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Manual Ufcd-9103 Saude e Segurança

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INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Centro de Emprego e Formação Profissional de entre Douro e Vouga


* SAÍDA PROFISSIONAL: Embelezamento pés, ética, saúde e aprovisionamento * AÇÃO N.º: 21.0403
UFCD: 9103 Saúde e segurança - Cuidados de beleza
* FORMADOR: Susana Faria * DATA INICIO: 29/11/2021 * DATA FIM: 03/01/2021

Índice
1. Saúde e higiene no quotidiano ..........................................................................................................................3
1.1 Higiene na ótica de estética e prevenção na saúde ..........................................................................................3
1.2 Tensão ............................................................................................................................................................5
1.2.1 - Fadiga ....................................................................................................................................................5
1.2.2 - Sinais de tensão......................................................................................................................................6
1.2.3 - Alívio da tensão......................................................................................................................................7
1.2.4 - Relaxação, oxigenação............................................................................................................................7
2. Higiene na profissão de esteticismo ......................................................................................................................7
2.1 Introdução ......................................................................................................................................................7
2.1.1 - Micróbios ...............................................................................................................................................9
2.1.2 - Vírus.......................................................................................................................................................9
2.1.3 - Bactérias ................................................................................................................................................9
2.1.4 - Doenças contagiosas ..............................................................................................................................9
2.1.5 - Defesa do organismo..............................................................................................................................9
2.2 Higiene em cabina de esteticismo .................................................................................................................10
2.2.1 - Mãos ....................................................................................................................................................11
2.2.2 - Utensílios .............................................................................................................................................11
2.2.3 - Material ...............................................................................................................................................13
2.3 Segurança no trabalho ..................................................................................................................................15
2.3.1 - Profilaxia ..............................................................................................................................................15
2.3.2 - Anti-sepsia ...........................................................................................................................................16
2.3.3 - Assépsia ...............................................................................................................................................16
2.3.4 - Esterilização .........................................................................................................................................16
2.3.5 - Higiene do ambiente e das roupas........................................................................................................17

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Centro de Emprego e Formação Profissional de entre Douro e Vouga
* SAÍDA PROFISSIONAL: Embelezamento pés, ética, saúde e aprovisionamento * AÇÃO N.º: 21.0403
UFCD: 9103 Saúde e segurança - Cuidados de beleza
* FORMADOR: Susana Faria * DATA INICIO: 29/11/2021 * DATA FIM: 03/01/2021

3. Ergonomia ..........................................................................................................................................................18
3.1 Introdução aos métodos ergonómicos no trabalho do esteticismo ................................................................18
3.2 Normas de instalação do cliente segundo as suas condições e o tratamento a executar ................................27
3.3 Posicionamento do profissional segundo as suas condições e o trabalho que executa ...................................27
3.4 Normas de adaptação do equipamento ao tratamento que se executa .........................................................27
Dados Bibliográficos ...............................................................................................................................................27
https://www.linkedin.com/pulse/higiene-nos-gabinetes-de-est%C3%A9tica-cifast-....................................27
http://pt.slideshare.net/ruicancela80/higiene-na-profisso-de-esteticismo..................................................27

http://medicosdeportugal.sapo.pt/utentes/estetica_e_bem_estar/cansaco_mental_fadiga_a_quanto_obrig
as 27
http://www.oapce.com.br/descubra-como-seu-corpo-demonstra-sinais-de-tensao-emocional/#...............27
Na elaboração deste manual foi utilizado como referência um texto da Dra. Madalena de Lima .................27
(advogada, mestre e pós-graduada em direito, investigadora da Universidade Autónoma de Barcelona em
segurança e prevenção) ......................................................................................................................................27
Estudo feito sobre a ergonomia num salão de cabeleireiro no Brasil. ..........................................................27

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* SAÍDA PROFISSIONAL: Embelezamento pés, ética, saúde e aprovisionamento * AÇÃO N.º: 21.0403
UFCD: 9103 Saúde e segurança - Cuidados de beleza
* FORMADOR: Susana Faria * DATA INICIO: 29/11/2021 * DATA FIM: 03/01/2021

1. Saúde e higiene no quotidiano

1.1 Higiene na ótica de estética e prevenção na saúde

Quando pensamos em gabinetes de estética, pensamos em bem-estar, relaxamento e beleza. Mas, para

que essa sensação corresponda à realidade, os espaços terão que estar organizados, limpos e

confortáveis. De outra forma, não é possível promover segurança, saúde e bem-estar dos seus

trabalhadores e clientes.

Nos termos do disposto no artigo 64.º da Constituição da República Portuguesa, todos têm direito à

proteção da saúde e o dever de a defender e promover. O artigo 59.º da nossa Lei Fundamental diz que
incumbe ao Estado assegurar a prestação do trabalho em condições de higiene e segurança. Entre as

atividades desenvolvidas para proteger e promover a saúde estão as de controle de bens de consumo - tais

como cosméticos, produtos de higiene pessoal, perfumes - e as de controle da prestação de serviços

relacionados diretamente ou indiretamente com a saúde - tais como institutos de beleza.

Assim sendo, ficamos a saber que é ao estado que compete fiscalizar, porém, são os proprietários dos

espaços que devem promover a segurança, a saúde e o bem-estar dos seus trabalhadores e clientes. Caso

esta ação não seja levada a cabo, os proprietários correm o risco de perder clientes. Há que perceber que,

estando o mercado tão competitivo atualmente, tornou-se indispensável organizar a gestão integrada dos

espaços de beleza, implementando medidas de prevenção de riscos, com vista a alcançar uma melhor

qualidade de vida para os profissionais e para os clientes. É absolutamente necessário que os profissionais

tenham um ambiente de trabalho adequado com o bem-estar que devem proporcionar aos clientes.

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O Estado transferiu a obrigação de promover a segurança, higiene e saúde no trabalho para a entidade

patronal através da publicação de legislação e do controle da implementação das normas. O Decreto-lei n.º

441/91, de 14 de novembro, a chamada a Lei-Quadro da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, que

transpôs para o direito interno português a Diretiva n.º 89/391/CEE, do Conselho, de 12 de junho, obriga
todas as entidades, de todos os ramos de atividade (sejam empresas de construção civil, escritórios, lojas

de pronto a vestir, gabinetes de estética) a organizar os serviços de segurança e implementar medidas para

prevenção de riscos dos trabalhadores.

Assim, cada proprietário de gabinete de estética, como entidade patronal, deverá informar e formar os seus

trabalhadores sobre as medidas a aplicar para proteção da saúde e segurança deles e sobre a prevenção de

riscos de cada posto de trabalho. Por sua vez, os trabalhadores têm a obrigação de colaborar com a entidade

patronal e a responsabilidade de conservação dos equipamentos de trabalho. É o chamado dever de

custódia, cuja violação pode implicar justa causa de despedimento. A participação voluntária e

efetiva dos trabalhadores, é sempre a mais agradável, não por considerarem as medidas de prevenção de
riscos como obrigatórias, mas como forma de contribuir para a melhoria das condições de trabalho. Desta

forma, beneficiam não só os clientes, mas, acima de tudo, os próprios trabalhadores. Ao contribuírem para

um ambiente de trabalho seguro e sadio, os trabalhadores transmitem a satisfação aos clientes, fazendo

prosperar o negócio, o que reverte em benefício dos próprios trabalhadores.

Evidente que tudo começa pela higiene pessoal. De nada serve termos um espaço bonito, cuidado,
harmonioso e com todos os requisitos legais de preservação da sanidade se não existir higiene pessoal

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Cuidados básicos como o banho diário, a higiene com os olhos, o nariz, a boca, as mãos, os pés, a pele e os
cabelos são hábitos que qualquer pessoa que pretenda integrar uma profissão na área do bem-estar não
pode descurar.
É do senso comum que uma imagem vale mais que mil palavras e que qualquer pessoa gosta de ter orgulho
em informar as restantes dos sítios que frequenta. Os maus odores, as aparências pouco cuidadas ou
desmazeladas não são permitidas a uma profissional de beleza.

A estética é a parte da medicina que prescreve as regras para preservar a saúde, o asseio, a limpeza e as
precauções contra doenças - assim sendo, a higiene é indispensável.

Assim sendo a toma do banho diário e restante higienização de mucosas previne não só o aparecimento de
micoses, piolhos e sarnas, doenças ou mesmo alergias tão pouco toleradas na nossa sociedade atual e que
levam à exclusão social, como também nos permite ter uma aparência mais agradável bem e a não
manifestação de odores pouco convidativos ao convívio.

1.2 Tensão

1.2.1 - Fadiga

Todos nós precisamos de algum stress para nos sentirmos motivados para as tarefas do dia-a-dia e sem ele,
efetivamente, o tédio tomaria conta das nossas vidas. Além disso, o stress representa também uma resposta
útil do nosso organismo, que responde fazendo «soar» uma espécie de alarme ou mecanismos de defesa
quando estamos menos preparados para responder a essas solicitações diárias
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Naturalmente que o nível mínimo de stress de que cada indivíduo precisa é relativo, já que cada pessoa
apresenta, face a uma situação que o ameaça, um limiar de reação que lhe é próprio e que depende do
estado de saúde, das experiências passadas, da estrutura da sua personalidade e do grau de integração
social. São esses fatores que lhe permitem, eventualmente, encontrar apoio entre os membros da sua
família, dos seus amigos ou mesmo noutras relações mais próximas.

No entanto, seja em que circunstância for, um stress intenso e prolongado tem sempre consequências
negativas. Como a duração é também um elemento importante na resposta ao stress, alguns «habituam-
se» rapidamente a uma agressão prolongada, outros não conseguem essa adaptação. Nesses casos, pode
surgir uma fadiga que pode ser física, psíquica ou ambas e que vem desvirtuar significativamente a
qualidade de vida.

1.2.2 - Sinais de tensão

Na grande maioria das vezes, os sinais de tensão manifestam-se após momentos prolongados de stress (seja
ele e origem pessoal ou profissional) e é também comum, estes sinais serem confundidos com outras
doenças.

Assim, podemos considerar sinal de tensão o cansaço mental, o cansaço físico, a queda de cabelo, as unhas
quebradiças, as dores de cabeça, a irritabilidade, os problemas gástricos ou intestinais ou a hipertensão.

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1.2.3 - Alívio da tensão

Em termos de estética dizemos que a melhor maneira de aliviar a tensão é fazendo uma massagem de
relaxamento, cuidado de nós e elevando a nossa autoestima - muito melhor do que tomar comprimidos e
muito mais saudável também.

Por esse mundo fora são cada vez mais o número de empresas que recorre a estes métodos para aliviar a
tensão dos seus trabalhadores com resultados absolutamente extraordinários.

1.2.4 - Relaxação, oxigenação

É sabido por todos que uma das melhores medidas de relaxamento é a prática do exercício físico: fazer
caminhadas, praticar natação, ir a um ginásio são práticas cada vez mais utilizadas por quem quer preservar
a sanidade mental e física. A prática de outro tipo de atividades como o ioga ou o pilatos traz também
enormes benefícios até do ponto de vista respiratórios e da oxigenação dos tecidos.

2. Higiene na profissão de esteticismo

2.1 Introdução

As medidas de prevenção dos riscos profissionais e de melhoria das condições de trabalho deverão, tanto

quanto possível, ser implementadas na fase de projeto das instalações do gabinete de estética. Desse

modo, serão reduzidos os custos de instalação, uma vez que não serão necessárias adaptações
posteriores.

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Como preservar a saúde dos profissionais:

- Na prática da atividade da estética é aconselhável o uso de farda e calçado apropriado, de preferência

com identificação.

- O cabelo deve estar sempre apanhado, as unhas curtas e limadas.

- Não é aconselhável o uso de brincos compridos.

- Os profissionais dos gabinetes de estética estão em contacto com clientes que podem ser portadores de

doenças contagiosas, como a sida, a hepatite B ou outras doenças suscetíveis de prejudicar a sua saúde e a

de outros clientes. Para impedir ou minorar esses riscos é imprescindível proceder à desinfeção de todos os

instrumentos utilizados no gabinete, com recurso produtos e procedimentos adequados. Deverão estar

disponíveis dois jogos de instrumentos, de modo que, enquanto um esteja em desinfeção, o outro possa
ser utilizado.

- Sempre que as operações a executar o permitam, é indispensável a utilização de luvas adequadas para

evitar a exposição cutânea, precedida de uma boa higiene das mãos, sem uso de anéis e pulseiras.

- Durante a execução de determinadas tarefas, o uso de máscara bocal é obrigatório.


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Assim, há que distinguir:

2.1.1 - Micróbios

Ser vivo microscópico, constituído por uma única célula. Os micróbios (bactérias, bacilos, vírus etc.) são

organismos que compreendem as algas.

2.1.2 - Vírus

Designação comum aos organismos microscópicos que, causadores de várias doenças, se reproduzem

somente no interior da célula hospedeira.

2.1.3 - Bactérias

Nome comum aos micróbios unicelulares de forma alongada (bacilos) ou esférica (cocos). (As bactérias

formam um ramo do reino vegetal.).

2.1.4 - Doenças contagiosas

Doença que passa pelo contato; que se transmite ou se propaga por contágio, seja por via aérea ou por
contacto direto com a pessoa infetada

2.1.5 - Defesa do organismo

Conjunto de ações que visam proteger o organismo. Entre estas ações está o uso, sempre que possível de

material descartável. 9
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2.2 Higiene em cabina de esteticismo

Os gabinetes de estética e similares deverão possuir: receção, área de atendimento, local de

armazenamento do material esterilizado/descartável, local para arrumos do material de limpeza e

instalações sanitárias. As áreas devem ser claras, arejadas e com boas condições de higiene.

A área de receção deve ter uma zona que separe o cliente da profissional que pode ser constituída por um

simples balcão de atendimento. A área de atendimento deve ser provida de mobiliário interno e
externamente revestido de material liso, íntegro, lavável e impermeável. Os pisos e as paredes devem ser

revestidos de material liso, impermeável, lavável e íntegro.

Deve existir lavatório com água corrente potável para higienização de mãos. As instalações sanitárias
devem ter lavatório e sanita.

zona de esterilização deve contar com uma bancada com pia e água corrente potável, de uso exclusivo para

limpeza de materiais e equipamentos de esterilização. Quando não houver local específico, esse poderá

estar localizado dentro da sala/área de procedimentos, desde que estabelecida barreira técnica.

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O depósito de material de limpeza (DML) deve incorporar tanque para limpeza de panos de chão. Quando

não houver local físico específico, esse poderá estar localizado dentro das instalações sanitárias, desde que

seja acrescentado um ponto de água para essa finalidade.

2.2.1 - Mãos

As mãos estar sempre hidratadas e devem ser higienizadas antes e após qualquer atendimento e colocação

de luvas. As unhas devem estar rentes. Deve ser efetuada pela profissional uma esfoliação nas mãos por

semana e a colocação do creme deve ser diária.

Esta prática vai evitar lesões e vai dar proteção à mão no manuseio de produtos mais abrasivos.

2.2.2 - Utensílios

A higienização dos utensílios deve obedecer à seguinte ordem: Limpeza / Enxaguadura / Secagem /

Esterilização / Armazenamento.

Nos estabelecimentos de estética, institutos de beleza, podólogos, salões de cabeleireiros e similares, após
cada uso, é obrigatória a adoção de procedimentos de limpeza e/ou esterilização dos utensílios e

instrumentos que entraram em contacto direto com os clientes. As toalhas, robes e outros têxteis deverão

ser lavados a uma temperatura acima de 90º C. O ideal será enviar os têxteis para uma lavandaria.

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O procedimento de esterilização será adotado para todos os utensílios utilizados em manicura, pedicura,

podologia e estética, ou qualquer outra atividade profissional onde haja risco potencial de contaminação

deste material, através de secreções orgânicas e consequente possibilidade de infeções por

microrganismos patogénicos, entre os clientes. Antes de serem submetidos ao processo de esterilização, os


instrumentos deverão ser acondicionados em recipientes fechados, limpos e secos. A esterilização dos

utensílios é efetuada utilizando equipamentos apropriados, tais como estufas ou autoclaves. Os utensílios

ou materiais que não representem risco em potencial para a saúde deverão ser sujeitos a processos de

limpeza.

As lâminas e agulhas são de uso único, sem possibilidade de reutilização, devendo ser colocadas em

recipiente apropriado, de paredes rígidas, devidamente identificado como resíduo infetante. O Decreto-Lei

n.º 178/2006, de 5 de setembro classifica como resíduos hospitalares os resultantes de atividades de

acupuntura, piercings e tatuagens.

É obrigatório o acondicionamento dos utensílios utilizados em procedimentos invasivos em invólucros


adequados à técnica utilizada, fechados em recipientes esterilizados, de tal modo que possam manter a sua

condição de esterilidade até o momento do uso (para autoclaves: filme poliamida entre 50 e 100 micra

(sendo mícron, singular de micra, a milionésima parte do metro) de espessura; papel kraft com pH

5-8; papel grau cirúrgico; tecido de algodão cru, duplo, 160 a 200 fios e 4 camadas; caixa inox com

perfuração na tampa e na base, protegida com tecido de algodão. Para estufas: caixa inox de paredes finas,
caixa de alumínio, filme de alumínio). Esses contentores deverão ser entregues a empresas especializadas

que os recolhem, armazenam e os transportam para o destino final.


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2.2.3 - Material

Para o acondicionamento de materiais cortantes e perfurantes, há à venda contentores com capacidades

adequadas ao tipo e quantidade de resíduos produzidos. Há, também, sacos plásticos para

acondicionamento de resíduos e braçadeiras de fivela para encerramento definitivo de sacos de plástico,

para uma melhoria das condições de higiene e segurança.

É expressamente proibida a abertura do equipamento de esterilização antes do término do seu ciclo de

operação, para garantir a qualidade do procedimento. Deverá haver nos estabelecimentos, um


profissional responsável pela operação de esterilização dos utensílios existentes.

Os estabelecimentos deverão utilizar material descartável para a cobertura de marquesas. Os cacifos e os


vestiários das instalações de Spa deverão ser lavados e desinfetados com frequência, para neutralizar os

odores do calçado dos clientes. Os estabelecimentos que exercem a atividade de depilação e acupunctura

deverão manter cabines individuais, exclusivamente para esta finalidade, com espaço, iluminação e

ventilação adequados à prática profissional e acomodação confortável do cliente.

É expressamente proibida a prática de reutilização de ceras para depilação ou qualquer outro produto

químico empregado.

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Todos os estabelecimentos deverão possuir nas suas dependências, piso e paredes de superfícies lisas,

compostos de material compacto, resistente à lavagem e ao uso de desinfetantes (impermeável) e de fácil

limpeza e higienização, além de manter as suas instalações físicas devidamente conservadas e asseadas.

Deverão possuir instalações sanitárias em perfeitas condições de uso. É obrigatória a existência de lavatório
com água corrente, no interior dos estabelecimentos, com recipientes para sabão líquido e toalheiro para

toalha de papel, fixados na parede, além de balde de lixo com tampa e acionamento automático por pedal,

para a higienização das mãos pelos profissionais, antes e após a realização de cada atividade.

Nos estabelecimentos que executam atividades em que se utilize qualquer prática invasiva, ou aplicação de

produtos e métodos que possam causar repercussões sistémicas no cliente, é obrigatória a presença de um

médico responsável.

Os procedimentos ou atividades de pedicura, limpeza de pele, drenagem linfática e bronzeamento artificial


poderão ser executados por esteticistas credenciadas.

Os procedimentos ou atividades de mesoterapia, dermabrasão, epilação definitiva a laser, peeling,

aplicação de toxina botulínica, preenchimento de rugas com ácidos, acupunctura, entre outros

procedimentos invasivos, são considerados atos médicos, não devendo ser permitida a execução destes

procedimentos por outros profissionais.

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Cada profissional de manicura e pedicura deverá possuir, obrigatoriamente, quantidade suficiente de cada

instrumento utilizado na sua rotina de trabalho, para evitar qualquer necessidade de reutilização sem prévia

higienização.

Será bem acolhido pelos clientes a afixação, em local visível do estabelecimento, da informação sobre os

procedimentos para a limpeza e esterilização dos utensílios, para consulta dos profissionais e utentes.

Decorre desta exposição a necessidade de uma prática de higienização permanente e exigente em todos os

gabinetes de estética – desde o pequeno salão de cabeleireiro aos grandes gabinetes de múltiplas atividades

– não por mero cumprimento da lei, mas para dar aos potenciais clientes a garantia de que a sua saúde não

será afetada ao utilizarem os serviços destes profissionais.

2.3 Segurança no trabalho

Para que o gabinete seja, efetivamente, um local seguro e de conforto e bem-estar para profissionais e

clientes, a higienização dos utensílios terá que obedecer a diversos procedimentos.

2.3.1 - Profilaxia

Profilaxia é um termo utilizado na área da saúde e significa medidas de prevenção. A origem da palavra é

grega e quer dizer “Cautela”. O termo profilaxia se refere a medidas de precaução e a adoção de meios

que evitem a proliferação de doenças.

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2.3.2 - Anti-sepsia

Método através do qual se impede a proliferação de microrganismos em tecidos vivos, com o uso de

substâncias químicas, usadas como bactericidas ou bacteriostáticos. Consiste na desinfeção do local ou

organismo que já foi infetado, utilizando para tal, produtos (microbicidas) que reduzem ou eliminam os

microrganismos.

2.3.3 - Assepsia

A assepsia é a ausência de matérias sépticas (germes e bactérias infeciosas ou patogênicas, por exemplo)

em determinados ambientes, através de um conjunto de medidas que impedem a entrada e a proliferação


dos agentes contaminadores. Ex: uso de luvas

2.3.4 - Esterilização

1. Higienização: Limpeza: operação para remoção de matéria orgânica, sujidades visíveis e detritos dos

utensílios, realizada com água adicionada de sabão ou detergente desinfetante, de forma manual ou

automatizada, por ação mecânica, com consequente redução da carga microbiana. Deve preceder
obrigatoriamente os processos de desinfeção ou esterilização.

2. Desinfeção: Processo físico ou químico que destrói todos os organismos, exceto os que produzem

esporos (algumas bactérias e fungos). Consiste na lavagem dos materiais ou utensílios, mãos e outras partes
do corpo que podem ser alvo de contágio com uma substância desinfetante.

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3. Esterilização: processo físico ou químico que elimina todas as formas de vida microbiana, incluindo os

esporos bacterianos. Este processo visa destruir todas as formas de microrganismos causadores de

doenças. a esterilização pode ser:

3.1. Esterilização por Calor Húmido (autoclave): método que requer temperatura menos elevada (121º a

137º C) e menor tempo de exposição dos instrumentos (15 minutos para os artigos de superfície e 30

minutos para os de densidade).

3.1.2. Esterilização por Calor Seco (estufa): menos penetrante do que o calor húmido, requerendo

temperaturas mais elevadas (160º a 170º C) e maior tempo de exposição (160º C – 120 minutos e 170º C

– 60 minutos).

2.3.5 - Higiene do ambiente e das roupas

Também as roupas e o ambiente devem ser devidamente cuidado e trocado com regularidade.
A desinfeção do local destinado à estética deve ser diária, sendo que é obrigatório o uso de material
descartável para a cobertura das marquesas e as toalhas devem ser trocadas de cliente para cliente.
Devem existir mesas de apoio onde é colocado todo o material a ser utilizado, o qual deve estar
previamente esterilizado.
Sempre que possível deve ser utilizado material descartável.
A profissional deve apresentar-se sempre asseada e devidamente fardada.

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3. Ergonomia

3.1 Introdução aos métodos ergonómicos no trabalho do esteticismo

De acordo com a IEA – Associação Internacional de Ergonomia – a ergonomia é definida como uma disciplina
científica relacionada ao entendimento das interações entre os seres humanos e outros elementos ou
sistemas, e à aplicação de teorias, princípios, dados e métodos a projetos a fim de otimizar o bem-estar
humano e o desempenho global do sistema.
A Associação Internacional de Ergonomia divide a ergonomia em três domínios de especialização. São eles:
Ergonomia Física: que lida com as respostas do corpo humano à carga física e psicológica. Tópicos
relevantes incluem manipulação de materiais, arranjo físico de estações de trabalho, demandas do trabalho
e fatores tais como repetição, vibração, força e postura estática, relacionada com lesões músculo-
esqueléticas.
Ergonomia Cognitiva: também conhecida engenharia psicológica, refere-se aos processos mentais, tais
como perceção, atenção, cognição, controle motor e armazenamento e recuperação de memória, como
eles afetam as interações entre seres humanos e outros elementos de um sistema. Tópicos relevantes
incluem carga mental de trabalho, vigilância, tomada de decisão, desempenho de habilidades, erro humano,
interação humano-computador e treinamento.
Ergonomia Organizacional: ou macro ergonomia, relacionada com a otimização dos sistemas sócio-
técnicos, incluindo sua estrutura organizacional, políticas e processos. Tópicos relevantes incluem

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trabalho em turnos, programação de trabalho, satisfação no trabalho, teoria motivacional, supervisão,


trabalho em equipe, trabalho à distância e ética.

Análise Ergonômica do Trabalho

A ergonomia visa transformar o trabalho de forma a adaptá-lo às características e variabilidade do homem


e do processo produtivo, envolvendo além do ambiente físico (máquinas e equipamentos), os aspetos
ambientais e organizacionais referentes à maneira como o trabalho é controlado.
A partir do proposto pela disciplina foi realizado um estudo com o objetivo de identificar e analisar as
condições de trabalho e como estas afetam o trabalhador. A aplicação desse estudo busca conduzir e
orientar modificações no sistema de trabalho, permitindo maior segurança e conforto operatório,
integrando critérios de produtividades e qualidade. O posto de trabalho estudado foi o salão de beleza,
Espaço Vip, localizado na Bauxita, Ouro Preto que é composto por um quadro de três funcionárias, sendo
duas cabeleireiras e uma manicure.
Análise Organizacional

O salão caracteriza-se por apresentar um sistema de divisão de tarefas, em que cada funcionária exerce
uma determinada função de acordo com sua especialização, sem revezamento. Tempo de trabalho depende
da semana/dia, variando de 8 a 10 horas por dia. Não há horário fixo de entrada e saída, cada funcionária
organiza seu tempo de trabalho conforme sua agenda. Sobre a questão das pausas de trabalho, segundo
as funcionárias não há horário e quantidades definidos variando de acordo com os horários de
atendimentos.

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Quanto ao fator de remuneração, as funcionárias relataram receber comissão por cada atendimento, mas
a percentagem não foi informada. As mesmas afirmaram não possuir carteira assinada e quanto ao
benefício de férias, somente a proprietária do salão alegou possuir o benefício.
Pelo questionário foi relatado que as três funcionárias possuem curso, sendo que estes não foram
oferecidos pela empresa uma vez que as funcionárias já realizaram cursos de especialização para trabalhar
na área de estética e possuírem experiência por já terem trabalhado em outros salões.
Análise dos aspetos psicológicos dos trabalhadores
Para a realização dessa análise foram aplicados questionários que por meio dos dados coletados, foi possível
observar que no salão as três funcionárias trabalham de maneira independente e não encontram
dificuldades ao executar suas atividades. Cada funcionária é responsável pelo bom funcionamento de sua
tarefa. Não há supervisão por parte da proprietária do salão, que é uma das cabeleireiras, o que
proporciona maior autonomia na realização das tarefas, uma vez que não existe pressão para alcançar
metas produtivas e garantir a qualidade dos serviços oferecidos.
Ao serem questionadas sobre o convívio entre si observou – se que as funcionárias possuem um bom
relacionamento no local de trabalho.
Devido ao grau de repetibilidade das tarefas e das condições ambientais do posto de trabalho, como
temperatura e ruídos, a sensação do cansaço mental é visível entre os trabalhadores. As funcionárias
afirmam no questionário que suas atividades apresentam o elevado nível de cansaço mental, uma média
de 8, numa escala de 1 a 10, mas que estão satisfeitas com o seu trabalho.
Análise das condições físicas

Durante as visitas ao posto de trabalho além da aplicação dos questionários foram feitas algumas
observações quanto às condições físicas do salão. Notou-se uma desorganização na disposição das

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ferramentas de trabalho, ausência de ventilação adequada uma vez que se trabalha com aquecimento de
secadores e limitação no espaço para executar as tarefas.
Análise antropométrica

Para realização da análise antropométrica realizou-se medições no assento da manicura e sua altura. Os
dados obtidos foram analisados verificando-se em que o assento é de dimensão irregular (muito baixo) em
relação à altura da funcionária. De acordo com o programa o assento está 6,1 cm a menos do ideal. A
condição do assento prejudica a estabilidade durante a execução da tarefa uma vez que o corpo desliza
para frente. Quanto o assento em que as cabeleireiras realizam suas atividades, a altura é regulável, o que
proporciona uma melhor execução.
Análises das condições posturais dos trabalhadores

A biomecânica preocupa-se com as interações físicas do trabalhador, com o seu posto de trabalho,
máquinas, ferramentas e materiais, visando reduzir os riscos de distúrbios musculoesqueléticos. Analisa
basicamente a questão das posturas corporais no trabalho, aplicação de forças, bem como as suas
consequências.
A má postura na realização das atividades traz ao trabalhador uma sensação forte de fadiga muscular,
principalmente nas regiões das pernas, ombros e antebraços.
Analisadas as condições posturais, os dados colhidos através das observações durante a execução das
atividades demonstraram a necessidade das correções posturais, redução da duração e frequência do
esforço.
Para a postura sentada, a condição da cadeira da manicura para aplicação das atividades é inadequada, pois
ela não possui ajuste para altura e não apresenta apoio para a lombar o que provoca dores e desconforto a
funcionária. Para a postura das cabeleireiras na rampa de lavagem, as condições são também

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inadequadas, pois é necessário inclinar muito a coluna para a realização da tarefa, provocando dor,
desconforto e possíveis complicações futuras.
Condições ambientais

Em relação aos aspetos ambientais, verificou-se uma grande interferência das condições existentes no
desenvolvimento do trabalho. Durante as visitas foram analisadas diversas variáveis ambientais que podem
representar desconforto aos trabalhadores. Com o auxílio de equipamentos de medições foram verificadas
as condições de temperatura, ruído e iluminação no posto de trabalho e ao final os resultados foram
comparados com os valores estabelecidos pela norma regulamentadora.
- Temperatura
O clima de trabalho deve satisfazer a diversas condições, para que ser considerado confortável. Alguns
fatores podem ser destacados, como por exemplo: temperatura, calor radiante, velocidade do ar e
humidade relativa.
Muitos trabalhos são executados em condições desfavoráveis, causando problemas a curto, médio e longo
prazo para o trabalhador. Más condições causam um prejuízo tanto para o empregado quanto para a local
onde o mesmo desempenha suas funções.
Temperatura:
O frio e o calor intensos são desconfortáveis e provocam sobrecarga energética no corpo.
Cada pessoa tem sua preferência e em alguns casos (como em um escritório) é possível haver uma maior
flexibilidade. De uma forma geral, trabalhos mais pesados exigem uma temperatura mais amena no
ambiente.
A tabela abaixo mostra a temperatura do ar recomendada para vários tipos de esforços físicos:

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Temperaturas acima de 24°C provocam queda do rendimento e aumento dos erros, havendo necessidade
de concessão de pausas para a recuperação do organismo.
Na medição feita no Salão, foi registada a temperatura de 25,9 graus Celsius. O valor é alto até mesmo para
trabalhos mais leves.
Humidade:

O ar muito húmido (humidade relativa acima de 70%) ou muito seco (humidade relativa abaixo de 30%)
pode afetar o conforto térmico. No primeiro caso a evaporação do suor é dificultada e no segundo o
trabalhador estará sujeito a irritações nos olhos e nas mucosas.
A humidade registada no salão foi de 62,5% e, portanto, esta dentro do padrão recomendado.
Medidas que podem ser tomadas para que a temperatura no ambiente seja mais agradável vão desde a
colocação de um ar condicionado no local até a redistribuição dos objetos de modo que a circulação do ar
se torne mais fácil. Considerando os impactos disso no rendimento e saúde dos trabalhadores é importante
cuidar para que todas as normas sejam respeitadas.
- Ruído

A preocupação com os efeitos do ruído sobre a saúde é bastante antiga. Desde a Revolução Industrial, a
questão saúde x trabalho ocupava lugar de destaque frente aos prejuízos que os trabalhadores sofriam no
ambiente de trabalho.

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A perda auditiva relacionada à estimulação sonora tem sido assunto de grande interesse para
pesquisadores da área da saúde ocupacional. A exposição prolongada a ruídos de intensidade elevada pode
levar a evolução da fadiga auditiva fisiológica para patológica. Assim, os danos auditivos tornam-se
irreversíveis.
Os sintomas decorrentes da exposição continuada a ruídos evoluem também para fatores não auditivos,
podendo comprometer as atividades físicas, fisiológicas e mentais do indivíduo. Cefaleia, cansaço, insônia,
ansiedade, tontura, irritabilidade, dentre outros, são alguns exemplos. As consequências causadas
pela exposição ao ruído ainda são desconhecidas pela maioria da população.
Trabalhar sob influência sonora de ambientes com barulho tem feito cada vez mais vítimas da PAIR (Perda
Auditiva Induzida por Ruído), que ocupa o segundo lugar entre as doenças mais frequentes do aparelho
auditivo e entre as doenças ocupacionais que mais afetam os trabalhadores. No caso dos salões de beleza,
a situação torna-se mais complicada, já que além do ruído excessivo (mais de 90 decibéis) causado pelos
secadores de cabelo, a vibração do equipamento também prejudica a audição.
Nas medições feitas com medidor de pressão sonora, verificou-se que o ruído existente no posto
de trabalho foi de 83,3 dB, não atingindo o limite de tolerância para ruído contínuo ou intermitente;
considerando a jornada de trabalho do salão em torno de 10h, a exposição máxima diária permitida de 83
dB (A) em nível de ruído conforme o anexo 1 da NR-15, não há consequentemente necessidade de
melhoria ou adequações para os postos de trabalho, tampouco a utilização de Equipamentos de Proteção
Individuais (EPI) para a questão de ruído.
Portanto, o ruído além de um incômodo, quando apresentando de forma contínua e constante torna-se
agente causador de doença. A atividade exercida por funcionários de centros de beleza (cabeleireiros,
assistentes de cabeleireiros, manicuras e esteticistas envolve exposição ao ruído dos secadores, e de
outros tipos de instrumentos auxiliares para o tratamento estético. Com isso, os funcionários de centros

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de beleza encontram-se dentro de uma população que sofrem os efeitos acumulativos da exposição ao
ruído, e isto pode vir a trazer consequências que podem interferir na qualidade de vida dos mesmos.
- Iluminação

A intensidade da luz que incide sobre a superfície de trabalho deve ser suficiente para garantir uma boa
visibilidade. Entende-se por lux a unidade de medida que expressa a intensidade de luz que incide sobre a
superfície de trabalho. E luminância é a quantidade de luz que é refletida para os olhos, medida em candela
pro m2.
A iluminação no ambiente de trabalho pode ser melhorada de modo a não causar fadiga no trabalhador.
Algumas medidas que visam a melhoria da iluminação são: melhorar a legibilidade da informação, combinar
a iluminação localizada com a ambiental, luz natural pode ser usada para o ambiente, quebrar as incidências
diretas nos olhos, evitar reflexos e sombras e evitar oscilações da luz fluorescente.
No salão utiliza-se na técnica de escovação progressiva o formaldeído (formol), substância química
altamente ofensiva à saúde. Durante a manipulação do formol as funcionárias adotam- se os
procedimentos necessários de proteção com o uso de luvas e máscaras sendo que uma das cabeleireiras
precisa se ausentar do salão por ser alérgica ao produto.
Análise ergonômica realizada no salão de beleza fundamenta-se na norma regulamentadora 17, que
abrange os aspetos ergonômicos de levantamento, transporte e descarga individual de materiais,
mobiliários dos postos de trabalho, equipamentos dos trabalhos, condições ambientais de trabalho e
organização do trabalho.
Foi observado que o posto de trabalho não segue as normas previstas uma vez que não possui extintor de
incêndio n local. Quanto às saídas de emergência, por ser um ambiente único, não existe uma saída além
da de acesso ao salão.

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No que diz respeito às condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho, observou-se que as
instalações estão de acordo referentes a quantidade de funcionárias que atuam no salão.
Considerações feitas a partir da análise ergonômica
De acordo com as análises feitas dentre as condições ambientais e organizacionais importantes na análise
ergonômica, foram identificados aspetos que influenciam negativamente na saúde ocupacional dos
trabalhadores além de provocarem insatisfação no ambiente de trabalho:
- Um importante fator de risco à saúde quanto às condições físicas no salão é a presença de cadeiras
inadequadas que levam as funcionárias a forçarem cada vez mais a coluna;
- Longa jornada de trabalho;
- Elevado grau de esforço e frequência com os movimentos repetitivos;
- Aspetos desfavoráveis em relação à temperatura com a ausência de ventilação, o que leva a um maior
gasto energético;
- Limitação no espaço para executar as tarefas e falta de um padrão de desorganização.
- Desmotivação com a ausência de carteira assinada que garante os benefícios da aposentadoria, bem com
a ausência de férias.

Conclusão

O estudo realizado no salão de beleza Espaço Vi foi importante para verificar a importância e necessidade
da implantação de programas de melhoria contínua na qualidade de vida dos trabalhadores.
A expansão dos serviços prestados pelos salões de beleza que possuem um ritmo de produção elevado deve
ser acompanhada por uma implantação de um programa eficaz que atenda as medidas ergonômicas dentro
dos limites aceitáveis pela NR-17, garantindo aos seus funcionários uma maior qualidade nas condições de
trabalho, fazendo com que estes se sintam mais motivados e mais produtivos.

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Feita a análise, fica claro a necessidade de transformações das condições de trabalho no salão, que
garantem as funcionárias conforto, maior rendimento evitando problemas futuros resultados pela
deficiência no posto de trabalho.

3.2 Normas de instalação do cliente segundo as suas condições e o tratamento a executar

Ver estudo apresentado no ponto 3.1

3.3 Posicionamento do profissional segundo as suas condições e o trabalho que executa

Ver estudo apresentado no ponto 3.1

3.4 Normas de adaptação do equipamento ao tratamento que se executa

Ver estudo apresentado no ponto 3.1

Dados Bibliográficos

https://www.linkedin.com/pulse/higiene-nos-gabinetes-de-est%C3%A9tica-cifast-
http://pt.slideshare.net/ruicancela80/higiene-na-profisso-de-esteticismo
http://medicosdeportugal.sapo.pt/utentes/estetica_e_bem_estar/cansaco_mental_fadiga_a_qua
nto_obrigas
http://www.oapce.com.br/descubra-como-seu-corpo-demonstra-sinais-de-tensao-emocional/#
Na elaboração deste manual foi utilizado como referência um texto da Dra. Madalena de Lima
(advogada, mestre e pós-graduada em direito, investigadora da Universidade Autónoma de
Barcelona em segurança e prevenção)
Estudo feito sobre a ergonomia num salão de cabeleireiro no Brasil.

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