Figura 211
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Figura 212
Seu emprego é reduzido, pois serve somente para a transmissão de pequenas forças.
Figura 213
A designação tangencial é devido a sua posição em relação ao eixo. Por isso, e pelo posicionamento
(uma contra a outra), é muito comum o seu emprego para transmissão de grandes forças, e nos casos
em que o sentido de rotação se alterna.
Figura 214
__ _ _ _ 120
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Figura 215
Chaveta transversal
Aplicada em uniões de órgãos que transmitem movimentos não só rotativos como também retilíneos
alternativos.
Quando é empregada em uniões permanentes, sua inclinação varia entre 1:25 e 1:50. Se a união
necessita de montagens e desmontagens frequentes, a inclinação pode ser de 1:6 a 1:15.
Dupla (inclinação nos dois lados)
Figura 216
As chavetas embutidas nunca têm cabeça e sua precisão de ajuste é nas laterais, havendo uma
pequena folga entre o ponto mais alto da chaveta e o fundo do rasgo elemento conduzido.
Figura 217
__ _ _ _ 121
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A transmissão do movimento e das forças é feita pelo ajuste de suas faces laterais com as do rasgo
da chaveta.
A chaveta paralela varia quanto à forma de seus extremos (retos ou arredondados) e quanto à
quantidade de elementos de fixação à árvore.
Pelo fato de a chaveta paralela proporcionar um ajuste preciso na árvore não ocorre excentricidade,
podendo, então, ser utilizada para rotações mais elevadas. É bastante usada nos casos em que o
elemento conduzido é móvel.
Figura 218
Figura 219
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Fabricado de aço para molas, tem a forma de anel incompleto, que se aloja em um canal circular
construído conforme normalização.
Aplicação: para eixos com diâmetro entre 4 e 1000mm. Trabalha externamente - DIN 471.
Figura 220
Figura 221
Aplicação: para eixos com diâmetro entre 8 e 24mm. Trabalha externamente - DIN 6799.
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Figura 222
Figura 223
Figura 224
3.8.3 - Pinos
É uma peça geralmente cilíndrica ou cônica, oca ou maciça que serve para alinhamento, fixação e
transmissão de potência.
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Figura 225
Figura 226
Figura 227
Os alojamentos para pinos devem ser calibrados com alargador que deve ser passado de uma só vez
pelas suas peças a serem montadas.
Figura 228
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Esta calibragem é dispensada quando se usa pino estriado ou pino tubular partido (elástico).
Figura 229
O principal esforço a que os pinos, de modo geral, estão sujeitos é o de cisalhamento. Por isso os
pinos com função de alinhar ou centrar devem estar a maior distância possível entre si, para diminuir
os esforços de corte. Quanto menor proximidade entre os pinos, maior o risco de cisalhamento e
menor a precisão no ajuste.
Figura 230
__ _ _ _ 126
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Figura 231
Pode ser liso, liso com furo para cupilha, com cabeça e furo para cupilha, com cabeça provida
ressalto para evitar o giro, com ponta roscada e cabeça.
Figura 232
Todos os pinos que apresentam furo ou rosca são usados como eixo para articulações ou para
suportar rodas, polias, cabos, etc.
- Pino de segurança
É usado principalmente em máquinas-ferramentas como pino de cisalhamento, isto é, em caso de
sobrecarga esse pino se rompe para que não quebre um componente de maior importância.
- Pino de união
Figura 233
- Pino cônico
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Tem por diâmetro nominal o diâmetro menor, para que se use a broca com essa medida antes de
calibrar com alargador.
Figura 234
Existem pinos cônicos com extremidade roscada a fim de mantê-los fixos em casos de vibrações ou
sacá-los em furos cegos.
Figura 235
Figura 236
Figura 237
O pino cônico tem largo emprego na construção de máquinas, pois permite muitas desmontagens sem
prejudicar o alinhamento dos componentes; além do que é possível compensar eventual desgaste ou
alargamento do furo.
- Pino estriado
A superfície externa do pino estriado apresenta três entalhes e respectivos rebordos. A forma e o
comprimento do entalhes determinam os tipos de pinos. O uso destes pinos dispensa o acabamento e
a precisão do furo alargado.
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Figura 238
Figura 239
Este elemento tem grande emprego como pino de fixação, pino de ajuste e pino de segurança. Seu
uso dispensa o furo alargado.
Há um pino elástico especial chamado Connex, com fenda ondulada cujos cantos estão opostos entre
si. Isto proporciona uma força de ajuste maior em relação ao pino elástico comum.
Figura 243
- Cupilha ou contrapino
Trata-se de um arame de secção semicircular dobrado de tal forma a obter-se um corpo cilíndrico e
uma cabeça. A cupilha é usada principalmente para travar porcas-castelo.
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Figura 244
Nota
Um pino qualquer ao se quebrar deve ser substituído por outro com as mesmas características de
forma, material, tratamento e acabamento.
3.9 - MANCAIS
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Essas esferas ou rolos são mantidos eqüidistantes por meio do separador ou gaiola a fim de distribuir
os esforços e manter concêntricos os anéis. O anel externo (capa) é fixado na peça ou na caixa e o
anel interno é fixado diretamente ao eixo.
- Rolamento rígido de uma carreira de esferas: É o mais comum dos rolamentos. Suporta cargas
radiais e pequenas cargas axiais e é apropriado para rotações mais elevadas. Sua capacidade de
ajustagem angular é limitada, por conseguinte, é necessário um perfeito alinhamento entre o eixo e
os furos da caixa (Figura 246).
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- Rolamento de contato angular de uma carreira de esferas: Admite cargas axiais somente em um
sentido, portanto, deve sempre ser montado contraposto a um outro rolamento que possa receber a
carga axial no sentido contrário (Figura 247).
- Rolamento de rolo cilíndrico: É apropriado para cargas radiais elevadas e seus componentes são
separáveis, o que facilita a montagem e desmontagem (Figura 250).
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- Rolamento autocompensador com duas carreiras de rolos: É um rolamento para os mais pesados
serviços. Os rolos são de grande diâmetro e comprimento. Devido ao alto grau de oscilação entre
rolos e pistas, existe uma distribuição uniforme de carga (Figura 252).
- Rolamento de rolos cônicos: Além de cargas radiais, os rolamentos de rolos cônicos também
suportam cargas axiais em um sentido. Os anéis são separáveis. O anel interno e o externo podem ser
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montados separadamente. Como só admitem cargas axiais em um sentido, de modo geral torna-se
necessário montar os anéis aos pares, um contra o outro (Figura 253).
- Rolamento axial de esfera: Ambos os tipos de rolamento axial de esfera (escora simples e escora
dupla) admitem elevadas cargas axiais, porém, não podem ser submetidos a cargas radiais. Para que
as esferas sejam guiadas firmemente em suas pistas, é necessária a atuação permanente de uma
determinada carga axial mínima (Figura 254).
- Rolamento axial autocompensador de rolos: Possui grande capacidade de carga axial e, devido à
disposição inclinada dos rolos, também pode suportar consideráveis cargas radiais. A pista esférica
do anel da caixa confere ao rolamento a propriedade de alinhamento angular, compensando possíveis
desalinhamentos ou flexões do eixo (Figura 255).
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- Rolamento de agulhas: Possui uma secção transversal muito fina, em comparação com os rolamentos
de rolos comuns. É utilizado especialmente quando o espaço radial é limitado (Figura 256).
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3. - Mancais de deslizamento
São conjuntos destinados a suportar as solicitações de peso e rotação de eixos e árvores. Os
mancais estão submetidos ao atrito de deslizamento que é o principal fator a considerar para sua
utilização.
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- Mancal inteiriço: Feito geralmente de ferro fundido e empregado como mancal auxiliar embuchado
ou não. Suporta esforços radiais (Figura 261).
- Mancal ajustável: Feito de ferro fundido ou aço e embuchado. A bucha tem sempre forma que
permite reajuste radial. Empregado geralmente em tornos e máquinas que devem funcionar com folga
constante (Figura 262).
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d) Boa capacidade de absorver corpos estranhos, para efeito de limpar a película lubrificante;
Os materiais mais usados são: bronze fosforoso, bronze ao chumbo, latão, ligas de alumínio, metal
antifricção, ligas de cobre sinterizado com adição de chumbo ou estanho ou grafite em pó, materiais
plásticos como o náilon e o politetrafluretileno (teflon).
__ _ _ _ 139
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Os sinterizados são autolubrificantes por serem mergulhados em óleo quente após sua fabricação.
Este processo faz com que o óleo fique retido na porosidade do material e com o calor do trabalho
venha à superfície cumprir sua função.
a) Vedação estática;
b) Vedação dinâmica.
a) Vedação estática: Não existe movimento considerado entre as parte envolvidas (Figura 264). O
desempenho do elemento de vedação depende de sua capacidade de preencher os espaços entre as
peças envolvidas.
b) Vedação dinâmica: Existe movimento de qualquer das partes com o elemento de vedação (Figura
265).
__ _ _ _ 140
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Juntas: Exercem a vedação de forma estática nas máquinas e equipamentos. São fabricadas a partir
de vários materiais escolhidos de acordo com o produto a ser vedado e o meio externo de trabalho,
além de outros fatores como pressão interna do produto a vedar, acabamento das superfícies a
vedar, entre outros. Exemplos de juntas:
Papelão hidráulico: Fabricado a partir de amianto ou não amianto com borrachas e ligantes (Figura
267).
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Juntas metálicas: Fabricadas em aço, alumínio cobre latão ou ligas são muito utilizadas na mecânica,
especialmente em aplicações sob altas temperaturas.
Junta plástica ou veda junta - são produtos químicos em pasta usados em superfícies rústicas ou
irregulares. Empregados, também, como auxiliares nas vedações com guarnições de papelão ou
cortiça. Existem tipos que se erigissem e são usados para alta pressão; e tipos semi-sectivos que
mantêm a elasticidade para compensar a dilatação. A ordem de aperto dos parafusos tem de ser
respeitada para uniformizar a massa (Figura 276).
__ _ _ _ 142
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Retentor - é feito de borracha ou couro, tem perfil labial e veda principalmente peças móveis. Alguns
tipos possuem uma carcaça metálica para ajuste no alojamento; também apresentam um anel de
arame ou mola helicoidal para manter a tensão ao vedar (Figura 273).
Gaxetas: São conhecidos por gaxeta os elementos vedantes que permitem ajustes à medida que a
eficácia da vedação vai diminuindo. São utilizadas principalmente em bombas centrífugas e válvulas
(Figura 274). As gaxetas são fabricadas em forma de corda, para serem recortadas, ou em anéis já
prontos para a montagem (Figura 275).
Selo mecânico: É um vedador de precisão que utiliza princípios hidráulicos para reter os fluídos. A
vedação exercida pelo selo mecânico se processa em dois momentos: a vedação principal e a
secundária (Figura 276).
__ _ _ _ 143
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O selo mecânico é usado em equipamentos de grande importância como aqueles usados em refinarias
(bombas de transporte), tratamento de água e esgoto (bombas de lama bruta), indústria da
construção (bomba de submersão), indústria de bebidas (fabricação de cerveja), indústria têxtil
(bombas de tintura), indústria química (bombas padronizadas), construção naval (bomba principal de
refrigeração por água do mar), energia (bombas de climatização de caldeira), usinas termoelétricas e
nucleares.
a) Viton;
b) Teflon;
c) Buna Nitrílica;
d) Grafoil;
e) Kalrez;
f) Carvão.
__ _ _ _ 144
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Funcionamento do selo mecânico: A grande quantidade de calor gerada nas faces seladoras devido ao
atrito entre as superfícies pode dar origem à falhas e desgastes do selo; para evitar que isso
aconteça, faz-se circular um líquido adequado pela caixa de gaxeta, com a finalidade de penetrar por
entre as faces seladoras e mantê-las afastadas uma da outra, isto é, substitui-se o atrito sólido pelo
atrito fluído, em que o líquido tem a função de lubrificar e refrigerar o selo.
Os principais fatores que prejudicam o bom funcionamento do selo são a alta temperatura e os
abrasivos. A alta temperatura deve ser mantida dentro de uma faixa tolerável e os abrasivos devem
ficar afastados da película lubrificante formada entre as faces seladoras. Isto é conseguido por
meio de “sistemas auxiliares”.
Os sistemas auxiliares mais usados para diminuir ou evitar os problemas de funcionamento do selo
são:
d) Lavagem ou circulação;
f) Abafamento;
g) Selo duplo;
h) Suspiro e dreno.
Parafusos, porcas e arruelas são peças metálicas de vital importância na união e fixação dos mais
diversos elementos de máquina. Por sua importância, a especificação completa de um parafuso e sua
porca engloba os mesmos itens cobertos pelo projeto de um elemento de máquina, ou seja: material,
tratamento térmico, dimensionamento, tolerâncias, afastamentos e acabamento.
1. - Parafusos
O parafuso é formado por um corpo cilíndrico roscado e por uma cabeça que pode ser hexagonal,
sextavada, quadrada ou redonda (Figura 277).
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Comprimento do corpo;
Comprimento da rosca;
Altura da cabeça;
Sem porca;
Com porca;
Prisioneiro;
Allen;
De ponta atuante.
- Parafuso sem porca: Nos casos onde não há espaço para acomodar uma porca, esta pode ser
substituída por um furo com rosca em uma das peças. A união dá-se através da passagem do parafuso
por um furo passante na primeira peça e rosqueamento no furo com rosca da segunda peça (Figura
278). Os parafusos podem ter rosca (Figura 279) ou total ou parcial (Figura 280).
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Figura 278 – fixação com parafuso Figura 280 – Parafuso com rosca total
- Parafuso com porca: Às vezes, a união entre as peças é feita com o auxílio de porcas e arruelas.
Nesse caso, o parafuso com porca é chamado passante (Figura 281 e 282).
Figura 281 – Fixação parafuso com porca Figura 282 – Exemplos de parafusos com porcas
- Parafuso Allen: O parafuso Allen é fabricado com aço de alta resistência à tração e submetido a um
tratamento térmico após a conformação. Possui um furo hexagonal de aperto na cabeça, que é
__ _ _ _ 147
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geralmente cilíndrica e recartilhada. Para o aperto, utilizasse uma chave especial: a chave Allen
(Figura 285).
- Parafuso Ponta Atuante: O parafuso de ponta atuante não tem cabeça e serve para fixar peças em
eixos. Possui fenda ou sextavado interno (Figura 286).
2. – Porcas
Porcas são peças de forma prismática ou cilíndrica, providas de um furo roscado onde são
atarraxadas ao parafuso. São hexagonais, sextavadas, quadradas ou redondas e servem para dar
aperto nas uniões de peças ou, em alguns casos, para auxiliar na regulagem.
1. - Tipos de porcas
Castelo;
Borboleta;
Contraporcas.
- Porca sextavada: A porca sextavada é o tipo mais comum, usada para fixar os parafusos nas peças
(Figura 287).
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- Porca castelo: A porca castelo é uma porca hexagonal com seis entalhes radiais, coincidentes dois a
dois, que se alinham com um furo no parafuso, de modo que uma cupilha possa ser passada para
travar a porca (Figura 288).
- Porca cega (ou remate): Nesse tipo de porca, uma das extremidades do furo rosqueado é
encoberta, ocultando a ponta do parafuso, podendo ser feita de aço ou latão. É geralmente cromada e
possibilita um acabamento de boa aparência (Figura 289).
- Porca borboleta: Possui saliências parecidas com asas para proporcionar o aperto manual.
Geralmente fabricada em aço ou latão, esse tipo de porca é empregado quando a montagem e a
desmontagem das peças são necessárias e freqüentes (Figura 290).
__ _ _ _ 149
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3.11.3 – Arruelas
São peças cilíndricas, de pouca espessura, com um furo no centro, pelo qual passa o corpo do
parafuso. As arruelas servem basicamente para:
A maioria das arruelas é fabricada em aço, mas o latão também é empregado; neste caso, são
utilizadas com porcas e parafusos de latão.
As arruelas de cobre, alumínio, fibra e couro são extensivamente usadas na vedação de fluidos.
Arruela lisa;
Arruela de pressão;
Arruela estrelada.
- Arruela lisa (ou plana): Geralmente é feita de aço e é usada sob uma porca para evitar danos
à superfície e distribuir a força do aperto.
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As arruelas de qualidade inferior, mais baratas, são furadas a partir de chapas brutas, mas as de
melhor qualidade são usinadas e têm a borda chanfrada como acabamento (Figura 292)
- Arruela de pressão: A arruela de pressão consiste em uma ou mais espiras de mola helicoidal, feita
de aço de mola de seção retangular. Quando a porca é apertada, a arruela se comprime, gerando uma
grande força de tração entre a porca e a superfície (Figura 293).
- Arruela estrelada (ou arruela de pressão serrilhada): é de dentes de aço de molas e consiste em um
disco anular provido de dentes ao longo do diâmetro interno ou diâmetro externo. Os dentes são
torcidos e formam pontas aguçadas. Quando a porca é apertada, os dentes se aplainam penetrando
nas superfícies da porca e da peça em contato. A arruela estrelada com dentes externos é
empregada em conjunto com parafusos de cabeça chanfrada (Figura 294).
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UNIDADE 4
1. INTRODUÇÃO
O objetivo do alinhamento é garantir o bom funcionamento dos equipamentos rotativos tendo, como
característica principal eliminar vibrações, aquecimento e dar maior durabilidade aos componentes.
3. MÉTODOS DE ALINHAMENTO
1. Relógio comparador
O alinhamento com relógio comparador deve ser executado em função da precisão exigida para o
equipamento, a rotação e importância no processo.
Para a verificação do alinhamento Paralelo e Angular devemos posicionar o relógio com a base
magnética sempre apoiada na parte do motor.
__ _ _ _ 152
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Para obter o alinhamento correto tomamos as leituras, observando sempre os mesmos traços
referenciais em ambas as metades do acoplamento, em 4 posições defasadas de 90º.
O alinhamento paralelo é conseguido, quando a régua se mantiver nivelada com as duas metades nas 4
posições (0º, 90º, 180º e 270º).
O alinhamento angular é obtido, quando o medidor de folga mostrar a mesma espessura nas 4
posições (0º, 90º, 180º e 270º), observando, sempre, a concordância entre os traços de referência.
4.4 ALINHAMENTO
A realização de um bom alinhamento não depende, tão somente, de quem o faz, por isso, devemos
observar, antes da execução do serviço, os itens abaixo:
Nivelamento - esse processo é de grande importância, considerando que todas as dificuldades que
possamos ter na realização do alinhamento final, terão origem na não observação desse detalhe. Por
isso, devemos deixar os dois equipamentos o mais plano possível.
Centralização - devemos, também, observar a centralização das funções que servirão de fixação dos
equipamentos.
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Para que se realize a correção do alinhamento, com rapidez e qualidade, é recomendável que seja
executada na seguinte seqüência prática:
Esse cálculo permitirá que se determine os calços a serem colocados ou retirados no plano vertical
dianteiro ou traseiro.
__ _ _ _ 154
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seguida, gire ambos os acoplamentos, simultaneamente, e faça as leituras nos pontos 0º, 90ºm 180º e
270º e registre todas as medidas levantadas na figura 12.
As medidas lidas (final) devem ser divididas por dois (2) determinando, assim, a espessura dos calços
a serem colocados ou retirados no plano vertical ou deslocamento horizontal.
Esse cálculo permitirá que se determine o deslocamento no plano vertical, com a retirada ou
colocação de calços (traseiros ou dianteiros), proporcionando um alinhamento mais rápido.
__ _ _ _ 155
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A medida lida corresponde à espessura dos calços no plano vertical ou o deslocamento no plano
horizontal.
onde:
H = espessura do calço
Exemplo:
Na horizontal temos:
__ _ _ _ 156
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A correção do axial horizontal será obtida empurrando-se a máquina no sentido da sapata B pela
sapata C por intermédio dos parafusos “macaquinhos” ou qualquer outro recurso.
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6. Sequência de operações
A fixação do pé da bomba deverá ser executada com auxílio do relógio comparador, apoiando
a base magnética em um ponto fixo e o sensor na posição vertical superior do acoplamento,
conforme figura. Pressione o sensor e ajuste o “Dial” na posição “0”.
Com o aperto do pé da bomba, o ponteiro não deverá alterar sua posição inicial. Caso ocorra,
proceder à correção, através da colocação de calços, até normalizar essa diferença.
Retire todos os calços do motor elétrico sobre a base e faça uma limpeza. No caso de base
nova, remova a tinta de proteção.
Posicione o motor, colocando-o mais próximo possível da folga axial desejada entre os cubos
(consultar tabela para tipo de acoplamento). Procure fixar os parafusos da base do motor
com o mesmo torque, colocando a base do relógio em um ponto fixo e o sensor na parte
superior do pé do motor (o mais próximo possível do parafuso de fixação) para verificar se há
algum apoio falso. Caso haja, deverá ser corrigido, colocando-se calços na medida indicada
pelo relógio.
Observação: A base do relógio ou dispositivo deve estar fixada no eixo do condutor (motor) de
referência, a 180º um do outro, o que facilitará o acompanhamento da leitura.
Corrija, primeiro, a diferença angular vertical, colocando calços onde for necessário. Use a
fórmula
__ _ _ _ 158
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Observação: Se vocês estiverem usando um relógio Centesimal e se o ponteiro der, a partir do “0”,
um deslocamento anti-horário a 180º, significa que o motor está mais baixo e vocês devem colocar
calços no valor da metade da leitura.
Torne a apertar todos os parafusos de fixação e faça nova leitura, encontrando os valores
desejados. Dê como concluído o alinhamento.
Como na posição 180º a leitura deu negativa, indicando que o acoplamento está “aberto” embaixo e o
motor está mais baixo, como mostra o paralelo vertical, é conveniente levantar a dianteira em
4,58mm.
Paralelo vertical = 0
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Como a leitura deu negativo, a haste foi distendida, portanto o motor está abaixo. Devemos levantá-
lo por igual em 1,5mm.
Angular horizontal
Na posição 90º a leitura foi de +0,8 indicando “fechado”, em 270º com a leitura de -0,6 temos
indicação de “aberto”. Portanto, devemos deslocar a traseira no sentido 90º para 270º, ou a dianteira
no sentido contrário.
Como a medida maior foi positiva e está em 90º, isto indica que a haste foi pressionada nesta
posição. Devemos então deslocar o motor em 0,7mm para 90º.
Notas
1. Redutores - O mesmo procedimento deverá ser empregado para alinhamento de redutores,
conforme descrição anterior, exceto os três primeiros tópicos do item 7.
Para acionamento mediante motores elétricos não é necessária a previsão de uma folga em virtude do
aquecimento.
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Os alinhadores de eixos à laser proporcionam uma forma fácil e precisa para ajustar duas unidades
de uma máquina rotativa, de modo a que os eixos das unidades fiquem alinhados linearmente.
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Caso haja um desalinhamento entre os eixos analisados ocorrerá um desvio do raio emitido do
transdutor ao recepor. Este desvio será compilado pelo microprocessador do equipamento que
informará a correção necessária.
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AÇO
O aço é um produtoresultante:
166
www.asmtreinamentos.com.br
Curso – Mecânica Básica Industrial – Matemática Básica – Apostila 1
FERRO FUNDIDO
É uma liga de ferro-carbono que contém 2 a 6,7 % de carbono
(industrialmente de 2,5 a 5 % C).
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www.asmtreinamentos.com.br
Curso – Mecânica Básica Industrial – Matemática Básica – Apostila 1
O silício torna o aço mais duro e tenaz, evita a porosidade, remove Os tubos podem ser:
os gases, os óxidos, as falhas e vazios na massa do aço. É um
elemento purificador. com costura: resultam da curvatura de chapas estreitas, cujas
bordas são encostadas e soldadas por processo automático.
O fósforo quando em teor elevado torna o aço frágil e quebradiço, sem costura: produzidos por meio de perfuração, a quente, em
motivo pelo qual se deve reduzi-lo ao mínimo possível, já que não máquinas chamadas prensas de extrusão.
se pode eliminá-lo integralmente.
b) Aços liga
Pelo teor de C costuma-se classificar os aços em:
aços extra-doces < 0,15 % C
No caso de baixa liga, os aços são representados de acordo com o
aços doce 0,15 - 0,30 % C seguinte exemplo.
aços meio-doces 0,30 - 0,40 % C
aços meio-duros 0,40 - 0,60 % C 25 Cr Mo 4
aços duros 0,60 - 0,70 % C
aços extra-duros 0,70 - 1,20 % C
Aço prata é uma denominação comercial dos aços ferramentas (ao Ex.: 10 Cr Mo 9 10 C = 0,10 %
carbono ou especial) de bitola pequena, temperáveis em água ou em Cr x 4 = 9
óleo. Apresenta aparência brilhante, prateada. Cr = 2,25 %
Mo x 10 = 10 Mo = 1 %
FORMAS COMERCIAIS DOS AÇOS No caso de aços de alta liga (> 5%) a designação é feita antepon-
do-se a letra X, e dispensando os multiplicadores com exceção do
Os aços de baixo teor de carbono (< 0,30 %) são vendidos na forma multiplicador do C.
de vergalhões, perfilados (L, T, duplo T, H, U, etc.) chapas, fios e
tubos. Ex.: X 10 Cr Ni Ti 1892 0,1 % C 18 % Cr
9 % Ni 2 % Ti
Os aços com médio e alto teor de carbono (> 0,30 %) são encon-
trados no comércio na forma de vergalhões (chatos, quadrados, Aços e ferros fundidos:
redondos, sextavados) chapas e fios.
GG (grauguss) fe fo cinzento GH (hartguss) fe fo em coquilha
As chapas são em geral: GT (temperguss) fe fo nodular GS (stahlguss) aço fundido
chapas pretas: tais como saem dos laminadores; Ex.: GG 18 - fe fo cinzent o com tr = 18Kg/mm2
chapas galvanizadas: revestidas de zinco; GS 22 Mo 4 - aço fundido com 0,22 C e 0,4 % Mo
chapas estanhadas (folhas de flandres).
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NÍQUEL (Ni) - É o mais importante dos elementos liga que au- Os metais formam três importantes retículos cristalinos
mentam a tenacidade, a carga de ruptura e o limite de elasticidade que são:
dos aços.
Dá boa ductilidade e boa resistência `a corrosão.
Teores elevados de Ni produzem aços inoxidáveis. I- RETICULADO CÚBICO DE CORPO CENTRADO (CCC)
O Ni permite grande penetração de tempera. Os aços Ni apresen-
tam grande tenacidade e alta resistência mecânica também a altas Contem 9 átomos
temperaturas. Metais: Césio, Rubídio, Potássio, Sódio, Tungstênio, Molibdênio,
Aços com 1 a 3 % Ni são empregados em ferramentas. Vanádio, e Ferro. (temperatura ambiente)
DIAGRAMA DE EQUILÍBRIO DO
FERRO-CARBONO (Fe-C)
As ligas de ferro – carbono são as mais utilizadas dentre
todas as ligas metálicas. O ferro é um metal abundante na crosta
terrestre e caracteriza-se por ligar-se com outros elementos, metá-
licos ou não metálicos, dos quais o principal é o carbono. O dia-
III- RETÍCULO HEXAGONAL COMPACTO (HC) (Disposi-
grama ferro - carbono é fundamental para facilitar a compreensão
sobre o que ocorre com as ligas ferrosas quando submetidas a ção compacta)
operações de tratamento térmico, que modificam suas proprieda-
des mecânicas para aplicações sob as mais variadas condições de Contém 17 átomos
serviço. Metais: Magnésio, Zinco , Titânio , etc...
*FENÔMENO DE CRISTALIZAÇÃO: é o fenômeno em que as O conjunto de “células unitárias” form a os cristais. Os cristais
“células unitárias” se reúnem e form a uma rede cristalina ou retícu- adquirem contornos irregulares, devido aos pontos de contato de
lo cristalino. cada conjunto e desse modo passam a receber o nome de
“GRÃOS CRISTALINOS”.
*CÉLULA UNITÁRIA: é o agrupamento dos átomos metálicos que
procuram ocupar posições definidas e ordenadas que se repetem em
três dimensões formando uma figura geométrica regular.
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Grão Cristalino
Os quadradinhos sãoas
Células Unitárias.
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Linha Solidus – indica que abaixo desta linha todo material estará no Os aços hipoeutetóides (até 0,77%C) apresentam em sua microes-
estado sólido. trutura ferrita e perlita conforme mostra a figura esquemática abaixo.
Linha Liquidus – indica que acima desta linha todo material estará na
forma líquida.
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Nos aços hipereutetóides ( 0,9%C por exemplo), devido ao alto teor de Efeito da velocidade de resfriamento nos
carbono, teremos a form ação de cementita mais a perlita. O diagram a
de fase apresentado a seguir mostra as fases presentes e o respectivo aços
estado físico do aço hipereutetóide com 0,9% C ,quando submetido
ao resfriamento lento. Um aço resfriado muito lentament e a partir do campo aus-
tenítico apresentará, em temperatura ambiente, uma ou mais das fases
ferrita, perlita e cementita, dependendo de seu teor de carbono.
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Metais não ferrosos são todos os metais puros ou ligados, com exce- Exemplo:
ção do ferro e suas ligas. Para as ligas, adota-se a seguinte forma:
Os metais não ferrosos podem ser classificados em função de densi- Produção ou Composição Propriedades
dade em metais leves e metais pesados. aplicação especiais
A maioria dos metais puros é mole e tem baixa resistência à tração. G = Fundido 1. Símbolo F-40 = Resistên-
Quanto maior for a pureza, mais alto será o ponto de fusão, maior a químico do cia
condutibilidade elétrica e a resistência à corrosão. metal base
a
Na indicação dos metais não ferrosos puros, deve-se usar a designa- GD = Fundido a
tração em
ção química do elemento mais o grau de pureza. pressão 2
Kgf/mm
GK = Fundido em 2. Símbolo W =
químico dos
Metais não ferrosos coquilha elem entos de h = mole
liga seguidos
Gz = Fundido por de seu teor Wh
Metais pesados Metais leves = duro
em porcenta-
5kg gem
5kg centrifugação Zh
dureza de
= laminado
dm 3 dm 3
V = Liga prévia P
Cobre Cu = dureza de
Manganês de
Mn trefilado
Chumbo Pb
Vanádio V dureza de
Zinco Zn adição 150Hv
Cobalto Co = prensa-
Níquel Ni Cádmio Cd gem
Estanho Sn Alumínio Al Gl = Metl. antifric- bk = dureza
Tungstênio W Magnésio Mg ção vickers
Molibdênio Mo Titânio Ti para mancais gb = brilhante
Cromo Cr L = Metal para g =
solda decapado
Designação dos metaispuros dek
= recozido
Ex.: oxidável
com efeito
Zn 99 , 99 decorativo
Exemplos:
Pureza = 99,99%
Elemento químico GD-Zn Al 4 Cu1 Liga de zinco fundido sob pressão com 4% de Al,
1% de Cu.
Obtenção dos metais AlCu Mg1 F40 Liga de alumínio com 4% de Cu, 1% de Mg e
resistência a tração de 40kgf/mm2 390N/mm2.
Os minérios de onde são retirados os metais, além do próprio metal,
contêm também impurezas, tais como: oxigênio, hidrogênio e enxo- fre. As propriedades dos metais puros podem ser melhoradas através de
A quantidade (porcentagem) de metal varia em função do tipo de elementos de liga.
minério.
Liga é um processo onde se misturam dois ou mais elementos entre si
O esquema abaixo mostra o processo de obtenção da maioria dos no estado líquido.
metais.
Nos metais ligados, geralmente a dureza e a resistência aumentam,
Para se obter um metal quase que totalmente puro (99,99%) usam- se enquanto a ductilidade e a condutibilidade elétrica diminuem.
normalmente outros processos além do processo normal de alte-
ração do metal siderúrgico, os quais dependem do tipo de metal.
Afinagem Chumbo 2%
(eliminação das impurezas)
Zinco 40%
Metal siderúrgico
Liga de cobre
Metal puro
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O chumbo é muito dúctil, fácil de dobrar, laminar, martelar (a frio). Os Designação do zinco
tubos são curvados com auxílio de uma mola ou enchendo-os de
areia fina e seca, ou com ajuda de um aparelho de curvar. Norma DIN 1706
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Liga-se perfeitamente a outros metais: cobre, chumbo e antimônio. Laminado, o latão é empregado na confecção de chapas, perfis de
, ,
A solda de estanho é possível sobre latão, aço e aço fundido. qualquer forma ( ) e tubos de radiadores.
Para melhorar as propriedades dos metais com base o cobre, são O bronze é uma ligas com 60% de cobre e um ou vários elementos de
adicionadas ligas de outros metais, como o zinco e o estanho. As ligas liga. O bronze pode ser classificado em ligas fundidas e ligas
de cobre possuem cores diferentes, conforme o metal que entra na laminadas. O quadro a seguir mostra os diversos tipos de bronze.
constituição da liga e na proporção em que é adicionado. As ligas de
cobre mais important es são: latão, bronze e latão vermelho. Tipos de bronze
Bronze
Latão - ao estanho
É uma liga de cobre e de zinco com um teor mínimo de 50% de cobre. - fosforoso
- ao alumínio
- ao chumbo
Produção do latão - ao silício
- ao manganês
Cobre Zn - ao berílio
Latão
Tomback, Latão especial Ligas de Ligas de
Laminação Fundição
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Densidade () G - Cu Sn 10 Zn
7,6 - 8,8 kg
G = Fundido
dm 3
10% de estanho
Ponto de fusão 900 - 1000ºC
3% de zinco
Resistência à tração
350 - 770 N 87% de cobre
mm 2
Bronze ao estanho
G - Cu Pb 15 Sn
75% de cobre
15% de chumbo
8% de estanho
2% de zinco
Bronze ao alumínio
Esta liga tem de 4 a 9% de alumínio. Resist ente à corrosão e ao
desgaste. Utilizada na construção de buchas, parafusos sem-fim e
rodas-dentadas.
Cu Al8 Fe F45
89% de cobre
8% de alumínio
1% de ferro
F45 - resistência à tração = 450N/mm2 O torno básico é o torno universal; estudando seu funcionamento, é
possível entender todos os outros tipos de torno, por mais sofistica- dos
que sejam.
Partes principais do torno
Latão vermelho (bronze ao zinco)
As partes principais do torno universal são: placa, cabeçote fixo,
O latão vermelho é uma liga de cobre, estanho (bronze) e zinco, cujo recâmbio, caixa de engrenagem, barramento, carro principal e cabe-
componente predominante é o cobre. çote móvel.
Densidade 8,6 kg
dm 3
Ponto de fusão 900 - 1000ºC
Resistência à tração
240 - 650 N
mm 2
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Cabeçote fixo No avanço automático, a vara com uma rosca sem-fim movimenta um
Cabeçote fixo é um conjunto constituído de carcaça, engrenagens e eixo- conjunto de engrenagens ligadas à cremalheira do barramento que, por sua
árvore. O elemento principal do cabeçote é o eixo-árvore, também chama- vez, desloca o carro.
do árvore ou eixo principal, onde está montada a placa, responsável pelo
movimento de rotação da peça; o eixo-árvore é vazado de ponta a ponta,
de modo a permitir a passagem de barras.
Caixa Norton
Também conhecida por caixa de engrenagem, é formada por carcaça, eixos
e engrenagens; serve para transmitir o movimento de avanço do recâmbio
para a ferramenta.
Recâmbio
O recâmbio é a parte responsável pela transmissão do movimento de
rotação do cabeçote fixo para a caixa Norton. É montado em uma O avental transforma os movimentos giratórios do fuso ou da vara em
grade e protegido por uma tampa a fim de evitar acidentes. As en- movimento retilíneo longitudinal ou transversal em relação ao eixo-
grenagens do recâmbio permitem selecionar o avanço para a ferra- árvore, permitindo o avanço da ferramenta sobre a peça.
menta.
Barramento
Barramentoé a parte do torno que sustenta os elementos fixos e móveis do
torno. Na parte superior do barramento estão as guias prismáticas,que
devem ter um paralelismo perfeito em relação ao eixo-árvore, a fim de
garantir o alinhamento damáquina.
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Cabeçote móvel
O cabeçote móvel é a parte do torno que se desloca sobre o barra-
mento, oposta ao cabeçote fixo; a contraponta e o eixo principal estão
situados na mesma altura e determinam o eixo de rotação da
superfície torneada.
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servir para fixar o mandril de haste cônica para furar com broca no
torno;
Base - desliza sobre o barramento e serve de apoio ao corpo.
Mangote - é uma luva cilíndrica com um cone morse num lado e uma
porca no outro; a ponta com o cone morse serve para prender a
contraponta, a broca e o mandril; o outro lado é conjugado a um
parafuso, que ao ser girado pelo volante, realiza o movimento de
avanço e recúo.
Acessórios do torno
servir de suporte direto para ferramentas de corte de haste côni- ca
como brocas, alargadores e machos; O torno tem vários tipos de acessórios que servem para auxiliar na
execução de muitas operações de torneamento.
Placa de 3 casta-
fixar peças cilíndricas
nhas
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servir de mancal
Luneta fixa e na usinagem de
móvel eixos longos e de
pequeno diâmetro Furação
A furação permite abrir furos de centro em materiais que precisam ser
trabalhados entre duas pontas ou entre placa e ponta. Também é um
adequar o cone da passo prévio para fazer furo com broca comum.
haste cônica das
Bucha cônica brocas ou mandris
com encaixe côni-
co do mangote e
eixo-árvore
Operações do torno
O torneamento é um processo de usinagem que se baseia no movi-
mento da peça ao redor de seu próprio eixo, com a retirada progres-
siva de cavaco. O cavaco é cortado por uma ferramenta de um só
gume cortante, com dureza superior à do material a ser cortado.
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Ferramentas de Corte
Aço rápido
As ferramentas de aço rápido possuem, além do carbono,
vários elementos de liga, tais como tungstênio (W), cobalto (Co),
Torneamento cônico interno cromo (Cr), vanádio (Va), molibdênio (Mo) e boro (B), que são res-
Neste tipo de torneamento, o ângulo de deslocamento do carro supe- ponsáveis pelas propriedades de resistência ao desgaste e aumen-
rior é igual ao ângulo de inclinação do cone que se pretende fabricar. tam a resistência de corte a quente até 550º C, possibilitando maior
A ferramenta é a mesma utilizada no broqueamento e o controle de velocidade de corte em relação às ferramentas de aço carbono.
conicidade é feito com um calibrador cônico.
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Ângulo de saída
Ângulo de folga
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Ângulo da ponta
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Ângulo negativo - é usado nos trabalhos de desbaste e em Ângulos recomendados em função do material
cortes interrompidos de peças quadradas, com rasgos ou com ressal-
Ângulos
tos, em materiais duros, quando a ponta da ferramenta for a parte Material
mais baixa em relação à aresta de corte. Nesta situação, o cavaco se
apresenta sob forma helicoidal a contínua. Aço 1020 até 450N/mm 2 8 55 27
Aço 1045 420 a 700N/mm2 8 62 20
Aço 1060 acima de 700N/mm 2 8 68 14
Aço ferramenta 0,9%C 6a 8 72 a 78 14 a 18
Aço inox 8 a 10 62 a 68 14 a 18
FoFo brinell até 250HB 8 76 a 82 0a6
FoFo maleável ferrítico brinell até 150HB 8 64 a 68 14 a 18
FoFo maleável perflítico brinell de 160HB a
240HB 8 72 10
Cobre, latão, bronze (macio) 8 55 27
Latão e bronze (quebradiço) 8 79 a 82 0a3
Bronze para bucha 8 75 7
Alumínio 10 a 12 30 a 35 45 a 48
Duralumínio 8 a 10 35 a 45 37 a 45
Duroplástico
Celeron, baquelite 10 80 a 90 5
Ebonite 15 75 0
Fibra 10 55 25
Termoplástico
PVC 10 75 5
Acrílico 10 80 a 90 0
Ângulo positivo - diz-se que é positivo quando a ponta da Teflon 8 82 0
ferramenta em relação à aresta de corte for a parte mais alta; é usa- Nylon 12 75 3
p onde
aço rápido: r = 4x s; ou r ; r raio da ponta da
4 ferramenta
metal duro: s 1,0mm/r r = 1mm s avanço
s 1,0mm/r r = s p profundidade
mm/r unidade de
avanço
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1. desbastar 4. formar
2. alisar 5. roscar
3. sangrar 6. tornear com haste
Ferramenta de desbastar
Remove o cavaco mais grosso possível, levando-se em conta a
resistência da ferramenta e a potência da máquina. O desbaste pode
ser feito à direita ou à esquerda, com ferramenta reta ou curva, po-
dendo ser de aço rápido, carboneto metálico soldado ou intercambiá-
vel.
Ferramenta de facear
Empregada para desbastar e para fazer acabamento, pode ser curva
ou reta; o trabalho pode ser feito do centro para a periferia, da perife-
ria para o centro, à esquerda e à direita.
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Ferramenta de sangrar
A ferramenta para sangrar é o bedame, que corta o material perpen-
dicularmente ao eixo de simetria da peça, no sentido de fora para
dentro, formando canais. É usada na fabricação de arruelas, polias,
eixos roscados e canais para alojar anéis de trava ou de vedação e
saídas de ferramentas. Para a execução de canais em peças cilíndricas, como por exemplo
na saída de ferramentas, as dimensões e a forma das ranhuras são
padronizadas com a finalidade de aumentar a vida útil da peça e da
ferramenta. As normas que padronizam a forma e as dimensões de
saída para ferramentas e rebolos são a NBR 5870 e DIN 509. As
ferramentas são normalmente afiadas com raios e ângulos em con-
cordância.
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FURADEIRA
Furadeira é uma máquina-ferramenta que permite executar opera-
ções como furar, roscar com machos, rebaixar, escarear e alargar
furos. Essas operações são executadas pelo movimento de rotação e
avanço das ferramentas fixadas no eixo principal da máquina.
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a-) de bancada (também chamada de sensitiva, porque o avanço da A furadeira múltipla possui vários fusos alinhados para executar
ferramenta é dado pela força do operador) - tem motores de pequena operações sucessivas ou simultâneas em uma única peça ou em
potência e é empregada para fazer furos de até 15 mm de diâmetro. A diversas peças ao mesmo tempo. É usada em operações seriadas nas
transmissão do movimento é feita por meio de sistema de polias e quais é preciso fazer furos de diversas medidas.
correias.
A furadeira de fusos múltiplos é aquela na qual os fusos trabalham
juntos, em feixes. Cada um dos fusos pode ter uma ferramenta dife-
Furadeira rente de modo que é possível fazer furos diferentes ao mesmo tempo
de coluna na mesma peça. Em alguns modelos, a mesa gira sobre seu eixo
de bancada central. É usada em usinagem de uma só peça com vários furos, como
blocos de motores, por exemplo, e produzida em grandes quantidade
de peças seriadas.
Alavanca
de avanço
manual
Furadeira
de coluna
de piso
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O movimento de avanço de uma broca ou de qualquer outra ferra- Broca helicoidal com haste cilíndrica
menta fixada no eixo principal da furadeira de coluna pode ser execu-
tado manual ou automaticamente.
Manuseio da furadeira
Broca helicoidal com haste cônica
Para obter um bom resultado nas operações com a furadeira, a
ferramenta deve estar firmemente presa à máquina a fim de que gire
perfeitamente centralizada. A peça, por sua vez, deve estar igual-
mente presa com firmeza à mesa da máquina.
Se o furo a ser executado for muito grande, deve-se fazer uma pré
furação com brocas menores.
Uma broca de haste cônica não deve jamais ser presa a um mandril
que é indicado para ferramentas de haste cilíndrica paralela.
BROCAS
A broca é uma ferramenta de corte geralmente de forma cilíndrica,
fabricada com aço rápido, aço carbono, ou com aço carbono com = ângulo de ponta = ângulo da arestatransversal
ponta de metal duro soldada ou fixada mecanicamente, destinada à
execução de furos cilíndricos.
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A broca corta com as suas duas arestas cortantes como um sistema b) ângulo lateral de folga (representado pela letra grega , lê-se alfa)
de duas ferramentas. Isso permite formar dois cavacos simétricos. – tem a função de reduzir o atrito entre a broca e a peça. Is- so
facilita a penetração da broca no material. Sua medida varia entre
6 e 27º, de acordo com o diâmetro da broca. Ele também deve ser
Além de permitir a saída do cavaco, os canais helicoidais permitem a
determinado de acordo com o material a ser furado: quanto mais
entrada do líquido de refrigeração e lubrificação na zona de corte.
duro é o material, menor é o ângulo de folga.
As guias que limitam os canais helicoidais guiam a broca no furo. Elas
são cilíndricas e suficientemente finas para reduzir o atrito nas
paredes do orifício. As bordas das guias constituem as arestas late-
rais da broca.
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Formato D
Afiação com cone
duplo Ferro fundido
Formato E Ligas de alumínio, e) broca com pastilha de metal duro para metais é utilizada na
Ponta para cen- cobre e zinco furação de aços com resistência à tração de 750 a 1400 N/mm2 e
trar Chapa fina aços fundidos com resistência de 700 N/mm2. è empregada
Papel também na furação de peças fundidas de ferro, alumínio, latão.
Brocas especiais
Além da broca helicoidal existem outros tipos de brocas para usina-
gens especiais. Elas são por exemplo:
a) broca de centrar – é usada para abrir um furo inicial que servirá
como guia no local do furo que será feito pela broca helicoidal.
Além de furar, esta broca produz simultaneamente chanfros ou
raios. Ela permite a execução de furos de centro nas peças que f) broca com pastilha de metal duro para concreto tem canais
vão ser torneadas, fresadas ou retificadas. Esses furos permitem
projetados para facilitar o transporte do pó, evitando o risco de
que a peça seja fixada por dispositivos entre pontas e tenha mo-
obstrução ou aquecimento da broca. Diferencia-se da broca com
vimento giratório.
pastilha de metal duro para metais pela posição e afiação da pas-
tilha, e pelo corpo que não apresenta guias cilíndricas.
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h) broca trepanadora é uma broca de tubo aberto com pastilhas de A fresadora é constituída das seguintes partes principais: corpo, eixo
metal duro intercambiáveis. É utilizada na execução de furos principal, mesa, carro transversal, suporte da mesa, caixa de veloci-
passantes de grande diâmetro. O uso dessa broca diminui a pro- dade do eixo principal, caixa de velocidade de avanço, torpedo.
dução do cavaco porque boa parte do núcleo do furo é aproveita-
da para a confecção de outras peças.
Características da fresadora
Para a usinagem de materiais na fresadora, utiliza-se a fresa, uma
ferramenta de corte de múltiplas arestas que é montada no eixo
porta-fresas.
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Funcionamento
Na fresadora, distinguem-se dois movimentos essenciais.
1. o movimento de corte (da ferramenta de rotação contínua);
2. o movimento de avanço da peça, que é fixada a uma mesa que se
movimenta segundo três eixos ortogonais, ou é dotada de mo-
vimento giratório por meio de fixação em placas giratórias da me-
sa divisora e divisores.
Condições de uso A Fresadora copiadora trabalha com uma mesa e dois cabeçotes: o
Para que o rendimento do trabalho seja o melhor possível, a fresado- cabeçote apalpador e o de usinagem. Essa fresadora realiza o traba-
lho de usinagem a partir da cópia de um modelo dado.
ra deve ser mantida em bom estado de conservação.
Tipos de fresadoras
As máquinas fresadoras são geralmente classificadas de acordo com
a posição do eixo-árvore em relação à mesa de trabalho e de acordo
com o tipo de trabalho que realizam. Assim, de acordo com a posição
do eixo-árvore, elas podem ser:
horizontal;
vertical;
mista.
De acordo com o trabalho que realizam, elas podem ser: A fresadora geradora de engrenagens permite a usinagem em alta
copiadora; produção de engrenagens. Os processos de geração de engrena-
geradora de engrenagens; gens por meio desse tipo de máquina-ferramenta são de três tipos
pantográfica; condicionados ao tipo da máquina. Eles são:
universal. Processo Renânia, no qual o movimento giratório sincronizado entre
a ferramenta (denominada de “caracol”) e a peça possibilita maior
A fresadora é horizontal quando seu eixo-árvore é paralelo à mesa da produção com perfil exato da evolvente;
máquina. Processo Fellows e Maag, nos quais o movimento principal de corte
da ferramenta é linear (parecido com o da plaina vertical) e o
movimento da peça é giratório. Nesses processos, a produção é
menor, mas possibilita a usinagem de engrenagens escalonadas e
internas.
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Fresadora Universal
Além das características comuns a todas as fresadoras, a fresadora
universal apresenta dois eixos-árvore: um horizontal e outro vertical.
FRESAS
Na fresagem, usa-se uma ferramenta multicortante chamada de fresa
que retira cavacos por meio de movimentos circulares enquanto a
peça se desloca com movimentos retilíneos.
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Para cortar o material, os dentes da fresa têm forma de cunha que Quanto à disposição dos dentes na ferramenta, estes podem estar
apresentam os seguintes ângulos: paralelos ao eixo da fresa ou possuir formato helicoidal.
ângulo de saída
ângulo de cunha
ângulo de folga
Tipos de fresas
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Fresa circular de corte de três lados e dentes retos Fresas angulares: são fresas usadas na usinagem de perfis
em ângulo, como encaixes do tipo rabo-de-andorinha.
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Fresa de perfil constante semi-circular convexa As pastilhas de metal duro possuem um formato geométrico que
proporciona a troca das arestas de corte numa mesma pastilha. Isso
possibilita o aumento da produtividade devido à diminuição de parada
de máquina para afiações. Os cabeçotes para fresar são dotados de
dispositivos para a fixação rápida da pastilha que pode ser por mo- las,
grampos, parafusos e pinos ou garras. Na primeira montagem das
pastilhas, estas devem ser calibradas para que um bom acaba- mento
seja obtido.
Trem de fresagem
Para a execução de fresagem de peças com perfis diferentes, pode-
se montar um trem de fresagem, se uma máquina com potência
suficiente está disponível.
Fresa de perfil constante semi-circular côncava
Fresa módulo
A montagem de um trem de fresagem traz uma grande economia de
tempo, já que várias operações podem ser executadas ao mesmo
tempo.
Fixação da fresa
A fresa deve trabalhar concentricamente em relação ao eixo-árvore da
máquina-ferramenta. Quando isso não acontece, as navalhas ou
dentes mais salientes da fresa sofrem um desgaste prematuro e um
esforço demasiado que ocasiona ondulações na superfície da peça e,
conseqüentemente, diminuição da produtividade.
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d
Vc
t
Em “n” rotações:
dn
Vc
t
Velocidade de Corte
Nessa fórmula, é igual a 3,14 (valor constante), d é o diâmetro da
Para que haja corte de um determinado material por meio de uma peça ou da ferramenta e n é o número de rotações por minuto.
ferramenta, é necessário que o material ou a ferramenta se movi-
mente um em relação ao outro. Como o número de rotações é determinado a cada minuto, a Vc pode
dn
O modo para determinar ou comparar a rapidez desse movimento é a ser representada: Vc ou Vc = dn.
velocidade de corte, representada pelo símbolo Vc. 1min
O diâmetro da peça é dado, geralmente, em milímetros. Assim, para
obter a velocidade teórica em metros por minuto, é necessário con-
verter a medida do diâmetro em metros:
dn dn
Vc ou
Vc (m /min)
1000 1000
Observação: 1m = 1000mm
Nas máquinas-ferramentas onde o movimento de corte é linear, por
Velocidade de corte é, pois, o espaço percorrido pela ferramenta ou exemplo, na plaina, brochadeira e serra alternativa a peça ou a
peça em uma unidade de tempo. ferramenta são submetidas a um movimento. Nessas máquinas a
velocidade é variável de zero até um valor máximo, porque a peça ou
A Vc pode variar de acordo com o tipo e a dureza da ferramenta e a ferramenta pára nas extremidades do curso e vai aumentando a
também com a resistência à tração do material a ser usinado. velocidade até chegar ao seu valor máximo.
Matematicamente a velocidade de corte é representada pela fórmula:
e
Vc =
t
Nessa fórmula, Vc é a velocidade de corte, e é o espaço percorrido
pela ferramenta e t é o tempo gasto.
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Exemplo:
Para um rebolo vitrificado cuja a velocidade periférica normal é da
ordem de 30/35 m/s a velocidade do grão seria de 1.800 / 2.100
m/min, enquanto uma fresa costuma trabalhar a 90 m/min.
Retificação é a operação de usinagem por abrasão na qual se usa Quando se trata de plainas, o movimento é linear alternado e é ne-
uma ferramenta multicortante denominada rebolo. Ela tem por finali- cessário calcular a quantidade de golpes por minuto.
dade corrigir irregularidades na superfície da peça de modo que ela
apresente medidas mais exatas. Esse tipo de cálculo é constantemente solicitado ao profissional da
área de mecânica.
Na retificação, a fim de obter o melhor resultado na operação, deve- se
considerar a velocidade do rebolo. Assim, os rebolos não devem As unidades de rotações e de golpes por minuto são baseados no
ultrapassar a velocidade periférica máxima indicada pois, com o Sistema Internacional (SI), expressas em 1/min ou min-1, isto é, o
aumento da velocidade, ocorre um aumento da força centrífuga que número de rotações ou de golpes por um minuto. As antigas abrevia-
pode romper o rebolo. ções r.p.m. (rotações por minuto) e g.p.m. (golpes por minuto), estão
em desuso, porque não caracterizam uma unidade. Assim,
A velocidade máxima é determinada em função do tipo de aglutinante
do rebolo e do tipo de trabalho a ser realizado. 1 rpm = 1/min 1 gpm = 1/min
600 rpm = 600/min 50 gpm = 50/min
A tabela a seguir mostra as velocidades máximas recomendadas para
cada tipo de aglutinante.
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Exemplo 1
Vc 1000 Calcular o número de rotações por minuto para furar uma peça de aço
nr = [1/ min] ou [min-1] ABNT 1020 com resistência de até 500 N/mm2 com uma broca de 10
d mm de diâmetro.
Dados da máquina: 100; 200; 250; 320; 400; 500; 630; 800; 1000;
Nesta fórmula, nr é o número de rotações; Vc é a velocidade de corte; d 1250/min.
é o diâmetro do material e é 3,1416 (constante).
Como o diâmetro das peças é dado em milímetros e a velocidade de d = 10mm Vc = 28 a 32 m/min (dados de
corte é dada em metros por minuto, é necessário converter milíme- 318 Vc 318 28 tabela)
tros em metros. Por isso, o fator 1000 é usado na fórmula de cálculo. nr
d 10 nr = 890,4 /min
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Como a velocidade dos rebolos é alta (da ordem de 2100 m/min), seus
Fluidos de Corte
fabricantes expressam-na em metros por segundo (m/s) a fim de
diminuir seu valor numérico. Por isso, é necessário multiplicar a
fórmula original por 60 (porque 1 minuto = 60 segundos), de modo a
adequá-la à velocidade dos rebolos. Assim,
Um fluido de corte é um material composto, na maioria das vezes
líquido, que deve ser capaz de: refrigerar, lubrificar, proteger contra a
Vc 1000 60 oxidação e limpar a região da usinagem.
nr =
d
Vc 1000 60 Vc
nr = 19098,5
d 3,1416 d
nr 19100 Vc
d
nr 19100 Vc 19100 35 nr 2228,3/min Como protetor contra a oxidação, ele protege a peça, a ferramenta e o
d 300 cavaco, contribuindo para o bom acabamento e aspecto final do
trabalho.
Exemplo de cálculo para retificadora cilíndrica A ação de limpeza ocorre como conseqüência da aplicação do fluido
Para retificar um eixo temperado de aço ABNT 1060, com diâmetro de em forma de jato, cuja pressão afasta as aparas deixando limpa a zona
50 mm em uma retificadora cilíndrica que utiliza um rebolo vitrifi- cado de corte e facilitando o controle visual da qualidade do trabalho.
de 250 mm de diâmetro. Determinar as rotações da peça e do rebolo,
sabendo-se que a velocidade de corte do rebolo é igual a 35 m/s e da O abastecimento do fluido de corte em uma máquina-ferramenta é
peça é igual a 0,30 m/s. geralmente feito por meio de uma bomba e conduzido por manguei-
ras até o ponto de aplicação.
Dados da máquina: eixo porta-peça = 50; 75; 100; 125/min
eixo porta-rebolo = 2400/min Depois de refrigerar a ferramenta e a peça, o fluido cai para a mesa
onde é recolhido por canais e levado, por meio de um tubo, para o
Rotações do rebolo: reservatório. Do reservatório, a bomba aspira novamente o fluido para
devolvê-lo sobre a ferramenta e a superfície de trabalho.
19100 Vc 19100 35
nr = 2674/min
d 250
Rotação adotada: 2400/min
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O grupo maior, mais importante e mais amplamente empregado é, Ver folhas em anexo
sem dúvida, o composto pelos líquidos. Eles estão divididos em três
grandes grupos:
1. O grupo dos óleos de corte integrais, ou seja, que não são mistu-
rados com água, formado por: óleos minerais (derivados de petróleo), Manuseio dos fluidos
óleos graxos (de origem animal ou vegetal), óleos compostos (mine-
rais + graxos) e óleos sulfurados (com enxofre) e clorados (com cloro
na forma de parafina clorada). Os fluidos de corte exigem algumas providências e cuidados de
manuseio que garantem seu melhor desempenho nas operações de
usinagem.
2. O grupo dos óleos emulsionáveis ou “solúveis”, formado por: óleos 1. Armazenamento – os fluidos devem ser armazenados em local
minerais solúveis, óleos solúveis de extrema pressão (EP). adequado, sem muitas variações de temperatura. Além disso, de- vem
ser mantidos limpos e livres de contaminações.
3. Fluidos de corte químicos, ou fluidos sintéticos, compostos por
misturas de água com agentes químicos como aminas e nitritos,
fosfatos e boratos, sabões e agentes umectantes, glicóis e germici- 2. Purificação e recuperação – os fluidos de corte podem ficar
das agente EP. contaminados por limalha, partículas de ferrugem, sujeiras diversas.
Nesse caso, podem ser limpos por meio de técnicas de decantação e
filtragem.
Os óleos minerais são a base da maioria dos fluidos de corte. A eles
são adicionados os aditivos, ou seja, compostos que alteram e me-
3. Controle de odor – os fluidos de corte em forma de emulsão, por
lhoram as características do óleo, principalmente quando ele é muito
conterem água, estão sujeitos à ação de bactérias presentes no ar, na
exigido. Os aditivos mais usados são os antioxidantes e os agentes EP.
água, na poeira e que produzem maus odores. Esse problema pode
ser diminuído por meio da constante da limpeza da oficina, pelo
arejamento e pelo tratamento bactericida da emulsão.
Os antioxidantes têm a função de impedir que o óleo se deteriore
quando em contato com o oxigênio do ar.
4. Alimentação – o fluido de corte deve ser aplicado diretamente à
Quando as pressões e as velocidades de deslizamento aumentam, a ponta da ferramenta com alimentação individual de cada ponta. A
alimentação do fluido deve ser iniciada antes que a ferramenta pene-
película de óleo afina até se romper. Para evitar o contato metal com
tre na peça a fim de eliminar o choque térmico e a distorção. As
metal, é necessário usar um agente EP.
ilustrações mostram a maneira adequada de aplicar o fluido em
Os agentes EP são aditivos que reagem quimicamente com a super- diversas operações de usinagem.
fície metálica e formam uma película que reduz o atrito. Entre os tipos
de agentes EP podem-se citar:
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2. Fluidos Solúveis:
Oferecemos para este grupo de produtos as seguintes linhas:
SOL E / SOL SS
São óleos solúveis minerais convencionais e semi-sintéticos, que
formam emulsões leitosas de micela grossa e translúcida de micela
fina. Existindo na linha produtos com diferentes graus de proteção anti-
corrosiva, podendo ser usados em todos os tipos de materiais e
operações de corte, tais como torneamento, furação, fresamento,
retificação, serramento etc.
SOL SU
São fluídos sintéticos com lubricidade, formando soluções incolo-
res ou esverdeadas. São usados em operações de usinagem em geral
e em alguns casos em operação de retificação. A linha SU é utilizada
quando a presença de óleo mineral não é recomenda- da/desejada.
SOL SR
São fluídos sintéticos convencionais, formando soluções incolores
ou esverdeadas. São indicados principalmente em operações de
Os cuidados, porém, não devem se restringir apenas aos fluidos, mas retificação de metais.
também precisam ser estendidos aos operadores que os mani- pulam.
SOL ECO
São solúveis sintéticos de grande lubricidade, isento de óleos
Embora os processos de produção dos fluidos de corte estejam cada minerais e que são formulados com base vegetal formando emulsão
vez mais aperfeiçoados para eliminar componentes indesejáveis, não translúcida. São produtos de “nova geração”, de baixa agressão ao
só no que se refere ao uso, mas também aos aspectos relacionados à meio ambiente. A sua aplicação destina-se às mais diversas opera-
saúde do usuário, o contato prolongado com esses produtos pode ções de corte, semelhantemente a linha SOL E e SOL SS
trazer uma série de problemas de pele, genericamente chamados de
dermatite.
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Valores de referência para vel. corte-ângulo corte-força corte específico Extrato - AWF158
Os valores se referem ao corte seco com:
ferram. aço ráp. para vel. corte V60 (dur. ferram. 60min)
ferram. metal duro para vel. corte V240 (dur. ferram. 240min)
âng. posição = 45º, âng. ponta = 90º, âng. inclin. = 0... 8º
p. metais leves, mat. sint. e prens. = 5... 10º
Os valores de referência valem para profundidades de corte até 5mm, acima de 5mm a velocidade de corte é 10...
20% menor.
Para os valores de força de corte específica vale uma profundidade de corte de 2...10 vezes o avanço.
HSS - (High Speed Steel) aço rápido MD - metal duro
METAIS FERROSOS
Material a ser usinado Velocidade de corte(m/min.)
Fer Avanço (s) em mm/rot.
0,1 0,2 0,4 0,8 1,6
AÇO CARBONO
HSS - 60 45 34 25
com resistência até 500N/mm2 (0,10% a 0,25% C) MD 280 236 200 170 67
HSS - 44 32 24 18
com resistência até 700 N/mm2 (0,30% a0,45%C) MD 240 205 175 145 50
HSS - 32 24 18 13
com resistência até 900 N/mm2 (0,50% a0,60%C) MD 200 170 132 106 34
AÇO LIGA E AÇO FUNDIDO
HSS - 34 25 19 14
com resistência até900N/mm2 MD 150 118 95 75 24
HSS - 24 17 12 8,5
com resistência até 1250N/mm2 MD 118 108 8,5 71 24
HSS - 9 - - -
com resistência até 1500N/mm2 MD 50 40 32 27 8,5
FERRO FUNDIDO
(FC 100 a150) HSS - 48 28 20 14
com resistência até150N/mm2 MD 140 118 95 80 67
(FC 100 a250) HSS - 43 27 18 13
com resistência até250N/mm2 MD 125 90 75 63 53
FMP 55005 HSS - 32 18 13 9,5
com resistência até550N/mm2 MD 106 90 75 63 53
AÇO AOMANGANÊS HSS - - - - -
MD 40 32 25 20 67
METAIS NÃO FERROSOS
ALUMÍNIO
Alumínio puro HSS 400 300 200 118 75
MD 1320 1120 950 850 710
Liga de 11 a 13% silício HSS 100 67 45 30 -
MD 224 190 160 140 118
COBRE
Cobre, latão, comresistência HSS - 125 85 56 36
2 MD 600 530 450 400 355
até 200N/mm
BRONZE
Bronze HSS - 63 53 43 34
com resistência de 210 a 260 N/mm2 MD 355 280 236 200 180
Ligas de bronze, bronzefosforoso HSS - 85 63 48 36
com resistência à tração de 260 a 300N/mm2 MD 500 450 375 335 300
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METAIS FERROSOS
Material a ser usinado Velocidade de corte (m/min.)
AÇO CARBONO
com resistência até 500N/mm2 (0,10% a 0,25% C) 28 - 32
com resistência até 700N/mm2 (0,30% a 0,45% C) 25 - 28
com resistência até 900N/mm2 (0,50% a 0,60% C) 20 - 25
AÇO LIGA E AÇO FUNDIDO
com resistência até900N/mm2 14 - 18
com resistência até1250N/mm2 10 - 14
com resistência até1500N/mm2 6 - 10
FERRO FUNDIDO
com dureza até 200HB 25 - 30
com dureza até 240HB 18 - 25
com dureza acima de240HB 14 - 18
AÇO INOXIDÁVEL
aço inox ferrítico ou martensítico defácil usinagem 8 - 12
de difícil usinagem 5-8
com alta resistência aocalor 3-5
AÇOS AO MANGANÊS 3-5
METAIS NÃO FERROSOS
Material a ser usinado Velocidade de corte (m/min.)
LIGAS DE ALUMÍNIO
com geração de cavaco longo 63 - 100
com geração de cavaco curto 40 - 63
ligas com silício (Silumin) 32 - 50
LATÃO
até Ms 58 63 - 90
até Ms 60 32 - 63
COBRE
Cobre “standard” 40 - 63
Cobre eletrolítico 28 - 40
BRONZE
Ligas de bronze, bronze fosforoso 28 - 32
Bronze 16 - 28
LIGAS DE METAL
de fácil usinagem 8 - 12
de difícil usinagem 4- 8
LIGAS DE MAGNÉSIO 80 - 100
ZINCO E SUAS LIGAS - ZAMAK 32 - 50
ALPACA 40 - 63
TITÂNIO E LIGAS DE TITÂNIO 6- 9
MATERIAIS NÃO-METÁLICOS
Material a ser usinado Velocidade de corte (m/min.)
Termoplásticos (Nylon, PVC, Teflon, Acrílico, etc); borracha 25 - 40
Plásticos termofixos (duros) com ou sem fibras (baqueline, PVC lamin. 16 - 25
com fibra de vidro,etc)
Borracha sintética (ebonite,vulcanite) 18 - 30
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PROPRIEDADES
TIPOS COMPOSIÇÃO
Proteção conta a
Resfriamento Lubrificação corrosão EP Resistência à corrosão
Óleos minerais Derivado de petróleo. ....... Ótima Excelente ....... Boa
1 Brochamento. A A A ou J A ou K D C
3 Roscamento com A ou C B ou C B ou C B ou C D ou H D ou H
cossinete.
Corte e acab. de
4 dentes de engrena- B B B A G ou H J ou K
gem.
4 Oper. c/ alargador. D C B A F G
5 Furação profunda. E ou D E ou C E ou B E ou A E ou D E ou D
6 Fresamento. E, C ou D E, C ou D E, C ou D C ou B E, H a K E, H a K
7 Mandrilamento. C C C C E E
7 Furação múltipla. C ou D C ou D C ou D C ou D F G
Torneamento em
8 máquinas automáti- C ou D C ou D C ou D C ou D F G
cas.
9 Aplainamento e torne- E E E E E E
amento.
10 Serramento, retifica- E E E E E E
ção.
Legenda:
A - óleo composto com alto teor de enxofre (sulfurado)
B - óleos compostos com médios teores de enxofre (sulfurado) ou substâncias cloradas (clorado)
C - óleos compostos com baixo teores de enxofre ou substâncias cloradas
D - óleo mineral clorado
E - óleos solúveis em água
F, G, H, J, K - óleo composto com conteúdo decrescente de óleo graxo de F a K
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