Revisão Integrativa Sobre A Vivência de Mães de Crianças Com Transtorno de Espectro Autista
Revisão Integrativa Sobre A Vivência de Mães de Crianças Com Transtorno de Espectro Autista
Revisão Integrativa Sobre A Vivência de Mães de Crianças Com Transtorno de Espectro Autista
799 89
Resumo
Geralmente, é a mãe da criança com transtorno de espectro autista (TEA) que busca tratamento,
dedica-se nos cuidados de seu filho, faz adaptações em seu cotidiano, podendo ter empobrecimento
em sua vida social, afetiva e profissional, o que pode acarretar desgaste físico e emocional a essa
mulher. O objetivo deste estudo foi identificar na literatura científica a sobrecarga das mães de
crianças com TEA e as formas encontradas por elas para lidar com dificuldades cotidianas decorrentes
dessa problemática. Foi realizada revisão integrativa da literatura dos últimos doze anos, em artigos
científicos relacionados à temática citada. Do procedimento de busca, resultaram seis artigos para
o banco final de análise. Os resultados apontam a sobrecarga emocional com o enfrentamento
dessa fase, a perda do filho idealizado, confusão de sentimentos, medo, estresse, ter de lidar com o
preconceito, assim como a necessidade dessa mãe em ter auxílio no cuidado com o filho.
Palavras-chave: transtorno autístico, relações mãe-filho, mães, estresse, sobrecarga emocional
Abstract
Generally, it is the mother of the child with autistic spectrum disorder (TEA) who dedicates herself
to the care of her child, makes adaptations in her daily life, and may have impoverishment in her
social, affective, and professional life, which can lead to physical and emotional exhaustion of this
woman. This study aimed to identify in the scientific literature the overload of these mothers, as well
as the coping strategies of the daily difficulties. An integrative review of the literature related to the
Endereço de contato: R. Moacir Avidos, 156, apt. 1102, Praia do Canto, Vitória, ES, CEP 29055-350. E-mail:
1
teracidc@gmail.com
Método
Figura 1
Estratégia de Busca e coleta de dados
Resultados
Tabela 1
Síntese dos artigos
Principais questões
Referências Objetivos Método
identificadas
O estudo concluiu que ser mãe
de uma criança autista vai da
Monteiro, S. F. C., superação ao privilégio, em
Batista, M. N. O. que, ao mesmo tempo que
D., Moraes, C. C. E., essa criança é diferenciada,
Magalhaes, S. T., ela é especial. O cotidiano do
Nunes, T. V. M. B., Conhecer a vivência Estudo qualitativo, filho é também vivido pela
& Moura, B. E. M. de ser mãe de descritivo e analisado mãe. Em nenhum discurso as
(2008). Vivências criança autista com o referencial mães se lançam como ser de
maternas na e compreender da fenomenologia. possibilidade, todas elas vivem
realidade de ter um o sentido dessa Entrevista de exclusivamente para o lar, e
filho autista: uma vivência. perguntas abertas. o cuidar dedicado ao filho é
compreensão pela incondicional. São mães que
enfermagem. Rev. também precisam ser cuidadas,
Bras. Enferm., 61(3), prevenindo o adoecimento
330-5. psíquico e contribuindo para
que elas possam cuidar do filho
Principais questões
Referências Objetivos Método
identificadas
Os níveis de depressão são
elevados entre mães de
crianças com transtornos do
desenvolvimento, como no caso
do autismo. Medidas devem
ser tomadas para auxiliar essas
mães em uma situação que
Sanini, C., Brum,
coloca em risco sua saúde
M. H. E., & Bosa,
Descrever os mental e, assim, minimizar
A. C. (2010).
aspectos implicados o impacto da depressão
Depressão materna
na depressão materna no desenvolvimento
e implicações sobre
materna no infantil. O estudo aponta a
o desenvolvimento Revisão integrativa de
contexto do autismo, importância da presença do
infantil do autista. literatura
bem como o impacto pai ou de outro adulto, não
Rev. Bras. de
desse diagnóstico no deprimido, bem como o uso
Crescimento e
desenvolvimento da de intervenções de suporte
Desenvolvimento
criança com autismo. social. Pesquisas futuras devem
Humano, 20(3), 809-
verificar como o uso de uma
815.
rede de apoio social pelas mães
resulta em comportamentos
mais favoráveis tanto para
ela quanto para o filho, assim
como que tipo de apoio é mais
eficaz no alívio dos sintomas
depressivos.
Principais questões
Referências Objetivos Método
identificadas
Essas mães enfrentam
dificuldades nas trajetórias
percorridas em busca
do diagnóstico do filho,
peregrinam pelos serviços
de saúde, passam por
Conhecer as diversos profissionais e, em
Ebertb, M.,
percepções de mães muitos casos, a confirmação
Lorenzinic, E.,
de crianças com diagnóstica ocorre
& Silva, F. E. Pesquisa qualitativa.
autismo quanto tardiamente. É importante
(2015). Mães Entrevistas
às alterações que os profissionais de saúde
de crianças com semiestruturadas.
apresentadas considerem as percepções
transtorno autístico:
pelo filho e às Análise de conteúdo maternas sobre o crescimento
percepções e
suas trajetórias do tipo temática. e desenvolvimento infantil,
trajetórias. Rev.
percorridas na busca podendo favorecer para um
Gaúcha de Enferm.,
pelo diagnóstico de diagnóstico precoce. O estudo
36(1), 49-55.
autismo. revela a importância de o
enfermeiro estar capacitado
para o atendimento de
crianças com autismo e seus
familiares, durante a consulta
de enfermagem e na educação
permanente da equipe.
Principais questões
Referências Objetivos Método
identificadas
Os resultados configuraram três
temas: impacto do diagnóstico
de autismo, suporte social e
ser mulher e mãe de criança
com autismo. Esses temas
corroboram dados da literatura
Compreender a
Constantinidis, T. quanto ao impacto do autismo
vivência de mães de
C. C., Silva, L. C., no cotidiano dessas mulheres,
crianças com autismo
& Ribeiro, M. C. C. Pesquisa qualitativa. aos encargos enfrentados por
e discutir diferentes
(2018). Todo mundo Entrevista elas e à importância da rede
aspectos dessas
quer ter um filho semiestruturada. social de apoio. Destacam-se
experiências com
perfeito: Vivências Análise de conteúdo como achados deste estudo
base nos discursos
de mães de crianças (Bardin, 1999). a importância do diagnóstico
dessas mães e na
com autismo. Psico- como norteador das ações
literatura sobre o
USF, 23(1), 47-58. dessas mães e a resistência
tema.
dos profissionais em fornecê-
lo, além do pai da criança
com dificuldades em aceitar
a condição do filho, mas
resgatando a identidade
feminina dessa mãe.
Os resultados revelaram que
os sentimentos e desafios
são semelhantes aos de
mães de filhos com autismo
que não vivem no contexto
Os artigos de Sanini, Brum e Bosa (2010) e Nunes e Santos (2010) não contemplam as-
pectos vivenciais das mães de crianças com TEA em seus objetivos e abordam aspectos es-
pecíficos da depressão dessas mães. No entanto o desenvolvimento desses estudos traz
contribuições importantes sobre a vivência dessas mães que vão ao encontro dos objetivos
desta revisão.
Os estudos apresentados usam metodologia variada, mas predominantemente de cunho
qualitativo, com entrevistas às mães de crianças com TEA. A exceção se faz por estudo de
revisão integrativa de literatura e outro que se caracteriza por metodologia mista, qualitativa
e quantitativa.
Discussão
Os resultados apontam que as mães das crianças com TEA percebem diferenças em seus
filhos em relação às crianças com desenvolvimento típico e, a partir de suas percepções,
buscam atendimento de saúde e iniciam a trajetória na busca por respostas às alterações
percebidas, geralmente, na atenção primária. Nem sempre recebem respostas que eluci-
dem o diagnóstico e passam a enfrentar uma peregrinação pelos serviços e profissionais de
saúde em busca de respostas para alterações apresentadas no modo de ser do filho (Ebertb,
Lorenzinic, & Silva, 2015; Constantinidis, Silva, & Ribeiro, 2018). Estudo de Sanini et al. (2010)
aponta que o impacto do diagnóstico nessas mães é intenso e marcado por dúvidas, incerte-
zas e tristezas, as quais se intensificam em decorrência de uma rede de apoio restrita.
Segundo Constantinidis et al. (2018), a necessidade do familiar de compreender essa vi-
vência com o filho, a observação do comportamento diferente, vem formulada pelo pedido
de um diagnóstico. O diagnóstico parece ser um norteador para o familiar, que, até então,
pode sentir-se à deriva com suas experiências e alienado quanto às suas ações. O diagnósti-
et al., 2015). No entanto Sanini et al. (2010) ressaltam que o cotidiano com o filho com au-
tismo não deixa de ser estressante, na medida em que existe uma sobrecarga adicional em
todos os níveis: social, psicológico, financeiro e, também, nos cuidados com a criança. Os re-
sultados desse último estudo corroboram os resultados de estudo de Piovesan, Scortegagna
e Marchi (2015), que apontam que o tratamento de rotina fornecida para as crianças, muitas
vezes, leva as mães a negligenciar o seu próprio cuidado, prejudicando o seu bem-estar.
Ferreira e Smeha (2018) destacam que as dificuldades para essas mães podem ser agravadas
pela ausência de um companheiro.
Sanini et al. (2010) apontam que, para muitas mães, a realização de atividades de lazer é
difícil devido à falta de tempo, dada a necessidade de cuidados continuados e permanentes
de sua criança. Essas mães procuram desenvolver atividades alternativas, como ler, conver-
sar, ver televisão, para, assim, poder desligar-se do foco estressor. Este tipo de estratégia é
semelhante à estratégia de evitação, que também foi apresentada pelas mães nessas situa-
ções, quando elas procuram evitar pensar sobre o problema (Schmidt et al., 2007). No entan-
to, muitas vezes, essas mães se afastam de atividades de lazer e do convívio social por causa
do preconceito e dos comportamentos agressivos do filho (Sanini et al., 2010; Constantinidis
et al., 2018). Segundo Rendón (2016), o comprometimento do desenvolvimento cognitivo
social e comportamental da criança com TEA interfere diretamente no convívio e no estabe-
lecimento de relações sociais com outras pessoas, dificultando sua adaptação no meio em
que vive e trazendo o preconceito e estigma social. O estudo dessa autora aponta que os
familiares sofrem com o preconceito e com o comportamento imprevisível de seus filhos,
tornando a vida cotidiana um desafio e muitas vezes solitária.
As dificuldades enfrentadas por essas mães se devem, sobretudo, à insegurança em lidar
com as demandas do filho de forma satisfatória, à dificuldade de aceitação do diagnóstico,
Portanto as redes de apoio/suporte social, entre elas a religiosidade, atuam como auxílio a
essas mulheres, ajudando-as a melhor viver a maternidade.
São as mães que também precisam ser cuidadas, prevenindo o adoecimento psíquico e
contribuindo para que elas possam cuidar do filho e se cuidarem (Monteiro et al., 2008). É
importante destacar que os níveis de depressão são elevados entre mães de crianças com
TEA, conforme mostra o estudo de Sanini et al. (2010). Esse mesmo estudo aponta medi-
das que devem ser tomadas para auxiliar essas mães em uma situação que coloca em risco
sua saúde mental e, assim, minimizar o impacto da depressão materna no desenvolvimento
infantil. Ainda nessa seara, o estudo de Nunes e Santos (2010) aponta que as mães com
maior nível socioeconômico e de escolaridade se mostraram significativamente menos vul-
neráveis aos critérios para disforia/depressão e apresentaram maiores escores nos domínios
psicológico, ambiental e físico. Esses dados apontam que o baixo nível de renda familiar e a
avaliação menor do domínio ambiental, diante dos demais aspectos da qualidade de vida,
denotam escassez de recursos financeiros. Mães com possibilidades financeiras poderiam
viabilizar o pagamento de um cuidador para a criança, permitindo dedicarem-se à profissão
ou ao trabalho, ou mesmo usufruírem de lazer, relaxamento, pois se observou limitação im-
portante na capacidade de desfrutar prazer na vida ou alcançar satisfação.
O acesso a lazer, saúde, transporte e serviços desempenha um papel importante na per-
cepção de qualidade de vida das mães, sendo importante a implementação de políticas e
estratégias que forneçam esse tipo de acesso, além da importância de um olhar cuidadoso
sobre a depressão materna. Sanini et al (2010) ressaltam a importância de ampliar as opor-
tunidades de recreação e lazer para os cuidadores de crianças com transtornos invasivos do
desenvolvimento. Além disso, estratégias de intervenção são necessárias para possibilitar
a essas mulheres um espaço no qual elas possam ser escutadas, trocar experiências, com-
Considerações Finais
Esta proposta de pesquisa se torna importante para o conhecimento que vem sendo pro-
duzido na área, para reflexão sobre esse conhecimento e para proposição de práticas de in-
tervenção com essa população. Segundo os resultados obtidos, podemos concluir que, no
cotidiano dessas mães, o cuidado com as crianças com TEA vem como prioridade. Elas dedi-
cam-se integralmente a esses cuidados, percorrendo longas trajetórias atrás de diagnósticos
e tratamentos, peregrinando pelos serviços de saúde, resultando em escassez de tempo para
atividades de autocuidado, profissionais, sociais e de lazer. Como consequência dessa dedi-
cação integral, os estudos apontam a sobrecarga emocional com o enfretamento dessa fase.
Como necessidades e demandas, os estudos apontam a importância de poder dividir esse
cuidado com outra(s) pessoa(s) ou ter auxílio institucional, em que a atenção esteja voltada
para além da criança com autismo, mas também para o cuidado dessa mãe. Além disso,
como modo de atenção e cuidado, os resultados apontam a importância das redes de apoio
e suporte, com trocas com outras mães que passam pela mesma situação.
Destacamos a dificuldade em separar o cotidiano dessas mães da sobrecarga que elas
têm como a principal adversidade encontrada no estudo. Por diversas vezes, esses dois tópi-
cos se misturavam e pareciam estar interligados, indicando que a sobrecarga faz parte desse
cotidiano de forma óbvia e clara.
Como limitação deste estudo, apontamos a busca de artigos nacionais como estratégia de
pesquisa, impedindo a ampliação de busca em outras línguas e a ampliação para um pano-
rama internacional da produção científica sobre o tema. No entanto destaca-se que a busca
realizada trouxe a realidade brasileira, e estudos posteriores em outras línguas possibilitarão
comparações com a nossa realidade.
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Sobre as autoras:
Alinne Souza Pinto: Terapeuta Ocupacional pela Universidade Federal do Espírito Santo.
Terapeuta ocupacional do Centro de Referência de Assistência Social (CREAS-Centro), Vitória,
ES. E-mail: linnee_souza@hotmail.com, Orcid: https://orcid.org/0000-0001-7868-9539
Teresinha Cid Constantinidis: Doutora em Psicologia pela Universidade Federal do
Espírito Santo (UFES). Mestre em Psicologia Social pela Universidade de São Paulo
(USP). Professora adjunta IV do Departamento de Terapia Ocupacional e professora do
Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UFES. E-mail: teracidc@gmail.com, Orcid:
http://orcid.org/0000-0001-9712-3362