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Trabalho - Penal - Atualizado

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DIREITO

FUNDAMENTOS E APLICAÇÃO DA LEI PENAL E DO CRIME DRA


HELENA SCHIESSL CARDOSO

TRABALHO SOBRE ANTIJURIDICIDADE


E JUSTIFICAÇÕES [N1]

Alunos: Amanda C. Pontarolo, Évanny, Kauany, Maria Clara, Allef.

1. Qual seria, sinteticamente, o conceito de antijuridicidade no Direito Penal?


Conceitualmente a antijuridicidade no Direito Penal é ornamentada juridicamente pelo
conjunto de proibições e permissões, conceituando pela tipicidade do conceito fato
punível e o conceito de injusto de uma ação. Conceituada como ausência de uma
justificação, relação entre a ação e o ordenamento jurídico.
As proibições são os tipos legais, como descrição de ações realizadas ou omitidas, que
indicam os elementos positivos do tipo de injusto; as permissões são as justificações
legais e supralegais, como situações concretas que excluem as proibições - portanto,
definem os elementos negativos do tipo de injusto.

2. Quais são os efeitos das justificações?


Efeito de envolver finalidades de fundamentações justificáveis aos princípios sociais a
legitima defesa. Apresentando a teoria de organização de seus elementos em situações
justificante e justificada. Fornecendo espaço para compreender e justificativa coerente
de determinada ação e segmentado ao caminho mais amplo e concreto de decisão,
concedendo novos pensamento justificável da ação julgada. As ações típicas justificadas
São ações conformes ao direito por que excluem antijuridicidade indicada no tipo lega,
com duas consequências necessária, primeiro uma ação justificada segundo o agressor
deve ou suportar

3. Qual ou quais conceitos são utilizados para trabalhar juridicamente a hipótese


de “erro nas justificações”?
Como as teorias de erro é usado em situações justificantes compõe-se em a) teoria
limitada da culpabilidade; distinguida sobre o erro da proibição iniciante sobre a
natureza proibida permitida de fato, excluir ou reduzir a culpabilidade. B) A teoria de
rigorosa de culpabilidade; considera o erro sobre a situação de justificativa ou sobre o
preposto objetivos de uma causa de justificação, exclui ou reduz a culpabilidade seja
inevitável ou evitável c) teoria de das características do tipo argumentada que o autor
quer agir conforme a norma jurídica.
Erro de tipo permissivo: É um erro sobre circunstâncias FÁTICAS – de uma situação
justificante inexistente- erro de tipo permissivo inevitável, exclui dolo e culpa – Erro de
tipo permissivo evitável, exclui apenas o dolo.
Erro de proibição: É um erro sobre o DIREITO – não tem consciência da ilicitude.
Erro de proibição direto- que recai sobre as proibições
Erro de proibição indireto – Erro de permissão – recais sobre permissões/ justificações
Erro é inevitável- exclui a culpabilidade
Erro é evitável - apenas reduz a culpabilidade ( diminuir a pena)
4. Quais condições precisam estar presentes para configurar a situação
justificante na “legítima defesa”?
Sintetizado pelo método de organizar seus elementos constitucionais. Fatos
fundamentador de legitima defesa qualifica-se pela vivência de agressão injusta, atual
ou iminente, o direito próprio ou alheio, a ação justificante é captar a compreender os
pressupostos objetivos das justificações. A situação justificante de legitima defesa
qualifica-se na existência da agressão injusta, atual ou iminente a direito próprio ou
alheio. Sendo estruturada, pela própria agressão que é toda ação humana de violência
real ou ameaça dirigida contra bens jurídicos do agredido ou de terceiros, a agressão
injusta é uma agressão motivada ou não provocada pelo agredido, marcado por desvalor
da ação e resultados e agressão atual é em realização ou em continuação, imediata de
um fato de legitima defesa, agressão imediata em continuação.
Justificação
1. Situação justificante – Situação fática da justificação
2. Ação justificada – elementos objetivos
-

5. Quais elementos precisam estar presentes para configurar uma ação justificada
pela “legítima defesa”? Lembrem de explicitar os elementos subjetivos, objetivos e
normativos (permissibilidade)!
R: A ação justificada de legítima defesa precisa conter elementos subjetivos, elementos
objetivos e, em casos especiais de legítima defesa com limitações ético -sociais, o
elemento normativo da permissibilidade da defesa.
Os elementos subjetivos da legítima defesa têm por objeto a situação justificante
(agressão injusta, atual ou iminente, a bem jurídico próprio ou de terceiros) e consistem
no conhecimento da situação justificante para a teoria dominante, ou no conhecimento
da situação justificante e na vontade de defesa para respeitável opinião minoritária. A
ausência do elemento subjetivo significa dolo não justificado de realização do injusto e
reduz a legítima defesa à existência objetiva da situação justificante.
Os elementos objetivos da ação justificada consistem no emprego moderado de meios
de defesa necessários contra o agressor, eventualmente examinados do ponto de vista da
permissibilidade da defesa. 1. A necessidade dos meios de defesa é definida pelo poder
de excluir a agressão com o menor dano possível no agressor: defesa protetora, em vez
de agressiva; ameaça de violência, em vez de violência; ferir, em vez de matar. 2. A
moderação no emprego de meios necessários é delimitada pela extensão da agressão:
enquanto persistir a agressão é moderado o uso dos meios necessários; após cessada a
agressão, a continuidade do uso de meios definidos como necessários torna-se
imoderada, configurando excesso de legítima defesa - que pode admitir exculpação, se
determinado por medo, susto ou perturbação.
O conceito de permissibilidade da defesa define limitações ético -sociais excludentes
ou restritivas do princípio social da afirmação do direito que fundamenta - com o
princípio individual da proteção de bens ou interesses - a legítima defesa. 1. Agressões
de incapazes (crianças, adolescentes, doentes mentais ou, mesmo, bêbados sem sentido)
criam para o agredido um leque de atitudes alternativas prévias, nas quais se
concretizam as limitações ético-sociais da legítima defesa, válidas para os demais casos:
primeiro, desviar a agressão; segundo, empregar defesas sem danos; terceiro, pedir
socorro aos pais, professores, polícia etc.; quarto, assumir o risco de pequenos danos;
quinto, se nada disso for possível, então - mas somente então - a defesa necessária pode,
também, ser permitida. 2. Agressões entre pessoas ligadas por relações de garantia
fundadas na afetividade, no parentesco ou na convivência (marido e mulher, pais e
filhos etc.), subordinam a legítima defesa às mesmas limitações ético-sociais
mencionadas e, em regra, excluem resultados de morte ou de lesões graves - exceto no
caso de risco de lesões sérias ou de maus tratos físicos duradouros ou continuados. 3.
Agressão provocada pelo agredido para agredir o agressor constitui agressão dolosa
injustificada contra o agressor e exclui a legítima defesa - mas para respeitável opinião
minoritária não exclui a legítima defesa, ou porque não afeta a antijuridicidade da
agressão66, ou porque o direito não pode criar situações sem saída, de renúncia à vida
ou integridade corporal, por um lado, e de punição, por outro lado. Entretanto, agressão
provocada pelo agredido sem finalidade de agredir o agressor condiciona a legítima
defesa às limitações ético -sociais indicadas, mas é preciso distinguir a qualidade da
provocação: se constitui comportamento antijurídico, como ocorre na maioria das
situações de injúria, vias de fato, violação de domicílio, dano etc., a legítima defesa é,
em princípio, excluída; se constitui comportamento situado ainda no terreno jurídico,
como ocorre com gozações, troças ou pilhérias lesivas de valores ético-sociais, mas de
antijuridicidade menor, indefinida ou inexistente, subsiste a legítima defesa com as
referidas limitações ético-sociais. 4. Agressões irrelevantes mediante contravenções,
delitos de bagatela, crimes de ação privada ou lesões de bens jurídicos sem proteção
penal também condicionam a legítima defesa às limitações ético-sociais referidas,
especialmente em relação à exclusão da morte ou de lesões graves no agressor, corolário
da necessidade de proteção da vida e de rejeição de desproporções extremas na
justificação. A legítima defesa em relação a coisas mostra a extensão do dissenso
ideológico na dogmática penal: para teóricos conservadores, como
SCHMIDHÀUSER70, nenhuma avaliação materialista de bens exclui a legítima defesa,
justificando a morte mesmo para proteger bagatelas; por outro lado, SCHROEDER
afirma que a ideia de proporcionalidade na legítima defesa exclui a morte ou lesões
graves na defesa de bagatelas ou de outras agressões irrelevantes.

6. Existe legítima defesa de terceiro? Em caso positivo, quais requisitos devem


estar preenchidos?
R: A legítima defesa de outrem depende da vontade de defesa do agredido: só é possível
legítima defesa de outrem se existe vontade de defesa do agredido. A impossibilidade de
defesa contra a vontade do agredido resulta do princípio da proteção individual porque o
agredido pode, por exemplo, ser contra o uso de arma de fogo contra autores de furto,
temer represálias na hipótese de intervenção de terceiro ou, simplesmente, não desejar a
intromissão de terceiros, como em brigas de casal. Mas a vontade presumida do
agredido autoriza a defesa de outrem, independentemente da verificação negativa
posterior, que não deslegitima a ação de defesa já realizada.
7. Considerando o “estado de necessidade”, qual a diferença entre a “teoria
diferenciadora” e a “teoria unitária”? Qual é adotada pelo Código Penal
brasileiro?
R: A teoria diferenciadora disciplina o estado de necessidade segundo um sistema
duplo: como justificação (para hipóteses de proteção de bem jurídico superior ao
sacrificado) e como exculpação (para hipóteses de proteção de bem jurídico equivalente
ao sacrificado) - teoria adotada pela legislação penal alemã, por exemplo, que define
expressamente o estado de necessidade justificante (§ 34, CP) e o estado de necessidade
exculpante (§ 35, CP). A teoria unitária disciplina o estado de necessidade segundo
um sistema único: ou como justificação, ou como exculpação - independentemente de
superioridade ou equivalência do bem jurídico protegido em relação ao bem jurídico
sacrificado. A teoria unitária é há adotada pela lei penal brasileira, que define o estado
de necessidade exclusivamente como justificação, no art. 23, I, CP.
8. Quais os elementos que constituem a situação justificante do “estado de
necessidade”?
R: A situação justificante do estado de necessidade caracteriza-se pela existência de
perigo para o bem jurídico - definido como atual, involuntário e inevitável sem lesão de
outro bem jurídico.
O conceito de perigo é definido pela probabilidade ou possibilidade de lesão do bem
jurídico ameaçado, segundo um juízo objetivo ex ante de um observador inteligente,
combinado, eventualmente, com o juízo do especialista na área, como propõe HIRSCH:
o observador inteligente é representado por cidadão do círculo social do autor, com os
conhecimentos e informações especiais deste; o especialista sobre perigos, por exemplo,
de fogo é o bombeiro, de construções o engenheiro, de doenças o médico etc. O perigo
pode ser determinado por acontecimentos naturais, como naufrágios, incêndios,
inundações, por fenômenos sociais como distúrbios civis, acidentes e, também, por
outros comportamentos humanos, desde que não constituam a agressão injusta da
legítima defesa.
A atualidade do perigo no estado de necessidade não se confunde com a atualidade da
agressão na legítima defesa: a atualidade do perigo justifica a proteção imediata - mas
não exige a existência de dano imediato -, porque o adiamento da proteção ou seria
impossível ou determinaria maior risco ou dano, como no aborto necessário, por
exemplo, realizado no terceiro mês de gestação para evitar danos na época do parto;
igualmente, pode ocorrer em perigos contínuos ou duráveis, atualizáveis em dano a
qualquer momento - segundo aquele juízo objetivo ex ante -, como edifícios em ruína,
doentes mentais perigosos para a comunidade (neste caso, aguardar agressões
antijurídicas para proteção justificada pela legítima defesa pode ser ineficaz ou implicar
lesão maior na área dos bens jurídicos sacrificados) etc.
O perigo deve ser involuntário, ou seja, não pode ser provocado intencionalmente
pelo autor para proteção pessoal às custas da vítima, mas admite produção imprudente
porque a limitação legal restringe-se à vontade própria e a antiga sentença quem cria
perigo, morra por isso está ultrapassada: o barqueiro não pode impedir salvação de
suicida arrependido em seu barco, sob argumento de culpa na produção da situação de
necessidade; o motorista causador do acidente pode, justificadamente, fugir do local do
fato para evitar perigo real de agressão das vítimas.
Enfim, o perigo deve ser inevitável de outro modo, ou seja, não pode ser evitado
conforme ao direito, ou não pode ser superado sem lesão do bem jurídico sacrificado,
ou, ainda melhor, que a lesão do bem jurídico é necessária para evitar o perigo. O
conceito de inevitabilidade de outro modo abrange as situações de estado de
necessidade defensivo e agressivo: no estado de necessidade defensivo, caracterizado
pelo conflito entre o sujeito ameaçado pelo perigo e o sujeito criador do perigo, os
interesses ou bens jurídicos do ameaçado prevalecem sobre interesses ou bens jurídicos
do criador do perigo no estado de necessidade agressivo, caracterizado pelo conflito
entre bens jurídicos do sujeito ameaçado pelo perigo e bens jurídicos de sujeitos
estranhos ao perigo, prevalece o interesse de proteção do perigo contra o interesse do
titular de bens jurídicos estranhos ao perigo, cuja destruição/ dano é necessária para
evitar o perigo.

9. Quais os elementos que constituem a ação justificada pelo “estado de


necessidade”? Lembrem de comentar os elementos subjetivos, objetivos e
normativos!
R: Caracteriza-se pela existência do perigo, sendo atual involuntário e inevitável. "Art.
24. Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo
atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito
próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se."
Os elementos subjetivos do estado de natureza. O perigo atual, inevitável suficiente para
a emoção do autor, com o conhecimento de sua ação mobiliza a vontade de proteção
necessária e obter a sua legítima defesa. Já os elementos objetivos e normativos do
estado de natureza ao contrário do subjetivo levado a legítima defesa, no objetivo o
autor obtém ajuda de terceiros e o principal objetivo, evita o perigo ao máximo, para ele
a natureza do perigo é a gravidade da pena.

10. Considerando ainda a temática do “estado de necessidade”, quais as posições


especiais que impõem o dever de suportar o perigo?
R: O dever jurídico de proteção à comunidade: como polícia, bombeiros, a medicina
etc.;
O dever jurídico fundado na produção do perigo: Deve ser objetiva e subjetivamente
contraria ao dever. Suportar o perigo dependeria da produção de perigo ao próximo, ex:
barco está afundando, e pego a única boia do barco para se salvar e deixo o
companheiro abandonado, sem proteção para salvar a própria vida;
Deveres jurídicos da posição de garante: Relaciona-se as comunidades de vida e de
perigo. Em comunidades de vida a posição garante do pai/marido a proteger seu
filho/mulher de uma catástrofe. Em comunidades de perigo um professor proteger seus
alunos, um guia de expedição proteger seu grupo etc.;
Deveres jurídicos de suportar perigos somente evitáveis com danos desproporcionais a
terceiros: situações de perigos para o corpo, ex: quebrar um braço não admite matar ou
aleijar, mas para evitar danos corporal grave ou a morte de vários para evitar a própria
morte, admite a morte.
Limites do dever jurídico ligados às posições especiais de dever, a relação entre os
deveres, o valor do bem jurídico, a gravidade do perigo etc. Podem ser decisivos, como
proteger a vítima de lesão grave ao invés da vítima com lesão leve.
11. Existe algum limite a este dever jurídico ligado às posições especiais de dever?
Comente(m)!
R: A cessão dos limites do dever na aplicação da lei, permite a legítima defesa ao
cidadão agredido e elimina a justificação de conduta. Para sucumbir esses problemas foi
desenvolvido o conceito de uma antijuridicidade especial para o funcionário público. A
juridicidade na ação não seria excluída por erros normais sobre tais pressupostos
objetivos confirme ocorrido na situação de seu dever, entretanto erros graves de culpa
grosseira seriam capazes de deslegitimar a ação. Ex: o oficial de justiça entrar na casa
errada para cumprir o mandato.
O erro inevitável na execução de cumprir seu dever, exclui o dolo e a imprudência,
impedindo a legítima defesa. Mas o erra evitável não exclui o desvalor da ação e
autoriza a legítima defesa, embora com as limitações necessárias éticos-sociais.
12. Quais condições precisam estar presentes para configurar a situação
justificante no “estrito cumprimento de dever legal”?
R: A situação justificante do estrito cumprimento de dever legal é constituída pela
existência de lei em sentido amplo (lei, decreto, regulamento etc.) ou de ordem de
superior hierárquico, determinantes de dever vinculante da conduta do funcionário
público ou assemelhado.
O estrito cumprimento de dever determinado por lei exclui lesão de direitos humanos
fundamentais definidos em tratados e convenções internacionais - por exemplo,
homicídios dolosos para impedir fuga de presos de estabelecimento penal.
O estrito cumprimento de dever fundado em ordem superior pressupõe autoridade
competente para emitir a ordem, objeto lícito e forma adequada da ordem emitida,
segundo os requisitos de validade dos atos administrativos. Não obstante - e como é
óbvio -, admite um restrito direito de crítica do subordinado, cujo exercício é limitado
exclusivamente à legalidade da ordem, excluindo razões ou argumentos relacionados a
critérios de oportunidade, de conveniência ou de justiça da ordem.

13. Quais elementos precisam estar presentes para configurar uma ação justificada
pelo “estrito cumprimento de dever legal”?
R: Os elementos subjetivos do estrito cumprimento de dever legal consistem no
conhecimento da situação justificante (a existência de dever legal) ou no conhecimento
da situação justificante e vontade de cumprir o dever legal, como prender, coagir etc.
qualquer hipótese, com outros componentes psíquicos e emocionais, como medo,
perturbação etc.

14. Na situação de uma ordem ilegal do um superior hierárquico, faz diferença se a


ilegalidade da ordem é manifesta ou obscura? A ordem mesmo ilegal deverá ser
cumprida pelo subordinado? E, se cumprida, quem responde pela conduta ilegal?
O superior e/ou o subordinado?
R: O cumprimento de ordens superiores ilegais obrigatórias para o subordinado
(natureza típica oculta ou duvidosa) é objeto de contro vérsia: a) constitui justificação,
sob o argumento de que a obrigação de cumprir a ordem é incompatível com a
exposição do subordinado à legítima defesa140; b) constitui exculpação porque o
injusto não se transforma em justo e o que o superior não pode, o inferior também não
pode141 - solução adotada pela lei penal brasileira (art. 22, CP), que pune somente o
autor da ordem (ver Culpabilidade e exculpação, adiante).
15. Quais condições precisam estar presentes para configurar a situação
justificante no “exercício regular de direito”?
R: Os elementos subjetivos nas justificações têm por objeto a situação justificante (por
exemplo, a agressão atual e injusta a bem jurídico, na legítima defesa), e toda discussão
consiste em saber se é suficiente o conhecimento da situação justificante ou se é
necessária também a vontade de defesa, de proteção etc.
A situação justificante da legítima defesa caracteriza-se pela existência de agressão
injusta, atual ou iminente, a direito próprio ou alheio, assim definida na lei penal:
Art. 25. Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios
necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.

16. Quais elementos precisam estar presentes para configurar uma ação justificada
pelo “exercício regular de direito”?
A ação justificada: autores como KUHL, OTTO e ROXIN afirmam ser suficiente o
conhecimento da situação justificante, embora com sentimentos de medo, raiva ou
vingança contra o agressor26; ao contrário, autores como WELZEL,
JESCHECK/WEIGEND e MAURACH/ZIPF exigem, além do conhecimento da
situação justificante, a vontade de defesa ou de proteção, também com sentimentos de
raiva ou vingança contra o agressor.

17. O que se entende por consentimento do titular do bem jurídico? Está previsto
em lei? Qual sua consequência jurídica?
O consentimento do titular do bem jurídico ou consentimento do ofendido constitui
causa supralegal de exclusão da antijuridicidade ou da própria tipicidade porque
consiste na renúncia à proteção penal de bens jurídicos disponíveis, ou seja, todos os
bens jurídicos individuais, inclusive a vida, em determinadas condições.
 o consentimento do titular do bem jurídico é uma causa supralegal de exculpação, ou
seja, não se encontra previsto nas hipóteses da legislação penal brasileira
O consentimento do titular do bem jurídico, comumente chamado também
de consentimento da vítima ou do ofendido, define-se pela renúncia à proteção penal de
bens jurídicos disponíveis.

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