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Circular 7

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J

CIRCULAR TtCNICA N<? 7 SETEMBRO - 1979

DESCRl AO BOTAN ICA DA

SOJA

EMBRAPA .
EMPRESA BRASILEIAA OE PESQUISA AGROPECUARIA
VINCULADA AO MINISTtRIO DA AGRICULTUR.A
UEPAE/PELOTAS - CONVtN 10 EMBRAPA/UFPEL
PELOTAS - RS
uc.<>U<.L<;J'O IOI7\NICA n,,,. SOJA

ERRA'D\

1- Na P'l'J• l, oo:lc se le:


Leia-SC
SUbfamllia: papilia,aceas
Subfamllia: faboideas
2- Na pag. 2, onde se le
Leia-se
A plUT'O.lla, e cx:nstitu!da de duas folhas primarias A pluwla origina o epio5tilo sabre o qual se dcsenvolvun
ban desenvolvid.l.s.
duas folhas primar1as belll clesenvolvidas que latcran o rtL

risterna apical.
J- 11.:.i • 2 , ondc S<.! le
Leia-se
•.• , ratpendo a camada do solo e can-eqa os ooti
•••, ratpendo a camada do solo e carrega os ootil eo
leda-les e o epio5tilo ou pllJTUl.a para c!Jra..
epio5tilo para c!Jra..
4- Na p.:.g. 2, arl::! se le
l.eia-se
0 epio5tilo ou plUT'O.lla apareoe de entre os
o epio5tilo apareoe de entre os cotiledones •••
ootil.e:'icnes •••
5- Na pag. 4, cn::le se le ·.
Leia-se
desse eixo e O hip:x:otilo, an
hp.rincipal parte
A principal parte desse eixo eo hipocotilo, an cuja extrcmi
OJja extremidade superior estao o epio5tilo
dade superior estao o epio5tilo (originad_oda plU11Ulal , as
(c,:c,.sti tu.loo r.lc du.:.is folh..s priJM.riasl , o prt
duils fol.has prl.Jrcrdiilis, o prim5rdio d.:l pr ir.1 fol.h.1 trifo
rordio da prinei.ra follla trifoliol.adA e O api liolada e o rreristema apical dci caule.
do c-.,ule (::-c.rist<:ml do? crcsciJrcntol.

6- Na p.,g , 5 , or.le SC le
Leia-se
d) h.abito de crescincnto(determinado oorrespa,
d) habit.a de crescJJrento (determinado oorrespcn::lc a =r al.
de a ::eior alcura e rrenor ou nenhllll, an cx:n
tura e rrenor ou nenhun cresc.inento ap6s o in!cio da flora,;:ao.
tr ilf.OS ic,ao oo indcterm.1.nadol ;
7- t:a pag. 8, arl::! se le
Leia-se
A flore tipica da famllla das T.eg\m\1.nosas Pa
pi uana=.
A flor e tlpica da subfamllia Faboideae.

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SUMAAIO

1. TAXONOMIA .....................
2• SEMENTE E GERMINA<;AO . • • • . . • • . • • • •
3. RAIZ
.......... . . . . . . . . . . . .1 .
• • ' . ' ' ' ' '
. . . ......
4. CAULE. . ; ........•........••••..•.
••••.•..•.• 3
......................................
5. FOLHA ........................ 4
. . . . . . • . • . • . . •
6. INFLORES NCIA E FLOR ........ . . . . . . . . . . . . .
. ' ' ' ' ' ' ' ' 5
.......... 7
7. FRUTO ...·:.........................................................
8. GRAO ............................ 8
PUBESC NCIA .. • . . •
9. .... ... . .............. . . . . . 9
11 .
• • • • . • • .. . . . ..
. . . . . . . . . . . .. .
Vernetti, Francisco de Jesus
Descri9ao botanica da soja. por Francisco de Jesus Vernetti e Mario Franklin da Cunha Gastal. Pelotas, Empresa Brdsileira de Pes­quisa Agropecuaria, Unid
P· lEMBRAPA. UEP .E/Pelotas. Circular Tecnica, 7),

1. Soja-Descri9ao botanica. I. Gastal, a­rio Franklin da Cunha. II. Titulo. III. Serie.
CDD 633.34
DESCRI AO BOTANICft D SOJA

1
Francisco de Jesus Vernetti
1
Mario Franklin da Cunha Gastal

1. T _XONOMIA
A soja cultivada (Glycine (L.) Merri.11). pertence

a familia das Leguminosas. A classifica9ao botanica dessa


espe cie ea seguinte:
Ramo - Fanerogamas
Divisao - Angiospermas
Classe - Dicotiledoneas
Ordem - Rosales
Familia - Leguminosas
Subfamilia - Papilionaceas
Genero - Glycine
Subgenero - Soja
Especie - G. max (L.) Merrill
soja e originaria do Centro de Origem Chines, o mais
antigo e o maior centro de origem independente, identifica-
do pelo homem.

2. SEMENTE E GERMINAGAO

A semente da soja e quase completamente desprovida de


endosperma. Apresenta tegurnento que envolve um embriao bem
desenvolvido. No tegumento encontramos o hilo,
norJ:T1almente
oval, masque pode apresentar forma linear. Numa de suas ex
tremidades esta a rafe, fenda que se estende a
chalaza (pon-

1
Eng9 Agr9, M.Sc., Pesquisador da Unidade de Execu9ao de Pes-
quisa de Ambito Estadual de Pelotas (UEPAE/Pelotas), da Em-
presa Brasileira de Pesquisa Agropecuaria (EMBRAPA), Caixa
Postal, 553 - 96.100 - Pelotas - RS.
2
3

to de fixa9ao dos integurnentos ao ovulo). Na outra extremida


da superficie do solo Em
de eata a micropila, formada pelos integurnentos do saco • poucos dias, as duaa folhas
rias estao completamente abert prima-
em brionario. Aponta do ei.xo hipocotilo-radlcula, visive! - as e no seu maximo tamanho.
plantula continua crescendo A
atra
ves do tegurnento, localiza-se logo abaixo da microptla. liolada. e surge a pr eira folha trifo
0 embriao e formado por dois cotiledones, urna plur:iula
Ressaltam-se a segu·
e urn ei.xo hipocotilo-radlcula. P plumula e constituida de du , ir,a 1
guns aspectos import.antes
re- lativos a semente ea germina9ao:
as folhas primarias bem desenvolvidas.
Na maioria das variedades a im.bibi9ao de agua pelas a. o tegumento protege o emb .-
- riao contra fungos e
sementes ocorre imediatamente apos a semeadura. Alguns geno bacterias antes e depo1·s d
a
serneadura;
tipos, porem, principalmente da especie selvagem, apresentam b. os cotiledones suprem a plantula
alta propor9ao de sementes duras (imbibi9ao lenta). A imbibi- de elementos nu-
tritivos cerca de 14 dias;
9ao se proOessa atraves de toda a superficie da semente, in
clusive pelo hilo. Quando tegurnento e embriao absorveram toda c. o
suprimento de umidade e crltico
germina9ao; a soja requer so para se ter boa
a agua de que sao capazes a semente adquire forma reniforme .. do seu peso em
agua, enquanto o milho requer
em lugar da forma ovalada tipica. Isto ocorre em urn a dois 3-0% e o arroz 2U;
dias. d. o_bo prepare do solo_ e indispensavel, pois a e
Sob condi9oes de urnidade e temperatura adequadas, xistencia de crosta superficial pode provocar
o processo de germinaxao inicia com o alongamento da quebra do arco do hipocotilo e a
_ consequente morte
radicula, que atravessa a micropila ao final de um ou dois da plantula;
e: depois da emergencia - di 1
dias. Ara
dlcula cresce rapidamente para baixo e, ao alcan9ar 2 a 3 cm
de comprimento, surgem as primeiras ramifica9oes radiculares. e f cil matar a
da plantula
. soja
, - emborao .
meristema esteja descoberto (no
O hipocotilo, por sua vez, cresce rapidamente; o arco do hi m1lho esta protegido)
, porque os brotos dormentes
pocotilo alcan9a a superficie do solo em primeiro lugar, rom podem regenerar a plantula se o .
pendo a camada de solo e carrega os cotiledones e o epicotilo meristema apical
for afetado por geada ou por
ou plumula para cima. 0 tegumento da semente fica, em geral, grani.zo, por exemplo;
a morte ocorrera se os
no interior ou na superf1cie do solo. Prossegue o crescimento tecidos forem atingidos
ate abaixo dos ultimas
do hipocotilo; desaparece o formato de anzol e ele se torna brotos dormentes.

praticamente reto; os cotiledones, assim, ficam em posi9ao 3. RAIZ


perpendicular ao solo. A partir do momenta em que os cotile
o sistema radicular da soja e composto d
dones come9am a ser elevados acima da superficie do solo re principal e de grande numero - e uma raiz
cebem luz solar e tomam colora9ao verde. Passaro, entao, a das em quatro fil de raizes secundaria's distribuI
·
realizar algurna fotossint.ese ea suprir a plantula de eiras, separadas de cerca de 900 d
tra, ao longo da raiz ri . uma a ou-
minera- is e outros alimentos, ate que folhas e raizes vam ramifi ~ P nc1pa:. Das raizes secundarias deri-
estejam bem
estabelecidas na planta. o epicotilo ou plumula aparece de ca9oes (raizes terciarias} dest as novas ramifica-
~

entre os cotiledones logo depois que estes sao elevados acima 9oes (raizes quaternarias) e .
. assim por diante. Tambem, a par-
tir do hipocotilo podem aparecer
raizes adventicias profusa-
4 5

mente ramificadas, quando as demais raizes sejam atacadas par


ferior do caule, desde a radlcula aos coti,·:Ledones; na planta
podridoes (causadas par fungos ou outros agentes) ou tenham
adulta constitui cerca de 2 a 5 cm da parte inferior do
aera9ao inadequada, em solos planos, mal drenados. caule a partir do nivel do solo.
Uma das caracteristicas da especie ea simbiose que
Ao longo da haste, a intervalos rnais ou menos regula
pode estabelecer com a bacteria nitrificadora Rhizobium
res, localizam-se os nos correspondentes aos primordios fo
nicum (Kirchner) Buchanan. Em condi9oes favoraveis de solo e liares. Na axila de cada folha existern primordios que podem
de clima, os primeiros nodulos resultantes dessa simbiose sao permanecer dormentes, podem dar origern a uma ramifica9ao la
visiveis cerca de 10 dias apos a semeadura; tres semenas apos teral e/ou a um broto floral.
a emergencia os nodulos estao aptos a cumprirem sua finalida- 0 caule acima do hipocotilo e originado do epicotilo
de: proporcionar a planta o nitrogenio necessario ao ou dos primordios axilares do no cotiledonar ou de outro/s
seu
crescimento e desenvolvimento. no/s, OS quais as vezes, se desenvolvem em ramifica9oes late
A extensao do sistema radic11lar varia consideravelmen- rais.
te com as condi9oes ecologicas a que a planta estiver sujeita. A altura da planta (comprimento do caule) e fun9ao dos
A raiz principal pode atingir a 2 metros de profundidade e as seguintes fatores:
ralzes laterais ate 2,5 metros de distancia em plantas isola a. ciclo da variedade (coma regra, as precoces sao,
das, sob condi9oes adequadas de solo e de clima. Em condi9oes mais baixas do que as tardias);
de lavoura, na maioria dos casos, a quase totalidade das rai
b. epoca de semeadura (em geral, semeadura do cedo e
zes localiza-se nos primeiros 30 cm de solo ea sua maioria
da epoca normal determinam maior altura da plan
concentra-se nos primeiros 10 a 15 cm de solo, onde, tambem,
ta);
esta o seu maior crescimento.
Em solos bem arejados ou com aera9ao normal, as ralzes c. espa9amento e densidade de semeadura (maior espa-

apresentam-se com sua caracteristica tlpica: longas e em 9amento e menor densidade correspondem a plantas
mais baixas);
grande numero. Quando ha falta de arejamento, ou seja, aera-

'
9ao inadequada do solo, as ralzes mostram-se curtas e gros- d. habito de crescimento (determinado corresponde a
sas. menor altura e menor ou nenhum, em contraposi9ao
ao indetermin do);
4. CAULE OU HPSTE
e. latitude (deterroina o fotoperlodo, que determina
P haste da soja origina-se do eixo hipocotilo-radicula. a epoca de florescimento ea altura da variedade
P principal parte desse eixo e o hipocotilo, em cuja extremi de habito determinado, principalmente);
dade superior estao o epicotilo (constituldo de duas folhas
f. fertilidade do solo (solos mais fe{teis, maior
primarias) , 0 primordio da primeira folha trifoliolada e 0
altura);
apice do caule (meristema de crescimento).
g. umidade do solo durante o ciclo (quanta melhor
P_o iniciar a germina ao 1 0 hipocotilo alonga-se rapi
distribuida e abundante, maior altura);
damente; durante o crescimento da plantula forma a parte in-
6 7

h. temperatura do ar durante o ciclo (coadjuvante do mo regra, chegada a epoca do florescimento, no ponto terminal
fotoperiodo na indu9ao do florescimento). da haste, desenvolve-se denso grupc de flores (inumeros raci
mos), das quais formam-se agrupamentos compactos de vagens. A
O habito de crescimento dos caules da soja pode ser
determinado ou indeterminado. o habito determinado confere as
fascia9ao nao ocorre na penumbra.
plantas as seguintes caracterlsticas:

a. crescimento minimo apos o florescimento;


f 5. FOLHA

b. o florescimento inicia do oitavo ao decimo no e As folhas da scja sao de quatru tipos diferentes:

continua para cima e para baixo, rapidamente; a. cotiledonares;


c. o racimo terminal e longo, com grande numero de b. simples OU unifolioladas (primarias);
flores; c. trifolioladas ou compostas (as demais)
d. perlodo prolongado de florescimento porque este d. profilos ou bracteas
progride lentamente da base para o apice de cada
As primeiras ja foram descritas em 2. Semente.
racimo;
As simples (primarias) sao de forma oval e tern pecio
e. rlistribui9ao mais ou menos uniforme das vagens ao
los curtos (1 a 2 cm). Localizam-se no primeiro no acima dos
longo da haste principal e dos ramos laterais.
cotiledones, sao opostas uma a outra e possuem um par de es
O habito indeterminado confere as plantas as seguintes tipulas na base, ou seja, no ponto de fixaqao ao caule.
caracteristicas: As trifolioladas arrajam-se alternadamente sobre a
haste, de maneira distica. Os seus foliolos teM forma varia
a. apos iniciar o florescimento, a planta aumenta 2
a 4 vezes seu tamanho; vel, de acordo com a cultivar: lanceolada, ovoide, oval, rom-

b. o florescimento inicia no quarto ou quinto no e boi e, romboide-lanceolada, oval-lanceolada, etc. lgumas


continua para cima; cultivar s qpresentam folhas com quatro ou cinco e outras com
c. muitas folhas novas aparecem apos o sete foli••lcs. As dimens6es dos foliolos variam com a culti
surgimento
das primeiras flores; var e com a posi9ao da folha na planta, desde 4 a 20 cm de

d. aparecem vagens proximu a base da planta antes que comprimento e de 3 a 10 cm de largura.


apare9a a ultima flor no apice cta planta; Os profilos estao presentes em pares na base de cada

'
e. o numero de vagens diminui de baixo para cima, ao ramo lateral; raramente atingem mais de 1 mm de comprimento.
longo da haste principal e dos ramos aterais. Acor dos follolos varia do verde claro ao verde escu

Quanto a forma, o caule da soja pode ser normal ou fas· ro.

ciado. Este deriva de divisao do ponto de crescimento, segui


6. INrLORESC£NCIA E FLOR
da de anastomose das hastes assim formadas, o que ocorre apos
o aparecimento ctas primeiras folhas trifolioladas. Como con Em continua9a6 ao periodo vegetativo, a planta inicia
sequencia, observa-se, frequentemente, durante o crescimento o periodo reprodutivo, isto e, dos brotos axilares nascem ra
dessas plantas, o surgimento de duas a tres folhas porno.co- cimos com nurnero variavel (2 a 35) de flores em cada um.
8 9

vares ou em condi9oes ambientais distintas, o


A flore tlpica da famllia das Legurninosas Papiliona compriment ma-
ceas. Apresenta calice tubular, persistente, de 5 lobos desi
guais. A corola e composta de 5 petalas, urna das quais, a
maior, chama-se estandarte, as duas laterais sao chamadas a
sas e as duas anteriores sao denominadas quilhas ou carena
(nao fundidas). 0 androceu tern 10 estames e o gineceu e for
mado de pistilo unico, com urn a quatro ovulos no ovario
(urn a yuatro graos por vagem).
Varios pesquisadores registram que a soja produz mui
to mais ilores do que as que podem dar origem a vagens. Para
diversas variedades, contagens de 20 a 80% de aborto ou de
queda de flores tern sido relatadas. A maioria das variedades
que tern muitas flores porno tern maior percentagem de aborto
do que as que tern poucas flores porno. O aborto pode ocorrer
em qualquer estadio de desenvolvimento, desde o inicio de
forma9ao do broto ate o estadio cotiledonar. A epoca mais
frequente da queda de flores ou de vagens e de 1 a 7 dias a
peso florescimento. Em geral, sao as primeiras e as ultimas
flores que tendem a abortar, a maioria das vezes.
Tambem ocorre o aborto de ovulos individuais ou de to
dos os ovulos de urn ovario. Bm geral, o ovulo basal (o
ulti mo a ser fertilizado) e o ovulo terminal (competi9ao por
umi dade com a haste da inflorescencia) sao os que mais
abortam.
A epoca e o periodo de florescimento variam com a va
riedade e com as condi9oes ambientais. De urna maneira
geral, o periodo varia de 3 a 6 semanas (como regra, 3 a 4
semanas). Acorda flor pode ser branca ou tonalidade de
violeta

7. FRUTO

O fruto da soja ea vagem ou legume, tipico da familia


das Legurninosas Papilionaceas. Consiste de duas metades do •
carpelo unico, conectadas pelas suturas dorsal e ventral. Em
bora possam ocorrer pequenas varia9oes em determinadas culti
ximo da vagem e atingido 20 a 25 dias apos o floresc mento; a maxima
largura acontece cerca de 30 dias apos o floresciment A semente
passa entao a perder urnidade e muda de reniforme pa ra a forma
ovalada ou esferica, tipica da semente madura.
O numero de vagens por racimo varia com a cultivar e com
sua posi9ao na planta, de 2 a 20 ou mais; urna planta pode ter ate
400 vagens.
numero de graos por vagem varia de 1 a 4, mas,
0 em geral,
encontram-se vagens com 2 OU 3 graos.
0 tamanho e a forma da vagem variarn de acordo com 0

tamanho e forma dos graos.


As vagens aparecem de 10 a 15 dias apos 0 inlcio do
florescimento e ao fim de mais ou menos tres semar.as a fruti
fica9ao esta encerrada.
Acorda vagem pode ser:

a. preta;
b. tonalidades da cor marrom; e
c. tonaiidades da cor amarela.

A·cor e fun9ao da presen9a de caroteno, de xantofila, de


antocianina e da cor dos pelos que cobrem a vagem.

8. GRAO

A forma9ao do grao da soja, cuja estrutura ja foi des- crita,


ocorre a partir da dupla fertiliza9ao caracteristica da especie. O
embriao cresce e, apos 6 a 7 dias, tern inlcio a forma9ao dos
cotiledones.
o periodo de enchimento dos graos e o mais critico dos
periodos do ciclo da soja. Qualquer fator que interfira com o
desenvolvimento da planta nesse estadio, pode causar aprecia vel
redu9ao do rendimento.
o numero maximo e o tamanho das sementes de uma planta
e determinado por sua constitui9ao genetica, mas o numero re ale o
tamanho das sementes produzidas sao determinados,prin cipalmente,
pelas condi oes ambientais do periodo ae enchimerr
10 11

to dos graos.
9. PUBESC CIA
0 grao de soja recem iormado tern 90% de agua. Desde
cedo, porem, o conteudo de umidade diminui mais ou menos ra Hastes, folhas, peciolos, sepalas e vagens da quase
pidamente. A primeira redu9ao leva a umidade para 6S% a 70%, totalidade das cultivares de soja sao cobertas de tricomas ou
rapidamente. Segue-se diminui9ao lenta ate 60% a 65% de umi pelos (pubescenciai. Ha consideravel variabilidade, segundo a
dade, ao mesmo tempo que a semente acumula materia seca.Quan cultivar, na cor, tamanho, densidade e forma dos tricomas.
do esta termina a umidade cai para 10 a 15% em 7 a 14 dias. As cores da pubescencia sao o cinza ou tonalidades dis
A forma dos graos e variavel; pode-se reconhecer, tintas de marrom; os pelos podem ser eretos ou decumbentes; a
de maneira geral, as seguintes: pubeticencia pode ser esparsa, ou normal, ou densa, ou crespa
(caduca).
a. aproximadamente esferica;
b. oval«da;
c. achatada. LITERATURA CONSULTADA
Quanto a cor ao tegumento, pode ser:
BERNARD, R.L. The inheritance of pod color in Soybeans. J.
a. amarela (tonalidades); Heredity, 58: 165-168. 1967.
b. verde (tonalidades);
BERNARD, R.L. & SINGH, B.B.'- Inheritance of pubescence type in
c. marron (tonalidades);
soybeans: glabrous, curly, dense, sparse and puberulent.
d. preta.
Crop Sci., 9: 192-197. 1969.
Nos bicoloridos, destacamos as combina9oes de cores:
BERNARD, R.L. Two genes affecting stem termination in
a. amarela e marron; soybeans. Crop Sci., 12: 23S-239. 1972.
b. amarela e preta;
BHATT, G.M. & TORRIE, J.h. Inheritance of pigment color in
c. marron e preta;
the soybean. crop Sci., 8: 617-619. 1968.
d. amarela e purpura;
e. amarela e fuliginosa (acinzentada). BORTHWICK, L.A. & PARKER, W.M. Influence of photoperiods
upon the difterentiation of meristems and the blossoming of
O hilo dos graos pode apresentar-se:
Biloxi soybeans. Bot. Gaz., 22.= 825-839. 1938.
a. amarelo ou verde (chamado incolor);
CARLSON, J.B. Morphology. In: CALDWELL, B.E., ed. Soybeans;
b. tonalidades de marron;
improvement, production, and uses. Madison, Jl.merican
c. preto;
Society of Agronomy, 1973. p. 17-95. (Agronomy, 16).
d. bicolorido.
DOMINGO, W.E. Inheritance of number of seeds per pod and
Os cotiledones, por sua vez, podem ser:
leaflet shape in the soybean. J. Agr. Res., lQ: 251-268.
a. verdes; 1945.
b. amarelos;
ESAU, K. Plant anatomy. 2nd ed. John Wiley & Sons, Inc. New
c. amarelo claros.
York. 767 p. 1965.
12 13

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