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Antropologia Religiosa Steban. Ok Corrigida e Ajustada

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CONVENÇÃO BATISTA NACIONAL DO RIO DE JANEIRO

STEBAN

“SEMINÁRIO TEOLÓGICO
EVANGÉLICO BATISTA
NACIONAL”

CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA


ANTROPOLOGIA RELIGIOSA
01

“Do nada DEUS fez tudo o que exister, logo, só existe uma coisa pelo
qual DEUS não pode fazer nada, e esta coisa é menor do que nada!
(extraído).

1) ETIMOLOGIA: anthropos = homem e logia = estudo, tratado

2) DEFINIÇÃO de Antropologia Religiosa: é a parte da Teologia Sistemática


que estuda o homem do ponto de vista teológico.

3) A CRIAÇÃO DO HOMEM

a) Planejada por Deus – “E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem,


conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as
aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se
move sobre a terra” Gn 1.26 (Veja ainda Ap 4.11).

b) Executada por Deus – “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem


de Deus o criou; homem e mulher os criou” 1 Gn 1.27 (Veja ainda Gn
2.7,18,21-23; Jo 33.4).

c) Conforme um tipo divino – “E criou Deus o homem à sua imagem; à


imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” Gn 1.27 (Veja ainda Gn
1.26; 9.6; Tg 3.9).

d) Distinção sexual (macho e fêmea) – “E criou Deus o homem à sua


imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” Gn 1.27 (Veja
ainda Gn 2.18,20-25; Mt 19.4; Mc 10.6).

4) O PROPÓSITO DA CRIAÇÃO DO HOMEM

a) Propósito principal

-A glória de Deus – “A todos os que são chamados pelo meu nome e os que
criei para a minha glória, os formei, e também os fiz” Is 43.7 (Veja ainda Ef
1.11,12; 1 Co 10.31;...).

b) Propósitos derivados

-Procriar – “E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e


multiplicaivos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar
e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra” Gn
1.28 (Veja ainda Gn 9.1).
02

-Habitar e povoar a terra – “E Deus os abençoou, e Deus lhes disse:


Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os
peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move
sobre a terra” Gn 1.28 (Veja ainda Gn 9.1).

-Sujeitar a criação – “Que é o homem mortal para que te lembres dele? e o


filho do homem, para que o visites? Pois pouco menor o fizeste do que os
anjos, e de glória e de honra o coroaste. Fazes com que ele tenha domínio
sobre as obras das tuas mãos; tudo puseste debaixo de seus pés” Sl 8.4-6 (Veja
ainda Gn 1.28-30).

5) O HOMEM À IMAGEM DE DEUS - A IMAGO DEI (expressão


oriunda do latim que significa: A IMAGEM DE DEUS NO HOMEM )

Em Gênesis 5.1,2 Lemos: “No dia em que Deus criou o homem, à


semelhança de Deus o fez. Homem e mulher os criou; e os abençoou, e os
chamou pelo nome de Adão (homem), no dia em que foram criados”. O
termo hebraico traduzido como “Homem” é ãdãm, o mesmo usado para o
nome Adão. O costume de usar o mesmo termo para se referir aos seres
humanos masculinos e à raça humana em geral é uma prática cuja origem
remonta ao próprio Deus, e não devemos considerá-la passível de objeção ou
desrespeitosa.

* O significado de “imagem de Deus”.

O que isto significa? As palavras hebraicas que exprimem “imagem”


(Tselem) e “semelhança” (demüt) se referem a algo similar, mas não
idêntico. A palavra imagem também pode ser usada para exprimir algo que
representa outra coisa.

O fato de ser o homem à imagem de Deus significa que o homem é como


Deus nos seguintes aspectos: capacidade intelectual, pureza moral, natureza
espiritual, domínio sobre a terra, criatividade, capacidade de tomar decisões
éticas e imortalidade.
03

A) IDENTIFICADA NO ANTIGO TESTAMENTO – “E criou Deus o


homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”
Gn 1.27 (Veja ainda Gn 1.26; 5.1,2; 9.6;...).

B) CONFIRMADA NO NOVO TESTAMENTO – “Com ela bendizemos


a Deus e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à imagem de Deus”
Tg 3.9 (Veja ainda At 17.28; Rm 8.29; 1 Co 11.7; 2 Co 3.18; Ef 4.23,24; Cl
3.10). c) As

C) CONCEPÇÕES DA IMAGO DEI

- Concepção substantiva – Algo inerente ou intrinsecamente presente na


natureza humana. A razão é o que diferencia o ser humano do restante da
criação; certas

Concepção relacional – a capacidade do homem de se relacionar com Deus


e com os outros homens. Ela se manifesta quando há relacionamentos quer
positivo quer negativo. Ela é dinâmica e não estática.

- Concepção funcional – o exercício do domínio sobre a criação. A idéia de


ter domínio destaca-se como o aspecto central. Gn 1.26-28; Sl 8.5,6.

D) AS DIMENSÕES DA IMAGO DEI OU ASPECTOS ESPECÍFICOS


DA NOSSA SEMELHANÇA A DEUS.

- Dimensão Racional ou Aspecto Racional - O ser humano recebeu a


responsabilidade de exercer domínio sobre a terra – Gn 1.26-28; Sl 8.4-9;
Adão foi instruído a cuidar do Jardim do Édem – Gn 2.8,15; Adão deu nome
aos animais – Gn 2.19,20; Adão reconheceu a mulher que lhe fora dada como
uma ajudadora idônea – Gn 2.22-24.

*Temos a capacidade de raciocinar e pensar logicamente e de conhecer o


que nos distingue do mundo animal. Os animais às vezes exibem conduta
admirável na solução de complicações e problemas no mundo físico, mas
certamente não se ocupam do raciocínio abstrato – não há algo como
“história da filosofia canina”, por exemplo, nem nenhum animal desde a
criação evoluiu na compreensão de problemas éticos ou no uso de conceitos
filosóficos, etc.
04
*Temos a capacidade de nos comunicar numa linguagem complexa, abstrata
que nos distingue dos animais. Uma criança de oito anos pode escrever uma
carta inteligível aos seus avós descrevendo um passeio no zoológico, ou
pode ir a um país estrangeiro e aprender outra língua no mundo, e
consideramos isto perfeitamente normal. Mas animal nenhum nunca faria
isto!
*Também possuímos uma noção de futuro distante, até se sobreviveremos à
morte física, senso que a muitos proporciona o desejo de tentar mostrar-se
retos diante de Deus antes de morrer (Ec 3.11).

*Ainda outra característica, muito notável no homem, são as suas atividades.


Façamos, em torno deste ponto, algumas considerações. Se bem que não seja
a linguagem ou a comunicação privilégio exclusivo da raça humana, verdade
é que os meios de comunicação entre os homens são muito mais vastos que
entre os irracionais. Na linguagem que lhe é própria, fala a galinha aos seus
pintainhos, e quaisquer outros animais aos de sua espécie; o homem, porém,
além de falar, escreve os seus pensamentos e pinta as suas imaginações, o
que jamais ouvimos dizer fizesse qualquer irracional.

*Sabemos que os animais brincam, mas não fazem nenhum progresso em


suas diversões, ao passo que o homem melhora cada dia os seus meios de
divertir-se, transformando as suas diversões em verdadeira arte. Haja vista o
teatro, os jogos de futebol, tênis, etc. Somente o homem acende fogueiras,
constrói maquinismos, faz instrumentos, desenvolvendo, destarte, os seus
poderes naturais. O telefone, o telescópio, o microscópio, o telégrafo sem
fio, o avião, etc., são exemplos que confirmam o que vimos dizendo. É
verdade que o castor constrói represas, mas só ao homem é dada a
capacidade de utilizar-se do poder da água a fim de impelir maquinismos,
melhorando assim as suas condições de vida e promovendo o bem-estar da
humanidade.
*O homem funda instituições educativas, estabelecimentos comer¬ciais e
bancários, casas de caridade, e desenvolve, por todos os meios imagináveis,
a marcha progressiva da raça humana. São tão grandes e numerosos os
pontos de diferença entre o homem e o irracional que não há confundi-los,
salvo se desprezarmos todas estas considerações.
05

- Dimensão Espiritual ou Aspecto Espiritual – O casal Adão e Eva tinha


comunhão com Deus – Gn 3.8; Adão e Eva temeram a Deus quando pecaram
– Gn 3.10

*Não temos somente corpos físicos, mas também espíritos imateriais, e


podemos, portanto agir de modos significativos no plano de existência
imaterial, espiritual. Isso significa que temos uma vida espiritual que
possibilita que nos relacionemos pessoalmente com Deus, que oremos a ele
e o louvemos, e ouçamos as palavras que ele nos diz. Animal nenhum jamais
passou uma hora concentrada em oração intercessória pela salvação de um
parente ou de amigo! Vinculado a esta vida espiritual está o fato de
possuirmos imortalidade; não necessariamente de existir, mas viveremos
para sempre.

*A natureza religiosa estabelece um ponto de profundo contraste entre o


homem e o animal. Alguém já disse que o homem é um ser, incuravelmente
religioso. E isto é verdade, porque, onde quer que o encontremos, haveremos
de achar também as manifestações de sua natureza religiosa. Ele reconhece a
existência de um Ser Supremo, diante do qual sente o dever de prostrar-se,
prestando-lhe obediência e culto. As catedrais, os templos, as casas de
oração espalhadas por todo o mundo, são testemunhas silenciosas, mas que
patenteiam, de modo eloqüente, esta grande verdade. É de interesse notar
que ainda não houve, em tempo algum, um irracional, mesmo entre os de
inteligência mais desenvolvida, que erigisse um templo ou um altar em
nome da religião. Isto basta para demonstrar o valor da religiosidade do
homem, o que constitui um abismo intransponível entre ele e o irracional.

- Dimensão Moral ou Aspecto Moral – O Criador deu ao casal uma ordem


de natureza moral – Gn 2.17; Adão e Eva possuíam um sentido de retidão
moral – Gn 2.25; Adão e Eva reconheceram-se culpados logo após a sua
transgressão – Gn 3.7 –

Dimensão Social – Adão e Eva se relacionavam entre si e com os seus


descendentes (subtendido) – Gn 2.18,23; 3.6-8; 4.1
06

*O primeiro ponto que serve de distinção entre o homem e os irracionais, que


aqui discutiremos, é a consciência própria. O homem tem o dom de fixar em
si mesmo o pensamento, e isto o faz cônscio de sua própria personalidade. A
faculdade que ele tem de proferir o pronome EU, faz surgir um abismo
intransponível entre ele e os outros animais. Nenhum animal jamais
pronunciou EU, e a razão é que eles não têm consciência própria.

*Somos criaturas moralmente responsáveis pelos nossos atos perante


Deus. Correspondentes a essa responsabilidade temos um senso íntimo de
certo e errado que nos separa dos animais (que têm pouco ou nenhum
senso inato de moralidade ou justiça, mas simplesmente reagem ao medo
do castigo ou à esperança da recompensa).

*Por ser um ser moral , o homem tem ciência da diferença entre o bem e o
mal, e compreende o dever de obedecer à lei moral, não só pelo respeito de
qualquer autoridade exterior, como também por um constrangimento
interior. Até o ente mais embrutecido reconhece a obrigação de andar em
conformidade com esta lei moral, e todas as vezes que a transgride sente-se
condenado pela consciência e até castigado pelo remorso. Este juízo pessoal
é inevitável, pelo fato de conhecer o homem a existência desta lei. Neste
ponto o homem se afasta muito dos irracionais, porque ninguém jamais
ouviu contar de um animal que devolvesse um roubo, o que se dá amiúde
com os homens.

*O homem está sob o império da lei moral, e isto constitui um dos pontos de
distinção entre ele e o bruto. Podemos, portanto, apelar para a consciência do
homem, porque ela é uma realidade.

-Dimensão Exclusiva ou Aspectos Exclusivos (também chamados por


alguns de “físicos”)

*Será que em algum aspecto o corpo humano faz também parte daquilo que
significa ser criado à imagem de Deus? Certamente não devemos pensar que
nosso corpo físico implica que Deus também tem um corpo, pois “Deus é
espírito” (Jo 4.24). E é pecado concebê-lo ou retratá-lo de algum modo que
sugira que ele tem um corpo material ou físico (Êx 20.4; Sl 115.3-8).
07

*A imortalidade do homem. Consideremos agora algumas razões por que


cremos na imortalidade do homem.

*A crença na continuação do espírito depois de sua separação do corpo há


existido desde os primeiros tempos, e fortalece-se hoje mais que em
qualquer outra época. A humanidade não deixa morrer esta idéia; onde quer
que encontremos o homem, descobriremos, arraigada no seu coração, a
crença na imortalidade.

*Uma das coisas que têm contribuído, em grande parte, para a permanência
desta crença é a própria morte física. Por ser universal, todos têm sido
obrigados a meditar nela como sendo o maior problema, e daí se originou,
em parte, a crença na imortalidade do homem. Podemos dizer que, de certa
maneira, a mortalidade do corpo tem pregado a imortalidade do espírito,
porque os homens viam o corpo morrer, mas não o espírito. Esta observação,
ligada à idéia da superioridade que o homem tem sobre o seu corpo, deu
origem à crença na imortalidade.

*Até mesmo as frases que a linguagem humana foi formando no correr dos
tempos para designar a morte física revelam a crença na imortalidade: «A
alma voou», «a alma partiu», «passou aos céus», etc.

*O segundo argumento que abona a crença na imortalidade do espírito é que


precisamos de uma vida além para explicar a vida atual. É difícil crer que
Deus haja dado ao homem tantos dons, tantas possibilidades de
desenvolvimento, para que tudo acabe com a morte do corpo. Se o homem
não é imortal, todos os poderes que o distinguem dos irracionais não têm
razão de ser.

*Os animais vivem hoje como viviam há mil anos passados. Não têm feito,
nem fazem, progresso algum. E por que faz o homem tanto progresso
material, espiritual e intelectual, se tudo se acaba em poucos anos? O que
recebemos nesta vida não nos recompensa pelos sacrifícios que o progresso
exige de cada um de nós. Estamos num mundo onde o progresso depende de
sacrifício. Um tem que viver e morrer por outro. O sacrifício é a base de
08

todo progresso. Qual é, pois, a razão destes sacrifícios, se não há nada além
desta vida corpórea? Seria melhor adotar os ensinamentos do epicurismo
antigo: «Comamos e bebamos hoje, porque amanhã morreremos.»

*Observamos, no entanto, que a vida futura exerce mais poder na vida


presente do que os próprios interesses atuais. Os interesses mais imperiosos
de todos os ramos de atividade humana são os que visam a vida futura. Se
estudarmos bem a vida aqui na terra, não poderemos fugir à evidência de
uma vida futura. Há muitas injustiças impunes nesta vida, e muitos atos de
justiça não recompensados. Será possível que vivamos num mundo onde se
não condene a injustiça e se não recompense a justiça? Não. A vida futura é
uma conclusão lógica da presente.

*Depara-se-nos ainda a questão: Por que é que Deus criou o homem à sua
imagem, se esta vida terrena encerra tudo? Não haveria razão para isso se
não houvesse nada além desta vida. O fato de nos haver Deus criado à sua
imagem basta para provar que somos mais do que os irracionais e que a
nossa alma é imortal. A natureza de Deus sustenta a doutrina da
imortalidade.

E) LIÇÕES EXTRAÍDAS DOS TEXTOS BÍBLICOS SOBRE A


IMAGO DEI

- a imago Dei é universal em toda a raça humana.

- a imago Dei não se perdeu por ocasião da queda do homem.

- Não a indicação de que a Imago Dei esteja presente em grau maior em uma
criatura do que em outra.

- A imago Dei não depende de nenhuma variável para está presente no


indivíduo.

- A Imago Dei é reconstituída plenamente no homem pela obra redentora de


Cristo (fase progressiva neste mundo e plenamente quando da ressurreição em
glória dos remidos e por ocasião da transformação dos salvos vivos quando
da segunda vinda do Senhor)
09

F) AS IMPLICAÇÕES TEOLÓGICAS DA IMAGO DEI

- Todos pertencem a Deus – “Sabei que o SENHOR é Deus; foi ele que nos
fez, e não nós a nós mesmos; somos povo seu e ovelhas do seu pasto” Sl 100.3
(Veja ainda Mc 12.13-17; At 17.28,29);

- A Imago Dei é universal. Tanto o homem como a mulher a traz consigo -


“E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e
mulher os criou” Gn 1.27 (Veja ainda Gn 9.6; Tg 3.9);

- O ser humano é valiosíssimo aos olhos de Deus – “Quem derramar o sangue


do homem, pelo homem o seu sangue será derramado; porque Deus fez o
homem conforme a sua imagem” Gn 9.6 (Veja ainda Jo 3.16; Rm 5.8);

- Devemos nos deixar moldar segundo o modelo de Cristo, que é a imagem


plena de Deus – “Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um
espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na
mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor” 2 Co 3.18 (Veja ainda Cl
1.15; 1 Co 11.1; Ef 5.1; Hb 4.15).

G - A QUEDA: A IMAGEM DE DEUS SE DISTORCE, MAS NÃO SE


PERDE.

O homem ainda traz em si a imagem de Deus? Ou ainda é como Deus? Esta


pergunta é respondida em Gênesis 9.6 e Tiago 3.9. Todavia como o homem
pecou, ele sem dúvida não é tão plenamente semelhante a Deus como era
antes. Sua pureza moral se perdeu, e seu caráter pecaminoso certamente não
se espelha na santidade de Deus. Seu intelecto corrompido pela falsidade e
pelo engano; suas palavras já não glorificam a Deus; seus relacionamentos
muitas vezes são controlados pelo egoísmo, já não pelo amor, e assim por
diante. Embora o homem seja à imagem de Deus, em cada aspecto da vida
alguns elementos desta imagem foram distorcidos ou perdidos. Em resumo;
“Deus fez o homem reto, mas ele se meteu em muitas astúcias” (Ec 7.29).

H - A REDENÇÃO EM CRISTO: A RECUPERAÇÃO GRADUAL DA


IMAGEM DE DEUS.
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É animador abrir o Novo Testamento e ver que nossa redenção em Cristo
significa que podemos, mesmo nesta vida, gradualmente crescer cada vez
mais na semelhança de Deus. Por exemplo, Paulo diz que como cristãos
temos uma nova natureza, que “se refaz para o pleno conhecimento, segundo
a imagem daquele que o criou” (Cl 3.10). O apóstolo também afirma com
muita propriedade, que “somos transformados, de glória em glória, na sua
própria imagem [Gr. Eikon]” (2 Co 3.18). De fato Deus nos redimiu para
que sejamos “conformes à imagem de seu Filho” (Rm 8.29), tendo assim
exatamente o mesmo caráter moral de Cristo.

I - NA VOLTA DE CRISTO: A COMPLETA RESTAURAÇÃO DA


IMAGEM DE DEUS.

A admirável promessa do Novo Testamento é que, assim como somos hoje


como Adão (sujeitos à morte e ao pecado), também seremos como Cristo no
futuro (moralmente puros, jamais sujeitos à morte de novo): “Assim como
trouxemos a imagem do que é terreno, devemos trazer também a imagem do
celestial” (1 Co 15.49). A plena medida da nossa criação à imagem de Deus
não se vê na vida de Adão, que pecou, nem na própria vida hoje, pois somos
imperfeitos. Mas o Novo Testamento enfatiza que o objetivo de Deus ao
criar o homem à sua imagem se realizou completamente na pessoa de Jesus
Cristo, “o qual é a imagem de Deus” (2 Co 4.4); “Este é a imagem do Deus
invisível” (Cl 1.15). Em Jesus vemos a semelhança humana a Deus como ela
foi originalmente concebida, e deve para nós ser motivo de alegria o fato de
ter Deus nos predestinado a ser “conformes à imagem de seu Filho” (Rm
8.29; 1 Co 15.49): “Quando ele se manifestar, seremos semelhante a ele” (1
Jo 3.2).

6) A NATUREZA CONSTITUCIONAL DO HOMEM

a) parte material (corpo físico) – “E formou o SENHOR Deus o homem do


pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito
alma vivente” Gn 2.7 (Veja ainda Ec 12.7; Tg 2.26;...)

b) parte espiritual (alma/espírito) – “E formou o SENHOR Deus o homem


do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito
alma vivente” Gn 2.7 (Veja ainda Gn 35.18; Ec 12.7; Lc 12.19,20; Tg
2.26;...).
11

7) AS TEORIAS ACERCA DA NATUREZA CONSTITUCIONAL DO


HOMEM.

---OBS.: As teorias “D” e “E” são postas à título de informação, mas sem
que haja teólogos tradicionais no meio cristão e evangélico que as
defendam.

A) DICOTOMIA – O ser humano é composto de duas partes, sendo uma


material, o corpo, e a outra espiritual, a alma que é chamada também de
espírito - Gn 35.18; 1 Rs 17.21; Mt 10.28; 16.26; Lc 1.46,47; 23.46; At 7.59;
1 Co 5.3,5; 6.20. Para a Dicotomia os termos alma e espírito são termos
intercambiáveis muitas vezes nas escrituras, e na maioria das vezes eles estão
se referindo ao mesmo elemento, isto é, são palavras “sinônimas” se referindo
a parte espiritual do ser humano, há trechos em que a substância espiritual do
homem se descreve como alma (Mt 10. 28), e em outras passagens como
espírito (Tg 2. 26).

Aqueles que crêem que o homem é Dicotomo, defendem a tese de que o


homem é formado por duas substancias, a natureza física (Corpo) e a
natureza espiritual (Imaterial ou espírito), a Dicotomia crê que alma e
espírito são a mesma coisa, não diferenciando em nada, porém se
confundindo em algumas passagens bíblicas que apresentam ora alma, ora
espírito, mas tanto um como outro se referem a mesma coisa, e nisto se
baseiam nas seguintes passagens das sagradas escrituras:

Mateus 10:28 Não temais os que podem matar o corpo, e não podem matar
a alma, temeis antes aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma
quanto o corpo.

Atos 2:31 Nesta previsão disse da ressurreição de Cristo que a sua alma
não foi deixada na morte, nem a sua carne viu a corrupção.

Para os Dicotomistas estes textos fazem menção tanto a alma, quanto ao


espírito.

A. B. Langston argumenta, para sustentar a posição dicotomista por ele


defendida, que:
12
1 – a passagem de 1ª Tessalonicenses 5:23, base do argumento tricotomista, se bem
interpretada revela-nos que o uso dos termos corpo, alma e espírito é feito para
enfatizar a idéia de que o homem é contemplado no seu todo (integralidade), sendo
que quando os escritores sagrados utilizam os termos alma e espírito, tratam de uma
só coisa, porém, em diferentes relações. O termo espírito se referiria à relação do
homem para com Deus e o termo alma se referiria à relação do homem para com as
coisas terrenas.

Obs.: Nota do Pr. Joel da Silva Gomes: “A palavra Alma no texto vem do Grego
Psiquê (mente, que está ligada a parte material), a palavra espírito vem do Grego
Pneuma (vento ou parte imaterial), e a palavra corpo vem do Grego Soma (corpo
ou parte material)”

2 – na criação do homem só encontramos duas coisas: alma ou espírito e o corpo,


conforme se vê em Gênesis 2:7. O corpo foi tirado da terra, do pó da terra e o espírito
foi criado por Deus.

Defendem essa teoria Langston, Berkhof. Strong, Sheed, e a maioria dos


Batistas e Reformados.

B) TRICOTOMIA – O ser humano é composto de três partes: o corpo, a


alma e o espírito. Lc 1.46,47; 1 Ts 5.23; Hb 4.12. Na tricotomia o corpo é a
natureza física algo que possuímos como os animais, sendo que a diferença é
de grau já que o corpo humano tem uma estrutura mais complexa. A alma é o
elemento psicológico, a base da razão, das emoções, das relações sociais. O
Espírito é o elemento que permite ao homem perceber questões espirituais e
reagir a elas. Defendem essa teoria Scofield, Myer Pearlman, Abraão de
Almeida e a maioria dos Assembleianos e demais Pentecostais e Neo
Pentecostais.

C) TEORIA DA UNIDADE CONDICIONAL, SEGUNDO MILLARD


J. ERICKSON - No AT o indivíduo humano é visto como uma unidade.
No NT aparece a terminologia corpo/alma, mas ela não pode ser associada à
idéia de existência encarnada e desencarnada. Embora às vezes se faça um
contraste entre o corpo e a alma, como na afirmação de Jesus em Mateus
10.28, nem sempre os conceitos são distintos de maneira tão clara. Além
disto, na maior parte dos casos, a Escritura parece retratar os homens como
seres unitários. Raramente menciona-se a natureza espiritual deles
independentemente ou à
13

parte do corpo. Nosso estado normal é a de um ser unitário materializado.


Essa condição monística pode, porém, ser quebrada – fato que ocorre na
morte – de modo que o aspecto imaterial continua vivendo, mesmo quando a
matéria se decompõe. Na ressurreição, contudo, haverá um retorno para a
condição material ou corpórea. A pessoa assumirá um corpo que, em alguns
aspectos, será uma continuação do corpo antigo, mas também será um novo
corpo, reconstituído ou espiritual. Podemos pensar que cada ser humano é
um composto unitário de um elemento material e outro imaterial. O
elemento espiritual e o físico nem sempre são distinguíveis, pois o homem é
um ser unitário. Não há conflito entre a natureza material e a imaterial. O
composto pode, porém, ser dissociado. A dissociação ocorre na morte. Na
ressurreição será formado um novo composto, com a alma voltando a ser
inseparavelmente ligada ao corpo, mas agora, um corpro glorificado.

D) MONISTA OU MONISMO ( – o ser humano é uma unidade radical, não


se pode dividi-lo. Ele é visto pelo monismo como uma pessoa integral. Os
termos corpo e alma são intercambiáveis. Não existe sobrevivência
desencarnada após a morte – Gn 2.7; 46.15-27; At 7.14. (Defensores não
conhecidos)

E) MULTIPLUDIMENSIONAL OU “POLICOTOMIA” – O ser humano


é uma multiplicidade de partes – baseado em Lucas 10:27 – “Respondeu-
lhe ele: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma,
de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como
a ti” - e também baseado em Marcos 12:30 – “Amarás, pois, ao Senhor teu
Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento,
e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento”, e Hebreus 4:12
(Defensores não conhecidos)

8) AS TEORIAS ACERCA DA ORIGEM E TRANSMISSÃO DA


ALMA.

A CRIAÇÃO DA ALMA.

Quando é que a alma é criada? A esta pergunta propõe-se as seguintes


respostas:
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1 – PRÉ-EXISTENCIALISMO. (Não bíblico, mas sim, filosofia


Platônica).

As almas existiam na eternidade passada - Platão, Orígenes, espiritismo,


etc.- e que a sua presença num corpo é um castigo por seus pecados.
Mesmo sendo rejeitado pela maioria dos pais gregos esse ponto de vista só
veio a ser formalmente condenado no sexto século. Recusamos esta teoria
porque ela é uma mera teoria da filosofia(veja Platão) e é frontalmente
contra os ensinamentos das Escrituras. Se aceitamos a narrativa da
Criação(Gênesis) não existe espaço para crermos numa preexistência.

ESSAS DUAS TEORIAS “DIVIDEM” OS PROTESTANTES.

2 – CRIACIONISMO (em relação a alma)

Deus cria cada nova alma. Apoio bíblico = Há nas seguintes passagens
bíblicas, segundo os que defendem esta teoria, informações suficientes para
nos ajudar a crer que Deus cria as almas.

Nm 16:22; Ec. 12:7; Is. 42:5; Zc. 12:1.

Apoio histórico = Jerônimo, Catolicismo Romano, Calvino. Segundo esta


teoria a reprodução somente se produz o corpo. Há alguns que dizem que a
reprodução é puramente animal. Falam de Deus como se estivesse fazendo
almas todos os dias.

Problema = Se Deus cria cada alma nova, como é que todos os nascidos
desde Adão têm uma natureza pecaminosa? Deus cria esta natureza
pecaminosa? Os que defendem esta teoria não estão de acordo quanto ao
ponto exato da criação da alma = na concepção; entre a concepção e o
nascimento; e no nascimento. Eis algumas refutações acerca desta teoria da
origem da alma.

Os pais seriam somente pais da natureza corporal ou material de seus


filhos, e desta maneira a relação não seria superior a relação que os animais
sustentam com suas crias. Esta teoria também não explica as semelhanças
mentais e emocionais na relação pais e filhos.
15

Esta teoria aponta para a direção de que Deus seria o autor do pecado e da
depravação ao entrar no mundo os filhos. E assim teríamos que admitir
uma ou duas coisas: primeira - que Deus está constantemente criando almas
depravadas e pecaminosas; segundo - que Deus está incorporando almas
puras em corpos e relações impuros de tal maneira que a corrupção é
inevitável. Não podemos aceitar a idéia de que Deus seja o autor do
pecado, nem que na criação, Ele lança uma alma perfeita em meio aos
elementos da corrupção, que inevitavelmente corrompem a criação pura.

Não vemos a necessidade de aceitar esta teoria pelas citações das Escrituras
citadas em seu favor, porque estas mesmas escrituras se prestam tão
facilmente em apoio desta outra explicação que seria mais razoável e
bíblica. As escrituras falam de Deus como criador de todo o homem, não
como o criador direto da alma e indireto do corpo. Mas sabemos que Deus
não criou o corpo de uma maneira direta, e a evidência é que de igual
maneira Ele é o criador do espirito. Deus faz suas obras em geral agora não
por criação direta, senão por meio de processos da natureza que Ele tem
estabelecido. Ele é o criador do animal. E criador do homem tanto no corpo
como no espírito por meio da reprodução.

3 - TRADUCIONISMO

Cada alma estava em uma forma embriológica em Adão; Adão era a grande
caixa na qual todas as almas estavam potencialmente. A palavra
traducianismo quer dizer o conduzir através. Esta teoria ensina que Deus
criou o primeiro casal, e pelas leis da natureza estabelecidas por intermédio
da reprodução, é o criador indireto de todos os descendentes de Adão e
Eva. Segundo a lei da multiplicação ou de propagação todos somos
descendentes de Adão tanto em alma quanto em corpo. O pecado de Adão
e Eva constituiu-se o pecado de toda a raça humana. Assim sendo, essa
teoria de transmissão nos ensina que os pais transmitem aos filhos a sua
natureza toda. "Todos somos criação de Deus, mas criação mediata, isto é,
por intermédio de nossos pais"(16).

Apoio bíblico = Nas seguintes passagens bíblicas encontramos apoio para


esta forma de crer.

Gn. 1:27e 2:3; Rm. 5.12; 1ª Co. 15.22; Hb. 7.9-10.


16

Apoio histórico = Tertuliano, Ortodoxia Oriental, Luteranismo, Langston e


Shedd. Essa teoria explica melhor os seguintes fatos segundo Langston:

1. A semelhança espiritual e física entre pais e filhos.


2. O pecado inato.
3. A continuação do pecado na raça.
4. O método geral de Deus multiplicar a sua criação(Gênesis 1.28).
5. A unidade da raça.

A alma humana tem a sua semente em Adão, mas ela se forma e passa a existir
com a concepção da vida física, refletindo genética, psicológica e
espiritualmente as características dos pais. "A alma é transmitida por geração
natural, como é o corpo", assim afirma o traducianismo, sustentando que Deus
fez uma exceção no nascimento de Jesus. "A vida humana é um dom de Deus,
e a sua origem biológica reflete a ordem da criação(do embrião à maturidade
adulta). No instante exato da concepção, o zigoto de uma célula humana já é
uma pessoa no pleno sentido teológico, isto é, uma criação à imagem de Deus
que merece o mesmo respeito e proteção que nós, como cristãos, damos a
todos os seres humanos"(18). Como você orientaria uma pessoa que estivesse
pensando em fazer um aborto e viesse lhe pedir um conselho? Assim, a vida
humana é medida, não por um certo nível de empreendimento, mas por sua
essência, desde a combinação de corpo e alma no momento da fecundação. O
embrião é uma pessoa humana, e não uma 'coisa' ou meramente uma parte do
corpo da mãe. O aborto é um ataque ao conceito do imago dei e à santidade
da vida, assim como infanticídio e o genocídio de pessoas indefesas.

9) A RELAÇÃO DO INDIVÍDUO COM A RAÇA


A relação do homem com a raça é a mesma que há entre ele e a causa que o
produziu. 0 indivíduo é filho da raça. Ninguém faz objeção a esta idéia em se
tratando do corpo; há, porém, quem afirme que o espírito ou alma não tem
afinidades com a raça. Isto é, crêm, os que assim afirmam, que somos filhos
de nossos pais somente quanto ao corpo e não quanto ao espírito. Há
diversas teorias sobre este assunto. Notemos algumas delas.
17

9.1. A teoria da preexistência

O próprio termo explica esta teoria. Conforme este ensino, todas as almas
existem antes de entrar no corpo. O nascimento é apenas uma encarnação.
Deus criou todas as almas no principio, e em certo período do crescimento
de cada corpo, adiciona-lhe a alma. A maior dificuldade dessa teoria é que
ela é inverídica, e não há fatos que a apóiem.

9.2. A teoria da criação imediata

Segundo esta teoria o corpo é produzido por um processo natural, e Deus


cria uma alma para cada corpo. Neste caso, a alma não tem preexistência,
mas Deus cria-a em ocasião própria. 0 indivíduo, neste caso, só descende de
seus pais quanto ao corpo, porque o espírito é uma criação imediata de Deus.

Duas dificuldades deparam-se-nos nesta teoria: a primeira é que a


semelhança entre pai c filho é tanto no corpo como no espírito, fato este
inexplicável para os adeptos dessa teoria. A segunda dificuldade é em
relação ao pecado. Conforme este ensino, ou o pecado é só do corpo ou
então Deus cria a alma pecaminosa.

9.3. A teoria da transmissão

A teoria da transmissão ensina que os pais transmitem aos filhos a sua


natureza toda. São pais não somente quanto ao corpo, mas também quanto
ao espírito. Todos somos criação de Deus, mas criação mediata, isto é, por
intermédio de nossos pais. Diversas considerações podemos fazer a respeito
desta teoria. Ela explica melhor os seguintes fatos:

a) A semelhança espiritual e física entre pais e filhos.

b) O pecado inato.

c) A continuação do pecado na raça.

d) O método geral de Deus multiplicar a sua criação. A Bíblia diz que Deus
deu ao homem o poder de multiplicar-se (Gênesis 1:28).

e) A unidade da raça. Somente esta teoria estabelece de um modo perfeito a


unidade completa apenas em relação ao corpo, e não à alma. A teoria da
transmissão, porém, ensina a unidade da raça em sentido mais largo.
18

Não é verdade — como alguns alegam — que esta teoria seja materialista. É
impossível. Não se constitui o homem de corpo e espírito? Pois o que eles
transmitem aos filhos são apenas elementos do seu ser. Se há uma teoria
materialista, há de ser certamente aquela que afirma que o homem descende
dos pais só quanto ao corpo, e que o espírito vem diretamente de Deus.
Deve-se notar também que a teoria da transmissão dá lugar ao fato de que
Deus é o Criador de cada indivíduo por intermédio dos pais.

Segundo a Bíblia, Deus é o Criador da erva dos campos, embora criasse


primeiro a terra e a mandasse, depois, produzir erva. Assim também Deus é
o Criador de cada indivíduo por intermédio dos pais. Conforme essa teoria, a
raça humana é uma unidade, quer fisicamente, quer espiritualmente. Este
principio é uma das verdades mais gloriosas de que trata a Teologia
Sistemática. Na raça humana todos padecem por causa de um; e, graças a
Deus, um pôde padecer por todos.

O indivíduo, é, portanto,' parente de todos os homens por consanguinidade.


Na raça temos a base para irmandade universal. 0 brasileiro está ligado por
parentesco de sangue ao chinês, o chinês ao inglês, o inglês ao indu, todos
estes entre si, e assim por diante, até abranger a raça inteira. Para que se
torne bem esclarecido este ponto, é bastante que procuremos enumerar os
nossos avós e bisavós, até a trigésima geração.

Tudo isso evidencia que cada pessoa é mais do que uma individualidade; é o
resumo, a síntese da raça inteira. Por isso é que a doutrina do individualismo
extremado conduz ao erro e exagero.

Ninguém vive para si somente e ninguém morre para si. Somos um em


muitos e muitos em um. A raça é uma unidade.

Questionário de Antropologia Religiosa

1) De que trata o estudo da Antropologia?


2) Quais são as teorias sobre o ser humano e suas partes ou parte?
Defina cada uma delas.
3) Como foi a criação do homem?
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4) Quais as concepções da imago Dei?
5) Qual relação que a queda do homem, a Redenção em Cristo e a
volta de Cristo tem haver com a imago Dei?
6) Quais as implicações teológicas da imago dei?
7) Qual foi o propósito da criação do homem?
8) Quais as dimensões da imago dei ou aspectos específicos da nossa
semelhança a Deus?
9) Quais as lições extraídas dos textos bíblicos sobre a imago Dei?
10) O que significa o termo “Imagem de Deus”?
11) Quais as teorias acerca da origem e transmissão da alma?

Fontes de informações: Pr. Joel da Silva Gomes; Pr. José Ivan Lessa Vanderlei;
Langston, A.B – Esboço de Teologia Sistemática. 15ª edição. 2007. Editora JUERP.
Rio de Janeiro, RJ, Brasil; Erickson, Millard J. – Introdução à Teologia Sistemática.
Editora Vida Nova. São Paulo, SP, Brasil; Uma visão panorâmica da antropologia por
Pastor. Eudes Lpes Cavalcanti – Internet; Apostila da disciplina de antropologia -
cfmsv- Caxias-MA, Professor Marcos Viana; Faculdade Teológica Batista de Brasília -
curso de graduação em teologia, disciplina: teologia sistemática I

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