INTERCESSÃO

Márcia Mendes Scultori

Esta apostila, ou parte dela, não poderá ser reproduzida

sem a devida autorização de sua autora.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .............................................................................................................................................. 2

O PODER DA ORAÇÃO ............................................................................................................................... 3

INTIMIDADE COM O SENHOR .................................................................................................................... 3

SÚPLICAS..................................................................................................................................................... 3

ANJOS EM AÇÃO ......................................................................................................................................... 4

A INTERCESSÃO NA BATALHA ESPIRITUAL .......................................................................................... 6

COBERTURA DE ORAÇÃO ......................................................................................................................... 6

ORAÇÃO DE IDENTIFICAÇÃO .................................................................................................................... 6

ORAÇÃO ESTRATÉGICA............................................................................................................................. 7

ORAÇÃO EM CONCORDÂNCIA .................................................................................................................. 8

O DESEQUILÍBRIO NA INTERCESSÃO .................................................................................................... 9

DESEJOS EGOÍSTAS .................................................................................................................................. 9

PROPÓSITOS DIVERGENTES .................................................................................................................... 9

ORAÇÃO DE FEITIÇARIA .......................................................................................................................... 10

O MINISTÉRIO DE INTERCESSÃO NA IGREJA ..................................................................................... 11

O PERFIL DO INTERCESSOR ................................................................................................................... 11

Amor e misericórdia .............................................................................................................. 11
Vida de santidade ................................................................................................................. 11
Jejum, oração e leitura da palavra ....................................................................................... 12
Submeter-se à autoridade espiritual .................................................................................... 12
Estar em comunhão com a igreja ........................................................................................ 12

ATUAÇÃO NA IGREJA ............................................................................................................................... 13

Intercessão antes e durante os cultos ................................................................................. 13
Intercessão na madrugada .................................................................................................. 14
Relógio de oração ................................................................................................................. 14
Sala dedicada à oração ........................................................................................................ 15

CONCLUSÃO ............................................................................................................................................. 16

BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................................................... 16

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INTRODUÇÃO

A oração é, com certeza, a base para uma Igreja Vitoriosa. Toda obra do Senhor precisa
ser edificada através da oração. A Igreja primitiva foi estabelecida por orações fervorosas.

Deus está restaurando a oração na Igreja. Durante muito tempo, a oração foi
negligenciada e apenas algumas poucas pessoas eram reconhecidas como as “colunas” de
oração da Igreja.

Hoje, temos sentido uma urgência quanto à oração e a necessidade de levantarmos um

exército de intercessores e ampliarmos nossa visão, não nos restringindo mais apenas à igreja
local, mas direcionando nossas orações também ao nível de nação e de mundo.

Existem livros maravilhosos falando sobre oração e podemos citar aqui Valnice
Milhomens e oração estratégica. Mencionamos também Peter Wagner dentre outros.

Neste breve estudo, porém, abordaremos apenas alguns aspectos que julgamos
importante, no que diz respeito ao preparo de intercessores.

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O PODER DA ORAÇÃO

Satanás conhece o poder da oração. E é exatamente por isto que ele tenta impedir, de
todas as maneiras, que os servos de Deus orem.
O inimigo tenta nos convencer de que nossas orações não fazem sentido, são palavras
atiradas ao vento ou que são em vão e que não têm qualquer efeito.
Mas, quando entendemos que isto é artimanha de Satanás para que desistamos de orar,
e quando realmente descobrimos o poder da oração, então passamos a ser “guerreiros de
oração” incansáveis, orando sem cessar, certos de que Deus sempre ouve e atende a oração
dos santos.
O que acontece quando nós oramos? Por que, então, devemos orar sem cessar?

INTIMIDADE COM O SENHOR

É através da oração que nos comunicamos com Deus, e um canal de comunicação
espiritual bem específico é estabelecido entre nós e Deus. Quanto mais orarmos, mais
sensíveis ficamos ao Espírito Santo. Esta comunicação vai sendo aperfeiçoada e passamos a
receber revelações de Deus, em pensamentos, visões, na Palavra. Os dons espirituais são
alcançados pela oração e mantidos pela oração. O dom de diversidade de línguas, mais
especificamente, serve para a nossa edificação pessoal (1 Coríntios 14:2). Quando oramos em
línguas, desenvolvemos uma intimidade maior com o Espírito Santo de Deus.
A oração em línguas faz parte das táticas de guerra na batalha espiritual, porque o
inimigo não pode interceptá-la, pois não tem acesso a este canal de comunicação espiritual
(Efésios 6:18).

A oração em línguas é a intercessão feita através do Espírito Santo de Deus em nós.

Romanos 8:26, 27 diz:
“Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não
sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós
sobremaneira, com gemidos inexprimíveis. E aquele que sonda os corações sabe
qual é a mente do Espírito, porque segundo a vontade de Deus é que ele intercede
pelos santos.”
Nós não sabemos qual é a necessidade real das pessoas, suas lutas interiores, mas o
Espírito Santo sabe e, ao orarmos no Espírito, o Espírito Santo leva aquela súplica ao coração
do Pai.
Não sabemos das necessidades de pessoas que não conhecemos, nunca vimos, dos
povos de outras nações, mas o Espírito sabe e, na intercessão do Espírito, Ele atingirá o alvo,
exatamente a raiz do problema.
Os intercessores, principalmente, devem buscar o dom de línguas para aperfeiçoarem
sua intimidade com Deus.

SÚPLICAS
As súplicas tocam o coração de Deus.
Deus se agrada de nossas súplicas, Ele ouve e atende. Deus se agrada da nossa
insistência em suplicar-lhe algo, pois esta atitude revela a natureza de nossa fé.
“Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que
pede recebe; o que busca encontra; e, a quem bate, abrir-se-lhe-á. Ou qual dentre
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vós é o homem que, se porventura o filho lhe pedir pão, lhe dará pedra? Ou se lhe
pedir um peixe, lhe dará uma cobra? Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas
dádivas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas
cousas aos que lhe pedirem? Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam,
assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a lei e os profetas.” (Mateus 7:7-12)
Na parábola do amigo inoportuno, Jesus estava exatamente nos incentivando a
perseverar na súplica. Quando realmente queremos algo, devemos nos agarrar com o Senhor
até alcançarmos nossa resposta.
Jacó lutou com o anjo durante toda à noite até o amanhecer e conseguiu sua vitória.
Satanás quer que desistamos de nossos sonhos. Ele faz de tudo para perdermos a
esperança, a fé. Porque Ele bem sabe que Deus é galardoador daqueles que o buscam. Deus
se agrada em nos dar presentes. Deus é um Pai de amor, rico em misericórdia.

Quando intercedemos por alguém, precisamos ser movidos pelo amor. É o amor que nos
incentiva a orar por alguém. Então, quando suplicamos motivados pelo amor de Deus por
aquela vida, Deus ouve nossa oração.
Deus somente atenderá as súplicas que estiverem com a motivação correta e em
conformidade com os Seus planos. Falaremos cem mais detalhes sobre os propósitos da
oração adiante. Mas, com certeza, o amor ágape de Deus, não o amor interesseiro, egoísta,
quando gerado em nós pelo Espírito, nos leva a perseverar em súplicas pela vida de alguém.
Peçamos, então, ao Senhor, que gere em nós este amor sublime, e que nos dê
perseverança na oração, até obtermos a Sua resposta. Só devemos parar de orar por um alvo,
quando ele for atingido. Não desista, persevere.

ANJOS EM AÇÃO
A Palavra do Senhor nos diz que os anjos obedecem ao comando de Deus, e não dos
homens, mas é através da oração que Deus os coloca em ação. Em Salmos 91:11 a Palavra
diz que “Deus dará ordens a Seus anjos a nosso respeito.”

Então, é Deus que se comunica com os anjos. A Nova Era diz que os homens
conversam com os anjos, e dão ordens a eles, ou seja, os homens têm o controle do mundo
espiritual. Mas a Bíblia diz que é Deus quem comanda os anjos, que são servos de Deus a
nosso serviço.
“Não são, porventura, todos eles (anjos) espíritos ministradores, enviados para
serviço a favor dos que hão de herdar a salvação?” (Hebreus 1:14)
O livro “Este Mundo Tenebroso” de Frank Peretti, exemplifica, de forma maravilhosa,
esta questão, e deve ser leitura obrigatória para pastores, intercessores e líderes. Neste livro,
vemos como é travada a luta espiritual entre anjos e demônios. E a vitória é alcançada através
da oração. Os anjos adquirem força espiritual através da oração e quanto maior for o principado
que enfrentam, mais oração é requerida, e por um número maior de pessoas.

Daniel precisou orar e jejuar por 21 dias, enquanto a luta espiritual era travada nas
regiões celestes.
“Então, me disse: Não temas, Daniel, porque desde o primeiro dia em que aplicaste
o coração a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus, foram ouvidas as tuas
palavras, é que eu vim. Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu por vinte e um
dias; porém Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu obtive
vitória sobre os reis da Pérsia.” (Daniel 10:12-13)

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Vemos que o anjo que trazia a revelação a Daniel precisou de ajuda de outro anjo,
Miguel, o arcanjo de guerra, e só conseguiu vencer o principado da Pérsia após muitos dias de
oração por parte de Daniel.

Eu, pessoalmente, tive uma experiência tremenda quando, em 92, fui arrebatada pelo
Senhor, e Ele me conscientizou da importância da oração dos santos.

Num arrebatamento profundo, Deus me mostrou Satanás, como um homem corpulento,

sentado sobre uma montanha alta na cidade do Rio de Janeiro, e ele tramava algo contra esta
cidade. Depois tive uma visão do globo terrestre e Satanás dava ordens para que legiões de
demônios caíssem sobre a cidade do Rio.

De repente, vi os anjos vindo muito alinhados, em ordem e bem calmos, mas suas
espadas estavam abaixadas e eles pairavam sobre o globo terrestre e esperavam.

Então, fiquei aflita e perguntei ao Senhor por que os anjos não faziam nada. O Senhor
então falou: “Os anjos se movem com as orações dos santos. A Igreja precisa orar para que os
anjos entrem na peleja” Foi uma experiência tremenda, não foi uma visão apenas. Eu pude
sentir a urgência e a gravidade da situação. Naquele ano, na cidade do Rio, estava para
acontecer a Eco 92, aonde bruxos viriam de toda parte do mundo para um grande encontro no
Riocentro. Ali seria a inauguração do movimento da Nova Era no Rio, Então, levantamos um
exército de intercessores por esta cidade e pedimos que Deus neutralizasse todo poder das
trevas.
Ficamos sabendo, depois, através de notícias de jornais, que foram encontrados, no Rio
Centro, tonéis de veneno, e bombas preparadas para explodir. Mas nada aconteceu, por causa
da oração dos santos. Aleluia!

No livro “Orando com Poder” de Peter Wagner, ele relata testemunhos poderosos, que
estão acontecendo em todo o mundo, em resultado de orações estratégicas.

George Ottis, líder mundial de mapeamento espiritual, da equipe de Peter Wagner e

Fundador e Presidente do The Sentinel Group (www.sentinelgroup.org), conta uma experiência
de um missionário, que não havia alcançado nenhuma vida, apenas de seus esforços no
evangelismo. Mas numa determinada noite, após oração incessante por parte do missionário, o
anjo do Senhor visitou todas as casas daquele local e, nos sonhos, Jesus se apresentava a
eles como o único Deus vivo e verdadeiro. Aquela comunidade era pagã, nunca tinha ouvido
falar de Jesus. Então, ao despertarem, houve um alvoroço na cidade, pois todos queriam
compartilhar uns com os outros acerca do sonho que tiveram e queriam saber mais sobre este
Jesus. Então, aquele missionário pode testemunhar sobre o Deus vivo e todos se converteram
ao Senhor Jesus. Aleluia!

Esta e outras experiências maravilhosas estão acontecendo atualmente, pois estamos

vivendo o tempo da última colheita na Terra. Jesus tem pressa com a salvação de almas. Deus
tem preparado missionários com visão de intercessão e batalha estratégica e os resultados são
tremendos.

Acredite que sua oração bem direcionada no alvo, sua oração em concordância, sua
oração movida pela fé e por um amor sincero pelas vidas, será uma bomba atômica no inimigo!
Há poder liberado por Deus na oração.

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A INTERCESSÃO NA BATALHA ESPIRITUAL

O conhecimento sobre intercessão profética e estratégica é essencial na batalha

espiritual. Não podemos entrar na batalha se não formos guerreiros de oração. A oração é uma
poderosa arma contra Satanás. Vejamos alguns aspectos importantes à intercessão na batalha
espiritual.

COBERTURA DE ORAÇÃO
É necessário levantar uma equipe de intercessores que darão cobertura espiritual para a
igreja envolvida na batalha. Como num exército, existem os guerrilheiros que vão para o front e
outros que ficam mais atrás, dando cobertura. Esta cobertura espiritual de oração é para
proteção e pode ser feita através de relógio de oração, oração na madrugada, enfim, podemos
dar cobertura espiritual de várias maneiras e Deus dará direção em cada situação.

O importante é sabermos que as orações precisam ser bem específicas. Devemos orar
pedindo proteção por cada pessoa envolvida na batalha, suas famílias, seus bens, sua
profissão, ou seja, todas as áreas de sua vida precisam ser citadas especificamente.

Costumo dizer que Satanás é “sonso”. Ele se faz de desentendido. Quando falamos de
forma genérica, ele se aproveita do fato de estarmos sendo vagos e entra nesta brecha.
Sabemos que há poder nas nossas palavras. Portanto, quando citamos nomes, situações
específicas, anjos são destacados para agir ali e Satanás perde o poder de ataque. Assim, a
cobertura de oração precisa ser constante e específica.

Dois aspectos são importantes na batalha espiritual, para que não haja retaliação do
inimigo: cobertura espiritual e santificação. Muitas vezes as pessoas se santificam e não dão
lugar ao diabo. No entanto, não têm cobertura de oração suficiente. E, dependendo do nível de
batalha que estão enfrentando, pode haver uma grande fúria do inimigo. Por outro lado,
cobertura espiritual sem santificação não resolve, pois o pecado dá lugar ao diabo. Então as
duas coisas são essenciais.

Em Neemias 4, vemos que o povo se organizou para a peleja. Uns edificavam o muro e
outros empunhavam lanças e escudos (Neemias 4:16).

E a cobertura de oração se aplica a qualquer tipo de batalha, seja a libertação de uma

pessoa, ou de uma cidade. Mas, com certeza, quanto maior for o nível da batalha, maior
cobertura deverá ser feita.

ORAÇÃO DE IDENTIFICAÇÃO
A oração de identificação é feita para que haja arrependimento afim de que Deus remova
a sentença de destruição sobre alguém ou sobre uma igreja, cidade, que esteja em pecado.

Vários homens de Deus entraram na brecha por sua nação, seu povo. Alguns foram
atendidos, outros não. Mas, como filhos de Deus, sejam pastores ou ovelhas, precisamos fazer
a nossa parte e clamar pelos nossos irmãos. Veja o exemplo de:

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• Neemias – cap. 1
• Daniel – cap. 9
• Jeremias – caps. 11 e 14
• Moisés – Números 14
“Temos pecado e cometido iniqüidades, procedemos perversamente e fomos
rebeldes, apartando-nos dos teus mandamentos e dos teus juízos; e não demos
ouvidos aos teus servos, os profetas, que em teu nome falaram aos nossos reis,
nossos príncipes e nossos pais, como também a todo o povo da terra. A ti, ó
Senhor, pertence a justiça, mas a nós, o corar de vergonha, como hoje se vê; aos
homens de Judá, os moradores de Jerusalém, todo o Israel, quer os de perto, quer
os de longe, em todas as terras por onde os tens lançado, por causa das suas
transgressões que cometeram contra ti. Ó Senhor, a nós pertence o corar de
vergonha, aos nossos reis, aos nossos príncipes e a nossos pais, porque temos
pecado contra ti. Ao Senhor, nosso Deus, pertence a misericórdia e o perdão, pois
nos temos rebelado contra ele.” (Daniel 9:5-9)
Na oração de identificação, nós nos incluímos nos pecados do povo, fazendo como que
uma “adoção espiritual”, sentindo as “dores de parto” até que vidas sejam liberadas da
escravidão do pecado e absorvidas por Deus. O apóstolo Paulo conheceu bem o que eram as
dores de parto.
“meus filhos, por quem, de novo, sofro as dores de parto, até ser Cristo formado em
vós;” (Gálatas 4:19)
E John Dawson1 faz um estudo tremendo sobre gerar filhos e cidades em amor, através
da oração.

Para entrarmos na brecha por alguém é preciso, no entanto, recebermos o amor ágape
de Deus, como já colocamos antes, para amar o inimigo, o pecador, aquele que não merece
perdão. Jesus é o maior exemplo de intercessor. Ele tomou sobre si as nossas dores, Ele
intercedeu por nós na cruz dizendo:
“Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem.”
E diz a Palavra:
“Mas Deus prova o Seu amor para conosco, pelo fato de Cristo haver morrido por
nós quando ainda éramos pecadores.”
É fácil amar nossos amigos, amar aqueles que nos beneficiam, mas Deus nos convoca
para intercedermos pelos perdidos, pelos doentes.

Não cabe a nós julgar o pecado dos outros, pois o julgamento e o juízo pertencem a
Deus. Mas a nossa parte é pedir misericórdia pelo pecador.

ORAÇÃO ESTRATÉGICA
Orações estratégicas são orações de guerra espiritual contra a ação do inimigo, bem
específicas, direcionadas a focos de sua atuação2.
Numa batalha de conquista de cidades, devemos fazer orações específicas em cima do
mapeamento espiritual, a fim de neutralizarmos todas as hostes malignas que foram
detectadas. Através do mapeamento espiritual, descobrimos os locais de “trono”, onde Satanás

1 Líder da Jocum, na Califórnia. “Reconquiste Sua Cidade para Deus”

2 Se quiser saber mais sobre mapeamento espiritual, atos proféticos ou batalha estratégica, sugerimos
o livro “Deus Quer Sua Cidade” da Apóstola Neuza Itioka.
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tem imperado na cidade. E a sua atuação será neutralizada por orações específicas, amarrando
o valente, anulando o seu poder ali e expulsando-o daqueles locais. Os atos proféticos, depois,
irão consolidar o que foi alcançado através da oração.
É importante, também, orarmos baseados nos dados e informações adquiridos através
do levantamento histórico da cidade, de seu folclore, religião, costumes, etc... Tudo isto nos
dará pistas para entendermos qual é o principado que atua na cidade, os espíritos familiares, o
pecado que está sendo perpetuado através destas práticas.
Assim, a intercessão numa batalha estratégica, é a base, é o alicerce. É através da
intercessão que recebemos revelações do Senhor, damos cobertura espiritual às vidas, e
atacamos especificamente Satanás3.
Estas orações estratégicas deverão ser feitas em voz alta, de pé, com palavras ousadas
determinando a vitória de Jesus e a derrota do demônio que age no local. Diante do inimigo,
precisamos ter atitude de leão, de guerreiros, assumirmos a posição de vitoriosos, filhos do Rei.
(Veja Efésios 2:6)

Precisamos orar direcionando nossas orações para destruir fortalezas nas mentes das
pessoas.
“Porque as armas da nossa milícia não são carnais e sim poderosas em Deus, para
destruir fortalezas; anulando nós, sofismas e toda altivez que se levante contra o
conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo,”
É nas mentes que Satanás, muitas vezes, constrói um ninho de cobras, pensamentos
tortuosos, questionamento da palavra, confusão mental, dúvidas, etc... Precisamos orar
especificamente contra o engano do inimigo nas mentes, o qual tem escravizado vidas através
da mentira, levando-as a práticas de falsas doutrinas, bruxaria, idolatria e à frieza espiritual. E
para evangelizarmos um local ou uma cidade, precisamos, antes de qualquer coisa, entrar
numa batalha de oração para que as cadeias nas mentes se rompam, o principado maligno seja
neutralizado e então, teremos resultados eficazes no evangelismo.

Há muitos relatos de pastores e missionários com grandes resultados em nações que

estavam totalmente fechadas para o evangelho, devido à visão de evangelismo com batalha
espiritual estratégica. A intercessão intensa, específica e prolongada, até mesmo meses antes
de se começar a evangelizar, é fundamental.

ORAÇÃO EM CONCORDÂNCIA
A Palavra do Senhor diz:
“O que ligarmos na terra, será ligado no céu...”
Assim, é preciso entender que a oração em concordância funciona como uma bomba
atômica. Se dois ou mais crentes oram com um propósito definido, a unção da oração é
dobrada. Por isso, é importante o clamor do povo de Deus, orações em pequenos grupos,
quando todos oram em unidade, como um só homem.
“Quando dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, Eu ali estarei...”
Deus se agrada da oração em concordância. Podemos e devemos orar a sós com Deus.
Mas, também é fundamental a prática de oração em concordância, com os irmãos,
principalmente numa batalha espiritual. Porém, se irmãos estiverem em concordância para o
mal, se estiverem em desequilíbrio, suas orações serão destruidoras. É o que trataremos a
seguir.

3 Veja nossa apostila de Batalha no Nível Estratégico.

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O DESEQUILÍBRIO NA INTERCESSÃO

É fundamental levantarmos um exército de intercessores em nossa igreja local, a fim de

entrarem na brecha pela igreja, pelo país e para a implantação do Reino de Deus no mundo.
Porém, este exército precisa ser bem preparado para resistir a todo tipo de ataque do inimigo.
Infelizmente, temos visto Satanás entrar no ministério de intercessão e na liderança da
igreja para enfraquecer as colunas da igreja através de confusão, inveja, egoísmo. Deus, uma
vez, me deu uma visão onde o ministério de louvor e de intercessão, eram as colunas da igreja,
sobre as quais era colocada a Palavra. Os pastores, os pregadores da Palavra, precisam estar
em profunda unidade com a intercessão e o louvor e serem sustentados por estes ministérios.

Por que Deus não atende determinadas orações? Podemos ser fervorosos na oração e
mesmo assim não sermos atendidos?

DESEJOS EGOÍSTAS
Deus não atende a oração cujos desejos não estão em concordância com a vontade de
Deus.
Desejos motivados pela cobiça, ganância, ciúmes, inveja, auto-afirmação.
“Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres...”
(Tiago 4:3)
Às vezes, as pessoas têm uma visão deturpada de prosperidade e querem ter o que o
outro tem. Medem suas bênçãos pelas dos outros e, por isso, nunca estão satisfeitos. Deus tem
uma porção para cada um. Precisamos descobrir o que Deus quer para nós e se o que estamos
pedindo é do agrado de Deus.
A Palavra diz:
“Agrada-te do Senhor e Ele satisfará os desejos do teu coração.” (Salmos 37:4)
Nosso alvo é, primeiramente, agradar a Deus e, se nossos desejos não estiverem em
concordância com a vontade de Deus, iremos desagradá-lo. E mais, temos desejos egoístas,
corrompidos e, por isso, precisamos analisar atentamente a motivação de nossa oração.
“Enganoso é o coração do homem, mais do que todas as coisas e,
desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?” (Jeremias 17:9)

PROPÓSITOS DIVERGENTES
Jesus disse que “uma casa dividida não subsiste”. E, às vezes, há boa intenção, mas
não há concordância. E isto se aplica tanto à igreja quanto à família. O marido ora numa
direção, a esposa noutra. Parte da igreja ora numa direção e parte da igreja noutra.

Primeiro, precisamos estar em concordância, para depois nos unirmos em prol de um

mesmo objetivo. E mais:
“Andarão dois juntos, se não houver entre eles acordo?” (Amós 3:3)
E quando os propósitos são divergentes, Satanás se prevalece e coloca competição,
obstinação do coração. Um quer prevalecer a sua vontade em detrimento do outro e isto pode
levar à oração de feitiçaria.

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ORAÇÃO DE FEITIÇARIA
Este assunto é abordado por Cindy Jacobs, da equipe de Peter Wagner e líder do grupo
Generals Internationals (www.generals.org), em seu livro: “Possuindo as Portas do Inimigo”, em
um capítulo denominado “O desequilíbrio da intercessão”.
Ela relata neste capítulo, algumas situações interessantes. Uma mãe, líder na igreja, que
queria desesperadamente que sua filha namorasse um determinado rapaz da igreja. Só que
este rapaz já tinha namorada. E estão ela começou a orar para este namoro acabar e este
rapaz vir a namorar sua filha. Este é o tipo da oração movida por desejos egoístas.
Outro relato que Cindy Jacobs faz, é de uma determinada igreja, onde um grupo de
oração se levantou, sem ter sido reconhecido pelo pastor da igreja e, considerando-se mais
espirituais do que o ministério de intercessão e até do que o pastor. Reunia-se freqüentemente
para clamar que o pastor tivesse a mesma visão que eles e que não prosperasse neste e
naquele projeto e outras coisas mais. Este grupo achava que era tão espiritual que eram os
únicos que sabiam o que era melhor para a igreja e sentiam-se no direito de sentar num trono e
julgar os líderes, os pastores, as pessoas e os profetas da igreja.
O que é a feitiçaria? Em suma, são palavras proferidas que refletem desejos egoístas do
coração e que querem fazer prevalecer sua vontade própria a qualquer preço, mesmo que, para
isto, prejudiquem alguém. Pessoas que fazem orações de feitiçaria são, geralmente, pessoas
obstinadas de coração, que insistem no seu propósito até vê-lo cumprido, mas que, para isto,
ignoram a vontade dos outros e até os prejudicam para fazer valer seu intento.
Alguns exemplos:
O pastor levanta alguém como líder de um ministério e a pessoa que almejava esse
cargo ou que, simplesmente achava que era outro que deveria ocupá-lo começa a amaldiçoar
com palavras a decisão tomada pelo pastor, dizendo: “Não vai dar certo. Esta pessoa não está
habilitada. O ministério vai acabar.”
Podemos até discordar das decisões da liderança e estarmos coma razão em nossa
análise, mas, uma vez que a decisão foi tomada, devemos orar para que haja prosperidade na
casa do Senhor.
Algumas pessoas fazem orações sem cessar, noite e dia, com um só objetivo, de ver
alguém que foi levantado cair, de provar para os outros que ela estava certa, que suas
profecias eram verdadeiras. Vivem clamando por justiça de Deus, por um vento na igreja, um
reboliço.
Deus é Deus de justiça e Ele sempre fará justiça, nós não precisamos nos preocupar. E,
quando a justiça de Deus vem sobre a igreja, todos que estão em pecado passam pelo juízo de
Deus e, freqüentemente, estes que estavam fazendo oração de feitiçaria, infalivelmente, são
atingidos.
Mas, os superespirituais acham que poderão ficar livres do juízo de Deus. E prosseguem
em suas orações fulminantes. Roberts Liardon, em seu livro “Quebrando os Poderes
Dominadores”, aborda também a questão dos superespirituais e de seu poder de manipular as
pessoas.
Como é freqüente encontrarmos irmãos que são usados com revelações e profecias e
acham-se, por isso, no direito de controlar as vidas das pessoas. Eles querem direcionar a
igreja, os profetas e os planos de Deus. E ai daquele que questionar as revelações entregues
por eles! Eles amaldiçoam. Muito freqüentemente, tais pessoas, que se julgam superespirituais,
têm complexo de inferioridade e querem se auto-afirmar através do controle e manipulação das
vidas.
Qual deve ser então, a atitude do filho de Deus na oração intercessória? O que
realmente move o coração de Deus? Deus não atende a oração simplesmente. Deus atende as
orações motivadas por um coração puro.
“Um coração puro e contrito, Tu não desprezarás, ó Deus.”

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O MINISTÉRIO DE INTERCESSÃO NA IGREJA

O PERFIL DO INTERCESSOR
Jesus foi e é o maior exemplo de intercessor. Ele entrou na brecha por nós, ao morrer na
cruz, levou sobre Si o nosso pecado e intercedeu ao Pai por nós:
“Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.”
Vejamos algumas características que o intercessor precisa ter ou estar buscando:

Amor e misericórdia
O intercessor precisa pedir a Deus um coração do tipo de Jesus, cheio de misericórdia
pelas vidas.
Estevão tinha este coração. Mesmo na hora da morte, sendo apedrejado, ele pôde fazer
a mesma oração de Jesus:
“Senhor, não imputes sobre eles este pecado.” (Atos 7:60)
Moisés rogou a Deus por misericórdia pelo povo pecador e não quis se vingar de Arão,
Mirian e todo o povo que entrou em rebelião contra ele. E Deus ouviu o seu clamor e reduziu o
castigo. E Moisés foi conhecido como um dos homens mais mansos da Terra.
Assim também o fez Davi, traído por seu próprio filho, Absalão, no entanto, não desejou
se vingar dele e nem tampouco de Saul e todos os seus adversários. Por isso, o seu reinado foi
de glória e permaneceu até o fim de sua vida.
Mas, muitas vezes, somos tentados a ter o coração como de Jonas. Deus afastou as
sentenças contra Nínive e ele se revoltou com Deus. Não se alegrou com a remissão do povo.
Ele queria que a palavra de destruição para o povo prevalecesse.
Mas, diz a Palavra:
“Deus é rico em misericórdia, tardio em irar-se e se arrepende do mal.”
Porque a vontade de Deus é que ninguém se perca, mas que haja arrependimento para
a salvação.
O intercessor precisa ter um coração de misericórdia. Ele entra na brecha para que o
povo não seja destruído.
John Dawson, em seu livro “Reconquiste Sua Cidade Para Deus”, nos ensina sobre este
amor sublime de Deus, que precisa ser colocado em nós para gerarmos vidas através de
súplicas. Ele compara uma vida, ou uma cidade pela qual estamos orando com um filho gerado
no ventre da mãe. Temos que amar e gerar estas vidas em oração, pedindo perdão pelos seus
pecados. Amar o doente, o feio, o estranho, amar com o amor de Jesus.

Vida de santidade
O intercessor precisa santificar-se para Deus em todas as áreas de sua vida.
Ele precisa ser um dizimista fiel, ofertante, deve estar em dia com os impostos, legalizar
sua empresa, enfim, acertar sua vida financeira.
Ele precisa vigiar sua língua, ser irrepreensível diante dos homens, bênção para sua
família.
O intercessor não pode entrar na batalha espiritual pela vida de alguém e muito menos
pela cidade ou nação, se ele está com brechas em sua vida.

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O intercessor é um escudo. Quando intercede por alguém, ele fica na frente desta
pessoa e os dardos inflamados de Satanás que eram destinados para a pessoa, vêm em cima
dele. Se ele está com brechas, ele sofre retaliação de Satanás. Mas, se ele tem procurado se
concertar com Deus, se tem confessado seus pecados, então o sangue de Jesus o protege
como um manto. Ele não tem o que temer.

Jejum, oração e leitura da palavra

O intercessor precisa separar tempo para oração e leitura da Palavra. Ele precisa
desenvolver uma intimidade com o Senhor, aprender a ouvir a Sua voz.
O jejum é uma arma poderosa na batalha espiritual. Através do jejum neutralizamos as
forças do inimigo. Porém, jejum sem quebrantamento de nada vale. Jejum sem a morte da
carne, jejum sem liberação de perdão é em vão. Veja Isaías 58.
“Eis que jejuais para contendas e rixas e para ferirdes com punho iníquo; jejuando
assim como hoje, não se fará ouvir sua voz no alto. Porventura não é este o jejum
que escolhi, que soltes as ligaduras da impiedade, desfaças as ataduras da
servidão, deixes livre o oprimido e despedaces todo o jugo?” (Isaias 58: 4 e 6)
A consagração é essencial para o preparo espiritual do intercessor. São nestes
momentos a sós com Deus que ele obterá autoridade sobre as trevas.

Submeter-se à autoridade espiritual

O intercessor precisa submeter-se ao seu pastor, aos seus líderes. Ninguém tem
autoridade espiritual, se não aprender a estar debaixo da autoridade espiritual de alguém.
Jesus é o maior exemplo de submissão. Ele obedeceu ao Pai, ao morrer na cruz e
obedeceu com submissão, resignação.
“pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou com usurpação o ser igual a
Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em
semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou,
tornando-se obediente até a morte e morte de cruz.” (Filipenses 2:6-8)
Às vezes, até obedecemos, mas não com mansidão, boa vontade. E isso é uma forma
sutil de rebeldia. E quando somos rebeldes, não temos autoridade espiritual contra as trevas.
E, para guerrear por uma vida, precisamos ter autoridade espiritual. Satanás sabe quem
tem e quem não tem autoridade espiritual. E, num confronto com as trevas, a autoridade
espiritual é fundamental. Esta autoridade nos foi delegada por Jesus, mas nós a perdemos ou
mantemos dependendo de nossa atitude de rebeldia ou submissão.

Estar em comunhão com a igreja

Tenho visto muitos irmãos, intercessores ou não, que acham que podem estar bem com
Deus e mal com os irmãos em Cristo. Os superespirituais, então, estabelecem uma vida de
relação com Deus, separados da Igreja e se restringem, às vezes, a um pequeno grupo de
outros irmãos superespirituais com quem admitem a comunhão. Isto é doença no corpo de
Cristo.
Se não pudermos amar e suportar-nos uns aos outros, não estamos prontos para
intercedermos por ninguém. E igreja é corpo, é comunhão. É impossível agradarmos a Deus
sendo intolerantes com nossos irmãos, considerando-nos superiores a eles. A Bíblia ensina o
contrário.
Como é freqüente uma atitude de superioridade por parte de pessoas com dons de
revelação e profecia! E a tendência é elas se isolarem da igreja e atuarem por conta própria,
sem supervisão nem disciplina.

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Mas a Palavra diz que os dons e os ministérios foram concedidos por Jesus à Igreja.
“E Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para
evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos
santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo,”
(Efésios 4:11-12)
E qualquer dom ou ministério fora do Corpo traz confusão, desequilíbrio, altivez. Deus
distribui os dons como Lhe apraz, para um fim proveitoso.
Não temos o direito de decidir o que fazer com os dons que Deus nos deu. Ele nos deu
para cumprirmos com uma missão no Corpo de Cristo. Para a “edificação do Corpo”.
Infelizmente, muitos têm usado os dons para a auto-exaltação, para manipular vidas e
para criarem um ministério em volta de si.
E, um dos sintomas de desequilíbrio no Corpo de Cristo é a falta de comunhão com a
Igreja.
Estejamos atentos, irmãos, pois senão, o Senhor vai “remover o nosso candeeiro”.
Somos apenas servos de Deus. Ele é quem dispõe de nós.
Não escolhemos por quem vamos interceder. É o Espírito Santo que gera vidas em nós.
Aleluia!

ATUAÇÃO NA IGREJA
É imprevisível que a igreja local tenha uma equipe santificada de intercessores, que
funcionará como um exército de guerreiros de oração dando cobertura à igreja e atacando o
inimigo estrategicamente.
Vejamos algumas sugestões para atuação deste ministério:

Intercessão antes e durante os cultos

É importante entendermos que uma batalha espiritual está sendo travada entre anjos e
demônios por cada pessoa, com relação à ida aos cultos.
Satanás não quer que ninguém sequer chegue até a igreja, muito menos que ouça a
Palavra. Por isso’é necessário haver intercessão pelo menos uma hora antes dos cultos e
durante os cultos para que Satanás não impeça a obra na vida de alguém.
A parábola do semeador nos ensina exatamente sobre como o inimigo rouba a boa
semente, que é a Palavra de Deus na vida da pessoa. Então, precisamos orar fervorosamente,
para que a pessoa consiga chegar até o local do culto, e que receba a Palavra.
A intercessão durante a pregação da Palavra deve ser no sentido de neutralizar todas as
forças malignas nas mentes para que a verdade de Deus possa libertá-las. Precisamos
repreender espíritos se escárnio, questionamento, incredulidade, frieza espiritual, pensamentos
impuros que especificamente atacam as pessoas para que não entendam, rejeitem a verdade e
não sejam libertas.
Por isso, é necessário que haja intercessores posicionados como sentinelas de oração
na parte de trás da igreja, de preferência de pé, para terem uma visão ampla da congregação,
com uma das mãos levantadas, em sinal de autoridade, orando incessantemente durante a
pregação da Palavra.
Ao mesmo tempo, é importante também que dois intercessores sejam destacados para
intercederem especificamente pelo pregador. Eles devem estar posicionados na primeira fileira,
bem na direção deste, fazendo a cobertura espiritual, ou seja, pedindo a proteção do sangue de
Jesus por sua vida e família e também orando por sua mente, para que não haja embaraço e
toda revelação de Deus chegue até ele e seja transmitida à igreja.
Quando a igreja adota este sistema de intercessão, antes e durante o culto, resultados
maravilhosos acontecem. Há um desembaraço com relação à chegada das pessoas. Há uma

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reverência maior durante o culto. Os demônios ficam amarrados e impedidos de se manifestar,
para não atrapalhar a pregação da Palavra e para que o indivíduo consiga ouvir toda a Palavra.
Quando a mensagem é concluída, devemos orar, então, para que tudo que estiver
amarrando a vida da pessoa se manifeste e ela venha a ser liberta. É a hora da oração com
imposição de mãos, que poderá ser feita também pelos intercessores ou pelos obreiros
designados pelos pastores. Não necessariamente os intercessores são pessoas que sabem
ministrar libertação e cura interior. Eles até podem ter estes dois tipos de ministério. Porém,
precisamos entender que o intercessor faz parte de um exército que atua na retaguarda. Sua
função básica é dar cobertura de oração. E o exército que atua diretamente na libertação de
vidas, expulsando demônios, é o exército que tem esta função de agir diretamente com as
vidas.

Intercessão na madrugada
Por que precisamos orar na madrugada e fazer vigílias?

Primeiro, porque, durante a noite e, principalmente, de meia-noite às seis da manhã,

castas de demônios das trevas atuam terrivelmente levando as pessoas à agonia, ao
desespero. É no período da noite que a maioria dos trabalhos de magia negra, feitiçaria
acontecem.

Então, é preciso neutralizar toda obra do mal, através de nossas orações.

Segundo, porque é como um jejum apresentado ao Senhor. No jejum, nos entregamos

ao Espírito Santo, enfraquecendo nossa carne e fortalecendo nosso espírito. E, ao deixarmos
de dormir, estamos também nos consagrando ao Senhor, para ficarmos mais sensíveis à sua
voz.
Como é poderosa a oração da madrugada! Quantos resultados obtemos! Com certeza,
esta é uma arma de guerra espiritual.

Relógio de oração
Outra forma do intercessor atuar é através da organização de um relógio de oração,
onde cada pessoa fica responsável para orar por uma hora, completando o ciclo de 24 horas.

Este relógio de oração é importante na batalha espiritual, antes de algum evento, por
exemplo, para haver oração incessante e ininterrupta por parte da igreja, isto pode acontecer
por um período prolongado, 21 dias, 40 dias, que significa um tempo estratégico de batalha
espiritual. E os resultados são maravilhosos!

Podemos também orar de 6 em 6 horas: à meia-noite, 6 da manhã, meio-dia e 6 da

tarde. Estes horários são estratégicos. Meia-noite e meio-dia são horários de pacto com o
inimigo. No Salmo 91 fala da “mortandade que assola ao meio-dia...”

As castas de demônios atuam em horários específicos também. Às 6 da manhã encerra

a atuação das castas que agem de meia-noite às 6 da manhã e outras castas passam a atuar
durante o dia.
No Brasil, 6 da tarde é o horário de adoração a Maria, principado reverenciado a nível
nacional. É de suma importância orarmos neste horário, adorando ao Senhor Jesus e, assim,
neutralizando toda invocação à Maria.

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Sala dedicada à oração
Precisamos entender que, quando separamos e santificamos um local para oração, a
unção naquele lugar é tremenda. Deus honra nosso propósito e estabelece um canal direto com
Seu Trono ali.

Portanto, é importante termos um local de oração separado só para este fim, onde
haverá orações constantes ali, em grupo ou a sós com Deus, onde a “lenha” estará sendo
sempre trazida para o fogo de Deus se manifestar.

Em nossa igreja, temos uma sala de oração, onde entramos de pés descalços, em sinal
de consagração ao Senhor. Lá, não é permitido conversar, somente orar. É uma bênção,
sentimos forte a presença de Deus. Mas, se cessarem as orações ali, o local deixa de ser
bênção, pois é a presença de Deus que traz unção para o local.

Estas salas funcionam como um Monte de oração, aonde as pessoas vão para um
encontro com Deus e Deus sempre se manifesta com a Sua glória.

Nestes locais, não devemos levar pessoas para serem ministradas, muito menos em
libertação. É um local de intimidade com Deus, onde somente pessoas em consagração
deverão estar. Deus honra tremendamente este propósito e responde com a Sua presença real.

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CONCLUSÃO

Esperamos que através deste breve estudo, Deus possa acender a chama no coração
de pessoas, para que se preparem como um poderoso exército de oração, pronto para a
batalha espiritual, pelas vidas das pessoas, pela nossa cidade, nossa nação e povos a serem
alcançados.

Temos muito trabalho pela frente, até a vinda do Senhor. Temos que orar
incessantemente até que o nome do Senhor seja estabelecido na Terra como objeto de louvor.
Aleluia!

BIBLIOGRAFIA

Orando com Poder – Peter Wagner

Possuindo as Portas do Inimigo – Cindy Jacobs

Reconquiste Sua Cidade para Deus – John Dawson

Quebrando os Poderes Dominadores – Roberts Liardon

Este Mundo Tenebroso 1 e 2 – Frank Peretti

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