NR17
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NR17
Horária : 50 horas
Sumário
1- Introdução ao Tema
2- Apresentação da NR 17
3- Existência Jurídica
4- O que é Ergonomia
5- Análise Ergonômica
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Existência Jurídica
A NR 17 tem a sua existência jurídica assegurada através do artigos 198 a 199 da CLT, transcrito abaixo:
Art. 198. É de 30 kg (sessenta quilogramas) o peso máximo que um empregado pode remover individualmente,
ressalvadas as disposições especiais relativas ao trabalho do menor e da mulher.
Parágrafo único. Não está compreendida na proibição deste artigo a remoção de material feita por impulsão ou tração
de vagonetes sobre trilhos, carros de mão ou quaisquer outros aparelhos mecânicos, podendo o Ministério do
Trabalho, em tais casos, fixar limites diversos, que evitem sejam exigidos do empregado serviços superiores às suas
forças.
Art. 199. Será obrigatória a colocação de assentos que assegurem postura correta ao trabalhador, capazes de evitar
posições incômodas ou forçadas, sempre que a execução da tarefa exija que trabalhe sentado.
Parágrafo único. Quando o trabalho deva ser executado de pé, os empregados terão à sua disposição assentos para
serem utilizados nas pausas que o serviço permitir.
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O que é Ergonomia
Em agosto de 2000, a IEA (Associação Internacional de Ergonomia) adotou a definição oficial de que a Ergonomia (ou
Fatores Humanos) é uma disciplina científica relacionada ao entendimento das interações entre os seres humanos e
outros elementos ou sistemas, e à aplicação de teorias, princípios, dados e métodos a projetos a fim de otimizar o
bem estar humano e o desempenho global do sistema. Os Ergonomistas contribuem para o planejamento, projeto e a
avaliação de tarefas, postos de trabalho, produtos, ambientes e sistemas de modo a torná-los compatíveis com as
necessidades, habilidades e limitações das pessoas.
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Análise Ergonômica
A análise ergonômica do trabalho é prevista na regulamentação brasileira desde 1990, mas sua realização, na
prática, está cercada de controvérsias em função da falta de indicadores quantitativos para a maioria dos casos
tornando, desta maneira, a análise extremamente simples em casos complexos.
Observação: Existem diversas metodologias para pesquisas ergonômicas, sendo que algumas delas podem ser
encontradas em livros especializados nessa área.
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O que deve Conter em uma Análise Ergonômica?
A análise ergonômica do trabalho, também conhecida pela sigla AET, deve conter as seguintes etapas:
- Análise global da empresa no seu contexto das condições técnicas, econômicas e sociais;
- Diagnóstico;
- Validação do diagnóstico;
- Recomendações;
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Manejo Manual de Cargas
Podemos mencionar que os conceitos relacionados às técnicas de manuseio, levantamento e carregamento de
cargas sofreram mudanças importantes, durante os últimos tempos, principalmente depois da introdução dos
modelos biomecânicos, que demonstraram não haver muita vantagem na chamada técnica correta contra a
técnica errada. É importante que todo treinamento relacionado a esse item, considere os novos conceitos
ergonômicos relacionadas ao manuseio de cargas.
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Manejo Manual de Cargas
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1) Posicionar a carga perto do seu corpo (posição inicial) e colocar os pés separados e o corpo devidamente equilibrado.
2) Abaixar o tronco dobrando o joelho, mantendo pescoço e costas retas.
3) Segurar a carga firmemente e levantá-la gradualmente, com os braços estendidos.
4) Ao caminhar, deve aproximar a carga do corpo e mantê-la centralizada entre as pernas.
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Manejo Manual de Cargas
O que é considerado transporte manual regular de carga para fins de aplicação da NR 17?
De acordo com o item 17.2.1.2 da NR 17, transporte manual regular de cargas designa toda atividade realizada de
maneira contínua ou que inclua, mesmo deforma descontínua, o transporte manual de cargas.
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Manejo Manual de Cargas
Como dissemos anteriormente, levantar e carregar cargas pesadas manualmente deve ser evitado. Tais
atividades devem ser executadas por equipamentos mecânicos, sempre que possível, ou então, com a ajuda da
força coletiva dos trabalhadores.
A CLT, em seu art. 198, fixe o peso máximo de 30 kg para o levantamento manual de carga. Antes, era de 60 kg. é
sabido que as atividades envolvendo o manuseio frequente de cargas acima de 50 kg, bem como o manuseio de
pesos em determinadas posições, particularmente, levantando-os do chão, aumentam, substancialmente, a
incidência de lombalgias e outras doenças envolvendo a coluna vertebral.
Em 1991, o NIOSH (National Institute for Occupational Safety and Health - U.S.A.) propôs um limite de peso
recomendado (L.P.R.) e o índice de levantamento (I.L.). Assim sendo, existe uma fórmula de cálculo estabelecida
para uma situação qualquer de trabalho de levantamento manual de carga. O limite de peso recomendado (23
kg) representa, para uma determinada situação de trabalho, o valor em que mais de 90% dos homens e mais de
75% das mulheres conseguem levantar sem sofrer efeitos nocivos. Na comunidade europeia, vem se formando
um consenso em torno de 25 kg.
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MOBILIÁRIO DO POSTO DE TRABALHO
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MOBILIÁRIO DO POSTO DE TRABALHO
A altura em que se realiza o trabalho é importante. Se ela não for a correta, o corpo se cansa rapidamente.
A altura de trabalho confortável varia de acordo com o tipo de trabalho que está sendo feito. Se o trabalho
requer precisão, onde a visão é importante, logo a altura de trabalho deve ser maior. O trabalho de precisão
geralmente exige uma sustentação para os braços. Já quando se tratar de trabalho pesado, a altura do plano de
trabalho deve, para certas operações, ser baixo o suficiente para permitir que o trabalhador use o peso do seu
corpo da melhor forma.
Essa altura que tanto falamos deve ser a necessária para que o trabalho possa ser feito sem que as costas se
curvem e que os ombros fiquem relaxados em suas posições normais.
Existem diferentes tipos de trabalho e que cada tipo exige uma altura de trabalho diferente. Assim, a altura de
trabalho pode ser variada, de acordo com as necessidades pessoais, com a ajuda de uma mesa de trabalho
ajustável, por exemplo.
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MOBILIÁRIO DO POSTO DE TRABALHO
Trabalhar sentado.
Passar o dia todo sentado não é bom para o corpo, por isso, deve-se haver variação no tipo de trabalho
executado. Uma boa cadeira permite alternar a forma de realizar o trabalho e na posição das pernas. O modelo
da cadeira (de preferência ajustável na altura) deve ser adequada para o trabalho que está sendo executado e
estar de acordo com altura da mesa de trabalho.
É necessário que haja espaço para as pernas, para permitir que elas se movimentem livremente.
A altura da cadeira é mais confortável quando os pés estão apoiados no chão. Quando isso não for possível, um
descanso para os pés pode ajudar a aumentar o conforto da posição.
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MOBILIÁRIO DO POSTO DE TRABALHO
b) A altura do posto de trabalho ajustada à altura do trabalhador, de forma que a área de trabalho esteja
nivelada com os cotovelos, com as costas retas e com os ombros relaxados;
c) O trabalhador deve ficar de frente para a mesa, com o peso distribuído igualmente em ambos os pés,
além de que, deve haver espaço suficiente para as pernas e pés;
d) A natureza especial do trabalho pode significar uma mudança na altura do plano de trabalho;
e) Os controles, como alavancas e interruptores, devem estar abaixo da altura dos ombros;
f) A área sobre a qual está o trabalhador, deve ser adequada para as condições de trabalho;
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De acordo com o item 17.4.3 da NR 17, os seguintes cuidados devem ser tomados com equipamentos utilizados no
processamento eletrônico de dados com terminais de vídeo:
- Condições de mobilidade suficientes para permitir o ajuste da tela do equipamento à iluminação do ambiente,
protegendo-a contra reflexos, e proporcionar corretos ângulos de visibilidade ao trabalhador;
- O teclado deve ser independente e ter mobilidade, permitindo ao trabalhador ajustá-lo de acordo com as tarefas a
serem executadas;
- A tela, o teclado e o suporte para documentos devem ser colocados de maneira que as distâncias olho-tela, olho-
teclado e olho-documento sejam aproximadamente iguais.
Deve-se ver facilmente o trabalho sendo executado. A maioria dos objetos deve estar a 50 cm de distância dos
olhos, já que eles não são tão pequenos. Se os objetos forem muito pequenos, eles devem ser colocados num plano
elevado ou deve-se utilizar uma lente de aumento. Caso contrário, você terá que se curvar para a frente com a
cabeça inclinada para baixo, criando uma tensão desnecessária no pescoço.
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De uma forma geral, as condições ambientais de trabalho devem estar adequadas às
características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado.
Segundo o item 17.5.2 da NR 17, nos locais de trabalho onde são executadas atividades
que exijam solicitação intelectual e atenção constante, tais como: salas de controle,
laboratórios, escritórios, salas de desenvolvimento ou análise de projetos, salão de
reuniões, dentre outros, são recomendadas as seguintes condições de conforto:
- Níveis de ruído de acordo com o estabelecido na norma ABNT NBR 10152;
- Índice de temperatura efetiva entre 20 e 23ºC;·
- Velocidade do ar não-superior a 0,75 m/s;
- Umidade relativa ao ar não-inferior a 40% .
A norma técnica ABNT NBR 10.152 propõe os
níveis de conforto e os níveis máximos de ruído
para o trabalho, em situação de empenho
intelectual. Um exemplo bem comum em
relação ao ruído, é evitar escritórios próximos a
ruas movimentadas e próximos a oficinas de
manutenção.
1- Nível insuficiente de iluminação, gerando percepção inadequada dos detalhes causando queda de
rendimento, erros, fadiga e outros;
3- Tamanho inadequado de letras e objetos, ocasionando a fadiga visual e posturas forçadas, para se enxergar
melhor;
5- Uso de lâmpadas de baixa reprodutibilidade cromática, como, por exemplo, lâmpadas de vapor de sódio para
atividades em que a percepção de cores é fundamental.
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Organização do Trabalho
A norma NR 17 no item 17.6.2 informa que a organização do trabalho deve, no mínimo, levar em consideração:
a) as normas de produção;
b) o modo operatório;
c) a exigência de tempo;
d) a determinação do conteúdo de tempo;
e) o ritmo de trabalho;
f) o conteúdo das tarefas.
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Organização do Trabalho
Todos os itens citados anteriormente devem ser detectados e analisados, no ambiente de trabalho, através de uma
análise ergonômica, concluindo-se, então, se todas as suas exigências estão razoáveis ou não.
O planejamento das atribuições de trabalho deve estar baseado na compreensão clara dos aspectos de trabalho. A
ênfase nos fatores físicos do meio ambiente deve ser complementado pelo conhecimento do clima social e
psicológico do local de trabalho e da sua influência no senso de bem estar do indivíduo, de sua saúde e da
qualidade de vida.
Vale lembrar que, a desorganização do trabalho é ruim para o trabalhador e para o empregador. Os funcionários
devem ter a chance de desenvolver e usar suas habilidades para contribuir com a produtividade e a qualidade do
produto final. Tratar os trabalhadores como máquinas implica em ignorar o seu potencial a criar um ambiente de
insatisfação e de baixa produtividade.
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Organização do Trabalho
Por fim, os seguintes aspectos devem ser observados para melhorar a organização e a produtividade do trabalho:
a) mecanização, com o cuidado de adequar o ritmo das tarefas ao das máquinas e dos trabalhos repetitivos com
baixa exigência intelectual;
c) organização coletiva dos empregados para executar uma tarefa numa sequência de operações.
d) mudança de layout dos locais de trabalho, como por exemplo, usando uma mesa redonda para permitir a
comunicação mais fácil;
e) valorização da função, combinando tarefas diferentes, como por exemplo, criando linhas paralelas mais
curtas, cada uma com um tempo de ciclo maior.
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Atividades com
Sobrecarga Muscular
Estática ou Dinâmica
A carga "estática", que faz com que os braços fiquem erguidos ou dobrados para a frente, são comuns
e, geralmente, estão combinadas com operações repetitivas, exigência de carga ocular e alto ritmo de
pressão de trabalho. Os músculos tencionados sobre uma carga estática ficam cansados porque ficam
contraídos por um longo período, depois de algum tempo eles ficam doloridos. A carga estática nos
músculos por um longo período aumenta o trabalho cardíaco e a pulsação.
Já a carga "dinâmica" viabiliza a contração e o relaxamento alternado dos músculos, sob uma carga
estática uniforme. A forma mais natural de trabalhar é através da forma “ritimizada”.
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Segundo o item 17.6.3, nas atividades que exijam sobrecarga muscular estática
ou dinâmica do pescoço, ombros, dorso e membros superiores e inferiores, e a
partir da análise ergonômica do trabalho, deve ser observado o seguinte:
- Todo e qualquer sistema de avaliação de desempenho para efeito de remuneração e vantagens de qualquer
espécie deve levar em consideração as repercussões sobre a saúde dos trabalhadores;
- Quando há o retorno ao trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou superior a 15 dias, a
exigência de produção deverá permitir um retorno gradativo aos níveis de produção vigentes na época
anterior ao afastamento.
- As posições que implicam ter as mãos para cima ou dobrar para frente estão entre as formas mais comuns
de criar carga "estática". É importante que a carga de trabalho não seja muito pesada a que deva ser
concedido descanso durante a jornada de trabalho.
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DORT (Doenças Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho) ou LER
DORT e LER (Lesões por Esforços Repetitivos) é uma doença ocupacional reconhecida
pela Previdência Social. Esta enfermidade é comum aos trabalhadores de
qualquer faixa etária, sexo ou condição social que exercem atividades
envolvendo movimentos repetitivos do punho e da mão, como por
exemplo o serviço de digitação. A terminologia LER já esta consagrada no
Brasil (o próprio INSS utiliza este termo de forma rotineira), sendo assim,
estaremos utilizando essa terminologia daqui pra frente.
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DORT e LER
Com todas essas limitações, o que se pode dizer é que a LER são patologias, manifestações ou síndromes
patológicas que se instala de forma vagarosa em determinadas partes do corpo, em consequência do trabalho,
realizado de forma inadequada. Assim, o nexo é parte inseparável do diagnóstico que se fundamenta numa boa
anamnese¹ ocupacional e em relatórios profissionais que conhecem a situação de trabalho, permitindo a
correlação do quadro clínico com a atividade ocupacional efetivamente desempenhada pelo trabalhador.
O reconhecimento da LER como doença ocupacional, data de 06/08/87, quando o Ministério da Previdência Social
reconheceu, através da Portaria 4.062, a tenossinovite² como doença do trabalho.
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DORT e LER
a) Causa: Movimentos que causam atrito excessivo entre os tendões e o paratendão circundante pelo
uso excessivo da mão, sendo diferente da tenossinovite infecciosa.
c) Quadro clínico: Após o uso frequente, não habitual do punho ou da mão por um período de dias
ou semanas o paciente começa a sentir dor no dorso do punho e no extremo distal do antebraço. A
dor agrava-se quando se utiliza a mão enferma. Ao exame há aumento de volume no trajeto dos
tendões afetados, geralmente os extensores do polegar e do punho. Se o examinador coloca sua
mão sobre a região edemaciada, sente uma crepitação fina e estende os punhos e os dedos: ele é
causado pelo deslizamento do tendão coberto de fibrina no interior do paratendão inflamado.
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Texto Completo da Norma NR 17 – ERGONOMIA
Publicação .... D.O.U.
Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 06/07/78
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17.1. Esta Norma Regulamentadora visa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de
trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto,
segurança e desempenho eficiente.
17.1.2. Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos
trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho, devendo a mesma abordar,
no mínimo, as condições de trabalho, conforme estabelecido nesta Norma Regulamentadora.
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17.2. Levantamento, transporte e descarga individual de materiais.
17.2.1.1. Transporte manual de cargas designa todo transporte no qual o peso da carga é suportado
inteiramente por um só trabalhador, compreendendo o levantamento e a deposição da carga.
17.2.1.2. Transporte manual regular de cargas designa toda atividade realizada de maneira contínua
ou que inclua, mesmo de forma descontínua, o transporte manual de cargas.
17.2.1.3. Trabalhador jovem designa todo trabalhador com idade inferior a dezoito anos e maior de
quatorze anos.
17.2.2. Não deverá ser exigido nem admitido o transporte manual de cargas, por um trabalhador cujo peso
seja suscetível de comprometer sua saúde ou sua segurança.
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17.2.3. Todo trabalhador designado para o transporte manual regular de cargas, que não as leves, deve
receber treinamento ou instruções satisfatórias quanto aos métodos de trabalho que deverá utilizar, com
vistas a salvaguardar sua saúde e prevenir acidentes.
17.2.4. Com vistas a limitar ou facilitar o transporte manual de cargas deverão ser usados meios técnicos
apropriados.
17.2.5. Quando mulheres e trabalhadores jovens forem designados para o transporte manual de cargas, o
peso máximo destas cargas deverá ser nitidamente inferior àquele admitido para os homens, para não
comprometer a sua saúde ou a sua segurança.
17.2.6. O transporte e a descarga de materiais feitos por impulsão ou tração de vagonetes sobre trilhos,
carros de mão ou qualquer outro aparelho mecânico deverão ser executados de forma que o esforço físico
realizado pelo trabalhador seja compatível com sua capacidade de força e não comprometa a sua saúde ou
a sua segurança.
17.2.7. O trabalho de levantamento de material feito com equipamento mecânico de ação manual deverá
ser executado de forma que o esforço físico realizado pelo trabalhador seja compatível com sua capacidade
de força e não comprometa a sua saúde ou a sua segurança.
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17.3. Mobiliário dos postos de trabalho.
17.3.1. Sempre que o trabalho puder ser executado na posição sentada, o posto de trabalho deve ser
planejado ou adaptado para esta posição.
17.3.2. Para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito em pé, as bancadas, mesas, escrivaninhas e
os painéis devem proporcionar ao trabalhador condições de boa postura, visualização e operação e devem
atender aos seguintes requisitos mínimos:
a) ter altura e características da superfície de trabalho compatíveis com o tipo de atividade, com a distância
requerida dos olhos ao campo de trabalho e com a altura do assento;
b) ter área de trabalho de fácil alcance e visualização pelo trabalhador;
c) ter características dimensionais que possibilitem posicionamento e movimentação adequados dos
segmentos corporais.
17.3.2.1. Para trabalho que necessite também da utilização dos pés, além dos requisitos
estabelecidos no subitem 17.3.2, os pedais e demais comandos para acionamento pelos pés devem
ter posicionamento e dimensões que possibilitem fácil alcance, bem como ângulos adequados entre
as diversas partes do corpo do trabalhador, em função das características e peculiaridades do
trabalho a ser executado.
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17.3.3. Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem atender aos seguintes requisitos mínimos de conforto:
17.3.4. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados sentados, a partir da análise ergonômica do
trabalho, poderá ser exigido suporte para os pés, que se adapte ao comprimento da perna do trabalhador.
17.3.5. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados de pé, devem ser colocados assentos para
descanso em locais em que possam ser utilizados por todos os trabalhadores durante as pausas.
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17.4. Equipamentos dos postos de trabalho.
17.4.1. Todos os equipamentos que compõem um posto de trabalho devem estar adequados às
características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado.
17.4.2. Nas atividades que envolvam leitura de documentos para digitação, datilografia ou
mecanografia deve:
a) ser fornecido suporte adequado para documentos que possa ser ajustado proporcionando boa
postura, visualização e operação, evitando movimentação frequente do pescoço e fadiga visual;
b) ser utilizado documento de fácil legibilidade sempre que possível, sendo vedada a utilização do
papel brilhante, ou de qualquer outro tipo que provoque ofuscamento.
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17.4.3. Os equipamentos utilizados no processamento eletrônico de dados com terminais de vídeo devem
observar o seguinte:
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17.5. Condições ambientais de trabalho.
17.5.1. As condições ambientais de trabalho devem estar adequadas às características psicofisiológicas dos
trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado.
17.5.2. Nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam solicitação intelectual e atenção
constantes, tais como: salas de controle, laboratórios, escritórios, salas de desenvolvimento ou análise de
projetos, dentre outros, são recomendadas as seguintes condições de conforto:
a) níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152, norma brasileira registrada no INMETRO;
b) índice de temperatura efetiva entre 20oC (vinte) e 23oC (vinte e três graus centígrados);
c) velocidade do ar não superior a 0,75m/s;
d) umidade relativa do ar não inferior a 40 (quarenta) por cento.
17.5.2.1. Para as atividades que possuam as características definidas no subitem 17.5.2, mas não
apresentam equivalência ou correlação com aquelas relacionadas na NBR 10152, o nível de
ruído aceitável para efeito de conforto será de até 65 dB (A) e a curva de avaliação de ruído (NC)
de valor não superior a 60 dB.
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17.5.2.2. Os parâmetros previstos no subitem 17.5.2 devem ser medidos nos postos de trabalho, sendo
os níveis de ruído determinados próximos à zona auditiva e as demais variáveis na altura do tórax do
trabalhador.
17.5.3. Em todos os locais de trabalho deve haver iluminação adequada, natural ou artificial, geral ou suplementar,
apropriada à natureza da atividade.
17.5.3.2. A iluminação geral ou suplementar deve ser projetada e instalada de forma a evitar
ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos.
17.5.3.3. Os níveis mínimos de iluminamento a serem observados nos locais de trabalho são os valores
de iluminâncias estabelecidos na NBR 5413, norma brasileira registrada no INMETRO.
17.5.3.4. A medição dos níveis de iluminamento previstos no subitem 17.5.3.3 deve ser feita no campo
de trabalho onde se realiza a tarefa visual, utilizando-se de luxímetro com fotocélula corrigida para a
sensibilidade do olho humano e em função do ângulo de incidência.
17.5.3.5. Quando não puder ser definido o campo de trabalho previsto no subitem 17.5.3.4, este será
um plano horizontal a 0,75m (setenta e cinco centímetros) do piso.
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17.6. Organização do trabalho.
17.6.1. A organização do trabalho deve ser adequada às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à
natureza do trabalho a ser executado.
17.6.2. A organização do trabalho, para efeito desta NR, deve levar em consideração, no mínimo:
a) as normas de produção;
b) o modo operatório;
c) a exigência de tempo;
d) a determinação do conteúdo de tempo;
e) o ritmo de trabalho;
f) o conteúdo das tarefas.
17.6.3. Nas atividades que exijam sobrecarga muscular estática ou dinâmica do pescoço, ombros, dorso e membros
superiores e inferiores, e a partir da análise ergonômica do trabalho, deve ser observado o seguinte:
a) todo e qualquer sistema de avaliação de desempenho para efeito de remuneração e vantagens de qualquer espécie
deve levar em consideração as repercussões sobre a saúde dos trabalhadores;
b) devem ser incluídas pausas para descanso;
c) quando do retorno do trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou superior a 15 (quinze) dias, a exigência
de produção deverá permitir um retorno gradativo aos níveis de produção vigentes na época anterior ao afastamento.
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17.6.4. Nas atividades de processamento eletrônico de dados, deve-se, salvo o disposto em convenções e acordos
coletivos de trabalho, observar o seguinte:
a) o empregador não deve promover qualquer sistema de avaliação dos trabalhadores envolvidos nas atividades de
digitação, baseado no número individual de toques sobre o teclado, inclusive o automatizado, para efeito de
remuneração e vantagens de qualquer espécie;
b) o número máximo de toques reais exigidos pelo empregador não deve ser superior a 8.000 por hora trabalhada,
sendo considerado toque real, para efeito desta NR, cada movimento de pressão sobre o teclado;
c) o tempo efetivo de trabalho de entrada de dados não deve exceder o limite máximo de 5 (cinco) horas, sendo que,
no período de tempo restante da jornada, o trabalhador poderá exercer outras atividades, observado o disposto no
art. 468 da Consolidação das Leis do Trabalho, desde que não exijam movimentos repetitivos, nem esforço visual;
d) nas atividades de entrada de dados deve haver, no mínimo, uma pausa de 10 minutos para cada 50 minutos
trabalhados, não deduzidos da jornada normal de trabalho;
e) quando do retorno ao trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou superior a 15 (quinze) dias, a exigência
de produção em relação ao número de toques deverá ser iniciado em níveis inferiores do máximo estabelecido na
alínea "b" e ser ampliada progressivamente.
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Carga Horária : 50 horas