Trabalho Tourette
Trabalho Tourette
Trabalho Tourette
sendo utilizado diversos critérios para o uso deles. Caso a criança apresente outras
comorbidades (por exemplo: TDAH, dislexia, etc), instrumentos que avaliam atenção e
memória podem ser utilizados. Cao seja observado que os tiques tem maiores chances de
ocorrem em caso de estresse, instrumentos que avaliem nível de estresse e habilidades sociais
também podem ser utilizados. Assim, não há a indicação de um instrumento ou conjunto de
instrumentos a serem utilizados nos casos de ST, ficando a critério do profissional/equipe
discutir quais seriam os mais eficazes a serem aplicados.
Uma vez que não há um tratamento específico para a síndrome de Tourette, é observado que
nesses casos existem algumas intervenções que geram um prognóstico melhor, sendo então as
principais intervenções feitas por psicólogos, psiquiatras, terapeutas ocupacionais e, com
evidências mais recentes, por educadores físicos. O ideal é que essa intervenção seja feita de
maneira multidisciplinar, mas muitas vezes isso não é possível.
Referencia: Santos, B. T., & Alves, F. R. F. (2015). A educação física como fator de intervenção
nos tiques motores na síndrome de Tourette. Fundação de Ensino e Pesquisa do Sul de Minas,
recuperado em http://repositorio.unis.edu.br/handle/prefix/1728
A EPR consiste na exposição do paciente com objetos, lugares, situações, pensamentos etc que
teriam potencial de evocar as respostas compulsivas (tiques), mas nesse contexto elas são
suprimidas. Esse procedimento é capaz de diminuir a manifestação dos tiques através do
tempo e da repetição, consolidando o não surgimento deles.
Já a TRH é uma estratégia também utilizada em pacientes com outros transtornos de hábito
(roer unhas, arrancar cabelo etc), onde a ideia é que o paciente perceba quando o
comportamento irá acontecer e, antes da ocorrência, inicie um outro comportamento
diferente. Requer que o paciente treine diariamente um outro comportamento para que ele
possa então emiti-lo quando o o comportamento problema (tique) se manifeste. Percebe-se
na literatura que a maioria das intervenções feitas também são utilizadas em casos de TOC;
isso pode se justificar pelo fato de que, em ambos os quadros, há a presença de
comportamentos ritualísticos, impulsivos e incontroláveis que, ao serem emitidos, acalmam e
reconfortam o paciente.
Além das intervenções citadas, o psicólogo também pode intervir com sessões de
psicoeducação sobre a síndrome e manejo de crenças ligadas ao Tourette.
Referencia: Gonçalves, D. M., Silva, N. G., & Estevam, I. D. (2019). Síndrome de Tourette e
terapia cognitivo-comportamental: um estudo de caso. Revista brasileira de terapias
cognitivas, 15(1), 51-58.
Psiquiatria: a medicação costuma acontecer na maioria dos casos, onde os fármacos mais
utilizados na ST são o haloperidol e pimozida, onde ambos atuam sobre os receptores
dopaminérgicos.