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Slide-4 - Economia e Gestão

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Sumário

Produção e organização empresarial


A capacidade produtiva de um país
Teoria da produção e produtos marginais
A função produção
Produto total, produto médio e produto marginal
A Lei dos rendimentos decrescentes
Rendimentos à Escala
Organização empresarial
Análise económica dos custos
Produção e organização empresarial

Todos os dias alguém tem de fazer o nosso pão antes


de o podermos comer.

A capacidade produtiva de um país (numero de


pães, barris de petróleo, kilowatts de eletricidade,
etc.) é a medida do potencial económico desse pais.
Produção e organização empresarial

A capacidade produtiva de um país é determinada:

– pela dimensão e pela qualidade da sua população ativa;


– pela quantidade e pela qualidade do seu capital
existente;
– pelo conhecimento tecnológico, juntamente com a
capacidade de o usar; e
– pela natureza das instituições públicas e privadas.
Produção e organização empresarial

Por que razão o nível de vida é elevado nos EUA? E


reduzido na África?
Para responder a estas questões, temos de observar
como está a funcionar a máquina da produção.
A teoria da produção também nos ajuda a
compreender por que razão a produtividade e os níveis
de vida têm aumentado ao longo do tempo e como as
empresas gerem as respetivas atividades internas.
Teoria da produção e produtos
marginais
Conceitos básicos
As actividades produtivas são tão diversas como a
própria vida.
Um agricultor usa adubos, sementes, terra e trabalho e
transforma-os em trigo ou em milho, etc.
A fabricas modernas usam fatores produtivos, tais
como energia, matérias-primas, equipamentos
informáticos e trabalho para produzir tratores,
televisores etc.
Teoria da produção e produtos
marginais
Uma companhia de aviação usa aviões, combustível e
sistemas informáticos para proporcionar aos passageiros
a possibilidade de uma viagem rápida de um ponto de
um país à outro.
Tanto o agricultor como a fabrica e a companhia de
aviação farão sempre o possível para produzir
eficientemente, ou ao mais baixo custo.
Terão sempre de produzir a um nível máximo com uma
determinada quantidade de fatores, evitando o
desperdício.
Também se espera que elas maximizem os seus lucros
1 – A função produção

1 – A função produção
A relação entre a quantidade necessária de fatores de
produção e a quantidade de produto que pode ser
obtida é designada por função produção.

A função produção determina a quantidade máxima


de produto que pode ser produzida com uma dada
quantidade de fatores de produção.
É definida para um desenvolvimento técnico e um
conhecimento tecnológico determinados.
1 – A função produção
Considere uma tarefa elementar - abrir valas.
Imagine, na capital, um trator grande a ser guiado por
uma pessoa que está a ser supervisionada por outra. Essa
equipa pode facilmente abrir uma vala com 200m2 em 2
horas.
No interior vemos 50 trabalhadores munidos de apenas
picaretas. A mesma vala pode levar um dia inteiro a ser
aberta.
Estas duas técnicas, uma de capital intensiva e outra de
mão-de-obra intensiva, representam a função de
produção da abertura de valas.
1 – A função produção

Existem milhões de funções de produção,


uma para cada produto ou serviço.
2 – Produto total, produto médio e
produto marginal
A partir da função produção de uma empresa podemos
calcular três conceitos importantes:
1 – Produto total (Produção Total)
2 – Produto Médio (Produção Média) e
3 – Produto Marginal (Produção Marginal)
Produto total (produção total)

Produto físico total ou produto total é a quantidade


total realizada de um produto em unidades físicas.

O produto total aumenta com a utilização adicional de


unidades de trabalho.
Produto médio

O produto médio é igual ao produto total dividido


pela totalidade de unidades de factor de produção.

PM = PT/UT

Em que: PM = Produto médio


PT = Produto total
UT = Unidades de trabalho
Produto Marginal

O produto marginal de um factor de produção é o


produto adicional ou produto acrescentado por uma
unidade adicional desse factor, mantendo os restantes
constantes.
Exemplo: Admita que mantemos a terra, o capital e
todos os outros factores constantes. Então, o produto
marginal do trabalho é o produto suplementar obtido
pelo acréscimo de uma unidade de trabalho.
Recorde-se que o termo “marginal” significa adicional
Quadro de produto total, médio e
marginal
Unidades Produto Produto Produto
de Total Marginal Médio
Qual a relação existente
trabalho entre o número de
0 0 unidades de trabalho, o
1 2.000 2000 2000
produto total e produto
2 3.000 1000 1500
marginal?
3 3.500 500 1167
4 3.800 300 950
O cálculo do produto
5 3.900 100 780 marginal é essencial
O quadro mostra o produto total que pode ser
para ajudar-nos a
produzido com deferentes quantidades de trabalho. compreender como são
Quando os outros factores (capital e terra) e o estado
de conhecimentos tecnológicos se mantêm determinados os salários
constantes. A partir do produto total podemos deduzir
conceitos importantes como produto marginal e
e os preços de outros
produto médio. factores produtivos.
A Lei dos rendimentos decrescentes
Com o uso da função produção podemos compreender
uma das leis mais famosas de toda a ciência económica, a
lei dos rendimentos decrescentes:
De acordo com a lei dos rendimentos decrescentes,
obteremos cada vez menor quantidade de produtos à
medida que formos adicionando doses de um factor,
mantendo fixos os outros fatores de produção.
Ou seja, o produto marginal de cada unidade de factor
de produção reduzir-se-á com o aumento da quantidade
utilizada desse factor, mantendo constante todos os
restantes factores produtivos.
A Lei dos rendimentos decrescentes
Quanto maior for a quantidade de um factor, como o
trabalho, acrescentada a uma quantidade fixa de terra,
de maquina e de outros factores, menor será a
quantidade de outros factores com que trabalhar.
A terra fica cada vez mais ocupada e a maquinaria
demasiado utilizada e o produto marginal do trabalho
diminui.
Exemplo: Cavar uma vala
O que é verdade para o trabalho também o é para a
terra e para qualquer outro factor
A Lei dos rendimentos decrescentes
Rendimentos à Escala

Os rendimentos decrescentes e os produtos marginais


referem-se à resposta da produção a um aumento de
um único fator de produção, quando todos os outros
se mantêm constantes.
Mas, por vezes estamos interessados no efeito do
acréscimo de todos os fatores.
Estas questões referem-se a rendimentos à escala.
O rendimento à escala pode ser definido como os
efeitos na quantidade produzida do aumento da escala
dos fatores produtivos.
Rendimentos à Escala

Dito de outro modo, os rendimentos à escala reflectem


a resposta do produto total quando todos os factores
aumentam proporcionalmente.
Devem ser distinguidos três casos importantes:
1 – Rendimentos constantes à escala;
2 – Rendimentos crescentes à escala e
3 – Rendimentos decrescentes à escala.
1 – Rendimentos constantes à escala:

Caso em que uma variação de todos os factores leva a


uma variação proporcional na produção.

Exemplo: Se o trabalho, o capital, a terra e outros


factores duplicam, então, sob os rendimentos
constantes à escala, a produção deverá também
duplicar.
2 – Rendimentos crescentes à escala:

Ocorrem quando um aumento de todos os factores


produtivos leva a um aumento mais do que
proporcional do nível de produção.

Exemplo: Se o trabalho, o capital, a terra e outros


fatores aumentarem em 1%, então, sob os rendimentos
crescentes à escala, a produção total deverá aumentar
em mais do que 1%.
3 – Rendimentos decrescentes à escala:

Ocorrem quando um aumento proporcional de todos


os fatores de produção leva a um aumento menos do
que proporcional do produto total.

Exemplo: Se o trabalho, o capital, a terra e outros


fatores aumentarem em 1%, então, sob os rendimentos
crescentes à escala, a produção total deverá aumentar
em menos do que 1%.
Organização empresarial

Tipos de organização empresarial:


1 – O empresário em nome individual (pequeno
negocio clássico das lojas familiares)
2 – Sociedade em nome colectivo; (2 ou mais pessoas
podem juntar-se e formar uma sociedade em nome
colectivo. Todos acordam em fornecer uma parcela do
trabalho, em partilhar uma parcela dos lucros e, claro,
partilhar os prejuízos e as dívidas.
Organização empresarial

A maior desvantagem desses tipos de sociedade é o


facto dos sócios terem responsabilidade ilimitada.

responsabilidade ilimitada????
Organização empresarial

responsabilidade ilimitada
Todos os sócios são responsáveis sem quaisquer
limites por todas as dívidas contraídas pela sociedade.
Se você possuir 1% da sociedade e o empreendimento
falhar, será chamado a pagar 1% das dívidas, e aos
outros sócios serão exigidos os seus 99%.
Mas o que acontecerá em caso dos outros sócios não
puderem pagar?
Organização empresarial

Pode ser-lhe exigido o pagamento de todas as dívidas,


nem que tenha de vender o seu património pessoal.
Organização empresarial

3 – Sociedade anónima
A maior parte da actividade económica nas economias
de mercado avançadas tem lugar em sociedades
anónimas.
A sociedade anónima é um tipo de organização
empresarial que tem uma identidade legal autónoma e
é, uma “pessoa jurídica”, que pode, em benefício
próprio, comprar, vender, receber dinheiro
emprestado, produzir bens e serviços e participar em
contratos.
Organização empresarial

Alem disso, a sociedade anónima beneficia do direito


de responsabilidade limitada

Responsabilidade limitada????
Organização empresarial

O investimento na sociedade, pelos seus proprietários,


está estritamente limitado a um montante
especificado.
Organização empresarial

Aspectos essenciais de uma sociedade anónima:


1 - A propriedade de uma sociedade anónima é
determinada por quem possui as acções do respectivo
capital social.
Assim, quem possuir 10% das acções de uma
sociedade anónima tem 10% da respectiva
propriedade.
As sociedades anónimas detidas pelo público estão
cotadas nas bolsas de valores mobiliários, como por
exemplo a bolsa de valores de Cabo Verde.
Organização empresarial

Aspectos essenciais de uma sociedade anónima:


2 – Os accionistas controlam as sociedades que lhes
pertencem. Recebem dividendos na proporção da
parcela das suas acções, elegem os administradores e
votam assuntos importantes.
3 – Os administradores e os directores das sociedades
anónimas têm o poder legal de tomar decisões em
nome da sociedade anónima.
Organização empresarial

Desvantagem das sociedades anónimas:


Há um imposto sobre os lucros da sociedade anónima
e um outro sobre os dividendos dos accionistas.
Enquanto que num negócio que não tenha forma de
sociedade anónima não acontece desta forma.

(Rendimento liquido depois das despesas é tributado


como rendimento pessoal normal)
Análise económica dos custos

Onde quer que haja produção, existem custos. Num


mundo de escassez, as empresas têm de pagar pelos
seus factores produtivos.
As empresas estão cientes de que qualquer montante
de custos desnecessários reduz os lucros em igual
valor.
De facto, uma produção demasiado grande pode ser
tão perigosa como uma demasiado pequena;
Uma expansão excessiva pode levar uma empresa
em rápido crescimento à falência. Como?
Análise económica dos custos

Ao aumentar os custos mais rapidamente do que as


receitas.
As empresas inteligentes também prestam atenção aos
seus custos quando tomam decisões importantes:
1 – É mais barato contratar um novo trabalhador ou
pagar horas extras?
2 – Construir uma nova fábrica ou expandir a velha?
3 – Investir em equipamento no país ou deslocar a
produção para o estrangeiro?
Análise económica dos custos

As empresas querem escolher o método de produção


que seja mais eficiente, aquele que produza o máximo
ao custo mínimo.
Custo Total, Custos Fixos, Custos Variáveis,
Custos Médios e Custo Marginal

Custos Fixos
Os custos fixos de uma empresa, por vezes designados
de “custos irreversíveis” englobam rubricas tais como
rendas de fábricas ou de escritórios, pagamentos de
equipamentos, juros de empréstimos, salários de
empregados com contratos a longo prazo, etc.
Estes custos são custos que têm de ser pagos mesmo
que a empresa não produza nada e não variam
mesmo que a produção se altere.
Custo Total, Custos Fixos, Custos Variáveis,
Custos Médios e Custo Marginal

Custos Variáveis
São os custos que se alteram quando o nível de
produção se modifica. Neles incluem as matérias-
primas exigidas para a produção, os trabalhadores das
linhas de montagem, a energia, etc. e todos os custos
que não são fixos.
Por definição, custo variável começa em zero quando
a quantidade produzida é nula.
Custo Total, Custos Fixos, Custos Variáveis,
Custos Médios e Custo Marginal

Custo Total
O custo total aumenta quando a quantidade produzida
aumenta.

CT = CF + CV
Em que: CT = Custo Total
CF = Custo Fixo e CV = Custo Variável
Custo Total, Custos Fixos, Custos Variáveis,
Custos Médios e Custo Marginal

Custo Marginal
O Custo Marginal representa o custo adicional, ou
suplementar, que ocorre aquando da produção
adicional de uma unidade de produto.
Custo Total, Custos Fixos, Custos Variáveis,
Custos Médios e Custo Marginal

Custo Médio
é o custo total dividido pela quantidade total de
unidades produzidas.
CM = CT/Q
Em que CM = Custo Médio, CT = Custo Total e Q =
Quantidade total produzida
Custo Total, Custos Fixos, Custos Variáveis,
Custos Médios e Custo Marginal

Custos médios - fixos e variáveis


1 – Custo Fixo Médio
CFM = CF/Q
Em que CFM = Custo fixo médio, CF = Custo Fixo
Total e Q = quantidade total da produção
2 - Custo Variável Médio
CVM = CV/Q
Em que CVM = Custo Variável Médio, CV = Custo
Variável Total e Q = Quantidade Total
Custo Total, Custos Fixos, Custos Variáveis,
Custos Médios e Custo Marginal
Custo Total, Custos Fixos, Custos Variáveis,
Custos Médios e Custo Marginal

A empresa que procura o menor custo de produção


deve conhecer o nível de produção em que os
custos marginais são iguais aos custos médios.

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