Engenharia de Segurança Contra Incêndio
Engenharia de Segurança Contra Incêndio
Engenharia de Segurança Contra Incêndio
Compreensão dos projetos de engenharia de segurança contra incêndio, tendo em vista a correlação
entre SESMT e CIPA, com a interpretação das normas regulamentadoras aplicadas no combate a
incêndio – NR 6, NR 23, NR 26, e a relação à manutenção dos sistemas e equipamentos de segurança
contra incêndio.
PROPÓSITO
A engenharia de segurança contra incêndio é essencial para que os profissionais entendam as
concepções e esquematizações dos projetos de segurança contra incêndio, interpretem corretamente as
normas regulamentadoras aplicadas no processo, relacionem CIPA e SESMT no combate a incêndio e
possam descrever as técnicas de procedimentos de manutenção dos sistemas e os equipamentos de
segurança contra incêndio.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
MÓDULO 3
MÓDULO 4
INTRODUÇÃO
DESVENDANDO OS FUNDAMENTOS DA
ENGENHARIA DE COMBATE A INCÊNDIO
Em nosso material, unidades de medida e números são escritos juntos (ex.: 25km) por questões de
tecnologia e didáticas. No entanto, o Inmetro estabelece que deve existir um espaço entre o número e a
unidade (ex.: 25 km). Logo, os relatórios técnicos e demais materiais escritos por você devem seguir o
padrão internacional de separação dos números e das unidades.
MÓDULO 1
Descrever o projeto de engenharia de segurança contra incêndio
LIGANDO OS PONTOS
Você sabe o que é RQP?
Para entendermos os conceitos envolvidos, tomando por base uma situação prática, vamos analisar o
case da empresa: Hm serviços imobiliários.
A empresa Hm serviços imobiliários está passando por um processo de modernização de seu projeto de
incêndio, realizando a sua revisão qualitativa do projeto (RQP), junto com a sua análise quantitativa
(AQ). Essas duas ferramentas são utilizadas para modernização e concepção do projeto.
A análise realizada pelo engenheiro de segurança para melhoria do projeto de incêndio da empresa Hm
serviços imobiliários teve foco na investigação nas fases de incêndio na visão de projeto de combate,
que são: fase incipiente, fase de crescimento, fase de incêndio plenamente desenvolvido, fase de
decaimento, extinção. O técnico responsável pelo levantamento também analisou e constatou os
critérios de aceitação dos projetos de incêndio que são: comparativo, determinístico e probabilístico.
Ocorre que em determinado dia, a equipe de revisão qualitativa de projeto – composta por engenheiro
de segurança contra incêndio (coordenador),arquiteto, engenheiro de utilidades, engenheiro estrutural,
gerenciador do empreendimento, representante do órgão aprovador (corpo de bombeiros) e
representante da seguradora – detectou um problema do projeto na fase de sua revisão arquitetônica,
em que as unidades extintoras (para incêndios classe C - motores, transformadores, quadros de
distribuição) estavam locadas nas áreas obstruídas por um pilar e uma saída de emergência estava
locada dentro de pilar, ou seja, não tinha sido feita a compatibilização de projeto.
Foto: Shutterstock.com
Foram fornecidos os seguintes dados sobre a edificação, seus ocupantes e usos à equipe de RQP:
Sistemas de ventilação.
Como a revisão qualitativa de projeto de incêndio faz toda a diferença na situação de incêndio e pânico,
a equipe identificou a anomalia logo na fase de concepção do projeto, evitando perdas materiais
(financeira) e humanas (colaboradores).
Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?
B) Análise quantitativa.
D) Métodos preventivos.
E) Compartimentação de soluções.
D) Controle de perdas.
E) Impactos ambientais.
GABARITO
1. Conforme o estudo de caso, a equipe de segurança do trabalho precisou realizar uma revisão
do projeto de incêndio. Esta equipe possui um corpo técnico que pode contar com: um
engenheiro de segurança contra incêndio (coordenador), um arquiteto, um engenheiro de
utilidades, um engenheiro estrutural e um gestor do empreendimento. Diante a isto, que tipo de
revisão deverá ser executada pela equipe?
Segundo a Norma Britânica BS 7974:20011, a alternativa correta é A, pois está em conformidade com a
conceituação da norma, no que diz respeito ao corpo técnico responsável pelas revisões qualitativas “1.
Engenheiro de segurança contra incêndio (coordenador). 2. Arquiteto. 3. Engenheiro de utilidades. 4.
Engenheiro estrutural. 5. Gerenciador do empreendimento. 6. Representante do órgão aprovador (corpo
de bombeiros). 7. Representante da seguradora”.
Segundo a Norma Britânica BS 7974:20011, a alternativa correta é a A, pois está em conformidade com
a conceituação da norma “As informações sobre a edificação, seus ocupantes e usos, deve ser
fornecida à equipe de RQP, são elas: 1. Estrutura da edificação e layout. 2. Usos e conteúdo da
edificação. 3. Acesso dos profissionais de combate ao incêndio na edificação. 4. Ocupantes. 5. Sistemas
de ventilação. 6. Necessidades do proprietário”.
RESPOSTA
Na tomada de decisão, o profissional projetista de combate a incêndio deve observar que a relação está
entre as conformidades. Após vistos os critérios, o projeto está concluído, obedecendo à análise quantitativa
como sendo um comparador aos critérios de aceitação identificados no RQP, para testar a aceitabilidade das
propostas.
RELAÇÃO ENTRE RQP E AQ
Imagem: Shutterstock.com
Neste módulo, abordaremos a engenharia de segurança contra incêndio como um novo campo de
competência, tecnológica e multidisciplinar, de que se tem falado nos últimos dez anos. Vamos mostrar
que a literatura sobre combate a incêndio sofreu poucas variações na descrição do assunto.
Uma definição aceita de engenharia de segurança contra incêndio é dada pela Norma Britânica BS
7974:20011, cujo conceito é o seguinte:
As medidas de combate a incêndio estão presentes de forma constante nas edificações. Elas têm sido
historicamente especificadas, de forma completa e com abrangência mundial, utilizando-se códigos e
normas de aplicação e combate. Esses códigos ajudam na parte de projeto, tornando o produto final do
engenheiro projetista uma concepção e execução elogiável, levando sempre em consideração o custo-
benefício.
Nesse sentido, tanto no Brasil quanto em grande parte do mundo tem-se um sistema chamado de tempo
requerido de resistência ao fogo (TRRF). Tal sistema representa o menor tempo de resistência ao fogo
de um elemento construtivo, e serve como parâmetro para ajustar as tomadas de decisões, levando em
consideração a classificação e altura da construção.
Esse ramo da engenharia vem se tornado cada vez mais fundamental para o desenvolvimento
econômico e a redução de perdas humanas nos setores industrial e comercial. Entretanto, ainda há uma
grande barreira cultural a ser quebrada, pois muitas técnicas antigas e já consideradas ultrapassadas
ainda são utilizadas para prevenção contra incêndio.
No quadro a seguir, há a realização de uma comparação entre a visão da engenharia contra incêndio e a
visão de técnicas, que comumente são aplicadas por meio de conhecimento chamado senso comum:
Elaborado por Seito et al. (2008, p. 412) e adaptado por Hermerson Martins de Lima
O PROJETO DE ENGENHARIA DE SEGURANÇA
CONTRA INCÊNDIO
Imagem: Shutterstock.com
Segundo a Norma Britânica BS 7974:20011, a engenharia de combate a incêndio, possui três estágios
de aplicação:
Tem por base um escopo e objetivos a serem alcançados, sendo claramente definidos. Os critérios de
desempenho são estabelecidos de acordo com as padronizações normativas e uma ou mais soluções
potenciais de projeto são propostas.
ANÁLISE QUANTITATIVA (AQ)
Tem por visão métodos de ciência e engenharia utilizados para avaliar as soluções potenciais
identificadas na RQP.
ATENDIMENTO AOS CRITÉRIOS PREVIAMENTE
ESTABELECIDOS
Após vistos os critérios, o projeto está concluído, obedecendo à análise quantitativa como sendo um
comparador aos critérios de aceitação identificados no RQP, para testar a aceitabilidade das propostas.
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Arquiteto.
Engenheiro de utilidades.
Engenheiro estrutural.
Gerenciador do empreendimento.
Representante da seguradora.
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A RQP é uma técnica que permite à equipe pensar sobre por que o fogo pode ter tido sua fase inicial e
instaurar certas estratégias para conservar o perigo em um nível admissível. A RQP pode, então, ser
avaliada quantitativamente, comparando-se junto aos objetivos e critérios estabelecidos pela equipe
técnica.
De forma satisfatória, a RQP tem obrigação de acontecer e ser levada a cabo já nos estágios iniciais de
esboço, de maneira que alguma modificação essencial possa ser incorporada no projeto da construção,
antes que o projeto executivo seja posto na fase de desenvolvido. O projeto passa de um grande
parecer “abstrato” para um grande nível de detalhamento.
FASES DA RQP
O engenheiro deve observar, de forma aceitável e eficaz, a concepção do projeto arquitetônico tendo a
visão de que é o projeto principal para formação dos projetos complementares das plantas industriais.
Com isso, tem a obrigação de reexaminá-lo nos primeiros estágios do crescimento conceitual, de modo
a assegurar que as medidas de segurança contra incêndio sejam desenvolvidas de forma harmônica.
A equipe técnica das revisões deve preparar um memorial com as informações sobre a edificação, seus
ocupantes, conforme a seguir:
Ocupantes.
Sistemas de ventilação.
Necessidades do proprietário.
Veja na tabela a seguir as áreas de revisão e os itens a serem considerados durante a revisão do projeto
arquitetônico.
Quantidade de pavimentos
Áreas da pavimentos
Finalidade da construção
Número e distribuição
Líder de equipe
A definição dos objetivos do projeto de combate a incêndio deve acontecer nos primeiros estágios da
concepção. A proteção e o resguardo da vida está no topo de lista, como também evitar danos
econômicos para as empresas, pois um incêndio causa impactos financeiros muitas vezes irreversíveis.
Desse modo, o engenheiro deve ter em suas pautas os seguintes objetivos:
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SEGURANÇA DA VIDA
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IMPACTO AMBIENTAL
Fontes de ignição.
Conteúdo combustível.
Materiais de construção.
Nessa etapa, o engenheiro de segurança, juntamente com sua equipe técnica, faz a modelagem do
projeto criando situação de falhas dos sistemas. Tal procedimento gera o aperfeiçoamento tanto das
pessoas quanto do sistema de segurança aplicado.
Para compreender um pouco melhor essa etapa, vamos considerar oito situações em que a edificação
está enfrentando um incêndio, e há uma falha de algum elemento de proteção corta-fogo:
Essa falha é grave, pois as portas corta-fogo possuem resistência para aguentar a alta
temperatura. Servem como isolantes térmicos, para impedir que a temperatura do outro lado da
porta não aumente muito. Têm como principal função, reduzir o fluxo de oxigênio para dentro do
ambiente em chamas, de modo a fazer ele se autoconsumir —sem oxigênio, sem fogo.
Falha que ocorre quando a edificação é construída com materiais que são altamente inflamáveis,
e eles se encontram próximos a locais cujo potencial de labaredas de fogo é alto, como cozinhas,
quadros de luz etc.
É um erro grave, pois os tanques que armazenam combustíveis, no interior de edifícios, por
exemplo, segundo a NR 16, devem estar enterrados. Então, se houver material acima do limite de
capacidade do tanque, haverá material erroneamente armazenado, que será um grande potencial
para inflamabilidade e explosão.
Aqui há um erro de não haver a previsão de nobreaks, nem de grupo motogeradores, para
garantir o funcionamento dos exaustores elétricos em caso de incêndio.
Os chuveiros automáticos devem estar em constante manutenção para poderem captar o sinal de
fumaça/calor e serem acionados para agirem contra o fogo.
Os sistemas de detecção devem sempre estar em constante manutenção, para que os alarmes
sejam soados na presença de um incêndio.
As saídas devem estar sempre liberadas, portanto a existência de algo que possa gerar fogo
próximo às saídas é um grande erro, pois colocará toda a população do prédio em risco de morte.
Vamos conhecer e avaliar os critérios e metodologias adotados atualmente para segurança contra
incêndio. Tais critérios e metodologias possuem três vertentes importantes:
COMPARATIVO
Mostra, para o engenheiro, o demonstrativo da equivalência, com códigos prescritivos estabelecidos,
utilizando métodos determinísticos ou probabilísticos.
DETERMINÍSTICO
Demonstra que, no caso de um incêndio, não ocorrerá situação de morte, pois os critérios e métodos
adotado, se cumpridos, salvam vidas.
PROBABILÍSTICO
Mostra as aplicações da estatística em combate a incêndio, pois estabelece que a frequência de um
evento não desejado seja aceitavelmente pequena.
ATENÇÃO
O tipo de critério de aceitação adotado está intimamente ligado ao método de análise, e o engenheiro de
segurança contra incêndio deve identificar o método de análise mais apropriado em sua tomada de
decisão.
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CRIAÇÃO DE UM INCÊNDIO
O engenheiro deve prever como as situações de incêndio acidental podem ser criadas no interior da
edificação, como: curto-circuito, labaredas em tecidos etc.
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LOCALIZAÇÃO DO INCÊNDIO
O engenheiro deve sempre adotar uma metodologia para conseguir localizar o incêndio da forma mais
rápida possível.
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Conhecer as características das pessoas que ocupam a edificação, suas localizações e suas rotas de
fuga em caso de incêndio.
AS ETAPAS DO PROJETO DE INCÊNDIO
Grande parte dos incêndios em variados seguimentos pode ser caracterizada pelas seguintes fases ou
etapas:
ETAPA INCIPIENTE
Esse processo possui uma fase inicial, com crescimento lento, tendo por característica uma combustão
lenta.
ETAPA DE CRESCIMENTO
Possui como característica velocidade não variável em incêndios por ventilação ou combustíveis.
ETAPA DE DECAIMENTO
ETAPA DE EXTINÇÃO
A maioria dos incêndios que não envolve líquido ou gases terá um começo moderadamente demorado.
O crescimento do volume do incêndio gera aumento na propagação, e isso depende de muitos fatores,
como:
Ponto de ignição
Processo de Ventilação
Superfície exposta
Em acréscimo aos parâmetros de projeto relativos aos meios de desocupação, como rotas de fuga e
saída de emergência, alguns fatores podem atuar e alterar a resposta das pessoas em uma situação de
emergência de incêndio, como:
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O profissional deve entender que, após à análise qualitativa, uma análise quantitativa pode ser feita para
conferir a adesão e eficácia da modelagem de projetos desenvolvidos pela RQP.
Nesse contexto, aparecem os sistemas auxiliares de combate a incêndio divididos por setores. Vejamos
alguns:
SISTEMA AUXILIAR 01: PROCESSO DE INICIAÇÃO E
DESENVOLVIMENTO
Relata dados sobre os fatores que provocam a ignição.
Mostra os efeitos e danos causados pelo calor, fumaça e gases tóxicos, nos ocupantes da
edificação.
Mostra a presença das saídas de emergências e seus dimensionamentos.
A NBR 9077/2001 – Saídas de Emergência em Edifícios – define como deve ser calculada a largura das
saídas de emergência, isto é, dos acessos, escadas, descarga e outros. Na fórmula para encontrar o
número de unidades de passagem para as saídas, divide-se a população pela capacidade da unidade
de passagem.
Traz também uma análise com enfoque nos sistemas de proteção instalados.
Traz o nível de risco. Mostra a aplicabilidade da estatística como na frequência dos incêndios como
também na Probabilidade de falhas dos sistemas de proteção a incêndio.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) NBR 5410
B) NR 23
C) NBR 10898
D) NBR 14100
E) BS 7974:20011
B) Análise quantitativa.
D) Métodos preventivos.
E) Compartimentação de soluções.
GABARITO
2. Com relação ao assunto abordado neste módulo, o conceito “métodos de ciência e engenharia
são utilizados para avaliar as soluções potenciais identificadas na RQP” está relacionado a qual
método?
Segundo a BS 7974:20011, a alternativa correta é Análise quantitativa, pois está em conformidade com
a conceituação da norma que informa que os métodos de ciência e engenharia são utilizados para
avaliar as soluções potenciais identificadas na RQP.
MÓDULO 2
Relacionar CIPA e SESMT no combate a incêndio
LIGANDO OS PONTOS
Você sabe o que são os SESMT? Conseguiria identificar as ações da CIPA?
Para entendermos os conceitos envolvidos, tomando por base uma situação prática, vamos analisar o
case da empresa: Hm serviços imobiliários.
Em determinado dia, o escritório da Hm serviços imobiliários, passou por uma fiscalização realizada pela
secretaria do trabalho e emprego, e os fiscais constataram as seguintes características na empresa:
Local bem-sinalizado.
Locais desobstruídos.
Foto: Shutterstock.com
Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?
1. A PREVENÇÃO A INCÊNDIOS POSSUI DIVERSAS FUNÇÕES, EM ESPECIAL
PROTEGER A VIDA, SEJA HUMANA, SEJA NÃO HUMANA. ALÉM DISSO, O
INCÊNDIO PODE TAMBÉM CAUSAR IMPACTOS AMBIENTAIS. CONSIDERANDO,
PELOS OLHOS DOS SESMT E DA CIPA, AS MEDIDAS DE PREVENÇÃO CONTRA
INCÊNDIOS, ASSINALE A OPÇÃO QUE APRESENTA UMA EXIGÊNCIA DE
AMBOS OS ÓRGÃOS (SESMT E CIPA) NO PROJETO DA EDIFICAÇÃO, PARA
COMBATE A INCÊNDIO:
C) Relatório de curso de treinamento contra incêndio ministrado pelo CIPA, como estabelecido pela
Norma Regulamentadora NR 5.
E) Relatório de cursos de treinamento contra incêndio e primeiros socorros para vítimas de incêndio
ministrados pelos SESMT e CIPA.
A) Identificar que cabe à CIPA coordenar a participação dos trabalhadores subcontratados, que atuam
no estabelecimento, nas discussões promovidas pelo empregador, para avaliar os impactos de
alterações no ambiente e processo de trabalho, relacionados à segurança e saúde dos trabalhadores.
B) Identificar que a CIPA tem atribuição de participar, em conjunto com os SESMT, onde houver, ou com
o empregador, da análise das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução
dos problemas identificados.
C) Escolher os membros da CIPA, pois a eles cabem a paralisação de máquina ou setor que considere,
por motivos razoáveis, haver risco grave e iminente à segurança e saúde dos trabalhadores que atuam
no estabelecimento.
D) Perceber que a CIPA deve identificar os riscos do processo de trabalho e elaborar o mapa de riscos
com a participação do maior número de empregados do estabelecimento, afixando-o em local de grande
circulação após obter a aprovação dos SESMT, onde houver.
E) Observar que cabe à CIPA requerer aos SESMT, onde houver, ou ao empregador, as informações
necessárias à investigação e análise das causas das doenças e acidentes de trabalho, propondo
medidas para solucionar os problemas identificados.
GABARITO
1. A prevenção a incêndios possui diversas funções, em especial proteger a vida, seja humana,
seja não humana. Além disso, o incêndio pode também causar impactos ambientais.
Considerando, pelos olhos dos SESMT e da CIPA, as medidas de prevenção contra incêndios,
assinale a opção que apresenta uma exigência de ambos os órgãos (SESMT e CIPA) no projeto
da edificação, para combate a incêndio:
A tomada de decisão do engenheiro está assegurada, segundo a Norma regulamentadora 5 (NR5), pois
apresenta conformidade com o subitem 5.16 - a) identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar
o mapa de riscos.
RESPOSTA
A equipe de SESMT deverá ser composta por um engenheiro de segurança do trabalho, um médico do
trabalho, enfermeiro do trabalho, auxiliar de enfermagem do trabalho, técnico de segurança do trabalho,
todos empregados da empresa.
Foto: Shutterstock.com
É fundamental compreender que as NRs estão relacionadas diretamente à Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT), logo, estão acima de qualquer outra legislação estadual ou municipal, por se tratar de
determinação federal e, por força da hierarquia das leis, será soberana.
Os Códigos de Incêndio e Pânico são divergentes de um estado para outro, o que causa uma grande
dificuldade de implementação de procedimentos unificados em território brasileiro.
Entretanto, a Portaria 3.214 de 08 de junho de 1978, estabeleceu a obrigatoriedade por parte das
empresas públicas e privadas de garantirem um ambiente seguro tanto para os trabalhadores quanto
para os que possam a vir utilizar as diversas dependências de uma empresa. Por isso, por estarmos
tratando de uma legislação nacional, sua aplicabilidade é exatamente a mesma em todo o Brasil, não
cabendo qualquer tipo de conflito quanto às suas determinações.
Entendemos ser um grande avanço, pois o legislador garantiu que as instituições públicas, como o
próprio corpo de bombeiros de cada estado, ficassem adequadas às Normas Regulamentadoras, fato
que vem trazendo melhor entendimento no campo da prevenção e combate a incêndios e explosões.
Foto: Shutterstock.com
É muito comum um empregador, após uma fiscalização por parte do Ministério do Trabalho, por
exemplo, ficar surpreso por desconhecer a importância e a obrigatoriedade da implementação das
Normas Regulamentadoras. Muitos afirmam que nunca ouviram falar das chamadas NRs, ou ainda,
outros questionam tantas Normas Regulamentadoras, pois seu segmento econômico não é de
segurança e sim de calçados, farmacêutica, óleo e gás, construção civil etc.
ATENÇÃO
Todo e qualquer seguimento econômico deverá cumprir e fazer cumprir as diversas Normas
Regulamentadoras.
Observe que um simples escritório de contabilidade, com seu excesso de arquivos e papéis, plásticos e
demais insumos, necessita de estar bem sinalizado, com os extintores de incêndio localizados conforme
determinações técnicas, rotas de fugas bem definidas, locais desobstruídos etc.
SAIBA MAIS
O principal objetivo das Normas Regulamentadoras está em garantir que o empregador não receba
multas ou autuações que venham a colocar em risco seu empreendimento.
NR 4
A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência dessa NR, é o
artigo 162 da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Essa observação é fundamental para que todos
tenhamos a certeza de que se trata de uma legislação federal, logo, de aplicabilidade em todo o território
nacional.
A implantação dos SESMT depende da gradação do risco da atividade principal da empresa, conforme
os dados da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) e do número total de
empregados do estabelecimento. Dependendo desses elementos, os SESMT deverão ser compostos
por um engenheiro de segurança do trabalho, um médico do trabalho, enfermeiro do trabalho, auxiliar de
enfermagem do trabalho, técnico de segurança do trabalho, todos empregados da empresa.
EXEMPLO
Uma empresa de pequeno porte de Grau de Risco 01 e com 15 funcionários, poderá estar desobrigada
de contratar em regime de CLT esses profissionais, mas não estará isenta de manter os ambientes
seguros, assim, deverá contratar de forma terceirizada, ou por meio de consultoria, profissionais para
lhes darem suporte em segurança.
Foto: Shutterstock.com
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Os médicos do trabalho e os enfermeiros do trabalho também deverão ter pleno conhecimento dos
riscos de incêndios, participar dos treinamentos junto aos demais profissionais, atuar nos primeiros
socorros, em casos de trabalhadores que venham a sofrer qualquer tipo de lesão, e atuar sempre na
prevenção e no combate a incêndios.
Observe que estamos exemplificando medidas relacionadas à prevenção e ao combate a incêndios com
os profissionais especializados, mas é importante deixar registrado que são muitas outras ações e
procedimentos que esses profissionais desenvolvem nas empresas no campo da prevenção de
acidentes de forma geral.
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NR 5
A fundamentação legal, que dá embasamento jurídico, são os artigos 163 a 165 da Consolidação das
Leis Trabalhistas (CLT).
Os trabalhos desenvolvidos pela CIPA são da maior importância para a segurança dos trabalhadores,
logo, a CIPA tem como objetivo fundamental a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do
trabalho, de modo a tornar permanentemente o trabalho compatível com a preservação da vida e a
promoção da saúde do trabalhador, como também promover, anualmente, em conjunto com os SESMT,
onde houver, a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (SIPAT). A CIPA será composta
de representantes do empregador e representantes dos empregados.
Percebeu que o SESMT é formado por profissionais especializados, e a CIPA, por qualquer trabalhador
em uma empresa?
Somente um trabalho conjunto poderá garantir que as edificações e os ambientes de trabalho estejam
devidamente protegidos dos riscos de incêndio, logo, é fundamental o engajamento de todos os
envolvidos, sejam funcionários das empresas (incluindo gestores), fornecedores, clientes e todos os
demais.
Observem que ainda é muito comum as pessoas confundirem ou não compreenderem as funções da
CIPA e dos SESMT em uma empresa. As perguntas são as mais variadas:
São diversos questionamentos que necessitam ser respondidos para que, tanto a Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes quanto os Serviços Especializados em Segurança e Medicina do Trabalho,
possam, alinhados, contribuir para evitar que as sinistralidades decorrentes dos riscos de incêndio
ocorram ou que tenham grande magnitudes.
RELAÇÃO SESMT E CIPA
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Veja a tabela ilustrativa, a seguir, com as respectivas responsabilidades dos membros dos SESMT e da
CIPA, em relação à prevenção contra incêndios.
Observe que os membros da CIPA recebem as orientações dos profissionais de SESMT e colaboram
para que os ambientes estejam com todos os procedimentos preventivos.
Nessa relação entre os SESMT e a CIPA no combate a incêndios, um item é muito importante e merece
ser destacado: os profissionais dos SESMT ministram um treinamento, realizado no prazo máximo de 30
dias, a partir da data da posse, com carga horária de 20 horas para os membros da CIPA, indicados e
eleitos (titulares e suplentes).
aspectos legais
teoria do fogo
pontos e temperaturas
propagação do fogo
produtos da combustão
classificação dos incêndios
classes de incêndio
agentes extintores
NBR 12962
abandono de área
deveres e obrigações
primeiros socorros
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Observe que os membros da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes devem seguir atentamente a
todas as orientações dos profissionais especializados dos SESMT, para que, em uma ocorrência,
possam reduzir os riscos de perdas em geral.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) Cabe aos membros da CIPA a emissão das ordens de serviços para as atividades de prevenção e
combate a incêndios.
B) Os membros da CIPA são responsáveis por ministrar os treinamentos, de acordo com o estabelecido
na Norma Regulamentadora NR 5.
C) Os membros da CIPA deverão definir quais os equipamentos coletivos e individuais deverão ser
implementados nos ambientes para a proteção contra incêndios.
A) As Normas têm como objetivo principal garantir que o empregador receba multas ou autuações que
venham a colocar em risco seu empreendimento.
D) As Normas determinam que não cabe ao empregador cumprir e fazer cumprir os procedimentos de
segurança, exatamente como deve ocorrer com a prevenção e o combate a incêndios.
GABARITO
MÓDULO 3
Identificar as normas regulamentadoras aplicadas no combate a incêndio – NR 6, NR 23, NR
26
LIGANDO OS PONTOS
Você sabe quais são as classificações dos incêndios com base na NR 23? Vamos aprender juntos.
A alta administração da empresa Hm construções, com sede no interior de São Paulo, contratou um
engenheiro de segurança para treinar sua equipe em prevenção e combate a incêndios, segundo
Normas Regulamentadoras NR 23 e NBR 12693.
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Após os treinamentos, em uma sexta-feira após o almoço, o alarme soou; devido à prática adquirida em
combate a incêndio, a empresa toda estava ciente de como proceder, visto o aparecimento de um
princípio de incêndio do tipo A no almoxarifado, e do tipo C no escritório. A equipe de segurança em sua
tomada de decisão realizou as seguintes ações:
Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?
A) Água
B) Espuma
C) Acetato de potássio
D) Água pressurizada
E) Gás carbônico
A) Resfriamento / água.
E) Resfriamento / soda-ácido.
GABARITO
Apresenta conformidade com a Tabela 3 – Seleção do agente extintor, segundo a classificação do fogo
da NBR 12693. Os extintores mais adequados para a classificação C são gás carbônico, pó químico
seco e Halon.
Apresenta conformidade com a Tabela 1 – Classificação dos extintores segundo o agente extintor, o
princípio de extinção e o sistema de expulsão da NBR 12693.
RESPOSTA
O engenheiro deve elencar as seguintes prioridades em sua tomada de decisão: 1º - Projetos de proteção
coletiva (EPC); 2º - Medidas administrativas (ADM); 3º projeto de proteção individual (EPI). Seu planejamento
deverá prever que a primeira etapa será composta por: portas corta-fogo, sinalizações de emergência,
mangueiras e chuveiros automáticos; a segunda etapa será composta por: treinamentos e palestras; e a
terceira etapa será composta por: capacetes tipo Hércules e luvas.
TREINAMENTOS E APLICAÇÕES DA NR 23
CONCEITOS INICIAIS
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NR 1
Esta Norma trata das Disposições Gerais. Ela tem um campo de aplicação de todas as Normas
Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho, bem como os direitos e obrigações do
governo, dos empregadores e dos trabalhadores no tocante a esse tema específico.
SAIBA MAIS
A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência dessa NR, são
os artigos 154 a 159 da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Determina que as Normas
Regulamentadoras, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho, obrigatoriamente, deverão ser
cumpridas por todas as empresas privadas e públicas, desde que possuam empregados celetistas
(CLT).
Determina, também, que o Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho (DSST) é o órgão
competente para coordenar, orientar, controlar e supervisionar todas as atividades inerentes.
Trata-se de uma Norma Regulamentadora bem abrangente, e você deve estar se perguntando: mas
onde estão inseridas as questões de prevenção e combate a incêndios nessa NR?
Observe o seguinte: essa Norma orienta a implementação das demais Normas Regulamentadoras, além
de determinar que para toda e qualquer atividade de risco, as Ordens de Serviços (OS) devem ser
implementadas, com orientações de segurança, modelos de gestão e demais procedimentos
amplamente aplicáveis e determinantes no controle de incêndios e explosões.
NR 6
Norma que trata de equipamentos de proteção individuais (EPIs). Ela estabelece e define os tipos de
EPIs que as empresas estão obrigadas a fornecer a seus empregados, sempre que as condições de
trabalho exigirem, como nos procedimentos de combate a incêndio e pânico, a fim de resguardar a
saúde e a integridade física dos trabalhadores. A fundamentação legal, que dá embasamento jurídico,
são os artigos 166 e 167 da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).
Sempre que as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou não oferecerem completa
proteção contra os riscos de acidentes do trabalho e/ou de doenças profissionais e do trabalho.
Enquanto as medidas de proteção coletivas estiverem sendo implantadas.
Para atender às emergências:
Observe que no caso dos equipamentos de proteção individuais, eles se enquadram perfeitamente no
caso de combate a incêndios, por se enquadrarem exatamente como “emergências”.
PROJETOS COLETIVOS
MEDIDAS ADMINISTRATIVAS
RECURSOS INDIVIDUAIS
PROJETOS COLETIVOS
MEDIDAS ADMINISTRATIVAS
RECURSOS INDIVIDUAIS
Podemos citar os equipamentos individuais utilizados pelos brigadistas ou pelos profissionais treinados
para as primeiras ações, como o capacete Hércules, luvas de proteção a temperaturas, produtos
líquidos e abrasivos, capuz de segurança tipo balaclava, capa 7/8 de segurança com faixas refletivas
etc.
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NR 23
Sempre que falamos em Norma Regulamentadora de Combate a Incêndios, a primeira NR que nos vem
à lembrança, obviamente é a NR 23 – Proteção Contra Incêndios. Essa Norma estabelece as medidas
de proteção contra incêndios que devem dispor os locais de trabalho, sempre visando à prevenção da
saúde e da integridade física dos trabalhadores.
SAIBA MAIS
A fundamentação legal, jurídica, é o artigo 200, inciso IV, da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).
Todas as empresas devem possuir proteção contra incêndio; saídas para retirada de pessoal em serviço
e/ou público; pessoal treinado e equipamentos. As empresas devem observar as normas do corpo de
bombeiros sobre o assunto.
Além disso, a NR 23 ainda afirma que para que qualquer um possa utilizar um extintor para combater o
incêndio, a altura máxima dos extintores em relação ao piso não deve ultrapassar a uma distância
superior a 1,60m.
23.2. Os locais de trabalho deverão dispor de saídas, em número suficiente e dispostas de modo
que aqueles que se encontrem nesses locais possam abandoná-los com rapidez e segurança, em
caso de emergência.
23.3. As aberturas, saídas e vias de passagem devem ser claramente assinaladas por meio de
placas ou sinais luminosos, indicando a direção da saída.
23.4. Nenhuma saída de emergência deverá ser fechada à chave ou presa durante a jornada de
trabalho.
23.5. As saídas de emergência podem ser equipadas com dispositivos de travamento que
permitam fácil abertura do interior do estabelecimento.
23.9.1 Será adotada, para efeito de facilidade na aplicação das presentes disposições, a seguinte
classificação de fogo:
Classe A – são materiais de fácil combustão com a propriedade de queimarem em sua superfície
e profundidade, e que deixam resíduos, como: tecidos, madeira, papel, fibra etc.;
Classe B – são considerados inflamáveis os produtos que queimem somente em sua superfície,
não deixando resíduos, como óleo, graxas, vernizes, tintas, gasolina etc.;
Na NR 23, a seção que trata sobre localização e sinalização dos extintores defende que uma larga área
do piso abaixo do extintor deverá ser pintada de vermelho, e não poderá ser obstruída por forma
nenhuma. Essa área deverá ser no mínimo de 1,00m x 1,00m (um metro x um metro).
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A norma técnica NBR 12693 – Sistemas de proteção por extintores de incêndio – possui um quadro que
mostra a classe de fogo, os tipos de agentes extintores e as aplicabilidades do extintor na classe correta
do fogo, facilitando as consultas do profissional. Veja a seguir.
Agente extintor
Classe de
Espuma Espuma Gás Carbônico Pó Hidrocarbonetos
fogo Água Pó B/C
química mecânica (CO2) A/B/C halogenados
Legenda: (A) adequado à classe de fogo; (P) proibido à classe de fogo; (NR) Não recomendado à classe
de fogo.
Observe a importância das orientações técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas quanto
aos diversos aspectos preventivos. No caso da NBR 12693, as orientações quanto aos extintores de
incêndio são fundamentais para seu uso correto, manuseio, recarga e testes hidrostáticos.
ATENÇÃO
É muito comum verificarmos que em casos de necessidade de uso dos extintores, eles apresentem
defeitos e inconsistências, além de estarem colocados em locais indevidos, com obstáculos e de difícil
acesso, o que gera não conformidades e os fazem perder sua função, exatamente nos momentos mais
importantes.
NR 26
SAIBA MAIS
A fundamentação legal, que dá embasamento jurídico, é o artigo 200 inciso VIII, da CLT. Determina as
cores na segurança do trabalho como forma de prevenção, evitando a distração, confusão e fadiga do
trabalhador, bem como cuidados especiais quanto a produtos e locais perigosos.
É uma das mais importantes Normas Regulamentadoras, que contribui diretamente com as medidas
preventivas de combate a incêndios e explosões, apesar de não estar limitada a esse objetivo.
Observe nos exemplos a seguir algumas formas de como as sinalizações poderão contribuir com as
medidas de prevenção e combate a incêndios:
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Sinalizações de rotas de fuga para a facilitação de evacuação dos ambientes de forma segura.
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Mapeamentos de riscos ambientais para informar aos trabalhadores onde existem os riscos de
acidentes, por meio das cores.
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Sinalizações dos extintores, com as simbologias específicas para seu correto uso, bem como a
demarcação de pisos para que não ocorram obstruções neles.
As sinalizações de segurança tomam como base a padronização por meio das cores, conforme cada
orientação e necessidade em relação à prevenção de combate a incêndios. Conheça essas cores e a
respectiva orientação, de acordo com a NR 26:
26.1.1 Devem ser adotadas cores para segurança em estabelecimentos ou locais de trabalho, a
fim de indicar e advertir acerca dos riscos existentes.
26.1.2. As cores utilizadas nos locais de trabalho para identificar os equipamentos de segurança,
delimitar áreas, identificar tubulações empregadas para a condução de líquidos e gases e advertir
contra riscos, devem atender ao disposto nas normas técnicas oficiais.
26.1.3 A utilização de cores não dispensa o emprego de outras formas de prevenção de
acidentes.
26.1.4. O uso de cores deve ser o mais reduzido possível, a fim de não ocasionar distração,
confusão e fadiga ao trabalhador.
A indicação em cor, sempre que necessária, especialmente quando em área de trânsito para pessoas
estranhas ao trabalho, será acompanhada dos sinais convencionais ou da identificação por palavras.
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O vermelho deverá ser usado para distinguir e indicar equipamentos e aparelhos de proteção e combate
a incêndio.
ATENÇÃO
Não deverá ser usado na indústria para assinalar perigo, por ser de pouca visibilidade em comparação
com o amarelo (de alta visibilidade) e o alaranjado (que significa alerta).
bombas de incêndio;
ATENÇÃO
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A cor amarela deve ser usada em canalizações, por exemplo, para identificar gases não liquefeitos.
corrimões, parapeitos, pisos e partes inferiores de escadas que apresentem risco; espelhos de
degraus de escadas;
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) NR 23.
B) NR 05.
C) NR 06.
D) NR 26.
E) NR 04.
A) Classe A – são materiais de fácil combustão com a propriedade de queimarem em sua superfície e
profundidade, e que deixam resíduos, como tecidos, madeira, papel, fibras etc.
B) Classe B – quando ocorrem em equipamentos elétricos energizados como motores, transformadores,
quadros de distribuição, fios etc.
D) Classe D – cozinhas industriais, restaurantes ou outros ambientes onde o preparo de alimentos que
não utilize óleos e gorduras inflamáveis.
E) Classe k – são considerados inflamáveis os produtos que queimem somente em sua superfície, não
deixando resíduos, como óleo, graxas, vernizes, tintas, gasolina etc.
GABARITO
1. Para que um ambiente esteja seguro, as comunicações visuais por meio das cores
correspondentes aos reais objetivos preventivos devem fazer parte do programa de combate a
incêndios. Assim, as cores estão associadas ao contexto de sinalizações estabelecidos pela
Norma Regulamentadora:
A alternativa correta é a NR 26, pois está em conformidade com a texto normativo presente nos
subitens: 26.1.1 “Devem ser adotadas cores para segurança em estabelecimentos ou locais de trabalho,
a fim de indicar e advertir acerca dos riscos existentes”. 26.1.2. “As cores utilizadas nos locais de
trabalho para identificar os equipamentos de segurança, delimitar áreas, identificar tubulações
empregadas para a condução de líquidos e gases e advertir contra riscos, devem atender ao disposto
nas normas técnicas oficiais”. 26.1.3 “A utilização de cores não dispensa o emprego de outras formas de
prevenção de acidentes”.
2. As classes de incêndio foram divididas para facilitar aplicação e utilização corretas do agente
extintor correto para cada tipo de material combustível. Assinale a alternativa correta.
Classe k – cozinhas industriais, restaurantes ou outros ambientes onde o preparo de alimentos que
utilize óleos e gorduras inflamáveis.
MÓDULO 4
Descrever as técnicas de manutenção dos sistemas e os equipamentos de segurança contra
incêndio
LIGANDO OS PONTOS
Você sabe quais são as etapas do programa de manutenção preventiva? Conseguiria identificar a
capacidade da reserva técnica de incêndio?
Para entendermos os conceitos envolvidos, tomando por base uma situação prática, vamos analisar o
case da empresa: HML serviços prediais.
A empresa HML serviços prediais é do ramo da construção civil, ela contratou um engenheiro de
segurança do trabalho associado com um engenheiro mecânico para a realização de programa de
manutenção preventiva. Esse programa possui a seguinte matriz de serviços a serem executados:
manutenção padrão, manutenção de uso-padrão, criação de relatório de não conformidades, e relatório
de acompanhamento técnico.
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Instalação de hidrantes urbanos – A critério do corpo de bombeiros, poderá ser exigido o hidrante
nas áreas de grandes estabelecimentos.
Canalização preventiva – Para edificações com até 4 (quatro) hidrantes: 6.000L (seis mil litros).
Hidrantes – Para edificação com mais de 4 (quatro) hidrantes: 6.000L (seis mil litros), acrescidos
de 500L (quinhentos litros) por hidrante excedente a 4 (quatro);
As informações fornecidas pelo corpo de bombeiros foram acopladas ao projeto de combate a incêndio.
O projeto da obra construída pela empresa possui 4 hidrantes, logo, sua reserva técnica deve ser de 6
mil litros de água, segundo a regulamentação técnica.
Certo dia, uma fiscalização de rotina do corpo de bombeiros militar, nas dependências da edificação,
constatou que a reserva técnica de incêndio estava com 200 mil litros pela falta de manutenção em uma
bomba de sucção. Após essas constatações, o fiscal notificou e multou a edificação, por causa dessas
irregularidades.
Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?
A) 6500 litros
B) 4000 litros
C) 8000 litros
E) 2000 litros
A) Manutenção.
D) Manutenção programada.
GABARITO
1. O engenheiro verificou o projeto de incêndio para realizar algumas atualizações, logo, teve que
recorrer ao COSCIP – RJ, a dúvida do projetista era com relação à reserva de incêndio, pois a
edificação tinha 4 e, após a reforma, ficou com 5 hidrantes. Na tomada de decisão do projetista
qual será a nova capacidade da reserva técnica de incêndio?
Segundo o COSCIP – RJ, art. 25, em seu primeiro inciso, a alternativa correta é A, pois está em
conformidade com a texto normativo presente: II - Para edificação com mais de 4 (quatro) hidrantes:
6.000L (seis mil litros), acrescidos de 500L (quinhentos litros) por hidrante excedente a 4 (quatro).
A matriz de serviços para serem executados, com base na manutenção proativa será: 1ª etapa - manutenção
padrão; 2ª etapa - manutenção de uso-patrão; 3ª etapa - criação de relatório de não conformidades; 4ª etapa
- relatório de acompanhamento técnico.
Com base no COSCIP – RJ, art.25 II - Para edificação com mais de 4 (quatro) hidrantes: 6.000L (seis mil
litros), acrescidos de 500L (quinhentos litros) por hidrante excedente a 4 (quatro).
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Abordaremos, neste módulo, as medidas de segurança contra incêndio em uma edificação, necessárias
e fundamentais para as ações de prevenção ou minimização de ocorrências e seus danos.
A edificação que não tiver implementado uma estratégia bem delineada para a formação de um plano
com programação definida para sua manutenção estará exposta à eventualidade de sinistros, logo, aos
riscos à vida dos colaboradores, perdas de ativos e bens patrimoniais e impactos negativos ao meio
ambiente, dificultando as certificações.
A confiabilidade desses sistemas e equipamentos utilizados na segurança contra incêndio deve ser
controlada em todo seu ciclo de vida, de acordo com: composição do projeto técnico, especificações,
estrutura, montagem, aceitação do técnico e especialista, uso, operação e manutenção.
Os equipamentos do SCI, possuem pouco tempo de operação simultânea, logo fica evidenciada a
dificuldade de encontrar as falhas do sistema de manutenção. A constatação dessas falhas poderá ter
seus acontecimentos no período das operações de combate, posto que a brigada de incêndio precisa do
eficaz modelo de funcionamento dos equipamentos. Essa circunstância pode ocasionar uma
exacerbação, especialmente pela ocorrência da inexistência de equipes técnicas de manutenção para
atendimento imediato dos reparos.
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Com base na Norma Brasileira da ABNT NBR 5462-1994 – Confiabilidade e Mantenabilidade –, temos
alguns conceitos básicos que são importantes para o entendimento do ciclo da manutenção:
2.
Manutenção Manutenção efetuada em intervalos predeterminados, destinada a reduzir a
preventiva probabilidade de falha.
(proativa)
3.
Manutenção Manutenção efetuada após a ocorrência de uma falha, tem o objetivo de
corretiva direcionar o equipamento para sua função de programação antes da falha.
(reativa)
Manutenção
preditiva
- Vibração
(monitorada)
- Temperatura
- Ruído
5.
Manutenção Manutenção preventiva que tem seu funcionamento baseado no programa.
programada
6.
Manutenção
Manutenção corretiva efetuada de forma emergencial.
não
programada
13. Relação
de inspeção e
- Inspeção
manutenção
- Teste
- Manutenção
14. Instalação
Os instaladores devem executar trabalhos de testes iniciais, para
e testes de
recebimento e aceitação.
aceitação
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As rotinas de fiscalização, testes e processos de manutenção devem acontecer de modo que haja
implementação mediante procedimentos-padrão, que atendam às normas de referências e orientações
dos fabricantes.
Tais atividades devem acontecer sob responsabilidade das equipes de brigada de incêndio da
edificação, em simultâneo com as equipes técnicas de serviço de manutenção.
Todas as rotinas estabelecidas devem ter igualmente um plano de serviços de manutenção preventiva
para operacionalização de equipamentos e operações de manutenção, realizando um cronograma das
atividades para cada processo de equipamentos, atendendo aos procedimentos-padrão, mantendo-se
as rotinas diárias, procurando reconhecer as falhas dos sistemas e equipamentos, proporcionando,
dessa forma, as condições adequadas de segurança.
Para determinados sistemas específicos de segurança, será essencial contratar, para o quadro,
profissionais qualificados e credenciados, que possam emitir laudos de responsabilidade técnica,
referentes aos serviços executados.
PROCEDIMENTO DE MANUTENÇÃO PADRÃO
Tem como principal objetivo padronizar as ações de manutenção a serem realizadas no equipamento.
PROCEDIMENTO DE MANUTENÇÃO DE USO-PADRÃO
Tem como principal objetivo a orientação da brigada com relação ao uso dos equipamentos.
RELATÓRIO DE NÃO CONFORMIDADE
RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO TÉCNICO
Deve ser preenchido pelas equipes de manutenção no acompanhamento de instalação e reformas de
equipamento.
A programação de manutenção de sistemas e equipamentos deve possuir uma matriz para realizar as
previsões e tratamento das falhas sistêmicas, elaborando-se uma prática de procedimentos. Xenos
(2004) propõe as seguintes etapas:
A brigada de incêndio da edificação e os técnicos de manutenção devem ser treinados para detectar e
relatar os sinais das falhas.
2. AÇÃO CORRETIVA PARA REMOVER O SINTOMA
A equipe de brigada de incêndio, ao constatar uma falha, deve acionar os técnicos de manutenção.
A brigada de incêndio deve auxiliar a equipe técnica de manutenção na investigação das causas.
Deve-se estabelecer medidas que impeçam a reincidências das falhas constatadas, tais como:
Treinamentos
Substituições de peças
A utilização de estudos estatísticos possibilita identificar as falhas crônicas; essas falhas devem exigir
que a brigada de incêndio e os técnicos de manutenção tenham mais atenção, em função da gravidade
de ocorrências ou interrupção de sistemas de segurança.
Os estudos estatísticos permitem identificar e orientar que determinadas falhas possam se repetir,
estabelecendo-se medidas adequadas preventivamente.
MELHORIA CONTÍNUA NA MANUTENÇÃO
Abordaremos, neste tópico, a melhoria contínua do programa de manutenção, que deve ser auxiliado
com o uso de software, e sempre aplicar as tecnologias para melhor eficácia do programa, bem como do
aparato de gestão administrativa, com ênfase no gerenciamento das atividades.
A associação da tecnologia com a gestão administrativa traz um resultado de melhoria contínua, com
mais confiabilidade, rendimento e organização das manutenções programadas.
RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS
O sistema de combate a incêndio precisa de uma série de equipamentos auxiliares que possuam
confiabilidade e tempo de ação e reação eficazes. A relação do plano de manutenção com os programas
de treinamentos traz um combate eficaz para as possíveis falhas do sistema.
O engenheiro vai observar os relatórios de falha, caso apresente não conformidades, deve aplicar as
ações corretivas adicionais, caso não seja suficiente, deve-se aplicar as contramedidas adicionais.
Ao analisar os relatórios de falha, caso haja incompatibilidade com a primeira investigação, o engenheiro
deve realizar 5W1H.
5W1H
Acrônimo em inglês que apresenta perguntas importantes ao investigar e/ou relatar uma situação,
como a de um incêndio por exemplo.
O significado de 5W é:
What? (O quê?)
Where? (Onde?)
When? (Quando?)
O significado de 1H é:
How? (Como?)
O engenheiro dever realizar revisão quinzenal, para acompanhamento das falhas (somente 5W1H), e
relatar tais revisões em pauta da reunião - (1) identificação das causas fundamentais. (2) montar plano
com novas medidas corretivas. (4) analisar o PDCA. (Obs.: não trataremos do item (3) neste conteúdo).
Após períodos trimestrais, semestrais ou anuais, realizar a aplicação do diagrama de Pareto.
O engenheiro, após constatar falhas, deve definir projetos e metas, para sanar falhas e otimizar o
sistema.
Utilizar o ciclo PDCA, como base do sistema de manutenção, visando sempre à melhoria contínua.
MANUTENÇÃO EM EXTINTORES
A norma NBR 12962:2016 determina as condições mínimas exigíveis para inspeção, manutenção e
recarga em extintores de incêndio.
A manutenção dos extintores de incêndio deve ser periódica, efetuada por um profissional habilitado,
com a finalidade de verificar se permanecem em condições originais de operação.
A frequência de inspeção é de 6 meses para extintores de incêndio com carga de gás carbônico e de 12
meses para os demais extintores. Todo extintor deve possuir uma ficha de controle para registro das
inspeções. De acordo com norma da ABNT NBR 12962:2016 – Extintores de incêndio – Inspeção e
manutenção, a frequência da inspeção para extintores de incêndio com carga de dióxido de carbono
(CO2) deve ser de 6 meses.
De acordo com norma da ABNT NBR 12962:2016, a realização da recarga em extintores de incêndio
deverá ser refeita sempre que a perda do peso original for além de 10% (dez por cento).
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Observe o texto normativo da NBR 12693 – Sistemas de proteção por extintores de incêndio. Esta
norma trata dos sistemas de proteção com a utilização dos extintores, mostrando as condições para o
projeto, os riscos com base natureza da ocupação e as principais características dos projetos para
extintores portáteis.
OBJETIVO
A NBR 12693 fixa as condições exigíveis para projeto e instalação de sistemas de proteção por
extintores portáteis e/ou sobre rodas.
Tal Norma se aplica a riscos isolados que necessitem de sistema de proteção por extintores portáteis
e/ou sobre rodas, para a salvaguarda de pessoas e bens materiais.
DOS RISCOS
Para fins da proteção contra incêndio por extintores de que trata esta Norma, enquanto não houver
norma brasileira para o assunto, são considerados os riscos isolados (1) constantes da Tarifa de Seguro
Incêndio do Brasil - T.S.I.B. (2), em três classes, de acordo com a natureza de suas ocupações:
Classes de ocupação pela T.S.I.B., de 03 a 06, inclusive os depósitos de classe de ocupação 01 e 02.
PROJETO DO SISTEMA
O sistema de proteção contra incêndio por extintores, portáteis e/ou sobre rodas, deve ser projetado
considerando-se:
Esse código possui por generalidade a fixação dos requisitos exigíveis nas edificações e no exercício de
atividades, estabelecendo normas de Segurança Contra Incêndio e Pânico, no estado do Rio de Janeiro,
levando em consideração a proteção das pessoas e dos seus bens.
Art. 20 - Será exigida a instalação de hidrantes nos casos de loteamentos, agrupamentos de edificações
residenciais unifamiliares com mais de 6 (seis) casas, vilas com mais de 6 (seis) casas ou lotes,
agrupamentos residenciais multifamiliares e de grandes estabelecimentos.
Art. 21 - Os hidrantes serão assinalados na planta de situação, exigindo-se um número que será
determinado de acordo com a área a ser urbanizada ou com a extensão do estabelecimento,
obedecendo-se ao critério de 1 (um) hidrante do tipo coluna, no máximo, para a distância útil de 90m
(noventa metros) do eixo da fachada de cada edificação ou eixo da fachada de cada edificação ou de
eixo de cada lote.
Art. 22 - A critério do corpo de bombeiros, poderá ser exigido o hidrante nas áreas de grandes
estabelecimentos.
Art. 23 - Nos logradouros públicos a instalação de hidrantes compete ao órgão que opera e mantém o
sistema de abastecimento d’água da localidade. Parágrafo único. O corpo de bombeiros, através de
suas Seção e Subseções de Hidrantes, fará, anualmente junto a cada órgão de que trata este artigo, a
previsão de hidrantes a serem instalados no ano seguintes.
CANALIZAÇÃO PREVENTIVA
A canalização preventiva é uma estrutura montada para poder abastecer os hidrantes de água. Nesse
tópico, é importante verificar o que diz o COSCIP/RJ sobre o projeto e a instalação das canalizações
preventivas, como também do cálculo de reserva técnica de incêndio e mostrar a importância da
observação e consulta das normas estaduais e municipais.
Art. 24 - O projeto e a instalação da Canalização Preventiva Contra Incêndio deverão ser executados
obedecendo-se ao especificado neste Capítulo.
Art. 25 - São exigidos um reservatório d’água superior e outro subterrâneo ou baixo, ambos com
capacidade determinada, de acordo com o Regulamento de Construções e Edificações de cada
Município, acrescido, o primeiro, de uma reserva técnica para incêndio (fig. 4), assim calculada:
Para edificações com até 4 (quatro) hidrantes: 6.000 l (seis mil litros);
Para edificação com mais de 4 (quatro) hidrantes: 6.000 l (seis mil litros), acrescidos de 500 l
(quinhentos litros) por hidrante excedente a 4 (quatro);
Quando não houver caixa d’água superior em face de outro sistema de abastecimento aceito pelo
corpo de bombeiros, o reservatório do sistema terá, no mínimo, a capacidade determinada pelo
regulamento de Construções e Edificações do Município, acrescida da reserva técnica
estabelecida nos incisos anteriores.
CONJUNTOS DE BOMBAS
Em alguns casos, para abastecer os hidrantes, bombas de água são necessárias, por isso, é importante
saber o que o COSCIP/RJ dispõe sobre o conjunto de bombas acoplado aos reservatórios, o estudo dos
sistemas de rede e outros assuntos de fundamental importância para o engenheiro projetista de
incêndio.
Art. 41 - Se o abastecimento da Rede Preventiva for feito pelo reservatório subterrâneo ou baixo, este
apresentará conjunto de bombas de acionamento independente e automático, de modo a manter a
pressão constante e permanente na rede.
Art. 42 - As bombas serão acoplamento direto, sem interposição de correias ou correntes, capazes de
assegurar instalação, pressão e vazão exigidas.
Art. 43 - Haverá sempre dois sistemas de alimentação, um elétrico e outro à explosão, podendo ser este
último substituído por gerador próprio.
Art. 45 - As bombas serão de partida automática e dotadas de dispositivo de alarme que denuncie o seu
funcionamento.
Art. 46 - Quando as bombas não estiverem situadas abaixo do nível da tomada d’agua (afogada) será
obrigatório um dispositivo de escorva automático.
LINHAS DE MANGUEIRA
Conhecer os tipos de mangueiras para combater incêndio com água é fundamental para obter sucesso
ao combate, por isso, o COSCIP/RJ estabelece regras sobre as linhas de mangueiras, incluindo
diâmetros e comprimentos das linhas, como também os acessórios desses equipamentos.
Art. 52 - O comprimento das linhas de mangueira e o diâmetro dos requintes serão determinados de
acordo com a seguinte tabela:
Parágrafo único. - As linhas de mangueiras, de que trata a presente Seção, poderão ser dotadas de
esguicho de jato regulável, em substituição ao esguicho com requinte, a critério do corpo de bombeiros.
Art. 53 - As mangueiras e outros petrechos serão guardados em abrigos, junto ao respectivo hidrante,
de maneira a facilitar o seu uso imediato.
Art. 54 - As mangueiras, outros petrechos e os hidrantes poderão ser acondicionados dentro do mesmo
abrigo de medidas variáveis, desde que ofereçam possibilidade de qualquer manobra e de rápida
utilização.
Art. 55 - As mangueiras serão de 38mm (1 1/2”) ou de 63mm (2 1/2”) de diâmetro interno, flexíveis, de
fibra resistente à umidade, revestida internamente de borracha, capazes de suportar a pressão mínima
de teste de 20kg/cm2 (vinte quilos por centímetro quadrado), dotados de junta “STORZ” e com seção de
15m (quinze metros) de comprimento.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) 6000 litros.
B) 4000 litros.
C) 8000 litros.
E) 2000 litros.
A) Programa de Manutenção.
GABARITO
1. Nos projetos de incêndio, segundo o COSCIP/RJ, a reserva técnica para incêndio deve conter
qual capacidade para uma edificação até 4 hidrantes?
Segundo o COSCIP/RJ, art. 25, são exigidos um reservatório d’água superior e outro subterrâneo ou
baixo, ambos com capacidade determinada, de acordo com o Regulamento de Construções e
Edificações de cada município, acrescido, o primeiro, de uma reserva técnica para incêndio. O art. 25,
em seu primeiro inciso, informa que para edificações com até 4 (quatro) hidrantes, a reserva técnica
para incêndio é 6.000L (seis mil litros).
2. O engenheiro de segurança precisa escolher um programa que possua relação entre as ações
técnicas e administrativas, que inclua a supervisão com função de colocar o equipamento do
sistema de combate a incêndio em funcionamento e com função requerida. Qual programa o
engenheiro de segurança vai escolher?
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Abordamos as principais características da engenharia de segurança contra incêndio e a sua
importância para que os profissionais entendam as concepções e esquematizações dos projetos de
segurança contra incêndio.
Descrevemos as técnicas de procedimentos de manutenção dos sistemas, tais como: conceitos básicos,
programa de manutenção, tratamento de falhas e sistemas e equipamentos, execução do PDCA,
melhoria contínua na manutenção, recomendações técnicas para auxílio do profissional da área e os
equipamentos de segurança contra incêndio.
Vimos também que a aplicação de ferramentas de qualidade possibilita a redução de falhas e paradas
técnicas dos sistemas e equipamentos de SCI.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5462-1994. Confiabilidade e
mantenabilidade. Rio de janeiro: ABNT, dez. 1994. Consultado na internet em 11 ago. 2021.
CAMILO JÚNIOR, Abel Batista. Manual de prevenção e combate a incêndios. São Paulo: Ed. Senac,
1998.
RIO DE JANEIRO. Decreto nº 897, de 21 de Setembro de 1976. Código de Segurança contra Incêndio
e Pânico - COSCIP /RJ. Rio de Janeiro: Governo do estado, 1976. Consultado na internet em 11 ago.
2021.
SEITO, A. I.; GILL, A. A.; PANNONI, F. D. et. al. A segurança contra incêndio no Brasil. São Paulo:
Projeto, 2018.
CONTEUDISTA
Hermerson Martins de Lima