62 D 8 B 2 CFF 2 B 7 e
62 D 8 B 2 CFF 2 B 7 e
62 D 8 B 2 CFF 2 B 7 e
Sumário
BASES DE ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO .......................................................... 3
INSTALAÇÃO DA PRENHEZ ....................................................................................................................................... 9
DIAGNÓSTICO DE GRAVIDEZ ................................................................................................................................. 11
MODIFICAÇÕES MATERNAS .................................................................................................................................. 14
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO PARA RISCO GESTACIONAL ......................................................................................... 18
CONSULTA PRÉ-NATAL .......................................................................................................................................... 21
FLUXOGRAMA PARA DIAGNÓSTICO DA GRAVIDEZ ............................................................................................... 23
IDADE GESTACIONAL E DATA PROVÁVEL DO PARTO ............................................................................................ 34
EXAMES LABORATORIAIS DE ROTINA .................................................................................................................... 37
EXAME FÍSICO DA GESTANTE ................................................................................................................................ 43
MOBILOGRAMA FETAL .......................................................................................................................................... 60
QUEIXAS FREQUENTES DURANTE A GESTAÇÃO .................................................................................................... 61
ALIMENTAÇÃO DA GESTANTE ............................................................................................................................... 65
CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO FETAL ........................................................................................................ 68
RELAÇÕES ÚTERO-FETAIS: NOMENCLATURAS OBSTÉTRICAS ............................................................................... 76
CARDIOTOCOGRAFIA ............................................................................................................................................. 83
COMPLICAÇÕES DURANTE A GRAVIDEZ ................................................................................................................ 84
GESTAÇÃO MÚLTIPLA OU PRENHEZ GEMELAR ..................................................................................................... 98
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO TRABALHO DE PARTO ................................................................................ 100
PARTOGRAMA ..................................................................................................................................................... 102
MECANISMOS DE PARTO ..................................................................................................................................... 107
TRABALHO DE PARTO PREMATURO .................................................................................................................... 111
PARTO OPERATÓRIO ........................................................................................................................................... 118
PUERPÉRIO NORMAL ........................................................................................................................................... 119
PUERPÉRIO PATOLÓGICO .................................................................................................................................... 124
SINTOMAS DA MASTITE DA LACTAÇÃO............................................................................................................... 133
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................................................... 151
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http://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Esquema_da_vulva.jpg
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Vagina
Útero
Ovários
Os ovários são órgãos sexuais femininos. Eles têm uma região medular rica em
vasos e a cortical, onde se localizam os folículos. Eles têm a forma de amêndoa,
medindo até 5 cm em seu maior diâmetro e possui uma espessura máxima de 1,5
centímetro.
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http://vitriners.com.br/prevencao-do-cancer-do-colo-do-utero/
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DIAGNÓSTICO DE GRAVIDEZ
Diagnóstico Clínico
É feito por meio de dados obtidos pela anamnese, inspeção, palpação, toque,
ausculta e pela medida da temperatura basal. Esses sinais são considerados de
probabilidade, quando relacionados ao organismo materno.
Anamnese - durante a anamnese, nos dados colhidos das pacientes podem-
se salientar os seguintes:
• Atraso menstrual: A principal causa de atraso da menstruação em
mulheres em idade reprodutiva é a gravidez. O atraso menstrual é o sinal mais
precoce da gravidez. Portanto, deve-se sempre pensar nesse diagnóstico em
mulheres sexualmente ativas que apresentarem atraso menstrual, devendo-se
procurar orientação médica para avaliação da melhor conduta a seguir.
• Náuseas e vômitos: sem causa justificável, são frequentes até a 10ª
semana da gestação.
• Polaciúria: relacionada com a compressão da bexiga pelo corpo uterino.
• Cólicas leves no hipogástrio: semelhantes a cólicas menstruais.
• Sialorreia: aparece no primeiro trimestre.
• Mastalgia bilateral: sensação de aumento no volume das mamas.
• Movimentação fetal: é relativamente tardia, ocorre nas multíparas em
torno da 16ª-18ª semanas, e nas nulíparas entre a 18ª-20ª semanas.
Inspeção – após a 8ª semana, observa-se coloração arroxeada do vestíbulo e
da parede vaginal anterior em decorrência da congestão venosa local.
Palpação – a partir da 10ª-12ª semanas o corpo uterino pode ser palpado na
área hipogástrica. E na expressão das mamas pode-se perceber o escoamento do
colostro, após a 10ª semana. 16
Toque vaginal - O toque no início da gestação auxilia no diagnóstico obstétrico
(amolecimento do colo ou sinal de Hegar), útero aumentado e globoso (sinal de Nobel-
Budin), corpo uterino amolecido, etc. No trabalho de parto apreciam-se as condições
da vagina, se é permeável e se há presença de septos, as características do colo
(dilatação, espessura, esvaecimento e centralização) e por meio dele, a bolsa das
águas, se integra ou rota, e neste caso, a cor do líquido amniótico. Pelo toque
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Diagnóstico laboratorial
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Diagnóstico Ultrassonográfico
MODIFICAÇÕES MATERNAS
O Primeiro Trimestre 18
O Segundo Trimestre
O Terceiro Trimestre
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mais móveis, e será mais fácil para o bebê apreendê-los para mamar. As glândulas
de Montgomery ficam maiores.
Há uma grande variação individual no aumento do tamanho das mamas, mas
o aumento médio é de cerca de 700 g para cada mama. Uma alteração considerável
ocorre dentro do próprio tecido mamário: (1) há proliferação do tecido glandular e (2)
as células alveolares diferenciam-se, tornando-se secretoras. À medida que ocorrem
as modificações proliferativas, os ductos intramamários se alongam e ramificam.
Alvéolos e lóbulos desenvolvem-se nas pontas de muitos dos ramos, até, finalmente,
haver uma grande glândula composta de cada mama, com muitos lóbulos e alvéolos.
Há uma proliferação progressiva do tecido glandular durante a gravidez. Os
dutos alongam-se muito e os alvéolos e lóbulos desenvolvem-se nas extremidades de
muitos dos ramos. Com o aumento da atividade secretória ao fim da gravidez, os
alvéolos e dutos ficam distendidos pelo colostro. Na mama em lactação os alvéolos e
dutos ficam distendidos por leite.
Após certo estágio de proliferação do tecido glandular durante o primeiro
trimestre, as células alveolares começam a diferenciar-se no segundo. Muitas dessas
células se tornarão secretórias e serão capazes de secretar leite. Pelo fim do segundo
trimestre, uma pequena quantidade de líquido fino e amarelado, chamado colostro é
secretado para os dutos. 21
O abdome modifica de contorno à medida que o Útero em crescimento estende-
se para dentro da cavidade abdominal, ocupando-a cada vez mais, ata que o feto
contido pelo útero fica completamente dentro dela. Os músculos abdominais
sustentam grande parte do peso do feto.
Durante a última parte da gravidez, estrias ondulares, irregulares e
discretamente deprimidas se desenvolvem frequentemente na pele do abdome e, às
vezes, também nas das mamas, quadris e parte superior das coxas. Essas estrias são
chamadas de estrias gravídicas. As recentes são de coloração rosa pálido ou
azuladas. Após o parto adquirem o aspecto prateado brilhante de tecido cicatricial. Em
uma mulher que tenha tido filhos poderá haver estrias novas e antigas, sendo as
resultantes das primeiras gestações prateadas e brilhantes, e chamadas de estriae
albicantes, ao passo que as novas são rosadas ou azuladas.
As estrias surgem nas áreas de distensão máxima: o abdome, as mamas e as
coxas. A gordura subcutânea aumenta na gravidez, e distende a pele acima dela. Um
considerável aumento de peso na gestação, a obesidade desde o início da gravidez,
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Toda gestação traz em si mesmo risco para a mãe ou para o feto. No entanto,
em pequeno número delas esse risco está muito aumentado e é então incluído entre
as chamadas gestações de alto-risco. Dessa forma, pode-se conceituar gravidez de
alto risco "aquela na qual 22 a vida ou saúde da mãe e/ou do feto e/ou do recém-
nascido, têm maiores chances de serem atingidas que as da média da população
considerada". Em outras palavras, definimos gestação de alto-risco aquela gravidez
que carrega, em consequência de um determinado atributo, maior risco de dano para
a mãe e/ou para seu filho, quando comparada à outra gestação que não possua este
referido atributo.
Para generalização dos conhecimentos, o primeiro passo era a identificação,
em determinada população, daquelas que tivessem fatores de risco. Assim, surgiram
inúmeras tabelas e escores na literatura mundial, diferente entre si, por relatarem
realidades de países ou mesmo regiões diferentes.
No Brasil, por suas grandes dimensões e, principalmente pelas diferenças
socioeconômico-culturais, evidenciam-se fatores de risco diversos para as várias
regiões. Partindo-se desta constatação, parece ser maior interesse listarem-se os
fatores mais comuns na população em geral. Assim os fatores geradores de risco
podem ser agrupados em quatro grandes grupos, que são:
• Diabetes gestacional.
• Amniorrexis prematura.
• Hemorragias da gestação.
• Aloimunização.
• Óbito fetal.
4- Intercorrências clínicas:
• Hipertensão arterial
• Cardiopatias
• Pneumopatias
• Nefropatias
• Endocrinopatias
• Hemopatias
• Epilepsia
• Doenças infecciosas
• Doenças autoimunes
• Ginecopatias.
CONSULTA PRÉ-NATAL
Vantagens do Pré-Natal
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ocasionando convulsões e coma. Essa patologia constitui uma das principais causas
de mortalidade no Brasil.
Objetivos
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http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_pre_natal_puerperio_3ed.
pdf
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Consultas
Calendário de consultas:
O calendário de atendimento pré-natal foi programado em função:
• Da idade gestacional na primeira consulta;
• Dos períodos mais adequados para a coleta de dados clínicos,
necessários ao bom seguimento da gestação;
• Dos períodos nos quais se necessita intensificar a vigilância, pela
possibilidade maior de incidência de complicações;
• Dos recursos disponíveis nos serviços de saúde e da possibilidade de
acesso da clientela aos mesmos.
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31 http://abenfo.redesindical.com.br/arqs/manuais/100.pdf
Primeira Consulta
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IV. Condutas:
– Cálculo da idade gestacional e data provável do parto;
– Orientação alimentar e acompanhamento do ganho de peso gestacional;
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I. Controles maternos:
– Cálculo e anotação da idade gestacional;
– Determinação do peso para avaliação do índice de massa corporal (IMC)
(anotar no gráfico e observar o sentido da curva para avaliação do estado nutricional);
– Medida da pressão arterial (observar a aferição da PA com técnica
adequada);
– Palpação obstétrica e medida da altura uterina (anotar no gráfico e
observar o sentido da curva para avaliação do crescimento fetal);
– Pesquisa de edema;
– Avaliação dos resultados de exames laboratoriais e instituição de
condutas específicas;
– Verificação do resultado do teste para HIV e, em casos negativos, repetir
próximo à 30ª semana de gestação, sempre que possível. Em casos positivos,
encaminhar para unidade de referência.
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III. Condutas:
– Interpretação dos dados de anamnese, do exame obstétrico e dos
exames laboratoriais com solicitação de outros, se necessários;
– Tratamento de alterações encontradas, ou encaminhamento, se
necessário;
– Prescrição de suplementação de sulfato ferroso (40 mg de ferro
elementar/ dia) e ácido fólico (5 mg/dia), para profilaxia da anemia;
– Orientação alimentar;
– Acompanhamento das condutas adotadas em serviços especializados,
pois a mulher deverá continuar a ser acompanhada pela equipe da atenção básica;
– Realização de ações e práticas educativas individuais e em grupos. Os
grupos educativos para adolescentes devem ser exclusivos dessa faixa etária,
abordando temas de interesse do grupo. Recomenda-se dividir os grupos em faixas
de 10-14 anos e de 15-19 anos, para obtenção de melhores resultados;
– Agendamento de consultas subsequentes.
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• Se o período foi no início, meio ou fim do mês, considerar como data da última
menstruação os dias 5, 15 e 25, respectivamente. Proceder, então, à utilização de um
dos métodos acima descritos.
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Cálculo da data provável do parto (DPP): Tem por objetivo: estimar o período
provável para o nascimento.
• Calcula-se a data provável do parto levando-se em consideração a
duração média da gestação normal (280 dias ou 40 semanas a partir da DUM),
mediante a utilização de calendário;
• Com o disco (gestograma), colocar a seta sobre o dia e mês
correspondente ao primeiro dia da última menstruação e observar a seta na data (dia
e mês) indicada como data provável do parto;
• Outra forma de cálculo é somar sete dias ao primeiro dia da última
menstruação e subtrair três meses ao mês em que ocorreu a última menstruação (ou
adicionar nove meses, se corresponder aos meses de janeiro a março) – Regra de
Näegele. Nos casos em que o número de dias encontrado for maior do que o número
de dias do mês, passar os dias excedentes para o mês seguinte, adicionando 1 ao
final do cálculo do mês.
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Tipagem sanguínea
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Hemograma
Tem por objetivo análise e contagem das células que compõem o sangue, a
fim de diagnosticar patologias que venha prejudicar o desenvolvimento do feto.
Durante a gestação, ocorrem modificações na composição sanguínea que
sumariamente necessitam ser explicados. Apesar do aumento absoluto do número de
hemácias, observa-se incremento maior do volume plasmático, atingindo valor
máximo na segunda metade da prenhez e determinando diluição dos glóbulos
vermelhos. Esta alteração caracteriza a chamada pseudoanemia ou anemia
fisiológica.
Glicemia em jejum
Tem por objetivo medir a taxa de glicose no sangue para pesquisa de diabete.
Na gestação ocorre transferência materno-fetal da glicose, que é a principal fonte de
energia do concepto, ocasionando uma glicemia materna em jejum em torno de 70-
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Teste Anti-HIV
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Urina tipo I
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Exemplo:
Gestante com 12 semanas e 2 dias = 12 semanas Gestante com 12 semanas
e 5 dias = 13 semanas
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• Baixo peso: quando o valor do IMC for igual ou menor que os valores
apresentados na coluna correspondente a baixo peso;
• Adequado: quando o IMC observado estiver compreendido na faixa de
valores apresentada na coluna correspondente a adequado;
• Sobrepeso: quando o IMC observado estiver compreendido na faixa de
valores apresentada na coluna correspondente a sobrepeso;
• Obesidade: quando o valor do IMC for igual ou maior aos valores
apresentados na coluna correspondente à obesidade.
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Em função do estado nutricional pré-gestacional ou no início do pré-natal,
estime o ganho de peso total até o fim da gestação. Para cada situação nutricional
inicial (baixo peso, adequado, sobrepeso ou obesidade), há uma faixa de ganho de
peso recomendada.
Para o primeiro trimestre, o ganho foi agrupado para todo o período, enquanto
que, para o segundo e o terceiro trimestre, o ganho é previsto por semana. Portanto,
já na primeira consulta devem-se estimar quantos gramas a gestante deverá ganhar
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no primeiro trimestre, assim como o ganho por semana até o fim da gestação. Essa
informação deve ser fornecida à gestante. 57
As gestantes deverão ganhar pesos distintos, de acordo com seu IMC inicial.
Para a previsão do ganho, faz-se necessário calcular quanto a gestante já ganhou de
peso e quanto ainda deve ganhar até o fim da gestação em função da avaliação
clínica.
Gestantes de baixo peso deverão ganhar entre 12,5 e 18,0 kg durante toda a
gestação, sendo esse ganho, em média, de 2,3 kg no primeiro trimestre da gestação
(até 13ª semana) e de 0,5 kg por semana no segundo e terceiro trimestres de
gestação. Essa variabilidade de ganho recomendado deve-se ao entendimento de que
gestantes com BP acentuado, ou seja, aquelas muito distantes da faixa de
normalidade devem ganhar mais peso (até 18,0 kg) do que aquelas situadas em área
próxima à faixa de normalidade, cujo ganho deve situar-se em torno de 12,5 kg.
Da mesma forma, gestantes com IMC adequado devem ganhar, até o fim da
gestação, entre 11,5 e 16,0 kg, aquelas com sobrepeso devem acumular entre 7 e
11,5 kg, e as obesas devem apresentar ganho em torno de 7 kg, com recomendação
específica e diferente por trimestre.
Nas consultas subsequentes, a avaliação nutricional deve ser feita repetindo-
se os procedimentos de cálculo de IMC e avaliação do estado nutricional. Essa
avaliação permite acompanhar a evolução do ganho de peso durante a gestação e
examinar se esse ganho está adequado em função do estado nutricional da gestante
no início do pré-natal.
Realize o acompanhamento do estado nutricional (EN), utilizando o gráfico de
IMC por semana gestacional. O gráfico é composto por eixo horizontal com valores
de semana gestacional e por eixo vertical com valores de IMC [peso (kg)/altura2 (m)].
O interior do gráfico apresenta o desenho de três curvas, que delimitam as quatro
faixas para classificação do EN:
Baixo peso (BP), adequado (A), sobrepeso (S) e obesidade (O).
Para realizar o diagnóstico de cada consulta, deve-se proceder conforme
descrito a seguir:
1. Calcule a semana gestacional;
2. Calcule o IMC;
3. Localize, no eixo horizontal, a semana gestacional calculada e
identifique, no eixo vertical, o IMC da gestante;
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4. Marque um ponto na interseção dos valores de IMC e da semana
gestacional;
5. Classifique o EN da gestante, segundo IMC por semana gestacional,
conforme legenda do gráfico: BP, A, S, O;
6. A marcação de dois ou mais pontos no gráfico (primeira consulta e
subsequentes) possibilita construir o traçado da curva por semana gestacional. Ligue
os pontos obtidos e observe o traçado resultante;
7. Em linhas gerais, considere traçado ascendente como ganho de peso
adequado, e traçado horizontal ou descendente como ganho de peso inadequado
(gestante de risco).
Vale ressaltar que a inclinação recomendada para o traçado ascendente irá
variar de acordo com o estado nutricional inicial da gestante, conforme quadro.
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_pre_natal_puerperio_3ed.
pdf> .
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Palpação obstétrica
MANOBRAS DE PALPAÇÃO
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MANOBRAS DE PALPAÇÃO
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MANOBRAS DE PALPAÇÃO
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MANOBRAS DE PALPAÇÃO
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<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_pre_natal_puerperio_3ed
.pdf
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http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_pre_natal_puerperio_3ed.
pdf
INTERPRETAÇÃO DO TRAÇADO OBTIDO E CONDUTAS
AVALIAÇÃO DA ALTURA UTERINA
de
Entre as curvas
Seguir calendário
inferiores e superiores
atendimento de rotina
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FONTE: Disponível em: <
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_pre_natal_puerperio_3ed.pdf>.
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BCF não audível com estetoscópio de Pinard, quando a IG for igual ou maior
que 24 semanas:
• Verificar erro de estimativa de idade gestacional; 70
• Afastar condições que prejudiquem boa ausculta: obesidade materna,
dificuldade de identificar o dorso fetal;
• Em se mantendo a condição, recorrer ao sonar doppler e, em caso de
persistir inaudível, solicitar ultrassonografia ou referir para serviço de maior
complexidade;
Bradicardia ou Taquicardia:
• Afastar febre e/ou uso de medicamentos pela mãe;
• Deve-se suspeitar de sofrimento fetal.
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hipertensão ou aumento
súbito de peso
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MOBILOGRAMA FETAL
A gestante uma vez instruída, capta 70 a 80% dos movimentos grandes do feto,
quando controlados pelo ultrassom. Entretanto, movimentos mais delicados (abrir e
fechar os olhos e dedos), que refletem integridade do sistema nervoso central, não
são perceptíveis.
A presença de movimentos do feto sempre se correlacionou como sinal e
constatação de vida, todavia a monitorização dos movimentos fetais como meio de
avaliação do seu bemestar é relativamente recente. Os padrões da atividade fetal
mudam com a evolução da gravidez. Inicialmente, os movimentos são débeis e pouco
frequentes, podendo ser confundidos pela gestante com outros fenômenos, como o
peristaltismo. Gradativamente, à medida que prossegue a integração do sistema
nervoso central com o sistema muscular do feto, os movimentos tornam-se rítmicos,
fortes e contínuos. O ritmo da atividade fetal pode sofrer interferência tanto de fatores
endógenos, como a presença de insuficiência placentária, isoimunização pelo fator
Rh ou malformações congênitas, quanto de fatores exógenos, como a atividade
materna excessiva, o uso de medicamentos sedativos, o álcool, a nicotina e outros.
A presença de movimentos fetais ativos e frequentes é tranquilizadora quanto
ao prognóstico fetal. Dada a boa correlação entre a subjetividade da percepção
materna e a ultrassonografia em tempo real, resulta lógica a utilização do controle
diário de movimentos fetais (mobilograma), realizado pela gestante, como instrumento
de avaliação fetal simples, de baixo custo, que não requer instrumentalização e não
tem contraindicações.
Não existe na literatura padronização quanto ao método de registro. O
importante é utilizar técnica simples e por período de tempo não muito longo, para não
se tornar exaustivo e facilitar a sua realização sistemática pela mulher. Em gestação
de baixo risco, o registro diário dos movimentos fetais pode ser iniciado a partir de 34
semanas de idade gestacional.
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Náuseas e vômitos
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Hemorroidas
São comuns principalmente nos últimos três meses de gestação, após o parto
e também em gestantes que já apresentavam o problema antes da gravidez.
As gestantes devem procurar manter o hábito intestinal regular (manter o
intestino funcionando bem). Sempre que as fezes estiverem endurecidas, causando
dificuldade para evacuar, as hemorroidas podem sangrar ou doer.
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Corrimento vaginal
Queixas urinárias
Falta de ar 76
Há posições que dificultam o retorno venoso. Gestantes com edema não devem
ficar em pé (paradas) ou sentadas durante muito tempo. É recomendável exercitar as
pernas (caminhar).
O edema diminui na posição deitada (preferencialmente sobre o lado esquerdo)
e também com a elevação das pernas acima do nível do coração.
Outra medida importante é retirar anéis dos dedos da mão, pois
ocasionalmente ocorre edema nas mãos e dificuldade de retirada desses adornos.
Cãibras
Cloasma gravídico
ALIMENTAÇÃO DA GESTANTE
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Uma vez que o espermatozoide é depositado na vagina, ele viaja pelo cérvix
até as trompas de Falópio A concepção geralmente ocorre no terço externo da trompa.
Um único espermatozoide penetra no ovo e uma união das informações
genéticas, formando uma célula única chamada zigoto.
O zigoto passa os próximos dias viajando pela trompa de Falópio e
multiplicando rapidamente o número de células por meio da divisão. Uma massa de
células é formada por essa divisão celular, cada uma com uma cópia dos genes que
se tornarão o feto. A massa de células na trompa de Falópio é chamada mórula.
Com divisão celular adicional, a mórula se torna uma concha externa de células
com um grupo de células internas. Esta etapa do desenvolvimento embrionário é
chamada blastócito. O grupo externo de células se torna a membrana que nutre e
protege o grupo interno, que se torna o feto.
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Semanas 4 e 5:
• Formação do tecido que se transforma nas vértebras;
• Formação do tecido que se transforma no maxilar inferior, osso hióideo
e cartilagem da laringe;
• Início das estruturas do ouvido;
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Semana 6
• Formação do nariz;
• Maior desenvolvimento cerebral;
• Postura mais ereta; 84
• Os maxilares já são visíveis;
• A traqueia se desenvolve com dois brotos dos pulmões;
• O lábio superior é formado;
• Início da formação do palato;
• Os ouvidos estão em formação;
• Os braços e pernas se alongaram, sendo que os braços estão mais
desenvolvidos que a pernas;
• As mãos e os pés têm dedos, mas ainda podem estar palmados;
• A velocidade de crescimento do cóccix diminui;
• O coração está quase totalmente desenvolvido;
• A circulação fetal está mais desenvolvida;
• Os teratogênios introduzidos nesta fase podem causar:
• Anormalidades cardíacas ou aórticas graves;
• Fenda labial;
• Ausência do maxilar inferior.
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Semana 7
• A cabeça está mais arredondada;
• Os olhos se movem para a parte anterior da face;
• As pálpebras começam a se formar;
• O palato está quase completo;
• A língua começa a se formar;
• O trato gastrointestinal se separa do trato genitourinário;
• Todos os órgãos essenciais já começaram, no mínimo, a se formar.
• Teratogênios introduzidos neste período podem causar:
• Defeitos do septo ventricular (DSV);
• Estenose pulmonar;
• Fenda labial;
• Micrognatia;
• Epicanto;
• Cabeça pequena; 85
• Genitália ambígua.
Semana 8
• O embrião agora tem aspecto humano;
• As feições faciais continuam a se desenvolver;
• As pálpebras começam a se unir;
• As características externas do ouvido começam a tomar seu formato
final, mas ainda estão localizadas na parte inferior da cabeça;
• A parte externa dos genitais começa a se formar;
• A passagem anal se abre, mas a membrana retal está intacta;
• A circulação por meio do cordão umbilical está bem desenvolvida
• Os ossos longos começam a se formar;
• Os músculos são capazes de se contrair;
• Os teratogênios introduzidos neste período podem causar:
• Abertura persistente na aurícula do coração;
• Atrofia digital.
Nesse momento o embrião já tem desenvolvimento suficiente para ser
chamado de feto. Todos os órgãos e estruturas encontradas em um recém-nascido a
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Semanas de 9 a 12
Semanas de 13 a 16
• O feto atinge o comprimento de 15,2 cm aproximadamente;
• Uma penugem chamada lanugo se desenvolve na cabeça;
• A pele fetal é quase transparente;
• Outros músculos e ossos já se desenvolveram e os ossos se tornam
mais duros;
• O feto se move ativamente;
• Movimentos de sucção são feitos com a boca;
• O feto engole o líquido amniótico;
• O mecônio é formado no trato intestinal;
• Há desenvolvimento adicional dos pulmões;
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Semana 20
• O feto atinge o comprimento de 20,3 cm;
• Lanugo cobre todo o corpo;
• A pele se torna menos transparente à medida que começa a haver
depósito de gordura; 87
• Os mamilos aparecem;
• As sobrancelhas e cílios aparecem;
• As unhas aparecem;
• O feto está mais ativo com aumento do desenvolvimento muscular;
• Geralmente ocorrem os primeiros movimentos fetais identificáveis
(quando a mãe sente o feto se mexer);
• Os batimentos cardíacos fetais podem ser ouvidos com um estetoscópio.
Semana 24
• O feto atinge o comprimento de 28,45 cm;
• O feto pesa aproximadamente 500 gr;
• O cabelo está mais comprido;
• As sobrancelhas e cílios estão bem formados;
• Todos os componentes oculares estão desenvolvidos;
• O feto apresenta o reflexo de preensão e sobressalto;
• A pele das mãos e pés está mais grossa;
• As impressões digitais estão se formando;
• Os alvéolos estão se formando nos pulmões;
• Todo o corpo está coberto de verniz caseosa (uma substância protetora
semelhante a queijo secretada pelo feto).
Semanas de 25 a 28
• O feto atinge o comprimento de 38 cm;
• O feto pesa aproximadamente 970 gr;
• Rápido desenvolvimento cerebral;
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Semanas de 29 a 32
• O feto atinge o comprimento de 38 a 44 cm aproximadamente;
• O feto pesa aproximadamente 2,12 kg;
• Rápido aumento da quantidade de gordura corporal;
• Aumento do controle do sistema nervoso central (SNC) sobre as funções
corporais presença de movimentos respiratórios rítmicos;
• Os pulmões ainda não estão totalmente maduros;
• A temperatura corporal fetal é parcialmente autocontrolada;
• Os ossos estão totalmente desenvolvidos, mas ainda são macios e
flexíveis;
• Os testículos permanecem no canal inguinal
• O feto começa a armazenar ferro, cálcio e fósforo.
Semana 36
• O feto atinge o comprimento de 40,6 a 48,6 cm aproximadamente;
• O feto pesa aproximadamente 2,36 a 2,81 kg;
• O lanugo começa a desaparecer;
• Há aumento da gordura corporal;
• As unhas atingem a ponta dos dedos;
• Aumento do controle do sistema nervoso central (SNC) sobre as funções
corporais;
Um bebê nascido com 36 semanas tem grandes chances de sobrevivência,
mas pode requerer algumas intervenções.
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Semanas de 38 a 40
• Um bebê é considerado a termo com 38 semanas;
• O feto pode atingir o comprimento de 48,2 a 53,34 cm;
• Os meninos geralmente pesam mais que as meninas; 89
• O lanugo desapareceu totalmente exceto nos braços e ombros;
• As unhas ultrapassam a ponta dos dedos;
• Pequenos brotos de mamas se apresentam em ambos os sexos;
• O cabelo agora está mais grosso e volumoso;
• A mãe fornece ao feto os anticorpos que o protegerão contra doenças;
O feto preenche todo o útero.
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Para que se possa entender como ocorre o parto, é necessário conhecer o que
é canal de parturição ou trajeto, que se estende do útero à fenda vulvar. O trajeto é
composto pelo trajeto duro (bacia óssea) e trajeto mole (segmento inferior do útero,
cérvice, vagina e região vulvoperineal).
TRAJETO DURO: A pelve compõe-se dos ossos ilíacos anterolateralmente, do
sacro e coccige posteriormente. Os ossos se unem em quatro articulações, quais
sejam: sacroilíaca bilateralmente, sínfise púbica anteriormente e a sacrococcígea
posteriormente. Estas articulações sofrem fenômeno de embebição gravídica que
permite aos ossos da bacia, sobretudo ao sacro, movimentos diversos (nutação ou
contranutação), que permite ampliação dos diâmetros da pelve e com isto favorece a
migração das apresentações fetais. A pelve dividese em grande bacia e pequena
bacia.
GRANDE BACIA: Tem pequena importância em obstetrícia. É limitada
lateralmente pelas fossas ilíacas, posteriormente pela coluna vertebral e
anteriormente, pelos músculos retos abdominais. Sua forma e dimensão podem dar
noções da forma e dimensão da pequena bacia ou pelve verdadeira.
PEQUENA BACIA: É, também, chamada de pelve verdadeira, escavação
pélvica ou simplesmente escavação. É limitada, cranialmente, pelo estreito superior
e, caudamente, pelo estreito inferior. O estreito superior é delimitado pelo promontório,
pela borda anterior da asa do sacro, pela articulação sacroilíaca, linha inominada,
eminência iliopectínea, borda superior do corpo do pube e pela sínfise púbica. O
estreito médio é constituído por quatro paredes. A parede anterior compõe-se da face
posterior do corpo do pube e do seu ramo horizontal, pela face interna do forame
obturado, face interna do ramo isquiopúbico e parte da tuberosidade isquiática. O
estreito inferior é composto pela borda inferior dos dois pubes (revestidos pelo
ligamento arqueado), ramos esquiopúbicos, tuberosidades isquiáticas, borda medial
dos ligamentos sacrociáticos e extremidade do cóccige.
DIMENSÕES: Cada estreito apresenta diferentes dimensões, de acordo com o
diâmetro considerado. No estreito superior, o diâmetro traçado do promontório à borda
superior da sínfese púbica recebe o nome de conjugata vera anatômica, e deve medir
11 cm. Do promontório à face posterior do pube, traça- se a conjugata vera obstétrica,
que deve medir 10,5 cm. Do promontório à borda inferior do pube, a conjugata
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http://www.ebah.com.br/content/ABAAAASZAAD/semiologia-obstetrica?part=2
DIÂMETROS PÉLVICOS
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAASZAAD/semiologia-obstetrica?part=2
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DIÂMETROS PÉLVICOS 94
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http://www.ebah.com.br/content/ABAAAASZAAD/semiologia-obstetrica?part=3
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http://www.ebah.com.br/content/ABAAAASZAAD/semiologia-obstetrica?part=3
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http://www.ebah.com.br/content/ABAAAASZAAD/semiologia-obstetrica?part=3
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RELAÇÕES ÚTERO-FETAIS
CARDIOTOCOGRAFIA
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É feita por meio de uma cinta elástica e outra não distensível são adequadas
ao redor do abdome da gestante, e adaptadas dois transdutores (aparelhos de
sensibilidade para captar sons e pressão): um para captar os batimentos cardíacos
(cardiotransdutor) e outro para captar as contrações uterinas e os movimentos fetais
(tocotransdutor). O sinal assim captado gera um traçado em papel.
O primeiro sinal a ser avaliado na cardiotocografia é a frequência cardíaca fetal
basal, sendo considerada como normal quando entre 120 e l60 bpm.
As oscilações da linha de base definidas como variabilidade, são quatro: lisa:
<5 bpm, associada à hipóxia fetal grave e ao uso de drogas depressoras do sistema
nervoso central (SNC); comprimida quando 3, 5 e 10 bpm e reflete depressão do SNC
por drogas ou hipóxia leve estando também relacionada ao sono fetal; o padrão é
ondulatório quando a variabilidade está entre 10 a 25 bpm, sendo considerado o
padrão normal; e o saltatório, cuja variabilidade se encontra acima de 25 bpm estando
associado à movimentação fetal excessiva e/ou compressão cordão umbilical.
Quando o feto se encontra bem oxigenado, ocorre a aceleração transitória ao
movimento fetal (MF), devido a um estímulo do cérebro que atinge o componente
cardioacelerador. Considera-se como reativo quando ocorre um aumento de 15 bpm
durante 15 segundos. Devem levar em consideração o padrão de sono e alerta fetal,
em torno de 4 40 minutos.
O exame pode ser feito de rotina, sem indicação prévia, contudo é de muita
importância no acompanhamento de pacientes que tenham pré-eclâmpsia, com
história de trabalho de parto prematuro, em casos de alterações no ritmo cardíaco do
feto e em insuficiência placentária, dentre outras indicações.
As principais indicações são: DHEG, gestação prolongada, aborto anterior,
isoimunização Rh, Diabetes, Rotura prematura de membranas, Redução dos
movimentos fetais, Alteração na ausculta dos batimentos cardíacos.
Mola Hidatiforme
Sintomas e Diagnóstico
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Tratamento
Gravidez Ectópica
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Sintomas
http://www.manualmerck.net/?id=271&cn=1969
Diagnóstico e Tratamento
O médico pode suspeitar que uma mulher apresente uma gravidez ectópica
quando os exames de urina e de sangue para o diagnóstico de gravidez são positivos,
mas o seu útero é menor do que o esperado para o tempo de gestação.
A ultrassonografia pode revelar que o útero se encontra vazio e a presença de
sangue no interior da cavidade pélvica ou abdominal. O médico pode então utilizar um
laparoscópio (tubo de visualização de fibra óptica que é inserido no interior da
cavidade abdominal por meio de uma pequena incisão realizada no abdômen) para
visualizar diretamente a gravidez ectópica. Para ajudar na confirmação do diagnóstico,
o médico pode realizar uma culdocentese (inserção de uma agulha pela parede
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Sintomas e Diagnóstico
Tratamento
Sintomas e Diagnóstico
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Tratamento
Placenta Prévia
Tratamento
http://mmspf.msdonline.com.br/pacientes/manual_merck/secao_22/cap_245.h
tml.
Rotura Uterina
- Traumas externos.
- Manobras de versão interno-externa feitas intempestivamente.
Diagnóstico:
• Dor abrupta e lancinante no hipogástrico, seguida de acalmia dolorosa
transitória;
• Hemorragia (interna e/ou externa) cuja intensidade dependerá da
extensão da rotura e dos vasos atingidos;
• Choque diretamente relacionado ao volume da hemorragia;
• Sinais de irritação peritonial;
• Paralisação do trabalho e parto;
• Deformidades abdominais (útero vazio e feto fora da cavidade-rotura
completa), feto superficial e com ausculta em geral negativa.
Conduta
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Enfermagem Obstétrica
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Complicações
Maternas - IC, encefalopatia hipertensiva, insuficiência renal, ruptura hepática,
dissecção aguda da aorta, descolamento prematuro da placenta, óbito materno.
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medida que a gestação evolui, estas contrações tornam-se mais frequentes e melhor
coordenadas, ajudando o amadurecimento do colo uterino (período premonitório).
Para ocorrer à dilatação o colo deve ter antes amadurecido.
Alguns parâmetros caracterizam o amadurecimento do colo uterino:
amolecimento, que aumenta no período de pré-parto; orientação, quando o colo
alinha-se com o eixo longitudinal da vagina, abaixamento, pela dilatação do istmo
uterino, apagamento, que é a incorporação do colo ao segmento. Ao redor da 40ª
semana, a atividade uterina torna-se mais intensa e desencadeasse o trabalho de
parto. Não há limite preciso entre o término do período premonitório e o início do
trabalho de parto. O diagnóstico de trabalho de parto nem sempre é fácil e há quem o
considere como síndrome.
Estabelece-se o trabalho de parto quando existem contrações uterinas
ritmadas e que provoquem alterações progressivas no colo uterino. Em um conceito
mais amplo, considera-se trabalho de parto quando os seguintes parâmetros
estiverem presentes: apagamento do colo, dilatação cervical, formação das bolsas
das águas, emissão de mucosidade e contrações uterina rítmicas, e em conceito mais
simples, quando ocorrem duas contrações em 10 minutos. Sob a ação das
contrações, a dilatação se completa e inicia-se a expulsão.
EXPULSÃO: A expulsão é, também, chamada de segundo período do parto.
Não existe um limite preciso entre o fim da dilatação e o início da expulsão, sendo a
divisão puramente didática. A expulsão se inicia com a dilatação total do colo e termina
com a saída do concepto.
Nesse período, ocorre juntamente com as contrações uterinas, a contração do
diafragma e da musculatura abdominal que comprimem o útero de cima para baixo e
de diante para trás. Sob efeito das contrações, agora mais fortes e mais frequentes, o
feto é propelido através do colo totalmente dilatado, alcança a vagina e passa a
distender o diafragma vulvoperineal. Ao comprimir as paredes vaginais, o reto e a
bexiga, provocam o aparecimento de contração da musculatura abdominal (prensa
abdominal), via arco reflexo, que são os “puxos”. Sob ação das metrossístoles e dos
puxos, o período expulsivo é mais eficiente e à medida que a apresentação desce, a
vulva se entreabre, dilata-se e permite a expulsão fetal. Após o parto, o útero se retrai
e seu fundo alcança a cicatriz umbilical. Terminada a expulsão fetal, inicia-se o
secundamento.
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PARTOGRAMA
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http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd04_13.pdf
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http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd04_13.pdf
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A forma dos gráficos foi adaptada para diferentes necessidades. Uma das mais
importantes foi a de Phillpott & Castle (1972) que trabalhava na antiga Rodésia, onde
a maioria dos partos era realizada por parteiras e havia necessidade de orientá-Ias ao
encaminhamento dos partos disfuncionais para o hospital. Com base nos
conhecimentos originais da dilatação cervical, construíram uma linha de alerta, que
servia para identificar as pacientes com parto de risco. Quando a dilatação cervical
cruzava a linha de alerta, a paciente deveria ser encaminhada ao hospital. Em um
intervalo de 4 horas, padronizaram a linha de ação, paralela à de alerta, porque este
era o tempo de transporte da parturiente para centros médicos, onde se efetuavam
partos operatórios.
125 <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd04_13.pdf>
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http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd04_13.pdf
MECANISMOS DE PARTO
apenas com fins didáticos. Em uma divisão mais geral, consta de três tempos:
insinuação, descida e desprendimento. Preferimos, porém, uma divisão mais
minuciosa, dividindo-o em seis tempos, quais sejam: encaixamento ou insinuação,
descida, rotação interna da cabeça, desprendimento da cabeça, rotação externa da
cabeça com rotação interna simultânea das espáduas e desprendimento das
espáduas.
Encaixamento é a passagem da maior circunferência da apresentação pelo
estreito superior da bacia. Para que o encaixamento se dê de forma adequada, deve
ocorrer a flexão ou deflexão nas apresentações cefálicas, e nas apresentações
pélvicas, o acomodamento dos membros inferiores sobre o tronco ou seu
desdobramento para baixo. A flexão e o acomodamento dos membros inferiores têm
por objetivo a redução dos diâmetros. No início desta fase, a cabeça fetal encontra-se
com flexão moderada, com a sutura sagital orientada no sentido do diâmetro oblíquo
ou transverso e com a fontanela lambdoide voltada para a esquerda. Completado o
encaixamento, inicia-se a descida, quando a apresentação, impulsionada pela
contratilidade uterina, desce até a proximidade do assoalho pélvico, onde a resistência
deste aumenta a flexão.
A descida é um moto contínuo do início do trabalho de parto até a expulsão
total do feto. A rotação interna acontece quando a apresentação dilata o diafragma
pélvico que a força a realizar movimento turbinal, orientando a sutura sagital no
sentido anteroposterior (maior diâmetro da pelve). Simultaneamente, à rotação interna
da cabeça e sua descida, as espáduas do feto se apresentam ao estreito superior. O
maior diâmetro da cintura escapular fetal é o diâmetro biacromial, que mede 12 cm.
Assim o encaixamento das espáduas se faz no sentido transverso ou oblíquo do
estreito superior. À medida que ocorre a rotação interna e descida, a região
suboccipital fetal loca-se sob o pube materno com a sutura sagital orientada,
anteroposteriormente.
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Enfermagem Obstétrica
129
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?319
130
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?319
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http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?319
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O fator que mais aumenta o risco de parto prematuro é quando a mulher já teve
um parto pré-termo em gestação anterior. Outros fatores de risco seriam: 133
• Tabagismo;
• Mulheres com peso mais baixo antes da gestação e aquelas que
ganham pouco peso durante a gravidez;
• Passado de cirurgia do colo uterino;
• Anormalidades anatômicas do útero;
• Anemia grave;
• Cirurgia do abdome durante a gravidez;
• Uso de drogas ilícitas, como a cocaína;
• Curto intervalo de tempo entre duas gestações.
Importante lembrar que a idade da mulher, por si só, não aumenta o risco de
parto prematuro, porém as pacientes mais velhas, frequentemente, apresentam outros
fatores de risco.
O trabalho de parto prematuro apresenta as mesmas características do
trabalho de parto a termo. Elas incluem:
• Mudança no tipo e na quantidade de secreção vaginal;
• Dor abdominal inferior;
• Dor nas costas constante;
• Cólicas abdominais;
• Contrações uterinas regulares ou frequentes (que podem não possam
não ser dolorosas);
• Ruptura das membranas.
FÓRCEPS
a cefálica que abrigará a cabeça fetal, e a pélvica que se relaciona com o canal de
parto.
Nos fórcipes cruzados, que após articulados ficam em forma de X, a mão direita
segurará o ramo direito que, depois de aplicado, ocupará o quadrante direito da bacia
materna. Por outro lado, a mão esquerda empunhará o ramo esquerdo, que se locará
no quadrante esquerdo da bacia materna. A concavidade da colher de cada ramo se
defronta e se opõe, sendo que suas extremidades jamais se encontram, amenizando
a compressão exercida sobre a cabeça fetal.
1. Fórcipe de Simpson-Braun
Características: Articulação fixa por encaixe. Acentuada curvatura pélvica.
FÓRCIPE
136
www.produtosmedicos.com.br/imagens/produtos/1/791/tmp/image/forceps-
simpson-para-obstetricia-30cm-35cm.jpg.
2. Fórcipe de Kielland
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http://www.hnmmedical.com/media/catalog/product/cache/1/image/9df78eab3
3525d08d6e5fb8d27136e95/1/1/11_5 .png
3. Fórcipe de Piper
FÓRCIPE DE PIPER
https://www.produtosmedicos.com.br/imagens/produtos/1/790/tmp/image/forc
eps-piperpara-obstetricia-44cm.jpg
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1. Fórcipe de alívio
• Cabeça visível no introito vaginal, sem necessidade de separação
manual dos grandes lábios,
• Cabeça rechaçando o assoalho pélvico
• Sutura sagital no diâmetro anteroposterior (occipito púbico ou occipito
sacro) ou nas variedades de posição occipito direita ou esquerda anteriores (ODA ou
OEA),
• Rotação da cabeça fetal não excede 45°.
2. Fórcipe baixo
• Cabeça fetal pelo menos no plano +2 de De Lee / entre III e IV de Hodge
sem, no entanto, alcançar o assoalho pélvico, com:
• Rotação <_ 45° (variedade de posição occipito esquerda ou direita
anterior rodando para occipito púbico ou variedade de posição occipito esquerda ou
direita posterior rodando para occipito sacro),
• Rotação maior que 45º (variedade de posição occipito transversa,
occipito esquerda ou direita posterior rodando para occipito púbico).
3. Fórcipe médio
Quando a aplicação do fórcipe faz-se em cabeça cujo vértice está acima do
plano +2 de De Lee / III de Hodge, com polo cefálico insinuado. É conveniente e ideal
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o parecer de outro obstetra devido aos riscos inerentes à sua aplicação. Na prática
obstétrica atual é procedimento de exceção.
A utilização do fórcipe torna-se justificável em casos que ameacem o bem-estar
materno e/ou fetal e que possam ser revertidos ou melhorados pelo uso adequado e
seguro do instrumento.
Algumas indicações maternas incluem a doença cardíaca, doença pulmonar
grave, infecção intraparto, certas condições neurológicas, eclampsia e síndrome
HELLP. Indica-se, também, no período expulsivo prolongado, seja por exaustão
materna, por inércia ou hipoatividade uterina ou, ainda, por incapacidade de utilizar
adequadamente a prensa abdominal, como pode ocorrer após analgesia peridural ou
quando a mãe é portadora de uma grande hérnia abdominal.
Nas portadoras de cicatrizes uterinas prévias, especialmente cesáreas, em
virtude do risco iminente de rotura do útero, costuma-se abreviar o período expulsivo
com o uso profilático do fórcipe.
As indicações fetais incluem o prolapso de cordão umbilical, o sofrimento fetal
agudo e a cabeça derradeira insinuada no parto pélvico. Para minimizar os supostos
riscos da utilização do fórcipe, torna-se imprescindível que alguns pré-requisitos sejam
obrigatoriamente seguidos.
O mais importante deles é a boa qualificação do obstetra. Na indicação e na
realização do procedimento, para que o aparelho seja adequadamente aplicado,
necessita-se:
1. Concepta viva ou com morte recente;
2. Anestesia materna;
3. Bexiga vazia;
4. Colo com dilatação completa;
5. Membranas ovulares rotas;
6. Diagnóstico correto da variedade de posição (OP, OEA, ODP, etc.);
7. Proporcionalidade adequada entre o feto e a pelve materna;
8. Apresentação pelo menos no plano +2 de De Lee / entre III e IV de
Hodge (preferencialmente no plano +3 de De Lee / IV de Hodge, na atualidade a
grande indicação de aplicação do aparelho);
9. Episiotomia (preferencialmente médio-lateral).
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PARTO OPERATÓRIO
em todos os outros, deve ser vista como um ser integral, não excluindo seu
componente psíquico.
Ao se examinar uma mulher no puerpério, deve-se inicialmente, se sua situação
clínica permitir, fizer uma breve avaliação do seu estado psíquico, e entender o que
representa para ela a chegada de uma nova criança. O estabelecimento de uma
adequada empatia entre o examinador e sua cliente proporcionará uma melhor
compreensão dos sintomas e sinais apresentados. É comum que neste momento a
mulher experimente sentimentos contraditórios e sinta-se insegura. Cabe à equipe de
saúde estar disponível para perceber a necessidade de cada mulher de ser ouvida
com a devida atenção.
Assistência ao puerpério
Revisão puerperal
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PUERPÉRIO PATOLÓGICO
Hemorragia
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Prevenção e Tratamento
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Infecção Puerperal
É a infecção que se localiza nos órgãos genitais e que ocorre após o parto ou
abortamento recentes, caracterizada por febre de 38ºC que ocorre em 2 dos 10
primeiros dias pós-parto, excluindo as 24 h iniciais, em tomadas feitas sublingual, 4
vezes ao dia.
Infecções urinárias, pulmonares e mamarias podem ocorrer no puerpério
recente, com quadro febril similar ao da infecção puerperal, caracterizando o quadro
clínico de morbidade febril puerperal. Assim sendo devemos excluir outras patologias
febris presentes no puerpério antes de afirmar tratar-se de infecção puerperal.
Incidência-A tríade letal do ciclo gravídico-puerperal é infecção puerperal (1%
a 10%), síndromes hemorrágicas (0.4% a 10%) e síndromes hipertensivas (30%). A
IP vem cedendo lugar à síndrome hipertensivas e equilibrando com as síndromes
hemorrágicas.
151 Etiopatologia
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Causas predisponentes:
• Parto cesariana – 20%;
• Ruptura prematura das membranas – 21%;
• Parto vaginal prolongado e traumático –7.7%;
• Hemorragia ante, intra e pós-parto;
• Placentação baixa;
• Condições socioeconômicas;
• Atividade sexual;
• Retenção de restos ovulares;
• Monitorização interna;
• Idade materna;
• Gemelaridade.
Na cesárea, as condições que agravam o prognóstico da mãe são: cesáreas
eletivas complicadas, com maior volume hemorrágico; tardias, após partos
prolongados e muito manuseados; com amniorexe prolongada e complicação de
infecção materna; com apresentação fetal profundamente insinuada obrigando as
manipulações, contaminação e a irritação da cavidade peritonial por líquido amniótico
infectado e complicações técnicas-lesões de alças, de bexiga, do ceco-. A infecção
endometrial é a mais frequente, devida entre outras causas a maior manipulação
endouterina, a presença de fios de sutura, a necrose isquêmica da cicatriz miometrial,
os hematomas locais e o derrame de líquido amniótico na cavidade peritonial (irritação
mais infecção).
Na ruptura prematura das membranas, após 12 horas, a cultura do material
amniótico mostra-se positiva para as bactérias da flora do canal cervicovaginal,
principalmente porque as contrações uterinas favorecem a aspiração intrauterina do
material cervicovaginal, que é o contaminante.
Manipulações repetidas no canal do parto, e, os toques repetidos e as
manobras intracavitários (curetagem pós-parto, descolamento manual da placenta),
elevam os índices de IP. Condições agravantes são as manobras dilatadoras do colo
e a extração incompleta dos anexos ovulares. O material trofoblástico é um ótimo meio
de cultura. 5
No parto prolongado, quando ocorre um maior intervalo entre a ruptura da bolsa
e o parto e a compressão dos tecidos maternos pela cabeça fetal seguida de
mortificação dos tecidos locais favorece a multiplicação bacteriana local.
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Localizada Propagada Generalizada
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Vulvoperineal-Lacerações ou ipisiotomia amplas que invadem a fossa
isquiorretal. Nesses casos a execução de ipisiorrafia nem sempre segue com
hemostasia perfeita e assim favorece a ocorrência de abscesso local.
O quadro clínico é caracterizado por dor, edema, tumefação local, hipertermia
vesperal, defecação e deambulação dolorosas e sensação de estiramento dos fios
localizados no períneo e muitas dores ao toque.
Vaginite e Cervicite-Devido à mucosa vaginal traumatizada e a cérvix uterina
com lesões necróticas (cervicodilatação incompleta com apresentação cefálica
insinuada) juntamente com a flora polimicrobiana.
Quadro clínico-pobre em sintomas, exteriorizado por abundante secreção
eropurulenta e excepcionalmente por temperatura subfebril.
Endometrite-É a forma mais frequente de infecção puerperal, tem relação direta
com cesáreas e intervenções vaginais após partos prolongados, amniorexe
prolongado e com muita manipulação intravaginal e intraútero.
Quadro clínico é caracterizado pela tríade: Subinvolução, dor a palpação e
amolecimento corporal. A temperatura oscila entre 37.5 e 38. A loquiação pode ser
inodora se for por estreptococos ß hemolítico do grupo A, fecaloide se for por
enterococos, E.coli, Bacteroides fragilis. 154
As manifestações mais precoces ocorrem quando a etiologia for pelos
estreptococos hemolíticos do grupo B e as mais tardias quando for por Chamydia
trachomatis, nesta etiologia o quadro clínico ocorre após a alta hospitalar.
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Profilaxia
Mastite
casos graves. A amostra do leite para cultura deve ser colhida com o mesmo rigor
com que são colhidas outras amostras, como urina, por exemplo. Após lavagem da
mama com água corrente e lavagem rigorosa das mãos com água e sabão, deve-se
ordenhar o leite tendo cuidado para que o mamilo não toque no vidro de coleta, que
deve estar esterilizado. Os primeiros 3 a 5 ml de leite devem ser descartados.
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• Febre;
• Área vermelha no seio, normalmente bem delimitada e endurecida;
• Seio quente e dolorido;
• Dor durante a amamentação (pode também ser causada por assaduras
ou fissuras nos mamilos sem mastite).
Prevenção
Tratamento
ALEITAMENTO MATERNO
durante a amamentação, são transmitidas à criança, o que lhes confere menor risco
de desenvolver infecções respiratórias (principalmente, otite média), e reduz a
incidência de infecções urinárias.
No leite materno, está presente uma substância chamada fator Bífido que
facilita o crescimento de uma bactéria especial (Lactobacillus bifidus), no intestino da
criança. Essa bactéria impede que outras cresçam e causem diarreia.
A longo prazo, os benefícios do aleitamento materno também se fazem sentir.
Isto verifica-se, principalmente, na diminuição de incidência de doenças na criança,
jovem e adultos.
Como exemplo, a amamentação diminui o risco de contrair artrite juvenil e de
desenvolver diabetes juvenil e protege contra problemas de visão (por exemplo,
cegueira noturna) e doenças inflamatórias, como a doença de Crohn, colite ulcerosa
e enterocolite necrotizante.
Outra vantagem prende-se com o fato de diminuir a incidência de doenças de
sobrecarga no adulto (obesidade, hipertensão e aterosclerose) e de doenças
degenerativas (por exemplo, esclerose múltipla) e de diminuir o risco de desenvolver
certos tipos de linfomas.
Durante a amamentação, o ato de sucção proporciona o crescimento saudável
de mandíbulas bem-formadas. 160
Por fim, a amamentação é saudável e segura, pois, uma vez que dispensa
manipulações, o risco de contaminação é menor. Para além disso, não contém
substâncias modificadas geneticamente. Uma mãe que amamenta sente-se mais
segura e menos ansiosa.
Por outro lado, a amamentação facilita a recuperação no período pós-parto.
A amamentação (mais precisamente, a sucção do mamilo) estimula a produção
de ocitocina. Esta irá, por sua vez, estimular as contrações que vão facilitar a involução
uterina e evitar a ocorrência de hemorragias no período pós-parto.
Outra vantagem consiste em facilitar o retorno ao peso ideal. Para além disso,
a mulher que amamenta tem menos risco de desenvolver câncer da mama (diminui a
incidência ou, no mínimo, retarda o seu desenvolvimento). A amamentação estabiliza
o progresso de endometriose materna. O fato de não amamentar aumenta o risco de
desenvolver câncer do ovário e cancro endometrial. A amamentação atua também
como um anticoncepcional natural, no entanto, é necessário ter em conta que tal só
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para fora até começar a doer. Realiza-se este procedimento três vezes na horizontal,
três vezes na vertical e três vezes na diagonal. Estes movimentos realizam-se uma
vez por dia a partir da 20ª semana de gestação.
A mulher deve friccionar as mamas e mamilos, diariamente, com uma toalha
de banho limpa e macia durante 15 segundos. Antes de fazê-lo, deve lavar muito bem
as mãos de forma a evitar infecções. Deve ser feita uma boa higiene dos mamilos
(banho diário) com água e sabão neutro e suave. O uso de outras soluções no banho
(por exemplo, antissépticos) pode ser tóxico para o bebê quando da amamentação. O
uso excessivo de sabão vai remover a gordura, o suor e o leite produzido que
constituem uma camada protetora da pele que a ajuda a manter-se flexível. Assim,
basta utilizar compressas embebidas em água fervida para limpar os mamilos, antes
e depois da mamada.
É desaconselhável o uso de álcool sobre os mamilos, visto esta substância ser
irritante e secar a pele, aumentando consequentemente o risco de formação de
fissuras. Caso a mulher sinta muitas dores, existem protetores de mamilos que podem
ser aplicados, que também irão prevenir o aparecimento de fissuras. 162
A mulher deve expor as suas mamas a radiações UV e IV diariamente, numa
duração máxima de 30 minutos, se possível entre as 8 e 10 horas da manhã. Esta
exposição é importante uma vez que estimula e promove a dilatação dos poros e
acelera a eliminação de produtos tóxicos. As radiações IV aceleram a cicatrização de
feridas e ajudam à cura de infecções e na dilatação dos canais lactíferos.
Além destes cuidados, a mulher deve ainda deixar os mamilos expostos ao ar
durante alguns minutos, deixando secar algumas gotas de colostro (utilizando a
técnica de extração de colostro) sobre os mesmos a partir da 28ª semana de gestação
– o colostro tem propriedades emolientes.
Durante as primeiras semanas é normal, principalmente em primíparas,
verificar-se a saída descontrolada de leite das mamas entre as mamadas. Porém, o
derrame vai desaparecendo à medida que os sistemas de canais se vão dilatando.
Um procedimento que a mulher deve adaptar nestes casos é fazer compressão com
a palma da mão contra os mamilos durante um ou dois minutos de modo a controlar
a saída de leite. A persistência do derrame por tempo superior pode fazer com que a
criança ingira uma quantidade de leite inferior às suas necessidades calóricas, tendo
como causa uma anomalia do reflexo de ejeção de leite.
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Recomendações
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A primeira mamada
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A Sucção
suportar o peso do bebê e aliviar a tensão muscular que pode sentir ao nível dorso,
membros superiores e pescoço. Deve, também, ter os pés bem apoiados, se
necessário sobre um banco pequeno. Caso sinta necessidade e, para ficar ainda mais
confortável, pode também 168 colocar uma almofada no dorso, outra a apoiar o
membro superior do lado que está a amamentar e outra nas coxas. A criança deve
ser colocada na mama apoiada no membro superior do lado da mama oferecida e
com a parte superior do corpo ligeiramente elevada.
No caso de ter sido submetida a uma cesariana a mãe deve optar por uma
posição semissentada, com o dorso e os membros superiores apoiados em almofadas
e os membros inferiores fletidos e apoiados para evitar a distensão dos músculos
abdominais. O membro superior do lado da mama em que a criança está a sugar deve
envolver a criança elevando a sua cabeça em relação ao resto do corpo.
satisfeito. A mamada seguinte deve ser iniciada pela mama em que terminou a anterior
para permitir a sua alternância, pois normalmente, a segunda mama a ser sugada não
fica totalmente vazia devido ao cansaço do bebê. 169
Há bebês que têm tendência a ficar sonolentos e a adormecer durante a
mamada, podendo até ser necessário adiar a mamada cerca de 20 minutos até que
ele fique mais desperto.
Eructação
O bebê deve mamar até estar satisfeito. Há que ter em conta que, tirar o bebê
bruscamente da mama, pode ferir o mamilo, provocando gretas. Assim, para
suspender a mamada, a mãe deverá colocar o seu dedo mínimo entre as gengivas,
no canto da boca da criança, deixando entrar nela um pouco de ar, para interromper
a sucção. Quando terminar, é necessário levantá-lo para que ele possa eructar.
Caso esteja a demorar, a mãe deverá pressioná-lo ligeiramente contra si, na
zona abdominal. Depois do bebê eructar a mãe deve verificar se o primeiro seio foi
completamente esvaziado e, caso negativo, deverá colocá-lo no mesmo. Depois do
mesmo ficar mole, a mãe poderá oferecer o outro.
ALOJAMENTO CONJUNTO
A cada dia que passa mais e mais médico e hospitais estão se convencendo
de que o 170 Alojamento Conjunto é a melhor maneira para um recém-nascido de
começar sua vida. São tantas as vantagens, tanto para a mãe como para a criança,
até mesmo para os seus familiares (pai, avôs, irmãos, etc.) que nos países mais
desenvolvidos já faz muitos anos que a grande maioria dos médicos e enfermeiros
prefere este sistema.
Segundo o Ministério da Saúde, Alojamento Conjunto é o sistema hospitalar
em que o recém-nascido sadio, logo após o nascimento, permanece com a mãe, 24h
por dia, num mesmo ambiente, até a alta hospitalar. Este sistema possibilita a
prestação de todos os cuidados assistenciais, bem como a orientação à mãe sobre a
saúde de binômia mãe e filho.
A mãe e recém-nascido colocados lado a lado no pós-parto, a mulher é
estimulada a amamentar e a cuidar de sua criança tão logo quando possível, com o
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- Uso geral
• Número apropriado de pontos de vácuo, oxigênio e/ou instalações
elétricas;
• Fita métrica, antropômetro, balança, esfigmômetro;
• Termômetro, estetoscópio e aparelho para fototerapia (1/40
nascimento/mês), etc. 173
-Deve ter no local
• Posto de enfermagem;
• Sala de procedimentos;
• Sala para guardar de materiais;
• Sala de visitas, etc.
Recursos Humanos
População Atendida
Mãe
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Com ausência de patologia que contraindique ou impossibilite o contato com
RN, que tem sido orientada sobre o alojamento conjunto durante o pré-natal.
Recém-nascido
Exclusão do RN
Alimentação do RN
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REFERÊNCIAS
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