Resolução #616, de 25 de Novembro de 2015: Shis Qi 15 Lote L - Lago Sul - Brasília - DF Cep: 71.635-200
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ANEXO I
TOXINA BOTULÍNICA
A toxina botulínica é uma neurotoxina produzida por bactéria anaeróbia denominada
Clostridium botulinum (SHILPA et al., 2014), caracterizando-a como um produto biológico.
O mecanismo de ação da toxina é inibir a liberação de acetilcolina na junção neuromuscular
pré-sináptica, causando paralisia muscular (ARNON, 2001).
Ao longo dos anos tem-se explorado seu potencial clínico (MAHAJAM e BRUBAKER, 2007),
ganhando destaque no tratamento de rugas e linhas de expressão, sendo utilizada
principalmente com finalidade estética (ANTONIO et al., 2012).
Apresenta alta margem de segurança, os efeitos adversos da técnica se apresentam de forma
moderada, transitória e com baixa frequência, segundo a maioria dos trabalhos publicados
(COTE, 2005).
A injeção muscular de toxina botulínica, em dose e localização apropriadas, provoca
desenervação química parcial e diminuição da contratura, sem ocasionar paralisia completa.
Comercialmente, as toxinas botulínicas são agentes biológicos obtidos laboratorialmente,
sendo substâncias cristalinas e estáveis, liofilizadas, associadas à albumina humana e
utilizadas, após diluição, em solução de NaCl a 0,9%. (UNNO et al, 2005).
A ação da toxina botulínica no músculo tem seu início em 2 a 5 dias se estendendo, em alguns
casos, em até duas semanas. Uma vez instalado, o efeito perdura em até seis meses. Após dois
a três meses, gradualmente começa a diminuir sua ação marginalmente. (DRESSLER et al.,
2002).
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) considera a aplicação da toxina botulínica
como sendo um procedimento minimamente invasivo e que a forma cosmética é uma injeção
não cirúrgica (SBCP, 2015).
ANEXO II
PREENCHIMENTOS DÉRMICOS
Os preenchedores dérmicos fazem parte do contexto do rejuvenescimento cutâneo. São capazes
de promover aumento de volume com restauração dos contornos corporais (BRANDT, 2008;
MONTEIRO, 2010).
Existem diversos preenchedores dérmicos disponíveis no mercado, tais como hidroxiapatita,
ácido poli-L-láctico (PLLA), ácido hialurônico, entre outros (PALERMO e MATEUS, 2012).
A aplicação injetável de ácido hialurônico tem sido um dos procedimentos mais realizados e
em crescente demanda para fins estéticos nos últimos anos. O produto tem se tornado cada vez
mais seguro, e suas complicações na atualidade são relacionadas principalmente à técnica de
aplicação e inadequada higienização da pele. (CROCCO et al., 2012).
O ácido hialurônico é um componente natural presente no tecido humano, que pode ser obtido
por biossíntese, cujo teor diminui com a idade, contribuindo para a formação de rugas assim
como o rompimento de fibras colagenas e a diminuição da elasticidade da pele. Os
preenchedores de ácido hialurônico (AH) têm sido os mais utilizados nos últimos anos no
tratamento de sulcos e rugas, devido a sua praticidade de aplicação e boa margem de
segurança, além dos efeitos visíveis imediatamente após aplicação e longa duração.
Em 2013 foram realizadas, nos Estados Unidos, cerca de 1.8 milhões de pessoas recorreram à
aplicação de preenchimento facial com ácido hialurônico (ASAPS 2013).
Sua biocompatibilidade e técnica de aprendizado relativamente simples o tornaram escolha
frequente na abordagem das rugas e outras alterações do relevo cutâneo, sobretudo na face,
mas também em outras áreas, como o dorso das mãos (BOWMAN et al., 2005). Possui as
ANEXO III
CARBOXITERAPIA
A Carboxiterapia constitui-se de uma técnica onde se utiliza o gás carbônico medicinal injetado
no tecido subcutâneo, estimulando assim efeitos fisiológicos como melhora da circulação e
oxigenação tecidual (CARVALHO et. al.,2005, GOLDMAN et al., 2006, WORTHINGTON e
LOPEZ 2006).
O CO2 é um gás inodoro, incolor e atóxico. É o produto endógeno natural do metabolismo das
reações oxidativas celulares, produzido no organismo diariamente em grandes quantidades e
eliminado pelos pulmões durante a respiração (GUYTON et al., 2002, GANONG 2006).
O mecanismo de ação do gás carbônico é, sobretudo, na microcirculação vascular do tecido
conectivo, promovendo uma vasodilatação e um aumento da drenagem veno-linfática. Com a
vasodilatação, melhora-se o fluxo de nutrientes, entre eles, as proteinases necessárias para
remodelar os componentes da matriz extracelular e para acomodar a migração e reparação
tecidual (PARASSONI e VARLARO 1997).
A gordura localizada vem sendo tratada de várias formas, e a carboxiterapia vem se
constituindo num recurso de valor para a redução de medidas ocasionadas por acúmulo de
ANEXO IV
INTRADERMOTERAPIA / MESOTERAPIA
A intradermoterapia é um procedimento que consiste na aplicação, diretamente na região a ser
tratada, de injeções intradérmicas de substâncias farmacológicas diluídas (PISTOR 1976,
TENNSTEDT e LACHAPELLE 1997). A derme tornar-se-ia, então, um reservatório a partir
do qual os produtos ativariam receptores dérmicos e se difundiriam lentamente, utilizando a
unidade microcirculatória (MAYA 2007). A nomenclatura mais conhecida para este
procedimento é mesoterapia, que consiste em injeções intradérmicas ou subcutâneas de um
fármaco ou de uma mistura de vários produtos, chamada mélange. A partir de 2001, surgiram
trabalhos sobre o uso da intradermoterapia para as disfunções estéticas, havendo relatos sobre a
injeção de substância lipolítica no tecido subcutâneo, para diminuir a camada de gordura em
localizações como abdômen, pálpebra inferior, pescoço, glúteo ou coxas (RITTES 2001,
DOERR 2007), recebendo indicações para o tratamento de lipodistrofia ginóide, (ROTUNDA
2005) e gordura localizada(ROTUNDA 2005,MATARASSO 2005). As telangiectasias são
pequenos capilares localizados na pele, muito finos, ramificados, em geral de coloração
avermelhada, constituídos de microfístulas arteriovenosas. Podemos afirmar que as
telangiectasias são definidas como dilatações intradérmicas das veias, cujo diâmetro estimado é
de aproximadamente 1 mm (OLIVEIRA et. al., 2007).
A intradermo também pode ser utilizada no tratamento das disfunções estéticas de flacidez
estrias, rugas, telangiectasias, alopecia manchas (CAMARGO et. al., 2011).
REFERÊNCIAS
Pistor M. What is mesotherapy? Chir Dent Fr. 1976;46:59-60.
Tennstedt D, Lachapelle JM. Effets cutanés indesirables de la mésotherapie. Ann Dermatol
Venereol. 1997;124:192-6.
Rotunda AM, Kolodney MS. Mesotherapy and phosphatidylcholine injections: historical
clarification and review. Dermatol Surg. 2006;32:465-80. 6. Rohrich RJ. Mesotherapy: What is
it? Does it work? Plast Reconstr Surg. 2005;115:1425.
Maya V. Mesotherapy. Indian J Dermatol Venereol Leprol. 2007;73:60-2.
Rittes PG. The use of phosphatidylcholine for correction of lower lid bulging due to prominent
fat pads. Dermatol Surg. 2001;27:391-2.
Doerr TD. Lipoplasty of the face and neck. Curr Opin Otolaryngol Head Neck Surg.
2007;15:228-32.
Rotunda AM, Avram MM, Avram AS. Cellulite: Is there a role for injectables? J Cosmet Laser
Ther. 2005;7:147-54.
Matarasso A, Pfeifer TM. Plastic Surgery Educational Foundation DATA Committee.
Mesotherapy for body contouring. Plast Reconstr Surg. 2005;115:1420-4.
Oliveira, RR. Calado, EB. Mota, DL. Vieira, AF. Cavalcanti, JS. Terapia alternativa para
microvarizes e telangiectasias com uso de agulha. J Vasc Bras 2007;6(1):17-24.
Camargo, FO. Moraes, AM. Neves, PE. Mesoterapia: uma revisão bibliográfica. An Bras
Dermatol. 2011;86(1):96-101.
ANEXO VI
CRIOLIPÓLISE
A criolipólise é um procedimento não invasivo de redução de gordura localizada, que consiste
no resfriamento, controlado e localizado do adipócito, por um período de 40 a 60 minutos, com
temperaturas acima do congelamento, porém, abaixo da temperatura corporal normal. Este
congelamento leva à cristalização dos lipídios encontrados dentro do citoplasma dos
adipócitos, causando a inviabilidade dessas células, resultando em uma paniculite localizada,
ou seja, uma inflamação no tecido adiposo, e a apoptose das células, ocasionado por um
processo de digestão controlada, onde os macrófagos serão responsáveis pela digestão e
remoção de células lesadas, sem provocar alteração do microambiente celular, (apud URZEDO
e LIPI e ROCHA; MANSTEIN, D et al, 2008; GUIDI, 2013).
A exposição ao frio aumenta a necessidade de produção de calor pelo corpo a fim de promover
a homeotermia através da liberação de hormônios pelo hipotálamo, que induzem a utilização
dos ácidos graxos livres como substratos energéticos nas mitocôndrias, promovendo o aumento
do metabolismo energético. Quando ocorre a paniculite o organismo reage causando uma
resposta anti-inflamatória, ocasionando a eliminação das células lesadas.
Devido a estas respostas fisiológicas ocorre a redução do panículo adiposo e a consequente
diminuição de medidas (apud URZEDO e LIPI e ROCHA). As complicações pós
procedimentos incluem: alterações transitórias na função sensorial, porém, sem lesões a longo
prazo nas fibras nervosas sensoriais, eritema, o qual ocorre imediatamente após a aplicação e
pode desaparecer em até 30 minutos após o término da sessão, bem como pequenas alterações