Gestao e Avaliacao de Politicas Publicas
Gestao e Avaliacao de Politicas Publicas
Gestao e Avaliacao de Politicas Publicas
Djalma de Sá
IESDE BRASIL
2020
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Sá, Djalma de
Gestão e avaliação de políticas públicas / Djalma de Sá. - 1. ed. -
Curitiba [PR] : IESDE, 2020.
102 p. : il.
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-387-6585-1
A política apresenta as
MMM
MMMM
primeiras discussões
MMM
G
GGG
explicasse o modelo de
G
GGGG
modelo inglês, discutiu
repartição dos poderes,
GGG
a divisão dos poderes
GGGGGGGGGGGGGGGGG
tratava da Assembleia dos
do Estado. Para Locke,
cidadãos, os magistrados e
o Poder Legislativo
os juízes.
define as ações públicas,
bem como protege a
sociedade do arbítrio dos
governantes, sendo, por
isso, separado do Poder
Figura 3 Executivo.
Montesquieu
Monarquia Tirania
Democracia Demagogia
Modelo patrimonialista
Modelo burocrático
Impessoalidade, Submissão
Rígido controle
profissionalismo, à lei e pouca
dos processos
meritocracia e condição para a
administrativos.
racionalidade. discricionariedade.
modelo de pensamento marxista, por se tratar de uma forma organi- Nos Estados socialistas, tendo
como marco o modelo soviético,
zada de intervenção do Estado na estrutura econômica e social em que o planejamento destacou-se
está inserida. como um instrumento de
organização da economia e da
Na América Latina, o estabelecimento do planejamento governa- sociedade. Para o capitalismo,
mental teve impulso com o sucesso dos países envolvidos na Guerra por sua vez, é algo importante
para delimitar a atuação do
Fria. Esse impulso também ocorreu pela atuação de órgãos inter-
Estado, limitando assim seu
nacionais, a partir da década de 1940, como a Comissão Econômica nível de intervenção. Também é
para a América Latina (CEPAL) e o Programa das Nações Unidas para importante para evitar as falhas
de mercado, atuando na regula-
o Desenvolvimento (PNUD), que contemplaram todas as visões ideo- ção e alocação de recursos.
lógicas no período.
• Planejamento estatal.
Nacional-desenvolvimentista • Nacionalismo econômico. De 1930 a 1946.
• Planejamento econômico-normativo.
•Desenvolvimento associado ao capital externo
– industrialização acelerada.
Desenvolvimentista-dependente De 1946 a 1964.
•Modernização do Estado e da burocracia
estatal.
•Planejamento autoritário, economicista e
normativo.
Desenvolvimentista-autoritário De 1964 a 1985.
• Lógica do comando e controle.
• Planos de Desenvolvimento.
(Continua)
Figura 9
Formas de Políticas Públicas
Fonte: Elaborada pelo autor com base em Lowi, 1964; 1972 citado por SOUZA, 2006.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Constituição Federal (BRASIL, 1988) estabeleceu um modelo fede-
rativo com competências divididas entre a União, os estados e os mu-
nicípios, principalmente em relação à atuação estatal e à formulação e
aplicação das Políticas Públicas. Assim, as Políticas Públicas têm sido um
instrumento eficiente para o alcance dos objetivos da Gestão Pública.
Com o advento do conceito de Estado de bem-estar social, este passou a
ter maior participação nas questões que promovem a qualidade de vida
para a sociedade.
Para o atendimento das demandas sociais é importante a definição
de um modelo de governança que promova a participação popular na
construção das Políticas Públicas, passando a ser um fator de legitimidade
do governo em questão. Com isso, as Políticas Públicas contribuem para
a redução dos conflitos e estabelecem uma interação entre os Poderes
Executivo e Legislativo com os demais setores da sociedade.
O cenário das Políticas Públicas sofreu alterações nos anos 1990 a par-
tir da reforma administrativa do Estado, da adoção do modelo gerencial
de Administração Pública e da limitação orçamentária dos governos (prin-
cipalmente estados e municípios). Dessa forma, o Estado passou a fomen-
tar a participação social, a transparência e a necessidade de desenvolver
novas capacidades estatais para atender à demanda social e contribuir
para o alcance de seus objetivos.
GABARITO
1. O Poder Executivo administra o governo e coloca em prática as leis
criadas pelo Poder Legislativo, utilizando as Políticas Públicas e ações
governamentais para administrar o interesse coletivo e o bem público.
O Poder Legislativo elabora as leis que regulam a sociedade e fiscaliza
as ações do Poder Executivo e o Poder Judiciário realiza os julgamentos
dos conflitos e aplica as leis elaboradas pelo Poder Legislativo.
OPORTUNIDADE DE MUDANÇA
(Windows)
AGENDA – SETTING
Acesso de uma
questão à agenda
Figura 2
Fluxos decisórios e a formação da agenda
Fluxo de problemas
Fluxo político
Definir o
problema e
suas causas
Subdividir
o problema
Apresentar
alternativas para
solucionar
o problema Projetar
os resultados
esperados
Definir as
estratégias de
implementação
Fonte: Elaborada pelo autor com base em Howlett; Ramesh; Perl (2013).
Figura 6
Controle social Proposta do candidato/
na Administração
gestor público
Pública
Anseio da sociedade
Eleição/designação
Retroalimentação
Atuação
Mesas de diálogo,
fóruns, audiências e Formas de estímulo de parcerias e ampliação da participação social, envolvendo toda
consultas públicas a sociedade organizada.
Orçamento
Processo que permite à sociedade a condição de opinar, debater e decidir sobre as
participativo
despesas públicas.
Conselhos de
Políticas Públicas Espaços de diálogo compostos de representantes do Estado e da sociedade
civil organizada. Os Conselhos de Políticas Públicas foram instituídos com base
na participação, representação, deliberação, publicidade e autonomia. Com os
Conselhos, busca-se fiscalizar a aplicação dos recursos orçamentários, a prestação
de serviços e a atuação dos Estados frente às demandas da população.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O pressuposto de estudo do ciclo de vida de uma Política Pública é fun-
damentado em duas perspectivas: por um lado, as estruturas indutoras
ou construtoras da política; por outro, o processo de desenvolvimento de
uma política na sua realidade. O ciclo de vida tem início com o surgimento
de uma situação social problemática, cuja resolução passa pela interven-
ção do poder público.
REFERÊNCIAS
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KINGDON, J. Agendas, alternatives, and public policies. 3. ed. New York: Harper Collins, 2003.
GABARITO
1. Embora a Constituição Federal trate de instrumentos e mecanismos de
controle e participação social, há ainda o grande desafio de mobilizar
a sociedade para essa participação por dois motivos principais:
i) a tradição brasileira de centralização das decisões; e ii) a falta de
organização local desses instrumentos para garantir a disseminação
dos mecanismos e da garantia de participação popular.
3.1.1 Governabilidade
O termo governabilidade surgiu nos anos 1960, passando a ser apli-
cado e discutido no âmbito da Gestão Pública em um cenário de amplia-
ção de direitos democráticos e cidadania, quando se buscava melhorar
a qualidade da relação entre o Estado e a sociedade. O’Connor (1997
apud RIBCZUK; NASCIMENTO, 2015, p. 223) apresenta também a ideia
da não governabilidade:
a não governabilidade é produto de uma sobrecarga de pro-
blemas aos quais o Estado responde com a expansão de seus
serviços e da sua intervenção, até o momento em que, inevita-
velmente surge uma crise fiscal. Não governabilidade, portanto,
é igual a crise fiscal do Estado.
3.1.3 Accountability
A accountability refere-se à obrigação do governo em prestar con-
tas e responsabilizar-se pelos atos e resultados do Estado, melhorando
a relação com a sociedade devido à possibilidade de conhecimento e
participação na formulação e execução das Políticas Públicas.
Accountability é um conceito novo na terminologia ligada à re-
forma do Estado no Brasil, mas já bastante difundido na lite-
ratura internacional, em geral pelos autores de língua inglesa.
Não existe uma tradução literal para o português, sendo a mais
próxima “a capacidade de prestar contas” ou “uma capacidade
de se fazer transparente”. Entretanto, aqui nos importa mais o
significado que está ligado, segundo Frederich Mosher, à res- Vídeo
ponsabilidade objetiva ou obrigação de responder por algo ou à
O vídeo Governança, gover-
transparência nas ações públicas. (ARAÚJO, 2002 apud RIBCZUK; nabilidade e accountability,
NASCIMENTO, 2015, p. 224) publicado pelo canal Professora
Elisabete Moreira, apresenta
Observa-se, então, que a accountability é um avanço no conceito de um resumo desses conceitos e a
transparência, sendo importante não confundir os dois. Accountability é relação entre eles.
Disponível em: https://youtu.
muito mais ampla, complexa e demonstra maior nível de compromisso
be/gecft4Kdwsc. Acesso em: 14
da Gestão Pública quanto à publicidade dos seus atos, especialmente jan. 2020.
porque ela estabelece três divisões distintas:
2. Responsabilização 3. Responsividade
1. Prestação de contas
dos agentes: dos agentes:
refere-se à capacidade de o
instrumentos que ampliem
Estado responder às questões
a transparência do governo a utilização dos recursos deve
apresentadas pela sociedade.
na relação com a sociedade. ser de responsabilidade dos
A responsividade de um
Exemplos: Relatório de Gestão agentes. Exemplo: Lei de
governo é proporcional à sua
Fiscal e Lei de Responsabilidade Improbidade Administrativa.
capacidade de atender às
Fiscal.
necessidades da população.
Avaliação da capacidade
técnico-administrativa
Observação dos
Mapeamento
Identificação dos resultados
do arranjo
objetivos da política • Produtos
institucional
• Inovação
Avaliação da capacidade
político-relacional
Artigos
Pesquisas sobre representatividade legislativa no Brasil mostram que mulhe-
res e negros têm uma sub-representação, não compondo um caráter de diver-
sidade. Saiba mais lendo os artigos:
http://bd.camara.gov.br/bd/bitstream/handle/bdcamara/37401/historica_representacao_voguel.pdf?sequence=1
http://www.scielo.br/pdf/rbcpol/n16/0103-3352-rbcpol-16-00121.pdf
REFERÊNCIAS
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FLYVBJERG, B.; BRUZELIUS, N.; ROTHENGATTER, W. Megaprojects and risk: an anatomy of
ambition. Cambridge, United Kingdom: Cambridge University Press, 2003.
GABARITO
1. Para uma boa governança, é importante a participação de todos
os setores na compreensão dos problemas e demandas a serem
enfrentados. Assim, quando se amplia a participação social, também
se amplia o entendimento das demandas sociais e a assertividade na
formulação das Políticas Públicas, melhorando a governança.
Neste modelo, os governos devem optar por políticas cujos ganhos superem
os custos, evitando custos excedentes. As etapas para estabelecer um
modelo racional são: i) conhecer as demandas e prioridades da sociedade; ii)
conhecer todas as possibilidades de ação; iii) conhecer todos os impactos de
Modelo cada possibilidade; iv) realizar o cálculo do custo-benefício; e v) selecionar a
racional proposta política mais efetiva.
Segundo Ferreira (2011), existem algumas barreiras na implementação deste
modelo: a) dificuldade de se traçar benefícios comuns à sociedade; b) os
formuladores de políticas são incentivados a tomar decisões para otimizar
seus benefícios; e c) dificuldades para a coleta de todos os dados necessários.
(Continua)
Conhecimento Grau de
Tipologia Complexidade Exemplos
técnico visibilidade
define os atores
trata do que são e
referente a cada envolvidos.
como se desenham
parte do ciclo das
as políticas.
Políticas Públicas.
Dimensão Dimensão
espacial “como”
Figura 1
Lentes para análise das
Políticas Públicas
Tesouro Organização
Realidade
Figura 3
Contextualização histórica dos indicadores sociais no Brasil
De 15 a 30%
De 30 a 45%
Atividade 3
Observe o gráfico a seguir, sobre a evolução da taxa de mortalidade fetal no Brasil:
Gráfico 1
Taxa de mortalidade fetal no Brasil e regiões, entre 1996 e 2015
14
12
Taxa de mortalidade fetal
10
0
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
Região Norte Região Nordeste Região Sudeste
Região Sul Região Centro-Oeste Brasil
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os modelos de análise das Políticas Públicas buscam, de forma lógi-
ca, compreender a complexidade das situações, das demandas e da so-
ciedade estudada. Integram, para isso, modelos conceituais e de análise,
apresentando uma linguagem multidisciplinar e, por consequência, com-
plementar às questões puramente temáticas, promovendo a qualidade
das políticas implementadas.
O debate sobre as Políticas Públicas envolve também a importância
do Estado, as dimensões e as naturezas das políticas, tendo em vista mi-
nimizar a tensão entre os diversos atores e as demandas apresentadas.
Para a resolução dos problemas e atendimento das demandas é preciso
compreender a dinâmica das Políticas Públicas, que inicia com a identifi-
cação do problema e o consequente processo de construção da agenda,
por meio da interação dos atores.
REFERÊNCIAS
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Acesso em: 21 jan. 2019.
LOWI, T. J. Arenas of power. Boulder: Paradigm, 2009.
GABARITO
1. As quatro características dos instrumentos da Política Pública (nodalidade, autorida-
de, tesouro e organização) se relacionam diretamente com o Estado. No princípio da
nodalidade, o papel central do Estado está na concentração de informações. Quanto
à autoridade, o Estado é responsável pelo ordenamento jurídico. O tesouro trata dos
recursos orçamentários do Estado. E a organização, por sua vez, trata da estrutura
administrativa do poder público.
Avaliação como
Michael S. Scriven ciência da valoração
Anos 1960 – “Trazer a
da ação Buscar a verdade científica a
verdade científica para
respeito da efetividade das solu-
a solução de problemas Metodologista da ções para os problemas sociais.
sociais”. “Sociedade
Donald T. Campbell
experimental”
Desenho funcional
da avaliação para um
Lee J. Cronbach Integrar diferentes perspectivas
mundo sujeito à aco-
modação política teóricas anteriores, de modo
Anos 1980-1990 – “Ten- a reconhecer a legitimidade
tar integrar o passado”. Avaliação global, de diferentes abordagens em
customizada e com função das circunstâncias e dos
Peter H. Rossi propósitos da avaliação.
base na teoria do
programa
Quadro 2
Modelos de avaliação da abordagem construtivista
Enfoque de
Enfoque
métodos
participativo
integrados
Enfoque
Integração dos
Métodos com base quali-quantitativo
métodos qualitativo
na participação e quantitativo, de
ativa de todos os modo a refinar as
atores interessados análises qualitativa e
na política. quantitativa.
Combinação
da utilização
de métodos
quantitativos e
qualitativos.
(Continua)
Figura 1
Ciclo de projeto de avaliação
Levantamento
de informações
Divulgação Planejamento
Geração de Termo de
resultados referência
Execução Contratação
1 3
CONTEXTO
PERGUNTAS ABORDAGEM
METODOLÓGICA
2
Quadro 3
Níveis de informação dos relatórios aplicados à avaliação das Políticas Públicas
(Continua)
Disseminação dos Produzido quando da entrega, pela consultoria contratada, dos resultados do
resultados estudo avaliativo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As mudanças no modelo de Gestão Pública, o novo papel do cidadão
como cliente e a necessidade de acompanhamento das ações do Estado
diante de recursos limitados fazem com que a avaliação de Políticas Públicas
tenha ainda mais importância. Dessa forma, cabe ao Estado desenvolver e
desenhar novos métodos de avaliação com ferramentas e instrumentos
que possam trazer os melhores resultados para a Gestão Pública.
Assim, o campo das Políticas Públicas avançou no desenvolvimento de
novos conceitos e definições, novas tipologias e abordagens para ampliar
a compreensão sobre o processo de avaliação. Dessa forma, o processo
que iniciou com o desenvolvimento de métodos cientificamente mais ri-
gorosos, fornecendo informações para os tomadores de decisão, evolui
para, nos anos 1980, contribuir com a alocação dos recursos e, nos anos
1990, para a definição e discussão sobre o novo papel do Estado no con-
texto da nova Gestão Pública.
Destaca-se, por fim, a utilização e o desenvolvimento de novas ferra-
mentas que possibilitem a melhoria do processo de avaliação de progra-
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Serviço Público, Brasília, v. 51, n. 4, p. 5-59, out./dez. 2000.
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Paulo: Veras Editora, 2001.
SIMÕES, A. A. Avaliação de programas e políticas públicas. Brasília: Escola Nacional de
Administração Pública, 2015.
GABARITO
1. O modelo gerencial de Gestão Pública prevê a ideia de compreender o usuário como
cliente e, dessa forma, deve agir com transparência e ter zelo na prestação de contas.
A avaliação de Políticas Públicas, então, contribui para coletar informações com cre-
dibilidade e sem viés, sendo transparente, conforme orienta a nova Gestão Pública.
3. Porque somente uma avaliação feita com um desenho metodológico coerente, robus-
to e metodologicamente correto pode contribuir para o alcance de resultados com
mais credibilidade ao mensurar a eficácia, eficiência e efetividade das políticas e dos
programas.