Principio Da Intercessão
Principio Da Intercessão
Principio Da Intercessão
A intercessão é uma das ferramentas mais poderosas juntamente com a adoração dentro desse tempo de
restauração, porém entendemos que a intercessão não flui com a mesma naturalidade que a adoração por
representar um trabalho extra, algo adicionado, ou seja, nós temos a adoração em nossa natureza, fomos
estabelecidos como filhos para este propósito, mas não para a intercessão não, ela se tornou necessária
por causa do pecado. Basta entendermos o propósito eterno de Deus, que como sabemos, não é de ser
salvador do homem, mas sim de ser Pai de muitos filhos semelhantes a Jesus, mas amou de tal maneira
que deu se Filho para ser salvador, a fim de que conduzir muitos filhos a glória, ou seja, para que
pudéssemos voltar ao propósito eterno de Deus. A intercessão é um trabalho extra e temporal, mas a
adoração representa um estatuto perpétuo e eterno, disso muitos de nós não tem dúvida, porém, a
questão é se temos entendido intercessão corretamente, ou se mais uma vez estamos fazendo de
experiências em doutrinas e métodos, mais uma baseando-nos em verdades incompletas que nos
atrasam no propósito.
O Reino de Deus é ordenado por uma legislação espiritual, que só é ativado pela observação da lei
espiritual da obediência e submissão a Deus, ou seja, um princípio só funciona quando obedecido. Eu
posso conhecer as verdades a respeito da autoridade do Reino, mas se não me submeto a ele, sou não
parte Dele e essa verdade deixa de funcionar em minha vida. A obediência trará sempre o excelente
funcionamento das verdades bíblicas, trará ordem e cobertura espiritual. Isso significa que dentro do
Reino não se presume, não se tira uma conclusão antecipada, baseada em indícios, suposições ou
experiências isoladas, mas em fatos comprovados e princípios confirmados pela palavra.
A experiência deve ser a comprovação de um princípio observado, ou seja, primeiro deve buscar
conhecer os princípios que fazem com que essa ferramenta funcione corretamente, isso vai fazer
com que as experiências simplesmente comprovem que os princípios bíblicos funcionam. O que
não podemos é termos várias experiências e transforma-las em doutrina ou um método padrão de
funcionamento sem o devido entendimento dos princípios. Isso será desastroso. Não é a experiência que
estabelece o modelo, mas a palavra. Devemos entender algo: O que tem se falado sobre intercessão?
Qual é a base bíblica que temos para acreditarmos nessa ferramenta e permitirmos que as pessoas se
tornem intercessoras? O que tem se ministrado nos encontros, congressos, seminários e coisas do tipo de
ensinam sobre intercessão? Fundamentação bíblica ou na maioria das vezes experiências, usando textos
isolados que possam de alguma forma confirma-las? Isso é errado? Não, é incompleto e
inevitavelmente nos atrasa dentro de um processo de finalização.
Devemos atentar para isso! Jesus dia em Mateus 24 que um dos sinais dos tempos do fim é “cuidem
para que ninguém vos engane”, devemos entender que a maioria dos grandes enganos e inverdades
partiram um dia de uma verdade incompleta! Tudo aquilo que nos impede de vivermos de forma
integral e completa uma verdade de Deus para nossas vidas é um engano que gera sofismas que
edificam fortalezas e estruturas mentais que se levantam contra o verdadeiro conhecimento de
Deus. Se queremos um tempo de restauração, devemos liberar as palavras certas que liberarão essa
realidade. Já que estamos falando de fundamento, quero mediante a esses questionamentos te encorajar
a refletir sobre todos os textos que hoje tem se usado para se ensinar e aplicar esse princípio da
intercessão. Quais são eles? Você pode alistá-los? Quando ministramos essa aula nas escolas de
treinamento ouvimos muitos textos, muitos do Antigo Testamento, o que não é errado, mas isso aponta
para pouco entendimento a respeito do ministério de Cristo e da igreja, e muito outros textos não
representam uma boa base bíblica para esse ministério. Isso é importante para entendermos o
fundamento pelo qual temos andado, e vermos se temos entendido um ensino neo-testamentário muito
claro sobre esse princípio.
Acredito que toda realização dentro do Reino deve ser julgada por seus frutos, seus efeitos e
relevância dentro de uma realidade, e isso não deve ser negligenciado, trata-se de uma lei
espiritual de edificação e aperfeiçoamento. A questão é como temos usado a intercessão e quais são
seus resultados concretos? Ainda há muito temor em julgarmos experiências, mas isso deve acabar! Se
não há transformação, se a autoridade espiritual da igreja não é restaurada, se a Igreja não exerce
mais influência redentiva em todas as esferas da sociedade, se um Reino de poder e autoridade,
manifesto em toda bondade, justiça, retidão e verdade não é visível e reconhecido por todos os
homens, estamos errando em alguma coisa, algo não está funcionando. O que fazer? Voltemos à
palavra e nos movamos nela. Se a experiência deve ser a confirmação de um princípio aplicado, a palavra
não pode ser usada de maneira distorcida para comprovar de alguma forma uma série de experiências
que se tornam métodos místicos que nem sempre funcionam dentro de um propósito de restauração e
transformação integral.
Assim teremos uma boa base para entendermos como esse princípio funciona. Intercessão no Antigo
Testamento aparece muitas vezes e traz alguns significados importantes como interpor-se, no sentido
de se colocar entre duas pessoas e 43 vezes aparece na palavra paga‘, que significa colidir com
violência, colocando-se entre. Por isso, cremos que essa passagem por Abraão antes da destruição de
Sodoma e Gomorra, representa o cumprimento de um princípio aplicado, onde Abraão representa o meio
legal pelo qual esse decreto viria se cumprir. Gênesis 18.17 “Disse o Senhor: Ocultarei a Abraão o que
estou para fazer, visto que Abraão certamente virá a ser uma grande e poderosa nação, e nele
serão benditas todas as nações da terra? Outro texto que confirma isso está em Amós 3.6-7 que diz:
“Tocar-se-á a trombeta na cidade, sem que o povo se estremeça? Sucederá algum mal à cidade,
sem que o Senhor o tenha feito? “Certamente, o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem primeiro
revelar o seu segredo aos seus servos, os profetas”.
A partir do momento que Abraão entende o que Deus está prestes a fazer, conforme Gênesis 18.20-21:
“Com efeito o clamor de Sodoma e Gomorra tem-se multiplicado e o seu pecado se tem agravado muito.
Descerei, e verei se de fato o que têm praticado corresponde a esse clamor que é vindo até mim; e, se
assim não é, sabê-lo-ei”, ele se coloca como um “intercessor”, mas como faz isso?
Primeiramente, permanecendo na presença do Senhor, temos entendido de Deus, que intercessores são
homens que tratam “Face a Face” com Deus (Gênesis 18.22), e em segundo lugar, se coloca diante
de Deus em favor de outros, mas de quem? De Todos os habitantes de Sodoma? Não, ele fala diante
de Deus em nome dos justos. Preste atenção: “E, aproximando-se a ele, disse: Destruirás o justo com o
ímpio?Se houver, porventura, cinqüenta justos na cidade, destruirás ainda assim e não pouparás o lugar
por amor dos cinqüenta justos que nela se encontram? Longe de ti o fazeres tal coisa, matares o justo
com o ímpio, como se o justo fosse igual ao ímpio; longe de ti. Não fará justiça o Juiz de toda a terra?” Por
que Intercede pelos justos? Salmo 91.7,8 estabelece este princípio: “Caiam mil ao teu lado, e dez mil à
tua direita; tu não serás atingido. Somente com os teus olhos contemplarás, e verás o castigo dos ímpios”.
Segundo Derek Prince, num artigo sobre intercessão, em seus cálculos, Sodoma era uma cidade grande
para aquela época, com uma população não inferior a 10.000 e por amor a dez pessoas justas no
meio de 10.000, Deus estava pronto para poupar a cidade inteira. Isto é uma pessoa em cada mil!
Essa pode ser uma proporção bíblica? Existem outros textos que mostram isso como uma possibilidade.
Jó 33.23 por exemplo, registra esta mesma proporção: “Se com ele, pois, houver um anjo, um intérprete,
um entre mil, para declarar ao homem o que lhe é justo”. Eclesiastes 7.28 semelhantemente afirma:
“Causa que a minha alma ainda busca, mas não a achei: um homem entre mil”. Pense nisso! Quem
representa hoje os justos de Deus? A igreja, porém, representa hoje esses homens que podem
manifestar o Reino de Deus e sua justiça? Deus não trata diretamente com o ímpio, Deus sempre trata
com seus filhos, por isso passou antes por Abraão. A partir dos seus santos ele leva a frente seus
decretos, a verdade é que se os Justos se levantam, a cidade é salva.
A mulher de Ló. A partir desse diálogo entre Abraão e o Senhor, choveu enxofre e fogo, da parte do
Senhor, sobre Sodoma e Gomorra. Contudo, a mulher de Ló que vinha sendo salva juntamente com ele,
olhou para trás e converteu-se numa estátua de sal. Esse fato chama a atenção, pois mostra que mesmo,
estando com Ló, seu coração estava em Sodoma, e acabou morrendo como todos que estavam lá. Derek
Prince completa ainda falando a respeito da diferença entre juízo e perseguição por causa da justiça. Os
justos hão de experimentar perseguição, porém, o juízo por causa do pecado vem sobre os ímpios pela
instrumentalidade de Deus; enquanto, a perseguição por causa de justiça vem sobre os justos através dos
ímpios. A mulher de Ló sofreu o Juízo por seu coração estar voltado para Sodoma.
Nesse sentido cremos que podemos entender 2 Crônicas 7.14 que diz: “De noite, apareceu o Senhor a
Salomão e lhe disse: Ouvi a tua oração e escolhi para mim este lugar para casa do sacrifício. Se eu cerrar
os céus de modo que não haja chuva, ou se ordenar aos gafanhotos que consumam a terra, ou se enviar
a peste entre o meu povo; se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me
buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e
sararei a sua terra. Estarão abertos os meus olhos e atentos os meus ouvidos à oração que se fizer neste
lugar. Porque escolhi e santifiquei esta casa, para que nela esteja o meu nome perpetuamente; nela,
estarão fixos os meus olhos e o meu coração todos os dias”.
Enquanto isso acontecia no meio do povo, Moisés estava diante de Deus, que diz: Vai, desce; porque o
teu povo, que fizeste sair do Egito, se corrompeu depressa se desviou do caminho que lhe havia eu
ordenado; fez para si um bezerro fundido, e o adorou, e lhe sacrificou, e diz: São estes, ó Israel, os teus
deuses, que te tiraram da terra do Egito (Êxodo 32.7). Nesse momento Deus pede a Moisés que o
libere para trazer juízo consumindo-os, mas preservando a promessa de ser uma grande nação
apenas a partir de sua vida, e então Moisés, assim como Abraão, não deixa a presença de Deus e
insiste diante Dele em nome e em favor do povo, dizendo: “Porém Moisés suplicou ao Senhor, seu Deus,
e disse: Por que se acende, Senhor, a tua ira contra o teu povo, que tiraste da terra do Egito com grande
fortaleza e poderosa mão?”. (Êxodo 32.10-11). Moisés como intercessor zela pelo nome de Deus e
pelo cumprimento da promessa dada ao povo de Deus. (O mesmo se repete em Números 14.13-16)
Nesse momento Moisés suplicou, a palavra no hebraico vem de “chalah” que significa tornar-se
adoentado, estar ou tornar-se aflito, estar ou tornar-se triste, ou seja, esse “chalah paniym”,
significa que Moisés se colocou diante da Face de Deus identificando-se com o povo que estava
afetado pela idolatria aos olhos de Deus e dessa maneira Moisés alcançou graça aos olhos de Deus
trazendo misericórdia sobre o povo, enquanto Deus lamentava a situação em que o povo se encontrava.
Assim como Abraão, Moisés foi um homem que tratava “Face a Face” com Deus, “Falava o Senhor a
Moisés face a face, como qualquer fala a seu amigo; então, voltava Moisés para o arraial, porém o
moço Josué, seu servidor, filho de Num, não se apartava da tenda”. Gênesis 33.11.
Segundo o comentário de Derek Prince, Deus fala a Moisés que eles são “teu povo”. Mas Moisés, não
querendo aceitar esta responsabilidade, devolve-a a Deus dizendo: “teu povo”. Nem Deus nem Moisés
queriam ser considerados responsáveis por Israel naquele momento! Enquanto isso, Israel continuava a
dançar ao redor do bezerro, totalmente inconsciente que seu destino estava sendo selado por este diálogo
entre Deus e Moisés. A partir de Êxodo 32.31 Tornou Moisés ao Senhor e disse: Ora, o povo cometeu
grande pecado, fazendo para si deuses de ouro. Agora, pois, perdoa-lhe o pecado; ou, se não, risca-me,
peço-te, do livro que escreveste. Então, disse o Senhor a Moisés: Riscarei do meu livro todo aquele que
pecar contra mim. Vai, pois, agora, e conduze o povo para onde te disse; eis que o meu Anjo irá adiante
de ti; porém, no dia da minha visitação, vingarei, neles, o seu pecado.
Isto é intercessão: “Deus, eles merecem teu golpe; perdoa-lhes. Mas se não, Senhor, então que o juízo
deles venha sobre mim.” O intercessor é a pessoa que se coloca entre Deus e o alvo da sua ira justa.
“O Salmo 106 nos fornece um comentário divino a respeito deste acontecimento: se Moisés, seu
escolhido, não se houvesse interposto; impedindo que sua cólera os destruísse” (Êxodo19-23). Moisés
ficou na brecha causada pelo pecado do povo de Deus e disse: “Senhor, estou tapando a brecha. Teu
golpe não pode cair sobre eles sem cair sobre mim primeiro”. Segundo, ele precisa ter uma
profunda preocupação com a glória de Deus, como Moisés que recusou duas vezes a oferta de
Deus de fazer dele o originador do maior povo na terra. A glória de Deus lhe era mais importante
do que sua reputação pessoal.
Neemias:
Outro bom exemplo muito usado que pode nos direcionar corretamente como sombra apontando para
uma realidade espiritual da igreja em Cristo Jesus hoje, é Neemias. O período histórico coberto pelos
livros de Esdras e Neemias é cerca de 110 anos. O período de reconstrução do templo sob Zorobabel,
inspirado pela pregação de Zacarias e Ageu, foi de 21 anos. 60 anos mais tarde, Esdras causou um
despertar do fervor promovendo um ensino adequando sobre o culto e o templo, e 13 anos depois,
Neemias veio para construir os muros.
Ezequiel 22.23 -31. “Veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Filho do homem, dize-lhe (à terra de
Israel): Tu és terra que não está purificada, e que não tem chuva no dia da indignação. Conspiração dos
seus profetas há no meio dela... Os seus sacerdotes transgridem a minha lei... Os seus príncipes no meio
dela são como lobos... Contra o povo da terra praticam extorsão, andam roubando, fazem violência ao
aflito e necessitado... Busquei entre eles um homem que tapasse o muro e se colocasse na brecha
perante mim a favor desta terra, para que eu não a destruísse; mas a ninguém achei. Por isso eu derramei
sobre eles a minha indignação...” Todas as classes da população tinham falhado inteiramente –
profetas, sacerdotes, príncipes, povo. Cada uma representa um determinado elemento da
sociedade. Os “profetas” são os responsáveis para trazer uma mensagem direta de Deus. Os
“sacerdotes” são os líderes da religião institucional. Os “príncipes” são os governantes seculares.
O “povo” é o restante da população, o povo comum. A ordem de listagem destes quatro elementos
é importante. O processo de decadência começou com a liderança espiritual; depois o governo
secular se corrompeu; finalmente toda a nação foi atingida.
Qual, pois, a razão de ser da lei? Foi adicionada por causa das transgressões, até que viesse o
descendente a quem se fez a promessa, e foi promulgada por meio de anjos, pela mão de um mediador
(Gálatas 3:19). Hebreus 8:6 também diz: Agora, com efeito, obteve Jesus ministério tanto mais excelente,
quanto é Ele também Mediador de superior aliança instituída com base em superiores
promessas.Pessoa cuja função é reconciliar partes. Cristo é o mediador da nova aliança, através de
quem Deus e as pessoas são reconciliados. Portanto, há um só Deus e um só Mediador entre Deus e
os homens, Cristo Jesus, homem. 1 Timóteo 2:5
Deus Pai
Deus Pai
Jesus Filhos (Por adoção)
Jesus Cristo Intercede por todos os Intercede por todos os
Único Mediador entre Deus e os homens. santos. santos.
Todos os Santos
Homem Para que sejam aperfeiçoados, desempenhem seu serviço,
Pecador cheguem a unidade da fé no pleno conhecimento de Cristo a
estatura de varão perfeito.
Quando se fala de intercessão no sentido de posição e identificação com o pecador, Jesus foi o
único mediador entre Deus e o homem, pois somente Ele foi capaz de levar sobre si todos os
nossos pecados, nós não temos condições de assumirmos essa condição de mediadores entre os
pecadores e Deus, de intercedermos no sentido de identificação com o seu pecado, a fim de que
este seja salvo, pois somente Cristo fez isso.
Observe o texto: Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que
é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso.
Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o
reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e
moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras
fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho,
mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos. Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a
boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não
abriu a boca. Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando der ele a sua alma como
oferta pelo pecado, verá a sua posteridade e prolongará os seus dias; e a vontade do Senhor prosperará
nas suas mãos. Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo,
com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniqüidades deles levará sobre si. Por isso, eu lhe
darei muitos como a sua parte, e com os poderosos repartirá ele o despojo, porquanto derramou a sua
alma na morte; foi contado com os transgressores; contudo, levou sobre si o pecado de muitos e pelos
transgressores intercedeu. (Isaias 53.3-12)
O Espírito nos ajuda a interceder como “Aquele que sonda os corações”, que sabe qual é a mente do
Espírito e a vontade de Deus, portanto, o Espírito Santo nos ajuda a alcançar o nível de intercessão de
“filhos”, ou seja, a interceder como Cristo, que sabe qual é a mente do Espírito e a vontade do Pai. A
segunda pergunta é: Diante de Quem o Espírito Santo nos leva a interceder? Assim como Cristo, que
sabe qual é a vontade de Deus, intercede, intercedemos diante de Deus Pai, juntamente com Cristo pelo
Espírito. E em favor de quem? Assim como Cristo, diante do Pai, intercedemos no sentido de
identificação, em favor de todos os santos. Paulo consegue resumir valores fundamentais da intercessão
nesse texto.
Huperentugchano Entugchano Entugchano
Espírito Santo Filhos Amadurecidos Jesus Cristo
huper (mais acima – além) Intercedem diante do Pai Intercede diante do Pai por
Intercede no sentido da nossa por todos os Santos. A todos os Santos.
incapacidade de orar. imagem do “Filho”
Santos
Não sabemos como Orar.
O Espírito de Deus nos
eleva a um nível espiritual
de intercessão em Cristo.
Assim como a adoração, a intercessão é um princípio espiritual, ou seja, Deus é Espírito e ministramos
diante Dele em espírito, no Espírito que conhece as profundezas de Deus, que está acima, ou seja,
além, dessa forma, de acordo com a vontade de Deus, revelado pelo seu Espírito, intercedemos,
para que todos os santos possam ser aperfeiçoados a fim de que essa boa, perfeita e agradável
vontade seja cumprida na terra como no céu. Dessa forma seu Reino e sua justiça se manifestarão
sempre a partir dos que são seus. Para isso intercedemos, para que eles consigam, para que eles
avancem e finalizem dentro do propósito de Deus.
Hebreus 7:25 Por isso, também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo
sempre para interceder por eles. (entugchano - luminar uma pessoa ou algo, encontrar, afetar uma
pessoa ou algo, ir ao ou encontrar uma pessoa, esp. com o propósito de conversar, consultar, ou
suplicar, orar, pedir, fazer intercessões por alguém) (em - preposição primária denotando posição
(fixa) (de lugar, tempo ou estado),
Justos ( Apenas Ló) O teu Povo Israel Quem se coloca em favor do Intercedem por todos os Santos
Israel
Na bíblia não fala que Jesus esta intercedendo pelo pecador mas pelos “os santos”, Jesus já fez
tudo o que poderia fazer pelo pecador, agora intercede para que os santos como igreja possam
alcançar a realidade da graça e administrar o Reino como filhos amadurecidos.
No AT temos o modelo natural de uma realidade espiritual a ser alcançada. Os exemplos que citados
intercediam por Israel que representam a igreja. Eles intercediam pelo povo de Deus para que eles
pudessem vencer e assim proclamavam para os outros povos a grandeza do Deus todo poderoso. Na
destruição de Sodoma e Gomorra Abraão intercedeu pelos “justos” e não por todos. Não se intercede
pelos perdidos e sim pelos santos, mas podemos profetizar sobre todos em todo tempo.
O que isso pode significar? Que podemos questionar Deus a respeito daquilo que acontece com todos os
homens, com nossos reis e governantes, podemos perguntar e ouvir que o Ele tem a dizer a respeito
disso tudo, a fim de estabelecer uma direção profética para a igreja, mas isso não quer dizer que posso
me colocar como “intercessor” no sentido estudado até aqui, como mediador, identificando-me com seus
pecados para que seja liberado favor. É uma questão de natureza, não posso me identificar com o
homem caído, pois segundo 1 Coríntios 15.45, temos em Cristo uma nova natureza espiritual e não
terrena. Por isso, no mesmo capítulo Paulo completa dizendo que desejo de Deus é que todos
sejam salvos através de Cristo que é o único mediador entre Deus e os homens.
Jesus Primogênito Jesus herdeiro de Deus Jesus Príncipe de Deus Jesus Intercessor
Filipenses 2.3 diz: “Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um
os outros superiores a si mesmo. Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também
cada qual o que é dos outros. Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus,
pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo
se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em
figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz”. Só consigo
deixar de priorizar somente o que é meu, quando começo a viver em humildade, considerando cada um
que está a minha volta superior a mim mesmo, e quando começar a viver assim, estou mais próximo de
entender o que significa ter o mesmo sentimento e atitude que houve também em Cristo Jesus.
Paulo em 1 Coríntios 10.16 diz, “porventura o cálice que damos graças não é comunhão do sangue de
Cristo? O pão que partimos não é a comunhão do corpo de Cristo? A palavra “comunhão” fala de
participação conjunta para com o derramamento do seu sangue e do estabelecimento do seu corpo doado
em nosso favor, partido para que tornasse-nos um. Por isso, entendemos ser importante entendermos
esse princípio de identificação muito bem usado aqui no termo “comunhão”.
Por que estamos falando sobre isso? Porque se não tenho discernimento do corpo espiritual de Cristo,
jamais conseguirei funcionar nesse princípio de intercessão dentro do modelo bíblico, que é de interceder
por todos os santos. Cremos que justamente por essa falta de entendimento temos visto um adoecimento
do corpo, muitos fracos, doentes e ainda muitos que estão dando o último suspiro espiritualmente. Muitas
vezes essas pessoas são aqueles que sentam do seu lado, aqueles que te cumprimentaram na saída e
talvez você não tenha percebido que estão agonizando espiritualmente, por isso, a falta desse
discernimento, atenção e interesse, fazem com que isso passe desapercebidamente, e isso é pecar contra
o corpo. Por isso, paremos de julgar e agir contra o corpo, pois naquilo que julgamos seremos julgamos,
ao invés disso, busquemos compreender as necessidades do corpo e nos posicionarmos como
intercessores, afim de que todos os santos sejam fortalecidos em suas fraquezas.
“É por eles que eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus; ora, todas
as minhas coisas são tuas, e as tuas coisas são minhas; e, neles, eu sou glorificado. Já não estou no
mundo, mas eles continuam no mundo, ao passo que eu vou para junto de ti. Pai santo, guarda-os em teu
nome, que me deste, para que eles sejam um, assim como nós. Quando eu estava com eles, guardava-os
no teu nome, que me deste, e protegi-os, e nenhum deles se perdeu, exceto o filho da perdição, para que
se cumprisse a Escritura. Mas, agora, vou para junto de ti e isto falo no mundo para que eles tenham o
meu gozo completo em si mesmos Eu lhes tenho dado a tua palavra, e o mundo os odiou, porque eles
não são do mundo, como também eu não sou. Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do
mal. Eles não são do mundo, como também eu não sou. Assim como tu me enviaste ao mundo, também
eu os enviei ao mundo. E a favor deles eu me santifico a mim mesmo, para que eles também sejam
santificados na verdade. Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em
mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti,
também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. Eu lhes tenho transmitido a
glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos; eu neles, e tu em mim, a fim de que
sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como
também amaste a mim. Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me
deste, para que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amaste antes da fundação do mundo.
Pai justo, o mundo não te conheceu; eu, porém, te conheci, e também estes compreenderam que tu me
enviaste. Eu lhes fiz conhecer o teu nome e ainda o farei conhecer, a fim de que o amor com que me
amaste esteja neles, e eu neles esteja”.