Movimentos Sociais
Movimentos Sociais
Movimentos Sociais
2017
Copyright © UNIASSELVI 2017
Elaboração:
Profa. Simone Cristina Schreiner
303.484095
S378m
Schreiner; Simone Cristina
Movimentos Sociais / Simone Cristina Schreiner: UNIASSELVI, 2017.
173 p. : il.
ISBN 978-85-515-0071-2
1.Movimentos Sociais.
I. Centro Universitário Leonardo Da Vinci.
Impresso por:
Apresentação
A disciplina de Movimentos Sociais nos norteará por um caminho
histórico, que apresentará a origem e evolução em cada década trazendo o
desenvolvimento e a importância dessa temática para o Serviço Social.
III
UNI
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano,
há novidades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 MOVIMENTOS SOCIAIS E SUA HISTÓRIA ......................................................... 1
VII
2 OS MARCOS HISTÓRICOS DOS MOVIMENTOS SOCIAIS RESPEITANDO A
CONSTITUIÇÃO ..................................................................................................................................... 65
2.1 LEGISLAÇÃO .................................................................................................................................. 66
2.2 DIREITO À PREVIDÊNCIA SOCIAL ........................................................................................... 68
2.3 DIREITO À ASSISTÊNCIA SOCIAL . ........................................................................................... 68
3 POLÍTICAS SOCIAIS E O SERVIÇO SOCIAL .............................................................................. 70
RESUMO DO TÓPICO 1 ....................................................................................................................... 75
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 76
VIII
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 131
4 O SERVIÇO SOCIAL NO CONTROLE SOCIAL DA SAÚDE ................................................... 131
RESUMO DO TÓPICO 1 ....................................................................................................................... 134
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 135
IX
X
UNIDADE 1
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Esta unidade tem por objetivos:
PLANO DE ESTUDOS
Esta Unidade 1 está dividida em quatro tópicos. No decorrer desta unidade
você terá oportunidade de conhecer os marcos históricos e fixar seus
conhecimentos realizando as atividades propostas.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
CONTEXTUALIZANDO OS
MOVIMENTOS SOCIAIS
1 INTRODUÇÃO
Neste primeiro tópico estudaremos a história dos movimentos sociais e a
sua evolução em cada década.
3
UNIDADE 1 | MOVIMENTOS SOCIAIS E SUA HISTÓRIA
Esse movimento pode ser definido como uma ação concreta que adota
diferentes formas e estratégias para reivindicar seus direitos, seguindo por meio de
mobilizações, marchas, passeatas etc. Gohn (2012, p. 14) descreve os movimentos
sociais da seguinte forma:
4
TÓPICO 1 | CONTEXTUALIZANDO OS MOVIMENTOS SOCIAIS
UNI
5
UNIDADE 1 | MOVIMENTOS SOCIAIS E SUA HISTÓRIA
Prestes (2001) nos diz: Que o tenentismo foi marcado na década de 1920,
por se pronunciar como militantes, o país iniciava uma nova era de denominação
militar, quem participava eram tenentes, e capitães do exército.
6
TÓPICO 1 | CONTEXTUALIZANDO OS MOVIMENTOS SOCIAIS
Esse movimento era o grupo que os militares mais temiam, por ser um grupo bem
estruturado. Possuía 100 mil soldados e era liderado por Leonel Brizola.
7
UNIDADE 1 | MOVIMENTOS SOCIAIS E SUA HISTÓRIA
Um grupo que se inspirou nos ideais do líder chinês Mao Tsé-tung, que
acreditava na luta, na guerrilha rural. Essa organização praticou ações urbanas
voltadas aos ideais urbanos. Liderança: Mário Alves e Jacob Gorender.
FIGURA 2: TROPICÁLIA
Movimento Artístico dos anos 60, Tropicália teve início com o Festival de
Música Popular, que ocorreu em 1967 na TV Record. O movimento teve grande
influência cultural, tanto brasileira como internacional. Seus aspectos eram
tradicionais da própria cultura brasileira, utilizaram também inovações como o
Pop Art, com diversos estilos musicais, como o rock, samba, bossa nova etc.
Isso mostra que nesse novo milênio encontramos novos sujeitos sociais nos
movimentos sociais na antiglobalização. Gohn (2011) também faz referência ao
levantamento das subdivisões, esses movimentos se misturam e alguns assumem
mais de uma frente de ação.
9
UNIDADE 1 | MOVIMENTOS SOCIAIS E SUA HISTÓRIA
Outro fato marcante nos anos 90 foi a luta pela moradia organizada por
diferentes tipos de classes sociais. Historicamente, o movimento social foi se
expandindo pelo mundo todo, cada um com sua forma de reivindicar.
10
TÓPICO 1 | CONTEXTUALIZANDO OS MOVIMENTOS SOCIAIS
11
UNIDADE 1 | MOVIMENTOS SOCIAIS E SUA HISTÓRIA
UNI
AUTOATIVIDADE
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TÓPICO 1 | CONTEXTUALIZANDO OS MOVIMENTOS SOCIAIS
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RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico você aprendeu que:
• 1930 – Getúlio Vargas ofereceu benefícios sociais, desta forma, o Brasil passou a
se expandir, através do capital estrangeiro e avançar no meio rural.
• A mobilização social faz com que a população se una para uma corrente de
interesses e decisões, para obter direitos por lei, compartilhar sonhos e desafios,
propor ações para a melhoria da qualidade de vida daquele grupo de pessoas,
daquela comunidade.
14
AUTOATIVIDADE
15
16
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico! Já estudamos o conceito de movimentos sociais e as
mudanças que eles nos refletem. Agora vamos conhecer como se manifestaram
na América Latina, como também os paradigmas que norteiam a sociedade no
mundo, cada uma com suas especificidades e organizações coletivas.
17
UNIDADE 1 | MOVIMENTOS SOCIAIS E SUA HISTÓRIA
18
TÓPICO 2 | A HISTÓRIA DOS MOVIMENTOS SOCIAIS NA AMÉRICA LATINA
E
IMPORTANT
19
UNIDADE 1 | MOVIMENTOS SOCIAIS E SUA HISTÓRIA
DICAS
A teologia da libertação surge e se desenvolve com o fortalecimento dos
movimentos sociais latino-americanos, enfrentando os problemas da realidade
social. Procurava concretizar uma sociedade mais justa e igualitária, mais à frente
pensava-se em uma nova visão do papel da igreja, bem como, do pensar teológico.
Scherer Warren (1993, p. 33) faz uma reflexão sobre a história dos movimentos
latino-americanos.
Almejava-se uma nova teologia que tivesse uma maior abrangência textual
na América Latina. A teologia antiga já não respondia e nem explicava a realidade,
deixando a comunidade insatisfeita com a situação eclesiástica.
Estes grupos se uniram para lutar pela dignidade do ser humano, fazendo
com que as pessoas se unissem a ele, principalmente, aquelas que sofriam com
a opressão. Portanto foi recomendado que o trabalho pastoral fosse levado aos
grupos de mulheres, crianças, jovens, negros e índios organizados, com intuito de
ter noção da luta por uma vida digna.
20
TÓPICO 2 | A HISTÓRIA DOS MOVIMENTOS SOCIAIS NA AMÉRICA LATINA
AUTOATIVIDADE
UNI
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UNIDADE 1 | MOVIMENTOS SOCIAIS E SUA HISTÓRIA
22
TÓPICO 2 | A HISTÓRIA DOS MOVIMENTOS SOCIAIS NA AMÉRICA LATINA
FONTE: A autora
23
UNIDADE 1 | MOVIMENTOS SOCIAIS E SUA HISTÓRIA
24
TÓPICO 2 | A HISTÓRIA DOS MOVIMENTOS SOCIAIS NA AMÉRICA LATINA
E
IMPORTANT
25
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico você estudou que:
26
AUTOATIVIDADE
27
28
UNIDADE 1
TÓPICO 3
A IMPORTÂNCIA DOS
MOVIMENTOS SOCIAIS BRASILEIROS
1 INTRODUÇÃO
Como apontamos no tópico anterior, os movimentos sociais vêm da
organização de grupos na luta de direitos comuns. E ressaltamos os movimentos
na América Latina. Agora vamos conhecer os movimentos sociais no Brasil, sua
história e sua importância no desenvolvimento político do país.
Nas décadas 1970 e parte de 1980, os movimentos sociais no Brasil têm sua
história caracterizada pelas lutas contra os governos autoritários. Podemos salientar
que essas lutas foram inspiradas em ideologias que agitavam os pensamentos e
corações dessas organizações sociais.
O Brasil neoliberalista iniciou nos anos 90. Nesta época, a luta era contra o
desrespeito do governo com os trabalhadores. Não havia diálogo com o governo,
pois, estava ao lado da elite brasileira e almejava o capitalismo, sem levar em conta
o povo que vivia na opressão e na discriminação.
29
UNIDADE 1 | MOVIMENTOS SOCIAIS E SUA HISTÓRIA
DICAS
Não há como detalhar toda a história do Brasil, por isso sugerimos que pesquise:
Movimentos sociais no Brasil: do período colonial à república. Conheça as principais
revoltas econômicas e sociais ao longo de cinco séculos de história. Disponível em: <http://
educacao.uol.com.br/infograficos/2013/06/18/conheca-os-movimentos-sociais-que-
marcaram-a-historia-do-brasil.htm#7> Acesso em: 2 fev. 2016.
30
TÓPICO 3 | A IMPORTÂNCIA DOS MOVIMENTOS SOCIAIS BRASILEIROS
estaduais. Teve esse nome porque disputavam as terras entre os Estados de Santa
Catarina e Paraná.
31
UNIDADE 1 | MOVIMENTOS SOCIAIS E SUA HISTÓRIA
33
UNIDADE 1 | MOVIMENTOS SOCIAIS E SUA HISTÓRIA
FIGURA 8 - TENENTISMO
Vejamos:
34
TÓPICO 3 | A IMPORTÂNCIA DOS MOVIMENTOS SOCIAIS BRASILEIROS
No dia 26 de junho, ocorreu a passeata dos cem mil, onde mais de cem mil
pessoas se reuniram para protestar nas ruas do Rio de Janeiro, cobrando medidas
do governo referentes aos problemas estudantis, e também aos problemas gerais
que o Brasil enfrentava, foi o maior movimento contra a Ditadura Militar.
E
IMPORTANT
O AI-5 foi uma represália ao discurso do deputado Márcio Moreira Alves, que pediu
ao povo brasileiro que boicotasse as festividades de 7 de setembro de 1968, protestando assim
contra o governo militar. A Câmara dos Deputados negou a licença para que o deputado fosse
processado por este ato. FONTE: Disponível em: <http://www.suapesquisa.com/ditadura/ai-5.
htm>. Acesso em: 29 jan. 2016.
Este movimento foi um dos maiores na história do Brasil, por todo o país,
foi através de manifestações, em prol das eleições diretas para presidente da
República.
36
TÓPICO 3 | A IMPORTÂNCIA DOS MOVIMENTOS SOCIAIS BRASILEIROS
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UNIDADE 1 | MOVIMENTOS SOCIAIS E SUA HISTÓRIA
DICAS
Para você se aprofundar nos estudos assista ao Filme “Lula, o Filho do Brasil”.
E veja como se organizavam as classes trabalhadoras na luta de melhorias na
qualidade de vida.
FONTE: Disponível em: <http://www.adorocinema.com/filmes/
filme-183532/>. Acesso em: 4 jan. 2016.
38
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico pôde-se observar uma discussão acerca dos movimentos
sociais no Brasil, em que foram abordados os seguintes itens:
• Passeata dos Cem Mil: no dia 26 de junho, ocorreu a Passeata dos Cem Mil,
quando mais de cem mil pessoas se reuniram para protestar nas ruas do Rio de
Janeiro, cobrando medidas do governo referente aos problemas estudantis.
39
• Diretas já: as Diretas Já deram início ao movimento que levou Tancredo Neves
à presidência. Eleição feita indiretamente e apoiada pela UNE (União dos
Estudantes do Brasil).
• Movimento passe livre: este ano foi marcado por diversas manifestações, a
principal mobilização ocorreu em São Paulo, como Movimento Passe Livre, que
reivindicavam a tarifa de ônibus cobrada a R$ 3,20 assim como reivindicavam
melhorias no transporte coletivo.
40
AUTOATIVIDADE
41
42
UNIDADE 1
TÓPICO 4
A DEMOCRACIA PARTICIPATIVA
E O SERVIÇO SOCIAL
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico! Neste tópico, refletiremos sobre a democracia social sobre
a participação nos movimentos sociais. Teremos um breve histórico do serviço
social e os direitos humanos e o serviço social.
43
UNIDADE 1 | MOVIMENTOS SOCIAIS E SUA HISTÓRIA
DICAS
FIGURA 11: O SERVIÇO SOCIAL JUNTO AOS MOVIMENTOS SOCIAIS
47
UNIDADE 1 | MOVIMENTOS SOCIAIS E SUA HISTÓRIA
LEITURA COMPLEMENTAR
O mesmo ocorreu com o movimento negro, que deixou de ser quase que
predominantemente movimento de manifestações culturais para ser também
movimento de construção de identidade e luta contra a discriminação racial. Os
jovens também geraram inúmeros movimentos culturais, especialmente na área
da música, enfocando temas de protesto (vide Touraine, 1997, a respeito desses
movimentos na França).
49
UNIDADE 1 | MOVIMENTOS SOCIAIS E SUA HISTÓRIA
Tratam-se de ONGs diferentes das que atuavam nos anos 80 junto com
os movimentos populares. Agora são ONGs inscritas no universo do Terceiro
Setor, voltadas para a execução de políticas de parceria entre o poder público e
a sociedade, atuando em áreas onde a prestação de serviços sociais é carente ou
até mesmo ausente, como na educação e saúde, para clientelas como meninos
e meninas que vivem nas ruas, mulheres com baixa renda, escolas de ensino
fundamental etc.
Assim, na luta pela moradia deve-se registrar que ela tem sido a luta que
conta com o maior número de assessores e organizações qualificadas, ou seja, com
um corpo de especialistas e analistas e não apenas voluntários ou militantes.
Em 1993, foi criada a União Nacional por Moradia Popular (UNMP), rede de
movimentos organizados a partir de entidades regionais existentes, na época, nos
estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Goiás, Pernambuco, Sergipe e Alagoas;
que conta com o apoio de programas pastorais da Igreja Católica, a assessoria
de ONGs que trabalham sob a perspectiva da Ajuda Mútua e da Autogestão. A
UNMP tem como programa central o projeto auto gestionário de mutirões para
a construção da casa própria e tem participado das principais ações de luta pela
moradia popular, nos anos 90, tais como: as “Caravanas para Brasília”, O Estatuto
da Cidade, a reivindicação da criação de um Fundo Nacional de Moradia Popular
e do Conselho Nacional de Moradia Popular.
51
UNIDADE 1 | MOVIMENTOS SOCIAIS E SUA HISTÓRIA
52
TÓPICO 4 | A DEMOCRACIA PARTICIPATIVA E O SERVIÇO SOCIAL
54
TÓPICO 4 | A DEMOCRACIA PARTICIPATIVA E O SERVIÇO SOCIAL
O último item deste trabalho é uma análise dos conselhos da educação dada
a importância que essa área passou a ter na atualidade, no discurso e nas políticas
governamentais, conferindo-se às escolas atributos que ultrapassam sua dimensão
de ensino/aprendizagem para se transformarem em espaços de socialização e de
prestação de serviços públicos municipais; assim como o papel que a educação
passou a ter no novo paradigma do mundo do trabalho.
Todos eles devem ser nomeados pelo prefeito municipal. Este fato confere
força e legitimidade ao conselho, mas é também um ponto de fragilidade, dados
os riscos que esta nomeação envolve. Por isso, a comunidade educativa que tem se
reunido para debater a questão dos conselhos de representantes da sociedade civil
junto ao poder público, a exemplo da iniciativa do Instituto de Estudos Avançados
da Universidade de São Paulo, enfatiza a necessidade de qualquer tipo de conselho
ser eleito por vários setores da sociedade civil e política.
Mas eles não são ouvidos pelos planejadores e não há canal de interlocução.
Na maioria das vezes são considerados, a priori, “do contra”; exceto quando se
trate de entidades “pelegas”, herdeiras do clássico clientelismo, ou super pós-
modernas, composta de líderes individualistas, sem trajetória de experiência
associativa anterior, e totalmente “formatados” segundo as palavras de ordem do
vocabulário pseudomoderno. São os novos adesistas.
57
UNIDADE 1 | MOVIMENTOS SOCIAIS E SUA HISTÓRIA
Entretanto, ocupar espaços nos conselhos pode ser uma maneira de estar
presente em arenas onde se decidem os destinos de verbas e prioridades na gestão
de bens públicos; é uma forma de ser ouvido e continuar lutando para transformar
o Estado pela via da democratização das políticas públicas. Eles, conselhos, devem
ser espaços e mecanismos operativos a favor da democracia e de exercício da
cidadania, em todo e qualquer contexto sociopolítico.
Conclusões
Claude Lefort nos adverte:
É um grave erro supor que não existem alternativas políticas. Acho
que a nossa época é de desafios. A maioria deles é encontrar meios de
adaptação às mudanças tecnológicas, com suas consequências sobre a
mão-de-obra, a mobilidade extrema no trabalho. Essa adaptação deveria
ser compatível com as exigências de integração de grandes camadas da
população; isso se faz criando laços sociais e reforçando as medidas de
proteção social. (1999, Caderno 2, Cultura, Estado de São Paulo, p. D5).
58
TÓPICO 4 | A DEMOCRACIA PARTICIPATIVA E O SERVIÇO SOCIAL
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UNIDADE 1 | MOVIMENTOS SOCIAIS E SUA HISTÓRIA
Referências bibliográficas
FREIRE, P. A Constituição de uma nova cultura política. In Villas-Boas, R. e
Telles, V. S. Poder local, participação popular, construção da cidadania. São
Paulo, Instituto Cajamar/Instituto Pólis/FASE e IBASE, 1995.
GOHN, M. G. Educação não formal e cultura política. São Paulo, Cortez, 1999.
60
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, você estudou que:
• Século XIX e início do século XX – Europa sofre com o agravamento das questões
sociais, população sofria com o aumento gradativo da miséria, trabalhadores
explorados pela classe dominadora.
• Com tantas lutas e rupturas nos espaços profissionais e de luta por democracia
pelo mínimo de direitos começa-se a enfrentar desafios no meio profissional. O
serviço social se consolida por projetos de luta pela democracia de direitos.
61
AUTOATIVIDADE
62
UNIDADE 2
AS INTERFACES NA CONSOLIDAÇÃO
DE DIREITOS NAS POLÍTICAS PÚBLICAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A Unidade 2 está dividida em quatro tópicos e, ao final de cada um deles,
você poderá fixar seus conhecimentos e completar as atividades propostas.
63
64
UNIDADE 2
TÓPICO 1
A LEGISLAÇÃO E AS POLÍTICAS
SOCIAIS NO BRASIL
1 INTRODUÇÃO
Prezado acadêmico! Como já conhecemos a importância dos movimentos
sociais, agora, vamos estudar a legislação e discutir a história da Constituição
Federal e as políticas sociais no Brasil, e já mencionando a participação do Serviço
Social.
65
UNIDADE 2 | AS INTERFACES NA CONSOLIDAÇÃO DE DIREITOS NAS POLÍTICAS PÚBLICAS
2.1 LEGISLAÇÃO
Ressalta-se que os direitos sociais abrangem outros direitos que não estão
detalhados no artigo 6º da Constituição Federal de 1988, como o direito à moradia
e à segurança alimentar.
66
TÓPICO 1 | A LEGISLAÇÃO E AS POLÍTICAS SOCIAIS NO BRASIL
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UNIDADE 2 | AS INTERFACES NA CONSOLIDAÇÃO DE DIREITOS NAS POLÍTICAS PÚBLICAS
68
TÓPICO 1 | A LEGISLAÇÃO E AS POLÍTICAS SOCIAIS NO BRASIL
UNI
Vamos entender o que é um Estado, já que citamos mais de duas vezes em nosso
texto: a palavra Estado, grafada com inicial maiúscula, é uma forma organizacional
cujo significado é de natureza política. É uma entidade com poder soberano para governar um
povo dentro de uma área territorial delimitada. As funções tradicionais do Estado englobam
três domínios: Poder Executivo, Poder Legislativo e Poder Judiciário. Numa nação, o Estado
desempenha funções políticas, sociais e econômicas. Também é designada por Estado,
cada uma das divisões político-geográficas de uma república federativa. Estas divisões são
autônomas e possuem um governo próprio regido por uma estrutura administrativa local. O
Brasil é dividido em 26 Estados e um Distrito Federal.
Estado Novo: é o nome dado ao regime ditatorial liderado por Getúlio Vargas no Brasil, que
esteve em vigor entre 1937 e 1945.
Neste período, houve prosperidade em nível econômico, mas também se verificaram situações
negativas, como censura e perseguição de elementos da oposição política.
Estado laico: Um estado laico é a designação de um estado onde existe a separação entre
o estado e a igreja. O laicismo indica que as decisões políticas tomadas não devem ser
influenciadas pela religião.
FONTE: Disponível em: <http://www.significados.com.br/estado/>. Acesso em: 19 fev. 2016.
Gershon, Alto e Souza (2005) reforçam que através do olhar estratégico, sob
a visão dos direitos humanos, se é capaz de demonstrar as políticas locais com três
enfoques distintos:
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UNIDADE 2 | AS INTERFACES NA CONSOLIDAÇÃO DE DIREITOS NAS POLÍTICAS PÚBLICAS
E
IMPORTANT
70
TÓPICO 1 | A LEGISLAÇÃO E AS POLÍTICAS SOCIAIS NO BRASIL
UNI
E
IMPORTANT
E
IMPORTANT
71
UNIDADE 2 | AS INTERFACES NA CONSOLIDAÇÃO DE DIREITOS NAS POLÍTICAS PÚBLICAS
E
IMPORTANT
No que tange às políticas sociais, será que estas políticas são um desafio
para o serviço social?
Vejamos:
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TÓPICO 1 | A LEGISLAÇÃO E AS POLÍTICAS SOCIAIS NO BRASIL
LEGISLAÇÃO
73
UNIDADE 2 | AS INTERFACES NA CONSOLIDAÇÃO DE DIREITOS NAS POLÍTICAS PÚBLICAS
74
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, podemos observar uma discussão acerca do significado da
participação popular. Também a formalização das políticas públicas e sociais.
• Nas duas primeiras décadas do século XIX, a classe operária no Brasil se organiza
e reivindica por políticas sociais, que trabalhem com as questões problemáticas
da sociedade civil.
75
AUTOATIVIDADE
2 Gershon; Alto e Souza (2005) reforçam que através do olhar estratégico sob a
visão dos direitos humanos, se é capaz de demonstrar as políticas locais com
três enfoques distintos. Cite e descreva esses enfoques.
76
UNIDADE 2 TÓPICO 2
A CONSTITUIÇÃO FEDERAL
E O SERVIÇO SOCIAL
1 INTRODUÇÃO
Prezado acadêmico! Neste tópico vamos conhecer a modernização brasileira
que foi acompanhada pela expansão do setor público no que diz respeito à
afirmação de seu papel, como provedor e gestor de políticas sociais. Apresentando
a Constituição Federal de 1988 – CF/88, que cria condições necessárias para que
a população faça parte das decisões nas políticas sociais e assim exercendo sua
democracia.
Bons estudos!
2.1 LEGISLAÇÃO
77
UNIDADE 2 | AS INTERFACES NA CONSOLIDAÇÃO DE DIREITOS NAS POLÍTICAS PÚBLICAS
ATENCAO
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TÓPICO 2 | A CONSTITUIÇÃO FEDERAL E O SERVIÇO SOCIAL
E
IMPORTANT
UNI
80
TÓPICO 2 | A CONSTITUIÇÃO FEDERAL E O SERVIÇO SOCIAL
81
UNIDADE 2 | AS INTERFACES NA CONSOLIDAÇÃO DE DIREITOS NAS POLÍTICAS PÚBLICAS
E
IMPORTANT
82
TÓPICO 2 | A CONSTITUIÇÃO FEDERAL E O SERVIÇO SOCIAL
mas também das presenças até mesmo como desejos em superar a situação
atual.
5- Uma visão social capaz de identificar forças e não fragilidades nas diversas
situações de vida.
UNI
FONTE: A autora
83
UNIDADE 2 | AS INTERFACES NA CONSOLIDAÇÃO DE DIREITOS NAS POLÍTICAS PÚBLICAS
Cabe à assistência social oferecer serviços e benefícios por meio dos diretos
humanos. Desta forma, cabe ao Estado, vigiar e garantir que a sociedade usufrua
de todos os direitos oferecidos à ela, através das políticas sociais. É através de
serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais que se procurou a
cobertura universal para a garantia de acesso da população a esses direitos.
84
TÓPICO 2 | A CONSTITUIÇÃO FEDERAL E O SERVIÇO SOCIAL
• Comando único nas três esferas: O comando único nas três esferas de governo
define a organização e a estruturação da Política Pública de Assistência Social
e é legitimado pelas instâncias de pactuação e de negociação (Comissão
Intergestores Tripartite/CIT e Comissão Intergestores Bipartite/CIBs). Também
se reconhece a importância de espaços como o Fórum Nacional de Secretários
Estaduais de Assistência Social (Fonseas) e o Colegiado Nacional de Gestores
Municipais de Assistência Social (Congemas) na implementação da política.
• Gestão compartilhada: Havendo o controle social dos conselhos nos três níveis
de governo, possibilita-se uma gestão compartilhada. Tal modelo de gestão
exige a definição clara de competências em cada uma das esferas de governo,
num processo integrado de cooperação e complementariedade garantindo a
unidade e continuidade na oferta dos serviços socioassistenciais.
FONTE: Planos de Assistência Social: Diretrizes para elaboração. Brasília: MDS, 2008.
85
UNIDADE 2 | AS INTERFACES NA CONSOLIDAÇÃO DE DIREITOS NAS POLÍTICAS PÚBLICAS
• Atendem às famílias, seus membros e indivíduos com direitos violados, mas cujos
vínculos familiares e comunitários não foram rompidos. Requerem estrutura que
permita atenção especializada e/ou acompanhamento sistemático e monitorado.
• Serviços de proteção social especial de alta complexidade.
• Garantem proteção integral: moradia, alimentação, higienização e trabalho
protegido.
• Dirigem-se às famílias, seus membros e indivíduos que se encontram sem
referência e/ou ameaçados e necessitam ser retirados de seu núcleo familiar e
comunitário.
FONTE: Disponível em: <http://www.ipc-undp.org/doc_africa_brazil/5.SNAS_%20AnaLigiaGomes.
pdf>. Acesso em: 23 fev. 2016.
86
TÓPICO 2 | A CONSTITUIÇÃO FEDERAL E O SERVIÇO SOCIAL
87
UNIDADE 2 | AS INTERFACES NA CONSOLIDAÇÃO DE DIREITOS NAS POLÍTICAS PÚBLICAS
• Matricialidade sociofamiliar
• Descentralização político-administrativa e Territorialização.
• Novas bases para relação entre Estado e Sociedade Civil
• Financiamento pelas três esferas de governo, com divisão de responsabilidades.
• Controle Social.
• Política de Recursos Humanos.
• Informação, Monitoramento e Avaliação.
E
IMPORTANT
88
TÓPICO 2 | A CONSTITUIÇÃO FEDERAL E O SERVIÇO SOCIAL
UNI
89
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, abordaram-se a legislação e as instâncias de governo, bem
como, o sistema das políticas públicas-sociais.
• Através dos artigos 203 e 204 da constituição foi regulamentada a Lei 8.742,
de 7 de dezembro de 1993 – Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS). Esta
lei estabelece princípios, diretrizes da política de Assistência Social, também
institui a organização e gestão da política, bem como, seus benefícios, serviços,
programas e projetos e seus respectivos financiamentos.
• A Assistência Social como política de proteção social dispõe uma nova situação
política do Brasil. Isto significa que a garantia é a todos que dela necessitam, sem
contribuição dessa proteção.
• Cabe à assistência social, oferecer serviços e benefícios por meio dos direitos
humanos. Assim cabe ao Estado vigiar e garantir que a sociedade usufrua de
todos os direitos oferecidos a ele, através das políticas sociais.
90
AUTOATIVIDADE
2 Complete a frase:
91
92
UNIDADE 2
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico! Agora vamos conhecer os conselhos de direitos e discutir
sobre eles, como estão relacionados com os movimentos sociais e com as políticas
sociais brasileiras. Discutiremos em que contexto os conselhos surgem e seu
funcionamento.
Bons estudos!
Antes dos direitos humanos, pelo menos dois conselhos merecem ser
referenciados por serem criados antes da Constituição de 1988. São eles: o Conselho
de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana e o Conselho Nacional dos Direitos da
Mulher.
94
TÓPICO 3 | OS CONSELHOS DE DIREITOS NO BRASIL
E
IMPORTANT
De acordo com o filósofo e político italiano Antônio Gramsci, o Estado não deveria ser visto
apenas como Governo. Gramsci faz a divisão de Estado em sociedade política e a sociedade
civil. Segundo Gramsci, a sociedade política é referente às instituições políticas e o controle
legal e constitucional que exercem. Já a sociedade civil é vista como um organismo não estatal
ou privado, que pode incluir a economia, por exemplo. A sociedade política é conotada com a
força e a sociedade civil com o consentimento.
Gramsci contribuiu grandemente para a análise do conceito de sociedade civil e também da
dicotomia Sociedade Civil / Estado.
FONTE: Disponível em: <http://www.significados.com.br/sociedade-civil/acesso>. Acesso em:
7 abr. 2016.
95
UNIDADE 2 | AS INTERFACES NA CONSOLIDAÇÃO DE DIREITOS NAS POLÍTICAS PÚBLICAS
Os setores organizados são responsáveis pelo controle social, que tem como
perspectiva a participação da população, que espera dos setores formulações como
planos, programas e projetos, todos voltados ao interesse do coletivo. Conforme
destaca a autora Gohn, é papel essencial no exercício do controle social, através
dos conselhos, a identificação de novos conceitos das estruturas modernas da
sociedade civil, pois:
96
TÓPICO 3 | OS CONSELHOS DE DIREITOS NO BRASIL
97
UNIDADE 2 | AS INTERFACES NA CONSOLIDAÇÃO DE DIREITOS NAS POLÍTICAS PÚBLICAS
• CONSELHO NACIONAL
• CONSELHO ESTADUAL
• CONSELHO MUNICIPAL
• PRESIDENTE
• VICE-PRESIDENTE
• SECRETÁRIO
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TÓPICO 3 | OS CONSELHOS DE DIREITOS NO BRASIL
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UNIDADE 2 | AS INTERFACES NA CONSOLIDAÇÃO DE DIREITOS NAS POLÍTICAS PÚBLICAS
100
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico você aprendeu que:
• A participação social tem como perspectiva o controle social que é exercido pelos
setores organizados na sociedade desde as formulações (planos, programas e
projetos), para atender ao interesse da coletividade.
101
• As conferências ocorrem nos três níveis de governo (municipal estadual e
federal). Inicialmente, incidem as conferências municipais, com os debates
regionalizados e o posicionamento do município em relação ao segmento em
pauta.
102
AUTOATIVIDADE
103
104
UNIDADE 2
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico! Já trabalhamos sobre o surgimento dos conselhos de
direitos e a importância da participação popular. Agora, discutiremos a importância
do controle social e a relevância do tema para o Serviço Social.
Verificaremos que o controle social tem sido empregado por várias partes
da sociedade, desde estudiosos e pesquisadores até pelos movimentos sociais e
populares, partidos políticos, ONGs e gestores das três esferas de governo, entre
outros.
Bons estudos!
E
IMPORTANT
Antes de começarmos o estudo deste item: para você, o que é controle social?
O que essa palavra faz refletir? Antes de ler o texto, faça uma reflexão ao conceito de controle
social.
Controle social é visto como instrumento e forma de expressão da democracia e cidadania,
compartilhando o poder de decisão entre o Estado e a sociedade sobre suas políticas, é a
forma como a sociedade se relacionada e interliga com as políticas públicas.
FONTE: Disponível em: <www.polis.org.br/uploads/1058/1058.pdf>. Acesso em: 17 abr. 2016.
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UNIDADE 2 | AS INTERFACES NA CONSOLIDAÇÃO DE DIREITOS NAS POLÍTICAS PÚBLICAS
O controle social tem sido empregado por várias partes da sociedade, desde
estudiosos e pesquisadores até pelos movimentos sociais e populares, partidos
políticos, ONGs e gestores das três esferas de governo, entre outros.
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TÓPICO 4 | SERVIÇO SOCIAL E CONTROLE SOCIAL
E
IMPORTANT
Falamos tanto em Estado, mas o que vem a ser Estado? Segundo o Dicionário
Houaiss (HOUAISS; VILLAR, 2006), Estado designa o “conjunto das instituições (governo, forças
armadas, funcionalismo público etc.) que controlam e administram uma nação”; "país soberano,
com estrutura própria e politicamente organizado”. É organizado política, social e juridicamente,
ocupando um território definido, normalmente, onde a Lei máxima é a Constituição Escrita e
dirigida por um governo que possui soberania reconhecida, tanto interna como externamente.
O Estado é responsável pela organização e pelo controle social.
O autor faz uma reflexão de que poderá ser realizado o controle dos
setores organizados pela sociedade civil com ações do Estado para que possam
responder aos interesses de classes inferiores, ou seja, a maioria da população.
Observe o esquema:
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UNIDADE 2 | AS INTERFACES NA CONSOLIDAÇÃO DE DIREITOS NAS POLÍTICAS PÚBLICAS
Anseios da Sociedade
Proposta
Candidato/Gestor Público
Eleição/Designação Retroalimentação
• Determinações
• Recomendações
• Julgamento
Planejamento • Ações Judiciárias
(Plano Plurianual, LDO, LOA)
Tribunais de Contas
Controles Internos
Execução Ministério Público
Atuação Corregedorias
Poder Judiciário
CONTROLE SOCIAL
E demais sistemas de controle
SOCIEDADE
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TÓPICO 4 | SERVIÇO SOCIAL E CONTROLE SOCIAL
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UNIDADE 2 | AS INTERFACES NA CONSOLIDAÇÃO DE DIREITOS NAS POLÍTICAS PÚBLICAS
DICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
FINALIDADE
COMPETÊNCIAS
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TÓPICO 4 | SERVIÇO SOCIAL E CONTROLE SOCIAL
• Plenário;
• Corpo Diretivo;
• Comissões Permanentes;
• Comissões Provisórias;
• Secretaria/Coordenação Executiva.
ACESSIBILIDADE
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UNIDADE 2 | AS INTERFACES NA CONSOLIDAÇÃO DE DIREITOS NAS POLÍTICAS PÚBLICAS
COMPOSIÇÃO
MANDATO
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TÓPICO 4 | SERVIÇO SOCIAL E CONTROLE SOCIAL
MINISTÉRIO PÚBLICO
DEFENSORIA PÚBLICA
TRIBUNAL DE CONTAS
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UNIDADE 2 | AS INTERFACES NA CONSOLIDAÇÃO DE DIREITOS NAS POLÍTICAS PÚBLICAS
AUDIÊNCIA PÚBLICA
CONSULTA PÚBLICA
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RESUMO DO TÓPICO 4
• O controle social tem sido empregado por várias partes da sociedade, desde
estudiosos e pesquisadores até pelos movimentos sociais e populares, partidos
políticos, ONGs e gestores das três esferas de governo, entre outros.
• Portanto, o campo das políticas sociais aparece incoerente, pois através delas o
Estado domina a sociedade, ao mesmo tempo em que aciona suas demandas.
115
AUTOATIVIDADE
116
UNIDADE 3
CONHECENDO ALGUNS
CONSELHOS DE DIREITOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A Unidade 3 está dividida em quatro tópicos e, ao final de cada um deles,
você terá a oportunidade de fixar seus conhecimentos realizando as ativida-
des propostas.
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118
UNIDADE 3
TÓPICO 1
O CONSELHO DE SAÚDE
1 INTRODUÇÃO
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UNIDADE 3 | CONHECENDO ALGUNS CONSELHOS DE DIREITOS
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TÓPICO 1 | O CONSELHO DE SAÚDE
física e moral;
IV- igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de
qualquer espécie;
V- direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde;
VI- divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de
saúde e sua utilização pelo usuário;
VII- utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades,
a alocação de recursos e a orientação programática;
VIII- participação da comunidade;
IX- descentralização político-administrativa, com direção única em cada
esfera de governo:
a) ênfase na descentralização dos serviços para os municípios;
b) regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde;
X- integração, em nível executivo, das ações de saúde, meio ambiente e
saneamento básico;
XI- conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e
humanos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
na prestação de serviços de assistência à saúde da população;
XII- capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de
assistência;
XIII- organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de
meios para fins idênticos (BRASIL, 1990b).
121
UNIDADE 3 | CONHECENDO ALGUNS CONSELHOS DE DIREITOS
1993 – NOB-SUS 93
Em 1993 foi publicada a NOB-SUS 93, que buscava a restauração da
implantação do SUS e estabelecer o princípio da municipalização. Instituiu
níveis de gestão local do SUS e estabeleceu um conjunto de estratégias, que
123
UNIDADE 3 | CONHECENDO ALGUNS CONSELHOS DE DIREITOS
1996 – NOB 96
A edição da NOB 96 trouxe uma proposta para um novo modelo de atenção.
Acelerando a descentralização dos recursos federais para os estados e municípios,
trazendo a autonomia para a gestão de todas as esferas até então descentralizadas,
buscando mudanças para a lógica assistencial, incentivando programas dirigidos
à população mais carente, como o Programa de Agentes Comunitários de Saúde
(PACS), além das práticas do Programa de Saúde da Família (PSF).
As principais inovações da NOB 96 foram: a concepção ampliada de saúde,
o fortalecimento das instâncias colegiadas e da gestão pactuada e descentralizada,
as transferências fundo a fundo (do Fundo Nacional de Saúde) direto para os
fundos municipais de saúde, regulamentados pela NOB-SUS 96.
124
TÓPICO 1 | O CONSELHO DE SAÚDE
NOTA
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UNIDADE 3 | CONHECENDO ALGUNS CONSELHOS DE DIREITOS
para ter acesso a ele, é necessário ter passado pelos demais níveis ou pelo serviço
de urgência e emergência.
DICAS
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TÓPICO 1 | O CONSELHO DE SAÚDE
Através dos três níveis de governo os conselhos são operados, são órgãos de
participação popular, dos usuários dos serviços e instituições que são prestadoras
de serviços à comunidade. Em algumas áreas, as resoluções são definidas pelos
conselhos e ligadas ao planejamento do governo, ocorrendo na saúde, na educação
e na assistência social.
127
UNIDADE 3 | CONHECENDO ALGUNS CONSELHOS DE DIREITOS
E
IMPORTANT
128
TÓPICO 1 | O CONSELHO DE SAÚDE
social no SUS, ou seja, tornar viável a realização de eventos sobre o controle social
no SUS.
3.3 RESPONSABILIDADES
Esferas governamentais
MINISTÉRIO DA SAÚDE
• Apoiar e incentivar, tanto nos aspectos financeiros quanto técnicos, nas instâncias
estaduais, municipais e do Distrito Federal para o processo de elaboração e
execução da política de educação permanente para o controle social no SUS.
• Manter atualizado o acervo de referências sobre saúde e oferecer material de
informação básica e audiovisual que auxilie a veiculação de temas de interesse em
saúde, tais como: legislação, orçamento, direitos em saúde, modelo assistencial,
modelo de gestão e outros.
129
UNIDADE 3 | CONHECENDO ALGUNS CONSELHOS DE DIREITOS
Não se vincula o controle social na saúde apenas a uma luta legal por
direitos adquiridos, mas também à potencialidade e à criatividade dos usuários na
hora de elaborar a política, que são os que realmente sabem a respeito, percebendo
no dia a dia como deve ser a política pública de saúde e quais as falhas atuais dos
serviços prestados na saúde.
130
TÓPICO 1 | O CONSELHO DE SAÚDE
controle social.
E
IMPORTANT
AUTOATIVIDADE
131
UNIDADE 3 | CONHECENDO ALGUNS CONSELHOS DE DIREITOS
AUTOATIVIDADE
O objetivo do profissional de Serviço Social, que por sua vez atua na saúde,
tem como objetivo trabalhar com as necessidades da saúde em geral, tendo como
prática a defesa dos princípios e diretrizes do SUS e a ligação com a rede externa de
proteção social, que auxilia no atendimento integral das necessidades dos usuários
na saúde. Segundo Costa (2000 p. 62-63):
132
TÓPICO 1 | O CONSELHO DE SAÚDE
133
RESUMO DO TÓPICO 1
• Atualmente, o SUS é mais voltado ao combate das grandes endemias, tais quais
contribuíram para a criação de um sistema de saúde.
• O objetivo do profissional de Serviço Social que, por sua vez, atua na saúde, e
tem como objetivo trabalhar com as necessidades da saúde em geral.
134
AUTOATIVIDADE
135
136
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
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UNIDADE 3 | CONHECENDO ALGUNS CONSELHOS DE DIREITOS
E
IMPORTANT
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TÓPICO 2 | O CONSELHO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
139
UNIDADE 3 | CONHECENDO ALGUNS CONSELHOS DE DIREITOS
E
IMPORTANT
140
TÓPICO 2 | O CONSELHO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
Previa-se na lei que de dois em dois anos fosse realizada uma revisão na
lista das pessoas que recebem o BPC. Deveriam ser atualizadas as informações em
um sistema para que o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
liberasse o pagamento do BPC somente para quem realmente precisa dele.
E
IMPORTANT
FONTE: YAZBEK, M. C. Classes subalternas e assistência social. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2006.
141
UNIDADE 3 | CONHECENDO ALGUNS CONSELHOS DE DIREITOS
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TÓPICO 2 | O CONSELHO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
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UNIDADE 3 | CONHECENDO ALGUNS CONSELHOS DE DIREITOS
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TÓPICO 2 | O CONSELHO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
145
RESUMO DO TÓPICO 2
146
AUTOATIVIDADE
147
148
UNIDADE 3
TÓPICO 3
O CONSELHO DE EDUCAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, trabalharemos e estudaremos o conselho de educação,
abordando a legislação, dada a importância que essa área passou a ter na
atualidade, exemplificando as escolas, as suas responsabilidades e a dimensão de
ensino-aprendizagem.
Para haver sintonia entre inputs e outputs, que significa o sistema escolar
receber da sociedade o que desenvolve ao meio, é necessário uma estrutura que o
sustente. Desta forma, fazendo o sistema funcionar. Para se ter sucesso escolar é
preciso haver competência na organização e uma prática eficaz. Um sistema eficaz
torna pessoas de melhor nível cultural, e mais preparadas para enfrentar o mundo
lá fora e o mercado de trabalho.
149
UNIDADE 3 | CONHECENDO ALGUNS CONSELHOS DE DIREITOS
particulares são mantidas por grupos ou iniciativas privadas, são legais. Escolas
confessionais são mantidas por entidades religiosas, como por exemplo, escola
salesianas, luteranas, adventistas, entre outras.
E
IMPORTANT
150
TÓPICO 3 | O CONSELHO DE EDUCAÇÃO
• O Ensino Fundamental pode ser oferecido tanto por municípios quanto pelo
Estado, o mesmo passou a ter agora nove anos para poder conclui-lo.
• O Ensino Médio é responsabilidade total dos Estados, porém escolas particulares
também podem oferecer.
E
IMPORTANT
151
UNIDADE 3 | CONHECENDO ALGUNS CONSELHOS DE DIREITOS
bacharelado e licenciatura.
152
TÓPICO 3 | O CONSELHO DE EDUCAÇÃO
DICAS
153
UNIDADE 3 | CONHECENDO ALGUNS CONSELHOS DE DIREITOS
E
IMPORTANT
EIXOS DE TRABALHO
Identidade e autonomia: conhecer-se como ser único e social com suas capacidades e
limitações.
Natureza e sociedade: explorar o meio ambiente considerando o meio social e natural.
Movimento: explorar movimentos, gestos e ritmos do corpo.
Artes visuais: desenvolver a sensibilidade para a linguagem plástica através da exploração
de materiais e objetivos.
Linguagem oral e escrita: estimular a comunicação oral e escrita, ampliando a comunicação
e expressão.
Música: vivenciar o ritmo, sons, melodia e harmonia dos diferentes tipos musicais.
Matemática: compreender noções do cotidiano.
FONTE: Secretária de Ensino Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação
Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998. V. 3.
154
TÓPICO 3 | O CONSELHO DE EDUCAÇÃO
O Ensino Médio é a etapa final da educação básica (LDB nº 9.394/96, art. 36),
procura assegurar à população a oportunidade de dar continuidade aos estudos,
com tais objetivos:
155
UNIDADE 3 | CONHECENDO ALGUNS CONSELHOS DE DIREITOS
E
IMPORTANT
156
TÓPICO 3 | O CONSELHO DE EDUCAÇÃO
157
RESUMO DO TÓPICO 3
158
AUTOATIVIDADE
1 Para haver sintonia entre inputs e outputs, que significa o sistema escolar
receber da sociedade o que desenvolve ao meio, é necessário uma estrutura
que o sustente. Explique como fazer funcionar.
159
160
UNIDADE 3
TÓPICO 4
O CONSELHO DA
CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, abordaremos a legislação e a história da política social da
criança e do adolescente.
E
IMPORTANT
161
UNIDADE 3 | CONHECENDO ALGUNS CONSELHOS DE DIREITOS
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TÓPICO 4 | O CONSELHO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
163
UNIDADE 3 | CONHECENDO ALGUNS CONSELHOS DE DIREITOS
E
IMPORTANT
Competências do Conselho
I - Deliberar, normatizar, controlar e articular a Política Municipal dos Direitos da Criança e do
Adolescente para a efetiva garantia da sua promoção, defesa e orientação, visando à proteção
integral da criança e do adolescente.
II - Cumprir e fazer cumprir, em âmbito municipal, o Estatuto da Criança e do Adolescente, as
Constituições Estadual e Federal, a presente Lei e todas as legislações relacionadas aos direitos
e interesses da criança e do adolescente.
III - Apreciar e deliberar a proposta orçamentária dos recursos destinados às ações finalísticas
do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente – FIA e do orçamento criança.
IV - Deliberar sobre a política de captação e aplicação de recursos do Fundo Municipal dos
Direitos da Criança e do Adolescente – FIA.
V - Aprovar o Relatório Anual de Gestão dos recursos oriundos do Fundo Municipal dos Direitos
da Criança e do Adolescente – FIA.
VI - Participar da elaboração do Plano Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.
VII - Aprovar o Plano Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.
VIII - Acompanhar o alcance dos resultados dos pactos estabelecidos com a rede prestadora
de serviços, governamental e não governamental.
IX - Registrar as organizações governamentais de atendimento dos direitos da criança e do
adolescente e inscrever os programas das organizações governamentais e não governamentais,
previstos no artigo 90, do Estatuto da Criança e do Adolescente.
X - Estabelecer conjuntamente com a Secretaria Municipal de Assistência Social, demais
Secretarias e órgãos do Município a realização de eventos, estudos e pesquisas no campo da
promoção, orientação, proteção integral e defesa da Criança e do Adolescente.
XI – Estabelecer, na Política de Atendimento, a formação continuada dos atores envolvidos,
direta e indiretamente, no atendimento à criança e ao adolescente.
164
TÓPICO 4 | O CONSELHO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Composição do Conselho
I - seis (06) conselheiros titulares e suplentes, indicados bienalmente pelos seguintes órgãos e
entidades governamentais do município:
a) Secretaria Municipal de Assistência Social;
b) Secretaria Municipal de Administração e Finanças;
c) Secretaria Municipal de Educação;
d) Secretaria Municipal de Saúde;
e) Fundação Indaialense de Cultura;
f) Fundação Municipal de Esportes.
II - Seis (06) conselheiros titulares com seus respectivos suplentes não governamentais dos
seguintes segmentos, sendo:
a) dois (02) representantes de entidades que prestam atendimento direto à criança e ao
adolescente do município;
b) um (01) representante de associações de pais e alunos das escolas públicas estaduais e
municipais;
c) um (01) representante, dos clubes de serviços ou das Associações Comerciais e Industriais;
d) um (01) representante das associações de moradores;
e) um (01) representante das instituições de pesquisa, estudo e formação nas áreas da criança e
do adolescente ou de trabalhadores do setor com atuação direta no atendimento com crianças
e adolescentes.
Parágrafo Único – Os representantes titulares e suplentes das organizações não governamentais
não poderão ter cargo comissionado ou função gratificada da Prefeitura Municipal e serão
escolhidos bienalmente em fórum próprio, convocado especialmente pelo Conselho Municipal
dos Direitos da Criança e do Adolescente para tal finalidade.
§ 1º - Na hipótese de desistência do conselheiro titular eleito, e/ou, da dissolução da organização
a qual o conselheiro representa, assumirá o assento o suplente do respectivo segmento.
§ 2º - A nomeação dos conselheiros não governamentais dar-se-á por Ato do Poder Executivo,
no prazo máximo de 30 dias, após o processo de escolha dos conselheiros.
165
RESUMO DO TÓPICO 4
166
AUTOATIVIDADE
167
168
REFERÊNCIAS
BRASIL. CONAE 2010. Documento de Referência. Construindo o Sistema
Nacional Articulado de Educação: o Plano Nacional de Educação, Diretrizes e
Estratégias de Ação. Brasília: MEC, 2009.
169
BRASIL. Lei n. 9.131 <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9131.htm>.
Acesso em: 1 de jun. 2016.
BRAVO. Maria Inês Souza; MENESES, Juliana Souza Bravo de. Saúde, serviço
social, movimentos sociais e conselhos: desafios atuais. São Paulo: Editora
Cortez, 2012.
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 4 ed. São Paulo:
Atlas, 1999.
GOHN, M. da Glória. Nova teorias dos movimentos sociais. São Paulo: 4 ed.
Loyola, 2012.
GOHN, M. da Glória. Teorias dos movimentos sociais. 9 ed. Loyola. São Paulo.
2011.
NETTO, José Paulo. Ditadura e serviço social: uma análise do serviço social no
Brasil pós/64. 15 ed. São Paulo: Editora Cortez, 2010.
SANTOS, R. B. dos. Movimentos sociais urbanos. 1. ed. São Paulo: UNESP, 2008.
SILVA, Ana Amélia da. Esfera pública e sociedade civil uma (re)invenção
possível. São Paulo, Revista São Paulo em Perspectiva, 8 (2), 1994.
SIMÕES, Carlos. Curso de direito do serviço social. 2. ed. São Paulo: Cortez,
2008. v. 3.
173