Psicooncologia Na Geriatria
Psicooncologia Na Geriatria
Psicooncologia Na Geriatria
NA GERIATRIA
ONCOGERIATRIA
• É o trabalho em conjunto do oncologista com o geriatra. O oncologista
entra com toda sua expertise em câncer, prescrever o correto tratamento, e o
geriatra com a sua experiência em cuidar do idoso como um todo. A junção
das duas especialidades chamamos de oncogeriatria.
• Quando se avalia esse paciente vemos todas essas fragilidades, os riscos das
alterações que os próprios remédios podem trazer, etc, e também o suporte
social que ele tem, se ele terá condições de tomar os remédios, se terá esse
suporte familiar, etc.
IDADE E TRATAMENTO
• Embora o câncer seja uma doença que ocorre em todas as idades, está
fundamentalmente relacionado ao envelhecimento. Mais de 60% das doenças
oncológicas ocorrem em indivíduos com mais de 65 anos, e 70% das mortes
por câncer ocorrem nessa faixa etária.
• Até 2022, na população geral o câncer de pele não melanoma deve ter maior
incidência (177 mil), seguido pelos de mama e próstata (66 mil cada), cólon e
reto (41 mil), pulmão (30 mil) e estômago (21 mil), de acordo com o instituto.
AVALIAÇÃO GERIÁTRICA
AMPLA (AGA)
• Apesar de haver maior incidência de casos a partir dos 50 anos, especialistas
explicam que, quando se trata de paciente oncológico idoso, o mais
importante não é a idade, mas o grau de fragilidade, determinado por uma
série de fatores. Isso porque o paciente frágil apresenta maior taxa de mortalidade
e maior toxicidade aos tratamentos antineoplásicos.
• Medir esses fatores é o principal foco da Avaliação Geriátrica Ampla (AGA), que
no paciente oncológico idoso tem o objetivo de detectar comorbidades que estejam
associadas com a diminuição da expectativa de vida e que, eventualmente podem
comprometer sua tolerância aos quimioterápicos, entre outros pontos. “Por
exemplo, pacientes com mieloma múltiplo normalmente usam doses de
corticoides, que têm como um dos efeitos a descompensação do diabetes.
Então, sabendo disso, eu tento compensar esse efeito, otimizo a medicação,
observo mais de perto o paciente. A terapia de privação hormonal, por sua
vez, usada no tratamento de câncer de próstata, pode causar problemas
cardiovasculares, há risco de osteoporose e, ciente disso, conseguimos
intervir com antecedência para minimizar os efeitos”, diz a oncologista Samara, do
Hospital Sírio-Libanês Brasília.
QUALIDADE DE VIDA
• Durante a última reunião anual da ASCO, o terceiro estudo sobre
oncogeriatria foi apresentado por um grupo da Austrália, que realizou um
estudo com 154 pacientes oncológicos com mais de 70 anos e indicação de
tratamento com quimioterapia, terapia-alvo ou imunoterapia. Na pesquisa,
intitulada “Integrated geriatric assessment and treatment (INTEGERATE) in
older people with cancer planned for systemic anticancer therapy”, os
pacientes foram separados entre os que receberam acompanhamento
geriátrico e os que tiveram a abordagem usual, apenas com a supervisão da
oncologia.
• O estudo mostrou que o grupo que recebeu tratamento integrado
teve menos ocorrências de hospitalizações não planejadas e
descontinuidade precoce do tratamento. Além disso, desde a primeira
etapa do tratamento, os pacientes com acompanhamento geriátrico
apresentaram melhores indicadores de qualidade de vida, tanto na avaliação
de habilidades físicas e mobilidade quanto nos aspectos psicológicos e
emocionais.
QUALIDADE DE VIDA
• Muitas vezes o diagnóstico é tão impactante que a família e o próprio paciente
começam a pensar que todos os sintomas anteriores eram, na verdade,
consequência do câncer, podendo desencadear um processo depressivo
causado pela notícia do câncer.